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Mesmo havendo alteração na função pancreática devido à presença da corrente
elétrica no tórax e uma possível ativação vagal, não foi observada presença de úlcera nos
estômagos dos animais que receberam as sessões de EDET.
Uma vez que a estimulação elétrica promove contração muscular, é sugestivo o
fato de a terapia estar alterando o perfil bioquímico durante a aplicação do estímulo. Frente ao
exposto, foi avaliada a concentração plasmática de glicose, lactato e insulina durante a sessão
da estimulação diafragmática elétrica transcutânea, além de avaliar o comportamento da
concentração de ácido ascórbico e colesterol da glândula supra-renal e o conteúdo de
glicogênio dos músculos respiratórios de ratos, em um período logo após a sessão.
Durante a sessão de EDET foi observada uma redução inicial na concentração
de insulina plasmática e uma elevação no tempo 20
o
, sendo que os valores (média±dpm,
ng/mL) foram, respectivamente, nos tempos 0, 5, 10, 15 e 20: 1,72±0,23; 1,18±0,37;
0,86±0,18; 0,92±0,56 e 1,54±0,42. Após a finalização da sessão, a insulina continuou a se
elevar, atingindo o pico no tempo 35
o
, sendo os valores (média±dpm, ng/mL): 2,54±0,32;
2,71±1,02; 3,12±0,17; 2,68±1,57, respectivamente, nos tempos 25, 30, 35, 40 (figura 12).
Com relação à glicemia (mmol/L) houve um aumento progressivo durante a
EDET perdurando no período pós-sessão, porém esse aumento se manteve em concentrações
de normalidade, não promovendo hiperglicemia. A lactacidemia (mmol/L) também
apresentou aumento progressivo durante a estimulação elétrica, porém, no tempo 25
o
atingiu o
pico (8,27±0,47) e retornou aos níveis de normalidade no tempo 40
o
(figura 13).
No grupo controle, o qual não recebeu a estimulação elétrica, não houve
alteração nas concentrações plasmáticas de glicose (5,22±1,17mmol/L) lactacidemia
(4,52±0,31mmol/L) e insulinemia (4,52±0,31ng/mL) durante esse mesmo período, mantendo
concentrações normais, e assim, não estão representadas nas figuras.
Findada a análise durante o período de estimulação elétrica nesse grupo que
recebeu uma sessão, foram coletadas as glândulas adrenais para analisar a concentração de
ácido ascórbico (µg/mg), a qual não se alterou em relação ao grupo controle (Controle:
6,35±0,27; EDET: 7,00±0,58), por outro lado, a concentração de colesterol (mg/dL) foi menor
(42,57% , p<0,05) na presença do recurso (Controle: 108,45±14,95 x EDET: 62,28±14,96).
A concentração de glicogênio (mg/100mg) dos músculos respiratórios após a
sessão, foi maior em 66,67% (p<0,05) no diafragma (média±epm, Controle: 0,21±0,01 x
EDET: 0,35±0,04) e em 136,36% no abdominal (Controle: 0,22±0,01 x EDET: 0,52±0,07) e