
Psique era a mais nova de três filhas de um rei de Mileto e era
extremamente bela. Sua beleza era tanta que pessoas de várias regiões
iam admirá-la, assombrados, rendendo-lhe homenagens que só eram
devidas à própria Afrodite. Afrodite enviou seu filho, Eros, para fazê-la
apaixonar-se pelo homem mais feio e vil de toda a terra. Porém, ao ver sua
beleza, Eros apaixonou-se profundamente Psique continuava só. Seus pais
procuram um oráculo que disse que deviam levar Psique ao cume de uma
montanha e lá surgiria seu marido, uma terrível serpente, e assim ocorreu.
Ao chegar a montanha Psique sentou e sentiu muito sono adormecendo, ao
acordar se viu num lindo lugar onde foi levada a um castelo escuro lá , na
escuridão encontrou seu marido. Sendo alertada que nunca o poderia ver.
Ao amanhecer o marido não se encontrava lá, sendo assim por muito
tempo. Com saudades de suas irmãs, pediu permissão para visitá-las,
recebendo a permissão do marido, mas ao contar às irmãs que era muito
feliz mas, que nunca vira seu marido foi instigada por elas para vê- lo.
Voltando ao castelo, com uma lamparina tentou vê-lo, viu ao seu lado um
lindo jovem, mas Eros acorda com um pingo de óleo que caiu da lamparina.
Afirmou que o amor não sobrevive às suspeitas e a abandona. Para
recuperar o amor de Eros que realizar três provas e somente depois disto
foi realmente feliz.
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Esta história assemelha-se à conhecida A Bela e a fera. O enredo relata
a história de uma jovem que é obrigada a viver em um castelo, convivendo com um
príncipe transformado em fera. Ela aprende a amá-lo, valorizando sua beleza
interior. Quando o feitiço é quebrado através do beijo entre ambos, “Fera”
transforma-se em príncipe novamente.
É possível observar a similaridade entre estes contos e outros, ainda da
atualidade, encontrados na Rússia, Suécia e Noruega. Este tipo de conto, pontuado
por transformações, se refere à figura feminina enquanto personagem que através
do seu amor redime seu amado. Existe, aproximadamente, há mais de 2.000 anos,
mantendo-se praticamente inalterado em seu conteúdo até os dias de hoje.
Von Franz (1990), a respeito da trajetória dos contos de fadas, cita
documentos como as colunas de papiros egípcios que os descrevem. Um dos mais
célebres, por exemplo, é o conto sobre a história de dois irmãos Anúbis e Bata, que
relata as desavenças entre dois irmãos, projetadas na dupla de deuses. Eles
constantemente brigam entre si, mas dependem um do outro.
Observa-se, então, que os temas básicos dos contos permanecem muito
semelhantes entre si. Outra informação que von Franz fornece é sobre a teoria do
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Disponível em: <http://www.angelfire.com/la/psique/mito.html>