
15
em cheio o comércio transatlântico que ligava Portugal, Pernambuco e Angola através
do açúcar,
pau
-
brasil e escravos.
Evidentemente, isso afetou as redes comerciais que
interligavam esses três pontos do Atlântico.
Essa referência ao espaço Atlântico é pr
esente sobr
etudo
em trabalhos relativos ao
comércio transatlântico de escravos.
18
Pieter Emmer é outro autor que desenvolveu bem
a expansão neerlandesa no Atlântico.
O ponto central do capítulo são as experiências luso
-
neerlandesas no Atlântico,
destacan
do a expansão holandesa na África e no Brasil. Merece destaque o caráter
Atlântico da guerra de resistência em Pernambuco, tendo como exemplo os
deslocamento de tropas e o abastecimento das milícias pernambucanas. Merece destaque
também o fato de que a ocu
pação de Pernambuco mexia com a geopolítica das coroas
ibéricas com relação a possível ocupação holandesa, a partir de Pernambuco, de outras
partes do Brasil como Bahia, Rio de Janeiro, Maranhão e Pará.
19
Convém não esquecer
que a preocupação com a porção
norte do Brasil se deu em função com a proximidade
com o Caribe, que era por ande era escoada oficialmente a prata vinda de Potosi.
Preocupação, ressalte
-
se, mais para a Espanha
a
esse respeito.
18
Sobre os clássicos trabalhos acerca da escravidão no Atlântico veja
-
se: BOOGAART, Ernest
van den.
The trade between Wers
ten África and the Atlantic World, 1660
-
90. In: Journal of African History, 1992,
pp.
353
-
75; BOOGAART, Ernest van den e EMMER, Pieter C. The Dutch participation in the Atlantic
slave trade 1596
-
1650. In: J. Hogendorn e H. G
emery.
The uncommon market, Nova York, 1979, pp. 353
-
375. DUNN, Richard.
Sugar and Slaves
–
The rise of the planter class in the English West Indies, 1623
-
1713, Londres, 1972; ELTIS, David.
Economic growth and the ending of the transatlantic slave trade. N
ova
York. 1987. Idem, The relative importance of slaves and commodities in the Atlantic trade of seventeenth
century Africa.
In: Journal of african History., vol. 35, 1994, pp. 237
-
249;
EMMER, Pieter. The Dutch and
da making of the second Atlantic system.
In: Barbara L. Solow (org). Slavery and the rise of the Atlantic
system. Nova York, 1991, pp.71
-
95;
FAGE, J. D. African societies and the Atlantic slave trade.
In: Past
and Present, No 125, 1989, pp. 97
-
115; KLEIN, Herbert S. O tráfico de es
c
r
a
vos no Atlân
tico.
–
Ribeirão
Preto, SP: FUNTEC Editora, 2004; Idem, Recent trends in the study of Atlantic slave trade.
In: História y
Sociedad,
vol.
I, No 1, Porto Rico, 1988; KLEIN, Martin. The impacts of the Atlantic
slave trade on the
societies of Western Sudan.. In: The Atlantic slave trade
–
effects on economies, societies, and peoples in
Africa, the Americas and Europe. Londres, 1992; MILLER, Joseph. Mortality in the Atlantic slave trade
–
Statistical evidence on causality.In: Journal of Interdisciplinary Histor
y, 1981, pp. 385
-
423; POSTMA, J.
M. The Dutch in the Atlantic slave trade (1600
-
1815).
New York, 1980.; idem, The dispersal of African
slaves in the West by Dutch slae traders.
In: J. E. Inikori e S. L. Engerman. The Atlantic slave trade
–
effects on econo
mies, societies, and peoples in África, the américas and Europe.
Londres, 1992; RUSSEL
-
WOOD, A. J. R. Iberian expansion and the issue of Black slavery
–
Changing
P
ortuguese attitudes
1440
-
1770.
In: The American Historical Review, Vol. 8
3, No 1, 1978, pp.16
-
42.
19
Para esta parte do trabalho foram importantes algumas fontes portuguesas acerca da capitania de
Pernambuco e colhidas no Projeto Resgate. Inclusive mostrando qual era o estado dessa capitania nos anos
que precederam a invasão em fevereiro de 1630
. Isso tem como objetivo maior mostrar o “mundo” (já em
plena formação) que os holandeses encontraram.
This watermark does not appear in the registered version - http://www.clicktoconvert.com