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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA E TEOLOGIA
MESTRADO EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO
A ALQUIMIA DO ORÁCULO:
BUSCAR A TRANSFORMAÇÃO, TENDO COMO
ESTÍMULO O SISTEMA SIMBÓLICO
JERÔNIMO MOREIRA DE OLIVEIRA
Goiânia
2007
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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA E TEOLOGIA
MESTRADO EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO
A ALQUIMIA DO ORÁCULO:
BUSCAR A TRANSFORMAÇÃO, TENDO COMO
ESTÍMULO O SISTEMA SIMBÓLICO
JERÔNIMO MOREIRA DE OLIVEIRA
Dissertação de Mestrado em Ciências da
Religião da Universidade Católica de Goiás-
UCG, para obtenção do grau de Mestre.
Orientação Prof. Dr. José Carlos Avelino da
Silva.
Goiânia
2007
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4
Agradecimentos
Existem parâmetros de mensuração em nossas vidas que os ‘instrumentos’,
muitas vezes, não podem aferir. Agradecimentos fazem parte destes parâmetros.
Durante os anos da minha existência muitos fatos, muitas ações, muitos sonhos,
muitos momentos felizes, muitos momentos tristes, não foram vivenciados sozinho.
Quando o meu Sagrado foi elaborar estes agradecimentos profundos, que
sensação numinosa/tremenda: - ajudaram o meu Sagrado inúmeras pessoas,
desculpem-me não poder enume-las, mas saibam que a sintonia é sincera. As
pessoas que eu referir aqui é para compor o meu CAV-Deu$, que são os meus
amigos; minha família: meus filhos, principalmente, Hum (Humberto); os meus
cachorros (mesmo não compreendendo a linguagem falada) compreenderam e
compreendem o sistema simbólico; amigos do DRH/UCG; Colegas da UCG; e, os
professores do Mestrado em Ciências da Religião.
Quanto ao CAV-Deu$, este agradece ao meu orientador prof. José Carlos
Avelino da Silva; a amiga Teresinha Dantas Caixeta, pelas inúmeras leituras do
trabalho; a amiga profa. Regina cia, pelas correções do corpo físico e alma do
trabalho; ao prof. Joel Antônio Ferreira pelas sugestões para a compreensão do
trabalho; ao casal Del Prette pelos encontros nas habilidades sociais, carinho e
atenção dedicadas; aos professores do Mestrado em Ciências da Religião que em
cada encontro fortaleciam e ajudaram-me a construir o meu CAVI-Sagrado para que
a minha equilibrante buscasse a saúde física e mental; a secretária do Mestrado em
Ciências da Religião, Geyza, sempre amável e prestativa às informações solicitadas;
a amiga Andréa Magalhães pela correção da metodologia científica do trabalho; aos
amigos Cláudia e André Alves, André Barros de Sales pela semântica do abstract e
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apoio ao trabalho nas leituras com comentários. Os nomes citados compõem o
sistema simbólico dos outros que não foram citados, mas que estão na sintonia do
abraço que o meu cérebro faz ao meu coração. Muito obrigado!
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RESUMO
OLIVEIRA, Jerônimo Moreira de. A Alquimia do Oráculo: Buscar a Transformação,
tendo como Estímulo o Sistema Simbólico. Dissertação (Mestrado em Ciências da
Religião). Universidade Católica de Goiás, 2007. 85p.
Esta tese é da utilidade da religião, religiosidade e arquétipos. A questão é:- a
compreensão do real e imaginário direciona a pessoa para uma melhor situação em
sua vida? Para responder a esta questão teria de saber qual é o significado da frase-
“...uma melhor situação em sua vida”. Uma vez que a religiosidade esteja de acordo
com dizer/fazer do Outro, estes são, considerados de teor moral e as ações são
utilizadas na conduta como uma visão sociológica para determinar como estas
ações são efetuadas para a compreensão religiosa. Como seria a alquimia da mente
em tempos passados vistas pelo sistema simbólico de hoje? Exemplificando, hoje
temos um (CAVI) Ciclo de Aprendizagem Vivencial do Imaginário muito forte/virtual-
a tecnologia, que passa a ser o nosso (CAV) Ciclo de Aprendizagem Vivencial e o
CAVI dos nossos antepassados. A interação dos arquétipos nos gêneros (pai/mãe)
nos faz compreender a alquimia do oráculo: buscar a transformação tendo como
estímulo o sistema simbólico do CAV e do CAVI que somados formam a resultante.
Palavras-chave: religiosidade, CAV, CAVI, alquimia, simbolismo, arquétipos.
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ABSTRACT
OLIVEIRA, Jerônimo Moreira de. A Alquimia do Oráculo: Buscar a Transformação,
tendo como Estímulo o Sistema Simbólico. Master`s Degree Thesis. Universidad
Catholic of Goiás, 2007. 85p.
This thesis is useful to religion, religiousity and archetypes. The question is:- does
understanding of the real and the imaginary conducts a person to a better situation in
his/her life? To answer this question one would have to know the meaning of the
phrase - “…a better situation in his/her live”. Once the religiosity according to tell of
the Other, these are, considered of moral tenor and the actions are used in the
conduct as a sociologic vision to determine how these actions are done to the
religious comprehension. How would be the mind’s alchemy in old times seem
through today’s symbolic systems? Exemplifying, today, we have a CAVI (Ciclo de
Aprendizagem Vivencial do Imaginário Imaginary’s Lively Learning) very
strong/virtual – the technology that became CAV (Ciclo de Aprendizagem Vivencial –
Lively Learning Cycle) and the ours forefathers CAVI. The interaction of archetypes
in the gender (father/mother) makes us comprehend the oracle’s alchemy : seek the
transformation as a stimulus the symbolic system of the CAV and CAVI together
form the resultant.
Key words: religiousity, CAV, CAVI, alchemy, symbolism, archetypes.
8
Lista de Figuras
Figura 1 - Modelagem do CAV e CAVI.........................................................................21
Figura 2. Meia-Lua Imaginária......................................................................................28
Figura 3. Metáfora do Líder..........................................................................................37
Figura 4. Dimensões do Eu e do Outro ........................................................................42
Figura 5. Dimensão 1 união Dimensão 3 ....................................................................43
Figura 6. Interseção dos Valores dos Grupos Religiosos............................................43
Figura 7. O Caminho da Religiosidade.........................................................................64
Figura 8. Resultante entre os elementos que compõem a religiosidade ......................66
Figura 9. Harmonograma buscando o PED..................................................................67
Figura 10. Relações entre o CAV e o CAVI na Construção do Sagrado Coletivo........77
9
Lista de Quadros
Quadro 1: Relação das Criações de Deus ...................................................................46
Quadro 2: Pai Nosso Empreendedor............................................................................63
Quadro 3: Comparação entre as Dimensões Física Deficiências e Comportamento
– Propensão..................................................................................................................65
Quadro 4: Analogia e Sistema Simbólico do Mundo Real e Imaginário .......................78
10
SUMÁRIO
Resumo.........................................................................................................................5
Abstract.........................................................................................................................6
Lista de Figuras............................................................................................................. 7
Lista de Quadros........................................................................................................... 8
1 A ALQUIMIA DO ORÁCULO: BUSCAR A TRANSFORMAÇÃO TENDO
COMO ESTÍMULO O SISTEMA SIMBÓLICO ...................................................11
2 O ORÁCULO E A ALQUIMIA ............................................................................23
2.1 A PRÁTICA COM O ORÁCULO.........................................................................23
2.1 O PODER PSICO-ECONÔMICO-SOCIAL TENDO COMO REFERENCIAL
PARTE A BÍBLIA ................................................................................................27
2.2 REFERÊNCIAS DE ALGUMAS CARACTERÍSTICAS PATRIARCAL E DE
TRIBALISMO ENCONTRADAS NA BÍBLIA........................................................29
2.3 INTERAÇÃO ENTRE CULTURA E SISTEMA SIMBÓLICO ..............................31
2.3.1 O Conhecimento das Mensagens como Forma de Oráculo...............................36
2.3.2 Provérbios de Agur como Mensageiro da Transcendência de Deus e da
Sabedoria...........................................................................................................38
2.4 A ALQUIMIA COMO SISTEMA SIMBÓLICO DE TRANSFORMAÇÃO..............40
3 RELAÇÃO ORACULAR ENTRE O CORPO DO SER HUMANO E A BÍBLIA
SAGRADA..........................................................................................................45
3.1 A RELAÇÃO ENTRE O EU (CAV) E O OUTRO (CAVI).....................................45
3.2 A VISÃO DE JUNG SOBRE A BÍBLICA E O CRISTIANISMO...........................54
11
3.3 INTERPRETAÇÃO DO CAVI DOS SONHOS E COMPLEXIDADES DAS
PERCEPÇÕES...................................................................................................55
4 A ALQUIMIA DO ORÁCULO.............................................................................61
4.1 ORIGEM DO ORÁCULO DE DELFOS...............................................................61
4.2 BUSCAR A TRANSFORMAÇÃO ATRAVÉS DA RELIGIOSIDADE...................62
4.3. HARMONOGRAMA NAS RELAÇÕES RELIGIÕES, RELIGIOSIDADE
CULTURA ..........................................................................................................67
4.4. O CAVI: CICLO DE APRENDIZAGEM VIVENCIAL DO IMAGINÁRIO...............68
5 CONCLUSÃO.....................................................................................................74
REFERÊNCIAS ............................................................................................................81
12
1 A ALQUIMIA DO ORÁCULO: BUSCAR A TRANSFORMAÇÃO TENDO COMO
ESTÍMULO O SISTEMA SIMBÓLICO
O tema desenvolvido mostra dois elementos simbólicos que buscam a síntese
hegeliana, pelo equilíbrio ou cura pelo auto-conhecimento. O primeiro elemento é o
consultante, representado aqui, neste estudo, pelo Ciclo de Aprendizagem Vivencial
(CAV). Esse CAV representa o mundo simbólico do profano, ou seja, o Deu$ (deus
cifrão). O segundo, é constituído pelo consultado ou oráculo e será representado
pelo Ciclo de Aprendizagem Vivencial do Imaginário (CAVI). Esse CAVI representa o
mundo do Sagrado. O consultante está em busca da transformação representada
por esse sistema simbólico que constitui o objeto de estudo. Da resultante desta
relação forma-se a síntese equilibrante. A resultante é o mundo Profano e a
equilibrante é o mundo Sagrado, estes dois ‘mundos’ fazendo parte de um corpo-
mente.
A justificativa para esta relação resultante-equilibrante está embasada no
argumento de que todos nós, seres humanos, sentimos em determinado momento
um certo vazio na nossa existência. Essa necessidade existencial humana nos leva
à busca transcendental ou a valorizar o simbolismo da religiosidade. Isto pode ser
comprovado na constante busca de o ser trabalhar com o vazio o seu existencial. A
compreensão dos estímulos representados no binômio pergunta-resposta passa
pela compreensão religiosa que direciona a pessoa para um crescimento integral de
seus corpos físico, mental, emocional, espiritual e conseqüente auto-conhecimento.
Esta melhor situação vai depender do que este Eu – sente/pensa em relação ao que
o Outro – diz/faz.
13
O ser humano é um suporte simbólico, ‘faz parte’ do sistema simbólico e, ao
mesmo tempo, constitui o ‘todo’ do simbolismo. Quando se refere a ‘fazer parte de’
tem como símbolo o mundo microcósmico em detrimento do mundo Superior
(macro). Por exemplo, o braço é uma ferramenta que compõe todo o sistema
orgânico, ele tem como símbolo a alavanca interfixa que faz parte do Ciclo de
Aprendizagem Vivencial (CAV) - a ação no dia-a-dia, quando se coloca o braço para
exercer as suas funções físicas. Este braço faz “parte de”, é mais fácil entender este
processo quando o ser humano tem os dois braços (paradigma do normal); torna-se
mais difícil a compreensão do CAV, para o ser humano que não tem um ou o outro
braço, porque a referida normalidade não faz parte do dia-a-dia deste ser humano
carente do braço ou de braços, implicando um maior esforço para vencer os desafios
do mundo Superior.
Para responder aos questionamentos do ser humano que busca a
materialização do CAV, por meio do Ciclo de Aprendizagem Vivencial do Imaginário
(CAVI), em sua consulta ao oráculo (relação entre o consultante e o consultado),
faz-se necessário que a compreensão tenha sintonia com o sentimento do Eu, de
acordo com o sentir/pensar do Sagrado do consultado.
Quando uma pergunta é realizada pelo consultante ao consultado ou oráculo,
este te de saber qual o significado da consulta, para que haja maior sintonia entre
o estímulo e o evento que se deseja apresentar.
Uma vez que a religiosidade esteja de acordo com o dizer/fazer do Outro,
estes são considerados de teor moral e as ações são utilizadas na conduta como
visão sociológica para determinar como estas ações são efetuadas pela
compreensão religiosa. Como seria a alquimia da mente em tempos passados vista
14
pelo sistema simbólico de hoje? Exemplificando, hoje temos um CAV muito
forte/virtual – a tecnologia, carente no CAV dos nossos antepassados.
O objeto de estudo está direcionado à ontologia entre o CAVI e o CAV para
dar uma resposta a esta questão, o CAVI representa o mundo simbólico do ser
humano; o CAV, as ações realizadas pelo ser humano para estar de bem com a vida
e tendo a satisfação com o seu próprio Sagrado.
Dependendo do oráculo, ele poderia dar outra resposta a essa questão;
poderia ser em condições muito diferentes ou idênticas da atual, quando o
consultante tem novas experiências com Deus (o Outro de acordo com a Bíblia): “O
homem é segundo a imagem e semelhança de Deus”. A nova metodologia está
baseada nesta relação/propriedade ontológica: a é semelhante a b’, cumprindo as
propriedades: reflexiva, simétrica e transitiva.
É importante a correlação entre o CAVI e o CAV, porque com o tempo o
sentimento de pertença a um ou ao outro ciclo do objeto de estudo se distancia,
então, perda da característica de ser parte do real e/ou imaginário, induzindo a
um vazio existencial.
Neste cenário de buscar uma explicação para esta introspecção inicial lança-
se mão de um objetivo geral que é o de correlacionar o sentir e o pensar do EU com
o dizer e o fazer do OUTRO numa relação dinâmica entre o Ciclo de Aprendizagem
Vivencial (CAV, do Eu) e o Ciclo de Aprendizagem Vivencial do Imaginário (CAVI, do
Outro).
A trajetória do trabalho nos conduz a uma visão holística do CAV, este vai
constituir as derivadas (outras partes menores), para a análise dos objetivos
específicos que são:
- Explicar a relação entre o Eu e o Outro;
15
- Definir DeuS no sentir/pensar de um CAV do ser humano que nasceu no
Brasil;
- Aplicar o Harmonograma nas relações entre Religiões, Religiosidade e
Cultura.
Dando continuidade a esta trajetória, surgiu uma questão fundamental: qual é
a resultante entre o CAV e o CAVI?
Para a busca heurística, “de acordo com o significado de heurística no
dicionário Aurélio, ela pode ser definida como padrões, modelos, invenções e a
busca para resolução de problemas” (FERREIRA, 2004), houve a necessidade de
uma hipótese de que o CAV do ser humano está argumentado no momento em que,
nascemos, crescemos (desenvolvemos) e morremos, mas o apego ao corpo não o
deixa morrer, ou até mesmo pensar em morte, porque este não está preparado para
a passagem. Quando o CAVI entra em cena surgem as dúvidas e incertezas,
conseqüentemente, ele busca uma explicação. O sentimento de amor (percebido
como sendo a alma), que o ser humano sente junto ao corpo e o querendo perdê-
lo, busca dar continuidade a ‘este prazer de existir’ e uma explicação para a
continuidade da felicidade da existência.
Como a resultante entre o CAV e o CAVI busca a sua equilibrante por meio
do Ponto de Equilíbrio Dinâmico no corpo-alma?
Para que a questão científica seja respondida pelo CAV-brasileiro, é
necessária uma nova metodologia baseada em uma revisão bibliográfica, na
aplicação de conceitos dinâmicos e cognitivos, além da experiência da relação entre
o CAV e CAVI do ser humano brasileiro, vivenciada em Psicologia Experimental em
Processos da Percepção, para que a relação entre Eu-Outro seja apreendida numa
visão das Ciências da Religião.
16
A técnica conceitual faz comparações dos registros de uma pesquisa
qualitativa de trabalhos realizados em grupos de diferentes culturas, considerados
importantes para correlacionar o Ciclo de Aprendizagem Vivencial do Imaginário com
o Ciclo de Aprendizagem Vivencial.
Percebe-se, então, que os programas em linguagem natural e os processos
da percepção sejam utilizados para potencializarem os estímulos que podem ser
traduzidos pelos seres humanos como apoio e o sensíveis aos fenômenos
religiosos, constituindo respostas para resolverem os conflitos existenciais,
satisfazendo o seu Sagrado.
Assim, este trabalho está estruturado em 3 partes:
I) Início: a modelagem do CAV e CAVI, o que são?;
II) Meio: a construção do Sagrado coletivo tendo como referência parte da
Bíblia;
III) Fim: a aplicação do CAV e CAVI para a construção da resultante entre
Religiões, Religiosidade e Cultura através do harmonograma.
Em continuação, apresentam-se as vertentes que são orientadoras dos
argumentos na conduta da área do saber das Ciências da Religião. As informações
passadas para a argumentação do tema, a alquimia do oráculo: buscar a
transformação tendo como estímulo o sistema simbólico estão fundamentadas nos
seguintes pilares:
a) O oráculo e a alquimia: Uma vez que a religião está de acordo que grupos
de ações são contados de caráter moral, alguns deles são usados na conduta como
visão sociológica para determinar como estas ações eram efetuadas pela
compreensão religiosa. Além desta visão de como uma alquimia da mente que
17
anteriormente pertencia ao sistema simbólico (CAVI) do objeto de estudo (o
consultante) passa a pertencer hoje ao CAV deste consultante.
b) Relação oracular entre o corpo do ser humano e a Bíblia Sagrada: a
relação entre o CAV e o CAVI perpassa pela Teoria da Informação, versus o
Argumento do Adversário. Este adversário não é sinônimo de inimigo, mas será
considerado nesta relação como agente ativo no processo de crescimento, de auto-
conhecimento e de entendimento na interpretação dos ajustes e aproximações da
relação entre o Eu-Outro na busca do Sagrado. Em síntese, DeuS é o CAV, e o
Sagrado é o CAVI, a energia é semelhante em qualquer cultura e/ou língua, mas o
materializado é diferente.
c) A alquimia do oráculo: quando há a corporificação entre o corpo e a alma,
a percepção do eu brasileiro ao fazer interagir o seu CAV com o CAVI para buscar
respostas as dúvidas que determinado ser humano se possa sentir no território do
seu Sagrado, conforme este argumento na Língua Portuguesa, as letras que
expressam o Outro (Deus) podem simbolizar para este brasileiro um imaginário
expressado pelo sistema simbólico - DeuS:
D: decisão
eu: o ser humano que decide
S: Satisfação com o próprio Sagrado.
A alquimia evoca a transcendência (corpo-alma), pois reflete o interior do
homem, a seu desejo e a vontade de receber a plenitude de Deus, a Luz para suas
dúvidas. Portanto, o homem faz uma analogia do seu corpo com elementos que
fazem parte deste mundo, que é a criação da Plenitude Infinita, por exemplo, a
comparação da árvore com o corpo do ser humano em Dt 20,19 – ‘O ser humano é
uma árvore dos campos’. Com base neste argumento pode-se fazer a correlação
18
entre as partes da árvore (obra de Deus) e o homem (obra de Deus), aplicando a
relação ontológica de semelhança e baseada na propriedade transitiva.
A alquimia está reinterpretada como meio de transformação e o oráculo como
sendo um estímulo entre a pergunta e a resposta. Assim, o consultado (CAVI) na
relação entre o Eu e o Outro passa para o consultante (CAV) a visão do objetivo.
Quando o consultante busca a sua transformação, o consultado fortalece o motivo
de sua ação, então, o CAV relaciona-se com o CAVI percebendo a sua motivação
(motivo + ação). O oráculo de Delfos foi um precursor desta alquimia.
d) Conclusão: Os assuntos abordados serão enfocados dentro da teoria da
informação com a contra-partida do argumento do adversário. O argumento do
adversário são as funções cerebrais que auxiliam nos processos da percepção entre
o mundo interno e o mundo externo, juntamente a este processo ocorre a interação
dos arquétipos nos gêneros. Estas funções nos permitem interagir com o CAV, com
os processos de percepção nas relações interpessoais, ou seja, como está a
comunicação entre as personas (arquétipos) que formam a nossa psique (alma),
assim temos a, herança biogenética e, aliado a estes processos da percepção, os
arquétipos da alma.
Na estrutura do CAV, as âncoras que mobilizam o comportamento do ser
humano são chamadas de características mobilizadoras. As características
mobilizadoras dividem-se em quatro principais: o despertar, que conduz às
habilidades que serão suportes para o planejar (espírito de previsão), orientando a
decisão, que é um problema difícil de resolução, porque na indecisão não é solução,
mas é o princípio da incerteza; a decisão é a resposta precisa para o CAV é o sim ou
não; o talvez não se aplica na resposta; no planejar coloca-se em prática o livre-
arbítrio, por meio da ação: estruturar, que é composta de respostas lógicas
19
elaboradas e simbólicas, com a prática da percepção, projetando a coerência entre
os processos sinestésicos da ação: o executar, cuja característica implica colocar
em prática o conhecimento a favor da qualidade de vida experimentada no CAV.
Outra visão neste referencial teórico é: como o os bioritmos? As relações
entre o CAV e CAVI também são explicados através da Gestão da Psicologia
Quântica, trata-se do conjunto corpo-alma como PED: Ponto de Equilíbrio Dinâmico
entre o CAVI e o CAV (OLIVEIRA,2005, p.163-179). O argumento e fundamento
teórico surgiram da necessidade de fazer com que o entendimento, a auto-
compreensão e a aceitação do que está entre a relação Eu-Outro seja a presença
do Sagrado Coletivo, que se veste como sendo a religiosidade do Sagrado
Individual.
As ações ligadas à transmissão e/ou reprodução do conhecimento estão
fundamentadas na pesquisa qualitativa da Física dos Estados Sólidos-CAV que é
uma metáfora de comportamento e percepção, aplicada ao CAV do ser humano
(foco conclusivo neste trabalho), pois os elétrons, que transitam nos meios materiais
e, principalmente, ao desdobrarem na esfera da ação das ondas eletromagnéticas,
cumprem o seu desempenho natural. Observando o estudo dos fenômenos naturais,
que é um conceito holístico da Física, conclui-se com a metáfora de que somos
dipolos magnéticos (constituição de dois pólos: positivo e negativo); o pólo positivo
não é sinônimo de ser bom e o negativo de ser mau.
O uso de considerações probabilísticas não é estranho à Física clássica.
Por exemplo, a Mecânica estatística clássica se utiliza da teoria das
probabilidades. Entretanto, na Física clássica, as leis básicas (tais como as
leis de Newton) são determinísticas, e a análise estatística é apenas um
artifício prático para tratar sistemas muito complicados. De acordo com
Heisenberg e Bohr, no entanto, a interpretação probabilística é fundamental
em Mecânica Quântica, e deve-se abandonar o determinismo (Princípio de
Incerteza) - um estudo dentro da sincronicidade de JUNG. (OLIVEIRA,
2005, p.83-84)
20
Parte da informação, relação entre o CAVI e CAV teve como pilares teóricos
Marino em Religião do Cérebro e Jung em Psicologia e a Alquimia. Em Marino
(2002,p.143) “as funções cerebrais são responsáveis pelo pensamento abstrato que
nos tornam verdadeiramente humanos e nos permitem avaliar a natureza de cada
experiência e apreender com ela”.
O fundamento teórico do CAV foi desenvolvido através das experiências
extraídas da Física dos Estados Sólidos (Campos Eletromagnéticos); dos
comportamentos dos fenômenos naturais observados, sendo percebidos pelos ciclos
da evolução dos processos interdisciplinares, aplicando a lógica indutiva e dedutiva
dentro das áreas dos saberes das Neurociências e das Ciências da Religião.
O CAVI foi fundamentado teoricamente por estímulo do campo de estudo da
tese em Psicologia Experimental dos Processos da Percepção; da complexidade do
algoritmo (algo + o próprio ritmo).
A relação ontológica entre o CAVI e o CAV obedece aos princípios teóricos da
Física Quântica, expandidos na probabilidade dos 50% de o fenômeno pertencer ao
CAVI e os outros 50% de o fenômeno pertencer ao CAV (princípio da
incerteza).Tanto a Psicologia Quântica (argumentos teóricos da Psicologia Cognitiva
com as teorias da Física Quântica) e a Fenomenologia Ontológica contribuem com a
transdisciplinaridade das Ciências da Religião.
O CAVI e o CAV contribuíram com o argumento teórico do Ponto de Equilíbrio
Dinâmico (PED) entre as culturas (relação interpessoal), a tecnologia (relação da
religiosidade) e os processos (relação do sincretismo das religiões) do ser humano.
Concluindo esta introdução e dando uma primeira resposta à resultante entre
o CAV e o CAVI, dentro da visão holística do que seja a alquimia do oráculo,
21
percebe-se que inicialmente tem-se a necessidade de definir o esquema do que seja
resultante e equilibrante.
O CAV: (mundo real- corpo físico) é o Ciclo de Aprendizagem Vivencial que
se inicia no útero materno, cumprindo o algoritmo do primeiro ciclo:- o início, que
levou aproximadamente 7 dias para a criação do endoderma; o meio, que levou 7
dias para a criação do mesoderma e o fim, que levou 7 dias para a criação do
ectoderma. Conseqüentemente o Eu inicia-se em vinte e um dias, com o Ego
materno (mãe presente) quem pensa/sente e decide a Satisfação Pessoal do ser
humano sem defesa vivencial, bebê e mãe formam um ‘todo’ do CAV-uterino.
Esta é uma informação que argumenta inicialmente o CAV que cumpre o algo
+ ritmo: início + meio + fim do primeiro ciclo, como sendo a vida uterina.
O CAVI: (mundo imaginário- corpo etéreo; implica ser a alma (semelhante ao
campo magnético que envolve o corpo físico elétrico) é o Ciclo de Aprendizagem
Vivencial do Imaginário (a busca do Sagrado no segundo ciclo) que possui o início +
meio + fim, implicando neste ciclo o ser humano em busca da plenitude de ser,
busca das emoções paternas que ficaram faltosas no final do primeiro ciclo/durante
e que permaneceu ausente durante o segundo ciclo; então com esta carência, o
“homem” busca a representação da felicidade pessoal/profissional no Sistema
Simbólico. Neste modelo existem dois “deuses”: um é o Deu$ (Deu$-cifrão do CAV
do mundo físico) e o DeuS (DeuS-Imaginário do CAVI do mundo etéreo- Amor
Universal) que representa a Satisfação do Eu e que possui o próprio Sagrado.
No primeiro ciclo uterino o ambiente é: escuro, quente, aquoso e repleto de
emoções maternas.
No segundo ciclo, quando nascemos, o ambiente é: claro, frio, seco(ar), e
repleto de quais emoções? É a compreensão destas emoções que se busca no
22
CAVI, podendo ser as emoções paternas, acrescentadas pelo histórico cultural de
cada indivíduo, dependendo de seu contexto de vida, sua história, suas
necessidades, sua identidade, possibilitando o encontro consigo mesmo e, assim,
maior quietude da alma dentro da complexidade da percepção entre: CAV-CAVI.
A resposta esquematizada passa a ser representada como a seguir:
Figura 1. Modelagem do CAV e CAVI
Fechamos este algoritmo da modelagem entre o CAV e o CAVI do ser
humano e que será percebido nos capítulos posteriores, apresenta-se, inicialmente,
a análise da figura 1.
Análise da figura 1:
O CAV do ser humano inicia-se com o primeiro ciclo: uterino,
desenvolvimento (CAV) e rupturas (CAVI) até o nascimento para o segundo ciclo:
início da vida, fora do útero, momento em que o ser humano inicia a construção do
23
CAV, por meio dos conceitos recebidos pelo Outro, então o Eu inicia-se na
construção do seu CAVI que é a própria percepção das experiências no mundo
‘real’, sendo a resultante do CAV + CAVI, que terá como equilibrante a mesma
intensidade da resultante recebida para a construção do seu histórico de vida que
vai depender de diversos fatores, tais quais: cultural, religioso, social, econômico,
cognitivo, adaptativo, etc. Então, a equilibrante do Eu é a resultante do Outro (CAV +
CAVI).
Quando a Resultante (CAV + CAVI) do Outro é maior do que a Equilibrante
(CAV + CAVI) do Eu, isto implica uma dependência do Sagrado do Outro.
Quando a Resultante (CAV + CAVI) do Outro é menor do que a Equilibrante
(CAV + CAVI) do Eu, isto implica uma dependência do Sagrado do Eu.
Quando a Resultante (CAV + CAVI) do Outro é igual a Equilibrante (CAV +
CAVI) do Eu, isto implica que está havendo um ajuste ou uma aproximação entre os
Sagrados e que assim poderá surgir o Sagrado Coletivo, que é o PED: Ponto de
Equilíbrio Dinâmico entre o Profano e o Sagrado que formam um ‘todo’.
24
2 O ORÁCULO E A ALQUIMIA
A relação entre o CAV e o CAVI é percebida na vivência pela Teoria da
Informação versus o Argumento do Adversário. Este adversário não é sinônimo de
inimigo, mas será considerado nesta relação como agente ativo no processo de
crescimento, de conhecimento e de entendimento na interpretação dos ajustes e
aproximações da relação entre o Eu-Outro na busca do Sagrado. O oráculo passa a
ser este adversário, quando é o agente da percepção para a qualidade de vida no
mundo externo e a alquimia é a transformação que este agente induz ao consultante
equilibrando o mundo interno com o externo.
A seguir estão relacionadas algumas práticas entre estes objetos de estudo: o
consultante e o consultado.
2.1 A PRÁTICA COM O ORÁCULO
A necessidade de transformar é uma situação sica do ser humano que
busca equilíbrio entre o corpo (mundo externo) e o espírito (mundo interno: alma). A
alquimia neste referencial é uma conotação metafórica de transformação. A prática
com o oráculo trabalha com o processo da percepção desta transformação, assim
como o ser humano se imagina em um processo de transformação trazida por uma
lembrança à medida que se atualiza na imagem.
25
A imagem pura que o ser humano vivencia o o reportará ao passado, a
menos que seja efetivamente no passado que se buscá-la, seguindo assim o
processo tendo como estímulo o sistema simbólico trazendo para a realidade tirada
da abstração a imagem que não se lembrava. Quando a imagem é materializada,
deduz-se que houve uma translação do que estava mapeado no inconsciente para o
consciente; então segundo os psicoterapeutas, início da “cura”. As Ciências da
Religião tem a permissão no Conselho de Ética da Saúde para utilizar a palavra
“cura” em sua resultante (CAV + CAVI).
Quando o ser humano busca o equilíbrio corpo-mente, então, faz uma
consulta ao oráculo, que representando um sistema simbólico neste momento, como
sendo uma dinâmica de projeção e percepção (intuição), constitui-se o binômio
corpo-psique.
O oráculo, “é traduzido como sendo uma divindade que respondia a consultas
e orientava o crente e/ou pessoa, sendo que sua palavra ou conselho inspirava
muita confiança”. (FERREIRA,2004)
A prática com o oráculo está sendo analisada em cima de um estudo
comparativo e qualitativo entre os oráculos. Os oráculos foram disseminados como
um meio de comunicação com o transcendente (corpo-alma), por exemplo:
1) Uso oracular do Livro das Mutações:
O Livro das Mutações tem sido utilizado como oráculo desde a Antigüidade.
Ao longo da História da China, pode-se notar que alguns períodos têm dado
menor ou maior ênfase a esse aspecto, como ocorreu no VI século a.C. e
durante a dinastia Han, respectivamente. No Ocidente, seu uso oracular tem
despertado um interesse e fascínio excessivos. Lamentavelmente, toda
sorte de abusos e erros tem se acumulado, em virtude dessa visão parcial e
distorcida. O I Ching não é apenas (nem primordialmente) um oráculo. Ele é
também um oráculo. E essa faceta é, inclusive, quase irrelevante se
confrontada com a riqueza da sabedoria contida, se confrontada com a
riqueza da sabedoria contida nos Kua. O uso oracular do livro corresponde
apenas a uma fase, digamos, primária, quando ainda não sabemos aplicar
por nós mesmos, às nossas vidas, os fenômenos. O aspecto oracular é
apenas uma nota dentro do vasto complexo melódico do intróito do I Ching.
Mas; ainda assim, é uma nota e como tal não deve ser ignorada, tanto
quanto não deve ser exclusivamente considerada. Wilhelm, em seu
26
Apêndice sobre o oráculo, explica como se procede à consulta (cf. Livro
Terceiro). Mas não se detém o suficiente num ponto que é de importância
capital, a saber, formulação da pergunta, e quase não menciona outro, o
ritual . (WILHELM,1995, p. XIII)
O ritual do I Ching foi introduzido no Ocidente por C.G. Jung, inclusive o
prefácio do Livro das Mutações foi escrito por Jung.
Ele trabalhou com I Ching no Ocidente, formulando o oráculo de maneira que
todo consultante teria suas respostas dentro do mundo dos símbolos do homem, em
formas de sonhos, sendo que os sonhos eram respostas aos conflitos de cada um.
Ele não acreditava que os sonhos fossem padronizados, o que um indivíduo
sonhava era a resposta dos seus próprios problemas, e, não servia de base para
esclarecer algo para outro indivíduo. Depara-se dentro de outra forma de consultar o
que o ‘interior de cada ser’ almeja, como resposta para materializar o seu próprio
Sagrado.
2) A alquimia do oráculo Bhagavad-Gîtâ, é a essência do conhecimento
védico da Índia; é um dos maiores clássicos da filosofia e espiritualidade do mundo.
Ele se manifesta na forma oracular de um diálogo entre o Senhor S´rî Krisna, a
Suprema Personalidade de Deus, e Arjuna, o maior guerreiro de todos os tempos,
em pleno campo de batalha. Arjuna representa o papel de uma alma confusa sobre
seu dever, e recebe iluminação diretamente do Senhor Krisna, que o inclui na
Ciência da auto realização.
A filosofia perene de Bhagavad-Gîtâ tem intrigado a mente de quase todos os
grandes pensadores da humanidade, tendo influenciado de maneira decisiva
inúmeros movimentos espiritualistas.
Mesmo sendo uma filosofia que faz parte do Hinduismo, vê-se neste texto a
alquimia do oráculo, onde o ser humano tem a necessidade de falar dos seus
sentimentos, formando a totalidade dos sentimentos e o vazio dos sentimentos;
27
constituindo o significado do próprio Sagrado: “Assim como, neste corpo, a alma
corporificada passa da infância à juventude e à velhice, do mesmo modo, chegando
a morte, a alma passa para outro corpo” (PRABHUPÂDA, 2001, p. 498) .
3) O antigo oráculo de Delfos (Apolo) e o Oráculo Alquímico - a alquimia para
a transformação pessoal. Este Oráculo Alquímico é o argumento desta tese:- ‘O ser
humano está sempre buscando mistério, e algumas pessoas se sentem
particularmente atraídas por mistérios do passado, com sua sabedoria antiga
envolvida por mitos, lendas e símbolos’. A mitologia e a astrologia estão sendo
experimentadas nos últimos anos, sendo apreciadas e interpretadas em suas
mensagens inovadoras. A alquimia, um dos caminhos mais duradouros do
conhecimento espiritual, ainda permanece um enigma para muitos. É conhecida
como uma arte de transformar chumbo em ouro, poucas pessoas reconhecem que
uma vasta filosofia está por traz desta antiga ciência; desde o antigo Egito e a Grécia
clássica, a alquimia tem chamado e instigado pessoas, através dos tempos a
decifrar seus mistérios.
O argumento da alquimia do oráculo está para o consultante assim como a
totalidade dos sentimentos está para o vazio de sentimentos na busca do ponto de
equilíbrio dinâmico que está para o consultado.
4) A Bíblia dentro deste ponto de vista pode ser considerada como um
oráculo, quando o consultante busca a alquimia do ser, mudanças de pensamentos
e idéias, como exemplo, tem-se:
Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, s, que sóis espirituais,
corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também
tentado. Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo.
Porque, se alguém julga ser alguma cousa, não sendo nada, a si mesmo se
engana. Mas prove cada um o seu labor e, então, terá motivo de gloriar-se
unicamente em si e não em outro. Porque cada um levará o seu próprio
fardo. Mas aquele que está sendo instruído na palavra faça participante de
todas as cousas boas aquele que o instrui. (Gl 6,1-6).
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Nesta passagem, esboça-se um processo de três passos para a restauração
de membros do Corpo que estão em pecado, visando à saúde espiritual; erga-os
(Persistência), mantenha-os em pé (Compromisso), e edifique-os (Planejar).
-se que todos os dons espirituais descritos no Novo Testamento têm
utilidade no aconselhamento psicoterapêutico, a presença ‘daquele pai’ descrito na
corporificação entre o corpo (CAV) e a alma (CAVI). A história de Jesus Cristo nos
orientação em vários ângulos como objeto de estudo que está presente na
análise político-social-econômico e psicológica, trabalhando o sistema simbólico
marcante em cada ser humano ou grupos étnicos, fundamentando-se no Antigo
Testamento (AT) e no Novo Testamento (NT). Neste argumento o NT passa a ser o
CAV das pessoas que construíram o Sagrado Coletivo e o AT passa a ser o CAVI
das pessoas que não viveram (dizer/fazer) naquela época, mas estas pessoas
(sentir/pensar) pensam no que passou através da reconstrução dos registros
qualitativos e quantitativos da história bíblica.
2.2 O PODER PSICO-ECONÔMICO-SOCIAL TENDO COMO REFERENCIAL
PARTE DA BÍBLIA
A Bíblia é um manual confiável para o verdadeiro estudo da alma. Ela é “a
manifestação do Espírito concedida a cada um visando a um fim proveitoso (1Co
12.7). A geografia e a relação espaço-tempo remonta a história bíblica como a
relação de poder político e patriarcal, esta relação espaço-tempo é eqüidistante da
velocidade das informações que se passaram e foram processadas no CAVI dos
29
seres humanos. Com relação ao poder político iniciado no Egito e na Mesopotâmia
inseridas na Bíblia e que têm as suas histórias hoje, discutidas e pesquisadas como
CAV, mas a interpretação é a prática do CAVI.
Neste relato o poder encontra-se no Egito e na Mesopotâmia em sua natureza
geográfica formando uma “meia lua fértil”, fazendo uma ponte entre os Rios Tigre e
Eufrates banhando a Mesopotâmia e com o Rio Nilo banhando o Egito. Os rios
trazem uma simbologia de vida (CAVI), fluidez da fertilidade, transporte, caminhos
que buscados levam ao desenvolvimento e a descoberta do que está do outro lado.
Cumprindo ao empreendimento do Deu$ (deus do mundo real-profano).
Figura 2. Meia-Lua Imaginária
O papel do Egito na geografia bíblica conta uma historia da civilização que se
desenvolveu às margens do Rio Nilo. Dizia-se “O Egito é um presente do Nilo”, o rio
possibilita a vida naquelas terras desertas, o povo empreende e interage com a
natureza. -se que todos os textos na história de êxodo são relatados dentro do
panorama geográfico do Egito. Inclusive a narração da fuga espetacular do povo do
Egito diante dos olhos e poder do faraó do Egito. Em Ex 3,7-10, expressa “Uma terra
onde mana leite e mel”, quando o povo se libertou do poder do faraó do Egito.
30
A história do Egito é importante para a compreensão de momentos decisivos
da vida de um povo (CAV). Desenvolveu-se por milênio uma civilização brilhante e
uma relação com o Sagrado Coletivo (CAVI).
Na historia geográfica bíblica da Mesopotamia tem-se como significado em
seu nome: terra entre rios. Estas histórias geográficas do Egito e Mesopotamia
foram vividas e hoje passam a ser sentida/pensada como um processo real ou
estruturada no sistema imaginário do dizer/fazer.
2.3 Referências de algumas Características Patriarcais (Arquétipos Paternos) e
de Tribalismo Encontradas na Bíblia
Juízes 5, o Cântico de Débora, relata o laço entre os clãs; o cântico relembra
poeticamente as intempéries da natureza na vinda do Senhor, a trajetória de Israel
pelo deserto até Canaã.
Os guerreiros do Senhor que se reuniram para a batalha: Zebulon, Aser,
Naftali, Dã e Issacar. As tribos mais afetadas nesta batalha pelo tiranismo de Sísera,
foram as tribos de e Aser, situadas no litoral (Jz 5,17). Entre as tribos mais
envolvidas estavam a de Zebulon e Issacar (Jz 5, 17. 4-10). Em Juízes 5, o Cântico
de Débora refere-se a Zebulon (Jz 5,14.18); Issacar (Jz 5;15); Naftali (Jz 5;18);
(Jz 5;17) e Aser (Jz 5;17).
A história Bíblica do patriarcal e do tribalismo tem outra versão em Gn 49 e Dt
33. Em Gn 49: Jacó abençoa seus Filhos; neste texto bíblico vê-se o poder patriarcal
31
de Jacó, quando ele diz:- “Ajuntem-se a meu lado para que eu lhes diga o que lhes
acontecerá nos dias que virão...”
O nome de Jacó foi simbolicamente mudado para Israel quando lutou com o
visitante divino em Peniel. Sendo patriarca das 12 tribos: Rubén, Simeão, Levi, Judá,
Issacar, Zebulon, Gade, Aser, Dã, Naftali, José, Benjamin. Legou seu nome à nação,
que muitas vezes continuou a ser chamada “Jacó” na linguagem poética. Levi não
foi incluído entre as tribos que receberam terras após a conquista de Canaã (Gn
49,7). Pelo contrário, Moisés separou os levitas para um dever sacerdotal por toda a
nação, sendo pertencentes ao Senhor (Nm 3,1-4,49). Josué lhes concedeu 48
cidades espalhadas por todo Israel (Js 21,1-45). José passou a ser pai de duas
tribos de Israel depois de Jacó ter adotado seus dois filhos Efraim e Manassés. Em
Dt 33: A Bênção de Moisés, as bênçãos de Moisés sobre as tribos (Dt 33,6-25)
devem ser comparadas de modo específico com as bênçãos de Jacó sobre seus
filhos em Gn 49. O homem de Deus a primeira ocorrência deste título aparece outra
vez em Js 14,6. Posteriormente, designa outros mensageiros de Deus. (Bíblia de
Estudo NVI, 2000)
Com estas referências históricas bíblica, surgem os argumentos da relação
entre o racional (razão, quociente) sendo que é um ciclo dado ao masculino e de
que o emocional (percepção, imaginação, sensibilidade) é um ciclo dado ao
feminino, com este registro qualitativo de que o homem vive o CAVI no processo de
dividir para conquistar e a mulher vive o CAV no processo de somar para conquistar
(Cânticos de Débora).
A análise a esta comparação qualitativa é que no segundo ciclo de vida que
se inicia no nascimento, o ser humano vai ao encontro das emoções parternas para
32
sentir-se amado pelo Pai (Deus) e que está no imaginário (CAVI). Implica que o ser
humano busca um líder no mundo real (CAV), que para os Cristãos é Jesus Cristo.
O ambiente (espaço) onde o ser humano nasce passa a ser a dádiva de
Deus; portanto, é necessário a luta e a conquista deste espaço que é a herança
física do Pai.
2.4 INTERAÇÃO ENTRE CULTURA E SISTEMA SIMBÓLICO
Neste item são integrados os parâmetros simbólicos expressados por uma
cultura que se firma sobre as escritas deixadas para serem interpretadas, re-escritas
como forma de arquétipos.
...De acordo com Mandel, o reino dos us pode ser encontrado no lobo
temporal direito do cérebro, que é o nosso espaço biológico de nos
comunicarmos com Deus e com a memória universal. Essa estrutura é
como um receptor-transmissor, em vez de puro armazenador de memórias,
que recebe padrões energéticos e os interpreta ao nível do cérebro,
decifrando seu próprio código de experiências espirituais. (MARINO JR.,
2005, p.37)
Conforme o exposto pelo autor acima, esta interação entre o consultante e o
consultado denomina-se satisfação com a relação do próprio SAGRADO.
A história da sociedade e literatura Bíblica nos traz informações científicas a
partir de elementos da Iconografia e da Arqueologia da literatura bíblica que destaca
uma simbologia diversificada na religião original e talvez momentos históricos de
conflito. A história avança até a atualidade com a teoria da informação versus
argumentos do adversário. Por exemplo: - uma interpretação da informação a seguir,
está presente no nosso cotidiano, referindo-se à literatura bíblica de antes, mas com
33
uma qualidade de informação não confiável, pois está implícito um sistema simbólico
distorcido, representado pelo profano e voltado para uma pseudo-análise do
cientista da religião, que não como objeto de estudo o texto proposto para o ser
humano, que está em busca de respostas fidedignas dentro da informação recebida
e o argumento explícito pelo adversário.
Com a informação (na íntegra, sem interferência do leitor) recebida na rua,
podendo ser um tema de uma má sugestão para uma análise da literatura religiosa:
Sete fatos que todos deveriam saber!
DEUS CRIOU VOCÊ, Ele tem um plano maravilhoso para sua vida.
Salmos 139
DEUS AMA VOCÊ, ELE DESEJA TER COMUNHÃO COM VOCÊ. Vinde a
mim todos os que estais cansados..........
Mateus 11:28
MAS O NOSSO PECADO NOS SEPARA DE DEUS. Mas os vossos
pecados fazem separação entre vós e Deus.....
Isaías 59:2
JESUS CRISTO, O FILHO DE DEUS, VIROU HOMEM PARA NOS
RECONCILIAR COM ELE. E ele é a propriciação, sic, dos nossos pecados.
I João 2:2
DEUS TOMOU OS NOSSOS PECADOS SOBRE SI. Através de sua morte
na cruz.
I João 1:7
JESUS CRISTO RESSUCITOU DOS MORTOS E VIVE. Ele diz: Estive
morto mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos....
Apocalipse 1:18
TUDO AQUELE QUE CRÊ EM JESUS CRISTO, RECEBE PERDÃO, PAZ
COM DEUS E VIDA ETERNA! Porque Deus amou ao mundo de tal maneira
que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça,
mas tenha a vida eterna. João 3:16
O presente da graça de Deus está disponível para todos. Você recebe-o por
uma decisão própria.
Peça a Deus pelo perdão de seus pecados.
Peça para que Deus entre em sua vida.
Agradeça a Deus pela salvação.
Viva de agora em diante conforme os mandamentos de Deus que se
encontram na Bíblia. E.K.
VOCÊ PRECISA DE DEUS! (sic)
Este foi um panfleto, transcrito na íntegra da Assembléia de Deus, C.
Campinas, Av. Hilário S. Figueiredo, Qd. 25 Lt. 18- Sto. Hilário. Disk
Solução- Mensagem de amor e consolo. Ligue já: (11) 3472-4863.
Mantenha a cidade limpa, não jogue este folheto em vias públicas.(sic)
O parecer que dou a esta informação é de que: - ela é uma informação que
está no mundo real, ou é uma interpretação simbólica para cumprir o interesse de
34
um sistema alquímico: - várias divindades em questão, por exemplo, o dinheiro, o
poder, ou a salvação, estes elementos formam o Deu$.
Por que trabalhar com esta informação? Porque a Religião e Sociedade na
Literatura Bíblica fazem os devidos esclarecimentos com relação ao significado do
objeto em estudo: panfleto oferecido a pessoas transeuntes. Não passa por aqui a
idéia de crítica, nem, julgar esta informação, mas, avaliar em qual caminho está
levando o ser humano que pensa, reflete e chega a uma conclusão do que é viver
no mundo simbólico e o que é viver no mundo ‘real’, investigando se a informação é
fidedigna e que dá respostas às inquietações emergentes ao seu Sagrado.
Esta reflexão apresentada acima não tem a pretensão de provar algo em
relação ao que é certo na vida do ser humano e o que é errado na busca do
caminho da salvação. A pretensão é de reflexão sobre o que é vida no mundo
simbólico? O que pode ser auxiliado no aconselhamento pesicoterapêutico, utilizado
por Jung? Pode ser dentro do enfoque de uma filosofia terapêutica com argumento
forte e como ‘ferramenta’ o sistema simbólico bíblico como sendo um oráculo.
Vejamos como exemplo de um aconselhamento simbólico bíblico - a
sabedoria, presente em Provérbios e em 1 Corintios: a própria natureza não deixa
dúvidas com relação ao gênero dos seres vivos. Partindo para interpretação do texto
bíblico, a seguir, os Provérbios, tem-se a probabilidade de 50%, certo (CAVI) ou
50%, errado (CAV) com relação ao evento ocorrido. A angústia que impera no ser
humano de refletir sobre uma Divindade, principalmente, com relação ao gênero,
que na sua maior probabilidade que o predomina, é de quem está vivenciando este
mito. Pode-se analisar o descrito com a interpretação dos seguintes Provérbios onde
se pode destacar a feminilidade soprando aos ouvidos de Deus, através do símbolo
- sabedoria.
35
O chamado da Sabedoria: A sabedoria está clamando, o discernimento
ergue a sua voz; nos lugares altos, junto ao caminho, nos cruzamentos ela
se coloca; ao lado das portas, à entrada da cidade, portas adentro, ela
clama em alta voz: A vocês, inexperientes, adquiram a prudência; e vocês,
tolos, tenham bom senso. Ouçam, pois tenho coisas importantes para dizer;
os meus lábios falarão do que é certo. Minha boca fala a verdade, pois a
maldade causa repulsa aos meus lábios. Todas as minhas palavras são
justas; nenhuma delas é distorcida ou perversa. Para os que têm
discernimento, são todas claras, e retas para os que têm conhecimento.
Prefiram a minha instrução à prata, e o conhecimento ao ouro puro, pois a
sabedoria é mais preciosa do que rubis; nada do que vocês possam desejar
compara-se a ela. Eu, a sabedoria, moro com a prudência, e tenho o
conhecimento que vem do bom senso. Temer o Senhor é odiar o mal; odeio
o orgulho e a arrogância, o mau comportamento e o falar perverso. Meu é o
conselho sensato; a mim pertencem o entendimento e o poder. Por meu
intermédio os reis governam, e as autoridades exercem a justiça; também
por meu intermédio governam/ os nobres, todos os juizes da terra. Amo os
que me amam, e quem me procura me encontra. Comigo estão riquezas e
honra, prosperidade e justiça duradouras. Meu fruto é melhor do que o ouro,
do que o ouro puro; o que ofereço é superior à prata escolhida. Ando pelo
caminho da retidão, pelas veredas da justiça, concedendo riqueza aos que
me amam e enchendo os seus tesouros. O Senhor me criou como o
princípio de seu caminho, antes das suas obras mais antigas; fui formada
desde a eternidade, desde o princípio, antes de existir a terra. Nasci quando
ainda não havia abismos, quando não existiam fontes de águas; antes de
serem estabelecidos os montes e de existirem colinas eu nasci. Ele ainda
não havia feito a terra, nem os campos, nem o com o qual formou o
mundo. Quando ele estabeleceu os céus estava eu; quando traçou o
horizonte sobre a superfície do abismo, quando colocou as fontes do
abismo, quando determinou as fronteiras do mar para que as águas não
violassem a sua ordem, quando marcou os limites do alicerce da terra, eu
estava ao seu lado, e era o seu arquiteto; dia a dia eu era o seu prazer e me
alegrava continuamente com a sua presença. Eu me alegrava com o mundo
que ele criou, e a humildade me dava alegria. “Ouçam- me agora, meus
filhos: Como são felizes os que guardam os meus caminhos! Ouçam a
minha instrução, e serão sábios. Não a desprezem. Como é feliz o homem
que me ouve, vigiando diariamente à minha porta, esperando junto às
portas da minha casa. Pois todo aquele que me encontra, encontra a vida e
recebe o favor do Senhor. Mas aquele que de mim se afasta, a si mesmo se
agride; todos os que me odeiam amam a morte. (Provérbios 8,1-36)
-se nesta mensagem simbólica a presença marcante do feminino
(arquétipo feminino) que é a criação do masculino, observa-se que tudo é simbólico:
tanto o gênero masculino que gerou o gênero feminino, como a sexualidade que se
expressa simbolicamente neste Provérbio, por exemplo,...vigiando diariamente a
minha porta...é o símbolo da advertência para que o homem não para a porta
adúltera. Por que do adultério? O que é o adultério? A busca de outra figura para
manter relação de intimidade.
36
O corpo físico é material, tudo que é mensurável passa por este corpo;
porém, a parte que transcende do físico, pode ter características masculinas e/ou
femininas. O importante é saber o que é masculino e para o que utilizar deste gênero
e saber o que é feminino e para o que utilizar deste gênero. A mesma analogia pode
ser realizada com relação aos fenômenos ocorridos nas Neurociências. O que não
se pode ter certeza pode ser analisado pela Física Quântica (há probabilidade da
existência). O que se deseja medir e provar racionalmente analisa-se pela Física
Mecanicista mensurável por alguma ferramenta palpável). Tomemos como
exemplo o Provérbio 8 descrito acima, onde os ‘entes’ envolvidos são todos
materializáveis, característica da Física Mecanicista a feminilidade materializada
em sabedoria, tendo boca, sentimento (coração), lábios, voz todos os sentidos
humanos presentes em um corpo; o masculino materializado pelo Senhor Criador
com os mesmos indicadores da criação. Pela Física Quântica quando analisada pelo
simbolismo vindo do Senhor ou da Sabedoria, formando um mesmo corpo -
masculino e feminino, surgem os processos da percepção que é representada pela
questão:- a probabilidade do que seja certo ou errado. Conforme exposto acima,
surge a problemática do CAV: - Quando uma mãe está gerando uma criança, se
esta for do mesmo sexo da mãe, então a sexualidade está em sintonia com o
ambiente onde está sendo gerada. Quando nasce o corpo é feminino, mas e a alma
(CAVI)? Será que o corpo (CAV) busca o pai (CAVI)? Quando a mãe está gerando
uma criança do sexo masculino, o enfrentamento inicia-se, porque a sexualidade
está assíncrona com o ambiente onde está sendo gerada. Quando nasce o corpo
(CAV) é masculino, que também busca o pai (CAVI); por esta razão que sempre
buscamos no Ciclo de Aprendizagem Vivencial do Imaginário, o complemento para o
que está sendo materializado.
37
2.4.1 O Conhecimento das Mensagens como Forma de Oráculo
O argumento do adversário transcrito em uma informação através de veículos
que utilizam a tecnologia, passa ao consultante um conhecimento que fará com que
este se perceba como agente mobilizador das habilidades e aproximações do
entendimento do próprio Sagrado.
O conhecimento e o sistema de crenças não são na realidade, parte de nosso
conhecimento lingüístico, mas desempenham um papel fundamental em como
entendemos o idioma no uso real fazendo parte do CAV.
A comunicação através da linguagem expressa a cultura e os sistemas
simbólicos têm-se como exemplo, nas cartas do Apóstolo Paulo que professava o
escrever como uma linguagem da fala simbólica, fazendo parte do CAVI.
Isto nos leva a outra definição de linguagem, a definição funcional que diz: - a
linguagem utiliza-se para expressar idéias.
Quando usamos informação através dos conceitos ou crenças para interpretar
um enunciado, vamos mais além da forma lingüística do dito enunciado, estamos
avaliando e, interpretando em razão da aprovação das idéias que se expressam o
modo em que se estão utilizando dentro do contexto social no qual ocorre.
A percepção, os sentimentos e comportamentos expostos na arte de liderar o
CAV reconfiguram as maneiras de viver para não gerar a dependência e
“esperança”, mas sim desenvolver a liberdade de expressão, para construir o
desenvolvimento com o consenso do grupo/equipe e ou coletividade. Utilizando um
símbolo, a estrela de Davi, o messias que está representado na Bandeira de Israel,
os israelitas representam a esperança que é presente até em nossos dias, esta
38
estrela voltará a brilhar, ou seja, voltará outro messias, que brilhará como Davi que
brilhou em suas conquistas e batalhas. Pode-se analisar o símbolo político de Israel,
que tem representado em seu centro a estrela de Davi e nas extremidades os dois
Rios que banham Israel, e que foi símbolo da riqueza na região.
O sistema simbólico é carregado de expressão, principalmente, quando se
trata do líder representado pela estrela que possui o poder de direcionar um povo e
os empreendimentos da região, religião, cultura e da conquista das terras em que
representa o ser humano na figura de Rei e/ou de Jesus Cristo. A estrela é
decodificada da seguinte maneira: (1- cabeça); (2,3 – braços) e (4,5 – pernas). Este
símbolo foi dado a Davi, porque ele colocou as características de liderança, venceu
as batalhas e foi aclamado líder - o rei Davi (arquétipos paternos).
Figura 3. Metáfora do Líder
Legenda da metáfora:
1) Carisma expressando a sinergia entre a coerência dos estímulos recebidos e refletidos na ação e o
sentir das pessoas;
2-3) Comprometimento expressando as ações sendo realizadas;
Realização expressando a felicidade de ser humano;
Planejamento expressando os efeitos-resultados;
4-5) Necessidades e circunstâncias que levam a escolha de um líder para o dinamismo.
As dimensões da liderança estão distribuídas em:
39
Organização;
Pessoas;
Estratégias;
Ambientes externo/interno;
Eu.
O líder de manhã pode não ser o mesmo na tarde e/ou noite, porque
dependerá das circunstâncias e necessidades no momento de colocar em prática a
arte de liderar o CAV.
O poder é o ponto de equilíbrio dinâmico entre o carisma (sinergia entre ação
e sentir) e a necessidade (elege o líder e circunstância que o leva ao dinamismo).
Cristo tornou-se líder e seus preceitos de liderança marcaram e estão até na
atualidade auxiliando na busca da transformação do ser humano.
2.4.2 Provérbios de Agur Como Mensageiro da Transcendência de Deus e da
Sabedoria
A fé é uma sabedoria revelada pelo espírito, e não pela razão” (I Coríntios 2)
30
1
[Palavras de Agur, filho de Jaces, de Massá.]
Oráculo de um mortal para Itiel, para Itiel e Ucal.
2
Sou o mais insensato dos mortais e a sabedoria humana não está comigo;
3
não aprendi a Sabedoria e o conhecimento dos anjos me escapa.
4
Quem subiu aos céus e de lá desceu?
Quem reteve o vento em suas mãos?
Quem recolheu a água no seu manto?
Quem definiu todos os limites da terra?
Qual o seu nome, e o nome de seu filho, se o sabes?
5
Toda palavra de Deus é comprovada:
Ele é um escudo para os que nele se abrigam.
6
Não acrescentes coisa alguma às suas palavras, para que não sejas
repreendido e passes por mentiroso!
7
Duas coisas tenho pedido,
Esperando que não recuses, antes de eu morrer:
8
afasta de mim vaidade e mentira e não me dês inteligência nem riqueza,
mas concede-me apenas minha porção de alimento.
40
9
Isto para que, estando farto, eu não seja tentado a renegar-te e comece a
dizer: “Quem é o SENHOR?” ou, tendo caído na indigência, me ponha a
roubar e profane o nome do meu Deus.
10
Não calunies o servo diante de seu senhor para que não venha a
maldizer- te e acabes, tu mesmo, sendo punido.
11
Há gente que amaldiçoa o próprio pai e não bendiz a própria mãe.
12
gente que se considera pura mas nunca se lava das próprias
Imundices.
13
gente cujos olhos são altivos e que mantém empinadas suas
pálpebras.
14
gente cujos dentes são espadas e seus queixos são punhais, para
eliminarem da terra os indigentes e do meio do povo os pobres. (Provérbios
30:1-14)
A teoria da informação versus o argumento do adversário discutida acima, e
na introdução, trazem um processo oracular, porque a busca do “conhecimento”
sobre determinado tema que se desconhece, imediatamente fica sabendo de uma
forma empírica que perpassa por uma diversidade, e esta, possui uma qualidade,
que é a de dar resposta ao consultante. A relação entre o CAVI e o CAV produz uma
cultura universal, pois não é direcionada a uma forma preestabelecida, e se forma do
choque de diversos modos de pensar. Este é um dos motivos pelo qual o ser
humano sente a necessidade de buscar no oráculo (o adversário que causa o
crescimento e/ou a transformação) a informação para ajustar as suas angústias a
potencialidade da cura através das mensagens recebidas e interpretadas como
processo de alquimia.
Para conclusão deste item, inicia-se com a seguinte questão: Por que nós
consideramos as formas descritas como oraculares?
Porque a escrita é um resultado psicomotor, compõe um fazer, ação de
expressar o sentir/pensar, por símbolos que representam as letras da língua que
esteja sendo materializada, consequentemente, os seres humanos geralmente
solicitam ao outro, que através da escrita, ele fale. Quando se solicita do ser que ele
faça uma ação existe a comunicação por meio do CAV (escrever/fazer), quando é
falar (dizer/fazer), surgem ambas ações na mesma informação. Quando o
41
consultante busca um oráculo, ele sente/pensa para perguntar. O consultante tem a
escolha de solicitar ao consultado dois modelos de respostas:
a) por escrito: o consultante imagina o que deseja da resposta, aqui, ele
faz as aproximações com o Sagrado do Outro em seu CAVI;
b) por voz (falado): o consultante faz os ajustes com o Sagrado do Outro
em seu CAV.
2.5 A ALQUIMIA COMO SISTEMA SIMBÓLICO DE TRANSFORMAÇÃO
Ciência sem religião é paralítica; a religião sem ciência é cega” (Albert
Einstein)
As quebras de paradigmas causam uma dor enorme no nosso ser
(CAV,corpo-físico). Estamos sempre buscando algo para confirmar ou causar
conflito em nossas verdades (CAVI,corpo essencial-alma).
Quando encontramos “algo” que entra em sintonia com esta “coisa” que nos
incomoda, então queremos que este “algo” faça parte do nosso universo. Este
querer é ajustado segundo os velhos paradigmas porque estes fazem parte das
nossas possibilidades e necessidades intrínsecas, colocando à prova, as habilidades
e competências na decisão do Sagrado.
A autodescoberta, autotransformação e cura que integram insights da
moderna pesquisa de consciência, Antropologia, investigação profunda na
Psicologia, Psicologia Transpessoal, práticas espirituais orientais, as Ciências da
Religião e as tradições místicas do mundo bíblico, compõem o conjunto de valores
42
interdisciplinares que formam o cenário de uma rede que está além da compreensão
lógica codificada como teoria da informação transdisciplinar. Todas as teorias
utilizadas nestas áreas do saber afunilam para uma justificativa às questões que os
seres humanos buscam para dar sentido ao vazio existencial.
A prática da respiração holotrópica na Psicologia Transpessoal, para expandir
a consciência e entrar em sintonia com Deus é uma metodologia simbólica que nos
traz para uma vida melhor. O nome holotrópico (do grego holos = todo e trepein =
mover em direção a, significa, literalmente, buscando o todo ou movendo-se para a
totalidade). Neste momento, pode-se traçar uma analogia na busca da totalidade
com a mitologia grega: - ‘Zeus sentiu uma dor de cabeça muito forte, solicitou que
estourassem a sua cabeça, porque ele não queria aquela dor, este foi um momento
alquímico (transformação); quando o evento foi realizado, saiu do ‘estouro’ a deusa
Atenas, que se considerava filha exclusiva do pai. Deste mito pode-se relacionar que
a sabedoria/inteligência nasce da totalidade/essência do homem, a resultante de
Zeus passa a ser o reflexo dos seus arquétipos em Atenas’, grifo próprio.
A prática guarda uma expressão contida e reprimida das emoções não
elaboradas que podem ser expressas, o consultante se liberta deste seu padrão,
levando-o à aptidão em poder cumprir o seu potencial de ser consciente, na
reorganização de sua estrutura física, psíquica e espiritual, integrando estes
conteúdos, a um novo estágio evolucionário da psique.
Jung iniciou a alquimia através da associação do ser humano com os objetos
pelas sincronicidades das ações e das vivências com a vida coletiva. Aconteceu o
que se chamou de “inconsciente coletivo” e, que tinham algumas ressonâncias
intrínsecas à vida relativa (o respeito, a compreensão e a aceitação, na relação entre
o Eu-Outro, no processo de percepção do mesmo Sagrado), momento em que
43
divulgou a hipótese de que os símbolos procediam de um nível universal mais
profundo da psique.
Para haver crescimento no CAV, tem que se trabalhar com RHCPI (Respeito,
Harmonia, Cooperação, Participação e Integração) assim tem-se todas as respostas
para os nossos problemas, no âmbito físico material, sendo uma pessoa serena e
sábia, equilibrando-se no CAV, este ser busca o equilíbrio no CAVI .
O aprendizado simbólico neste momento, é esquematizado através deste
sistema simbólico:
Figura 4. Dimensões do Eu e do Outro
Visão das dimensões:
1) Dimensão do eu
2) Dimensão do tu e eu célula familiar;
3) Dimensão do eles/tu e eu nós; podendo formar uma coletividade;
4) Dimensão institucional pode-se refletir nesta dimensão vários aspectos, dentre eles, através de
uma pergunta:- o que vamos institucionalizar?
Qual é a dimensão do sistema simbólico na relação CAV-CAVI?
A seguir, a resposta a esta pergunta poderá ser vista dentro de uma
freqüência imediata, em segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos e
séculos. Porque freqüência é o inverso do período (tempo de um ciclo fechado) e
que representa número de acontecimento pelo tempo de ocorrência do CAV. Mas, a
44
resposta à pergunta anterior poderá ser, a institucionalização da Religião para as
respostas aos problemas no âmbito espiritual (a alma, a mente e a psique, que são
sinônimos, nesta ressonância intrínseca referida acima).
Aprendizado cognitivo:
As experiências transcendentais, por outro lado, dependem de estruturas
mais elevadas da cognição, sobretudo os lobos frontais, o lobo temporal
direito e outras áreas de associação. A neurobiologia das experiências
espirituais parece, assim ter se originado a partir do mesmo mecanismo
responsável pela experiência da voluptuosidade, que a nosso ver, não
diminui o significado da espiritualidade, uma das funções cerebrais mais
sublimes e sofisticadas implantadas em nossos neurônios pelo seu Criador”
(MARINO JR., 2005, p.39)
Racionalização das relações cognitivas, principalmente dentro da Ontologia:
Figura 5. Dimensão 1 união Dimensão 3
Nesta relação o conjunto de valores e ‘carga natural’ (corporificação do corpo-
alma) que se carrega ‘está dentro de’ ou ‘é’ (totalidade do conjunto que esta
resultante de valores forma a soma deste referido grupo religioso), integra ao grupo
religioso.
Figura 6. Interseção dos Valores dos Grupos Religiosos
45
Nesta relação, o conjunto de valores e ‘carga natural’ que se carrega, ‘faz
parte de’, está parcialmente integrada ao grupo religioso, também faz parte do grupo
religioso, mas não como um todo no ciclo das vivências. O que se busca nesta
consulta oracular da nossa modernidade?
Qual relação é a melhor?
Há algum prejuízo para as dimensões em optar por alguma destas relações?
O que ficou institucionalizado?
Em que tempo teremos as respostas das perguntas emergentes que nos
causaram ansiedade?
Qual a lição extraída?
Conclusão da racionalização do processo cognitivo:
A expressão cognitiva para esses estados, alude ao potencial positivo. É um
jogo de palavras e perguntas sugerindo uma crise, mas, ao mesmo tempo, uma
oportunidade de ‘emergir’, elevar-se a um nível mais alto de funcionamento
psicológico e consciência espiritual. Nesse contexto, costumamos nos referir à figura
chinesa (memória de Buda) para crise que ilustra a idéia básica da emergência
espiritual. Esse simbolismo é composto por duas imagens, uma das quais
representa perigo e a outra oportunidade.
A conclusão da busca do auto-conhecimento como transformação está
expressa nos processos de transformação descritos anteriormente; podendo
trabalhar com uma transformação utilizando como estimulo o sistema simbólico que
é vivido e muito forte (virtuoso) no mundo real.
46
3 A RELAÇÃO ORACULAR ENTRE O CORPO DO SER HUMANO E A
BÍBLIA SAGRADA
3.1 A RELAÇÃO ENTRE O EU(CAV) E O OUTRO(CAVI)
Na percepção do CAV corporificação entre o corpo e a alma no momento
do processo natural de geração do ser humano na criação quando a mãe é
ambiente natural do CAV: Ciclo de Aprendizagem Vivencial, o corpo físico se
materializando no seu microcosmo (mundo uterino); o pai é o ambiente externo,
então passa a ser o CAVI: Ciclo de Aprendizagem Vivencial do Imaginário.
Esta percepção faz com que a experiência de um ser humano brasileiro
quando interage o seu CAV com o CAVI para buscar respostas as dúvidas como se
este ser humano se sentisse no território da busca de seu Sagrado, permite que se
faça um argumento na teoria da informação por fazer parte de um Universo de
Pessoas, conforme este argumento na Língua Portuguesa, as letras que expressam
o Outro (Deus) podem simbolizar para este brasileiro um imaginário expressado pelo
sistema simbólico - DeuS:
D: decisão
eu: o ser humano quem decide
S: Satisfação com o próprio Sagrado.
Continuando no processo desta percepção, a alquimia existirá para evocar a
transcendência (corpo-alma), pois reflete o interior do homem, a seu desejo e a
vontade de receber a plenitude de Deus, a Luz para suas dúvidas. Portanto o
47
homem faz uma analogia do seu corpo com elementos que fazem parte deste
mundo que é a criação da Plenitude Infinita, por exemplo, a comparação da árvore
com o corpo do ser humano em Dt 20,19 “O ser humano é uma árvore dos
campos”. Com base neste argumento pode-se fazer a correlação entre as partes da
árvore (obra de Deus) e o homem (obra de Deus). Aqui pode-se expressar a
ontologia transitiva aplicando a propriedade matemática emocional transitiva Seja
a comparada com árvore, h comparada com ser humano que é criação de Deus e c
comparada com o Criador (Deus). Então - ac hc ah (a se assemelha a c, e,
h se assemelha a c, então, a se assemelha a h), relação da transitividade
(transdisciplinaridade), cumprindo a seguinte expressão simbólica: “O homem é
segundo a imagem e semelhança de Deus”.
Partindo-se desta propriedade ontológica pode-se correlacionar os membros
da árvore com os membros do corpo do ser humano, segundo a comparação a
seguir:
Quadro 1: Relação das Criações de Deus
ÁRVORE CORPO HUMANO
RAIZ PÉS
TRONCO TRONCO
FOLHAS MEMBROS E ÓRGAOS
FRUTOS RESULTADOS DO QUE O CORPO HUMANO
REALIZOU
Nota: Quadro original
A relação mente-cérebro constitui um dos enigmas mais antigos da filosofia.
Como equação ainda não solucionada pelos mais recentes progressos da
psicofísica, a relação mente-cérebro continua a ser uma igualdade de
muitas incógnitas, que, como em qualquer equacionamento, será
resolvida quando determinados valores dessas incógnitas forem
encontrados. (MARINO JR.,2005, p.71)
48
Os pés são um dos principais elementos simbólicos do ser humano
encontrados na Bíblia, porque são eles que fazem o grounding com a terra. Eles são
representações da postura vertical, elevação e ascensão, a base de sustentação do
esqueleto, o domínio do físico do espaço que até os dias de hoje é motivo de
conflitos na posse de territórios (materialização do TER).
Em Ex. 5,3: Deus ordena a Moisés:- “Não te aproximes daqui. Tira suas
sandálias porque o lugar onde te manténs de pé, onde não te dobras nem te anulas,
é a terra santa” nos s encontramos nossa norma ontológica e nossa vocação
escatológica; em 13,10: “Ao lavar os s de seus apóstolos, Jesus Cristo afirma
que: - “basta que os pés sejam purificados para que o homem inteiro o seja”.
O autor de Miranda faz uma leitura interessante sobre esta correspondência
entre o corpo e os textos bíblicos. O enfoque deste trabalho diferencia do contexto
que de Miranda escreveu em seu livro, mas pode-se fazer uma correlação entre o
imaginário do autor com a correspondência da alquimia oracular do corpo humano
relacionado com referências bíblica, cujo foco passa das questões internas que
podem ser transformadas em questões externas que entram em sintonia com as
respostas que o ser humano busca para entrar em PED: Ponto de Equilíbrio
Dinâmico destas energias internas que são equilibrantes das energias externas e
vice-versa.
Utilizando-se dos estudos de Miranda e colocando-os na arquitetura deste
capítulo, pode-se iniciar com a seguinte conclusão: “... os pés são citados na Bíblia
321 vezes, sendo que 200 vezes em hebraico, 8 vezes em aramaico, 23 vezes em
grego nos livros Deuteronômicos e 92 vezes no Novo Testamento”.
As pernas são as colunas da ascensão:
49
“Colunas de Ouro, numa base de prata, tais são as pernas graciosas sobre os
calcanhares firmes” (Sr 26,18).
“Os soldados vêm então, e quebram as pernas do primeiro, em seguida do
outro dos crucificados que estão com ele. Vindo a Jesus quando vêem que ele
está morto, não lhe quebram as pernas” (Jó 19, 32-33).
Os joelhos: também na Bíblia, o filho ou filha eram recebidos nos joelhos do
pai por ocasião do nascimento e/ou adoção, como um sinal de reconhecimento (Jó
3,12; Gn 50,23). “Raquel, esposa estéril de Jacó dirá: “Aqui está minha serva Bilá,
dorme com ela, e que ela dê a luz sobre os meus joelhos; dela terei, também eu, um
filho” (Gn 30,3)
As coxas: No texto bíblico, as coxas representam um dos lugares mais
significativos das transformações interiores do homem que, nas trevas, está em luta
consigo mesmo. “Sobre seu manto e sua coxa ele traz inscrito um nome: Rei dos
reis e Senhor dos senhores” (Ap. 19,16)
Abdômen:
a) o útero: “você reservará para IHWH todos os primogênitos do útero
materno; e a IHWH pertence todo primogênito de sexo masculino, também dos
animais que você possuir” (Ex. 13,12).
b) o umbigo: elevação e transfiguração “Teu umbigo é uma taça em meia
lua: não lhe falte o licor” (Ct 7,3).
c) os rins: o sangue em água e o sol em fogo “não existe realização dos
dons sem aceitação das mortes - mutações que são também nascimentos. É por
isso que, no dia da Páscoa, o povo hebreu recebe a ordem de estar pronto para a
saída. Ele comerá de pé, bastão na mão, sandálias nos pés e rins cingidos” (Ex
50
12,11). “Os rins presidem a passagem da água ao sangue, transmutado em Espírito
e a passagem do sal ao fogo, transmutado em luz” (de MIRANDA, 2002, p. 121)
d) o estômago: “O excesso de comida é causa de doença e a gula anda
perto das cólicas” (Sr 37,31)
“Para a tradição cristã, Jesus Cristo é o arquétipo do alimento humano, no
símbolo do pão. Ele é o filho Bar, que significa grão de trigo, semeado na terra
interior de cada um de nós para morrer e geminar” (de MIRANDA, ,2002, p.126)
e) o pâncreas: o termo de toda carne, o pâncreas é responsável
especialmente em relação à transformação dos açucares. “Eu o Senhor, sou o Deus
de toda a carne” (Jr 32,27). “Em minha carne, contemplará a Deus” (Jó 19,26).
f) o fígado - celeiro de luz: o fígado é a alquimia mais presente no corpo do
ser humano, pois, é responsável pela síntese e excreção da bílis, pela síntese de
diversas proteínas tais como, albumina, fibrinógeno proteína transformada da
fibrina pela ação da trombina – fatores de coagulação, pelo poder de transformação
é como a alquimia da transformação do cobre em ouro.
“Vede a figueira e todas as árvores. Quando elas lançam os brotos, vendo-as,
sabeis por vós mesmos que o verão está próximo. Igualmente, vós também,
quando virdes acontecer isto, sabei que o reino de Elohîm está próximo (Lc 21, 29-
31).
O fígado regenera todos os dias as suas células; isto é princípio da
transformação, todos os dias ela se processa.
g) peitoral: “Não sejas insaciável de todo prazer e o te lances sobre
manjares(...) Muitos morreram das conseqüências de sua gula, mas aquele que
toma cuidado prolonga sua vida” (Sr 37, 29-31).
51
h) o coração: o sopro divino “O Senhor, teu Deus, te circundará o coração,
a ti e à Tua descendência para que ames o Senhor, teu Deus, de todo o teu
coração, de todo o teu Ser, a fim de que vivas” (Dt 30,5)
“Forjai em vós um coração novo e um espírito novo; por que deveríeis morrer,
casa de Israel?” (Ez 18,31).
i) os pulmões o oráculo do sopro, cada ser humano inala a quantidade de
ar que lhe é suficiente para viver. “Privado do sopro, a carne se deteriora” (Ecl 12,7).
“O Senhor Deus forma o terroso - Adão, pó do terreno- Adamá. Ele insufla em
suas narinas um hálito de vida e é o terroso, um ser vivente”( Gn 2,7).
“Clama a plenos pulmões, não te poupes”(Is 58,1)
A coluna vertebral – será uma escada para a transcendência?
“Esta tua estatua é como uma palmeira, e teus seios, como os cachos. Digo:
Preciso subir na palmeira, tenho que apanhar teus cachos” (Ct 7, 8-9).
“Igreja de Deus vivo, coluna e sustentáculo da verdade” (I Tm 3,15)
“Do vencedor, farei uma coluna no templo do meu Deus, e dele nunca mais
sairá” (Ap 3,12).
As mãos ferramenta para ações: “a palavra mão é de longe a parte do
corpo humano mais citada na Bíblia: 1.538 vezes, sendo 1.153 como iad: como a
letra lud , do tetragrama IHWH, ela é ligada ao conhecimento: iado” (de MIRANDA,
2002, p.175).
“Sim, foi minha mão que fundou a terra, minha direita que estendeu aos us;
se eu os chamar, juntos se apresentam” (Is 48,13)
“A destra do Senhor está erguida! A destra do Senhor realiza uma façanha!”
(Sl 118,16).
“Pai, entre tuas mãos entrego meu sopro” (Lc 23,46).
52
Os ombros espaço de apoio teu como o símbolo do cabide - “Porei a
chave da casa de David sobre o ombro dele, ele abrirá e ninguém fechará, ele
fechará e ninguém abrirá” (Is 22,22).
“...Jesus indagará por três vezes a Pedro sobre a essência e a natureza de
seu bem – querer sobre o tamanho de seus ombros” (Jó 21, 15-18).
As clavículas - elo de ligação (pequenas chaves) entre os sustentáculos;
ombros, braços, tórax, etc. – “Tenho as chaves da morte e do inferno, isto é, o poder
da morte e do inferno” (Ap. 1,18)
‘As clavículas sendo pequenas chaves simbólicas, representam abertura para
a comunicação com as ações (alguém teve uma destas chaves emperradas?) é
um inferno o incômodo’, grifo próprio. “Eu sou a porta; se alguém entra por mim, será
salvo, sairá e voltará e achará com que se alimentar” (Jó 10,9).
Após as clavículas, resta-se um canal para a cabeça, o pescoço
sustentáculo da cabeça e elo de comunicação com o corpo; na bioenergética, a
cabeça (mente) pensa e o corpo sente. “Aproximai-vos e ponde vosso pé sobre a
nuca desses reis. Eles aproximaram-se e puseram os pés sobre a nuca dos reis” (Js
10,24)
“Lugar das tensões e dos nós. Dezenas de citações sobre o enrijecimento do
pescoço e da nuca no texto bíblico (Ex 32,9;33,3;33,5;34,9; Dt 9,6; 9,13; Sl 16,11;Br
2,30;At 7,51)” (de MIRANDA, 2002, p. 199)
“As águas me chegam à garganta, enquanto as águas do abismo me
envolvem; as algas se entrelaçam em torno de minha cabeça... meu lego está no
fim” (Jn 2,6,8)
A cabeça – Centro do SER. Espaço que representa a beleza do Ser Humano
é a antena da transcendência.
53
Os ouvidos/orelhas: O Criador (Sagrado) é sábio, criou o ser humano com
dois ouvidos/orelhas para cumprir a harmonia da bilateralidade e para compor o
CAV- apreender na audição para sentir/pensar para depois emitir os seus valores.
No texto bíblico, variando com as traduções, a exemplo da totalidade
corporal que representam, as orelhas dizem (1Cor 12,16), levantam-se (Is
50,4), indicam-se (Sr 51,16), plantam-se (Sl 94,9), dão-se (Pr 5,1),
ensurdecem (Mq 7,16; Jr 5,21), buscam (Pr 18,15), recebem (Jr 9,19),
aplicam-se (Gn 4,23), prestam-se (Is 1,10); 8,9;Sl 17,1;55,2), apreciam (Jó
12,11;34,3), refletem (Sr 17,6), endurecem (Mt 13,15), ficam pesadas (Is
6,10), tinem (1SM 3,11; 2Re 21,12), ficam atentas (Ne 1,6;Pr 25,12) ou
desatentas (Sb 15,15; Is 48,8), ficam arrogantes (Is 37,29), são
incircuncisas (Jr 6,10;At 7,51) e até escutam (Ez 3,10; 40,4). Existem as
orelhas dos humanos, mas também as do povo (1Sm 11,4), e as das
muralhas (2Rs 18,26), as de Jerusalém (Jr 3,2) e as do Senhor (1Sm 8,21)”
(de MIRANDA, 2002,p.210).
A boca oráculo local onde saem palavras que podem, construir e/ou
destruir; vai depender de como será o entendimento do consultante.
“Eu lhe falo boca a boca – deixando-me ver – e não em linguagem cifrada; ele
vê a forma do Senhor” (Nm 12,9).
“Assim fala o Amém, a Testemunha fiel e verdadeira, o Princípio da criação
de Deus” (Ap 3,14)
Os dentes são símbolos de pequenas rochas, responsáveis pela
construção do ‘produto final’ a pedra fundamental. Trituram os alimentos que dão
dinâmica ao corpo do ser humano.
“Seus olhos são mais carmesim que o vinho e seus dentes, mais brancos que
o leite” (Gn 49,12)
“A pedra que os pedreiros rejeitam tornou-se a pedra angular” (Se 118,22;Mt
21,42)
“Seus dentes são como dentes de leão, que tiram a vida dos homens” (Sr
21,2)
54
“Ó Deus! Quebra-lhes os dentes na boca; Senhor, demole os dentes desses
leões”(Sl 58,7)
“Olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé” (Ex 21,24). Este é o
princípio fundamental da terceira lei de Newton, uma visão mecanicista que se
traduz em: ação e reação. Teus dentes são como uma tropa de ovelhas na tosa
subindo do banho” (Ct 4,2).
A língua e a saliva - língua é como símbolo das ondas que vão ao alto e
baixo, dançar das águas – representadas pela saliva.
“Por favor, Senhor, eu não tenho eloqüência para falar (...). Tenho a boca
pesada e a língua também” (Ex 4,10). “Colarei tua língua ao palato. Ficarás mudo”
(Ez 2,26). O profeta Daniel fala das “línguas que tremem de medo em sua presença”
(Dn 5,19).
“Que vossos dizeres sejam sempre em graça, temperados de sal, com a arte
de responder a cada um como convém” (Cl 4,6). “...a palavra mostra o coração do
homem. Não elogies a ninguém, antes de ouvi-lo falar; pois é no falar que o homem
se revela”(Eclo 27,8).
O nariz canal transcendente “Como o incenso exalai um bom perfume e
florescei como o lírio” (Sr 39,14).
“Ele sente o odor de suas vestes. Ele o abençoa e diz: ‘Vê, o odor de meu
filho é como o odor de um campo abençoado por IHWH’” (Gn 27,27).
“Teu nome é um perfume refinado!” (Ct 1,3).
Os olhos - as portas do interior local que absorve a luz do infinito. Portas
que fazem conexão com o mundo externo; por este motivo da sensação de sempre
estarmos avaliando o exterior; o ser humano sente-se com dificuldades em auto-
avaliar porque os olhos estão sempre direcionados para observação externa; nasce
55
a necessidade de consultar o oráculo para se auto-avaliar: ver o que ocorre no
interior.
“Os olhos do Senhor teu Deus estão sempre sobre ti” (Dt 11, 12). “Eu vim a
este mundo para um julgamento, a fim de que aqueles que não viam vejam, e
aqueles que viam se tornem cegos” (Jó 9,39).
O crânio - espaço alquímico, onde sofre o limiar entre o real e o imaginário.
“Um dia todos deveremos aceitar o inaceitável: a morte. Um dia todos são
chamados a deixar a matriz craniana. Amadurecido, o fruto pode morrer e ser
colhido. O nascimento foi uma das primeiras passagens. Existem muitas. A morte é
uma delas, um segundo nascimento” ( de MIRANDA, 2002, p. 268).
Conclui-se neste tema que as buscas às respostas às nossas agonias,
solidão, alegria e depressões fazem parte da curva natural da felicidade: ápices,
vales, pois para que a noite nasça faz-se necessário que o dia morra e assim é o
continum dia-noite para a natureza e para o homem alegria-tristeza.
“Senhor: Fazei-me instrumento de Vossa paz”.(São Francisco de Assis)
3.2 A VISÃO DE JUNG SOBRE A BÍBLIA E O CRISTIANISMO
Os teólogos-ortodoxos muitas vezes interpretaram Jung como sendo
agnóstico. Quando Jung ‘cingiu’ de Freud iniciou-se neste instante o diferencial entre
os dois cientistas. Freud era agnóstico, egocêntrico e acreditava que tudo girava em
torno do impulso sexual, era altamente centralizador, julgava ter o poder sobre a
ciência. Jung sempre o respeitou e dizia em seus discursos que Freud era uma
56
espécie de profeta que via como sua missão despir do véu da hipocrisia boa parte
do idealismo do século XIX. “Freud foi o libertador de toda uma geração” (BRYANT,
p.11). Em entrevistas, quando o entrevistador perguntava se ele acreditava em
Deus, ele respondia: “Não preciso acreditar, eu sei, Deus é uma experiência
tremenda e impressionante” (BRYANT, p.15). Em suas cartas, Jung escrevia:
...ninguém podia me fazer abandonar a convicção de que me havia sido
destinado fazer o que Deus queria, e não o que eu queria. Isso me deu
forças para seguir meu próprio caminho. Com freqüência, tinha a sensação
de que, em todas as questões decisivas, eu não estava mais entre os
homens, mas sozinho com Deus. Descobri que todos os meus pensamentos
giram em torno de Deus, como os planetas giram em torno do Sol, e são
atraídos com a mesma força irresistível por Ele. Sinto que seria o maior dos
pecados se eu tentasse, opor qualquer resistência a essa força (JUNG,
1975, p.65).
Com este texto transcrito acima para reflexão, -se a sintonia que Jung
possuía com Deus e com a quantidade de experiências com o Sagrado,
comprovando a transitividade entre as relações CAVI-CAV e que a religião de fato se
explica dentro do sistema simbólico: a alquimia do oráculo, podendo ser agente
transformador e renovador para os que possuem e buscam a religião como algo
vivo na alma do ser humano.
3.3 INTERPRETAÇÃO DO CAVI DOS SONHOS E COMPLEXIDADES DAS
PERCEPÇÕES
Sigmund Freud e Jung fizeram suas investigações com seus pacientes nas
interpretações de sonhos. Estas investigações trouxeram uma novidade para o
mundo científico da psique. Os sonhos são interpretados segundo Jung como ‘um
57
mapa de direcionamento individual’, cada ser humano possui o seu mapa, não se
pode construir uma interpretação de sonho padrão para todos os seres humanos.
Na história do Antigo Testamento (AT), as visões e sonhos eram muito
comuns entre os apóstolos, mensageiros e oráculos, como exemplo, o oráculo de
Delfos.
No AT, José, filho de Jacó, teve um sonho que interpretava sua liderança. No
Novo Testamento (NT), José, marido de Maria, mãe de Jesus Cristo, sonhou que o
anjo te trouxera a seguinte mensagem: ‘Maria esperava o filho de Deus’.
O sonho é como um filme projetado no anteparo, o diretor deste filme é a
‘psique’ que faz os controles das imagens e personagens que fazem parte da cena
elegida para uma realidade obscura e que poderá ser interpretada como um consolo
para o ser que sonha.
A relação entre o tema da monografia e as conexões com os Livros Sagrados
está em obter clareza, confiança no aconselhamento, e todos os outros aspectos do
ministério, como uma comunhão entre o que acontece naturalmente quando o corpo
(CAV) é saudável, pois se o “Corpo é são a alma que o habita é sã”. Esta expressão
é um dos pilares da Bioenergética (Mente implica o pensar e o Corpo implica o
sentir). Por isso que a percepção é: O Eu sente e pensa o Outro não sente
igualmente como o Eu mas diz e faz.
A prática da percepção guarda uma expressão contida e reprimida das
emoções não elaboradas que podem ser expressas como, o consultante se liberta
deste seu padrão, levando-o à aptidão em poder cumprir o seu potencial de ser
consciente, na reorganização de sua estrutura física, psíquica e espiritual,
integrando estes conteúdos, a um novo estágio evolucionário da psique.
58
Outras formas de expressão, tais como a confecção de mandalas, a caixa de
areia, confecção de máscaras de gesso, o trabalho com argila e o compartilhar das
experiências vivenciadas em grupo, são elementos que somados aos demais
integrantes da técnica da projeção e materialização do CAVI no CAV, auxiliam a
elaborar e integrar os conteúdos do processo de cada consultante que possui sua
experiência religiosa (CAVI).
Os conteúdos dos sonhos, arquétipos etc. surgem do inconsciente coletivo e
são recursivos e ordenam os conteúdos pessoais segundo vão surgindo, mas o
lugar da iniciação não está no inconsciente pessoal, senão no profundo do psique,
no inconsciente coletivo.
O padrão é se para vivermos a ‘ordem’ natural da vida temos que ser gerados
durante os nove meses completos então, nestes meses planejamos o nascimento de
um ‘produto’, que tem que ser o resultado da excelência do casal arquétipo da
sociedade ‘certinha’. O ambiente onde estamos sendo gerados está ‘esperando um
ser equivalente aos que geraram (pai, mãe, avôs, avós etc.)’, como temos a ilusão
de que nossos pais são perfeitos (ordenados, equilibrados, certinhos), então... será
que são?
Se perguntasse para algumas pessoas, o que é um Rio?
Para um cientista, para um pescador, para um naturalista, para uma
lavadeira, todos darão uma resposta verdadeira de acordo com o seu foco.
Eu tenho o meu conceito de rio, que é verdadeiro, mas o meu semelhante
também tem o conceito de rio, que é verdadeiro. Neste momento de senso comum é
traduzido como a arte de liderar o CAV do Eu para não ferir o CAV do Outro, que no
momento do enfrentamento poderá não ser o CAV do Outro, mas o CAVI do Outro,
ou seja, o Sagrado do Outro.
59
O que Eu-CAV não deve fazer?
- Exigir do sistema simbólico um vôo pleno para todos;
- Através dos meus limites ser Deus (Onipotente e Onipresente);
- Exigir com minhas atividades holotrópicas que os meus
semelhantes tomam-nas como sendo as suas verdades.
O que eu posso fazer?
- Tornar-me um elemento simples que faz parte da natureza;
- Não ser superior a nenhum elemento da natureza (somos iguais
como natureza, vibramos iguais, isto é uma visão quântica); por isso, que
naturalmente o ser humano sente necessidade de buscar um oráculo.
O ser humano é pequeno com relação aos mistérios naturais, busca a
abertura e paciência para descobrir as respostas que se angustiam e angustiaram;
mas o Eu é quem tem que enxergar e aprender, porque cada um de nós tem a sua
própria freqüência e período para a descoberta do que é aparentemente louco,
porque o possível, todos podem alcançar, agora o impossível...Tem-se que buscar
auxílio ao Ser Superior e ser acertivo com c e não com ss. A diferença entre acertivo
e assertivo é que o primeiro busca a meta para alcançar o alvo, busca o equilíbrio e
o segundo apenas a confirmação do que é certo ou errado.
Fazendo-se uma análise aos relatos de Jung, muitos cientistas o
interpretavam e ‘podem ainda interpretá-lo’ como agnóstico, devido a maneira
holística em que ele se referia a Deus, inclusive com relação às suas próprias
experiências. Com o crescimento da secularização e o enfraquecimento da tradição
cristã, incluindo a Bíblia neste processo, pode-se concluir que Jung fala da crença
intelectual, que envolve um compromisso entre o ser humano e o ‘racionalismo’
incluindo menos Deus em seus ‘projetos’; era sobre este enfraquecimento em
60
detrimento a crença intelectual que Jung sentia quando expressava, por exemplo, no
texto a seguir, porém Jung era gnóstico:
Em um engano realmente trágico, esses teólogos não percebem que não é
uma questão de teólogos provando a existência da luz, mas de pessoas
cegas que não sabem que seus olhos poderiam enxergar. Já é mais do que
tempo de tomarmos consciência de que não adianta nada louvar a luz se
ninguém conseguir -la. É muito mais necessário ensinar às pessoas a
arte de ver. (JUNG, 1991, p.171)
Assim como Jung era reinterpretado, pode-se perceber que em Atos 10, 9-23;
não se considerava que Pedro havia sonhado, mas que havia entrado em êxtase,
que se interpreta como estado alterado de consciência, ou contato com agentes
sobrenaturais:
A Visão de Pedro
9 No dia seguinte, por volta do meio dia, enquanto eles viajavam e se
aproximavam da cidade, Pedro subiu ao terraço para orar.
10 Tendo fome, queria comer, enquanto a refeição estava sendo preparada,
caiu em êxtase.
11 Viu o céu aberto e algo semelhante a um grande lençol que descia à
terra, preso pelas quatro pontas,
12 contendo toda espécie de quadrúpedes, bem como de répteis da terra e
aves do céu.
13 Então uma voz lhe disse: “Levanta-se, Pedro, mate e coma”.
14 Mas Pedro respondeu: “De modo nenhum, Senhor! Jamais comi algo
impuro ou imundo!”
15 A voz lhe falou segunda vez: “Não chame impuro ao que Deus purificou”.
16 Isso aconteceu três vezes, em seguida o lençol foi recolhido ao céu.
17 Enquanto Pedro estava refletindo no significado da visão, os homens
enviados por Cornélio descobriram onde era a cada de Simão e chegaram à
porta.
18 Chamando, perguntaram se ali estava hospedado Simão, conhecido
como Pedro.
19 Enquanto Pedro ainda estava pensando na visão, o Espírito lhe disse:
“Simão, três homens estão procurando por você.
20 Portanto, levanta-se e desça. Não hesite em ir com eles, pois eu os
enviei”.
21 Pedro desceu e disse aos homens: “Eu sou quem vocês estão
procurando. Por que motivo vieram?”
22 Os homens responderam: “Viemos da parte do centurião Cornélio. Ele é
um homem justo e temente a Deus, respeitado por todo o povo judeu. Um
santo anjo lhe disse que o chamasse à sua casa, para que ele ouça o que
você tem para dizer”.
23 Pedro os convidou a entrar e os hospedou. (Atos 10, 9-23)
O sonho é como um filme projetado no anteparo, o diretor deste filme é a
‘psique’ que faz os controles das imagens e personagens que fazem parte da cena
61
elegida para uma realidade obscura e que poderá ser interpretada como um consolo
para o ser que sonha.
Dando uma segunda resposta a questão fundamental: Qual é a resultante
entre o CAV e o CAVI?
Com a cognição da alquimia do oráculo ocorre a corporificação do Eu (corpo
físico-CAV) com a alma (corpo energético-CAVI) tornando assim um corpo que
passa a ser a equilibrante do sistema: corpo-alma. Esta resposta é a modelagem do
CAVI no CAV e vice-versa.
62
4 A ALQUIMIA DO ORÁCULO
A alquimia está reinterpretada como meio de transformação e o oráculo como
sendo um estímulo entre a pergunta e a resposta. Assim, o consultado (CAVI) na
relação entre o Eu e o Outro passa para o consultante (CAV) a visão do objetivo.
Quando o consultante busca a sua transformação, o consultado fortalece o motivo
de sua ação, então, o CAV relaciona-se com o CAVI percebendo a sua motivação
(motivo + ação). O oráculo de Delfos foi um precursor desta alquimia.
4.1 ORIGEM DO ORÁCULO DE DELFOS
Quando o ser humano foi identificado como elemento natural milhões de
anos passados, foram postos à sua disposição muitos elementos da força da
natureza para que pudesse manter uma ligação com o seu ancestral e o místico.
O oráculo ou dom oracular faz parte desta ligação com a história secular e o
místico. Com o passar do tempo, o ser humano foi interagindo com a natureza e
descobrindo que os mistérios também fossem inerentes ao ser; todos possuem a
habilidade de comunicar com o mundo microcósmico (invisível e indivisível,
estabelecendo a relação CAVI-CAV), mostrando que esta relação é uma percepção
peculiar do ser humano.
63
O culto aos ancestrais, aos seus profetas, aos seus santos, aos seus deuses
e às forças da natureza trazem uma espécie de emanação do Criador para servir à
humanidade.
Colocando em prática o processo da teoria da informação versus o argumento
do adversário na busca da informação no argumento de Buda, como extrair a
relação entre o pensar e o criar? Pensar passa a ser a característica do eu e, criar é
colocar o CAVI em prática, materializado através do CAV.
“Somos o que pensamos e com os nossos pensamentos criamos os nossos
mundos” (BUDA)
‘O grande problema é viver modelando o mundo externo (CAV) e vivendo os
conflitos no mundo interno (CAVI)’, grifo próprio.
4.2 BUSCAR A TRANSFORMAÇÃO ATRAVÉS DA RELIGIOSIDADE
O valor adaptativo da religiosidade está englobado no processo mecanicista e
no processo quântico (virtualidade); virtual aqui, significa não perceber pelos
sentidos naturais, mas sentir as conseqüências deste contato transcendental.
A grande angústia do ser humano é a resposta quanto à morte. Como será
após a morte? Para onde vou? Então, o grande ‘elo’ de explicação entre a vida e a
morte perpassa pela religiosidade.
Quando o corpo manifesta os sintomas de enfermidade, ele necessita do
sistema simbólico para justificar a ‘sua’ realidade enferma na busca de respostas
das suas verdades que podem estar contidas no soma, ou na psique e/ou no noético
64
(a rede da ética individual) de cada ser. A vida simbólica é muito forte, por isso que o
virtual no simbólico passa a ser virtuoso - o virtus. O virtual é imaginário, mágico,
não palpável, não mensurável, porém sentido e vivenciado, o sendo traduzido por
elementos reais. Será que o real existe? Se sinergia entre o físico com o
espiritual, diz-se que sintonia com o Sagrado, com o divino e/ou transcendente;
ainda não chegou ao Deus, está na dimensão mecanicista, mas é na manifestação
da religiosidade no ser humano que ele entra em estado alterado da consciência,
porque este pode ser percebido e racionalizado.
Para exemplificar esta racionalidade que se expressa na religiosidade por três
dimensões: a fisiológica, a cognitiva e a comportamental que se associam através
das relações interpessoais e habilidades sociais.
A invocação do Sagrado pode se dar através do social, dos rituais, das
emoções, da empatia, dos parâmetros morais, do altruísmo, da bondade, dos
elementos que compõem o Sagrado e o profano que caminham juntos.
O Pai Nosso, por exemplo, é uma expressão que aproxima o que seja
sagrado do profano. O paralelo traçado abaixo racionaliza o que seja religiosidade
expressa pelo Pai Nosso: a “Oração que o Pai nos ensinou”.
Quadro 2: Pai Nosso Empreendedor
CAMPO FÍSICO CAMPO DA RELIGIOSIDADE
Realização
O ser humano é empático a realização por esta
comparação da Terra e o Céu: “... assim na Terra como
no Céu”. O quê é o Céu para as pessoas?
Planejamento
“... o pão nosso de cada dia dai-nos hoje”.
Poder
“... Venha a nós o vosso Reino e seja feita a Vossa
vontade”. Reino e vontade expressam um grau de
superioridade dada a um ser além dos poderes aqui na
Terra.
Nota: Quadro extraído de O que Vejo no Espelho Uma Visão Pragmática do
Psicologia Transpessoal, 2005, p. 186-187
65
A alquimia que a religiosidade causa, pode ser resumida de acordo com o
esquema a seguir:
Figura 7. O Caminho da Religiosidade.
Quando o ser humano se sente em deficiência (sombra do arquétipo) em
alguma qualidade de ser, ele atribui a sua religiosidade uma propensão
(arquétipo). Quando os indicadores da propensão aproximam das deficiências do
ser humano, estas aproximações evidenciam o quanto é difícil esta relação de ser
uma pessoa segundo a perfeição de Deus. Neste momento surge o livre arbítrio -
aqui poderá ser interpretado como um processo de evolução adaptativa da
religiosidade; pois a experiência com o Sagrado revela-se nas convenções e/ou
crenças do fenômeno religiosidade .
66
Quadro 3: Comparação entre as Dimensões Física Deficiências e Comportamento
- Propensão:
FÍSICO/DEFICIÊNCIA
COGNITIVO/COMPORTAMENTO
PROPENSÃO
Mal Bem
Mau Bom
Tristeza Alegria
Medo;temor;reprovação Altruísmo
Infeliz Feliz
Ódio Amor
Ira Calma
Desilusão Orgulho por ter alto desempenho
Remorso Admiração
Falta de vontade Decisão
Impulsividade Contenção
Vaidade Modéstia
Falta de humildade Sinceridade
Soberba Humildade
Cobiça Honestidade
Rancor Bondade
Credulidade Saber
Rigidez Flexibilidade
Indiferença Interesse
Brusquidão Suavidade
Egoísmo Desprendimento
Debilidade Fortaleza
Necessidade Prudência
Enfermidade Saúde
Desequilíbrio Equilíbrio
Consciente Inconsciente
Antipático Simpático
Pró-empático Empático
Nota: Quadro extraído de Páginas Soltas!Projeto de Vida ou Vida de Projeto, 2004,
p. 132-133.
Concluindo esta reflexão com o conceito de empatia:
“...empatia como a capacidade de compreender e sentir o que alguém pensa
e sente em uma situação de demanda afetiva, comunicando-lhe adequadamente tal
compreensão e sentimento”. (Del Prette, 2004, p.86)
Compreende-se que para levar à religiosidade o elemento mais diretivo e
acertivo’ é a empatia, que contém três componentes: o afetivo (percepção física-
fisiológico), o comportamental e o cognitivo.
67
Com os três componentes formam-se o ‘volume’ de todo o espectro do que
seja religiosidade, de uma maneira generalizada, sem entrar em detalhes devido a
diversidade de valores, indicadores e motivos que levam os seres humanos à ação;
quando este volume é instituído, os elementos envolvidos passam a ser unidos,
trabalhados simultâneos e continuamente traçam o conteúdo da religiosidade cujo
‘vasilhame’ é a empatia e o fluido são todos os componentes que dão motivação
(motivo + ação) para as pessoas.
Figura 8. Resultante entre os elementos que compõem a religiosidade
Portanto, a religiosidade nesta reflexão depende de diferentes fatores de
compreensão. Um que está muito evidente é que, a pessoa para dizer que possui
religiosidade é necessária ter um histórico de vida, ou seja, tenha experiência para a
construção deste ‘volume’ com a maturação coerente com a maturidade.
68
4.3 HARMONOGRAMA NAS RELAÇÕES ENTRE RELIGIÕES, RELIGIOSIDADE E
CULTURA
O conceito de harmonograma é simbólico, representa a harmonia entre os
elementos que compõem os sistema mecanicista (CAV). Neste modelo existe o
Ponto de Equilíbrio Dinâmico (PED) entre as Religiões, Religiosidade e Cultura. O
harmonograma pode ser demonstrado na prática e analisado empiricamente.
Figura 9. Harmonograma buscando o PED
Este sistema é dinâmico estando sempre em sinergia entre os elementos que
se relacionam em determinada situação obedecendo ao tempo e ao espaço. Estes
dois últimos parâmetros é que determinam o estado mecanicista da evolução do
modelo.
69
Um exemplo simples é analisar a relação entre Religiosidade Cultura, a
primeira questão se estabelece:- qual é o PED desta relação?
Pode-se realizar uma análise situacional: o PED seria a empatia numa das
dimensões: afetiva, comportamental e/ou cognitiva?
Concluindo sem racionalizar o que é a religiosidade, para não incorrer na
perda de sua magia e/ou beleza intrínseca, pode-se traduzir de forma natural como
sendo a percepção da presença de DeuS (D: decisão; eu: ser que decide; S:
Satisfação com o seu Sagrado). A religiosidade é percebida como a arte de ser feliz
e olhar para o mundo materialista com os olhos’ da alma para acalentar o ‘coração’
de ser humano, buscando a transformação tendo como ferramenta o sistema
simbólico.
Quando se racionaliza a religiosidade, para este ser humano que sente/pensa
tem-se na relação do eu com o Outro Deu$-DeuS cifrão’, grifo próprio, que pode
ser um exemplo do SAGRADO COLETIVO, pela necessidade de materializar o CAV.
Neste caso o CAV passa a ser o esforço que tem como resultante o trabalho-
Dinheiro, que será abençoado por DeuS (CAVI).
4.4 O CAVII: CICLO DE APRENDIZAGEM VIVENCIAL DO IMAGINÁRIO
“Para alcançar uma ciência crítica sobre as religiões, o material básico deve
proceder de fatos da experiência pessoal”.(MARINO JR,2005, p.15)
O CAVI auxilia na compreensão das superações nas dualidades: deficiências-
propensão do trabalho simbólicopsicoterapêutico.
70
A tese está pautada na percepção do sistema simbólico registrado nas
‘escritas sagradas’ de determinada cultura e o fluxo energético que elas propagaram
e que podem nos fornecer subsídios psioterapêuticos nos campos: afetivo
(percepção física - o fisiológico), cognitivo e comportamental, a busca das respostas
às aflições passa pela satisfação aos estímulos recebidos sendo coerentes com as
ações, levando ao estado de êxtase interior (alma).
Um sistema mais próximo é o corpo que se materializa no que ocorre do
imaginário, por exemplo, o relato do arquétipo paterno: pela árvore da vida, somos
formados pela simetria (lado direito e lado esquerdo, arquétipos da paternidade e da
maternidade). Traçar um arquétipo é como se estruturasse o de bom e o de mau que
nos traz a tristeza e o medo de ser feliz; porque a culpa nos faz infeliz. O único
antídoto deste desequilíbrio é o amor, que muitas vezes vem mascarado pelo ódio,
causando certa ira que logo vem compensada pela calma. A dor sentida pelos
estímulos seja de amor/ódio; ira/calma que são levados pela impulsividade que
compõe a cura, nos dando o alívio e a fortaleza para seguirmos na teia e/ou malha
e/ou ciclo da vida. A experiência com o arquétipo paterno nos causa cobiça nos
levando para a credulidade de que a rigidez imposta no nosso corpo nada mais é do
que a flexibilidade da debilidade do desconhecido que não se tornou a fortaleza do
ser: corpo-alma.
A busca de maior ‘acertividade’ (com a letra ‘c’ significa atingir o alvo com
assertividade de equilíbrio dinâmico) está na empatia que nos leva à condição de
sentir e captar a necessidade do Outro que se reflete na nossa necessidade da
demanda afetiva, cognitiva e/ou comportamental.
71
Inicia-se o ‘algoritmo (algo em seu ritmo) do CAVI’ como terapia corporal e o
‘desnudar’ dos arquétipos da dualidade simbólica corpo-alma. No oráculo bíblico
inicia-se o algoritmo com os capítulos Gênesis (Gn 1-50): início + meio + fim.
A alquimia do oráculo passa por parte dos oráculos como um processo de
transformação do imaginário.
Como exemplo de um oráculo alquímico:
Início: Gn 1 a criação do céu e da terra e de tudo o que neles há; presença
do arquétipo paterno do Criador (CAVI);
Meio: Gn 2-49 ocorre o CAV das pessoas da época, principalmente para
Abraão, que foi o agente mensageiro dos registros; outra presença do arquétipo
paterno (CAVI), replicado por Moisés, Davi, e outros líderes;
Fim: Gn 50 termina o algoritmo com a morte de José; morte do arquétipo
paterno (CAVI), neste primeiro ciclo vivencial e ciclo vivencial do imaginário.
-se que em Gênesis o sistema imaginário do ciclo de vida se confirma
como uma história verdadeira, o início (criação de tudo); o meio (desenvolvimento,
ascensão da vida humana e percepção dos líderes) e de decadência a atingir o
fim, que é a morte dos líderes e do arquétipo paterno.
Pode-se dizer que o ser humano passa a ser um sistema imaginário que é um
algo + ritmo = algoritmo natural não somente um amontoado de ‘coisas’, mas o
‘todo’ que se ressona como uma freqüência sagrada, o divino passa a ser a
consciência do que é verdade em cada imaginário. Deus nos criou e desta criação
surgiu: “somos segundo a imagem e semelhança de Deus”, conseqüentemente tem-
se uma verdade na criação que nasceu da Decisão de um Eu, significando criação
do próprio imaginário para a Satisfação do propósito do evento elaborado pelo
‘Desconhecido’. Em se tratando do ‘Desconhecido’ criador, o corpo humano e/ou ser
72
vivo passa a apresentar uma complexidade de compreensão e percepção que
transcende ao físico caindo em uma dimensão de uma linguagem simbólica que se
torna ignorante às percepções humanas em relação à forte energia da
simbolopsicoterapia nos rituais religiosos.
A laicização veio para desvirtuar o que era sagrado nos ambientes externos e
o ‘corpo’ criado do imaginário para ser divino passou e passa por este processo de
desrespeito ao parâmetro espaço dentro do algo + ritmo.
Como o ser humano não compreende o que passa com a sua alma que foi
criada por Deus, consequentemente, ele como semelhança do Criador, sente-se
responsabilizado para criar um espaço que possa ser cultuado, conhecido e que
seja o controlador de sua criação; então, a ‘gestão do conhecimento’ do ser humano
passa para o sistema simbólico justificando a linguagem alquímica oracular do corpo
de um ser vivo; tanto que os cientistas fazem experiências com ratos, plantas, ou
todo o tipo de animal inclusive a si mesmo.
No case particular vivenciado em aconselhamentos psicoterápicos holítiscos
pode-se retirar das vivências a seguinte conclusão da alquimia do oráculo:
Existem muitos sagrados que podemos seguir na vida “profana”, igual que
muitos sagrados religiosos que podemos seguir em nossas vidas espirituais (CAVI).
Como profano crê-se que todos os sagrados religiosos (mulsumanos, hinduístas,
taoístas, judeus, cristãos e outros) conduzem em último termo à mesma fonte, o
Espírito Santo (DeuS) na percepção de um ser humano brasileiro. Quando há outra
percepção de outro CAVI, por exemplo, a Cabala que significa “receber” dentro de
um relacionamento cognitivo- ensinar x aprender. Neste modelo também existe o
Deu$ que é um CAV do sistema estritamente judeu. Ela, a cabala, se desenvolveu
com uma explicação esotérica, ou secreta, do significados da Torá.
73
“A Torá consiste nos cinco primeiros livros da Bíblia. Acredita-se que ela
tenha sido escrita por Moisés e inclui Gênesis, Êxodo, Números, Levítico e
Deuteronômio. A Torá é escrita à mão em papiros nas sinagogas do mundo
todo e impressa em hebraico, inglês, francês, chinês, e assim por diante, em
toda Bíblia impressa” (YUDELOVE, 1996,p.27)
“Entretanto, esse outro livro conhecido como Portal Lucis exerceu uma
influência tremenda em duas direções. Pouco tempo depois da sua
publicação em latim, um grupo de dominicanos fervorosos convenceu o
Papa Leão X a confiscar e a queimar todos os livros judeus. O místico
Johann Reuchlin (1455-1522) mencionou esse livro em seu clássico De Arte
Cabalística, 1517, para convencer o Papa, a quem era muito dedicado, dos
valores dos ensinamentos judeus e, assim, os livros hebraicos foram salvos.
Reuchlin acreditava que a cabala continha a doutrina do Cristianismo. Ele
ensinava que na época dos patriarcas, antes de Moisés, Deus tinha um
nome de três letras YHV, o Trigrammaton. Posteriormente, o nome de Deus
com quatro letras, YHVH, o Tetragrammaton, foi revelado a Moisés, como
registra o Êxodo 3:15. Na era Cristã, foi adicionada a letra Shin ao
Tetragrammaton, resultando assim no Pentagramma YHShVH. Essa é
também a pronúncia hebraica para o nome Jesus. E foi também a base da
Cabala Cristã.
Reuchlin tinha consciência de que os cabalistas praticavam sua religião com
amor e devoção a Deus e não com o tradicional temor. Ele achava que
esses cabalistas tinham um comportamento bastante ‘cristão’. A cabala
também falava sobre o Messias. Reuchlin tentou convencer o Papa de que
os cabalistas estavam, na verdade, falando de Jesus. Por uma questão
histórica, não acreditavam que o Messias já houvesse aparecido, enquanto
que os cristãos acreditavam que ele era Jesus.
Por outro lado, grupos ocultistas de toda a Europa eram muito influenciados
pelos ensinamentos desse livro. E, ele continua a exercer grande influência
até os dias de hoje. (YUDELOVE, 1996, pp.29-30).
Sendo um adversário a estes argumentos, conclui-se que a cabala judaica
ainda mais difícil é o fato de haver diferentes interpretações, escolas e sistemas.
Não existe uma cabala pura e/ou única entre os judeus. Existe, um corpo de
conhecimento composto de tradição, culturas que contam com mais de cinco mil
anos de existência, e com certeza, vem com mudanças e um algo + ritmo do
processo observado e estudado.
O que está fundamentada na questão principal desta tese é a relação entre o
CAV e o CAVI individual, que não importa o idioma, a cultura e/ou a tradição das
pessoas; o que cada ser humano sente/pensa está no interior, e para ser
transformado em “expressões” para o entendimento do mundo externo que é a sua
própria maneira de descrever o mundo real (CAV) e a sua própria mitologia (CAVI);
mas de uma coisa pode-se estar tentando ser transmitida: - a estrutura básica é a
74
mesma; a busca do equilíbrio dinâmico entre o CAV e o CAVI estará presente no EU
e no OUTRO.
75
5 CONCLUSÃO
Ao correlacionar, o ‘algoritmo do CAVI’ e o ‘algoritmo do CAV’ para obter a
satisfação dos indicadores das habilidades e competências do ser humano na busca
da transformação (alquimia) através da religiosidade; o ser humano necessita ter
‘equilíbrio’ do que seja o corpo-material no espaço Terra e o que seja corpo-alma no
espaço físico Céu, espaço onde as emoções, sentimentos entram em sintonia com o
êxtase de ser completo (feliz) com as dinâmicas dos binômios corpo-saúde e
religião-alma.
Através do discurso de Jung, pode-se traçar a estrutura do processo
cognitivo. Jung aborda dois tópicos principais: vida inconsciente; métodos que levam
às tecnologias utilizadas para investigação dos elementos originários dos processos
psicológicos inconscientes. Os ‘métodos-tecnologia’ estão estruturados em
associativa que implica a análise dos sonhos e imaginação ativa.
Por que a tecnologia, como sinônimo de métodos?
Porque os métodos saem da criação do homem, que utiliza como ‘ferramenta
a inteligência, que é a base da tecnologia. Neste contexto aplica-se o
Harmonograma do Modelo PED: Ponto de Equilíbrio Dinâmico entre a Religiosidade,
Religiões e Cultura; onde a resultante entre as Religiões e Cultura terá como
equilibrante a Religiosidade; a resultante da Religiosidade e Cultura terá como
equilibrante a Religião; e a resultante entre Religião e Religiosidade terá como
equilibrante a Cultura.
Nos últimos dois séculos, a ciência, a filosofia ocidental e seu materialismo,
e o excesso de informação e da lógica, muito têm contribuído para o
amortecimento do funcionamento do Dom divino da intuição em nossos
processos neurais e em nossa vida cotidiana. (MARINO JR., 2005, p.38)
76
A ciência seja ela, da Religião, Psicologia, Física e outras, em primeiro lugar,
trata, com a consciência, porque as áreas do saber são elementos que estão no
mundo real; em segundo lugar, através dos dados fornecidos por esta realidade,
pode-se, tratar dos elementos inconscientes, que não podem ser diretamente
investigados por estar a um nível desconhecido (transcendente-CAVI), ao qual não
temos acesso. Os dados conscientes são os únicos elementos que podem ser
tratados como conscientes, por isto, exprimem as nossas ações (CAV). Aqui a
ciência atua, porque estes elementos conscientes são indicadores da aferição crítica
de nossos julgamentos, porque são objetos trazidos do concreto para objeto de
estudo por percepção e observação que nos levam a críticas, análises e
mensuração do CAV.
Jung diz:... assim, vemos cores e ouvimos sons, mas na realidade trata-se
de vibrações. O que acontece é que precisamos de um laboratório equipado
com aparelhos complexos para estabelecermos um quadro desse mundo
desligado de nossos sentidos e de nossa psique; e suponho que aconteça
exatamente o mesmo com o nosso inconsciente. (JUNG, 1998, p.26-27)
Quando Jung pensa e relata sobre ‘vibrações’ ele quer dizer que são
fisicamente, realidade mensurada das freqüências, que são quantidades de
acontecimentos por tempo em que estão ocorrendo. As cores o determinadas
pelas freqüências, em que os seres humanos, dentro do espectro conseguem
enxergar; aguça então o sentido da visão, em que o espectro infra-vermelho e ultra-
violeta, no nosso instrumento olho, não afere. O mesmo ocorre com a freqüência
sonora. Existe o espectro do som, a ‘faixa’ de som que se consegue captar pelo
instrumento ouvido, e a infra-sonora e a ultra-sonora, que causam incômodos,
sensações inquietantes que causam males aos ouvidos, inclusive causando danos
ao tímpano. Para que toda esta explicação? É para justificar que cada ser humano é
um laboratório vivo, porque guarda a experiência própria que passa a ser uma
77
experiência ímpar da natureza (CAV); portanto, não podemos desrespeitar os
resultados que cada um possui no seu CAVI.
É intrínseco ao ser humano dar objetividade às coisas sensoriais
(inconscientes) solicitando métodos objetivos para dar veracidade ao inconsciente,
que às vezes, não é verdade no consciente; mas que verdade? De qual verdade
estou falando? Na realidade do coletivo é que existe aferição, métodos objetivos,
porque quando se trata do inconsciente pessoal, trata-se de um assunto, como se...
A alquimia está sendo classificada neste século como ciência filosófica ainda
desconhecida. Baseava-se na teoria Aristotélica, como sendo interpretada de que
tudo no mundo obedece às mesmas leis, e todos os objetivos da natureza contém a
energia vital.
Os que vêem dentro deste ângulo de visão, são chamados, alquimistas, que
divulgam que toda matéria contém a vida (desmembramento quântico). Jung foi
considerado um alquimista.
A alquimia não deixa de ser mística. O alquimista trabalha com o ambiente-
real na busca da ‘pedra filosofal’; mas quando vai realizar a sua redenção espiritual
passa para o ambiente-virtual (o imaginário). Notamos que neste campo gera o
simbolismo de uma atitude simbólica fundamental: a realização material do símbolo
da regeneração espiritual. Esta ‘pedra filosofal’ passa do imaginário para a
materialização da energia que traz a purificação da alma.
A alquimia do oráculo: buscar a transformação tendo como estímulo o sistema
simbólico, retrata, experimenta, apreende, ensina, vivencia formando um ciclo onde
a origem é o buscar a transformação; o meio do ciclo é o buscar da compreensão,
aceitação e o final do ciclo, fechando-o é o CAV que passa a ser a recuperação, a
regeneração e/ou reconstrução do ciclo vital da felicidade como princípio
78
psicoterapêutico que contém a totalidade dos sentimentos e o vazio dos
sentimentos. Qualquer emoção reprimida deteriora, torna-se séptica e provoca uma
enfermidade que só é ‘curada’ se deixarmos nascer à emoção proibida. Não se pode
ter uma emoção e/ou recuperá-la cuja existência seja negada o Sagrado.
Na construção da resultante entre as Religiões, Religiosidade e Cultura
perpassa pela relação entre o eu e o Outro. Qual é a resultante destas relações?
O esquema a seguir resume como é a resultante das relações entre o que o
CAV expõe e o que o CAVI explica. Jamais será igual, apenas aproximações podem
ser feitas para que a equilibrante seja o SAGRADO COLETIVO que passa a ser a
soma do Sagrado do Eu (sentir/pensar) com o Sagrado do Outro (dizer/fazer).
Figura 10. Relações entre o CAV e o CAVI na Construção do Sagrado Coletivo
Como sugestões para linhas futuras de pesquisas, m-se que os sistemas
motivacionais de compensação e recompensa estão para as práticas das relações
conceituais e comportamentais entre o CAV e o CAVI, assim como estão, as
relações ontológicas e suas propriedades aplicadas no CAV.
79
A propriedade aplicada na relação CAV e CAVI neste trabalho foi a transitiva,
fechada na relação de equivalência.
Com relação as linhas de trabalhos futuros, podem servir para realizarem
informações pertinentes a outras propriedades, por exemplo, reflexiva, simétrica,
fechadas em outras relações de taxonomia, equivalência, dependência, causal,
funcional, temporal, topológica, similaridade, condicional, proposital, coisas/objetos,
componente/membro, coleção, porção/massa, lugar/espaço, fase/processo, dentre
outras.
Em síntese, aporta-se ao quadro abaixo descrito:
Quadro 4: Analogia e Sistema Simbólico do Mundo Real e Imaginário
CAMPOS ÂMBITO
Realização: Físico: pensamento, intuição, experiência e sabedoria ao
relacionarem-se com o CAV e CAVI.
Planejamento Psicológico: sentir e agir (ação) com o CAV; o trabalho
disciplinado, um estilo de vida simples e persistência.
Poder Transpessoal: sentir/pensar e conexão com o CAVI; nossa
energia em relação à Natureza, buscando o Equilíbrio, a
Harmonia e a Felicidade de Ser.
Nota: Quadro original
Os segmentos/âmbitos: físico, psicológico e transpessoal, formam parte do
nosso interior, sendo a ‘parte de’ e reflexo do ‘todo’.
Um dos princípios universal mais conhecido e importante, neste trabalho, é o
princípio da correspondência que nos ensina que a ‘parte é um reflexo do todo’, lei
que os hermetista egípcios definiam com a frase: ‘como é acima é abaixo’, grifo
próprio. Inclusive a Física Moderna tem confirmado através do modelo holográfico.
Um holograma, passa ser interpretado como uma fotografia tridimensional em que
cada uma das partes contém a informação da fotografia inteira.
80
Da mesma maneira, modela-se o seguinte: cada célula do corpo contém uma
réplica do código genético original (DNA), basta uma única informação para
reconstruir um corpo vivo inteiro similar, o que demonstra que cada ‘semente’
contém a informação de como vai ser o todo do ser vivo, e equivalente ao original,
como, o átomo que é a réplica exata de um sistema solar, ou vice-versa,
obedecendo a lei da analogia dos sistemas naturais: real e imaginário.
Esta informação nos transmite que todos as formas de vida ou partes de um
todo estão feitas segundo a imagem com a réplica exata e perfeita semelhança da
forma de vida Maior que as originou ou o ‘todo’ do qual somos uma ‘parte’ resultante.
Na busca heurística em dar respostas às questões propostas nesta
monografia, não sendo pretensiosa ou tão pouco reducionista, chega-se a uma
síntese: ‘o ser humano é um dipolo, com a concentração de ações positivas no pólo
denominado positivo, onde se localizam as emoções: ânimo, tranqüilidade,
curiosidade, orientação, confiança, amabilidade, generosidade e outras, constituindo
o CAVI; o lo denominado negativo, onde se localizam as emoções: medo,
insegurança, destrutividade, enfrentamento, tédio, pressa, bloqueio, aversão,
desespero, ansiedade, e outras, constituindo o CAV. Estes dois pólos formam a
arquitetura da empatia: afeto-cognição.
As fases para a formação desta arquitetura referida acima, nos traz para uma
reflexão de como se comporta a relação entre o CAV e o CAVI. Existe o corpo físico
que é dinâmico nos processos que compõem o CAV e a alma que é a energia
interna (emoções em maior percentagem do imago materno), que compõem o CAVI.
A alma é interna, envolve o corpo físico, que Jung a denomina de anima, para a
energia interna feminina no homem e animus, para a energia interna masculina na
mulher. Conseqüentemente, as arquiteturas e/ou estruturas das empatias afetiva,
81
comportamental e cognitiva do ser humano está muito forte na estrutura do sistema
simbólico individual que necessariamente e por questão de sobrevivência formam a
resultante que é o sistema simbólico coletivo’.
82
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