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demonstraram que o exame clínico foi o melhor método não invasivo para estimativa do
tamanho do tumor residual, com coeficiente de correlação (r) com a medida anátomo-
patológica de 0,726 (p < 0,0001), enquanto a ultra-sonografia e a mamografia apresentaram r =
0,600 (p < 0,0001) e r = 0,649 (p < 0,0169), respectivamente. No entanto, o ultra-som
mostrou-se o mais acurado método para avaliação do tamanho dos linfonodos axilares, com r =
0,514 (p = 0,0001). A mamografia apresentou r = 0,430 (P = 0,4251) e o exame clínico, r =
0,318 (p = 0,003), na determinação do tamanho do linfonodo axilar.
TRESSERRA et al. (1999) compararam retrospectivamente as medidas obtidas por ultra-
sonografia de 174 tumores malignos de mama com as medidas anátomo-patológicas,
considerando o maior diâmetro aferido por cada método para análise por coeficiente de
correlação de Spearman. Coeficientes entre 0,70 e 0,90 foram indicativos de boa correlação.
Outros parâmetros tumorais, como tipo histológico, número de lesões e presença de
componente intraductal extenso (25% ou mais do tumor), também foram avaliados e
correlacionados ao tamanho tumoral. Considerando todas as lesões, independente de outros
fatores, houve significativa correlação entre o tamanho tumoral obtido por ultra-som e o
tamanho anátomo-patológico (n = 174, r = 0,72, p < 0,001). A correlação foi maior para as
lesões menores que 20 mm (n = 104, r = 0,54, p < 0,001) do que para as maiores que 20 mm (n
= 70, r = 0,41, p < 0,001). A correlação entre as duas medidas também foi mais significativa
para os carcinomas invasores do tipo ductal e lobular (n = 150, r = 0,69, p < 0,001 e n = 17, r =
0,80, p < 0,001, respectivamente) do que para os outros tipos histológicos, apesar do número
pequeno de casos de outros tipos para adequada determinação da correlação. A correlação foi
maior entre as lesões únicas (n = 143, r = 0,71, p < 0,001), do que entre as múltiplas (n = 31, r
= 0,68, p < 0,001). As lesões sem componente intraductal extenso apresentaram forte
correlação entre as medidas ecográfica e anátomo-patológica (n = 132, r = 0,74, p < 0,001),