diversas, encarando-as todas num bom terreno revolucionário, não certamente 
ignorando seus caracteres específicos e objetivos. 
Vamos, sem mais delonga, à sua tática. Para me exprimir com fórmulas abertas e não 
oficiais..., direi que esta me parece ainda, nas relações internacionais do partido, 
demasiado elástica e demasiado... bolchevique. Todo raciocínio com o qual você 
justifica a atitude favorável ao grupo Fischer, isto é, que você contava levar para a 
esquerda, ou se recusava a desvalorizá-lo diante dos olhos dos operários, não me 
convence e me parece que, pelos fatos, não tenha dado bons resultados. Em geral, penso 
que num primeiro plano hoje, mais que a organização e a manobra, se deve colocar um 
trabalho prejudicial de elaboração de uma ideologia política da esquerda internacional, 
baseada nas experiências eloqüentes atravessadas pelo Comintern. Estando muito 
atrasada neste ponto, qualquer iniciativa internacional fica difícil. 
Alinharei poucos apontamentos sobre a nossa posição com respeito às questões da 
esquerda russa. É sugestivo que tenhamos visto as coisas diversamente: você, que era 
muito desconfiado com relação a Trótski, chegou rapidamente ao programa de 
solidarização incondicional com a oposição russa, apoiando mais Trótski que Zinoviev 
(compartilho com esta preferência).  
Hoje, quando a oposição russa teve que "se submeter", você fala de uma declaração em 
que se deveria atacá-la por ter deixado cair a bandeira, coisa que eu não poderei estar de 
acordo em fazer enquanto prioritariamente nós não tivermos a crença de "fundirmo-nos" 
sob esta bandeira internacional defendida pela oposição russa 
.  
Zinoviev e Trótski são, acima de tudo, homens que têm muito senso de realidade, e 
compreenderam que é preciso ainda promover golpes sem passar à ofensiva aberta. Não 
estamos no momento da classificação definitiva, nem na situação externa, nem na 
interna.  
1. As posições da esquerda russa a respeito das diretrizes da política estatal do Partido 
Comunista russo são compartilhadas por nos. A orientação sustentada pela maioria do 
Comitê Central é por nós combatida como um encaminhamento à degeneração do 
partido russo e da ditadura proletária que conduz para fora do programa do marxismo 
revolucionário e do leninismo. No passado, não combatemos a política de Estado do 
Partido Comunista russo até quando esta permaneceu no terreno correspondente aos 
dois documentos do discurso de Lenine sobre o Imposto em Espécie e da relação de 
Trótski no IV Congresso mundial. Aceitamos as teses de Lenine no II Congresso. 
2. As posições da esquerda russa sobre a tática e a política do Comintern, exceto a 
questão das responsabilidades passadas de muitos de seus membros, são insuficientes. 
Elas não se aproximam do que havíamos dito desde o início da Internacional Comunista 
sobre as relações entre partidos e massas, entre tática e situação, entre partidos 
comunistas e outros partidos ditos operários sobre a avaliação da alternativa da política 
burguesa. Aproximam-se mais, mas não completamente da questão do método de 
trabalho da Internacional e da interpretação e funcionamento da disciplina interna e do 
fracionismo. São satisfatórias as posições de Trótski sobre a questão alemã de 23, como 
são satisfatórias suas ponderações sobre a presente situação mundial. Não se pode, no