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(Rute 4,15), “O anjo Rafael, como um dos sete anjos que tem sempre acesso à glória do
Senhor” (Tobias 12,15), “Sete dias de festa - Esdras enviado pelo rei e pelos sete conselheiros”
(Esdras 6,22; 7,14 ), “Sete lâmpadas - Sete canais - Sete olhos” (Zacarias 3,9; 4,2.10), “As sete
vezes em que Naamã, o sírio, se lavou nas águas do Jordão, para curar-se da lepra” (2
o
livro dos
Reis 5,10.14), (ARAÚJO, 2003). Já em Gênesis encontramos a referência à morte de Caim que
seria vingada sete vezes.
No Novo Testamento, por sua vez, há os sete milagres do evangelho dos quais o mais
conhecido é o milagre da multiplicação dos pães, em que Cristo utiliza-se de cinco pães e dois
peixes para fazê-lo, ou seja, sete elementos ao todo. Os principais fatos e milagres por Ele
realizados fundamentam as suas sete auto proclamações: “Eu sou o pão da vida”, “Eu sou a luz
do mundo”, “Eu sou a porta”, “Eu sou o bom pastor”, “Eu sou a ressurreição e a vida”, “Eu sou
o caminho”, “Eu sou a videira”. Além disso, são sete as bem-aventuranças, os demônios
expulsos de Maria Madalena, e as ocorrências dos símbolos apocalípticos: sete igrejas, sete
espíritos, sete candelabros, sete selos, sete anjos, sete trombetas, sete pragas e sete taças (OP.
CIT).
A Bíblia usa a simbologia do sete para dizer ainda que se deve perdoar sempre, não
apenas sete vezes e sim setenta vezes sete, isto é, infinitas vezes. São sete as virtudes cristãs: três
teologais (fé, esperança e caridade) e quatro morais ou cardeais (prudência, justiça, fortaleza e
temperança); sete os dons do Espírito Santo: (Cf. Isaías 11,1-3) sabedoria, entendimento,
conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus); sete os sacramentos: batismo, eucaristia,
crisma, penitência, unção dos enfermos, ordem e matrimônio; e sete os pecados capitais.
(VÁRIOS, 1987).
Além da Bíblia, percebe-se a importância do número sete no Alcorão, livro sagrado dos
muçulmanos e maometanos; no Mânava-dharma Castra, livro sagrado brâmane das leis indianas;