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2002; Sved et al., 2002) e aminoácidos inibitórios (Willette et al., 1984; Araújo et al.,
1999). Adicionalmente, receptores opióides podem ser encontrados em células pré e
pós-sinápticas do RVLM, sendo ativados por hipotensão hemorrágica (Guyenet,
2000; Aicher, 2001; Guyenet et al., 2002) e modulando respostas cardiovasculares à
estimulação muscular (Caringi et al., 1998; Ally et al., 2002).
1.2 ÁREA CAUDOVENTROLATERAL BULBAR (CVLM):
Estes autores, Feldberg & Guertzenstein em 1976, também demonstraram uma
região da superfície ventral bulbar, localizada entre o núcleo ambíguo e o núcleo
reticular lateral (Willette et al., 1983; Li & Blessing, 1990; Masuda et al., 1991), hoje
conhecida como CVLM (Caudal ventrolateral medulla), que quando estimulada pela
nicotina apresentava uma resposta hipotensora. O CVLM é, assim, considerado um
centro simpatoinibitório que contribui para a manutenção da pressão arterial em
níveis normais (Willette et al., 1983; Chalmers & Pilowsky, 1991; Blessing, 1991;
Cravo & Morrison, 1993; Aicher et al., 2000; Schreihofer & Guyenet, 2002).
Estudos das vias neurais relacionadas com o CVLM, com a aplicação de
marcadores anterógrados (biocitina) e retrógrados (horseradish peroxidase)
confirmaram que as células A1 das conexões do CVLM para o RVLM, provenientes
do NTS (Aicher et al., 1995), estão envolvidas no barorreflexo e, por conseguinte, na
modulação do controle tônico da pressão arterial (Cravo et al., 1991; 1993).
Projeções descendentes de diferentes áreas do hipotálamo (Saper et al., 1976;
Badoer et al., 1993; Lovick, 1993), córtex (Ally, 1998) e diversas outras áreas
(Ciriello et al., 1986; Krukoff et al., 1993; Ally et al., 2002) também podem modular a
atividade dos neurônios do CVLM, responsáveis pelo controle tônico da pressão
arterial, modificando a atividade simpática em situações de estresse, contração
muscular e outros estímulos comportamentais.
Dentre as muitas funções fisiológicas atribuídas ao CVLM está a modulação do
arco reflexo ativado pelos baroreceptores (Jeske et al., 1993; Dampney, 1994;
Spyer, 1994; Aicher et al., 2000) e pelo reflexo de Bezold-Jarisch, estimulado por
quimiorreceptores (Vardhan et al., 1993; Gireoba et al., 1995). Estes reflexos,
quando ativados perifericamente, causam primeiramente a liberação de aminoácidos
excitatórios em sinapses de neurônios no NTS (Vardhan et al., 1993; Sved &