
59
aprisionados de esta manera (...)”. Lemos: “(...) de noche sin conocer el sosiego, andando a
tientas como dormidos y pisando con pasos que parecían golpear sobre la sepultura de
Tanilo
126
”. Portanto, “más que por la sociedad, son atrapados por la realidad de su propia
culpa
127
”. E a atitude que o homem tem nos seus atos e ritos é o resultado da “concepción que
el hombre tiene del mundo y de lo divino
128
”. Afirma Choubey (1995) que “la condición del
hombre y el estado de la realidad de que habla Rulfo no son distintos de la perspectiva
racional e histórica
129
”. E, na leitura de Camorlinga (2003), vemos que Rulfo “reduce la
multiplicidad de los temas a un tríplice denominador común: el amor, la vida, y la muerte
130
”.
Observamos que vida e morte têm presença marcante neste conto: “el via crucis del
camino a Talpa es un modo de vivir la vida que no redime”. E por causa da não-redenção nos
afirma Báez: “se organiza en una gran retrospectiva que arranca del llanto de Natalia, llanto
que promueve en los peregrinos la consciencia de la culpa
131
”. Acaso ouviu como Caim:
"onde está teu irmão?” (Gn 4,9)
132
. E apesar do aconchego nos braços da mãe, Natalia não
consegue unificar seu mundo interior. Enquanto seu cunhado - narrador-personagem - percebe
o percurso da vida a partir da culpa
133
e conclui que deverão seguir, “porque aqui estamos
muy cerca del remordimiento y del recuerdo de Tanilo
134
” E como Caim, conclui que a culpa
era muito pesada para suportá-la" (Gn 4,14)
135
.
O narrador sente-se dessa maneira e desabafa: “nunca había sentido que fuera más lenta y
violenta la vida como caminar entre un amontonadero de gente (…)
136
”. Tamanha foi a decepção do
126
RULFO, Juan. Obra Completa. Caracas: Biblioteca Ayacucho, 1985, p. 34. “O destino dos personagens de
Rulfo é ficarem prisioneiros desta maneira (...). De noite sem conhecer o sossego, andando a apalpadelas como
adormecidos e pisando com passos que pareciam golpear sobre a sepultura de Tanilo”.
127
FRANCO, Jean. Historia de la literatura hispanoamericana. Ariel: Barcelona, 2001, p. 317. “(...) mais que
pela sociedade, são agarrados pela realidade de sua própria culpa”.
128
JIMÉNEZ, Yvete de Báez. Juan Rulfo: del Páramo a la esperanza - una lectura crítica de su obra. 2ª ed.
México. D. F.: FCEM, 1994, p. 83. “(...) da concepção que o homem tem do mundo e do divino.”
129
CHOUBEY, C. B. Juan Rulfo: lo real, no lo mágico. In: Fragmentos. Florianópolis, v. 1, n. 27, 1995, p. 15.
“a condição do homem e o estado da realidade de que fala Rulfo não são diferentes da perspectiva racional e
histórica”.
130
CAMORLINGA, Rafael A. Religión y ficción en la narrativa de Juan Rolo. México D.F.: UNAM, 2003, p.
59. “Rulfo reduz a multiplicidade dos temas a um tríplice denominador comum: o amor, a vida e a morte.”
131
JIMENÉZ, Ivette de Báez. Juan Rulfo: Del Páramo a la esperanza una lectura crítica de su obra 2º ed.
México D.F.: FCEM, 1994, p. 84. “(...) se organiza em uma grande retrospectiva, arrancando o choro de Natalia,
choro que promove nos peregrinos a consciência da culpa”.
132
BIBLIA DE JERUSALÉM. São Paulo: Paulinas, 1981.
133
JIMÉNEZ, Ivette de Báez. Juan Rulfo: Del Páramo a la esperanza una crítica de su obra. 2ª ed. México,
D.F.: FCEM, 1995, p.84.
134
RULFO, Juan. Obra Completa. Caracas: B. Ayacucho, 1985, p. 40. “(...) porque aqui estamos muito
próximos do remorso e da lembrança de Tanilo”.
135
BIBLIA DE JERUSALÉM. São Paulo: Paulinas, 1981.
136
RULFO, Juan. Obra Completa. Caracas: B. Ayacucho, 1985, p. 37. “(...) nunca havia sentido que fora mais
lenta e violenta a vida como caminhar entre um amontoado de gente; como se fôssemos um amontoado de larvas
debaixo do sol, retorcendo-nos entre a cerração de pó que nos envolvia a todos na mesma vereda e nos levava
como encurralados.”