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Avaliação qualitativa do esmalte dental submetido à escovação
simulada: estudo pela microscopia eletrônica de varredura
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Programa de Mestrado em Odontologia
Avaliação qualitativa do esmalte dental submetido à escovação
simulada: estudo pela microscopia eletrônica de varredura
CHRISTIANE AMARAL ASPIN NUNES
Belo Horizonte
2008
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Christiane Amaral Aspin Nunes
Avaliação qualitativa do esmalte dental submetido à escovação
simulada: estudo pela microscopia eletrônica de varredura
Dissertação apresentada ao Programa
de Pós-graduação em Odontologia da
PUC-MG, como requisito parcial à
obtenção do título de Mestre em
Odontopediatria.
Orientadora: Prof. Dra. Cláudia V. S.
R. Penido
Belo Horizonte
2008
FICHA CATALOGRÁFICA
Elaborada pela Biblioteca da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Nunes, Chritiane Amaral Aspin
N972a Avaliação qualitativa do esmalte dental submetido à escovação simulada:
estudo pela microscopia eletrônica de varredura / Christiane Amaral Aspin
Nunes. Belo Horizonte, 2008.
50f. ; Il.
Orientadora: Cláudia Valéria de Sousa Resende Penido
Dissertação (Mestrado) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Programa de Pós-Graduação em Odontologia.
1. Cáries dentárias. 2. Escovação dentária. 3. Remineralização dentária. 4.
Microscopia eletrônica. I. Penido, Cláudia Valéria de Sousa Resende. II.
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Programa de Pós-Graduação
em Odontologia. III. Título.
CDU: 616.314-083
Dedico este trabalho a mulher que é e sempre será o meu
maior exemplo, minha amada mãe, que foi uma pessoa
possuidora da mais linda alma, a ela, agradeço o exemplo de
determinação, coragem, força, caráter, honestidade e
alegria.
As minhas amadas filhas, Júlia e Isabela, razões de minha
existência.
O meu amado marido, Eduardo Nunes, pelo amor e
cumplicidade, sempre presentes. Em todos os momentos,
você foi à presença, o apoio, o refúgio que tanto necessitei.
Você tornou real mais este sonho.
Dedico a vocês esta vitória com minha eterna gratidão
AGRADECIMENTOS
À Prof
a
. Dra Cláudia Valéria de Sousa Resende Penido, que deixou muito mais que
ensinamentos; sua dedicação, presteza e amizade permitiram a realização deste
trabalho. Muito obrigada pela paciência e disponibilidade.
Ao coordenador do curso de Mestrado da Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais Prof. Dr. Roberval pelo profissionalismo e dedicação.
Ao Prof. Luis Candido, Prof. Mário Sérgio, Prof. Alexandre e Prof
a
. Célia pela
experiência e convívio compartilhados.
Aos colegas de curso, Karla, Melissa, por proporcionarem momentos de
descontração e alegria, obrigada pelo apoio e amizade.
Ao CETEC, nas pessoas da Sra Rosa, Sr. Arlindo pela acolhida e empenho na
realização da Microscopia Eletrônica de Varredura
À equipe do laboratório de patologia, Reny, Prof. Martinho, Prof. Paulo, pela ajuda
na realização deste trabalho.
Aos funcionários da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Ao Pró-reitor de infra-estrututa da PUC Minas - Prof Rômulo Albertini Rigueira
Ao Coordenador do curso Eng. Mecânica e Mecatrônica: Tarcísio José de Almeida
Aos técnicos de projeto: Carlos Eduardo, Leandro, Vinícius , Pedro Kapler
À Colgate, pela cessão de parte do material necessário ao desenvolvimento do
trabalho
À Lenza Farm, pela presteza.
Agradeço a todos que de uma forma, direta ou indireta, contribuíram para este
trabalho.
Meus sinceros agradecimentos
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1: Dente circundado pelo tubo de PVC
......................................................... 25
FIGURA 2: Materiais utilizados.....................................................................................
25
FIGURA 3: Resina acrílica vertida no tubo de PVC......................................................
25
FIGURA 4: Espécime incluído em resina acrílica................................................ 25
FIGURA 5: Corpos de prova.........................................................................................
25
FIGURA 6: Máquina utilizada nos testes de escovação............................................. 28
FIGURA 7: Apresentação comercial do dentifrício e escova dental empregados...... 28
FIGURA 8: Injeção de solução (dentifrício + água deionizada) durante processo de
escovação ....................................................................................................................
28
FIGURA 9: Grupo Hig, critério 2, corpo de prova 2, 400x ......................................... 29
FIGURA 10:
Grupo Hig, critério 1, corpo de prova 8, 400x.......................................... 29
FIGURA 11:
Grupo Hig esc, critério 2, corpo de prova 6, 400x................................... 29
FIGURA 12:
Grupo Hig. esc, critério 2, corpo de prova 9, 400 x.................................. 29
FIGURA 13: Grupo Des esc, critério 4, corpo de prova 5, 400x...................................
30
FIGURA 14: Grupo Des esc, critério 4, corpo de prova 7, 400x...................................
30
FIGURA 15:
Grupo Re esc, critério 4corpo de prova 3, 400x.......................................
30
FIGURA 16: Grupo Re esc, critério 3, corpo de prova 3, 400x.....................................
30
LISTA DE TABELAS
TABELA 1: Distribuição das alterações encontradas nos grupos Hig e Hig esc... 31
TABELA 2: Teste Qui-Quadrado - grupos Hig e Hig esc ...................................... 32
TABELA 3: Distribuição das alterações encontradas nos grupos Hig, Des esc e
Re esc ................................................................................................................
33
TABELA 4: Teste Qui-Quadrado - grupos Hig, Des esc e Re esc ........................ 34
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1: Distribuição das alterações no esmalte nos grupos Hig e Hig esc... 31
GRÁFICO 2:
Distribuição das alterações no esmalte nos grupos Hig, Des esc e
Re esc....................................................................................................................
33
LISTA DE QUADROS
Descrição dos grupos.............................................................................................
22
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS
CETEC - Fundação Centro Tecnológico do Estado de Minas Gerais
cm - centímetro
g - gramas
ISO - International Organization Standardization
MEV – Microscopia Eletrônica de Varredura
M - molar
ml – mililitros
g/m
2
- gramas por metro quadrado
mM- micro molar
µm - micrometro
mm - milímetros
mm
2 -
milímetros quadrados
pH - potencial hidrogeniônico
n
o
- número
% - por cento
x - vezes
º C - graus celsius
marca registrada
mmol/L- micro molar por litro
g/m
2
- gramas por metro cúbico
H
o
- Hipótese nula
H
1
- Hipótese alternativa
RESUMO
O objetivo deste estudo foi avaliar, através de MEV, as alterações na estrutura da
superfície de esmalte de dentes humanos, submetidos a escovação simulada em
diferentes condições experimentais. Foram utilizados 40 pré-molares divididos em
04 grupos de 10 dentes: Hig (Dentes hígidos não escovados), Hig esc (Dentes
hígidos escovados), Des (Dentes desmineralizados escovados), Re (Dentes
remineralizados escovados). Nos grupos Des e Re foram simuladas lesões de cárie
pela imersão em solução de ácido acético glacial (50,0 ml) por 07 dias, em estufa
a
37
o
, com trocas diárias da solução. O grupo Re foi então imerso em solução
remineralizadora, pelo período de 28 dias, em estufa
a 37
o
, sendo feitas trocas
diárias da solução. Os grupos Hig Esc, Des e Re foram submetidos à escovação
simulada por 4 horas e 45 minutos. Todos os espécimes foram submetidos à
microscopia eletrônica de varredura. As imagens obtidas foram avaliadas
qualitativamente e classificadas com a utilização de escores: (1) Ausente: presença
de periquimácias, presença de linhas dispostas paralelamente, leve rugosidade e
poros; (2) leve: superfície aparentando uma sutil rugosidade e presença de
ranhuras; (3) moderada: áreas irregulares com depressões e com poros em maior
número e diâmetro; (4) severa: dissolução da superfície do esmalte, porosidades
irregulares e irregularidades profundas. Para análise estatística, foi empregado o
teste Qui-quadrado de Homogeneidade. Analisando os resultados obtidos, pode-se
verificar que não houve diferença significativa entre os grupos Hig e Hig esc,
diferenças entre os grupo Hig, Des e Re foram encontradas. O grupo Des
apresentou maior percentual de lesões severas e o grupo Re apresentou somente
lesões moderadas. Pode-se concluir que dentes hígidos submetidos ou não à
escovação simulada apresentaram diferenças na morfologia semelhante no esmalte,
observando-se que em ambos ou não ocorreram lesões ou essas foram leves.
Lesões severas foram encontradas em dentes desmineralizados. Dentes que foram
remineralizados apresentaram lesões moderadas.
Palavras chaves: cárie dentária, escovação dentária, remineralização dentária,
microscopia eletrônica.
ABSTRACT
The aim of this study was to evaluate, by means of SEM analysis, alterations in the
surface structure of human teeth enamel which were submitted to simulated brushing
under experimental conditions. Forty pre-molars divided into 04 groups of 10 teeth:
Hig (unbrushed teeth), Hig esc (brushed healthy teeth), Des (brushed demineralized
teeth), and Re (brushed remineralized teeth). In the DES and Re groups, carie
lesions were simulated by their immersion in glacial acetic acid (50.0 ml) for 07 days
in a sterilizer at 37
o
, with the solution changed daily. The Re group was then
immersed in a remineralizing solution for the period of 28 days in a sterilizer at 37
o
,
with the solution changed daily. The Hig Esc, Des, and Re groups underwent
brushing for 4 hours and 45 minutes. All specimens were submitted to a SEM
analysis. The images obtained were evaluated qualitatively and classified under the
following scoring: (1) Absent: the presence of perichemicals, presence of parallel
available lines, small wrinkles, and pores; (2) light: surface presents subtle wrinkles
and the presence of grooves; (3) moderate: irregular areas with depressions and with
pores in greater number and diameter; and (4) severe: dissolution of the enamel
surface, irregular porosity, and deep irregularities. For statistical analysis, the Chi-
squared test for homogeneity was used. Analyzing the results obtained, it could be
observed that no significant difference between the Hig and Hig Esc groups could be
found, whereas differences among the Hig, Des, and Re groups could be found. The
Des group presented a higher percentage of severe lesions, while the Re group
presented only moderate lesions. It can be concluded, therefore, that the
demineralized enamel presented greater wear and tear than did the healthy enamel.
In addition, demineralized teeth presented greater wear and tear than did re-
mineralized teeth.
Key words: dental caries, toothbrushing, tooth remineralization, microscopy electron.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................
15
2 REVISÃO DE LITERATURA....................................................................................... 17
3 PROPOSIÇÃO.............................................................................................................
21
4 MATERIAIS E MÉTODOS...........................................................................................
22
5 RESULTADOS.............................................................................................................
29
6 DISCUSSÃO 35
7 CONCLUSÃO...............................................................................................................
41
REFERÊNCIAS ..............................................................................................................
42
ANEXOS ........................................................................................................................
48
15
1 INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
A cárie dentária é uma doença multifatorial, com sua etiologia influenciada
pela ação de microorganismos presentes na placa dentária. Os microorganismos
apresentam essencial importância na patogênese da cárie, atuando como fator
primário, colonizando seletivamente o esmalte. Essa colonização é importante, que
determinará um metabolismo acidogênico ou acidúrico, que provocará perdas do tecido
mineralizado do dente. Ou seja, microorganismos acidogênicos produzem ácidos
orgânicos por meio do metabolismo de carboidratos. Esses ácidos, em contato com a
superfície do dente iniciam uma série de reações bioquímicas que envolvem perda de
íons minerais, resultando na dissolução da estrutura inorgânica do esmalte
(HOPPENBROUWERS; DRISSENS, 1988; CONSOLARO, 1996; THYSLSTRUP;
FEJERSKOV, 2001; ISSA et al.,2003).
O esmalte dentário clinicamente sadio apresenta aspecto vítreo resultante da
disposição dos cristais de hidroxiapatita e do cristal hidratado de fosfato de cálcio. A
estreita aproximação desses cristais confere a essa superfície consistência dura e
aspecto reluzente. Os espaços que separam um prisma do outro são preenchidos por
água e material orgânico. Forma-se, assim, uma delgada rede de vias potenciais de
difusão, microporos ou poros nos esmaltes. Caso haja diminuição dos cristais de
hidroxiapatita, os espaços cristalinos se alargarão, aumentando a porosidade do
esmalte, o que alterará as suas propriedades óticas (THYLSTRUP; FEJERSKOV,
2001).
Levando-se em conta o papel da placa dentária, no início e na progressão da
cárie, é reconhecida a relevância do controle mecânico na prevenção da doença. Esse
tem na escovação e na utilização do fio dental os seus principais métodos,
especialmente por se tratar de técnicas que podem ser utilizadas pelo próprio paciente.
(KWON; GUEDES-PINTO, 1995). Entretanto pode ocorrer desgaste na superfície do
dente durante sua execução, contrapondo-se à ão benéfica da escovação dentária
(NEVES et al., 2002).
As primeiras investigações e questionamentos em relação ao desgaste
dentário durante a escovação são atribuídos a Miller (1907) apud Wang, 2001, que
16
considerou os diversos fatores: tipo de escovas, abrasivos, técnica profilática; capazes
de produzir abrasão ou atrição, levando à exposição dentinária. O dentifrício utilizado
pode ser um dos fatores determinantes no processo de desgaste (HARRINGTON,
1982; HONÓRIO, 2006).
Vários autores (HARRIGTON et al., 1982; ANDRADE JÚNIOR et al., 1998;
ALMEIDA et al., 2007) utilizaram máquinas de simulação da escovação para o maior
entendimento da ação de procedimentos mecânicos de controle da placa dentária.
Métodos laboratoriais são capazes de produzir lesões de cárie artificial promovendo a
realização de trabalhos in vitro transponíveis para a prática, pois se torna possível uma
simulação das características estruturais do esmalte. (HONORIO et al., 2006;
ZANTNER et al., 2007). Dentre outros métodos, as alterações no esmalte ocorridas
após essas simulações foram avaliadas utilizando Microscopia eletrônica de varredura
MEV (MEURMAN; FRANK, 1991; THYLSTRUP; FEJERSKOV, 2001; KAUR;
VISHWANATH; JAYALASKSHMI, 2003). Por outro lado, no que diz respeito ao efeito
da escovação simulada sobre esmalte hígido, desmineralizado e remineralizado,
poucas informações quantitativas e qualitativas estão disponíveis. Portanto, o objetivo
deste estudo, in vitro, é verificar qualitativamente as alterações morfológicas que
ocorrem na superfície do esmalte dental, após escovação simulada, empregando a
técnica de microscopia eletrônica de varredura.
17
2 REVISÃO DE LITERATURA
REVISÃO DE LITERATURAREVISÃO DE LITERATURA
REVISÃO DE LITERATURA
A placa dentária desempenha importante papel na patogênese da cárie, e o
seu controle método efetivo para a sua prevenção. O controle mecânico da placa é a
medida preventiva mais amplamente utilizada, podendo ser realizado pelo paciente e
pelo profissional.
Entretanto, quando a escovação é inadequada, o número de defeitos no
esmalte pode aumentar como foi observado por Zachrisson e Zachrisson (1971), em
estudo no qual orientaram sobre higiene e dieta. Os autores verificaram que apesar do
uso regular do flúor houve o aumento do número desses defeitos.
Programas preventivos cujo objetivo é a remoção de placa, por meio da
escovação e do uso de fio dental, são frequentemente desenvolvidos (AXELSON;
LINDHE; WASEBY, 1976; HOLMEN, 1988), como o de Horowitz et al. (1980). Nele, 481
alunos, entre 10 a 13 anos, que foram avaliados inicialmente em relação ao índice de
inflamação, índice de cáries e índice de placa. Apesar de os bons resultados
encontrados, os autores observaram que havia desmotivação dos pacientes ao longo
do período de avaliação. Assim, a escovação dental, quando supervisionada e
motivada, tem mais possibilidades de ser realmente efetiva no controle da placa
dentária, como foi relatado por Sant’anna e Cruz (1987).
Tem ocorrido interesse crescente pela quantificação do tecido dentário
modificado pelos diferentes agentes profiláticos. Os primeiros estudos dataram de 1967,
quando Whitehurst, Stookey e Muhler escovaram mecanicamente dentes humanos
utilizando diferentes pastas, com o intuito de quantificar o desgaste, através da perda
de massa, verificando que ocorre maior desgaste quanto maior for a abrasividade das
pastas dentais.
Autores como Harte e Manly (1975), Davis e Winter (1976), Panzeri (1978),
Motta et al. (1998), Attin et al. (2000), Tursi (2001), Marta (2005), Neves et al. (2002),
Worschech et al. (2003), Ansejo-Martinez (2004), Góes (2005), Honório (2006) e
Almeida et al. (2007) estudaram o desgaste de dentes submetidos a teste de escovação
com diferentes dentifrícios e pastas profiláticas. Dentre os diferentes elementos
18
envolvidos nesse processo, Harte e Manly (1975) verificaram forte influência da escova,
dos abrasivos e das interações entre escovas com abrasivos e a relação de
concentração desses. Além disso, Kunert em 1992 verificou que a textura das cerdas
foi mais importante que os abrasivos utilizados, no que diz respeito à abrasão.
A ação do desgaste pelos abrasivos dos dentifrícios foi estudada por
diversos autores: Stookey e Muhler (1968), Zuninga e Caldwell (1969), Ashmore, Van
Abee e Wilson (1972), Redmalm e Rydén (1979), Bastos et al. (1985), De Gee, Harkel-
Hagenaar e Davidson (1985), Andrade Júnior et al. (1998), Motta et al. (1998) e
Tachibana, Braga e Sobral (2006). Devido aos resultados encontrados, Panzeri (1978)
sugeriu intercalar o uso de dentifrícios com e sem abrasivos na busca pelo equilíbrio
entre adequada higiene oral e mínimo de abrasão. Dentre os dentifrícios encontrados
no mercado, existem diferentes tipos de abrasivos e concentrações que levam à sua
classificação de acordo com os graus de abrasividade em baixa, média e alta. No
estudo de Andrade nior et al. (1998) verificou-se que os dentifrícios Colgate M.F.P.
com cálcio, Gessy
com flúor e Signal
com flúor apresentaram baixa abrasividade
(menor que 3,2 g/m
2
); Kolynos
com Bicarbonato de sódio, Colgate
com Bicarbonato
de sódio e Kolynos
super branco demonstraram abrasividade média (menor que 8
g/m
2
) e Close Up
com flúor, Colgate
antitártaro e Oral B
dentes e gengivas foram
classificados como dentifrícios de alta abrasividade (maior que 16 g/m
2
).
É importante entender o comportamento das lesões cariosas diante das mais
variadas situações clínicas. Diversos estudos foram desenvolvidos para simular
laboratorialmente o seu processo químico, levando-se em conta a formação e a
paralisação, o que corresponderia ao processo de remineralização. (MARGOLIS;
MORENO, 1985; MARGOLIS et al., 1999; SAITO, 2003). Para avaliar o efeito de
diferentes ácidos orgânicos na formação de lesões de cárie artificial, Featherstone e
Rogers (1981), Hoppenbrouwers e Drissens (1988), Gãnger et al. (1993), Amaechi,
Higham e Edgar (1998 e 1999), Zhang, Ken e Margolis (2000), Amaechi e Higham
(2001) utilizaram diferentes tipos de ácidos na superfície dental. O trabalho de
Featherstone e Rodgers (1981) concluiu que o ácido acético, quando comparado ao
ácido lático, produziu lesões cerca de 1,5 vezes mais rapidamente em um mesmo pH.
Amaechi, Highan e Edgar (1998) verificaram também a influência do tipo de solução
19
desmineralizadora na produção de lesões de cárie artificial. Dentes foram submetidos a
dois sistemas desmineralizadores: 1) gel de ácido lático, pH 4,4; 2) solução tampão de
acetato. Os resultados mostraram que houve maior perda mineral e maior profundidade
das lesões produzidas pelo sistema tampão de ácido acético, com diferença
estatisticamente significante.
Em 2003, Issa et al. investigaram a incidência de lesões de cárie artificial
subsuperficial no esmalte dentário decíduo e permanente in vitro. Compararam,
qualitativamente, o conteúdo mineral e a distribuição dessas lesões, avaliando a
possível influência do flúor sobre elas. Os dentes foram imersos em um gel de ácido
lático, na ausência ou na presença de flúor, durante sete dias. o foi encontrada
diferença significante entre o padrão da lesão do dente permanente e do decíduo, mas
essa foi significativamente menor nas amostras desmineralizadas na presença de flúor.
Silverstone et al. (1981) estudaram as composições de soluções para
remineralização in vitro de lesões naturais e artificiais de rie, concluindo que tanto as
lesões naturais e artificiais podem ser remineralizadas. Amaechi e Higham (2001)
utilizaram três agentes remineralizadores: saliva natural, saliva artificial e solução
remineralizadora (com a mesma composição da saliva artificial, mas sem metil-p-
hidroxibenzoato e sódio carboximetilcelulose), verificando que os três agentes
remineralizadores eram efetivos.
Levando-se em conta a importância da placa dentária, no início e na
progressão da cárie, e a reconhecida relevância que o controle mecânico tem na
prevenção dessa doença, vários trabalhos foram desenvolvidos, com o intuito de
quantificar o desgaste promovido por esse processo (AXELSON; LINDHE; WASEBY,
1976; ANDRADE JÚNIOR, 1998; Neves et al., 2002; ALMEIDA, 2007).
O condicionamento anterior da escova, saturando-a em água, na intenção de
minimizar modificações das cerdas foi recomendado por diversos autores (HEATH;
WILSON, 1976; HEFFERREN, 1976). No entanto, acredita-se que esse procedimento
seja desnecessário, uma vez que a força exercida na escovação se encarrega de
provocar algum grau de alteração, naturalmente encontrado na condição clínica. Foi
demonstrado o haver necessidade de troca de escovas se o número não ultrapassar
450.000 ciclos. (BUCHALLA, ATTIN, HELLWIG, 2000; GOES, 2005)
20
Clinicamente, a condição da escova exerce influência no desgaste do
esmalte dentário; Kunert (1992) ao avaliar a qualidade de escovas dentárias, obteve
resultados expressivos, encontrando grande variedade de formas de pontas ativas das
escovas, disparidade do número de cerdas por tufo na mesma escova, irregularidade
de nivelamento do grupo de cerdas de modo geral, diferentes planos de corte, com
diferentes alturas das cerdas e acabamento deficiente com farpas residuais. Essas
características exercem influência na escovação, interferindo na sua eficácia e
provavelmente produzindo diferentes alterações sobre esse esmalte.
Como mecanismo avaliador de alterações na sua estrutura do esmalte, a
Microscopia Eletrônica de Varredura foi utilizada em vários trabalhos (MEURMAN;
FRANK, 1991; ANDERSON; LEVINKIND; ELLIOT, 1998; THYLSTRUP; FEJERSKOV,
1998; HONÓRIO et al., 2006; ZANTNER et al., 2007). Alguns estudos avaliaram
qualitativamente as alterações ocorridas no esmalte dentário, como os de Bitter (1992),
Ben et al. (1995), Kaur, Vishwanath e Jayalaskshmi (2003) e Miranda et al.(2005).
21
3 PROPOSIÇÃO
PROPOSIÇÃO PROPOSIÇÃO
PROPOSIÇÃO
3.1 Geral
Avaliar qualitativamente o efeito da escovação simulada sobre esmalte hígido,
artificialmente desmineralizado e artificialmente remineralizado, com avaliações sobre a
utilização de MEV.
3.2 Específicos
1. Comparar a morfologia da superfície do esmalte de dentes hígidos
submetidos (Hig esc) ou não (Hig) à escovação simulada
Hipóteses:
H
0
: as proporções das respostas dos tipos de lesão (ausente, leve,
moderada e severa) são as mesmas para os grupos estudados.
H
1
: as proporções das respostas dos tipos de lesão (ausente, leve,
moderada e severa) são diferentes para os grupos estudados.
2. Comparar a morfologia da superfície do esmalte de dentes hígidos (Hig),
hígidos escovados (Hig esc) com dentes desmineralizados (Des esc) e
remineralizados (Re esc) submetidos à escovação simulada.
Hipóteses:
H
0
: as proporções das respostas dos tipos de lesão (ausente, leve,
moderada e severa) são as mesmas para os três grupos estudados (Hig
esc, Des esc e Re esc)
H
1
: as proporções das respostas dos tipos de lesão (ausente, leve,
moderada e severa) são diferentes para os grupos estudados (Hig esc, Des
esc e Re esc)
22
4 MATERIAIS E MÉTODOS
MATERIAIS E MÉTODOSMATERIAIS E MÉTODOS
MATERIAIS E MÉTODOS
Foram utilizados 40 pré-molares humanos com indicação de exodontia
devido a motivos ortodônticos, após aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa da
PUC Minas (Anexo A). Os critérios clínicos de inclusão dos dentes foram os seguintes:
faixa etária dos pacientes doadores: 12 a 18 anos de idade, ausência de trincas,
rachaduras ou manchas detectáveis na superfície vestibular dos dentes.
Os dentes foram armazenados em solução de soro fisiológico. Com objetivo
de remoção de possíveis sujidades e tártaro foi realizada profilaxia com ultra-som
1
. Os
dentes tiveram suas raízes seccionadas para facilitar a sua inclusão.
Os dentes foram divididos em 04 grupos com 10 espécimes cada (Quadro 1):
Grupo Aspecto do esmalte Escovação simulada
Hig Hígido ausente
Hig esc Hígido presente
Des esc Desmineralizado presente
Re esc Desmineralizado e remineralizado presente
Quadro 1: Descrição dos grupos
Os Grupos Des esc e Re esc foram submetidos ao processo de
desmineralização, de acordo com o protocolo abaixo:
1
Dabi Atlante, Ribeirão Preto, S. P., Brasil
23
Para desmineralização e formação de lesões da cárie artificial nos espécimes
dos grupos Des esc e Re esc foi utilizada solução de ácido acético glacial (50,0 ml),
sendo preparada da seguinte forma (FRAGA, 2005):
1- volume suficiente de solução em função do número de dentes,
satisfazendo a proporção de 2,0 ml para cada 1,0 mde área de esmalte, ou seja,
32,0 ml por espécime
2- Preparo de 1,0 litro da solução:
a) Foram transferidos 2,87 ml de ácido acético glacial (50,0mM), para um
becker
2
contendo aproximadamente 750,0ml de água deionizada;
b) 0,3023g de Ca(NO) 4H
2
O(1,28mM), 0,1021g de NaH
2
PO
4
H
2
O (0,74mM)
c) 0,3ml de fluoreto padrão Orion (100ppm) [0,03ppm];
d) Adequou-se o pH para 5,0 com NaOH, com auxílio de um pH-âmetro
3
,
equipamento que possui uma extremidade sensível às variações de pH que quando
imersa em diferentes soluções, acusa em uma unidade receptora seu potencial
hidrogeniônico;
e) Completou-se o volume para 1,0 litro em balão volumétrico
4
usando-se
água deionizada.
Após o preparo da solução desmineralizadora, cada um, dos 20 corpos de prova
foi imerso em 32 ml durante 07 dias a 37º em estufa
5
Os dentes foram previamente
fixados com uma gota de cera pegajosa no fundo de um recipiente de filme fotográfico
com a face vestibular voltada para cima, permitindo com que a desmineralização
ocorresse na face correta, em volume adequado de solução, uma vez que o recipiente
de filme comporta exatamente os 32 ml desejados. Após este período, os espécimes
foram removidos e abundantemente lavados em água deionizada, para novamente
serem armazenados em água deionizada.
2
Pyrex, USA
3
PM 608 Analion – São Paulo, S. P., Brasil
4
Pyrex, USA
5
Modelo 002CB- Fanem Ltda- São Paulo, S. P.,Brasil
24
Após o processo de produção de lesão de cárie artificial, os espécimes do
grupo Re esc foram imersos em solução remineralizadora, pelo período de 28 dias, em
estufa
a 37
o
, sendo feitas trocas diárias da solução. O pH foi monitorado durante este
tempo com pH-âmetro. (FRAGA, 2005).
Composição da saliva artificial, com potencial remineralizador:
cloreto de sódio.......................................... 0,674g
cloreto de potássio...................................... 0,960g
cloreto de magnésio hexahidratado............ 0,041g
cloreto de cálciodihidratado........................ 0,274g
metilparabeno.............................................. 1,500g
propilparabeno............................................. 0,200g
carboximetilcelulose..................................... 10,0g
sacarina.........................................................
1,0g
aroma de menta............................................ q.s.p
água destilada...............................................
1000 ml
Depois do período de imersão, os espécimes foram removidos e
abundantemente lavados em água deionizada.
Para a confecção dos corpos de prova as coroas dentárias foram colocadas
com a face vestibular apoiada sobre uma placa de cera utilidade (Figura 1). Cada dente
foi circundado por um tubo de PVC de 20 mm de diâmetro externo e 10 mm de altura,
envolvendo cada coroa. Dentro desse tubo foi vertida resina acrílica quimicamente
ativada
6
em sua fase fibrilar (Figura 2 e 3), até o total preenchimento do tubo (Figura 4).
Após a polimerização da resina, a cera utilidade foi removida para exposição da face
vestibular (Figura 5).
6
JET-Acrílico autopolimerízavel clássico- Artigos odontológicos Clássico Ltda. São Paulo, S. P., Brasil
25
Figura 1: Dente circundado pelo tubo de PVC
Figura 2: Materiais utilizados
Figura 3: Resina acrílica vertida no tubo de PVC
Figura 4: Espécime incluído em resina
Figura 5: Corpos de prova
26
Procedimento de escovação simulada
Para a realização dos testes de escovação simulada foi utilizada máquina
(Figura 6) projetada no Departamento de Engenharia Mecânica e Mecatrônica (PUC
Minas). Sua construção seguiu os parâmetros para que o protocolo exigido pela Norma
ISO/TR 14569-1 (2007) fossem seguidos.
A máquina para simulação de escovação é constituída por um motor com
caixa redutora e uma base, onde são fixados os corpos de prova. Acoplado a essa base
um sistema mecânico que movimenta dez braços nos quais foram fixadas 10
escovas dentais Colgate Extra-clean
7
(Figura 7 e 8), viabilizando simulação simultânea
da escovação em dez corpos de prova. Nos braços, pesos determinam a carga de
200g. O motor recebe correntes alternadas de 110 volts, que proporciona movimento
de vai e vem e amplitude de deslocamento de 3,2cm. A velocidade de escovação foi de
374 ciclos por minuto. Foi considerado como ciclo o movimento completo de vai e vem
da escova dental. Os corpos de prova foram submetidos a 100.000 ciclos, com as
escovas trocadas a cada 50.000 ciclos, totalizando o tempo aproximado de 4 horas e 45
minutos de escovação.
O creme dental Colgate Total 12
Clean Mint
8
(Figura 7) foi pesado e diluído
no interior de um becker com água deionizada, de acordo com a especificação da
ISO/TR 14569-1(2007), na proporção de 1:2, ou seja, para cada 50g do creme dental
foram utilizados 100g de água deionizada, em balança Sauter K1200
9
O preparo da
solução foi realizado imediatamente antes da sua utilização, com a finalidade de se
preservar suas características (HEFFERREN, 1976). Durante a escovação injetou-se
0,4 ml da solução, de dentifrício com água deionizada, a cada dois minutos. O pH da
solução foi testado com pHâmetro.
7
Colgate-Palmolive Co., Osasco, S.P., Brasil
8
Colgate-Palmolive Co., São Paulo, S.P., Brasil
9
Unique Iond. E Com. de Produtos Eletrônicos Ltda., São Paulo, S.P.,Brasil
27
Após o término da escovação todos os corpos de prova Hig esc, Des esc e Re esc
foram cuidadosamente removidos da base e imediatamente lavados em água corrente.
Em seguida, colocados em água destilada no interior do aparelho de vibração ultra-
sônica T, com objetivo de remover as partículas abrasivas do creme dental da
superfície das amostras testadas. Posteriormente os corpos de prova foram secos com
papel absorvente e armazenados individualmente em água deionizada. A temperatura
de armazenamento foi 37°C, de acordo com a especifi cação da ISO/TR 14569-1
(2007), com umidade absoluta de 100%.
Figura 6: Máquina utilizada nos testes de escovação
Figura 7: Apresentação comercial do dentifrício e
escova dental empregados
Figura 8: Injeção de solução (dentifrício + água deionizada)
durante processo de escovação
28
Microscopia Eletrônica de Varredura
Com finalidade de preparação para MEV, inicialmente os corpos de prova
foram mantidos em dessecador por 24 horas. Após este tempo, foram fixados em
plataforma metálica circular de 10 mm de diâmetro e 5 mm de altura, e levados ao
aparelho metalizador
10
sendo a superfície dentária metalizada com a espessura de
aproximadamente 20 a 30 nanômetros de ouro puro. Os corpos-de-prova foram então
levados ao MEV
11
com a imagem ampliada em 400 vezes para obtenção de
fotomicrografias da superfície de esmalte, com barra de calibração igual a 10µm.
As superfícies de esmalte foram analisadas individualmente. Depois dos
ajustes adequados do microscópio, o feixe de elétrons foi direcionado para superfície a
ser avaliada, transferindo a imagem para câmara visual. As imagens foram
selecionadas no aumento de (400x) e examinadas isoladamente por dois cirurgiões-
dentistas calibrados. As alterações morfológicas na superfície de esmalte classificadas
baseadas em trabalhos de Bitter (1992), Ben et al. (1995), Kaur, Vishwanath e
Jayalaskshmi (2003); e Miranda et al. (2005), de acordo com a classificação abaixo:
(1) Ausente: presença de periquimácias, presença de linhas dispostas
paralelamente, leve rugosidade e poros;
(2) Leve: superfície aparentando uma sutil rugosidade e presença de ranhuras;
(3) Moderada: áreas irregulares com depressões e com poros em maior número
e diâmetro;
(4) Severa: dissolução da superfície do esmalte, porosidades irregulares e
irregularidades profundas.
Os resultados foram então submetidos à análise estatística. A princípio, para que
se conhecessem os dados obtidos, foi realizada a análise descritiva. Posteriormente,
para verificar se os grupos se comportavam de maneira semelhante foi utilizado o teste
Qui-quadrado de Homogeneidade.
10
Fine Coat Ion Sputter JFC- 1.100 JEOL – Akishima, Tókio, Japão
11
OL JSM-T 330 A – Akishima, Tókio, Japão
29
5 RESULTADOS
RESULTADOS RESULTADOS
RESULTADOS
As figuras abaixo representam cada alteração morfológica da superfície do
esmalte.
Figura 9: Grupo Hig, critério 2, corpo de prova 2, 400x
Figura 10: Grupo Hig. critério 1, corpo de prova 8, 400x
Figura 11: Grupo Hig esc, critério 2, corpo de prova 6,
400x
Figura 12: Grupo Hig. esc, critério 2,
corpo de prova 9,
400 x
30
Figura 13: Grupo Des esc, critério 4, corpo de prova
5, 400x
Figura 14: Grupo Des esc, critério 4 corpo de prova
7, 400x
Figura 15: Grupo Re esc, critério 4, corpo de prova 3,
400x
Figura 16: Grupo Re esc, critério 3, corpo de prova
5, 400x
31
A análise estatística foi divida em duas etapas: comparação entre os grupos
Hig, Hig esc e comparação entre os grupos Hig esc, Des esc e Re esc.
Etapa 1: Comparação entre os grupos Hig e Hig esc
Como havia apenas um grupo com escovação ausente e para atender a
inicialmente a primeira
proposição, foi realizada a comparação entre os grupos Hig e Hig
esc, pois eles tinham a característica comum de ambos serem hígidos. Os resultados
estão descritos na tabela 1 e gráfico 1:
Tabela 1: Distribuição das alterações encontradas nos grupos Hig e Hig esc, em MEV
Hig Hig esc
Ausente
5 (50%) 6 (60%)
Leve
5 (50%) 4 (40%)
Total
10 (100%)
10 (100%)
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Hig Hig esc
Ausente Leve
Gráfico 1: Distribuição das alterações no esmalte nos grupos Hig e Hig esc
A tabela 1 e o gráfico 1 mostram que, no grupo Hig, 50% não apresentaram
lesão e 50% apresentaram lesão leve. No grupo Hig esc 60% dos dentes não
apresentaram lesão e 40% apresentaram lesão leve.
32
Após esta análise, foi utilizado o teste Qui-quadrado de Homogeneidade.
Essa análise testou a afirmativa de que os grupos apresentavam as mesmas
proporções de determinadas lesões.
Tabela 2: Teste Qui-Quadrado - grupos Hig e Hig esc
Estatística de Teste
Graus de
liberdade
P-valor
0,202 1 0,653
p<0,05
O teste apresentou probabilidade de 0,653 (χ
2
=0,202; g.l.=1), ou seja, a
hipótese nula não foi rejeitada.
Etapa 2: Comparação entre os grupos Hig esc, Des esc e Re esc
Como a presença ou ausência de escovação não apresentou diferenças
entre os grupos anteriormente testados nesta etapa (Hig e Hig esc), foram comparados
somente os grupos com a característica escovação presente.
A tabela 3 e gráfico 2 mostram as proporções dos grupos relacionados com
os tipos de lesão.
33
Tabela 3: Distribuição das alterações encontradas nos grupos Hig, Des esc e Re esc, em MEV
Hig esc Des esc Re esc
Ausente
6 (60%) 0% 0%
Leve 4 (40%) 0% 0%
Moderada
0% 1 (10%) 10 (100%)
Severa 0% 9 (90%) 0%
Total
10 (100%) 10 (100%) 10 (100%)
Gráfico 2: Distribuição das alterações no esmalte nos grupos Hig, Des esc e Re esc
Na tabela 3 e gráfico 2, verificou-se que o grupo Hig esc apresentou 60% dos
dentes sem lesão e 40% com lesão do tipo leve. O grupo Des esc apresentou 10% dos
dentes com lesão moderada e 90% com lesão do tipo severa. Por outro lado, o grupo
Re esc apresentou 100% dos dentes com lesão do tipo moderada.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Hig esc Des Re
Ausente Leve Moderada Severa
Des esc Re esc
34
Para verificar se os grupos se comportavam de maneira semelhante foi
utilizado o teste Qui-quadrado de Homogeneidade.
Tabela 4: Teste Qui-Quadrado - grupos Hig, Des esc e Re esc
Estatística de Teste Graus de
liberdade
P-valor
54,545 6 0,000
p<0,05
O teste apresentou probabilidade de 0,000 (χ
2
=54,545; g.l.=6), assim, a
hipótese nula de que os grupos apresentassem as mesmas proporções dos tipos de
lesão foi rejeitada. Portanto, houve diferença significativa entre os grupos.
35
6 DISCUSSÃO
DISCUSSÃO DISCUSSÃO
DISCUSSÃO
O benefício da escovação dentária é indiscutível, e a associação com
dentifrícios fluoretados um dos principais responsáveis pelo declínio do índice da cárie
no mundo. No entanto, essa ão benéfica pode ser acompanhada por inconvenientes,
como o desgaste provocado na superfície dental escovada (ASHMORE; VAN ABEE;
WILSON, 1972; HARTE; MANLY, 1975; AXELSON; LINDHE; WASEBY, 1976;
HARRINGTON, 1982; DE GEE; HARKEL-HAGENAAR; DAVIDSON, 1985), o que leva
à necessidade de se buscar o equilíbrio entre adequada limpeza e mínimo desgaste.
Whitehurst, Stookey e Muhler (1967), Harte e Manly (1975), Davis e Winter (1976),
Panzeri (1978), Kunert (1992), Motta et al.(1998), Marta ( 2005), Tachibana, Braga e
Sobral (2006) e Almeida et al. (2007) relacionaram a abrasividade com: escovas
dentais (tipos, marcas, consistência de cerdas); pastas dentais (marcas, diluição,
abrasivos) e mesmo a interação de ambas. O dentifrício utilizado nesta pesquisa foi o
Colgate Total 12
Clean Mint devido aos trabalhos de Bastos (1985) e Andrade Júnior
et al. (1998). Esses autores avaliaram o Colgate MFP
®
, que foi classificado como de
média abrasividade. De acordo com o fabricante, atualmente o nome comercial desse
dentifrício é Colgate Total 12
Clean Mint. O preparo da solução foi realizado
imediatamente antes de sua utilização, com a finalidade de preservar suas
características (HEFFERREN, 1976). Sua constante renovação permitiu que o material
não se sedimentasse, o que poderia provocar a precipitação dos abrasivos. Enquanto
Ashmore, Van Abee e Wilson em 1972 não verificaram a influência da renovação da
solução, o oposto foi verificado por Harte e Manly (1975) e Heat e Wilson (1976).
A formação de lesões artificiais de cárie tem sido largamente utilizada em
pesquisas laboratoriais para estudar o seu comportamento diante das inúmeras
possibilidades clínicas. As metodologias de desmineralização procuram simular
desafios cariogênicos semelhantes aos que ocorrem in vivo. (MARGOLIS; MORENO,
1985; HOPPENBROUWERS; DRIESSENS, 1988; AMAECHI; HIGHAM, EDGAR, 1998;
ANDERSON; LEVINKIND; ELLIOT, 1998; ISSA et al., 2003; HONÓRIO, 2006). As
soluções desmineralizadoras seguem um padrão, sendo normalmente utilizadas
soluções ácidas com a inclusão de cálcio, fosfato e flúor. (AMAECHI; HIGHAM;
36
EDGAR, 1998, ISSA et al., 2003). A lesão de cárie artificial deve apresentar a camada
superficial relativamente intacta e rica em mineral e a camada subsuperficial pobre em
conteúdo mineral, como ocorre com as lesões em dentes na cavidade bucal (AMAECHI;
HIGHAM; EDGAR, 1998; SAITO et al., 2003).
O tipo e a concentração do ácido determinam o grau de desmineralização e a
característica da lesão. Os ácidos mais utilizados são acético e lático
(FEATHERSTONE; RODGERS, 1981; AMAECHI; HIGHAM; EDGAR, 1998; GÃNGLER
et al., 1993; ANDERSON; LEVINKIND; ELLIOT, 1998). Optou-se neste estudo pela
utilização do ácido acético, devido às observações de Featherstone e Rodgers (1981),
Amaechi, Higham e Edgar (1998), Marta ( 2005) e Honório (2006) que afirmaram que
esse ácido apresenta maior contribuição à formação de lesões de cárie, além de ser
mais estável do que o ácido lático.
Em relação à exposição do dente à solução desmineralizadora, é consenso
que o grau de desmineralização do dente está diretamente relacionado ao tempo de
contato com a solução (AMAECHI; HIGHAM, EDGAR, 1998; 1999). Considerando que
o substrato utilizado foi esmalte humano, optou-se pelo tempo de 07 dias para a
produção de lesão de cárie artificial como Issa et al. em 2003. Outra constatação
observada na literatura a respeito de soluções formadoras de lesão de cárie artificial foi
que a velocidade de desmineralização é inversamente proporcional ao pH da solução
(MARTA, 2005; HONÓRIO, 2006). Neste trabalho, o pH utilizado foi 5.
Não existe, na literatura, nenhuma padronização sobre a quantidade de
solução necessária para a produção de lesão de cárie artificial. Issa et al (2003)
utilizaram 20 ml de solução para cada bloco de esmalte que media 3,0 mm x 4,0 mm;
Featherstone e Rodgers (1981) emergiram os espécimes em 40ml das inúmeras das
soluções testadas. Face aos diferentes valores encontrados na literatura e à
semelhança da metodologia deste trabalho com a de alguns autores (MARTA, 2005;
HONÓRIO, 2006) foram utilizados 32,0 ml de solução para cada bloco de esmalte
humano.
Define-se como saturação a dissolução do soluto no solvente, como o grau
de perda mineral é inversamente proporcional à saturação (MARGOLIS et al., 1999,
ZHANG; KENT JR; MARGOLIS, 2000), nesse trabalho adicionou-se cálcio à solução,
37
visto que esse mineral é importante para a saturação. O flúor foi adicionado por
funcionar como agente protetor da superfície, fundamental no processo de
desmineralização/remineralização que ocorre na estrutura dental (ISSA et al., 2003).
A solução desmineralizadora nesse trabalho foi mantida em estufa à
temperatura de 37º C, de acordo com a norma ISO/TR 14569-1. A importância do
monitoramento da temperatura no processo de desmineralização foi explicada por
Amaechi, Higham e Edgar (1998 e 1999), que demonstraram que a elevação térmica
proporciona melhor difusão de matéria química através do esmalte.
Diversas são as soluções remineralizadoras utilizadas como substitutas da
saliva natural (SILVERSTONE et al., 1981; AMAECHI; HIGHAM; EDGAR, 1999;
AMAECHI; HIGHAM, 2001; SAITO et al.; 2003). Amaechi e Higham, em 2001,
verificaram que saliva natural, assim como saliva artificial e solução remineralizadora
são efetivas no processo de remineralização. A diferença entre saliva artificial e a
chamada solução remineralizadora é que nesta última não há conservantes ou
espessantes. Foram utilizados neste trabalho 20 ml de saliva artificial pelo período de
28 dias, com trocas diárias para evitar saturação, sendo mantida também em estufa à
temperatura de 37º C (AMAECHI; HIGHAM; EDGAR, 1999; AMAECHI; HIGHAM,
2001).
A amplitude da excursão dos movimentos de escovação simulada varia, na
literatura, de 15 mm (ASHMORE; VAN ABBE; WILSON, 1972; HEATH; WILSON, 1976)
a 85 mm (REDMALM; RYDÉN, 1979). A influência entre o comprimento do movimento
da escova dental com o desgaste é explicada por Heath e Wilson (1976); os quais
utilizaram o comprimento de 45 mm, associado ao dentifrício, constatando que o
desgaste foi significantemente maior em relação ao comprimento de 15 mm. Por outro
lado, na ausência de dentifrício, o desgaste foi menor para o comprimento de 45 mm
em relação ao de 15 mm. Ainda em percursos de 15 mm, o desgaste foi igual sendo o
teste associado ou não ao dentifrício, isso porque excursões maiores fazem diminuir o
contato entre as cerdas e o espécime, e excursões menores desgastam os espécimes
por ruptura de partículas. A excursão dos movimentos de escovação, para o presente
estudo, foi ajustada em 20mm, por se tratar de amplitude próxima da condição oral
(HARRIGTON, 1982,TURSI, 2001; ALMEIDA, 2007, ANSEJO-MARTINEZ, 2004).
38
A carga aplicada sobre os espécimes durante a escovação também pode
exercer forte influência sobre o desgaste, e essa correlação constatada no trabalho
realizado por Whitehurst, Stookey e Muhler, em 1967. Os autores submeteram esmalte
e dentina ao teste de escovação simulada, com o aumento progressivo da carga
exercida pela escova, variando de 75 a 300 g, e obtiveram aumento progressivo do
desgaste para os dois substratos. Esses dados vêm ao encontro daqueles obtidos por
Heath e Wilson (1976), os quais sugerem que o aumento da carga de escovação leva à
maior perda de material, e que existe um limite de carga até o qual a escova irá exercer
a sua função adequadamente. O que se nota na literatura é uma margem grande do
valor de carga utilizada, variando de 75 g (WHITEHURST; STOOKEY; MUHLER, 1967),
200g (SULIEMAN et al., 2004, WORSCHECH et al., 2003) a 700 g (HEATH; WILSON,
1976). Tursi (2001) e Asenjo-Martinez (2004); utilizaram 200g, sendo esse último o
valor adotado para o presente estudo, uma vez que foram empregadas máquinas de
escovação semelhantes e de acordo com a norma ISO/TR 14569-1.
Buchalla, Attin e Hellwig (2000) avaliaram que 6.000 ciclos teriam a
equivalência de 1 a 2 meses de escovação in vivo. No presente trabalho, o esmalte
humano foi submetido a 100.000 ciclos de escovação simulada, equivalendo
aproximadamente a 02 anos de escovação.
A grande maioria dos trabalhos nesse segmento de pesquisa utilizou dentes
bovinos (AMAECHI; HIGHAM; EDGAR, 1998; ANDERSON; LEVINKIND; ELLIOT, 1998;
SAITO et al., 1999; ATTIN et al., 2000, NEKRASHEVYCH; STÖSSER, 2003). Estes
dentes apresentam grau de vulnerabilidade a lesões muito semelhante à do esmalte
humano, além da vantagem de serem obtidos em grande quantidade. Além disso,
possuem superfície extensa e plana, mas diferenciam-se do esmalte humano por ser
mais poroso. Devido a esta porosidade, neste trabalho foram utilizados dentes
humanos.
A opção pela análise qualitativa foi devido ao fato de terem sido utilizados
dentes humanos, porém a superfície convexa dos pré-molares inviabilizou a utilização
de rugosímetro, que permitiria a mensuração das alterações morfológicas, como as
realizadas nos trabalhos de Amaechi e Higham (2001), Marta (2005). que utilizaram
dentes bovinos.
39
As análises das fotomicrografias indicaram mudanças significantes na
morfologia da superfície nos grupos Des esc e Re esc (Tabela 3, Gráfico 2). Como na
literatura, houve maior desgaste da superfície de esmalte com lesões artificiais de cárie
do que do esmalte hígido quando submetidos à escovação (ZUNINGA; CALDWELL,
1969; HONÓRIO et al.,2006). Devido à desmineralização, o esmalte dentário se torna
mais poroso e, consequentemente, menos resistente (CONSOLARO, 1996).
O teste estatístico (Tabela 2) empregado para avaliar os grupos Hig (Figuras
9 e 10) e Hig esc (Figuras 11 e 12), demonstrou que não houve diferenças significantes
entre esses grupos. É importante observar que mesmo utilizando escova macia e creme
dental de média abrasividade, com ciclo de escovação relativamente extenso, nos dois
grupos foram encontradas alterações semelhantes. Em ambos o esmalte apresentou-se
relativamente liso com leves ranhuras. Estas pequenas alterações encontradas até
mesmo no grupo Hig podem ser explicadas pelo fato que os dentes empregados no
estudo foram pré-molares de pacientes na faixa etária entre 12 e 18 anos, não sendo
possível avaliar os métodos de escovação empregados pelos pacientes antes da
exodontia. O ideal seria utilizar dentes nunca submetidos à escovação e recém-
irrompidos. Tal homogeneidade é clinicamente impossível de ser alcançada, devido a
interferências individuais, tais como diferenças nos tipos de maturação e pós-maturação
do esmalte, dieta, qualidade das técnicas profiláticas, tipo de escova e dentifrício
usados. Como esta homogeneidade in vivo é difícil de ser conseguida, quando se
trabalha com dentes extraídos fica-se submetido a estas alterações que são de difícil
controle. Por outro lado, é importante trabalhar com dentes humanos para que se
conheça o comportamento destes frente a procedimentos rotineiros como a escovação
dentária.
Os resultados indicaram que houve mudanças na morfologia da superfície
nos grupos Hig esc, Des esc e Re esc (Tabela 4). No Grupo Hig esc (Figuras 11 e 12)
não foram verificadas grandes áreas de superfície afetada como no Grupo Des esc
(Figuras 13 e 14) ou Re esc (Figuras 15 e 16). Isto demonstra que a escovação
simulada foi determinante nas mudanças morfológicas da superfície.
Entre os grupos Des esc e Re esc as mudanças foram estatisticamente
significantes. Enquanto o grupo Des esc apresentou 90% de lesões severas, o grupo
40
Re esc apresentou 100% de lesões moderadas. Em relação ao grupo Re esc, pode-se
fazer, também, uma consideração: após o longo período de remineralização (28 dias)
ocorreu deposição de mineral suficiente para amenizar significativamente o padrão das
alterações na superfície do esmalte, o que não aconteceu no grupo Des esc.
Os resultados desta pesquisa indicaram haver influência da escovação na
morfologia da superfície do esmalte humano submetido ao desafio cariogênico e
conseqüentemente ao processo de desmineralização e remineralização. Com o
conhecimento das causas de desgaste na superfície dental, alguns fatores devem ser
levados em consideração quando se transporta esses dados obtidos para situações
clínicas. Como os principais itens no processo de higiene bucal são a escova e o
dentifrício, cirurgiões-dentistas devem conhecer as características desses, para que
possam indicá-los corretamente para cada caso específico, além de orientar o paciente
para executar uma correta escovação.
41
7 CONCLUSÃO
CONCLUSÃOCONCLUSÃO
CONCLUSÃO
Investigando-se qualitativamente a escovação simulada em dentes humanos
pela MEV concluiu-se que:
- Dentes hígidos submetidos ou não à escovação simulada apresentaram diferenças na
morfologia semelhante no esmalte, observando-se que em ambos ou não ocorreram
lesões ou essas foram leves.
- Lesões severas foram encontradas em dentes desmineralizados. Dentes que foram
remineralizados apresentaram lesões moderadas.
42
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REFERÊNCIASREFERÊNCIAS
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