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diferentes para cada região, evitando assim níveis séricos que possam gerar sinais
de toxicidade (GOULART et al., 2005, COVINO, 1996; SCOTT et al., 1992).
Devido à mínima ou nenhuma absorção, os ALs geralmente são ineficientes
quando aplicados em pele íntegra, sendo eficazes quando aplicados em pele
lesionada, mucosas e sobre a córnea (HEAVNER, 1996).
Sempre que não houver contra-indicações (circulação periférica, problemas
cardiovasculares graves), o uso do vasoconstritor deve ser utilizado. De maneira
geral, a adrenalina é utilizada nas mais variadas soluções, na concentração
1:200.000 ou 1:400.000, com o objetivo de reduzir a velocidade de absorção
vascular. Porém, existem relatos que níveis sanguíneos máximos de bupivacaína,
ropivacaína e etidocaína são minimamente influenciados pela adição de adrenalina
após a injeção no espaço epidural lombar. Porém, a velocidade de absorção diminui
muito quando estas soluções são empregadas no bloqueio do plexo braquial
(CARVALHO e MATHIAS, 1997; COVINO, 1996).
A maioria dos ALs possui uma atividade bifásica sobre os vasos sanguíneos,
com vasoconstrição em pequenas concentrações e vasodilatação em concentrações
maiores, utilizadas clinicamente. A ropivacaína possui um efeito vasoconstritor
quando usada em anestesia infiltrativa, o que permite sua formulação comercial sem
a adição de epinefrina (MCCLURE e RUBIN, 2005; NICHOLSON et al., 1999;
OLMEZ et al., 2004; MCCLURE, 1996).
Para aumentar a difusão dos anestésicos locais pelos tecidos, aumentando o
campo do bloqueio anestésico, a hialuronidase é frequentemente associada à
solução anestésica, principalmente em bloqueios oftálmicos (HEAVNER, 1996;
DEMPSY, et al., 1997; BOWMAN et al., 1997).