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Quadro 2 - Histórico de ações e intervenções em áreas de sub-habitação no Brasil (especialmente RJ, SP e Curitiba)
continua
PERÍODO FATOS
1893/97 Canudos
1906 RJ: Construído primeiro conjunto habitacional popular pelo governo, na avenida Salvador de Sá
1920 RJ: Primeira Remoção de Favela – Morro da Providência
1936 RJ: Código de obras elimina e interdita a construção de favelas
1937 (Distrito Federal) Código de Obras (Decreto 6.000) proíbe a execução de qualquer obra de
melhoria nas favelas existentes
1941/43 RJ: Prefeitura: transferência e construção de casas de alvenaria
1946 Fundação da Casa Popular é criada pelo governo federal, com objetivo de construir unidades
habitacionais para a população de baixa renda.
1946/54 RJ: Fundação Leão XIII da Igreja – que se tornou conhecida por sua participação na política de
remoção de favelas, serviços básicos (água, esgoto, luz, rede viária) em favelas; reação ao PC
1947 RJ: 1.
o
Recenseamento de favelas –105 favelas
1950 RJ: 6,7%
1955/60 RJ: Cruzada S. Sebastião da Igreja – urbaniza com êxito
1956 RJ: SERFHA, serviço esp. de recuperação das favelas e habitações anti-higiênicas – 1.
o
Órgão,
oficial a urbanizar favelas
1960 Brasília;
Curitiba: início do processo de favelização.
1961 RJ: Associação dos moradores de Favelas criada pela administração pública
SP: MUD com estudantes da USP e PMSP
1962 Criação da Cehab – GB, verba USAID, através de uma violenta política de remoção dos
favelados e transferência para conjuntos habitacionais (V. Kennedy); criação da FAPEG (Fed.
Associações de Favelas E. Guanabara)
1964
RJ: 1.
o
Congresso de favelados "Urbanização sim, remoção nunca", surge o BNH – atuação
inicial foi o esforço em aumentar a oferta de novas unidades habitacionais;
Curitiba: construção do núcleo Habitacional Vila Nossa Sra. Da Luz (2.200 casas), tentativa de
erradicar determinadas favelas, com o tempo revelou-se infrutífera por não ter havido a
preocupação com a preparação da população para o ingresso nas moradias, ingresso no
mercado de trabalho, para condições do pagamento da casa, distância do conjunto ao centro,
preparo para o uso correto e apego pela casa etc.
1967 FGTS/BNH/SFH
1968/73 CHISAM (BR/RJ), remoção.
1967/75
SP: COHAB-SP, SEBES, COBES remoção: alojamentos provisórios, retorno ao local de origem,
compra de habitação popular pelo SFH.
1968 RJ: 2.
o
Congresso de favelados "lutar pela permanência dentro do espaço da cidade"
1970
RJ: 13% da população local;
SP: PUB;
Curitiba: até esta data as favelas se caracterizavam por um adensamento progressivo, como a
favela da Vila Pinto (rio Belém) e a do Valetão, até se constituírem por centenas de famílias, e ao
lado delas barracos se espalhavam pela cidade com pouco mais de dezenas de famílias.
1971/72
Curitiba: 2.207 barracos de famílias (Levantamento da PMC); Foram construídos quatro Núcleos
de Habitação Transitória (previsão de 6 meses a 2 anos) sem infra-estrutura e sem possibilidade
de promoção social – Foram erradicados em 1972, sendo as casas doadas aos moradores que
conseguiram comprar o terreno, pois não houve uma programação rígida real para promover e
possibilitar o rodízio
1972 SP: PDDI
1972/79
Planab (Plano Nacional de Habitação Popular), Profilurb e Ficam – visando à complementação
da unidade habitacional e da infra-estrutura urbana.
1974
Curitiba: esboça-se a transferência para a cidade na Vila Oficinas a solução adotada para
Alagoas (Salvador –Bahia) – urbanizar a própria favela com a construção de um muro hidráulico
(água e esgoto) onde o favelado acloparia seu barraco. Mas a idéia não foi bem aceita, pois o
que importava para o favelado era a posse do Terreno, devido sua origem rural.