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“cultura organizacional é o modelo de pressupostos básicos que
determinado grupo inventou, descobriu ou desenvolveu no processo de
aprendizagem para lidar com os problemas de adaptação externa e
integração interna. Uma vez os pressupostos tenham funcionado bem o
suficiente para serem considerados válidos, são ensinados aos demais
membros como a maneira correta para se perceber, pensar e sentir em
relação àqueles problemas.” (SCHEIN,2001:49)
Para esse autor, a cultura é a principal fonte de formação da identidade de
uma organização, e, por isso, é agarrada, profundamente, por todos os sujeitos
inseridos nesse contexto. Assim, o comportamento das pessoas está diretamente
relacionado com o que se valoriza em uma dada cultura, e a mudança se torna
difícil, devido ao possível “abandono” de regras, normas de conduta já enraizadas.
Baseado neste pensamento, ele considera a cultura como algo de propriedade de
um grupo, que vai se formando a partir das histórias compartilhadas. A partir dos
elementos da cultura organizacional é que estratégias, objetivos e diretrizes serão
determinadas e praticadas, indo muito além do “simples jeito de se fazer as coisas”
(Schein, 2001). Ainda, segundo ele, muito de uma cultura foge aos olhos, tornando-
se invisível de tal forma que mesmo os membros do grupo não sabem decifra-la,
pois, assim, tais elementos se tornam componentes inconscientes de
comportamentos, crenças, hábitos e valores.
Ainda em Schein (2001) a cultura é composta de três níveis.
O nível um é chamado de artefatos visíveis e refere-se ao nível mais fácil de
ser observado, sendo o que se vê, ouve e sente dentro da empresa. Como
exemplos, podem ser citados: a arquitetura da empresa, a sua decoração, o modo
de vestir de seus empregados, os horários, a freqüência e a duração das reuniões, o
nível de formalidade no relacionamento com autoridade, a forma de se tomarem
decisões, a comunicação interna, os eventos sociais, os jargões, os uniformes, os
símbolos de identidade, os ritos, as formas de resolução de conflitos, o equilíbrio
entre trabalho e vida familiar. Nesse nível Schein (2001) ressalta que, na verdade,
não se sabe o porquê do que se vê, se ouve e se percebe, não se consegue, assim,