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et al., 2001; ARAÚJO, 2009).
Este aparato não é simplesmente um assento que permite
mobilidade e conforto ao indivíduo, uma vez que pode substituir um membro incapaz
(BATAVIA et al., 2001; HUNDERTMARK, 1985). A cadeira de rodas é, portanto, um
substituto mecânico para a perda ou incapacidade de realizar as funções deambulatórias, por
isso é importante que ofereça o máximo de suporte postural e manuseabilidade (HASTINGS
et al., 2003; KENWARD, 1971). No entanto, das cadeiras de rodas prescritas, poucas são
confeccionadas sob medidas individuais. A maioria é construída dentro de um modelo padrão,
com adaptações para acessórios adicionais, que não envolvem alterações na base estrutural
(BATAVIA et al., 2001; KENWARD, 1971). Isto é insatisfatório para um grande número de
usuários de cadeira de rodas, que, em virtude de sua comprometida simetria, têm medidas
desproporcionais e, por isso, muitas vezes, não permanecem adequadamente acomodados
(BATAVIA et al., 2001; KENWARD, 1971; COOK e HUSSEY, 2002).
O assento adaptado deve ser o aparelho mais importante e disponível para qualquer indivíduo
que não possa se assentar confortável, seguro e de forma funcional em uma cadeira de rodas
comercialmente disponível (BATAVIA et al., 2001; HASTINGS et al., 2003; KIRBY et al.,
1995).
Partindo do pressuposto de que a configuração da cadeira de rodas pode modificar o
alinhamento da coluna vertebral, então está diretamente relacionada com a mobilidade
funcional de indivíduos com disfunções neuromusculares (HASTINGS et al., 2003;
JANSSEN-POTTEN, 2001; MYHR e WENDT, 1991). Investigadores acreditam, após
realizarem experiência empírica, que a configuração personalizada da cadeira de rodas
melhora o alinhamento da coluna vertebral do usuário no plano sagital (HASTINGS et al.,
2003; JANSSEN-POTTEN et al., 2000). Estudos anteriores demonstraram que as
especificações da cadeira de rodas também influenciam a estabilidade (BATAVIA et al.,
2001).
A cadeira de rodas adaptada deve ser “terapeuticamente” projetada para melhorar a função
global do paciente (BATAVIA et al., 2001; HASTINGS et al., 2003). A fim de atingir este
objetivo, deve-se visar ao aprimoramento da mobilidade, da postura, do tônus muscular, da
habilidade para comer, digerir e respirar, da interação com o ambiente, a partir da postura
sentada e do desenvolvimento psicossocial e cognitivo (MAJAESS et al., 1993; MAURER e
SPRIGLE, 2004; MAY et al., 2004; MYHR e WENDT, 1991). Através desses benefícios, é