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envolvimento pessoal do Primeiro-Ministro, patente no lançamento da Unidade de 
Missão Inovação e Conhecimento (UMIC) e na aprovação, em Conselho de Ministros, 
do Plano de Acção para a Sociedade da Informação, disponível em www.umic.gov.pt. 
Uma Comissão Interministerial para a Inovação e Conhecimento presidida pelo 
Ministro-Adjunto assegura a indispensável coordenação política e um conjunto de task-
forces  permite juntar esforços na  implementação dos projectos mais relevantes, tais 
como as Compras Electrónicas, o Portal do Cidadão e a Interoperabilidade.  
Mas esta maneira de fazer políticas desafia também o relacionamento tradicional entre o 
Estado e as empresas. Na nova política para a sociedade da informação, o sector público 
e o sector privado abandonam as posições irredutíveis e de fechamento sobre si 
mesmos. O governo português assume sem preconceitos o modelo de parceria público-
privada para pôr em marcha as iniciativas em que a integração dos esforços e dos 
interesses traga benefícios para todos. Mais, a nova política reconhece sem complexos a 
impossibilidade de concretização de projectos essenciais ao desenvolvimento do país 
sem a existência de um efectivo partenariado público-privado.  
O efectivo cumprimento dos objectivos ambiciosos inscritos no plano de acção eEurope 
2005, aos quais Portugal se vinculou, dependem seguramente desta articulação. A 
estratégia europeia é clara e exige, de facto, uma nova abordagem ao problema. Já não 
se trata apenas de massificar o uso das tecnologias da informação e da comunicação, 
trata-se também de estimular a disponibilização de serviços, de aplicações e de 
conteúdos seguros assentes numa infra-estrutura de banda larga amplamente disponível, 
visando a conversão da conectividade em actividades económicas, num ambiente 
favorável ao investimento privado, à criação de emprego e ao aumento da 
produtividade.   
Os desafios que se colocam exigem o lançamento de iniciativas e programas políticos 
que induzam mudanças significativas nos variados domínios da sociedade portuguesa, 
produzindo efeitos mobilizadores e multiplicadores. Exigem, no essencial, uma política 
integrada baseada numa dinâmica reformista e politicamente comprometida, capaz de 
edificar uma sociedade da informação inclusiva e competitiva. Exemplo desta nova 
abordagem nas políticas para a sociedade da informação é o programa e-U (Campus 
Virtuais). 
 
Programa e-U: a maior rede mundial de campus virtuais 
O Programa e-U (Campus Virtuais) foi a primeira iniciativa lançada no quadro da nova 
política para a sociedade da informação. O e-U [www.e-u.pt] é um programa ambicioso, 
na medida em que, pela primeira vez, uma iniciativa deste género se dirige à totalidade 
das comunidades académicas de um país. 
São fundamentalmente quatro os objectivos do e-U: 
•  promover um acesso mais rápido e mais fácil ao conhecimento por parte das 
comunidades académicas, através da instalação de redes de acesso à banda larga 
wireless; 
•  incentivar a utilização de computadores portáteis; 
•  cultivar a cooperação entre as universidades e a sua relação com o mercado; 
•  contribuir para a prossecução das metas ambiciosas inscritas na Iniciativa 
Nacional para a Banda Larga.