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É importante notar que tais indicadores podem representar bons resultados
para a empresa somente se apresentarem eficiência no que diz respeito à relação
custo-benefício (DOWLING, UNCLES, HAMMOND, 2003, p. 310). Não adianta, por
exemplo, aumentar a retenção a qualquer custo, porque o resultado, no final do dia,
não será positivo. Por essa razão, é importante considerar a possibilidade de extrair
o retorno sobre o investimento.
A primeira dificuldade encontrada quando se busca estabelecer um retorno
sobre o investimento é a medição do custo total do programa. Isso ocorre porque tal
atividade envolve diferentes tipos de gasto, como “custo de implantação, custo de
cadastro (geralmente inclui custo de promoção e propaganda), custo de TI (base de
dados, hardware, software), custo de produção, custo da premiação, do
gerenciamento” (DOWLING, UNCLES, HAMMOND, 2003, p. 306), e muitas
organizações apresentam dificuldade para consolidar essas informações.
O segundo obstáculo diz respeito à dificuldade de interpretar as informações
de vendas relacionadas ao programa: “Não aceito a idéia de que algum dia iremos
gerar a cura universal da medição; é uma procura por um fantasma e continuará
sendo ficção científica. Tentar medir quantitativamente, um por um, os inumeráveis
fatores e influências em marketing é um beco sem saída” (GUMMESSON, 1997,
p.221).
Segundo Meyer-Waarden (2007), há pouco estudo empírico sobre o impacto
dos Programas de Fidelidade no comportamento dos compradores, e as pesquisas
que existem trazem diferentes conclusões. Alguns estudos conseguiram encontrar
uma correlação positiva entre programas de fidelidade e comportamento fiel do
cliente (BOLTON et al., 2000 apud ROSENBAUM et al., 2005, p.222). Outros
autores verificaram uma correlação “mista” (SMITH et al., 2003; YI, JEON, 2003;
KIVETZ, SIMONSON, 2002 apud ROSENBAUM et al., 2005, p.222), ou mesmo
inexistente (LIBERMANN, 1999; DIVETT et al., 2003; MCLLROY, BERNETT, 2000;
O’BRIEN, JONES, 1995; SHARP, SHARP, 1997; SMITH et al., 2003 apud
ROSENBAUM, 2005, p. 222) entre os dois elementos. Para Dowling e Uncles
(1997), “[...] existe muita contradição entre os resultados de vendas e muitos dos
dados são extraídos de pesquisas pobremente desenhadas” (DOWLING, UNCLES,
HAMMOND, 2003, p. 307). Para esses autores, cada empresa deve analisar