
65
superfície, mas não é um componente crítico porque a superfície vai absorver os
íons fosfato da solução (HENCH e ANDERSSON, 1993).
TAB. 2.2 Composições dos vidros por Mol% (HENCH e ANDERSSON, 1993).
Designação SiO
2
Na
2
O CaO CaF
2
P
2
O
5
B
2
O
3
Al
2
O
3
45S5.4F 46,1 24,4 16,2 10,8 2,6 0 0
45S5 46,1 24,4 26,9 0 2,6 0 0
#1(S63.5P6) 65,7 15,0 15,5 0 2,6 0,4 0,6
#9(S53P4) 53,9 22,6 21,8 0 1,7 0 0
#10(S45P7) 46,6 24,1 24,4 0 3,0 1,8 0
52S4.6 52,1 21,5 23,8 0 2,6 - -
55S4.3 55,1 20,1 22,2 0 2,6 - -
60S3.8 60,1 17,7 19,6 0 2,6 - -
42SF 42,1 26,3 17,4 11,60 2,6 - -
46SF 46,1 24,4 16,14 10,76 2,6 - -
49SG 49,1 23,0 15,18 10,12 2,6 - -
52SF 52,1 21,5 14,28 9,52 2,6 - -
55SF 55,1 20,1 13,32 8,88 2,6 - -
60SF 60,1 17,7 11,76 7,84 2,6 - -
49S(gg) 50,0 0 46,0 0 4,0 - -
54S(gg) 55,0 0 41,0 0 4,0 - -
58S(gg) 60,0 0 36,0 0 4,0 - -
63S(gg) 65,0 0 31,0 0 4,0 - -
68S(gg) 70,0 0 26,0 0 4,0 - -
72S(gg) 75,0 0 21,0 0 4,0 - -
77S(gg) 80,0 0 16,0 0 4,0 - -
86S(gg) 90,0 0 6,0 0 4,0 - -
(gg) = gel-glass (LI et al., 1991)
Hench também forneceu um novo entendimento sobre o comportamento
fundamental de materiais bioativos implantados. Ele definiu duas classes de
materiais bioativos (A e B) caracterizados pela taxa de regeneração óssea e pelo
reparo. Os materiais Classe A são aqueles que levam tanto à osteocondução
(crescimento de osso sobre a interface osso-implante) como à osteoprodução como
um resultado das rápidas reações na superfície do implante (WILSON e LOW, 1992;
HENCH e WEST, 1996). A bioatividade Classe B se verifica quando somente a
osteocondução ocorre (OONISHI et al., 1999).
A principal vantagem dos vidros bioativos consiste na sua alta taxa de reação
com a superfície, que leva à rápida união com o osso. As principais desvantagens
são a fragilidade mecânica e a baixa resistência à fratura, devido à rede
bidimensional amorfa do vidro (HENCH e ANDERSSON, 1993).