CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
O homem, apesar de ser uma máquina perfeita conforme o ponto de vista de vários
filósofos e estudiosos que fizeram esta afirmação ao longo dos séculos possui várias e
graves limitações do ponto de vista das solicitações impostas pelo trânsito, pois sua
capacidade de julgamento nem sempre conduz à melhor saída, seus tempos de percepção e
reação são relativamente lentos e dependentes do estado físico e/ou psicológico, não possui
uniformidade nas reações, etc.
Por isso, e também por deficiências do veículo e das vias onde o tráfego flui e que
interagem junto ao meio ambiente, há a necessidade de se incorporar ‘dispositivos
compensadores destas limitações’ ao veículo.
A estes dispositivos convencionou-se chamar de segurança ativa, e são todos aqueles
equipamentos e/ou características de projeto que procuram ‘evitar’ a colisão e manter a
integridade física dos ocupantes dos veículos, como por exemplo: faróis, lanternas,
dispositivos reflexivos; freios (incluindo ABS), luzes de freio; espelhos retrovisores,
desembaçadores e limpadores de pára-brisa; suspensão, direção, rodas, pneus, etc.
Paralelamente, há a necessidade de se incorporar equipamentos e/ou características de
projeto para ‘reduzir’ e/ou ‘evitar’ lesões graves decorrentes de colisões, que compõem os
dispositivos de segurança passiva. Nesta linha pode-se citar os cintos de segurança
otimizados com ancoragem superior ajustável, fecho fixado ao banco, retrator com
travamento de emergência, três pontos para o banco traseiro central e pré-tensionadores
nos bancos dianteiros e os sistemas de air bag. Podem ser relacionados também os bancos
dianteiros, com efeito anti submarino, encosto de cabeça ativo em todos os bancos, painéis
internos almofadados e deformáveis, pedais de freio destacáveis, barra de proteção lateral
nas portas, volante e coluna de direção colapsáveis, travas de portas com destravamento
automático em casos de impactos e sistemas de segurança a crianças, célula de
sobrevivência otimizada, pára-brisa laminado, etc. A BMW e a Mercedes Benz iniciaram o
desenvolvimento e a Holdens, uma subsidiária da General Motors, está desenvolvendo
sistema de cortinas de air bags e bolsas para regiões específicas do corpo humano; locais
onde impactos podem gerar lesões mais graves (GM, 2005).