
1 INTRODUÇÃO
A expansão da língua inglesa no mundo a tem posicionado como língua
franca global (DEWEY, 2007; GIMENEZ, 2001a; 2001b, 2005, 2006; GRADDOL,
1997, 2006; JENKINS, 2005, 2006a, 2006b; LEFFA, 2002; MCKAY, 2002;
RAJAGOPALAN, 2003, 2005; SEIDLHOFER, 2001, 2004, 2006, 2009).
Questões terminológicas, no entanto, não estão resolvidas: há aqueles que
preferem „língua internacional‟ (MCKAY, 2002); „língua franca‟ (SEIDLHOFER, 2001;
JENKINS, 2006b); World English (RAJAGOPALAN, 2004, 2010). Preferimos utilizar,
nesta pesquisa, o termo inglês como língua franca (doravante ILF) por concordarmos
com Seidlhofer (2001), para qual o termo „internacional‟ falha ao levar em
consideração somente os falantes do círculo interno e do círculo externo e com
Jenkins (2006b, p. 160) para quem o termo „língua internacional‟ tem sido usado
para se referir a diferentes conceitos que pode levar a confusões terminológicas:
Uma complicação para o ILF é o fato do inglês internacional ser às
vezes usado como abreviação para o inglês como língua
internacional, ou ILI, e como um termo alternativo para o ILF. Usado
desta maneira, ele pode ser mal interpretado porque, conforme
Seidlhofer (2004, p. 211) salienta, “isto sugere que há uma única
variedade codificada, claramente distinguível chamada Inglês
internacional, o que certamente, não é o caso”. Além disso, em um
sentido, Inglês internacional é usado para se referir aos ingleses
locais daqueles países de falantes não-nativos, onde ele tem um
papel interno institucionalizado, embora alguns pesquisadores, (por
ex. GORLACH, 1990; TRUDGILL & HANNAH, 2002) também
incluam países falantes de língua materna (círculo interno de
Kachru
.) em suas definições. Por outro lado, o inglês internacional é
também usado em outro sentido, (não discutido por Boston) para se
referir ao uso do Inglês como meio de comunicação internacional
entre os limites lingüísticos e nacionais (primeiramente, mas não
exclusivamente, entre os países do círculo em expansão de Kachru).
Estes dois significados, conforme Seidlhofer (2004, p. 210) observa,
estão, portanto, em “distribuições complementares”. É por causa
deste potencial para confusão que os pesquisadores de ILF preferem
o termo Inglês como língua franca ao termo Inglês como língua
internacional.
Denominação de acordo com o modelo de divisão de países elaborado por Kachru (1985) – três círculos
concêntricos do inglês - em que estes são divididos por três diferentes círculos, a saber: o „circulo interno‟
(países que falam a língua como língua materna, por exemplo, Canadá, USA, Austrália, Inglaterra, etc...); o
„circulo externo‟ (países que adotam a língua inglesa como segunda língua, por exemplo Índia, Singapura,
Filipinas, etc....) e o „círculo em expansão‟ (os países que adotam e ensinam a língua inglesa em caráter de
língua estrangeira, como é o caso de países como o Brasil, Japão, China, etc...).