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EFEITO DO MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO SULPHUR SOBRE
NEMATÓDEOS GASTRINTESTINAIS, RESISTENTES A
IVERMECTINA, DE CORDEIROS INFECTADOS NATURALMENTE
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA
MESTRADO EM CIÊNCIA ANIMAL NOS TRÓPICOS
Salvador-Bahia
2008
ADRIANA CAVALCANTI
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ADRIANA CAVALCANTI
EFEITO DO MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO SULPHUR SOBRE NEMATÓDEOS
GASTRINTESTINAIS, RESISTENTES A IVERMECTINA, DE CORDEIROS INFECTADOS
NATURALMENTE.
Dissertação apresentada à Escola de Medicina
Veterinária da Universidade Federal da Bahia,
como requisito para a obtenção do título de
Mestre em Medicina Veterinária Tropical, na
área de Saúde Animal.
Orientadora: Profa. Dra. Maria Angela Ornelas de Almeida
Co-orientadora: Profa. Dra. Maria Consuelo Caribé Ayres
Salvador – Bahia
2008
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FICHA CATALOGRÁFICA
ELABORADA PELA BIBLIOTECA DA EMV - UFBA
FICHA CATALOGRÁFICA
Cavalcanti, Adriana
Efeito do medicamento homeopático sulphur sobre nematódeos gastrintestinais, resistentes a
ivermectina, de cordeiros infectados naturalmente
.
Adriana Cavalcanti. Salvador-Bahia,
29/04/2008. 48p.
Dissertação (Mestrado em Ciência Animal nos Trópicos) – Universidade Federal da Bahia.
Departamento de Patologia e Clínicas, Salvador, 2008.
Professor Orientador: Profa. Dra. Maria Angela Ornelas de Almeida
Professor Co-orientador: Profa. Dra. Maria Consuelo Caribé Ayres
Palavras chaves: 1- homeopatia 2- Sulphur 3- nematódeos 4- cordeiros 5 - helmintos
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EFEITO DO MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO SULPHUR SOBRE
NEMATÓDEOS GASTRINTESTINAIS, RESISTENTES A IVERMECTINA, DE
CORDEIROS INFECTADOS NATURALMENTE.
ADRIANA CAVALCANTI
Dissertação defendida e aprovada para a obtenção do grau de Mestre em Ciência Animal nos
Trópicos.
Salvador, 29 de abril de 2008.
Comissão Examinadora:
_____________________________________________________________________
Profa. Dra. Maria Angela Ornelas de Almeida - UFBA
Orientador
______________________________________________________________________
Profa. Dra. M
aria Elizabeth Aires Berne – UF PEL
_____________________________________________________________________
Prof. Dr.Cláudio Roberto Madruga - UFBA
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À minha mãe Dinalva, admirável mulher,
fortaleza e ninho de nossa família.
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AGRADECIMENTOS
Ao meu pai Enéas pela minha formação e amizade eterna.
Ao meu marido Henrique pelo companheirismo, amor, PACIÊNCIA e ensinamentos, que têm
me transformado...
À Professora Maria Angela Ornelas de Almeida pelo exemplo de dedicação ao ensino e a
pesquisa e pela amizade compartilhada durante a realização deste trabalho.
À minha irmã Ana Thereza Rocha, médica e pesquisadora dedicada, pelo auxílio nas análises
estatísticas e simplesmente por existir em minha vida.
À minha filha Marina por me ensinar o Amor Incondicional.
À professora Maria Consuelo Caribé Ayres pela colaboração nas provas hematológicas e
orientações no desenvolvimento deste trabalho.
Aos professores do mestrado pelos ensinamentos compartilhados.
Aos colegas do Laboratório de Diagnóstico da Parasitoses dos Animais: Ademilton, Mariana,
Sara, Larissa, Kattyanne e Francisca, por contribuírem na realização deste trabalho.
Aos colegas Antônio Vicente Dias e Farouk Zacharias pelo auxílio e contribuições essenciais
na pesquisa homeopática.
Ao Prof. Dr. Flávio Echevarria pelo auxílio na elaboração do projeto e do artigo.
Ao Prof. Dr. Cláudio Roberto Madruga pelo auxilio na interpretação dos resultados de
imunologia.
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ÍNDICE
página
LISTA DAS TABELAS.....................................................................................................
viii
LISTA DAS FIGURAS......................................................................................................
ix
RESUMO............................................................................................................................
x
SUMMARY..........................................................................................................................
xii
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................
1
2. REVISÃO DE LITERATURA......................................................................................
3
2.1 Epidemiologia dos nematódeos gastrintestinais em pequenos
ruminantes...........................................................................................................................
3
2.2 Fisiopatologia do parasitismo gastrintestinal em ovinos.............................................
3
2.3 Respostas imunológicas, alterações hematológicas e bioquímicas da infecção
por nematódeos gastrintestinais.........................................................................................
4
2.4 Controle Integrado das Parasitoses..............................................................................
8
2.5 Tecnologias não químicas no controle de NGI............................................................
8
2.6 Homeopatia no tratamento de doenças dos animais.....................................................
11
3. ARTIGO CIENTÍFICO.................................................................................................
17
4. CONSIDERAÇÕES GERAIS........................................................................................
37
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................
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ii
LISTA DE TABELAS
Página
TABELA 1 -
dias, desvio padrão (DP) e percentual de redução (PR) do
número de ovos de nematódeos gastrintestinais, de cordeiros mestiços Santa Inês,
tratados com Sulphur
e Ivermectina............................................................................
32
TABELA 2 -
Médias, desvio padrão (DP) e percentual de redução (PR) do
número de nematódeos gastrintestinais recuperados no Dia 72 de cordeiros
mestiços Santa Inês, tratados com Sulphur e Ivermectina..........................
33
TABELA 3
-
dias e desvio padrão dos valores do volume globular (%) e dos
constituintes do leucograma (x10
3
/µl) de cordeiros mestiços Santa Inês,
naturalmente infectados por nematódeos gastrintestinais, tratados com Sulphur
e
Ivermectina......
34
TABELA 4
-
dias e desvio padrão das proteínas totais (g/dl) e das frações
protéicas (%) obtidas do soro de cordeiros mestiços Santa Inês, naturalmente
infectados com nematódeos gastrintestinais, medicados com Sulphur e Ivermectina.
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ix
LISTA DE FIGURAS
Página
FIGURA 1 - Médias das densidades óticas de IgG (D.O.) anti-H.
contortus, detectados por ELISA no soro de cordeiros mestiços Santa
Inês (n=20), naturalmente infectados por nematódeos gastrintestinais,
tratados com Sulphur (G1 ), ivermectina (G2 ) e controle (G3
) durante quatro coletas, em um período de 72
dias........................................................................................................
36
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x
CAVALCANTI, A. Efeito do medicamento homeotico Sulphur sobre nematódeos
gastrintestinais resistentes a ivermectina, de cordeiros infectados naturalmente. Salvador,
Bahia, 2008, 48p. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal nos Trópicos) - Escola de Medicina
Veterinária, Universidade Federal da Bahia, 2008.
RESUMO
O medicamento homeopático Sulphur possui na sua patogenesia sintomas similares aos das
nematodioses gastrintestinais em ovinos, por isso foi escolhido neste estudo, com o objetivo de
avaliar seus efeitos na redução da carga parasitária, no ganho de peso, nos parâmetros
hematológicos e bioquímicos e nos níveis de anticorpos IgG para Haemonchus contortus em
cordeiros expostos à infecção natural por nematódeos gastrintestinais resistentes a ivermectina.
Foram utilizados 60 cordeiros com idades entre 90 e 120 dias distribuídos aleatoriamente em três
grupos (n=20). O Grupo 1 (G1) recebeu 10 gotas de Sulphur 30CH diluídas em 5 ml de água por
via oral, uma vez ao dia, durante 72 dias, Grupo 2 (G2) recebeu, em dose única, 0,2mg/kg/PV de
ivermectina oral e Grupo 3 (G3) recebeu 5,0 ml de água uma vez ao dia. Avaliação clínica,
determinação do grau FAMACHA©, pesagem, colheita de fezes e sangue ocorreram nos dias 0,
15, 35 e 72. Foram realizadas as contagens do número de ovos por grama de fezes (OPG), culturas
de larvas, leucograma, dosagens de proteínas totais e frações e dos níveis de anticorpos IgG. No
Dia 72, seis animais de cada grupo foram necropsiados para contagem de parasitos do trato
gastrintestinal. A análise de variância para comparação das médias entre grupos e correlações
entre valores de diferentes parâmetros foram calculadas para cada grupo usando coeficiente de
correlação de Pearson's. Houve diferença estatisticamente significativa (P<0,05) para as médias de
OPG entre o G1= 60,00 ± 18,35; e G3 = 205,00 ± 14, 69 e de ganho de peso (P<0,01) entre o G1
(5,96±1,84) e G2 (3,78±2,12) e entre G1 e G3 (3,71,63). Larvas dos gêneros Haemonchus,
Trichostrongylus, Cooperia e Oesophagostomum foram identificadas nas culturas de fezes. O G1
apresentou menor número de H. contortus à necropsia diferindo significativamente do G3
(P<0,03). Entre estes grupos, houve diferenças significativas nas médias dos eosinófilos (P<0,04),
neutrófilos (P<0,01) e linfócitos (P<0,02). As médias das concentrações de anticorpos IgG foram
maiores no G1 e diferiram estatisticamente do G2 e G3 (P< 0,05). As médias das concentrações de
proteína total e das frações detectadas: albumina, α-globulina; β1-globulina, β2-globulina e γ-
globulina, não variaram significativamente entre os grupos (P>0,05) e estavam dentro dos
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parâmetros de normalidade. O percentual de eficácia foi inferior a 95% em ambos os tratamentos,
no entanto, o Sulphur mostrou um melhor resultado que a ivermectina com redução de cerca de
60% na carga de H. contortus proporcionando uma melhor resposta imune e um bom desempenho
produtivo dos cordeiros com ganho de peso e ausência de sintomas de parasitoses. O tratamento
de ovinos com o medicamento Sulphur é uma possibilidade viável no controle de nematódeos.
Palavras chave: homeopatia; Sulphur; nematódeos; cordeiros; helmintos.
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xii
CAVALCANTI, A. Effect of homeopathic medicine Sulphur on gastrointestinal nematode
resistant to ivermectin, naturally infected lambs. Salvador, Bahia, 2008, 48p. Dissertation
(Master' Degree in Animal Science in the Tropics) School of Veterinarian Medicine, Federal
University of Bahia, 2008.
SUMMARY
The homeopathic medicine Sulphur has in its patogenesia symptoms similar to those of
gastrointestinal nematodioses in sheep, so it was chosen in this study, which aimed to assess its
effects on the reduction of the parasite load in the weight gain, in hematological and biochemical
parameters and levels of IgG antibodies to Haemonchus contortus in lambs exposed to natural
infection by gastrointestinal nematodes resistant to ivermectin. We used 60 lambs aged between
90 to 120 days randomly distributed into three groups (n = 20). The Group 1 (G1) received 10
drops of Sulphur 30CH diluted in 5 ml of water orally once daily for three months, Group 2 (G2)
received in a single dose, 0.2 mg / kg / PV, Oral ivermectin and Group 3 (G3) received 5.0 ml of
water once a day. Clinical evaluation, determination of the degree FAMACHA ©, weight gain,
sampling of feces and blood occurred on days 0, 15, 35 and 72. We performed the counting of the
number of eggs per gram of feces (OPG), cultures of larvae, total leucocytes counts, dosages of
total protein fractions and in the levels of IgG. On Day 72, six animals from each group were
slaughtered for counts of parasites of the gastrointestinal tract. The analysis of variance to
compare the means between groups and correlations between values of different parameters were
calculated for each group using the Pearson's correlation coefficients. There was a statistically
significant difference (P <0.05) between the mean OPG of G1 = 60.00 ± 18.35; and G3 = 205.00 ±
14, 69 and gain significant weight (P <0.01) between the G1 (5.96 ± 1.84) and G2 (3.78 ± 2.12)
and between G1 and G3 (3.74 ± 1.63). Larvae of the genera of Haemonchus, Trichostrongylus,
Cooperia and Oesophagostomum were identified in stool cultures. The G1 had lower count of H.
contortus that the G3 differed significantly (P <0.03). Among these groups, there were significant
differences in mean of eosinophils (P <0.04), neutrophils (P <0.01) and lymphocytes (P <0.02).
The concentrations of IgG antibodies were higher in the G1 and differ statistically from G2 and
G3 (P <0.05). The average concentrations of total protein fractions and found: albumin, α-
globulin; globulin1, β2-globulin and γ-globulin, did not vary significantly between the groups
(P> 0.05) and were within the parameters of normality. The percentage of effectiveness was less
than 95% in both treatments; however, the Sulphur showed a better result that the ivermectin with
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reduction of about 60% in charge of H. Contortus providing better immune response in a good
productive performance of the lambs with weight gain and no symptoms of parasitic. The
treatment of sheep with Sulphur is a viable option in the control of nematodes.
Key-words: homeophaty, Sulphur, lambs, nematodes, helminth.
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1 INTRODUÇÃO
A produção de pequenos ruminantes vem apresentando um grande crescimento no Brasil,
especialmente na região Nordeste, estimulada pelo baixo custo na aquisição de matrizes, altos
índices reprodutivos, menores requerimentos nutricionais e a habilidade de ovinos e caprinos em
adaptarem-se às condições climáticas adversas e a escassez de pastagens em épocas críticas
(SILVA et al., 2006). Estes fatores aliados a crescente demanda no consumo destas carnes vem
intensificando os sistemas de criação no país (MACEDO et al., 2000).
O Estado da Bahia possui um efetivo ovino estimado em 2,5 milhões de cabeças, correspondendo
ao segundo maior rebanho do país (IBGE, 2007). Neste Estado, tradicionalmente, a
ovinocaprinocultura é uma atividade de subsistência e também geradora de emprego e renda,
conduzida de forma extensiva sem manejos alimentar e sanitário apropriados. O crescimento dos
rebanhos e o aumento das taxas de lotações das pastagens associados ao manejo inadequado e as
ótimas condões edafoclimáticas favorecem a manutenção de significativa população de larvas de
helmintos nas pastagens (ROBERTS e SWAN, 1982; HOLMES, 1987; MELO et al., 1998;
BELSIER e LOVE, 2003).
O controle da infecção por nematódeos gastrintestinais (NGI) é realizado, quase que
exclusivamente, com medicamentos anti-helmínticos, o que contribui para a redução do número
de nematódeos em refugia nas pastagens (VAN WYK, 2001; COLES, 2002) e, consequentemente,
para o aparecimento de cepas de parasitos resistentes, comprometendo o crescimento e
sustentabilidade dos rebanhos de pequenos ruminantes (AMARANTE et al., 1992;
ECHEVARRIA et al., 1996; MELO et al., 2003; KAPLAN, 2004; BARRETO et al., 2004;
COLES, 2005). O fenômeno da resistência ocorre, especialmente, nas regiões tropicais e
subtropicais da Arica do Sul, envolvendo todos os grupos de anti-helmínticos de amplo
espectro (WALLER, 1997). Na Austrália, somente 9% das propriedades, apresentaram parasitos
sensíveis a algum rmaco (GILL e LE JAMBRE, 1996). Na Nova Zelândia, Mc Kenna (1995)
detectou resistência a diversos grupos de medicamentos anti-helmínticos, situação semelhante
encontrada na Índia (GILL, 1996) e na Argentina (ANZIANI et al., 2001). No Brasil, o primeiro
registro de resistência a anti-helmínticos em ovinos ocorreu no Rio Grande do Sul (SANTOS e
GONÇALVES, 1967). No Nordeste brasileiro, relatos em Pernambuco (CHARLES et al.,
1989), no Ceará (VIEIRA et al., 1989) e, posteriormente, na Bahia (BARRETO et al., 2004).
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Os antiparasitários representam 27% do mercado internacional de produtos veterinários
(MOLENTO e VERÍSSIMO, 2003), no entanto, a indústria farmacêutica não tem investido em
pesquisas de novos medicamentos, pois é ainda inexpressivo o consumo mundial de carne caprina
e ovina para justificar os altos custos envolvidos (BATH, 2005). Em contrapartida, resíduos de
quimioterápicos em alimentos de origem animal induziram a adoção de medidas sanitárias
internacionais, tornando obrigatória a rastreabilidade e o estabelecimento de limites ximos de
resíduos de medicamentos veterinários, sob liberação do Codex Alimentarius (LOBATO et al.,
2006). Além disso, os efeitos adversos destes produtos no meio ambiente incluem uma ação
subletal e letal sobre os artrópodes que colonizam as fezes de animais, comprometendo a
degradação do bolo fecal e a reciclagem de nutrientes interferindo na cadeia ecológica, pois estes
artrópodes servem como alimento para outras espécies que, por sua vez, agem como polinizadores
e predadores (STRONG e WALL, 1994).
Para diminuir a dependência de anti-helmínticos, programas integrados de controle de parasitoses
em ovinos vêm sendo estabelecidos com objetivos de promover o bem estar animal, otimizar os
índices de prodão e reduzir os riscos à saúde humana e ao meio ambiente (MALAN et al., 2001;
VAN WYK e BATH, 2002). Neste novo modelo, a homeopatia pode ser empregada como uma
ferramenta de controle, capaz de produzir no animal um melhor nível de vigor e vitalidade,
intensificando sua habilidade em resistir à infecção e às desordens metabólicas (BRAGHIERI et
al., 2007).
A homeopatia baseia-se na cura das enfermidades pelaão de substâncias que produzem em
indivíduos saudáveis, sintomas rbidos semelhantes aos de uma determinada doença, segundo o
princípio de que semelhantes curam-se pelos semelhantes. Os medicamentos homeopáticos agem no
indivíduo como um todo, considerando os aspectos orgânicos, psíquicos e ambientais, através do
estimulo energético, promovendo o retorno gradual ao estado de saúde (HAHNEMANN, 1995).
O presente estudo teve como objetivo avaliar a ação do medicamento homeopático Sulphur na carga
parasitária, nos parâmetros hematológicos, no perfil de proteínas séricas e nos níveis de anticorpos
IgG para Haemonchus contortus em ovinos expostos à infecção natural por nematódeos
gastrintestinais resistentes à ivermectina.
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2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Epidemiologia dos nematódeos gastrintestinais em pequenos ruminantes
No Nordeste do Brasil, as nematodioses gastrintestinais de pequenos ruminantes são causadas
especialmente pelos gêneros Haemonchus, Trichostrongylus, Strongyloides, Oesophagostomum e Trichuris
(VIEIRA et al., 1999; MELO et al., 2003). No Estado da Bahia, os gêneros Haemonchus, Trichostrongylus
e Oesophagostomum encontrados em cultivos de fezes de caprinos naturalmente infectados, apresentaram
freqüências de 92%, 33% e 29%, respectivamente (ALMEIDA et al., 1997). Neste Estado H. contortus é a
espécie de maior prevalência para caprinos e ovinos, seguida por T. axei e T. columbriformes (BARRETO
et al., 2006). A distribuição do parasitismo ocorre de maneira desigual em um rebanho e os efeitos
patogênicos dos nematódeos dependem de fatores relacionados ao parasito (espécie e grau de infecção), ao
hospedeiro (idade, genética, estados nutricional e fisiológico) e a fatores ambientais (GASBARRE et al.,
2001, VIEIRA et al., 2002). Entre estes fatores ambientais, a temperatura, umidade e precipitação
pluviométrica interferem decisivamente na sobrevivência de larvas infectantes (L
3
) nas pastagens e um
índice pluviométrico superior a 50 mm é necessário para que haja a transmissão da maioria dos nematódeos
(LEVINE, 1968).
2.2 Fisiopatologia do parasitismo gastrintestinal em ovinos
O ciclo de vida dos NGI em ovinos envolve as fases de vida livre no ambiente e parasitária no
hospedeiro. As larvas infectantes ingeridas pelo hospedeiro (L
3
) evoluem para o quarto estágio
(L
4
) ou adulto imaturo e ao transformarem-se em adultos, copulam e as fêmeas iniciam a
oviposição. O número de ovos eliminados nas fezes varia diariamente, dependendo da espécie e
cada ovo em condições ambientais favoráveis, origina uma larva infectante (ALMEIDA et al.,
2005).
As infecções por nematódeos geralmente o mistas e se caracterizam por uma fase aguda, na qual
o animal pode apresentar perda de peso, diarréia, desidratação e anemia e uma fase crônica,
quando se observa edema submandibular, debilidade e redução da produção. Estes sintomas
variam de acordo com aspectos relacionados ao parasito e ao hospedeiro como anteriormente
mencionados. Cordeiros com menos de seis meses de idade são mais sensíveis por não ter
completamente desenvolvida uma resposta imune efetiva (NEILSON, 1975), no entanto animais
mais velhos adquirem imunidade depois de contínuas exposições às larvas infectantes e a resposta
imune se completa após vários meses, resultando entre outros, em retardo no desenvolvimento
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larval, redução da fecundidade de fêmeas e rejeição de larvas infectantes (BARGER et al., 1985;
AMARANTE et al., 2004).
Dentre os nematódeos envolvidos no parasitismo de pequenos ruminantes, destaca-se no Brasil, o
H. contortus, favorecido pelas condições de umidade e temperatura (ECHEVARRIA et al., 1996).
O hematofagismo deste parasito causa lesões na mucosa, com exsudação de proteínas séricas para
a luz intestinal e anemia, cujo grau varia durante o período da infecção (DARGIE eALLONBY,
1975). Nas três primeiras semanas ocorre diminuição progressiva do volume globular (VG), mas a
contagem de ovos por grama de fezes (OPG) está reduzida ou negativa, devido à presença de
estágios imaturos. Posteriormente, o VG se estabiliza em níveis mais baixos, em decorrência da
intensa eritropoiese, no entanto, no estágio final ocorre uma redução exacerbada do volume
globular, caracterizando um quadro de anemia. Alterações são também observadas no volume
corpuscular médio e na concentração de hemoglobina corpuscular média (ALTAIF et al., 1980;
WALLACE et al., 1996; WANYANGU et al., 1997; HOSTE e CHARTIER, 1998). Em infecções
graves por H. contortus, foram observadas correlações negativas entre os valores de OPG e o
número de hemácias, o volume globular e a concentração de hemoglobina (RASSOL et al., 1995;
KAWANO et al., 2001). Além disso, a passagem de constituintes sanguíneos através do abomaso
em animais infectados pode causar hipoproteinemia, hipoalbunemia que associados à anorexia,
resultam em diminuição do peso corporal e consequentemente do ganho de peso, alterações na
composição corporal e reduções na quantidade e qualidade da produção de lã e no desempenho
reprodutivo (ABBOTT et al., 1986). Kawano et al. (2001) comparando grupos de ovinos livres de
infecção com animais infectados, encontrou uma média de peso final 20% maior no primeiro
grupo, isto porque, uma diminuição de 20% no consumo voluntário de alimento pode ocorrer em
infecções moderada ou intensa (HOLMES, 1987) e este grau de inapetência pode variar com a
intensidade e duração do parasitismo e com o nível protéico da dieta (ABBOTT et al., 1985).
2.3 Respostas imunológicas, alterações hematológicas e bioquímicas da infecção por
nematódeos gastrintestinais.
As avaliações da resposta imune e das modificações hematológicas e bioquímicas do hospedeiro
podem servir de indicadores de resistência dos animais, representando as condições de um
rebanho exposto às infecções parasitárias e integrando um programa de controle de parasitoses.
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A resistência dos hospedeiros aos helmintos é dirigida por fatores genéticos e imunológicos. Na
resposta imune humoral estão envolvidos os anticorpos IgG
1
, IgG
2,
IgA, IgE e em menor
intensidade a IgM que atuam principalmente, sobre os helmintos localizados na mucosa do trato
digestório. Os antígenos dos parasitos podem ativar lincitos T helper (CD4+) tipo 2 (Th2), os
quais produzem citocinas, especialmente interleucinas IL-4 e IL-5 que estimulam a produção de
anticorpos e proliferação de eosinóflios, respectivamente (GILL et al., 1992; GÓMEZ-MOZ et
al, 1999; BALIC et al, 2006).
Balic et al. (2002) observeram que ovinos previamente infectados por H. contortus, apresentaram
um significante aumento na concentração de anticorpos IgG, três dias pós infecção. Uma
correlação negativa entre as contagens de OPG e as concentrações de IgA e IgG1, sugerem que
estes anticorpos são responsáveis pela inibição do desenvolvimento das larvas e participam
também da sua expulsão (JACOBS et al., 1995; SCHALLIG, 2000). Bezerros reinfectados H.
placei, apresentaram um decréscimo de OPG e mantiveram elevadas concentrações séricas de IgG
(NISH et al., 2002). Resultados similares foram encontrados por Schallig et al. (1994) em
cordeiros Texel que, após uma segunda infecção por H. contortus, encontraram uma diminuição
do número de L
3
e de parasitos adultos relacionada com o aumento da concentração de anticorpos
IgA, IgG1 e IgG2.
Os mecanismos de ação dos anticorpos na imunidade contra o parasitismo gastrintestinal não estão
completamente esclarecidos. Para avaliar a importância dessas imunoglobulinas na resposta imune
contra a haemoncose, Gill et al. (1992) introduzindo cânulas no abomaso de ovelhas infectadas
com H. contortus e acompanhando com biópsias, notaram um aumento nas concentrações de IgA,
seguido de IgG
1
com picos no 21 e 28º dia s infecção, sugerindo que estes anticorpos
neutralizam ou inativam enzimas vitais para o metabolismo deste parasito, como também
participam das reações de hipersensibilidade por meio da indução na degranulação de eosinófilos.
Em ovinos infectados com NGI, um aumento na concentração de IgE específico, geralmente está
associado aos mecanismos de expulsão de larvas infectantes (SHAW, et al., 1998). Em cordeiros
infectados experimentalmente com H. contortus, foi observado, por meio de ensaio
imunoenzimático (ELISA) específico para IgE, um aumento na concentração desta
imunoglobulina duas a quatro semanas após a infecção e uma redução no número de parasitos
recuperados na necropsia (KOOYMAN et al., 1997). O desenvolvimento do mecanismo de
expulsão mediado por IgE parece requerer prolongadas e repetidas infecções. Em um estudo para
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investigar a resposta de IgE, Huntley et al. (1998) compararam um grupo de ovelhas previamente
infectadas e posteriormente desafiadas com 50 000 L
3
de Teladorsagia circumcincta com outro de
infecção primária, observando que houve um aumento nas concentrações de anticorpos IgE, oito e
quatorze dias após a infecção para cada grupo respectivamente, sugerindo que a resposta desta
imunoglobulina foi mais rápida no primeiro grupo, mas não necessariamente maior, podendo
também variar dependendo das características do parasito envolvido.
Em ovinos infectados com NGI foi observado um aumento no número de mastócitos na mucosa
do abomaso e de leucócitos, especialmente eosinófilos, no sangue e mucosa abomasal resultando
em uma resposta similar à reação de hipersensibilidade imediata tipo I, associada à rápida
expulsão ou destruição do parasito (WATSON, 1986; MILLER, 1996; BALIC et al., 2000). A
ativação de linfócitos Th2 CD4+ e a produção de IL-5 promovem eosinofilia (GILL et al., 1993;
SCHALLIG et al, 1995; MEEUSEN et al, 2005). Os eosinófilos são recrutados para a mucosa do
abomaso nas infecções primárias e, mais rapidamente em infecções secundarias, agrupando-se ao
redor das larvas infectantes (GÓMEZ-MUÑOZ et al, 1998; BALIC et al., 2002). Quando larvas
de H. contortus incubadas com anticorpos anti-H. contortus foram expostas à eosinófilos de
ovinos, ocorreu a morte larval após 24 horas (RAINBIRD et al., 1998), demonstrando que a
destruição do parasito mediado por eosinófilos pode ser um mecanismo efetor para eliminação de
L
3
. Por outro lado, quando estas células alcançam o tio da infecção, provocam lesões tissulares
criando um micro ambiente favorável para a invasão e sobrevivência dos parasitos (NICKDEL et
al, 2001). Wildblood et al. (2005) encontraram intensa atividade quimiotática e um estímulo à
prodão de eosinófilos em extratos de larvas de T. circumcincta e de H. contortus (L
3
e L
4
),
apesar de não identificaram os fatores responsáveis por este fenômeno.
Além dos eosinófilos, outras células participam da resposta imune contra parasitos. Avaliações
realizadas, durante 56 dias por biópsia da mucosa do abomaso, demonstraram aumento do número
de mastócitos e leucócitos em ovinos infectados com T. axei, quando comparados com animais
o-infectados (PFEFFER et al., 1996). Correlações negativas foram observadas entre leucócitos
na mucosa abomasal e a carga parasitária em cordeiros da raça Roney, geneticamente resistentes,
infectados naturalmente com H. contortus, T. colubriformis, T. vitrinus e Cooperia curticei
(STANKIEWICZ et al., 1993). Um maior número de mastócitos e leucócitos foram observados na
mucosa de ovinos das raças Santa Inês e Ile de France infectados com NGI quando comparados
com os não infectados (BRICARELLO et al., 2005). Porém, quando foi avaliado, no sangue, o
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número total e o diferencial de leucócitos entre ovinos infectados com H.contortus e um controle
desverminado não foi observado diferença significativa estatisticamente (KAWANO et al., 2001).
As alterações que ocorrem no quadro hematológico associadas com a haemoncose ovina foram
demonstradas por Rassol et al., (1995), observando que o número de hecias, o VG, a
concentração de hemoglobina e o volume corpuscular médio decresceram (P<0,01) com a
severidade da infecção. Kawano et al. (2001) trabalhando com 16 cordeiros mestiços infectados
com NGI e um controle desverminado encontrou uma correlação negativa entre as concentrações
de hemoglobina e a contagem de H. contortus, mas não entre este último parâmetro e o
hematócrito, sugerindo que a contagem total de eritrócitos e o hematócrito o são
suficientemente sensíveis para refletir mudanças no hemograma induzidas pela hemoncose nos
estágios inicias da doença. Vanimisetti et al. (2004) avaliando ovelhas de diferentes idades após o
período de desmame, encontram correlações positivas entre o peso corporal e o VG e negativas
entre o VG e o OPG, refletindo no quadro clínico de anemia dos animais. Na validação do método
FAMACHA©, nos Estados Unidos, com 857 ovinos e 537 caprinos, foram observadas correlações
negativas significativas (P<0,01) entre o VG e o escore de anemia clínica e entre o VG e o OPG
em ambas as espécies (KAPLAN et al., 2004), resultados que corroboram com os encontrados em
ovinos no Brasil por Molento et al. (2004).
As nematodioses provocam alterações no metabolismo protéico desviando a síntese de proteínas
dos sculos e ossos para repor as perdas de sangue no trato digestivo (ALENCAR et al., 2002).
As perdas de plasma através do intestino chegam a 33,5 ml/dia em animais infectados,
comparados com os não infectados, que apresentam perdas de 10,6ml/dia (DARGIE, 1975), o que
pode resultar em hipoalbuminemia grave, especialmente em cordeiros infectados por H.contortus
desenvolvendo edema submandibular (ABBOTT et al., 1985). Diferenças significativas na
concentração de proteínas séricas totais de ovinos das raças Corriedale e Crioula foram observadas
quando comparados animais infectados com livres de infecção, sendo que os valores diminuíram
gradativamente a partir do início (6,0 a 7,5 g/dl) até seis semanas pós-infecção (4,98 a 5,14 g/dl)
(BRICARELLO, 1999). Estes resultados diferem dos encontrados por Kawano et al. (2001) que
o observaram mudanças nas concentrações de proteínas plasmáticas totais em cordeiros
lactantes naturalmente infectados e medicados com anti-helmíntico quando comparados com o
controle não tratado, sugerindo que em animais com parasitismo por H. contortus, submetidos a
dietas protéicas adequadas, os valores de hematócrito, proteína total e albumina não apresentaram
diferenças significativas (GENNARI et al., 1995; BRICARELLO et al., 2005).
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2.4 Controle integrado das parasitoses
O controle integrado de parasitos (CIP) é a combinação e a utilização de métodos químicos e não
químicos de controle parasitário, com a finalidade de manter índices aceitáveis de prodão, sem a
eliminação total do agente causal e para isto, torna-se necessário o conhecimento da dinâmica
populacional dos nematódeos nos animais e nas pastagens (MORAES-ROSALINSK et al., 2007).
Redução da contaminação nos pastos, suplementação protéica nos períodos críticos, utilização de
raças resistentes em programas de cruzamento, emprego seletivo de anti-helmínticos (método
FAMACHA©) e uso de fitoterapia e homeopatia fazem parte desta estratégia de controle
MOLENTO et al., 2003).
2.5 Tecnologias não químicas no controle de NGI
Em rebanhos ovinos, apenas uma parcela da população parasitária (menos de 5%) encontra-se no
trato digestório do animal, enquanto que mais de 95% encontram-se nas pastagens (BORBA et al.,
1993). A implantação de gramíneas de maior produção de biomassa e o emprego de fertilizantes
propicia uma maior lotação das áreas, contribuindo desta forma, para aumentar a contaminação
das pastagens e a transmissão de parasitos (CABARET, et al., 2002). O sistema de pastejo
rotacionado tem sido indicado como um método para diminuir as populações de larvas de
nematódeos nos pastos, no entanto, verifica-se que são necessários períodos de descanso maiores
que 30 a 40 dias para permitir uma redução significativa da população de parasitos, pois as larvas
infectantes podem sobreviver vários meses nas pastagens em regiões de clima úmido e quente
(WALLER et al., 2005). Baseando-se no princípio da especificidade parasitária dos nematódeos,
Fernandes et al. (2004) avaliaram o efeito do pastejo rotacionado no controle de parasitoses em
ovelhas, concluindo que o método não foi eficiente quando usado apenas com ovinos, mas exerceu
efeito benéfico significativo quando o pastejo foi alternado com bovinos, sendo necessário, no
entanto o monitoramento constante da infecção dos rebanhos, pois em longo prazo, evidencias
de que parasitos de bovinos podem desenvolver habilidade para infectarem ovinos (BARGER et
al., 1994).
Um incremento na qualidade da dieta oferecida aos animais tem também sido indicado como
forma de reduzir os efeitos patológicos do parasitismo, como a diminuição do consumo voluntário
de alimentos e alterações na digestão e absorção de nutrientes (HOLMES, 1987). O uso de
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proteína metabolizável (MP) na dieta contribuiu para reduzir a freqüência de uso de
quimioterápicos em sistemas tradicionais de criação, bem como, tornar sustentável os sistemas de
criação orgânica (LIU et al., 2005). Ovelhas em boa condição nutricional que receberam uma
suplementação de proteína metabolizável mostram maior resistência contra infecções por
nematódeos (WALLACE, et al., 1996; COOP e KYRIAZAKIS, 2001). Durante a época das
chuvas, se bem manejadas, as pastagens são capazes de atender às exigências nutricionais dos
animais. Porém, a manutenção do equilíbrio nutricional da dieta é mais difícil de ser realizada
durante a época seca, quando a qualidade e a quantidade da forragem são limitadas
(AMARANTE, 2001). A redução da qualidade nutricional da dieta leva a uma possível
diminuição do consumo e digestibilidade da matéria seca, tornado o ambiente procio aos
endoparasitos. A suplementação protéica na ração de animais parasitados promoveu um aumento
significativo no número de mastócitos, leucócitos totais e eosinófilos demonstrando respostas
satisfatórias do hospedeiro na capacidade resistir à infecção (WALLACE et al., 1999; HAILE et
al., 2002; HOUDIJK et al., 2003). Dieta com baixo teor de proteína metabolizável fornecida
durante um período de seis semanas reduziu a expressão da imunidade para infecção por T.
circumcincta em ovelhas lactantes, enquanto que o aumento no nível de proteína da dieta, por um
período de cinco dias, resultou em mais de 50% na redão de OPG e no número de nematódeos
gastrintestinais (KYRIAZAKIS e HOUDIJK, 2006). Por outro lado, ovinos Santa Inês e Ile de
France infectados com NGI, foram alimentados com dietas de alto teor de proteína metabolizável
(129 MP/kg de matéria seca) resultando na redução de OPG e do número de H. contortus (P<0,05)
apenas na raça Santa Inês, sugerindo que os efeitos beficos desta prática variam entre as raças
(BRICARELLO et al., 2005).
A seleção de raças ovinas resistentes às infecções por nematódeos gastrintestinais tem sido
considerada uma alternativa de controle estratégico que poderia reduzir a dependência a anti-
helmínticos. A variação genética da resistência a nematódeos gastrintestinais ocorre entre raças e
dentro de uma mesma raça. Ovinos da raça Texel, com idades entre 14 e 17 semanas mostram ser
mais resistentes do que animais da raça Suffolk, apresentando médias de OPG de 583 e 1249,
respectivamente e da carga parasitária (GOOD et al., 2006). Na Austrália e Nova Zelândia a
seleção para resistência aos parasitos tem sido efetiva (BARGER, 1989; WOOLASTON e
BAKER, 1996). No Brasil, ovinos da raça Santa Inês mostraram menores dias de OPG (225 a
11.475) quando comparados com animais Suffolk (50 a 20.625) e Ile de France (375 a 39.275),
apresentando também menores contagens de H. contortus recuperados em necropsia (P<0,05) e
maiores médias do volume globular do que as outras raças (AMARANTE et al., 2004). Os valores
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10
de herdabilidade para resistência aos helmintos em ovinos são muito consistentes, variando de 0,3
a 0,5 e similares, em magnitude, ao da herdabilidade de caracteres de produção como ganho de
peso e prodão de lã, características para as quais a seleção tem sido bem sucedida (BARGER,
1989). Estes valores são semelhantes aos encontrados em caprinos (0,4) e em bovinos (0,3)
(GASBERRE et al., 2001). A avaliação entre diferentes raças de ovinos, mostrou uma correlação
negativa significativa entre as contagens de OPG e o ganho de peso (BISSET et al., 1992;
BISHOP e STEAR, 1999), entretanto a diferença entre a produtividade de ovinos resistentes e
susceptíveis à infecção varia em função do grau de exposição aos parasitos, estado fisiológico,
condição nutricional e idade do hospedeiro (GOOD et al., 2006). Cordeiros Santa Inês e Ile de
France infectados naturalmente com NGI foram avaliados do nascimento a desmama, sendo que
os animais da raça Santa Inês receberam 50% a menos no número de tratamento com anti-
helmíntico do que os da raça Ile de France (77,8%), no entanto o ganho de peso não variou
(P>0,05) entre as raças (ROCHA et al., 2006). Ao contrário do ganho de peso, foi verificada uma
correlação positiva (0,21) entre o OPG e a produção de lã em ovinos Merinos resistentes a
H.contortus, com uma redução de 9% na produção de lã limpa (EADY et al., 2003).
A distribuição do parasitismo dentro de um rebanho é bastante irregular, sendo possível que a
maioria dos animais apresente baixo grau de infecção e menos de 20% manifestem sintomas
clínicos (ROBERTS e SWAN, 1982). A anemia provocada pelo H.contortus é muitas vezes o
único sinal clínico observado em um rebanho. Baseando-se nestes achados, Van Wyk et al. (1997)
associaram os valores de hematócrito aos de OPG e a variação de cor da conjuntiva ocular, para
representar cinco graus de anemia clínica, criando um sistema de tratamento seletivo denominado
método FAMACHA©. Durante um ano, a avaliação do método em 10 rebanhos de ovinos de
diferentes regiões da África do Sul, mostrou redões de 38 a 96% no uso e nos custos com
tratamentos com anti-helmínticos, respectivamente (VAN WYK, 2001). Os valores de
herdabilidade foram altos (0,55 ± 0,17%) na análise do todo FAMACHem 523 cordeiros
da raça Merino (VAN WYK e BATH, 2002). Avaliando este método 37 ovinos mestiços, durante
180 dias através das correlações entre o hemacrito e OPG, Molento et al. (2004) encontraram
reduções entre 10 e 63% nos tratamentos, concluindo que o método, direcionado ao controle de
haemoncose, traz como benefício à redução do número de tratamentos, contribuindo para
aumentar a população de refugia nas pastagens e consequentemente reduzindo a resistência aos
anti-helmínticos.
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2.6 Homeopatia no tratamento de doenças dos animais
O princípio da homeopatia (Similia similibus curantur) enuncia que, se uma substância pode
provocar sintomas específicos em um indivíduo sadio, poderá, quando na forma homeopática,
curar um paciente portador de doença com sintomas similares. O medicamento homeopático não
age sobre os sintomas isolados da doença, mas por meio de um processo de liberação da energia
dinâmica, irá atuar em todo o organismo promovendo o retorno ao equilíbrio da energia vital e ao
estado de saúde (HAHNEMANN, 1995). A escolha do medicamento é feita a partir das relações
de semelhanças entre o remédio descrito na Matéria Médica Homeotica e a totalidade
sintomática do paciente, incluindo sintomas orgânicos e sua interação com o ambiente
(CHARETTE, 1978; VANNIER, 1987).
Hahnemann (1999) classificou as doenças quanto a sua evolução em agudas, como sendo aquelas
que tendem a completar seu curso num curto período de tempo e com aparecimento rápido dos
sintomas; e crônicas, cuja evolução lenta manifesta sintomas que aparecem progressivamente de
forma variada e alternada. A evolução das doenças crônicas passa por três momentos diferentes:
Primeiro, o início do contágio; segundo, o período de tempo durante o qual o organismo todo
esta sendo tomado pela doea invasora até esta haver se desenvolvido dentro; terceiro, a
irrupção do transtorno exterior, por meio do qual a natureza demonstra exteriormente estar
completo o desenvolvimento interior da moléstia miasmática através do organismo todo
(HAHNEMANN, 1999).
Segundo este autor, as enfermidades de caráter crônico provêm dos miasmas crônicos: Syphilis,
Sycosis e Psora:
Em todas as investigações, são encontrados apenas três miasmas crônicos, sendo que as doenças
causadas pelos mesmos manifestam-se através de sintomas locais e dos quais origina-se, se não a
totalidade, a maioria das doenças crônicas; o eles Syphilis, Sycosis e Psora que é a mais
destrutiva de todas e onde esta a origem de todas doenças (...).”
A Psora, caracterizada por produzir sintomas, principalmente na pele e nas mucosas, está
associada diretamente às parasitoses, com manifestações de outros sinais clínicos: distensão
abdominal, palidez da face, pele seca e debilidade geral. Geralmente, são transcorridos sete a 14
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dias, desde o momento da infecção, para que haja a totalidade de manifestações no interior do
organismo em Psora. De acordo com a homeopatia, as nematodioses podem ser consideradas
doenças crônicas, originadas de um miasma psórico com sintomas que podem surgir de forma
hiperaguda, aguda ou crônica e o tratamento das doenças crônicas deve ser conduzido de forma
que o medicamento escolhido apresente a maioria dos sintomas da enfermidade em questão,
considerando, no entanto, que haverá mudanças durante o curso da doença, quando o
medicamento poderá ser substituído (HAHNEMANN, 1999).
Os medicamentos homeopáticos são originados dos reinos animal, vegetal e mineral e podem ser
divididos em policrestos e medicamentos menores segundo a sua patogenesia, que é a capacidade
de provocar sintomas no indivíduo sadio. Sua produção obedece às normas estabelecidas no país
de acordo com o Decreto nº. 57477-66, que dispõe sobre a manipulação, receituário,
industrialização e venda de produtos industrializados em Homeopatia; Portaria nº. 1180 de agosto
de 1997 e Resolução nº. 23 de 06 de dezembro de 1999 da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Farmacopéia Homeotica Brasileira).
Na elaboração dos medicamentos, as diluições infinitesimais sobrepõem-se várias vezes o número
de Avogadro, criando o efeito de ressonância vibracional, cuja ação curativa pode ser considerada
sob dois pontos de vista: biológica, que intervém na especificidade da defesa orgânica e
farmacodinâmica, propriamente dita que revela a dualidade da ação de toda substância
medicamentosa segundo as doses usadas (TETAU, 1980; DUPRAT, 1982). Estes mecanismos, os
mesmos dos Florais de Bach, foram descritos por alguns biologistas:
Claude Bernard: "Toda substância que, em pequenas doses, excita as propriedades ou funções de
um elemento anatômico, em altas doses anula-as" (DUPRAT, 1982).
Brown-Séquard: "A excitação moderada de um elemento nervoso provoca exaltação
(dinamogenia) das funções que dele dependem diretamente ou por reflexo; uma excitação forte
pode abalar essas mesmas fuões" (DUPRAT, 1982).
Hugo Schultz: "Toda excitação provoca numa célula aumento ou diminuição de sua função
fisiológica, proporcional à intensidade fraca ou forte da excitação" (DUPRAT, 1982).
A escolha do medicamento homeopático é feita por um processo de exclusão, único e particular,
no qual os sintomas do paciente devem coincidir o máximo possível com o do medicamento.
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Apesar desta escolha em função da individualização do paciente, Hahnemann (1995) usou o termo
Genius epidemicus para o conjunto de sintomas comuns, que acometiam uma população em
epidemias como as da varíola e da sarna. Neste caso, os sintomas físicos são considerados a partir
da estatística de importância e os sintomas comportamentais são considerados a partir da
movimentação do grupo e não de um indivíduo isolado. Hahnemann (1995) afirma que:
A maneira de se estudar e de tratar as enfermidades epimicas será sempre a mesma;... o
clínico deve ver a imagem característica de cada enfermidade reinante, como algo novo e
desconhecido;... todas as epidemias têm um caráter único... É necessário excetuar as epidemias
cujo agente infeccioso e contagioso sempre permanece idêntico, com a varíola e o sarampo etc”.
“É necessário fazer uma análise com todos os sintomas dos enfermos afetados. Deveremos
realizar anotações cuidadosas de casos epidêmicos anteriores causados por aquele agente. Estas
anotações serão aperfeiçoadas paulatinamente observando-se como os sintomas se repetem,
fazendo com que a lista vá se tornando significativa e com mais particularidades. O médico que,
nos primeiros casos, tenha podido escolher um medicamento que se aproxime do especifico
homeotico, poderá, nos casos subseqüentes, verificar a segurança do remédio escolhido ou
então, descobrir o mais apropriado”.
Baseado neste conceito, o termo “homeopatia populacional vem sendo empregado para o
tratamento de populações animais acometidas por uma enfermidade comum à maioria dos
indivíduos (REAL, 2003). Em rebanhos infectados por NGI, o medicamento escolhido deve
possuir a maioria dos sintomas desta doença, no entanto, embora a homeopatia venha sendo
indicada como forma terapêutica, principalmente em fazendas orgânicas, poucos medicamentos
foram avaliados para comprovação da eficácia.
A Artemisia cina possui em sua composição o alcalóide santonina que age na eliminação de
parasitos redondos, como Ascaris (CHARETTE, 1978), no entanto, quando testada nas
dinamizações de 9 e 15 CH, em ovinos com infecções natural e artificial por NGI não demonstrou
ser eficaz na redão do OPG (CABARET, 1996).
Os medicamentos Ferrum phosphoricum 12 D, Arsenicum album 6 D e Calcarea carbonica 12 D
usados de forma alternada, foram avaliados na redão de OPG e na resposta imune em ovinos
mestiços naturalmente infectados com NGI, comparados com animais tratados com doramectina e
um controle negativo, foi observado redução (P<0,01) no número de larvas de H. contortus e uma
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maior concentração de IgG sérico no grupo tratado com homeopatia ( 0,199 D.O.) em relação ao
grupo tratado com doramectina ( 0,081 D.O.) e ao controle (0,064 D.O.). No 68º dia após o início
do tratamento, ocorreu uma redão de 50% do OPG nos animais tratados com homeopatia, no
entanto não houve diferenças entre os grupos (P>0,05) (ZACHARIAS, 2004).
Quatro grupos de cordeiros mestiços infectados com NGI receberam individualmente, por três
meses, 10 gotas, duas vezes ao dia, dos medicamentos Sulphur 30X, Ferrum phosphoricum 6X,
Arsenicum album 6X e Mercuriu solubilis 6X e foram comparados com um controle negativo. Os
animais tratados com homeopatia não apresentaram sintomas clínicos de parasitose e tiveram um
ganho significativo de peso (P>0,05) quando comparados com o controle, no entanto não houve
diferenças significativas na redução de OPG entre os grupos. (CAVALCANTI et al., 2007).
O nosódio homeopático Fator Verm (CH12), contém substâncias ativas dos gêneros
Bunostomum, Haemonchus, Strongyloides, Trichostrongylus, Trichuris, Oestrus ovis, Eimeria,
Fasciola hepatica, Dermatobia hominis, Damalinia caprae, Linognathus stenopsis e Musca
domestica. Testado em ovinos infectados naturalmente por NGI durante seis (ROCHA et al.,
2006) e dezoito meses (CHAGAS et al., 2008) não mostrou eficácia na redução do OPG, porém,
no primeiro experimento, houve ganho de peso (4,2kg) e uma maior média de eosinófilos (P>0,05)
dos animais tratados com homeopatia quando comparados com o grupo tratado supressivamente
com anti-helmíntico. O mesmo produto, avaliado durante três meses em caprinos infectados
naturalmente por NGI, mostrou redução do OPG (P<0,05) no último dia (84º) do tratamento
(CRUZ et al., 2006).
O produto comercial Fator C & MC ® usado para controle de carrapato em bovinos, foi testado, por
um ano, em três propriedades, comparando-se com tratamentos convencionais realizados em outras
três fazendas controles. Diferenças significativas (P< 0,05) foram observadas na infestação de
carrapato das fazendas testadas quando comparadas com os controles, com 74,05% dos animais
apresentando menos de cinco teleóginas, contra 50,54%; 11,91% dos animais com cinco a dez
teleóginas, contra 21,72% e 13,08% dos animais com 10 a 30 teleóginas, contra 27,35%
respectivamente O peso dos ovos das teleóginas, oriundas de fazendas teste (0,6904g) foi
significativamente menor (P<0,05) do que o das fazendas controle (1,089g) (NETO et al., 2005).
A eficácia dos medicamentos Eupatorium perfoliatum e Arsenicum album foi avaliada em
camundongos infectados Plasmodium berghei, parasito causador da malária. Uma inibição de 60%
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na multiplicação do parasito foi observada nos animais tratados com E. perfoliatum 30CH e de 70%
naqueles tratados com A. álbum 0/6 (LIRA-SALAZAR et al., 2006).
O nosódio vivo 30 DH de Dirofilaria immitis foi usado por via sublingual, em dose única, em 15
cães positivos, avaliados pelo teste de immunomigração rápida e Knott modificado, resultando na
cura dos animais, após seis meses do tratamento (GOMEZ, et al., 2007).
Os medicamentos homeopáticos têm sido também avaliados em outras enfermidades que acometem
os rebanhos. Os medicamentos homeopáticos Phytolacca decandra 6CH, Calcarea carbonica 6CH,
Silicea terra 6CH, Pulsatilla nigricans 6CH, Aconitum napellus 6CH e Mercurius solubilis 6CH
foram usados em vacas leiteiras após inoculação intramamária experimental com Staphylococcus
aureus e comparados com vacas submetidas aos tratamentos convencionais de ordenhas ltiplas
ou a base de Cefoperazone. Na avaliação dos escores clínicos, contagem de células somáticas
(CCS), California Mastitis Test (CMT) e exames microbiológicos, foi observado que vacas tratadas
por ordenhas ltiplas, os escores clínicos e de CMT foram estatisticamente menores (p < 0,05)
quando comparados com aquelas tratadas com antibiótico e medicamentos homeoticos e entre
estes dois não houve diferença na eficiência, constatando cura clínica no 9º dia pós-inoculação
(ALMEIDA et al., 2005).
Neste estudo, o Sulphur foi escolhido por ser o principal anti-psórico e apresentar sintomas
semelhantes aos das nematodioses em ovinos. Este medicamento é obtido do mineral enxofre
sublimado e purificado, triturado nas três primeiras dinamizações, diluído em álcool e submetido a
agitações (sucções) após cada diluição. Sua patogenesia relaciona alguns sintomas observados na
haemoncose, como ação irritante sobre as mucosas, principalmente a conjuntiva ocular, distensão
abdominal, debilidade física, apatia e emagrecimento (CHARETTE, 1978; KENT, 1980;
VANNIER, 1987).
O enxofre é um não-metal insípido e inodoro, que se apresenta na forma de cristais amarelos
ocorrendo em diversos minerais de sulfito e sulfato, ou em sua forma pura. É um elemento
químico essencial para todos os organismos vivos, sendo constituinte dos aminoácidos não-
esseciais como taurina e esseciais como cisteína, homocisteína e metionina, que através de pontes
de dissulfeto ligado ao carbono, participam das estruturas espaciais das proteínas. É ainda
constituinte de algumas vitaminas, participa da síntese do colágeno e na secreção da lis pelo
fígado (MENEZES et al., 2008). Na deficiência de enxofre, a síntese da proteína microbiana é
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reduzida. A taurina sintetizada no fígado e no cérebro é um aminoácido não-essencial contendo
enxofre que age junto à glicina e ao ácido alfa-aminobutírico como um transmissor neuroinibidor,
estimula as contrações cardíacas e, embora não seja incorporado em enzimas e proteínas, possui
um dos ácidos mais abundantes da bilis (ácido quenode-oxiclóico), cuja ação desintoxicante
promove nos intestinos a emulsifiacação dos lipídios ingeridos na dieta, auxiliando na digestão.
Grandes concentrações deste composto são também encontradas nos intestinos e ossos. Quando
extrema exaustão física ocorre um déficit na prodão de taurina pelo organismo (CLARO et al.,
2005).
Pelo princípio da similaridade o Sulphur atuaria nas funções metabólicas em que o enxofre
participa e em decorrência da sua preparação em diluições infinitesimais, agiria por ressonância
vibracional sem causar os efeitos tóxicos deste mineral.
Dose letal (DL50) de enxofre acima de 5000 mg/kg foi observada em ratos e de 2000 mg/kg em
coelhos. Em ovinos, doses de 45g de enxofre provocaram óbito de 35% dos animais
(HUMPHREYS, 1988). A ação xica do enxofre é observada, produzindo irritação na pele e
mucosas de animais (O’MALLEY et al., 1995).
Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o Sulphur no controle das nematodioses em
ovinos, considerando a eficiência da ação do medicamento como o resultado das relações entre as
medidas de redução da carga parasitária, ganho de peso, alterações hematológicas e bioquímicas e
resposta imunológica dos animais.
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3 ARTIGO CIENTÍFICO
Efeito do medicamento homeopático Sulphur sobre nematódeos gastrintestinais, resistentes a
ivermectina, de cordeiros infectados naturalmente.
Effect of homeopathic medicine Sulphur on gastrointestinal nematode resistant to ivermectin,
naturally infected lambs.
Adriana Cavalcanti
1
; Maria Consuelo Caribe Ayres
1
; Flávio Augusto Menezes Echevarria
2
,
Francisca Santos Ribeiro
1
, Fernanda Washington de Mendonça Lima
3
, Maria Tereza Barreto
Guedes
3
, Maria Angela Ornelas-Almeida
1
RESUMO
O medicamento homeopático Sulphur foi avaliado em cordeiros mestiços Santa Inês
infectados naturalmente por nematódeos gastrintestinais. Foram utilizados 60 cordeiros com
idades entre 90 e 120 dias, desmamados e distribuídos aleatoriamente em três grupos (n=20).
Os animais do Grupo 1 (G1) receberam 10 gotas de Sulphur 30CH, diluídas em 5 mL de
água, por via oral, uma vez ao dia, durante 72 dias, os do Grupo 2 (G2) receberam
ivermectina oral na dose de 0,2 mg/kg/PV em dose única e os do Grupo 3 (G3) receberam 5,0
mL de água uma vez ao dia. Avaliação clínica, pesagem, colheita de sangue e fezes foram
realizadas nos dias 0, 15, 35 e 72. No último dia do experimento (Dia 72), 18 animais (seis de
cada grupo) foram necropsiados para contagem e identificação de parasitos.
Palavras-chave: homeopatia, Sulphur, nematódeos, cordeiros, helmintos.
1. Laboratório de Diagnóstico da Parasitoses dos Animais (LPDA/HOSPMEV/UFBA). 2.
EMBRAPA (CPPSUL) 3. Laborario de Imunologia da Faculdade de Farmácia
(UFBA).
Endereço para correspondência:
Prof
a
. Maria Angela Ornelas de Almeida. Escola de
Medicina Veterinária, Universidade Federal da Bahia. Av. Ademar de Barros, n.500,
Ondina, 40.170-110, Salvador, Bahia, Brasil.
Tel.: 55 71 32636746 E-mail: aornelas@ufba.br
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Os dados das contagens de ovos por grama de fezes (OPG) e diferencial dos leucitos foram
transformados em log10 (x+1) para atender aos critérios de normalidade do teste. No Dia 72
houve diferença significativa (P<0,05) entre as médias de OPG do G1= 60,00 ± 18,35 e o G3
= 205,00 ± 14,69, porém esta diferença não foi encontrada entre G1 e G2 e G2 e G3. Os
percentuais de redução de ovos foram 70,73 e 9,76 para o Sulphur e ivermectina,
respectivamente. Os neros Haemonchus, Trichostrongylus e Oesophagostomum foram
identificados no material da necropsia, havendo diferença significativa (P<0,03) no número
de Haemonchus entre os animais do G1 e G3. O percentual de redução para este gênero foi de
59,59 no tratamento com Sulphur e 30,82 para ivermectina. O G1 apresentou maior ganho de
peso (5,96 kg) que o G2 (3,78 kg) e G3 (3,74 kg), diferindo estatisticamente (P<0,05). Na
contagem diferencial de leucócitos, as médias de eosinófilos, neutrófilos e linfócitos do G1
(1,61; 5,82 e 7,13) e G3 (0,87; 4,94 e 8,57), respectivamente, diferiram significativamente (P<
0,05). O G2 diferiu (P< 0,05) do G3 apenas na contagem de neutrófilos. O volume globular, e
as concentrações de proteína total e de albumina não variaram significativamente entre os
grupos. As médias das concentrações de anticorpos IgG foram maiores no G1 e diferiram
estatisticamente do G2 e G3 (P< 0,05) no Dia 72. Este estudo mostrou que o Sulphur levou a
uma redução de cerca de 60% na carga de parasitos adultos e imaturos de H. contortus
resistentes a ivermectina, bem como a um bom desempenho produtivo dos cordeiros quanto a
ganho de peso e ausência de sintomas de parasitoses, demonstrando ser uma possibilidade
viável no controle de nematódeos em ovinos.
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SUMMARY
The homeopathic medicine Sulphur was evaluated in crossbred lambs of Santa Ines naturally
infected by gastrointestinal nematodes. We used 60 lambs aged 90 and 120 days, weaned and
distributed randomly to three groups (n = 20). Animals in Group 1 (G1) received 10 drops of
Sulphur 30CH, diluted in 5 mL of water, orally once daily for three months, those in Group 2
(G2) received oral ivermectin in the dose of 0,2 mg/kg/PV single dose in the Group 3 (G3)
received 5.0 mL of water once a day. Clinical evaluation, weighing, sampling of blood and
faeces were held in four stages. On the last day of the experiment (Day 72), 18 animals (six in
each group) were necropsied for counting and identification of parasites. Data from counts of
eggs per gram of feces (OPG) and the differential leukocyte were transformed into log10 (x
+1) to meet the criteria of normality of the test. On Day 72 significant difference (P <0.05)
between the mean OPG of G1 = 60.00 ± 18.35 and G3 = 205.00 ± 14.69, but this difference
was not found between G1 and G2 and G2 and G3. The percentage of reduction of eggs was
70.73 and 9.76 for the Sulphur and ivermectin, respectively. Genera Haemonchus,
Trichostrongylus and Oesophagostomum were identified in the autopsy material, with a
significant difference (P<0.03) in the number of Haemonchus among animals of G1 and G3.
The percentage reduction for this genre was 59.59 in the treatment with the Sulphur and 30.82
for ivermectin. The G1 had greater weight gain (5.96 kg) that the G2 (3.78 kg) and G3 (3.74
kg), statistically differed (P<0.05). In the differential leukocyte count, the averages of
eosinophils, neutrophils and lymphocytes of G1 (1.61, 5.82 and 7.13) and G3 (0.87, 4.94 and
8.57), respectively, ugodile significantly (P <0.05). The G2 differed (P <0.05) of the G3 only
in neutrophil count. The hematrocrit and the concentrations of total protein and albumin did
not vary significantly between the groups (P> 0.05). The concentrations of IgG antibodies
were higher in the G1 and differ statistically from G2 and G3 (P <0.05) on Day 72. This study
showed that the Sulphur led to a reduction of about 60% in the load of parasites adults and
immature H. Contortus resistant to ivermectin, as well as a good productive performance of
the lambs on weight gain and no symptoms of parasitic, demonstrating be a viable option in
the control of nematodes in sheep.
Key-words:
homeophaty, Sulphur, nematodes, ovine, helminth
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INTRODUÇÃO
Programas integrados de controle de parasitoses diminuem a dependência de anti-helmínticos
com menores riscos à saúde humana e maiores índices de produção (MALAN et al., 2001;
VAN WYK; BATH, 2002). A homeopatia poderá melhorar a saúde animal contribuindo para
produção de alimentos livres de resíduos químicos (BRAGHIERI et al., 2007).
De acordo com o princípio da homeopatia uma substância que causa sintomas específicos em
um indivíduo sadio, poderá curar um paciente portador de uma doença com sintomas
similares (HAHNEMANN, 1995). A escolha do medicamento homeopático é feita a partir da
identificação dos sintomas de um paciente ou de uma população acometida de uma
enfermidade (Gênio epidêmico). Neste processo, as manifestações clínicas da doença, o
comportamento do animal e sua interação com o meio ambiente são relacionados com os
sintomas de medicamentos descritos na Matéria Médica Homeopática (VANNIER; POIRIER,
1987).
Segundo Hahnemann (1999), as doenças crônicas são aquelas de evolução lenta, originadas
de miasmas crônicos, reveladas por vários sintomas que se modificam com o curso da
enfermidade, geralmente decorridos sete a catorze dias, do momento da infecção até suas
primeiras manifestações. As parasitoses são consideradas como uma doença crônica latente,
cujos sintomas como palidez da conjuntiva, edema submandibular, distensão abdominal,
como na haemoncose, podem ter apresentação lenta ou aguda, portanto, a escolha dos
medicamentos homeoticos deve seguir a evolução destes sintomas.
Os poucos estudos que utilizaram medicamentos homeoticos no controle de nematódeos
não apresentaram resultados satisfatórios (CABARET, 1996; ROCHA et al., 2006,
ZACHARIAS, 2004, CHAGAS et al., 2008), com exceção do trabalho de Cruz et al. (2006),
que mostrou redução do OPG (P<0,05) nos caprinos tratados com o nosódio Fator Verme®.
Considerando as helmintoses, especialmente a causada pelo nero Haemonchus, como um
miasma psórico crônico, nota-se grande semelhança com a totalidade sintomática do
antipsórico Sulphur (VANNIER; POIRIER, 1987, CHARETTE, 1978). Este medicamento é
preparado a partir do enxofre, macro elemento mineral, essencial na composição dos
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aminoácidos cisteína, metionina, homocisteína e taurina formando as pontes de dissulfeto
entre os polipeptídeos.
No presente estudo, cordeiros expostos à infecção natural com nematódeos gastrintestinais
resistentes à ivermectina, foram tratados com o medicamento homeopático Sulphur, para
avaliação da carga parasitária, parâmetros hematológicos, perfil de proteínas séricas e os
níveis de anticorpos IgG para Haemonchus contortus.
MATERIAL E MÉTODOS
Local, animais e manejo
O experimento foi realizado na microrregião dos Tabuleiros Costeiros, Litoral Norte da
Bahia, caracterizada por clima tropicalmido, com médias anuais de temperatura de 25 a 29
ºC e umidade relativa de 75 a 85%. O solo é profundo e o relevo plano ou suavemente
ondulado. As médias pluviométricas variam de 1.500 a 1.900mm anuais, com concentração
de chuva no período de maio a setembro. O experimento foi realizado entre os meses de
janeiro e março de 2005. O índice pluviométrico do último mês foi de 65mm.
dulos de piquetes (1,5 a 2,0 ha.) para pastejo rotacionado em Brachiaria humidicola e B.
brizantha eram utilizados por 4.450 ovelhas mestiças Santa Inês, separadas em lotes de 400
animais, mantidas em dulos formados de 20 a 25 piquetes onde pastejavam livremente e
recebiam água e sal mineral ad libitum.
Após o nascimento, os cordeiros foram pesados, identificados e mantidos nos pastos com as
mães, recebendo a partir do 15º dia ração balanceada com 21% de proteína bruta em creep-
feeding. Sessenta cordeiros desmamados que apresentavam OPG acima de 400 foram
distribuídos uniformemente de acordo com os valores do OPG (Portaria Nº. 48/1997, da
Secretaria de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)
em grupos com 20 animais cada: Grupo 1 (G1) tratados com Sulphur; na diluição
centesimal (CH) 30, Grupo 2 (G2) tratados com ivermectina e Grupo 3 (G3) controle. Os
cordeiros foram pesados, desmamados e permaneceram com mais 300 cordeiros em um
módulo com 20 piquetes, em pastejo rotacionado até o fim do experimento, recebendo água,
sal mineral ad libitum e ração balanceada com 19% de proteína bruta (300g/animal/dia). Este
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módulo havia sido pastejado por ovelhas e em seguida por bovinos, permanecendo 35 dias em
descanso antes da entrada dos cordeiros.
Seis dias após o desmame os cordeiros receberam os seguintes tratamentos: G1 - 10 gotas de
Sulphur 30CH, diluídas em 5,0 mL de água por via oral, uma vez ao dia, durante 72 dias; G2
ivermectina oral (Ivomec® Solução Oral, Merial), 2,5 mL/10 kg/PV em dose única e G3
5,0 mL de água uma vez ao dia.
O medicamento homeopático foi formulado em farmácia de manipulação de acordo com as
prescrições da Farmacopéia Homeotica Brasileira (1997).
Colheita e análise de dados
A partir do primeiro dia de tratamento (dia zero) e em outros três momentos, (15, 35 e 72
dias) foi realizado o exame clínico com avaliação do grau FAMACH (VAN WYK e
BATH, 2002), a pesagem e colheita de amostras de fezes e sangue. No último dia do
experimento (72º), 18 animais, seis de cada grupo, foram separados aleatoriamente e
necropsiados para colheita e identificação de parasitos do trato gastrintestinal. Nos animais do
G2 e G3, foi realizada colheita de fezes no dia s-tratamento com a ivermectina para
avaliação do percentual de redução de ovos, sendo observado resistência a este medicamento.
O exame clínico avaliou presença de edema submandibular, diarréia, aspecto dos pelos, e
outras lesões (nódulos, feridas nos cascos, inflamação nos olhos, ectoparasitos). O grau
FAMACHfoi determinado por uso do cartão guia para avaliar a coloração da conjuntiva.
O peso dos animais foi obtido pela manhã, sempre no mesmo horário, em balança para
pesagem de ovinos.
Análises parasitológicas
As fezes foram colhidas diretamente da ampola retal para realização de OPG (GORDON e
WHITLOCK, 1939) e cultura de larvas (ROBERTS e SULLIVAN, 1950).
No oitavo dia pós-tratamento foram realizadas colheita de fezes do G2 e G3 para avaliação da
eficácia da ivermectina.
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Os animais foram necropsiados de acordo com as técnicas recomendadas por Van Kruingen
(1954) e por Winter (1969) e baseados nos procedimentos e métodos de eutanásia em animais
(Resolução nº. 714 do Conselho Federal de Medicina Veterinária, de 20 de agosto de 2002).
A técnica para colheita de nematódeos gastrintestinais em necropsia foi realizada conforme
Ueno e Gonçalves (1998) e a identificação específica segundo Levine (1968). Os cordeiros
permaneceram 15 horas em jejum. Após lavagem da superfície mucosa, alíquotas de 10%
(100mL) dos conteúdos do abomaso e intestino delgado foram analisados, e o número de
nematódeos, por gênero, foi multiplicado por 10. O conteúdo do intestino grosso foi
examinado integralmente.
O Teste de redução OPG e de número de parasitos foi realizado comparando-se a redão de
OPG dos grupos tratados com o grupo controle (VIZARD e WALLACE, 1987).
Análises hematológicas e imunológicas
As amostras de sangue foram colhidas por punção da veia jugular, para determinação do
leucograma (corante de Rosenfield), do volume globular (VG) pela técnica de centrifugação
do microhematócrito (JAIN, 1986), das proteínas totais, do perfil eletroforético e das
concentrações séricas de imunoglobulinas (IgG).
A concentração sérica de proteína total foi determinada pelo método colorimétrico do biureto
modificado, utilizando-se “kitcomercial Proteínas Totais DOLEe leitura das amostras
em espectofotômetro. A separação das frações protéicas foi realizada em técnica de
eletroforese em gel de agarose (Celmgel, CELM®). As bandas de proteínas foram coradas
com Negro de amido a 0,2% e a leitura foi realizada por densitometria (CELM, modelo DS-
35).
As concentrações de anticorpos IgG foram determinadas por ensaio imunoenzimático indireto
(ELISA), usando microplacas de poliestireno (Costar) que foram sensibilizadas com 200
µ
g/mL de extrato solúvel de H. contortus diluídos em tampão carbonato-bicarbonato 0,05M,
pH 9,6 e incubadas em câmara úmida a 4°C por uma noite. Os soros foram diluídos 1:50 em
solução salina tamponada contendo 0.05% Tween-20 e 0,25% de leite desnatado (PBS-T-M),
pH 7,4. Em cada poço foi adicionado 100 µl do soro diluído e às placas incubadas por uma
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hora a 37°C em câmara úmida. Utilizou-se 100 µl de anti-IgG ovina marcada com peroxidase
(Sigma Chem. Co., USA), diluída a 1:5000 em PBS-T-M. Entre cada etapa foram realizadas
cinco lavagens das microplacas com solução salina tamponada contendo 0.05% Tween-20
(PBS-T). Foram adicionados 100 µl da solução de cromógeno, constituída de 6 mg de
ortofenilenodiamina (OPD), em 15 mL de tampão citrato-fostato (1 M, pH 5,1) e 10 µl
peróxido de hidronio. As placas foram colocadas em local escuro por 15 minutos. A reação
enzimática foi interrompida com 50
µ
l de solução de ácido sulfúrico 1N e a leitura foi
efetuada em espectrofotometro (Stat Fax
) com filtro 450 nm. As amostras foram testadas em
duplicata. Amostras de soros de cordeiros que não mamaram o colostro foram usadas como
controle negativo e soros de animais com OPG acima de 1000 e cultura com 75 % de larvas
de H. contortus, foram usados como controle positivo.
O cálculo do ponto de corte para os
ensaios de ELISA foi feito segundo metodologia descrita por FREY et al. (1998), utilizando as
absorbâncias dos controles negativos, resultando na densidade ótica de 0,03.
Os dados foram analisados no Programa SPSS versão 9.0 usando análise de variância para
comparação das médias entre grupos. Correlações entre valores de diferentes parâmetros
foram calculadas para cada grupo usando coeficiente de correlação de Pearson's. Os valores
de OPG e da contagem diferencial de leucócitos foram transformados em log10 (x + 1) para
atender os critérios de normalidade do teste. As figuras apresentadas nos resultados estão
expressas em médias aritméticas. Probabilidade de P<0,05 foi considerada significativa.
RESULTADOS
No Dia 0 do experimento, não houve diferença estatística significativa entre as médias de
OPG dos grupos G1, G2 e G3 (Tabela 1). As dias de OPG dos três grupos permaneceram
com valores superiores a 500 durante o experimento, excetuando-se a última análise quando o
G1 apresentou dia menor que o G2 e G3 (60; 180 e 205 respectivamente), diferindo
estatisticamente (P<0,05) do G3. O percentual de redução de ovos variou de zero a 70,73 para
o Sulphur e de 9,76 a 30,06 para ivermectina (Tabela 1).
Na avaliação da eficácia da ivermectina contra nematódeos gastrintestinais foi encontrada
uma redução do OPG de 31,07%, no oitavo dia s tratamento, com as médias dos grupos
tratado e controle de 1475 ± 1598,64 e 2140 ± 2335,40, respectivamente.
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As larvas de terceiro estágio (L
3
) recuperadas nas culturas de fezes foram dos gêneros
Haemonchus, Trichostrongylus, Cooperia e Oesophagostomum. Não houve diferença
significativa entre os grupos.
No trato gastrintestinal foram identificadas as seguintes espécies: Haemonchus contortus,
Trichostrongylus axei, T. columbriformes e Oesophagostomum columbianum (Tabela 2) e
Moniezia sp., constatando-se diferença significativa entre as médias do G1 e G3 (P<0,03) para
H. contortus. O percentual de redução do número de H. contortus foi próximo de 60% para o
Sulphur e de 31% para ivermectina.
O G1 apresentou maior ganho de peso (5,96 kg) que o G2 (3,78 kg) e G3 (3,74 kg), diferindo
estatisticamente (P<0,05).
Nas avaliações clínicas dos animais, não foram detectadas nenhuma alteração relevante. Os
valores do volume globular e da contagem total de leucócitos animais dos três grupos
permaneceram com os parâmetros dentro da normalidade para a espécie durante o período
experimental e não houve diferença significativa (P>0,05) entre os tratamentos. No entanto,
na contagem diferencial, as médias de eosinófilos, neutrófilos segmentados e linfócitos do G1
diferiram significativamente do G3 (Tabela 3).
Na inspeção da conjuntiva ocular, para determinação do grau FAMACHA©, foram obtidas
pontuações de um a cinco, constatando-se correlações negativas entre o FAMACHA© e
volume globular (P<0,05) e o OPG e volume globular (P<0,05), respectivamente, G1: r= -
0,465 e r= -0,442; G2: r= -0,402 e r= -0,261 e G3: r= -0,048 e r= -0,402. As médias dos
valores do volume globular dos grupos experimentais corresponderam ao grau 2 do cartão
FAMACHA©, indicando que os cordeiros não desenvolveram anemia.
Os teores séricos de proteína total e de albumina foram similares entre os grupos, não sendo
observadas diferenças significativas (P>0,05). A eletroforese em gel de agarose permitiu a
separação de cinco frações distintas: albumina, α-globulina; β1-globulina β2-globulina e γ-
globulina, no entanto não houve diferenças significativas (P>0,05) entre os grupos (Tabela 4).
As respostas de anticorpos séricos IgG anti-Haemonchus estimadas pelo ELISA, mostraram
uma curva com perfil similar entre os grupos analisados (Figura 1). As densidades óticas de
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IgG do G1 foram maiores em todos os momentos, exceto no Dia 15 e diferiu
estatisticamente (P<0,05) do G2 e G3 no Dia 72. Foram encontradas correlações negativas
entre o número de H. contortus e a resposta de IgG e entre esta e o OPG nos três grupos,
porém o foram estatisticamente significativas.
DISCUSSÃO
O baixo percentual de redução do número de ovos e de nematódeos nos animais, tratados com
ivermectina, demonstrou a existência de resistência para as populações de parasitos neste
rebanho.
O Sulphur 30CH, administrado durante 72 dias não reduziu o número de ovos nas fezes dos
ovinos, para assegurar a eficácia do tratamento, uma vez que os percentuais de redução foram
inferiores a 71%, abaixo dos critérios estabelecidos pela Portaria Nº.48/1997 do Ministério de
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que considera ativo acima de 90%. A
redução das contagens de ovos por grama de fezes em todos os grupos no dia 72 pode ser
atribuída à imunidade adquirida pelos ovinos quando sujeitos infecções sucessivas por
nematódeos gastrintestinais, com um decréscimo espontâneo da carga parasitária
(BRICARELLO, 1999, BALIC, et al., 2002, TEREFE et al., 2007), embora os animais
tratados com Sulphur tenham apresentado uma redução significativamente menor que o
controle. Fatores climáticos podem também ter influenciado para menor população de
parasitos nas pastagens (SILVA et al., 2007), pois no último mês de tratamento, neste estudo,
o índice pluviométrico foi de apenas 65 mm. No entanto, na análise de estágios adultos e
imaturos de nematódeos, numericamente, nota-se menor contagem para o grupo de ovinos
tratados com o Sulphur. Porém, significância estatística (P<0,05) ocorreu apenas para o H.
contortus quando se comparou os ovinos tratados com homeopatia e os não tratados. Como
antipsórico, o Sulphur tem a propriedade de atuar contra doenças de caráter crônico, como as
nematodioses, e o melhor resultado para o gênero Haemonchus é justificado no principio do
medicamento similium. O Sulphur é um medicamento oriundo do enxofre, e este mineral
essencial compõe os aminoácidos, como metionina e cistina, envolvidas na formação de
eritrócitos (BEACH et al., 1939).
Os cordeiros medicados com Sulphur, embora com carga parasitária acima de 900 OPG, com
exceção do Dia 72, apresentaram maior ganho de peso que os demais animais. Também em
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ratas Wistar este medicamento promoveu um aumento de peso (PIRRA, 1995). Em cordeiros
medicados com Sulphur, F. phosphoricum, A. album e M. solubilis os ganhos de peso foram
superiores ao controle (CAVALCANTI et al., 2007). Resultados similares foram encontrados
por Zacharias (2004) com o F. phosphoricum, A. album e C. carbônica e por Rocha et al
(2006) com nosódio Fator Verme®. O Sulphur, no princípio homeopático de retorno a
homeostase, promove melhor resposta do hospedeiro frente à infecção, resultando em maiores
ganhos produtivos.
A ação curativa do medicamento homeopático manifesta-se por meio de mecanismo
biológico, que intervém na especificidade da defesa orgânica (DUPRAT, 1982). Na análise do
leucograma constatou-se maior número de eosinófilos nos animais tratados com Sulphur, o
que corresponde ao padrão de resposta imune à infecção por nematódeos gastrintestinais por
estimulação de populações de linfócitos Th2 e produção de interleucina-4 e interleucina-5
gerando a citotoxicidade mediada por células dependente de anticorpo (MEEUSEN et al.,
2005; WILDBLOOD et al., 2005; BALIC et al., 2006). O aumento encontrando, também, do
número de neutrófilos esta associado ao processo inflamatório na mucosa do trato
gastrintestinal na fase de reação de hipersensibilidade imediata (SHAKYA, 2007). Quando
associado ao medicamento homeopático Vincetoxicum, o Sulphur estimulou a produção de
citocinas por linfócitos T em sangue total humano (FINIANE et al., 2000).
As concentrações plasmáticas de proteínas nos cordeiros o apresentaram alterações, o que
pode ser explicado pelo grau de infecção baixo e a dieta proteína adequada, mantendo o bom
estado fisiológico dos animais e minimizando os efeitos adversos do parasitismo (GENNARI
et al., 1995; BRICARELLO et al., 2005). Porém, as concentrações de anticorpos IgG, no
presente estudo, mostraram um perfil similar entre os grupos de ovinos, mas apresentaram
uma correlação negativa com o número de H. contortus (Gómez-Muñoz et al., 1999). Os
animais tratados com Sulphur obtiveram maiores concentrações de IgG e menores contagens
de H. contortus. Isto sugere que o Sulphur estimulou uma resposta imune humoral específica.
Este estudo mostrou uma redão cerca de 60% de estágios adultos e imaturos, para uma
população de H. contortus resistente a ivermectina, e bom desempenho produtivo dos
cordeiros, como o ganho de peso e ausência de sintomas de parasitoses. Considerando que
este parasito é o mais patogênico para pequenos ruminantes em regiões tropicais e
subtropicais, os resultados aqui apresentados poderiam ser úteis para elaborar um
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delineamento experimental com outra dinamização, dose, freqüência de uso, associações com
outros medicamentos e em animais com diferentes níveis de infecção, para um melhor
entendimento da terapia homeopática em animais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BALIC, A.; BOWLES, V.M.; MEEUSEN, E.N.T. Mechanisms of immunity to Haemonchus
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BRICARELLO, P.A. Alterações hematológicas, bioquímicas, parasitológicas e histológicas
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TABELA 1 - Médias, desvio padrão (DP) e percentual de redução (PR) do número de ovos
de nematódeos gastrintestinais, de ovinos mestiços Santa Inês, tratados com Sulphur e
Ivermectina.
Letras diferentes na mesma linha indicam diferença estatística significativa (p<0,05).
.
Dias
Sulphur (n=20)
Média ± DP PR
Ivermectina (n=20)
Média ± DP PR
Controle (n=20)
Média ± DP
0 1120,00 ± 272,28 - 1395,00 ± 483,16
- 1175,00 ± 361,42
15 735,00 ± 115,00
a
0,00
625,00 ± 192,61
a b
14,97
735,000 ± 180,10
b
35 930,00 ± 239,00
28,46
910,00 ± 227,79
30,06
1300,000 ± 324,20
72 60,00 ± 18,35
a
70,73
180,00 ± 21,20
a b
9,76 205,00 ± 14,69
b
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33
TABELA 2 Médias, desvio padrão (DP) e percentual de redução (PR) do número de
nematódeos gastrintestinais recuperados de ovinos mestiços Santa Inês, 72 dias após o
tratamento com Sulphur e Ivermectina.
Gênero
Sulphur (n=6)
Média ± DP PR
Ivermectina (n=6)
Média ± DP PR
Controle (n=6)
Média ± DP
Haemonchus 196,6 212,48
a
59,59
336,6 412,97
a,b
30,82
486,6 170,60
b
Trichostrongylus 213,33 ± 210,87
8,57
275,00 ± 356,08 0 233,33 ± 215,19
Oesophagostomum
2,33 ± 4,76 15,33
15,67± 30,11 0 26,83 ± 37,42
Letras diferentes na mesma linha indicam diferença estatística significativa (p<0,05).
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34
TABELA 3 - Médias e desvio padrão dos valores do volume globular (%) e dos constituintes
do leucograma (x10
3
/µl) de ovinos mestiços Santa Inês, naturalmente infectados por
nematódeos gastrintestinais, tratados com Sulphur e Ivermectina.
Variáveis Sulphur (n=20) Ivermectina (n=20) Controle (n=20)
Volume globular 26,39±4,21 26,54±4,32 27,11±3,57
Leucócitos totais 14,82±1,79 14,64±1,14 14,51±0,96
Eosinófilos 1,61±0,41
a
0,91±0,20
a,b
0,87±0,27
b
Basófilos 0,00,01 0,01±0,00 0,01±0,00
Neutrófilos 5,82±0,67
a
5,89±0,36
a
4,94±0,34
b
Bastonetes 0,00,01 0,02±0,01 0,01±0,00
Linfócitos 7,13±1,09
a
7,64±1,13
a,b
8,57±0,75
b
Monócitos 0,20,13 0,16±0,04
0,12±0,07
Letras diferentes na mesma linha indicam diferença estatística significativa (p<0,05). A média
refere-se as quatro colheitas (Dia 0, 15, 35 e 72).
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35
TABELA 4 - Médias e desvio padrão das proteínas totais (g/dl) e das frações protéicas (%)
obtidas do soro de cordeiros mestiços Santa Inês, naturalmente infectados com nematódeos
gastrintestinais, medicados com Sulphur e Ivermectina.
Variáveis Sulphur (n=20) Ivermectina (n=20) Controle (n=20)
Proteína total 6,13 ± 0,43 6,21 ± 0,27
6,06 ± 0,25
Albumina 2,53 ± 0,21 2,61 ± 0,24
2,52 ± 0,41
Alfa 0,65 ± 0,11 0,45 ± 0,09
0,42 ± 0,08
Beta1 1,12 ± 0,10
0,94 ± 0,19 0,91± 0,02
Beta2 0,53 ± 0,06
0,32 ± 0,03 0,53 ± 0,06
Gama 1,35 ± 0,24
1,90 ± 0,48 1,71 ± 0,56
As médias referem-se as quatro colheitas (Dia 0, 15, 35 e 72).
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36
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
0 15 35 72
Dias de coletas
Densidade Ótica (D.O.)
FIGURA 1 - Médias das densidades óticas de IgG (D.O.) anti-H. contortus, detectados por
ELISA no soro de cordeiros mestiços Santa Inês (n=20), naturalmente infectados por
nematódeos gastrintestinais, tratados com Sulphur (G1
), ivermectina (G2 ) e
controle (G3 ) durante quatro coletas, em um período de 72 dias.
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37
4 CONSIDERAÇÕES GERAIS
Os resultados deste estudo, nas condições em que foi realizado, permitem as seguintes
considerações:
Poucas pesquisas têm sido realizadas para avaliar a eficácia destes medicamentos no
tratamento de rebanhos ovinos infectados com NGI, que se constituem em um dos principais
problemas sanitários para as criações de pequenos ruminantes em todo o mundo.
A escolha do medicamento homeopático é feita por um processo de exclusão, único e
particular, no qual os sintomas do paciente devem coincidir o máximo possível com o do
medicamento, no entanto a homeopatia populacional abre horizontes para o tratamento de
rebanhos acometidos de uma enfermidade comum à maioria dos animais. A partir da
comparação entre a totalidade sintomática das NGI em ovinos e a patogenesia do Suphur, este
estudo avaliou as prováveis ações deste medicamento em cordeiros infectados naturalmente,
com NGI resistentes à ivermectina, contribuindo também, para complementar o conhecimento
da sua patogenesia.
O Sulphur usado em dinamização de 30CH durante 72 dias ocasionou maior ganho de peso,
ausência de sintomas clínicos, maiores concentrações de eosinófilos e de anticorpos IgG e
menor contagem de H. contortus nos ovinos tratados. Entretanto, a redução de 70% no OPG
não é considerada suficiente para assegurar a eficácia do tratamento anti-helmíntico, segundo
os critérios estabelecidos pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
O Sulphur pareceu promover, nos ovinos, a homeostasia, que se constitui em mecanismos de
adaptação e compensação do organismo aos agentes externos, influindo assim não na
época da manifestação da enfermidade como também na sua evolução.
Os resultados deste estudo são consistentes com estudos prévios indicando que medidas
isoladas de controle de NGI não são muito efetivas e a combinação de estratégias integradas
como pastejo rotacionado e alternado com outras espécies animais, dieta alimentar com níveis
protéicos adequados, seleção genética entre outros deve ser melhor estudada.
A reprodução dos efeitos obtidos neste estudo, abre perspectivas para outros trabalhos que
permitam uma melhor avaliação do medicamento homeopático.
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