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No presente estudo utilizando a EBIA verificou-se que na área urbana do
município de Sinop/MT, 44,6% das famílias estudadas, vivia em situação de
segurança alimentar (SA), ou seja, tiveram acesso nos 90 dias que antecederam a
entrevista, aos alimentos em quantidade e qualidade adequados e não se sentiam
ameaçados de sofrer qualquer privação de alimentos num futuro próximo.
Prevalência menor que o verificado pela PNAD, para o Brasil (65,2%), Brasil
Urbano (66,7%), Região Centro- Oeste (68,8%) e Mato Grosso (66,9%), semelhante
somente à Região Nordeste, onde 46,4% das famílias estudadas vivia em situação de
segurança alimentar (IBGE, 2006a).
Mais que a metade (55,4%) das famílias vivia em situação de insegurança
alimentar em seus diferentes níveis: 34,3% referiram vivenciar a insegurança
alimentar leve (IAL), ou seja, tinha a preocupação de ficar sem alimento por uma
limitação financeira, 13,6% em insegurança alimentar moderada (IAM), ou seja, tinha
a preocupação relativa ao comprometimento da qualidade da dieta, e 7,5%
insegurança alimentar grave (IAG), ou seja, nesta situação a família vivenciou
concretamente a restrição na quantidade de alimentos para os seus membros, quer
seja adultos ou crianças. Situação pior que o observado pela PNAD, para as situações
de insegurança alimentar moderada e grave para o Brasil (12,3% e 6,5%), Brasil
Urbano (11,4% e 6,0%), Região Centro- Oeste (10,2% e 4,7%) e Mato Grosso
(10,4% e 4,3%), respectivamente (IBGE, 2006a).
CORRÊA (2005), estudando a situação de alimentação e nutrição dos bororos
da terra indígena Perigara: perspectivas de segurança alimentar, observou que, em
períodos de cheia, onde a subsistência ficava mais difícil, apenas 37,5% das famílias
estudadas viviam em situação de segurança alimentar e 62,5% em situação de
insegurança alimentar, destas, 60,0% em insegurança alimentar leve, 20,0% em
insegurança alimentar moderada e 20,0% em insegurança alimentar grave.
PANIGASSI (2005), no estudo realizado em Campinas sobre a percepção de
segurança alimentar intrafamiliar, verificou que 47,% das famílias estudadas viviam
em SA, 35% em IAL e 18% em situação de insegurança alimentar moderada e grave,
somando estas duas situações o presente estudo apresentou maior prevalência
(21,1%). E por SALLES-COSTA et al., (2008), que verificaram em seu estudo, que