
Assim, necessitamos de uma nova escola que aprenda a refle-
tir criticamente e a pesquisar. Uma escola que não tenha medo
de se arriscar, com coragem suficiente para criar e questionar o
que está estabelecido, em busca de rumos inovadores, e em res-
posta às necessidades de inclusão. Como diz Mantoan (1997, p.
68), "[...] cabe à escola encontrar respostas educativas para as
necessidades de seus alunos".
E nesta busca de respostas para atender à diversidade, o pro-
cesso pedagógico fica, com certeza, mais rico, propiciando uma
melhor qualidade de educação para todos. É dessa forma que
todos se beneficiam da educação inclusiva, que todos se enrique-
cem: alunos, professores, família e comunidade.
Então, como atuar numa escola inclusiva? Compreendendo
o aluno portador de necessidades educativas especiais e respei-
tando-o na sua diferença, reconhecendo-o como uma pessoa que
tem determinado tipo de limitação (e, embora as dele sejam de
conseqüências geralmente mais difíceis, todos têm limitações), mas
que também possui seus pontos fortes. Para isso, é necessário que
se abandonem os rótulos, as classificações, procurando levar em
conta as possibilidades e necessidades impostas pelas limitações
que a deficiência lhe traz.
Vale lembrar que o movimento de Educação Inclusiva, frente
à realidade educacional brasileira, deve, ainda, neste início, nesta
fase de transição, ser visto como um grande avanço, quando reco-
menda a matrícula do aluno portador de necessidades educativas
especiais na escola pública regular, porque, ainda hoje, prevalece
entre nós a escola especial como o lugar para essas pessoas.
Acreditamos que, nesse momento, precisamos atuar a favor
de um movimento de "dessegregação", como diz Santos, o que
significa trazer à escola regular aqueles que, até então, nunca ti-
veram acesso a ela, seja por estarem matriculados em escolas es-
peciais, seja porque eram segregados em suas comunidades.
Para tanto, precisamos, valer-nos das diferentes modalidades de
atendimento de Educação Especial expressas na Política Nacional
de Educação Especial (MEC, SEESP, 1994). Estas modalidades de-