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renúncia a incompreensão de algumas pessoas que, mesmo tendo a obrigação de atuarem
como integrantes da diretoria, preferiam criticá-lo e não agir na busca do bem comum. Por
isso, ressentiu-se e renunciou, tendo o vice-presidente, Severino Vitalino, assumido o restante
do mandato. Ele conta, e é comprovado, que nesse período dos seus mandatos, havia uma
movimentação muito grande na Associação: venda de artesanato dos sócios, venda de
insumos (tintas, querosene, piche, arame...) e material para embalagem (jornal, caixas,
barbante...) e atendimento aos associados e visitantes. Também ficou por sua responsabilidade
a administração das obras do FUNDEC (Fundo de Desenvolvimento Comunitário), realizando
as compras de materiais para construção, listas de pagamento dos trabalhadores, fiscalização
das obras etc. Era o elo entre o Banco do Brasil, detentor dos recursos, e a comunidade,
recebendo um salário pelo empenho. O Banco do Brasil não aceitou a renúncia, propondo que
ele continuasse na função de administrador das obras, o que foi seguido. Quanto à ABMAM,
a direção foi assumida por Severino Vitalino.
Quando o dinheiro do FUNDEC esgotou-se, procurou o prefeito José Queiroz de
Lima, juntamente com o vereador José Ailton, e conseguiu que a Prefeitura concluísse as
obras. Foram realizadas: construção de um centro social, de quadra de esportes, de campo de
futebol, de posto policial, de posto de saúde, de calçamento etc.
Em 1996, trabalhou num posto de combustíveis como frentista, mas só durante uma
semana. No mesmo ano, através de amizade com o vereador Lula Torres, conseguiu um
emprego, através de empresa terceirizada, na COMPESA, indo trabalhar na estação elevatória
de água do açude Taquara, ficando por lá um ano e três meses, quando foi transferido para a
estação de tratamento de água no Alto do Moura, em novembro de 1997, onde ainda trabalha.
Quando houve o impeachment do presidente da ABMAM, Heráclito Nogueira, por
abandono das atividades de dirigente, Severino Barbosa foi escolhido para terminar o tempo
de mandato, sendo a terceira vez que assumia a presidência da Associação. Paralelamente à
COMPESA, continua fazendo seus bonecos de barro. Através de escolha por votos, assumiu a
ABMAM nos períodos agosto/2003 a agosto/2005, e agosto/2005 a novembro de 2006,
quando novamente renunciou porque diretores reclamaram que a “associação estava parada e
ele não se interessava pela comunidade”, o que, segundo ele, não era verdade. Diz que se
aborreceu com as críticas por parte de pessoas que nada faziam para ajudar; somente
reclamavam.
Em 25 de fevereiro de 2001, falece a esposa Nicinha, vitimada de aneurisma cerebral.
Aponta como realizações suas, durante as cinco gestões, reconhecendo que outras
pessoas também contribuíram: