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eni, para tranquilizar a amiga, dizia:
– Calma! Tudo vai dar certo. 
De repente, Zeni começou a chamar:
– Socorro! Tem alguém aí? Socorro! 
Um pássaro apareceu, e do alto perguntou:
– O que aconteceu formiga para gritar assim?
– A minha amiga está presa, por favor, nos ajude! 
Implorou.
– Esperem, vou buscar ajuda. Dizendo isso, 
desapareceu. 
Instantes depois retornou, trazendo consigo outros 
pássaros. Após muito esforço, eles conseguiram libertar 
Edi. Solidários com a situação das duas, eles se ofereceram 
para levá-las até o Lago Azul. De lá, elas atravessariam 
para a outra margem, nas costas de algum gentil jacaré.
A
ntes de o dia clarear, Edi e Zeni partiram.
A distância entre o formigueiro e o 
roseiral era longa e o caminho perigoso. 
Camaleões e tamanduás habitavam aquelas regiões.
No primeiro dia, tudo transcorreu sem nenhuma 
novidade que mereça relato.
No terceiro dia, ao entardecer, uma forte tempes-
tade 
caiu sobre a oresta. Os pingos que desciam das fo-
lhas pareciam cachoeiras. Edi e Zeni procuraram abrigo, 
por m, encontraram uma cabana abandonada à beira do 
caminho. As duas estavam famintas e com muito frio. Por 
sorte, acharam panos secos, restos de açúcar e um pouco 
de mel. 
Pela manhã, ao retomar a viagem, Edi atolou os pés no 
barro e quanto mais tentava libertá-los, mais afundava. 
Nervosa, começou a chorar.
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