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cedente, como sendo a variante melhor atestada. Sabemos então que, no nosso
contexto, tem o sentido de "eles" (Taylor, 2001, p. 38).
Deparamo-nos a seguir com a preposição ex. Segundo Taylor (2001, p. 66),
ela indica a origem, a fonte:
prep. com o abl., "indicando êxodo ou emissão de, ou separação de alguma coisa
com a qual houvera íntima conexão" - Thayer; § 588, 629, 634, 635, 661, do interior,
de dentro, de; por; da parte de; do partido de; o contexto revela se "ex" salienta sua
idéia normal de saída do interior para fora, ou se a idéia é de ponto de partida, ou da
superfície, sem afirmar ou negar anterior presença no interior, que geralmente é a
idéia de "apó"; usado para expressar lugar, origem, fonte, causa, estado prévio, ma-
terial, preço, dependência, tempo, sucessão e idéia partitiva (...). (sublinhamos)
Em nosso texto, acreditamos que ex seja utilizada em seu sentido comum de
origem, da direção de dentro para fora, de saída do interior para o exterior.
Finalizando, o evangelho em grego traz a expressão ton hyparchonton, que
nos remete para o genitivo plural do particípio do presente do indicativo ativo de
hyparcho. O verbo hyparcho, ainda segundo o dicionário de Taylor (2001, p. 229)
significa:
sou, estou; etim., indicava sou original ou essencialmente, subsisto, mas o uso po-
pular o tornou sinônimo de "eimi" ou "ginomai" no mais dos passos, talvez permane-
cendo a significação original em Fil. 2:6; "uparxei moi" = tenho; "ta uparxonta" as
possessões, bens, as coisas que possui alguém; "uparxein en" = haver em.
Taylor sugere que o verbo hyparcho mantém sua significação original em Fi-
lipenses 2,6. Iremos, portanto, pesquisar o versículo em busca deste significado.
Para tanto, inicialmente vejamos como o verbo se apresenta no versículo em grego:
hós en morfê theú hyparchon. Uma nota da TEB a este versículo nos informa que
Os vv. 6-11 constituem um hino que alguns crêem anterior a Paulo. As diversas eta-
pas do mistério de Cristo aí estão marcadas, cada uma numa estrofe: a preexistência
divina, o aniquilamento da encarnação, o aniquilamento (2,7) ulterior da morte, a glo-
rificação celestial, a adoração do universo, o título novo de "Senhor". Trata-se do
Cristo histórico, Deus e homem, na unidade da sua personalidade concreta, que
Paulo jamais divide, se bem que distinga seus diversos estados de existência (cf. Cl