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Recortado o infinito que há entre o homem e a máscara. Entre o ritmo e o velocímetro.
Entre o tempo e a história insana que pára para refrescar-se no próximo item que deixou de
ser um código de barras e amanheceu em vox. Vox mesmo. Vox de palavras que encho as
piscinas acampadas em meu quarto minimal, para que tu mergulhes e descubra a questão
de referência. Para que construas a raiz respeitosa da garça que ri porque tudo é incrível.
Aqui há o clichê, a repetição, o outro, o verso dito por olhos que nem me são primos
sinfônicos, sem fim genealógicos, sem fins governamentais, sem fins mortais ao objeto e
ao sujeito. Sem segredos de gargantas roucas e tempestades de sal. Eu escrevo o quê em
mim é o mais pulso. Escrevo aquilo que em mim é menos calculista e menos
crítico.Transcrevo para ser mais humano e atravessar os ósculos para que entenda as
delícias de ter você em minhas rendas. E deixe de entender muita coisa. E entenda coisa
alguma. Para que sejas tu, a personagem mais linda de todas as poéticas contemporâneas
que ainda falam de amor que cresce com calma. Que vive calmo. É por isso que eu me
pergunto até quando sobrevivo a ti. Silêncio de inspiração transpirada, da respiração
descompassada e cheio ainda de medos. Medos ainda de termos no espaço o encontro todo
de laço e seja lá o que for. Medos de reconhecer-me no desconhecido de teu passado
histórico e teus maiores desejos. Tuas vontades de caminho e outro teu que te assusta em
interrogação.E eu quero. Te quero. Estupidamente quero que me chames para que sem
egoísmo. E repleto de quadros como este, difíceis de terminar e sem presença. De
reticências distraídas em suas etc... Etc perdoadas em suas telas em branco. O manifesto do
brancomo que lavo em ti. Neste espaço, inteiro. Repetente este. Espaço ampliado sem
limite. Sem limite entre eu e tu dentro da micro-câmera, em que te vejo, sem que te
compreendas. Sem que continues a ser um mísero mexicano. Não é preciso que
compreendas absolutamente nada. É o espaço que sorri porque desaba em sua permanência
de sentimentum. É este o saltondulado que gerou o infinito em sua convexidade. O infinito
como reverso do círculo que preenchia a história da dona baratinha e te colocava para
dormir em berço de novidade. Em terço de perseverança no momento imediato em que
surge antes de liquefeito. O exato e o próspero. O pão e o vinho. O preciso em que me
debrucei em vossos olhos, sem assalto e com approach. Torpedo de cálculos e provas de
como atravesso teu eixo geométrico, para saltar a generosidade obtusa de tuas línguas.
Onde crio e onde cresço. Em tua falta de reconhecimento em meu desejo estrangeiro de
generalidades. De também ser teu para que seja mim. De olhos rápidos ao redor e ao ardor
de existir. De solidificar e de renascer em pauta nova de olhares e orvalhos. O outro objeto.
Abjeto. Neurobjeto que não rouba minha subjetividade. Aquele que sussura em teu ouvido
e passa a língua em teu pescoço. Que não precisa de minha existência para que exista como
fato, embora caiba em mim, em meus esmaltes de lava acesa. O vento de encantar-se e
vestir-se em outro sem deixar de ser si mesmo. A roupa nova. O espelho que cansou de me
mirar e me errar. Sendo o outro em sua relíquia e sua palatização. Eu ecomponho o grama.
O grama de plástico que assoprarei no espaço em sua incandescência para que atinja a
história. Não mais morta. Não mais sofrida. Eu o preciso como intempérie humana de
bonança pura, de retormar expectativas e ultrapossibilidades. Eu te amo, diz o cálice. Em
solilóquio me diz que é o que há. Vira música. Tange-lhes o espírito. ON de tomada
instalativa entre a parede e o azulejo. A quina em seu sumiço. É ali que a faca afia seu
sorriso e não deseja mal. É ali que a faca extrapola o perigo de sua vulnerabilidade, pois
transforma-se em luz. Sem distância em tempos incontáveis, por sua repetição inteira e por
sua cadência milimésima. O poema novo. É este que desgruda da página e coloca as
primeiras ondas em teu peito. Em teu samba. Em sem seu se acaso você chegasse no meu
bosque em flor. Para que viva-se. Para exploda-se em seu pé-direito de jazz. Para que
durmas comigo em minha ausência de fórmulas e entremeios. Para que sejas nós dois.
Apenas. Que os outros sejam nós dois se assim o merecerem. Entre meu dente e teu