Download PDF
ads:
0
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
MESTRADO EM ODONTOLOGIA – REABILITAÇÃO ORAL
Edison Stecca
AVALIAÇÃO DO GRAU DE SATISFAÇÃO,
DA RETENÇÃO E DA ESTABILIDADE DE
PRÓTESES TOTAIS CONVENCIONAIS
Rio de Janeiro
2007
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
1
Edison Stecca
AVALIAÇÃO DO GRAU DE SATISFAÇÃO,
DA RETENÇÃO E DA ESTABILIDADE DE
PRÓTESES TOTAIS CONVENCIONAIS
Dissertação apresentada ao Curso de Pós-
Graduação Scritu Sensu da Faculdade de
Odontologia da Universidade Veiga de
Almeida, como requisito parcial para obtenção
do grau de Mestre. Área de concentração:
Reabilitação Oral.
Orientadores: Prof. Dr. Adriano Lia Mondelli
Profª Dra. Denise Fonseca Côrtes
Rio de Janeiro
2007
ads:
2
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
SISTEMA DE BIBLIOTECAS
Rua Ibituruna, 108 – Maracanã
20271-020 – Rio de Janeiro – RJ
Tel.: (21) 2574-8845 Fax.: (21) 2574-8891
FICHA CATALOGRÁFICA
Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Setorial Tijucal/UVA
S811a Stecca, Edison
Avaliação do grau de satisfação, da retenção e da
estabilidade de próteses totais convencionais / Edison
Stecca, 2007.
134p. ; 30 cm.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Veiga de
Almeida, Mestrado em Odontologia, Reabilitação
Oral, Rio de Janeiro, 2007.
Orientação: Adriano Lia Mondelli; Denise Fonseca
Côrtes
1. Prótese dentária completa. I. Mondelli, Adriano Lia
(orientador). II. Côrtes, Denise Fonseca (orientador). III.
Universidade Veiga de Almeida, Mestrado em Odontologia,
Reabilitação Oral. IV.
Título.
CDD – 617.692
3
EDISON STECCA
AVALIAÇÃO DO GRAU DE SATISFAÇÃO,
DA RETENÇÃO E DA ESTABILIDADE DE
PRÓTESES TOTAIS CONVENCIONAIS
Dissertação apresentada ao Curso de Pós-
Graduação Scritu Sensu da Faculdade de
Odontologia da Universidade Veiga de
Almeida, como requisito parcial para obtenção
do grau de Mestre. Área de concentração:
Reabilitação Oral.
Aprovada em ____ de ____________ de 2007
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________________________
Prof. Dr. João Galan Júnior
Universidade Veiga de Almeida
Rio de Janeiro – RJ
_____________________________________________________________
Prof. Dr. Eduardo José Veras Lourenço
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Rio de Janeiro – RJ
_____________________________________________________________
Prof. Dr. Sérgio Kahn
Universidade Veiga de Almeida
Rio de Janeiro – RJ
4
Dedico o presente estudo a todos que me
acompanharam nessa jornada acadêmica.
Aos meus familiares, que me apoiaram e
compreenderam todos os momentos em
que os privei de minha companhia, devido
aos compromissos acadêmicos. Em
especial à minha esposa “Kaká”, pelo
amor, compreensão e companheirismo.
5
AGRADECIMENTOS
A Deus, Onipresente e Onipotente, pelo dom da vida!
Gostaria de enfatizar aqui o meu agradecimento aos meus colegas de turma e
professores, pessoas influentes nessa jornada acadêmica.
Um agradecimento muito especial para meus orientadores Prof. ADRIANO
LIA MONDELLI e Dra. DENISE FOSECA CORTES, pelo empenho, dedicação, zelo,
pelas valiosas informações para concretizar o presente estudo e confiança em mim
depositada.
Também não poderia deixar de destacar os Profº
s
. CIRLEY MARIA DE LIMA
LESSA, FERNANDO HESPANHOL, ALBERTO GRIZINSCK e o TPD JOÃO PAULO
SUDRÉ, pela valiosa colaboração clínica, laboratorial e intelectual na elaboração
desta pesquisa. A todos vocês, expresso o meu agradecimento.
Agradeço também ao Prof. Dr. JOÃO GALAN JÚNIOR, Coordenador Geral do
Mestrado do CPGLS, pelo exemplo de profissionalismo e pelo grande apoio.
À Profª. Dra. FÁTIMA NAMEM, pelos ensinamentos repassados na área de
metodologia.
Ao meu filho Prof. LEANDRO STECCA, pelo grande apoio científico e na
formatação deste trabalho.
Aos pacientes voluntários pela confiança em mim depositada.
6
“Imago animi vultus – O rosto é o espelho
da alma”.
Cícero (106-43 a.C.)
7
RESUMO
O presente trabalho teve como objetivo de avaliar comparativamente Próteses
Totais Convencionais (PTC) antigas e PTC recém-instaladas analisando o grau de
satisfação, da retenção e da estabilidade. Doze pacientes voluntários, de ambos os
sexos e com idades variáveis entre 54 e 86 anos, que atenderam aos requisitos
necessários de inclusão, foram submetidos à anamnese para verificação do estado
geral de saúde na Clínica do Curso de Especialização do Pós-odonto SUPREMA, da
Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora/MG. Os pacientes
foram informados detalhadamente sobre a pesquisa e aceitaram em participar,
assinando o termo de consentimento livre e esclarecido. Após a confecção das
novas PTC, realizou-se a prova final para aferir a oclusão, fonação, estética,
conformação gengival e conforto das próteses, sendo corrigidas possíveis
deficiências que pudessem comprometer o perfeito funcionamento das mesmas.
Após os ajustes finais, os 12 pacientes receberam as respectivas PTC, passando a
utilizá-las. Foram feitas avaliações quinzenais para verificação de lesões mucosas
causadas pelo acrílico nas regiões de inserções musculares, bridas e frênulos,
oclusão, bem como da retenção e da estabilidade até a completa adaptação das
PTC. Após três meses, todos os pacientes foram submetidos a avaliações
individuais, utilizando dois tipos de instrumentos, sendo uma entrevista semi-
estruturada (auto-avaliação) e outra estruturada (psicológica e clínica) a fim de
mensurar se a satisfação afirmada na auto-avaliação pode ser comprovada com os
exames psicológicos e cínicos (a auto-estima, a retenção e a estabilidade). Nos
resultados verificou-se que com as novas PTC, 92% disseram que conseguiam se
alimentar bem, e apenas 8%, que não conseguiam. Quanto à estética, 100%
estavam satisfeitos com as novas PTC. Em relação ao conforto, 92% disseram estar
satisfeitos e 8%, que não. Sobre qual era a opinião dos familiares quanto à estética
da nova PTC todos (100%) responderam que os familiares ficaram satisfeitos.
Quanto às questões de auto-avaliação 83% disseram satisfeitos com a estética da
nova PTC e 17% mostraram-se indiferentes. Com respeito à satisfação com a
mastigação 58% disseram satisfeitos, 17% mostraram-se indiferentes e 17%
disseram insatisfeitos. Em relação à auto-avaliação com a retenção e a estabilidade
o resultado se repetiu com 58%, 17% e 17% respectivamente. Já com a qualidade
de vida, 67% disseram satisfeitos e 33%, indiferentes. Com relação à avaliação
clínica da estabilidade e da retenção da nova PTC, os resultados foram: 100% foi
considerada satisfatória na arcada superior; já com relação à inferior, 75% foi
considerada satisfatória, enquanto 25%, insatisfatória; a avaliação quanto aos
movimentos funcionais, motricidade oral labial, 100% foi considerada satisfatória;
também foi de 100%, a satisfação com a movimentação lingual bem como a
movimentação de bochechas. Este estudo comprovou que foi possível conseguir alto
grau de satisfação, retenção e estabilidade, nos pacientes reabilitados com a
instalação de novas Próteses Totais Convencionais, alterando de forma positiva a
atitude emocional dos pacientes com idades entre 54 e 86 anos.
Palavras-chave: Prótese Total Convencional; Grau de Satisfação; Retenção;
Estabilidade.
8
ABSTRACT
The objective of this paper was to comparatively assess old Conventional Total
Prosthesis (CTP) and CTP recently installed analyzing the level of satisfaction,
retention and stability. Twelve volunteers of both genders with ages from 54 to 86
years that fulfilled the requirements for inclusion were submitted to anamnesis in
order to verify the general state of health at the Clinic of the Course of Specialization
of SUPREMA Post-Dentistry from the Medical Sciences and Health Faculty of Juiz de
Fora /MG. The patients were informed about the research and consented to
participate signing the term of consent. After the fabrication of the new CTPs, there
was a final try in order to survey occlusion, phonation, esthetics, gingival confirmation
and comfort of the prosthesis. Possible failures that may have compromised the
perfect functioning of the prosthesis were corrected. After the final adjustments, the
twelve patients received the CTPs in use from there on. Semi-monthly assessments
were made to verify mucosal lesions caused by the acrylic in the region of muscular
insertion, brides and frenulum, occlusion as well as retention and stability until full
adaptation of the CTP was achieved. After three months, all patients were submitted
to individual assessments using two types of instruments: one a semi-structured
interview (self-assessment) and the other a structured one (psychological and
clinical) with the objective to measure if the affirmed satisfaction at self-assessment
could be proved through psychological and clinical exams (self-esteem, retention and
stability). The results demonstrated that with the new CTPs 92% affirmed having
eaten well and only 8% could not manage to. As to esthetics, 100% were satisfied
with their new CTPs. Regarding comfort, 92% were satisfied and 8% were not. When
questioned about their family’s opinion related to the esthetics of the new CTP, all
(100%) answered that their family members were satisfied. As to the self-assessment
questions, 83% were satisfied with the esthetics of their new CTPs and 17% showed
indifference. Concerning satisfaction at chewing, 58% were satisfied, 17% indifferent
and 17% unsatisfied. With relation to self-assessment on retention and stability, the
result was the same, 58%, 17% and 17%, respectively. Concerning quality of life,
67% were satisfied and 33% indifferent. Regarding clinical assessment of stability
and retention of the new CTP, the results were: 100% was considered satisfactory at
the superior arch, and as to the inferior arch, 75% was considered satisfactory while
25%, unsatisfactory; the assessment as to functional movement, labial buccal
motility, 100% was considered satisfactory; satisfaction was also of 100% with lingual
movement as well as cheek movement. This study proved that it is possible to
achieve a high level of satisfaction, retention and stability of rehabilitated patients
with Conventional Total Prosthesis changing the emotional attitude of patients
between 54 and 86 years of age in a positive way.
Keywords: Conventional Total Prosthesis; Level of Satisfaction; Retention; Stability.
9
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Ilustração demonstrando a ATM, a mandíbula e as linhas de
oclusão................................................................................................. 22
Figura 2 A Oclusão ideal (vista lateral).............................................................. 26
Figura 3 A oclusão estável e a instável............................................................. 27
Figura 4 A oclusão em arcada de curvatura regular.......................................... 28
Figura 5 Ilustração de Prótese total Convencional............................................ 35
Figura 6 6A, B e C – Prova das moldeiras de estoque...................................... 60
Figura 7 A: Obtenção dos modelos com os alívios obtidos através da lâmina
de silicone Clonage
®
; B: Moldeiras individuais confeccionadas com
acrílico incolor...................................................................................... 60
Figura 8 A e B – Fidelização dos detalhes com Godiva
em bastão................ 61
Figura 9 A e B – Fidelização dos detalhes com Godiva
em bastão................ 62
Figura 10 A e B – Fidelização dos detalhes com Godiva
em bastão................ 62
Figura 11 Desinfecção com Glutaraldeído 2%.................................................... 63
Figura 12 A e B – Chapa de prova com roldetes de cera 7................................. 63
Figura 13 A: Chapa de prova com roldetes de cera 7; B: Utilização da Régua
de Fox.................................................................................................. 63
Figura 14
A, B e C – Obtenção da DVO com o compasso de Willis
®
.................
64
Figura 15 Roldetes de cera 7 posicionados intra-oralmente............................... 64
Figura 16 Delimitação das linhas de referência nos roldetes de cera, utilizando
o instrumento Le Chron; A: Linha média; B: Altura do sorriso............ 65
Figura 17 Delimitação das linhas de referência nos roldetes de cera com fio
metálico 0,9”........................................................................................ 65
Figura 18
PTC montada em articulador semi-ajustável (Bio-Art
®
)......................
66
Figura 19
Dentes (Vitatriostat
®
) previamente selecionados................................
66
Figura 21 Prova clínica das PTC em cera........................................................... 67
Figura 22 A: Avaliação clínica quinzenal da nova PTC....................................... 68
Figura 23 Avaliação clínica quinzenal da nova PTC. A: Perfil; B: Frente............ 68
Figura 24 Quadro da associação da satisfação entre PTC antiga e nova PTC. 82
10
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 Conseguia/consegue se alimentar bem com a PTC....................... 71
Gráfico 2 Tinha/tem dificuldade em falar determinadas palavras com a
PTC.................................................................................................
72
Gráfico 3 Estava/está satisfeito com a estética da PTC................................. 73
Gráfico 4 Sentia/sente-se confortável com a PTC......................................... 74
Gráfico 5 A PTC estava/está em perfeito estado de conservação................ 74
Gráfico 6 Qual a opinião dos familiares quanto à estética da PTC................ 75
Gráfico 7 Auto-avaliação com relação às novas PTC.................................... 76
Gráfico 8 Há quanto tempo usa a PTC antiga................................................ 77
Gráfico 9 Qual o motivo da substituição da PTC antiga................................. 78
Gráfico 10 Avaliação clínica da retenção e estabilidade das novas PTC....... 79
Gráfico 11 Avaliação clínica dos movimentos funcionais das novas PTC em
relação à motricidade...................................................................... 79
11
LISTA DE ABREVIATURAS
ATM - Articulação Temporomandibular
DVR - Dimensão Vertical de Repouso
EFL - Espaço Funcional Livre
IA - Inclinação Axial
IBGE - Instituto Brasileito de Geografia e Estatística
LM - Linha Média
MI - Molar Inferior
MIC - Máxima Intercuspidação Cêntrica
MS - Molar Superior
ORC - Oclusão em Relação Centrica
PTC - Prótese Total Convencional
RC - RC Relação Cêntrica
12
SUMÁRIO
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE ABREVIATURAS
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 14
2 REVISÃO DE LITERATURA..............................................................................
2.1 FUNCIONALIDADE DA MASTIGAÇÃO E CICLO MASTIGATÓRIO............
2.1.1 Anatomia do Sistema Estomatognático...........................................
2.1.1.1 A oclusão e o ciclo mastigatório...............................................
2.1.2 Edentuslimo Total..............................................................................
2.1.3 Prótese Total Convencional (PTC)...................................................
2.1.3.1 A importância da mesa oclusal na confecção da PTC...........
2.1.3.2 Eficiência mastigatória na PTC................................................
2.2 IMPORTÂNCIA PSICOLÓGICA DOS PACIENTES FRENTE ÀS
PRÓTESES TOTAIS CONVENCIONAIS......................................................
19
19
19
24
30
34
42
45
48
3 OBJETIVOS........................................................................................................
2.1 OBJETIVO GERAL........................................................................................
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.........................................................................
55
55
55
4 HIPÓTESES........................................................................................................ 56
5 METODOLOGIA.................................................................................................
5.1 AMOSTRA.....................................................................................................
5.2 RELATO DE PESQUISA...............................................................................
5.2.1 Planejamento e Confecção das novas PTC.....................................
5.2.2 Uso das novas PTC............................................................................
5.2.2.1 Auto-avaliação..........................................................................
5.2.2.2 Avaliação Psicológica...............................................................
5.2.2.3 Avaliação Clínica......................................................................
58
58
59
59
67
69
69
70
6 RESULTADOS.................................................................................................... 71
7 DISCUSSÃO....................................................................................................... 82
8 CONCLUSÃO..................................................................................................... 91
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 93
ANEXOS................................................................................................................
ANEXO A – APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA.................
ANEXO B – TERMO DE ESCLARECIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO..........
101
102
103
13
1 INTRODUÇÃO
As próteses totais convencionais (PTC) são próteses com a função de
restabelecer o equilíbrio do sistema estomatognático, função mastigatória, fonética,
postura e estética em pacientes edêntulos totais. Durante a confecção das próteses,
as funções do sistema estomatognático devem ser restabelecidas levando em
consideração a fase da montagem e provas clínicas com dentes de estoque, as
características individuais de cada paciente como: sexo, raça, biotipo facial, padrão
maxilomandibular entre outros (BUGATI et al., 2004; PAULINO E PARDINI 2006;
QUELUZ e DOMETTI, 2000). As PTC desempenham papéis funcionais e estéticos
para os portadores, pois interferem na percepção que o paciente tem de si mesmo e
do mundo que o cerca (BUGATI et al., 2004).
Sabe-se que pacientes desprovidos de dentes tendem a perder o fator
proprioceptivo da mastigação, do arco reflexo que tem origem nos ligamentos
alvéolo-dentários. Quando, sobre os dentes naturais, incidem os esforços da
mastigação, estes buscam, de alguma maneira, se arranjar em seus respectivos
alvéolos ou mesmo modificando o posicionamento mandibular, até que todos os
elementos da mastigação consigam, acomodar-se à nova situação. Tal fato não
ocorre em indivíduos edêntulos totais, mas os esforços sobre as PTC podem tornar-
14
se danosos aos tecidos de suporte, se condições de equilíbrio oclusal não forem
adequadamente criadas na reabilitação oral (RIZZATTI-BARBOSA e DALLARI,
1996).
A completa substituição dos elementos dentários perdidos, quando realizada
com uma de PTC, tem por objetivo estabelecer a harmonia do sistema
estomatognático visando à saúde geral e o bem estar físico e emocional do paciente
(JOIA e RIZZATI-BARBOSA, 2005).
A capacidade de retenção e estabilidade da prótese total depende das
condições da área de suporte das bases óssea maxilares e mandibulares, áreas
chapeáveis, tanto no que refere ao estado do rebordo alveolar como do revestimento
fibromucoso e tecidos que a envolvem e, por outro lado, do aproveitamento dos
fenômenos físicos de adesão, coesão, tensão superficial e pressão atmosférica
(TURANO e TURANO, 2002).
Avaliar a função mastigatória é primordial para a obtenção de qualidade e
funcionalidade das próteses confeccionadas, uma vez que elas objetivam substituir
os elementos dentários ausentes, bem como restituir a função, a estética e a saúde
dos órgãos de mastigação (BORETTI, BIKEL e GEERING, 1995).
Os principais problemas apresentados por uma PTC são a falta de
estabilidade e retenção, a estética insatisfatória, a baixa eficiência mastigatória e
uma alterada Dimensão Vertical de Oclusão (DVO) (LANGER, MICHMAN e
SEIFERT, 1961; CARLSSON, OTTERLAND e WENNSTROM, 1967; OWALL, 1983;
LIEDBERG e OWALL, 1987; FENLON, SHERRIFF e WALTER, 2002).
Geralmente, os portadores de PTC se queixam de desconforto ao mastigar e
insegurança ao sorrir. Esta situação se agrava com o tempo, pois a PTC vai
perdendo retenção e estabilidade. Por isto, os pacientes muitas vezes padecem de
15
problemas estomacais, como mau hálito e boca seca, derivados da má digestão e de
outros possíveis problemas parafuncionais originados a partir de PTC indevidamente
confeccionadas, que não obedeceram aos relacionamentos funcionais da
articulação, com mesa oclusal mal balanceada e sem a posição da mandíbula em
Relação Cêntrica (RC) estabelecida (ETTINGER, 1998).
O sucesso na confecção de uma PTC está diretamente relacionado com sua
adaptação na área basal e respeito às estruturas anatômicas com ela envolvidas
direta e indiretamente. A área basal é a base protética onde se adapta a prótese
total, e compõe-se de osso alveolar, recoberta por membrana, mucosa e
submucosa. Faz-se necessário que o cirurgião-dentista seja sabedor das alterações
estruturais que ocorrem na cavidade bucal com a perda dos dentes para que possa
usar esse conhecimento a seu favor na confecção de PTC, de tal forma que haja
harmonia entre o aparelho protético e o sistema estomatognático que o comporta
(ASSUNÇÃO et al., 2004).
O tratamento protético e os resultados estéticos têm influência na fala e por
conseqüência na atitude emocional do paciente. Se descontentes com a aparência
dos dentes estes inibem os movimentos mandibulares, de lábio e língua no processo
da fala, na tentativa de disfarçar a prótese (CHIERICI e LAWSON, 1973).
Um dos maiores desafios na prática odontológica tem sido a obtenção de
sucesso com o paciente portador de PTC. O que se tem observado é que ainda não
há uma concordância total entre paciente e cirurgião-dentista quanto à adequação
de suas próteses. Freqüentemente os pacientes reclamam que suas próteses totais
não têm retenção, estabilidade, desconforto para mastigar e que os alimentos ficam
acumulados sob as próteses. O fato que mais parece ter impacto tanto no sucesso
quanto na falha de próteses totais é a estética (FREITAS et al., 2001).
16
Com o avanço da Odontologia estética, são inúmeros os recursos para
melhorar a naturalidade em prótese total. A caracterização das bases de resina
acrílica, além de promover melhor estética, assume importância fundamental no que
se refere ao aspecto psicológico dos pacientes que, sem sombra de dúvidas,
aceitam muito mais as PTC caracterizadas (TELLES, HOLLWEG e CASTELLUCCI,
2004).
Ao paciente portador de PTC recomenda-se procurar o cirurgião-dentista a
cada cinco anos para uma análise criteriosa e confecção de novas PTC, sempre
observando estética, harmonia facial, desgaste dos dentes, envelhecimento precoce,
falta de retenção, reabsorção óssea, dores em algumas áreas para indicação ou não
de uma nova prótese total (QUELUZ e DOMETTI, 2000).
A delimitação do problema propõe que, o usuário, há muitos anos, de PTC
tende a rejeitar inicialmente a PTC nova, mesmo que esta atenda a todas as
especificações técnicas de construção e possa ser considerada clinicamente estável,
pois a utilização de PTC antigas, em tal situação, leva a uma contínua e crescente
adaptação por parte do paciente durante o processo de mastigação e fala, ao ponto
dele não considerá-la instável mesmo que o seja.
Sua relevância pode ser demonstrada nos estudos sobre reabilitação oral,
com a utilização de próteses, traz inúmeros benefícios ao paciente edentado total.
Daí a importância de um bom planejamento e correta execução de uma PTC, pois o
sucesso garante a reabilitação funcional e social do paciente. A literatura comprova
que o maior beneficiado, o paciente, demonstra alto nível de satisfação com a
melhora do desempenho mastigatório e estético decorrentes da reabilitação com
Próteses. Os dentes também têm preponderância na identidade e na integridade
egóica das pessoas, e o paciente, quando busca recursos odontológicos para
17
substituição dos dentes perdidos está, também, demandando a reconstituição de
sua imagem pessoal e social. Um sorriso comprometido é causa de perda na
qualidade de vida das pessoas. Assim sendo, a importância da reconstrução
empreendida com a feitura de uma prótese total não pode ser negligenciada
(BRUNETTI, MONTENEGRO e MARCHINI, 2002).
Desta forma, este estudo objetivou avaliar o grau de satisfação psicológica, a
retenção, a estabilidade e o conforto dos pacientes usuários de PTC, submetidos à
reabilitação oral com novas PTC.
18
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 FUNCIONALIDADE DA MASTIGAÇÃO E CICLO MASTIGATÓRIO
2.1.1 Anatomia do Sistema Estomatognático
Wayler e Chauncey (1993) destacaram a diminuição da função mastigatória
nos quadros de deterioração da dentição e perda dos dentes. Ettinger (1998)
identificou que, na maioria das vezes, uma função mastigatória deficiente resultará
na preferência por uma dieta composta por alimentos mais macios e mais fáceis de
mastigar. O problema, segundo este autor, é que alimentos assim, além de
possuírem poucas fibras (função intestinal regular) comprometendo o estado
nutricional do paciente, pela carência de nutrientes neste tipo de alimentos.
Compagnoni et al. (2001) ilustraram a reposição dos elementos dentários
perdidos como essencial para o bem estar do paciente como um todo. Para um bom
funcionamento, os dentes devem estar em harmonia com os arcos dentários
19
superior e inferior, pois estão incessantemente submetidos a um sistema de forças
como os músculos mastigatórios, lábios, bochechas e língua.
Galtiesi (2001) enxergou grandes problemas na mudança da condição da
dentição natural para a de usuário de dentaduras. O primeiro deles é estabelecer a
correlação neuromuscular entre as próteses totais e as estruturas anatômicas da
cavidade bucal (em destaque as bochechas, os lábios e a língua) porque são
atuantes nos movimentos de mastigação e fala, bem como influenciam diretamente
na retenção e estabilidade das dentaduras. O autor destacou ainda que, mesmo
distúrbios pequenos nesta correlação podem acarretar diminuição adaptativa ou
mesmo impedi-la, provocando rejeição do paciente à prótese.
No entender de Paulino e Pardini (2006), uma Prótese Total Convencional
(PTC) tem que atender aos requisitos mastigatórios, fonético, estético e de conforto.
Alertam que mesmo quando corretamente confeccionadas possui eficiência
mastigatória de apenas 20% quando comparada à eficiência do arco dental natural.
Enfatizam ainda que, à perda das estruturas ósseas e gengivais, resultado da perda
dos dentes, pode impedir a estabilidade da prótese na boca do paciente.
Para Meyerowitz (1975), as causas de ineficiência das PTC são muitas.
Fatores iatrogênicos podem ser introduzidos pelo dentista no ato da confecção das
próteses, tais como, aumento ou diminuição da Dimensão Vertical de Oclusão
(DVO), registro incorreto da Relação Central (RC) e problemas fonéticos. Tudo isto
pode concorrer para o desenvolvimento de hábitos parafuncionais.
De acordo com Tamaki, Tanure e Tamaki (1990), as conseqüências mais
evidentes, de uma PTC confeccionada inadequadamente, são a perda da DVO, o
sulcamento da face, prováveis problemas na articulação temporomandibular (ATM),
grande perda da eficiência mastigatória provocando alteração na dieta. Procura por
20
alimentos de menor consistência de baixo valor protéico e um conseqüente
embotamento social.
O ciclo mastigatório que prepara a ingestão constitui-se em uma seqüência de
acontecimentos, desde a movimentação dos alimentos dentro da cavidade oral,
como a umectação com saliva, reduzindo e diminuindo o volume a fim de facilitar a
ingestão. Por isto a necessidade dos dentes, em bom estado ou em próteses bem
adaptadas, em uma perfeita oclusão. São os dentes os beneficiadores dos alimentos
preparando-os para a deglutição, após sua colocação na boca. Primeiramente os
alimentos serão cortados pelos incisivos (aqueles alimentos mais resistentes, como
as carnes, serão dilacerados pelos caninos), terminada esta fase segue-se a
trituração, que tem na ação dos pré-molares o trabalho facilitado com o molhamento
do bolo alimentar. Tem-se então a complementação desta função pelos, primeiro,
segundo e terceiros molares em uma atuação estilo pilão/cuia, auxiliados ainda pela
língua, bochechas e lábios na preparação final do bolo alimentar para a sua ingestão
e digestão (BRUNETTI, MANETTA e MONTENEGRO, 1998).
A articulação da fala deveria ter precedência ante a estética ou oclusão nas
reabilitações orais, uma vez que a comunicação das pessoas tem importância
fundamental na vida diária. Em geral, a produção da fala é subestimada nos
tratamentos restauradores uma vez que os componentes dinâmicos da articulação
são capazes de grande adaptação a uma série de condições (WHITMYER e
ESPOSITO, 1998).
Segundo Latarjet e Liard (1996), as funções de respiração, sucção,
deglutição, mastigação e fala, controladas pelo sistema nervoso, são geridas pelas
estruturas estáticas (passivas) ou dinâmicas (ativas), o Sistema Estomatognático. As
primeiras correspondem aos arcos osteodentários. Quanto às últimas correspondem
21
à unidade neuromuscular disparadora das estruturas estáticas. As duas em conjunto
possibilitam o funcionamento harmônico da face.
Figura 1 – Ilustração demonstrando a ATM, a mandíbula e as linhas de oclusão.
FONTE: Marchesan, 1993.
A maxila e a mandíbula se relacionam pela ATM que é uma das estruturas do
referido sistema. Para localizá-la, basta posicionar os dedos à frente dos ouvidos, já
na face, e ao exigir, da boca, os movimentos de abertura e fechamento, percebe-se
o trabalho de tais articulações. Ainda, segundo estes autores, os movimentos de
abertura, fechamento, didução, possíveis pela ATM permitem a mastigação dos
alimentos apenas com a integridade de tais duas articulações. A mandíbula, então,
precisa contê-las com anatomias iguais, constituídas por duas hemi-arcadas
simétricas, para que alcance a sua funcionalidade, movimentando-se igualmente em
ambos os lados.
Será através da flexibilidade destas articulações, conforme descreveram
Widmalm et al. (1995), que a mandíbula obtêm movimentos suaves, vertical e
horizontalmente, e assim possibilitar as funções descritas acima como a fala, o
22
bocejo e a mastigação, sendo os músculos mastigadores ligados à mandíbula os
responsáveis pelo controle dos movimentos e posições. Falar, mastigar, deglutir,
bocejar e ressonar exige que a ATM se movimente aproximadamente duas mil vezes
ao dia e, por isto, é considerada a mais usada articulação corporal. Também é a
mais complexa, entendida como uma articulação dupla, bilateral e ginglemo-articular
já que realiza sincronicamente os movimentos de rotação e translação.
Para Amad Neto (2004), a ATM poderá realizar movimentos mais simples ou
mais complexos. A Rotação, que é o movimento do côndilo interno da articulação e a
Translação, que traz a mandíbula ântero-posteriormente para baixo, são os mais
simples. Como os mais complexos têm-se o abaixamento e a elevação da
mandíbula, que se inicia com a rotação pura do côndilo, para depois continuar a
abertura de rotação e que ocorrerá juntamente com a translação, ou seja, a
depressão da mandíbula através dos pterigóides laterais auxiliados pelo digástrico.
Já na abertura da boca, os músculos gêniohióide e milohióide fazem ponto fixo no
osso hióide, que se mostra pouco, colaborando com o digástrico no abaixamento da
mandíbula. Na elevação tudo se inverte e os músculos responsáveis serão o
masseter, o pterigóide medial e temporal. A protrusão e a retrusão são outro
conjunto complexo de movimentos. A partir dos músculos elevadores os pterigóides
laterais realizam a protrusão da mandíbula. Em destaque o temporal, que
coadjuvante, permite manter a mandíbula elevada enquanto ela se desloca para
frente. Para o retorno, no movimento de retrusão, funcionam, efetivamente, o
digástrico e a porção posterior do temporal, com a assistência dos elevadores.
23
2.1.1.1 A oclusão e o ciclo mastigatório
Mas o que é oclusão? Para Petrelli (1992) trata-se de função mandibular
relacionada à aproximação dos dentes superiores e inferiores, já que o arco dental
superior é fixo. É, portanto, a movimentação da mandíbula, saindo do repouso, onde
tem espaço livre e passa pelo ponto de contato dos planos inclinados
multidirecionais das cúspides dos dentes. Numa oclusão normal, as pontas incisais
dos dentes superiores se fechariam contrariamente a superfície lingual do
antagonista maxilar, escondendo um terço da coroa da mandíbula.
Para Brunettti, Manetta e Montenegro (1998), o ciclo mastigatório que prepara
a ingestão constitui-se numa seqüência de acontecimentos, desde a movimentação
dos alimentos dentro da cavidade bucal, como a umectação com saliva, reduzindo e
diminuindo o volume a fim de facilitar a ingestão. Por isto a necessidade dos dentes,
em bom estado ou em próteses bem adaptadas, numa perfeita oclusão. São os
dentes os beneficiadores dos alimentos preparando-os para a deglutição, após sua
colocação na boca. Primeiramente os alimentos serão cortados pelos incisivos
(aqueles alimentos mais resistentes, como as carnes, serão dilacerados pelos
caninos), terminada esta fase segue-se a trituração, que tem na ação dos pré-
molares o trabalho facilitado com o molhamento do bolo alimentar. Teremos então a
complementação desta função pelos, primeiro, segundo e terceiros molares numa
atuação estilo pilão/cuia, auxiliados ainda pela língua, bochechas e lábios na
preparação final do bolo alimentar para a sua ingestão e digestão.
De acordo com Widmalm et al. (1995), para que o processo
trituração/maceração ocorra será preciso que os dentes estejam ativamente numa
24
boa oclusão. É por isto que eles possuem cúspides e fossas. As pontas, ou
cúspides, funcionam como pilão e as fossas, como cuias, onde as pontas das
cúspides se alojam. Assim o movimento múltiplo da mandíbula, nosso único osso
móvel da face, acaba passando inúmeras vezes por estas superfícies reduzindo o
bolo alimentar à uma forma semi-pastosa, que atacada pela acidez da saliva dispara
o processo digestivo.
Do ponto de vista de Atkinson e Shepherd (1997), somente uma oclusão
harmônica consegue obter um máximo de efeito mastigatório através de um mínimo
de esforço muscular. A proteção das estruturas periodontais é realizada pela relação
fisiológica e funcional cúspide-fossa ao orientar as forças mastigatórias próximas ao
longo eixo do dente. Numa oclusão ideal, todos os elementos integram-se, funcional
e harmonicamente, alcançando, portanto, a estabilidade ortopédica da relação
cêntrica num relacionamento equilibrado dos pontos oclusais para todos os molares.
Em Okeson (1992) é considerado como referência, para o estudo das
relações oclusais dos dentes, a posição dos primeiros molares superiores em
relação aos primeiros molares inferiores, chamada de chave de oclusão. De modo
que, na oclusão ideal, ou normoclusão (classe I de Angle), a cúspide mésio
vestibular do primeiro molar superior deverá ocluir no sulco mésio vestibular, ou face
vestibular, do primeiro molar Inferior, como pode ser visualizado na Figura 2 (página
29).
25
Figura 2 – A Oclusão ideal (vista lateral).
FONTE: Okeson, 1992.
Okeson ainda afirmou que a análise das relações dos caninos superiores e
inferiores na avaliação da oclusão é importante. Pode-se detectar a normoclusão, o
prognatismo maxilar e o prognatismo mandibular. Se o canino superior oclui entre o
canino inferior e o primeiro pré-molar inferior, temos a normoclusão (Classe I). Se o
canino superior oclui mesialmente o canino inferior, temos o prognatismo maxilar
(Classe II). Mas se o canino superior oclui distalmente o canino inferior, teremos o
prognatismo mandibular (Classe III).
Chega-se então ao conceito de mesa oclusal, que são as próprias superfícies
oclusais, ou seja, a porção oclusal dos dentes posteriores constituídos pelas
vertentes internas, triturantes, das cúspides vestibulares e lingual-palatinas (que
realizam o trabalho “pilão/cuia”). Para Okenson uma mesa oclusal normal e
fisiológica corresponderá a 1/3 do maior diâmetro vestíbulo-lingual de um dente
posterior.
26
No centro da mesa oclusal estão situadas as fossas centrais. São elas que
atuam como receptoras, das cúspides dos dentes antagonistas, na mastigação. As
cristas, ou rebordos marginais, são os limites mesiais e distais da mesa oclusal.
Na explicação de Santos (1996), o conjunto chamado cúspides de suporte é
formado pelas cúspides que, por sua vez, se articulam com as cristas marginais e
com as fossas. As cúspides de suporte são, portanto, as encarregadas da
manutenção da DVO e significam 50% do volume da superfície oclusal de um dente
posterior. Tais cúspides apresentam vertentes convexas que se articulam com as,
também, vertentes convexas de suas antagonistas, constituindo assim contatos
puntiformes de oclusão, fator contribuinte da eficiência mastigatória e da estabilidade
de oclusão (Figura 3). Cento e cinqüenta e seis é o total de pontos oclusais obtidos
pelos contatos dentários, resultando em 4mm
2
de área oclusal de mastigação.
Figura 3 – A oclusão estável e a instável.
FONTE: Okeson, 1992.
27
Ainda Okenson (1992) afirmou que o correto alinhamento (cúspide, fossa
inferior e superior) descreve a importância da mesa oclusal garantindo a estabilidade
da oclusão. Já as cúspides vestibulares dos pré-molares e molares inferiores são as
responsáveis pelo suporte da oclusão, em razão de sua adequada conformação.
Com vértices mais altos que as cúspides linguais, mais arredondadas, e pela
localização num eixo vertical que passa pelo ápice do dente. São, por isto, as
cúspides mais importantes para determinar a estabilidade da oclusão. Caso a arcada
tenha uma curvatura regular, os vértices das cúspides vestibulares Inferiores
deverão ocluir em máxima intercuspidação (MIC) no centro das mesas oclusais dos
dentes superiores posteriores (Figura 4).
Figura 4 – A oclusão em arcada de curvatura regular.
FONTE: Okeson, 1992.
28
As cúspides palatinas de pré-molares e molares devem ocluir na parte central
da superfície oclusal dos dentes inferiores antagonistas, caso a arcada tenha
curvatura normal em MIC. São três os tipos de contato que apresentam as cúspides
palatinas dos pré-molares: sem contato com fossa; contato na fossa distal dos
inferiores; contato com as cristas marginais dos pré-molares e primeiro molar
inferior.
Okenson (1992) destacou a relação oclusal dos pré-molares superiores como
responsável pela estabilidade. A DVO é mantida pelas cúspides de suporte inferior.
No que se refere à borda incisal dos incisivos e caninos inferiores a linha do rebordo
anterior deve ocluir nas faces palatinas dos superiores. Sua inclinação axial tende a
formar um ângulo mais ou menos reto, de 85 a 95º, em relação ao eixo transverso
de rotação da mandíbula. Com relação às curvas de compensação, se dividirão em
duas: uma ântero-posterior (Curva de Spee) e uma frontal “látero-lateral” (curva de
Wilson). Santos (1996) enfatizou que a constituição da curva oclusal se dá pela
combinação das curvas de Spee e de Wilson com a curva traçada pelas bordas
incisivas dos incisivos inferiores. Este conjunto possui aproximadamente 4” de raio,
de modo que todas as partes do sistema são interligadas e devem atuar numa
anatomia harmônica e funcional resultando em uma perfeita oclusão e num pleno
exercício da função mastigatória. O equilíbrio do sistema mastigatório somente é
alcançado com a dentadura, bem como a estabilidade dos arcos dentários somente
é obtida estando em harmonia com as articulações, músculos e estrutura óssea. Por
isto o correto estabelecimento da mesa oclusal é fundamental para um ajuste
perfeito e harmônico de todos os fatores da oclusão.
29
Cunha (2006) reforçou que tudo isso demonstra a necessidade de uma
adequada confecção, que também objetive um esquema oclusal balanceado,
aspecto fundamental para um funcionamento biomecânico otimizado das Próteses
Totais. Para tal, a influência do formato anatômico da Mesa Oclusal de Próteses
Totais é determinante.
2.1.2 Edentuslimo Total
O indivíduo edentado é um quadro resultante da perda sucessiva dos dentes,
a alteração mais significativa do sistema estomatognático principalmente na
população idosa do mundo civilizado. Tal quadro se caracteriza pela retração das
bochechas e dos lábios, queixo mais proeminente, nariz decaído e mordida
colapsada. Na perspectiva de Brodeur et al. (1993), o problema da perda
progressiva dos dentes, parcial ou totalmente, vai além das aparências, já que, aos
poucos, provoca conseqüências que alcançam todo o corpo humano, uma vez que a
boca é a porta de entrada de alimentos sólidos e líquidos. Deficiências na
capacidade de motricidade oral implicarão num comprometimento de todo o sistema
estomatognático, já que este sistema é o responsável pelo fornecimento nutricional
do corpo e assim influencia na saúde deste.
Wayler e Chauncey (1983) destacaram a diminuição da função mastigatória
nos quadros de deterioração da dentição e perda dos dentes. Ettinger (1998)
identificou que, na maioria das vezes, uma função mastigatória deficiente resultará
na preferência por uma dieta composta por alimentos mais macios e mais fáceis de
30
mastigar. O problema, segundo este autor, é que alimentos assim, além de
possuírem poucas fibras (função intestinal regular) acabam comprometendo o
estado nutricional do paciente, pela carência de nutrientes neste tipo de alimentos.
Os estudos de Montenegro et al. (2000) revelaram que edentados são
freqüentes na população idosa. Setenta e cinco por cento desta população possui
problemas alimentares e somente 17,5% ainda conseguiam mastigar carnes e frutas
consistentes. Reforçam também, a existência de diversos estudos que identificam a
faixa etária entre 35 e 54 anos, de idade, como crítica na perda dentária, estando tal
perda também relacionada aos fatores de degradação da qualidade de vida e de
saúde geral dos indivíduos da terceira idade.
Como destacou Magalhães (2006), no Brasil e no mundo, o aumento da
população idosa é fenômeno demográfico de fato. Era 204 milhões de idosos no
mundo todo em 1950. Cinqüenta anos depois, em 1998, esse número alcançou um
total de 579 milhões de pessoas, ou seja, quase 200% de aumento e praticamente 8
milhões de pessoas idosas ao ano. Concomitante ao aumento da vida média da
população e, mesmo, decorrente dela, a qualidade de vida passa a ser objetivo
preponderante. Sendo assim, a saúde bucal, torna-se cada dia mais necessária,
pois afeta, positiva ou negativamente, o bem-estar físico, mental e social dos
indivíduos.
Muito importante a perspectiva de Mercado e Falkner (1991). Para os autores
ocorrem muitas mudanças com os indivíduos durante o processo fisiológico do
envelhecimento e que, em geral, tomam forma de doenças degenerativas. As mais
freqüentes são as alterações na tonicidade dos músculos mastigatórios e faciais,
manifestações orais de doenças sistêmicas, diminuição da percepção sensorial e
motora das estruturas restantes da cavidade oral (em geral em desdentados),
31
alterações fisiológicas oriundas de reações emocionais pelo mutilamento oral e a
não aceitação da velhice.
Bataglion et al. (1999) confirmaram a versão de que a perda da capacidade
mastigatória influi diretamente na diminuição da qualidade de vida e de saúde geral
de idosos. Tal fato está intimamente ligado com a impossibilidade de ingestão de
bons nutrientes que, em geral, solicitam a presença de dentes em bom estado,
naturais sadios ou de próteses dentárias. Explicam que mesmo as próteses deverão
estar em boas condições de funcionamento já que isto significa qualidade no
dilaceramento e trituração dos alimentos e evita a mudança de hábitos alimentares.
Montenegro et al. (2006) acreditaram numa depauperação orgânica em
conseqüência do aumento dos problemas digestivos em virtude de inadequada
apresentação do bolo alimentar ao estômago. Longe de resolver, as mudanças que
buscam dietas mais pastosas e mais macias buscando suplantar tais problemas
bucais só tendem a piorar o quadro.
Para Borges (2006), logo aparecem as conseqüências da mudança dietética.
Dietas mais pastosas e macias se acumulam mais facilmente sob a superfície dos
dentes propiciando o aparecimento de problemas gengivo-periodontais, interferindo
também no tônus muscular da mastigação (por deixarem de ser exigidos
diariamente) com comprometimentos estéticos evidentes (sulcos pronunciados no
rosto) e funcionais (a reposição de dentes perdidos e ou a utilização de próteses mal
adaptadas, com dentes desgastados, levam à perda da Dimensão Vertical da Face,
causando problemas para o ciclo mastigatório, incluindo-se aí a ATM).
Brunetti et al. (1998) aliaram ao exposto acima outros fatores psicológicos, já
que a dificuldade em mastigar alguns alimentos causa constrangimentos, muitas
vezes, e pode implicar na emergência de distúrbios psico-sociais que afetarão
32
negativamente a qualidade de vida do edentado. Para estes autores, o edentado,
independente da idade, é um mutilado e por isto, sujeito a preconceito e segregação.
Assim, o edentado tende a se retrair socialmente e tal fato torna-se especialmente
danoso se o indivíduo já for idoso, faixa etária em que provavelmente já estará
liberado das funções profissionais, com mais tempo livre para o lazer. Com excesso
de tempo e, por outro lado, livre de responsabilidades, o edentado tende a se isolar,
contínua e crescentemente, tornando-se um mutilado social e, por isto, contrariando
as expectativas de alcance da terceira idade, que todos esperam ser a da sabedoria.
Alguns autores como Shimazakl et al. (2001), no Japão e Sheiham et al.
(2001), na Inglaterra, acentuaram que um dos principais critérios na identificação de
sucesso na terceira idade é a manutenção da dentição natural, o que acaba por
trazer benefícios biológicos e sociais. Calcula-se que ter em média 20 dentes
remanescentes, para os idosos, é garantia de melhor saúde geral e maior sobrevida.
Os pesquisadores realizaram estudos com um número significativo de idosos
envolvendo múltiplas metodologias tais como entrevistas, exames clínicos, análise
de amostras sangüíneas e de qualidade nutricional, conseguindo assim inserir a
odontologia, de forma inquestionável, no contexto da Geriatria Médica.
Analisando o Brasil, a questão se agrava. Mas, até mesmo em outras partes
do mundo, a população está envelhecendo rapidamente. A população acima de 60
anos compõe hoje o segmento populacional que mais tem crescido
proporcionalmente. Estima-se em um milhão de pessoas que a cada mês atinjam
esta faixa etária. As projeções atuais do IBGE indicam um total acima de 30 milhões
de indivíduos até o final de 2025. O problema é que, com o aumento da população
de idosos, a necessidade da reconstrução, funcional e estética, da motricidade oral
ganha contornos de saúde pública. Torna-se questão da maior relevância a questão
33
da saúde bucal do idoso principalmente pelo fato que é a parcela que mais sofre
com a perda total dos dentes.
2.1.3 Prótese Total Convencional (PTC)
Bugati et al. (2004) relataram que as PTC são aparelhos que buscam
devolver as funções de fala, mastigação e deglutição adequadas, reconstruir e
melhorar a estética do paciente com perda total dos dentes em um determinado arco
(superior ou inferior) ou mesmo em ambos.
Compagnoni et al. (2001) ilustraram a reposição dos elementos dentários
perdidos como essencial para o bem-estar do paciente como um todo. Para um bom
funcionamento, os dentes precisam estar em harmonia com os arcos dentários
superior e inferior, pois estão incessantemente submetidos a um sistema de forças
como os músculos mastigatórios, lábios, bochechas e língua. A ausência de um
dente provoca um lento movimento dos outros dentes na tentativa de realinhamento
e compensação do dente perdido, movimento nunca perfeito. A reposição precisa
ser realizada para recompor o sistema mastigatório, caso contrário espaços são
criados, desníveis acontecem e a mastigação e a estética são atingidos.
Boretti, Bickel e Geering (1995), são outros autores que defendem a
substituição dos dentes perdidos para alcançar assim uma função mastigatória
equilibrada e aceitável. Avaliar esta função é primordial para a obtenção de
qualidade e funcionalidade das próteses confeccionadas, uma vez que elas
34
objetivam substituir os elementos dentários ausentes, bem como restituir a função, a
estética e a saúde dos órgãos de mastigação.
Brunetti, Montenegro e Marchini (2002) explicaram que os aparelhos
protéticos podem ser fixos (prótese fixa, prótese adesiva) ou móveis (prótese parcial
removível, prótese total removível). Para os autores, existem situações ideais para
cada tipo de aparelho. Em geral, as próteses parciais removíveis são indicadas para
os casos de perda total ou de um grande número de dentes, mas, principalmente,
quando estão ausentes os últimos, os dentes posteriores. Já a prótese parcial fixa é
quase sempre a mais cara, mas isto não justificaria dizer que as próteses parciais
removíveis, ou totais removíveis, merecem menos atenção e menos cuidados em
sua construção.
Figura 5 – Ilustração de Prótese total Convencional.
FONTE: Brunetti, 2002.
Ainda segundo Brunetti, Montenegro e Marchini (2002), a confecção de uma
PTC é uma opção para a reposição dos dentes ausentes por elementos dentários
artificiais. Ressaltaram que tal reposição deve ocorrer da melhor maneira possível,
atendendo além da questão estética, a questão funcional, para uma motricidade oral
adequada. Por isto, sua construção deve buscar reproduzir a anatomia e função
perdidas, resgatando ao paciente a estética e a fonética, e que proporcione saúde e
35
conforto, bem como proteger as estruturas remanescentes e restabelecer o equilíbrio
estomatognático.
Um dos procedimentos mais antigos na Odontologia, a PTC resulta de uma
série de procedimentos que almejam recompor, numa perspectiva estético-funcional,
a perda de todos os dentes do arco e também reconstituir a área gengival ausente,
já que seu projeto prevê como suporte a mucosa remanescente (BRUNETTI,
MONTENEGRO e MARCHINI, 2002).
Galtiesi (2001) enxergou grandes problemas na mudança da condição da
dentição natural para a de usuário de dentaduras. O primeiro deles é estabelecer a
correlação neuromuscular entre as PTC e as estruturas anatômicas da cavidade
bucal (em destaque as bochechas, os lábios e a língua) porque são atuantes nos
movimentos de mastigação e fala, bem como influenciam diretamente na retenção e
estabilidade das dentaduras. O autor reforçou que mesmo distúrbios pequenos
nesta correlação podem acarretar diminuição adaptativa ou mesmo impedi-la,
provocando rejeição do paciente à prótese.
No entender de Paulino e Pardini (2006), uma PTC tem que atender aos
requisitos mastigatórios, fonético, estético e de conforto. Alertaram que mesmo
quando corretamente confeccionadas possui eficiência mastigatória de apenas 20%
quando comparada à eficiência do arco dental natural. Enfatizam ainda que, à perda
das estruturas ósseas e gengivais, resultado da perda dos dentes, pode impedir a
estabilidade da prótese na boca do paciente.
Cunha (2006) reforçou que tudo isso demonstra a necessidade de uma
adequada confecção, que também objetive um esquema oclusal balanceado,
aspecto fundamental para um funcionamento biomecânico otimizado das PTC. Para
tal, a influência do formato anatômico da mesa oclusal de PTC é determinante.
36
O planejamento da PTC deve conter, no entender de Paulino e Pardini (2006),
uma avaliação minuciosa das condições da cavidade oral, quanto aos aspectos dos
tecidos orais e peri-orais e das estruturas ósseas (maxila, mandíbula e articulação
temporomandibular), sendo que, as ponderações entre a especificidade do
diagnóstico e as condições de saúde geral do paciente poderão indicar a execução
da técnica radiográfica (intra-oral e extra-oral). De modo que, o conceito de
moldagem perfeita, na perspectiva protética, da boca desdentada para dentadura é
completamente diferente da moldagem perfeita de uma cavidade preparada para um
dente. A dificuldade é que na boca desdentada, a fibromucosa que reveste o tecido
de suporte altera-se durante a moldagem, sofrendo a ação do material. Modifica-se
também nos esforços mastigatórios. A variação vai ocorrer distintamente de acordo
com a região da boca. Entende-se como moldagem perfeita da boca desdentada
aquela que consegue reproduzir com fidelidade todos os acidentes anatômicos
aliando as modificações da fibromucosa no estado dinâmico. Já no caso da
moldagem perfeita para um dente a preocupação é de apenas reproduzir com
fidelidade e sem deformação, pois o dente além de sólido é indeformável sob a ação
do material de moldagem.
Pretendendo comparar a fidelidade dimensional dos modelos construídos
através da técnica convencional e de dupla moldagem com alginato, Pajuaba et al.
(2002), avaliam as técnicas de moldagem com alginato para PTC. Sendo assim,
confeccionaram um modelo mestre em acrílico autopolimerizável, que simulava uma
arcada superior edentada. Quatorze modelos de alginato foram obtidos com a
aplicação de ambas as técnicas: sete pela técnica convencional e sete pela dupla
moldagem. Vazaram-se os moldes imediatamente em gesso tipo IV, não havendo
qualquer tipo de armazenamento. A medição dos corpos de prova ocorreu com a
37
utilização de um paquímetro digital e os resultados submetidos à análise de
variância e ao método Tukey, quando não foi constatada diferença significativa entre
as duas técnicas empregadas. Pode-se concluir que a utilização da técnica de dupla
moldagem com alginato está bem indicada, com uma boa aceitação por parte dos
pacientes, com menos custo e com uma menor exigência de tempo clínico.
Uma fase de elevada importância é a realização de uma apurada anamnese
que deverá abranger a história médica e a história dental, pois nestes históricos o
paciente poderá discorrer sobre a evolução de sua perda dental, os motivos das
extrações dentais, hábitos parafuncionais, utilização anterior de aparelhos protéticos
(próteses removíveis ou totais) e o emprego de materiais e métodos de higiene
bucal. A solicitação da radiografia extrabucal panorâmica, em paciente edentado tem
sido indicada a fim de orientar o tipo de tratamento odontológico, conforme tem
constado na literatura científica (CUNHA, 2006).
Na construção de próteses mais adequadas é primordial a observância de
registros intra-orais. Por isto é importante determinar no paciente portador de PTC
os seguintes registros: Dimensão Vertical de Repouso (DVR); Dimensão Vertical de
Oclusão (DVO); Espaço Funcional Livre (EFL); Oclusão em Relação Cêntrica (ORC);
Linha Média (LM); Linhas do sorriso alta e baixa; Linha dos caninos (CUNHA, 2006).
A seguir, a seqüência clínica para a obtenção dos registros intra-orais,
segundo Dawson (1993), seguido pelos conceitos de cada um:
a) DVO, DVR e EFL: Inicia-se com a dimensão vertical intra-oral. Tal registro
é resultado de duas situações, sendo comum dizer que são duas as distâncias
verticais, uma em repouso e outra, a de oclusão. Entre elas temos o espaço
funcional livre (EFL) ou espaço Interoclusal. Para a obtenção da DVO, deveremos
sempre iniciar obtendo a DVR. Com tal medida em mãos, diminuiremos 2,0 mm, que
38
é a média recomendada e que corresponda a EPL e assim conquistamos a DVO
(DAWSON, 1993);
b) RC: A posição de RC tem sido chamada de RC ou relação central de
oclusão. É uma referência básica para o relacionamento intermaxilar em
procedimentos odontológicos e ortodônticos que envolvam o equilíbrio oclusal,
estando em relação direta à posição dos côndilos na cavidade articular. De acordo
com o Glossário de Termos Protéticos de 1987, RC é um “relacionamento
maxilomandibular no qual os côndilos se articulam com a porção avascular mais fina
de seus respectivos discos, com o complexo na posição ântero-posterior, contra as
rampas das eminências articulares” (DAWSON, 1993);
Para Conti et al. (2003), o conceito de RC foi introduzido com o intuito de
determinar uma posição maxilomandibular reproduzível em pacientes desdentados
ou portadores de oclusão instável. A RC é uma posição de referência na odontologia
e na produção de próteses. Porém, apesar de referencial, existe muita divergência
de opiniões sobre seu conceito e sobre sua reprodutibilidade.
Segundo Bastos (2004); Mcneil (1985) e Solberg e Clark (1980), uma
definição operacional da RC seria aquela baseada na técnica de determinação de
um eixo de rotação dos côndilos, quer dizer, na busca do eixo bordejante ou eixo
terminal de rotação. Tal eixo, transverso, é um eixo imaginário e comunica os
centros de rotação de um côndilo ao outro. Apesar de ser uma posição de contato
retruído, não deve ser confundida com a posição mais retruída dos côndilos, que
não é considerada uma posição fisiológica. É uma posição que independe dos
contatos dentais, mas é clinicamente identificável quando a mandíbula é posta em
posição superior e anterior e restrita a um movimento rotacional puro em um eixo
transverso horizontal. Tal posição é reproduzível, registrada como estável e utilizada
39
como referência quando montamos os modelos em articulador. Deste modo, após
estudos mais recentes, entende-se como RC, a posição de apoio côndilo-disco
anterior e superior na cavidade articular. Importante frisar que existem várias
técnicas para a manipulação da mandíbula e registro em RC, porém, nem todas
possuem adequada eficiência. Para uma boa reprodutibilidade da posição acima
depende do método selecionado e também da habilidade do operador, que deverá
estar bastante familiarizado com o método, de modo a obter as respostas mais
exatas possíveis;
c) linha média: Trata-se da linha determinada no rodete de cera. Para obtê-la
deve-se traçar uma linha perpendicular à linha bipupilar no sentido vertical, na região
do “V” do lábio superior (DAWSON, 1993);
d) linha do sorriso: É a linha horizontal traçada na altura que o lábio superior
ficar quando o paciente sorrir, identificando assim, a cervical dos dentes superiores
(DAWSON, 1993);
e) linha dos caninos: É a linha vertical, traçada na altura da comissura labial
ou na bissetriz do ângulo formado pelo sulco nasogeniano e asa do nariz. Tal marca
é o coincidente com a distal dos caninos e determina a largura dos dentes anteriores
(DAWSON, 1993).
Paulino e Pardini (1992) indicaram como técnica extra-oral a radiografia
panorâmica, já que em um único procedimento, obtêm-se imagens das regiões de
maxila, mandíbula, articulação temporomandibular e, de posse do laudo radiográfico,
pode-se solicitar um exame radiográfico complementar, aconselhado por ser mais
detalhado e específico daquelas regiões que necessitam de mais informações. Os
complementares podem ser exame radiográfico intrabucal (periapical ou oclusal) e
exame radiográfico extrabucal (radiografias laterais póstero-anteriores, axiais, atm).
40
As indicações para exame radiográfico complementar devem estar pautadas
na busca de outras informações que tragam benefícios ao paciente. Quando houver
ocorrências de achados radiográficos anormais, tais informações deverão constar
dos laudos radiográficos e do exame ortopantomográfico. Nunca é demais lembrar
que o exame radiográfico, antecedente a confecção da prótese total, poderá detectar
fragmentos de raiz, dente incluso, lesão óssea radiolúcida, lesão óssea radiopaca e
corpo estranho.
Já em 1959, Schweiger argumentava que a confecção de próteses para
pacientes da terceira idade necessitava de um reconhecimento das condições da
cavidade oral em pacientes edentados antes e durante a confecção da PTC,
destacando que este procedimento tenderia a reduzir sobremaneira o número de
fracassos. Este pesquisador apontou alguns tópicos a serem levados em
consideração, no caso de pacientes idosos: alteração dos tecidos moles e ósseos,
sensação anormal do paladar, mudança da distância interarcos, alteração da
eficiência do aparelho mastigatório, dores, alterações pós-menopausa. Para o autor,
o conhecimento aprofundado destes tópicos concorre para o sucesso na confecção
da prótese total.
2.1.3.1 A importância da mesa oclusal na confecção da PTC
Como observado por Ruffino (1984), um dos principais objetivos da PTC é o
estabelecimento de uma oclusão equilibrada e harmônica com as estruturas do
aparelho estomatognático (daí a importância dos registros intra-orais antes
41
comentados). Neste contexto, a importância da mesa oclusal se dá porque é o seu
correto alinhamento (cúspide/fossa inferior/superior) que garante a estabilidade da
oclusão – uma vez que as cúspides vestibulares dos pré-molares e molares
inferiores são responsáveis pelo suporte da oclusão, dada a sua específica
conformação. Assim, deve estar adequado o desenho da mesa oclusal, na
confecção da PTC, para transmissão de forças no sentido do longo eixo dos
mesmos. A função em grupo deve ser o parâmetro de avaliação de relacionamento
oclusal ideal para os dentes artificiais, com contatos bilaterais simultâneos,
oferecendo a estabilidade oclusal das próteses e permitindo um equilíbrio mesmo
em função de uso constante, conforto e confiança ao mastigar, que por si só
promovam uma melhora na saúde geral, já que o paciente poderá ter acesso
autônomo a bons nutrientes. A obtenção de uma mesa oclusal com um correto
balanceio oclusal em todas as movimentações da mandíbula é primordial para que
as novas próteses se integrem ao sistema estomatognático.
Ruffino (1984) ainda salientou que a oclusão balanceada é um aspecto vital
nos dentes artificiais das dentaduras completas, pois, variações na oclusão
provavelmente poderão causar alterações, processos de sobrecarga, distribuição
desigual de esforços sobre os tecidos, ao mesmo tempo em que também
compromete a função, o conforto e a perda da eficiência mastigatória. Pacientes
edentados tendem a perder a capacidade sensorial do processo de mastigação,
bem como do arco reflexo, originados nos ligamentos alvéolos-dentários.
Os esforços da mastigação que incidem sobre os dentes naturais provocam
um constante rearranjo dos mesmos sobre seus alvéolos, podendo até mesmo
forçar uma modificação no posicionamento mandibular, até que o conjunto da
mastigação consiga adaptar-se novamente na busca de estabilidade da oclusão.
42
Nos indivíduos edentados, tal fato não ocorre, uma vez que já não dispõem desta
natural sensibilidade nos elementos dentários confeccionados. Também existirá a
possibilidade do paciente procurar uma posição mandibular com a qual consiga uma
melhor oclusão, com todos os dentes ao mesmo tempo, quando não há mesa
oclusal adequadamente reconstruída na PTC, mesmo que o faça sob o risco de
desvios mandibulares ou, o que geralmente ocorre, do deslocamento das bases das
próteses sobre os rebordos. A busca por melhor relacionamento dentário e ou
maxilomandibular também acarretará, quase certamente, a um desgaste das faces
oclusais dos dentes artificiais, causando mais prejuízos na proposta de uma oclusão
adequada (RUFFINO, 1984).
Porém, Neff (1975) afirmou que mesmo na função normal do sistema
neuromuscular, pode haver interferências ao se elevar a mandíbula até que os
dentes entrem em oclusão, causadas pelo contato prematuro entre molares,
suficiente para provocar até mesmo o deslocamento mandibular, frente ou lados.
Tais interferências podem também afetar os músculos do lado oposto (pterigóideo
médio, pterigóideo lateral e ligamento capsular), bem como afetar os músculos do
mesmo lado, como as fibras posteriores e médias do masseter e do temporal.
Ainda com respeito aos esforços induzidos pelas PTC, Rizzatti-Barbosa e
Dallari (1996), argumentaram que esses esforços podem causar danos aos tecidos
de suporte, caso não se consiga obter condição satisfatória de equilíbrio da Mesa
Oclusal, na tentativa de otimizar o desempenho da PTC. Para estes autores, numa
perspectiva frontal, a contração ocorrida pela prótese condiciona aos dentes
posteriores, um movimento leve de rotação para lateral, forçando as cúspides a
alterar o posicionamento obtido durante a montagem dos dentes artificiais. Isto
justificaria a obrigatoriedade de ajustes da mesa oclusal durante a instalação das
43
próteses bem como a correção dos erros, neste momento. Os ajustes devem ser
realizados não somente observando a RC e protrusão, mas, principalmente, os
movimentos de lateralidade, uma vez que as cúspides podem estar fora da
angulação proposta durante a montagem dos dentes e isto pode comprometer a
qualidade do movimento mandibular em relação aos côndilos.
Aliando-se aos autores acima Turano e Turano (1998), destacaram que as
próteses realizadas sem o equilíbrio oclusal provocam um esforço extra e
conseqüente desgaste das mesmas no ato da mastigação. Além disto, este
movimento forçado também tende a danificar os tecidos de suporte e todo o sistema
estomatognático, o que acaba comprometendo a motricidade oral, a digestão e a
saúde geral do paciente.
Pode-se apresentar os seguintes conceitos de retenção e estabilidade: a
primeira como a resistência oposta pela prótese ao próprio desprendimento de sua
base, possibilitando sua manutenção na boca pela ação das forças que nela atuam.
Já a estabilidade, é a qualidade da prótese permanecer em posição mesmo sob
influência de movimentos e forças horizontais (TURANO e TURANO, 1998).
2.1.3.2 Eficiência mastigatória na PTC
Inúmeros estudos identificaram que os principais problemas apresentados por
uma PTC são a falta de estabilidade e retenção, a estética insatisfatória, a baixa
eficiência mastigatória e uma alterada DVO (CARLSSON et al., 1967; FENLON et
al., 2002; LANGER et al., 1961; LIEDBERG e OWALL, 1987; OWALL,1983).
44
Geralmente, os portadores de PTC se queixam de desconforto ao mastigar e
insegurança ao sorrir. Esta situação se agrava com o tempo, pois a prótese vai
perdendo retenção e estabilidade. Ettinger (1998) identificou que, por isto, os
pacientes muitas vezes padecem de problemas estomacais, como mau hálito e boca
seca, derivados da má digestão e de outros possíveis problemas parafuncionais
originados a partir de PTC indevidamente confeccionadas, que não obedecem aos
relacionamentos funcionais da articulação, com mesa oclusal mal balanceada e sem
RC estabelecida.
Para Meyerowitz (1975), as causas de ineficiência das PTC são muitas.
Fatores iatrogênicos podem ser introduzidos pelo dentista no ato da confecção das
dentaduras, tais como, aumento ou diminuição da DVO, registro incorreto da RC e
problemas fonéticos. Tudo isto pode concorrer para o desenvolvimento de hábitos
parafuncionais.
De acordo com Tamaki, Tanure e Tamaki (1990), as conseqüências mais
evidentes, de uma PTC confeccionada inadequadamente, são a perda da DVO, o
sulcamento da face, prováveis problemas na ATM, grande perda da eficiência
mastigatória provocando alteração na dieta, procura por alimentos de menor
consistência de baixo valor protéico e um conseqüente embotamento social.
Alguns estudos divergem sobre a relação entre o uso de PTC e a presença de
disfunção na articulação temporomandibular. Boucher (1975) entendeu que, em
geral, pacientes desdentados apresentam alterações oclusais, próteses instáveis e
complicações iatrogênicas. Carlsson (1976), por outro lado, argumentou que
pacientes edentados portadores de PTC não são mais afetados por Disfunções
Temporomandibulares (DTM) do que aqueles dentados, possivelmente, em razão de
uma adaptação a uma debilitada função oral, bem como a negligência dos clínicos
45
quanto ao exame funcional do sistema estomatognático, e a falta de estudos
epidemiológicos centrados em pacientes desdentados totais.
Magalhães (2006) defendeu uma correlação positiva. Segundo o autor, um
grande número de pacientes portadores de PTC possui algum tipo de disfunção
craniomandibular, entre as mais comuns estão os traumas, problemas na RC,
problemas oclusais, má postura mandibular, hábitos parafuncionais, PTC antigas
tecnicamente incorretas ou com perda da DVO. O autor enfatizou a necessidade de
uma etiologia com relação à presença de PTC inadequada no paciente edentado
idoso, principalmente se as próteses apresentarem contatos prematuros,
provocando um movimento mandibular a fim de forçar um engrenamento dentário,
muitas vezes a expensas de uma hiperfunção muscular, motivando fadiga nos
músculos mastigatórios.
Também é necessário que todo usuário de PTC esteja atento a quaisquer
alterações na boca. Agindo assim será capaz de estimar o momento certo de efetuar
a troca da prótese. Na verdade, com o passar dos anos, todos sofrem uma perda
óssea a qual interfere diretamente no processo mastigatório bem como na própria
estética (MAGALHÃES, 2006).
O período ideal de recorrência na avaliação utilitária da PTC é um máximo de
cinco anos para uma análise criteriosa de seu estado atual. Os principais itens a
serem avaliados são: estética, harmonia facial, desgaste dos dentes,
envelhecimento precoce, perda de estabilidade e retenção, reabsorção óssea, etc.
Na verdade muitos pacientes que fazem uso de PTC dupla queixam-se de
insegurança e desconforto, fruto da instabilidade da Prótese, dificuldades na
mastigação e fala. A realização de exames fonaudiológicos é necessária para
auxiliar na identificação e solução desses problemas. Importante salientar que a
46
instalação de novas próteses requer uma carência na adaptação pelo paciente,
sendo que das PTC inferior chega a levar até quatro vezes mais tempo para uma
completa adaptação.
Gennari Filho (2004) relatou em seu artigo “O exame clínico em Prótese
Total” que o exame clínico tem a finalidade de oferecer possibilidades de tratamento
ao cirurgião-dentista permitindo que, sob certas circunstâncias, proponha diferentes
tipos de trabalho com o mais alto grau de confiabilidade. No entanto, o fato de
ignorá-lo, cria situações delicadas pelo desenvolvimento de trabalhos que o próprio
paciente não confia. Esta situação, somada ao estado psicológico do paciente gera
problemas que, em certas circunstâncias, são de difíceis soluções. A falta de
conhecimento da área de sustentação da futura prótese é questionável. É o mesmo
que realizar uma grande construção sem conhecer o terreno no qual se assentará o
alicerce. Assim, o diagnóstico bem estabelecido tem estreita relação com a utilização
da prótese, pois representa a avaliação científica das condições existentes.
2.2 IMPORTÂNCIA PSICOLÓGICA DOS PACIENTES FRENTE ÀS
PRÓTESES TOTAIS CONVENCIONAIS
Al Quran et al. (2001); Kalk e Baat (1990); Langer et al. (1961); Owall (1983)
tiveram elevada concordância na constatação de que os principais problemas
apresentados por uma PTC são a ausência de estabilidade e retenção, estética
duvidosa, baixa eficiência mastigatória e DVO alterada. Todos esses fatores aliados
ao tipo de informação transmitida ao paciente sobre a PTC, aos fatores psicológicos,
47
à atividade social e à sua saúde geral, influenciam na aceitação ou rejeição da PTC
pelo paciente.
Ramos (2001) atestou que a satisfação é diretamente proporcional à
aceitação da PTC. No entender dele, uma PTC satisfatória se reverte em excelentes
resultados para a saúde geral do edêntulo total.
Em uma pesquisa orientada por Dervis (2002) avaliou-se a aceitação de
pacientes portadores de PTC analisando fatores como idade, sexo, saúde geral e
defeitos de construção das próteses. Seiscentos pacientes participaram da pesquisa
e três meses após o recebimento da PTC, nenhuma correlação foi observada quanto
à idade, ao sexo e à saúde geral. Porém, uma correlação significante foi verificada
entre falhas de construção das PTC e satisfação do paciente.
Entretanto, muito antes, Langer et al. (1961) afirmaram que fatores sociais
também são determinantes na satisfação do paciente com sua prótese, como sexo,
idade, educação, posição social, ambiente familiar e de trabalho e a saúde geral do
paciente. Mas também salientaram que a satisfação depende de funções práticas
como a eficiência mastigatória, fala e outras atividades. Como principais problemas a
DVO, a estética, a retenção, a estabilidade e a eficiência citada acima.
O problema, na visão de Domitti (1990) é a inexistência de um método
totalmente científico para se obter uma DVO ideal. Os existentes são baseados em
escolas práticas. Em geral, os métodos para obtenção da DVO baseiam-se na
estética, na fonética e na métrica.
Carlsson et al. (1967) produziram um estudo com 182 indivíduos edentados
com o objetivo de verificar a correlação da satisfação dos pacientes portadores de
PTC e um exame clínico realizado por cirurgiões-dentistas. O exame avaliava a PTC
quanto à estética, estabilidade, resistência, oclusão, DVO e condições anatômicas. A
48
conclusão estabeleceu que as PTC inferiores teve menos aceitação pelos pacientes.
Na mesma pesquisa, foi verificada fraca correlação entre a satisfação e a DVO e a
estabilidade de PTC Inferiores, segundo uma avaliação clínica. Mas foi verificada
grande correlação entre a satisfação da PTC superior e a estética, oclusão,
estabilidade e retenção. No estudo também foi concluído que os homens possuíam
melhores condições anatômicas para a confecção de próteses do que as mulheres,
sem que houvesse, no entanto, diferenças adaptativas.
Owall (1983) cuidou de um grupo de 71 portadores de PTC e tentou identificar
correlação entre uma auto-avaliação de usuários e outra avaliação feita por
cirurgiões-dentistas. O autor constatou uma correlação positiva e que a auto-
avaliação é incrementada quando informações sobre proporções faciais são
fornecidas.
Uma pesquisa sobre satisfação quanto ao uso da PTC após um período de
cinco anos foi realizada por Magnusson (1986). A amostra contou com 39 pacientes
que em sua maioria estavam satisfeitos. Entretanto, na opinião dos clínicos, 60%
das próteses precisavam de ajuste ou substituição. Relevante foi a instrução dada
aos pacientes para que retirassem a prótese ao deitar, instrução não acolhida.
Também foi verificada a dificuldade do paciente em retornar para as visitas de
inspeção. Pequena correlação foi verificada quanto à qualidade, entre pacientes e
clínicos.
Para Whitmyer e Esposito, (1998), a articulação da fala deve ter precedência
no tratamento ante a estética ou oclusão nas reabilitações orais, uma vez que a
comunicação das pessoas tem importância fundamental na vida diária. Em geral, a
produção da fala é subestimada nos tratamentos restauradores já que os
49
componentes dinâmicos da articulação são capazes de grande adaptação a uma
série de condições e assim acabam encobrindo problemas fonéticos.
Chierici e Lawson, (1973) relataram que o tratamento protético e os
resultados estéticos têm influência na fala e por conseqüência na atitude emocional
do paciente. Se descontentes com a aparência dos dentes estes inibem os
movimentos mandibulares de lábio e língua no processo da fala, na tentativa de
disfarçar a Prótese.
Para avaliar a expectativa dos pacientes em relação à nova PTC, Queluz e
Dometti (2000), realizaram um estudo com 52 pacientes de ambos os sexos, na
faixa etária de 27 a 77 anos de idade. No questionário aplicado, as perguntas foram
sobre: causa da perda dos dentes, mudança em relação a essa perda, por que
procurou tratamento protético e quais as expectativas de mudanças após colocar a
prótese total nova. Os resultados obtidos pelos autores mostraram que a maioria dos
pacientes apresenta o primeiro grau incompleto (69,2%) sendo 61,5% de pacientes
do sexo feminino. A perda dos dentes na maioria (59,6%) foi devido à cárie dentária
e doença periodontal. Considerando mudança em relação à perda dos dentes,
42,3% dos pacientes responderam que tiveram problemas relacionados à
mastigação, enquanto 21,2% mudanças nos sentimentos tais como: vergonha,
arrependimento e timidez. Respondendo a pergunta "Por que procurou tratamento
protético?" 34,6% relataram devido a problemas funcionais (mastigação, dor nas
gengivas, etc.). Quanto às expectativas de mudança após colocar a prótese total
nova: 48,1% esperam melhora na mastigação, 13,5% melhora na estética, sendo
que ninguém tinha expectativa de melhora na fonação. Os autores concluíram que
os pacientes se preocupam mais com a mastigação e não com a estética,
independente do sexo dos pacientes.
50
Com o objetivo de registrar o grau de satisfação de pacientes edêntulos totais
em relação às suas próteses totais maxilares e mandibulares com o tempo de uso
de no máximo dois anos, Freitas et al. (2001) realizaram um estudo com 64
pacientes (46 do gênero feminino e 18 do masculino), com idade média de 62 anos
de idade, que responderam um questionário com questões abordando a satisfação
geral com as próteses: aparência, estabilidade, retenção, mastigação, fonética e
comentários de outras pessoas. As respostas foram agrupadas em categorias
positivas e negativas. O tempo médio de experiência com prótese total era de 22,6
anos para a prótese maxilar e 18,5 anos para a mandibular. De maneira geral, 53%
dos pacientes estavam satisfeitos com suas PTC. A maioria das respostas dadas
pelos pacientes se enquadrou em categorias positivas. Os aspectos negativos foram
encontrados na mastigação, estabilidade, retenção e conforto da prótese total
mandibular. Nos resultados, os autores relataram que houve um índice de satisfação
maior que o de insatisfação de maneira geral, mas que, apesar disto, o grau de
insatisfação encontrou-se significativo, principalmente quando se referiram à
mastigação, estabilidade, retenção e conforto de prótese total inferior. Concluíram
que o completo sucesso na reabilitação de um paciente edêntulo total, ainda é
considerado um desafio na prática odontológica, exigindo do cirurgião-dentista um
constante aprimoramento, e do paciente, retornos periódicos ao consultório,
lembrando-se da grande necessidade de renovação da prótese a cada cinco a sete
anos.
De acordo com Ramos et al. (2001), para que o paciente aceite sua prótese
total é de fundamental importância que esta apresente estabilidade, retenção,
função adequada, estética e seja confortável. Sendo assim, conhecer e entender as
condições da cavidade oral dos pacientes antes e durante a confecção da PTC é de
51
fundamental importância para reduzir o número de fracassos. Apontaram como
tópicos a serem levados em consideração: alteração dos tecidos moles e ósseos,
sensação anormal de sabor, alteração da distância interarcos, mudança da eficiência
do aparelho mastigatório, dores e alterações pós-menopausa. O conhecimento e
entendimento destes tópicos são essenciais para o sucesso da confecção da PTC.
Relataram que a satisfação dos pacientes usuários de prótese total não apresenta
correlação com a avaliação realizada por cirurgiões-dentistas, demonstrando que os
pacientes se mostram satisfeitos mesmo portando próteses inadequadas. Por outro
lado, a correlação entre o auto-exame realizado pelo paciente, e o exame efetuado
pelo cirurgião-dentista aumenta na medida em que mais informações sobre uma
PTC adequada são fornecidas ao paciente.
Fenlon, Sherriff e Walter (2002), avaliaram a concordância entre o auto-
exame de pacientes portadores de prótese total e a avaliação clínica realizada por
cirurgiões-dentistas quanto à adaptação. Os pacientes e cirurgiões-dentistas
avaliavam as próteses de acordo com uma escala. Para próteses antigas, com
pouca retenção e estabilidade houve uma pequena concordância, sendo que os
pacientes aceitavam próteses mesmo com problemas detectados pelos
profissionais. Entretanto, observou-se uma forte concordância entre a auto-avaliação
e a avaliação profissional quando a prótese era nova, com boa retenção e
estabilidade.
Para Fernandes (2005), a estética em PTC é um assunto que envolve vários
fatores que em conjunto proporcionam uma harmonia com o restante da face. Com o
avanço da Odontologia estética, são inúmeros os recursos para melhorar a
naturalidade em prótese total associado aos fatores para obter-se uma boa estética:
tamanho dos dentes, cor, disposição, alinhamento, posição, cor da gengiva artificial,
52
oclusão, enfim, todos os recursos utilizados para se promover um aspecto mais
natural e harmônico possível. Deve-se sempre consultar a opinião do paciente que
deve dar a última palavra, pois o conceito do belo é de caráter totalmente pessoal e
subjetivo, sofrendo influências culturais e sociais.
A perda dos elementos dentários ocasiona deficiência mastigatória,
conseqüentemente, o uso de próteses, podendo desencadear depressão
psicológica, deficiências alimentares, futuros problemas sistêmicos e
comprometimento estético. A evolução dos procedimentos preventivos e curativos
em Odontologia verificadas nas duas últimas décadas levou a uma maior
longevidade dos elementos dentários, acarretando com isso uma maior demanda
por serviços especializados e problemas que até então não existia. O processo de
auto-estima tem que ser estimulado e preservado e, a Odontologia também deve ter
seu papel nesse tempo de vida, dando ao cidadão útil e ativo, com boa saúde oral, a
função mastigatória adequada e a estética desejada (FERNANDES, 2005).
No entendimento de Oliveira et al. (2006), a PTC tem como principal objetivo
devolver ao paciente a função mastigatória restabelecendo a fisionomia com estética
e fonética adequada, preservando as estruturas ósseas remanescentes e propor-
cionando conforto sem prejudicar o sistema articular e muscular. Após a instalação
das PTC, o acompanhamento periódico é necessário para garantir as condições
funcionais e a orientação de uso e de higienização que são de extrema importância.
Muitas pessoas portadoras de PTC desconhecem os métodos apropriados de
higienização e as conseqüências que a ineficiência desta pode provocar. Uma boa
orientação de higienização representa maior motivação a cuidar de suas próteses e
maior segurança e confiança com relação à utilização.
53
Ellis, Pelekis e Thomason (2007) revelaram que a satisfação do paciente com
a reabilitação oral e o impacto da mesma na qualidade de vida eram relatados
segundo o nível de desconforto, de tolerância, de limitação das próteses e do tipo de
técnica utilizada para confeccioná-las. Para chegar a essa conclusão, os autores
realizaram um estudo utilizando 40 pacientes edêntulos há cinco anos ou mais e
com faixa etária entre 55 e 85 anos, com o objetivo de avaliar a satisfação e o
impacto da saúde oral na qualidade de vida de pacientes reabilitados com PT
clonada ou PTC. A amostra foi dividida em dois grupos iguais. Os dados foram
levantados através do Oral Health-Related Impacts on Quality of Life questionnaire
(OHIP-20), que continha 20 questões a respeito da limitação funcional, da não
habilidade e do desconforto físico e psicológico, do efeito social da prótese na vida
diária individual e do grau de dificuldade. Os resultados demonstraram que, em
ambos os grupos, houve um aumento da satisfação do paciente em todos os
aspectos, após o tratamento reabilitador, exceto em relação à estética e a não
habilidade social para o grupo usuário de próteses clonadas.
54
3 OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
O objetivo geral desse estudo foi avaliar as características de PTC antigas e
novas instaladas em um grupo de pacientes edêntulos totais.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
3.2.1 Avaliar comparativamente o grau de satisfação da estética relatado pelo
paciente em relação às PTC antigas e novas;
3.2.2 Avaliar o grau de satisfação decorrente à instalação de PTC novas;
3.2.3 Avaliar o conforto decorrente à instalação de PTC novas;
3.2.4 Avaliar a função mastigatória decorrente à instalação de PTC novas;
3.2.5 Avaliar clinicamente a estabilidade e retenção das novas PTC.
55
4 HIPÓTESES
H1 – Os pacientes relatam satisfação estética em relação às PTC antigas e
novas;
H2 – Os pacientes não relatam satisfação estética em relação às PTC antigas
e novas;
H3 – O teste psicológico comprova alterações emocionais após a instalação
das novas PTC;
H4 – O teste psicológico não comprova alterações emocionais após a
instalação das novas PTC;
H5 – Os pacientes relataram conforto decorrente à instalação de PTC novas;
H6 – Os pacientes não relatam conforto decorrente à instalação de PTC
novas;
H7 – Há alteração na função mastigatória decorrente à instalação de PTC
novas;
H8 – Não há alteração na função mastigatória decorrente à instalação de PTC
novas;
56
H9 – A avaliação clínica comprova a estabilidade e a retenção das novas
PTC;
H10 – A avaliação clínica não comprova a estabilidade e a retenção das
novas PTC.
57
5 METODOLOGIA
5.1 AMOSTRA
A composição da amostra foi realizada na Clínica do Curso de Especialização
do Pós-odonto SUPREMA, da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz
de Fora/MG, durante a realização do Curso de Especialização em Prótese Dentária.
Participaram da triagem 15 pacientes de ambos os sexos e com idades variáveis
entre 54 e 86 anos. Durante a realização da anamnese apenas 12 pacientes foram
selecionados, por preencherem os requisitos necessários para o fim que se propõe o
presente estudo, de acordo com os critérios de inclusão. Dos três pacientes
dispensados, um foi encaminhado para o Curso de Cirurgia Oral Menor da EAP-
ABO, Juiz de Fora para avaliação, diagnóstico e tratamento de lesão intra-oral. Os
outros dois pacientes não se enquadraram dentro dos requisitos exigidos, por
possuírem elementos dentários na arcada inferior, aproveitáveis para confecção de
Prótese Parcial Removível (PPR) com grampos.
58
Assim os 12 pacientes selecionados atenderam ao critério de inclusão de
serem edêntulos totais e já usarem PTC superior e inferior, e foram submetidos à
anamnese para conferir o bem-estar geral de saúde dos mesmos.
5.2 RELATO DE PESQUISA
5.2.1 Planejamento e Confecção das novas PTC
Os pacientes foram informados detalhadamente do projeto de pesquisa e
aceitaram participar, assinando termo de consentimento livre e esclarecido (anexo B,
página 104). As moldagens anatômicas foram feitas com material de moldagem tipo
alginato (Hydrogum – Zhermack S.p.A – Rovigo – Itália), na técnica de dupla
moldagem (PAJUABA, 2002), utilizando moldeiras de estoque para edêntulos totais
com cera Utility (Wilson – Polidental, Brasil) (Figuras 6A, B e C), vazadas
imediatamente com gesso tipo IV (Duramix – Pasom, São Paulo, Brasil), por um
único profissional. A partir da obtenção dos modelos, foram confeccionadas
moldeiras individuais em acrílico incolor (Dencor – Clássico – Dental Master, São
Paulo, Brasil), onde foram feitos alívios com lâminas de silicone de 2 mm (Clonage,
DFL – Rio de Janeiro) (Figuras 7A e B).
59
Figuras 6A, B e C – Prova das moldeiras de estoque.
Figura 7– A: Obtenção dos modelos com os alívios obtidos através da lâmina de silicone
Clonage
®
; B: Moldeiras individuais confeccionadas com acrílico incolor.
A remoldagem foi procedida utilizando moldeiras individuais em acrílico e
silicona de adição (Adsil – Regular, Vigodent, Brasil) depois de terem sido aliviadas
as inserções musculares, bridas e retenções com Godiva (DFL – Rio de Janeiro) em
bastão, objetivando fidelizar os detalhes da área chapeável (Figuras 8A e B, 9A e B
e 10A e B, página 61). Após a desinfecção das moldagens com glutaraldeído a 2%
(Figura 11, página 62), foram imediatamente vazadas em gesso tipo IV (Duramix
®
).
A B
C
A B
60
Figura 8A e B – Fidelização dos detalhes com Godiva
®
em bastão.
Figura 9A e B – Fidelização dos detalhes com Godiva
®
em bastão.
Figura 10A e B – Fidelização dos detalhes com Godiva
®
em bastão.
A B
A B
A B
61
Figura 11 – Desinfecção com Glutaraldeído 2%.
Procedeu-se então a confecção das muralhas com roldetes em cera 7(New
Wax, Tech New – Brasil) (Figuras 12A e B, página 63) para a obtenção dos limites
de DVO, corredor bucal e delimitação de linha mediana, posição de caninos e linha
referencial do sorriso, com os recursos da utilização da Régua de Fox, Compasso de
Willis (Jon – Brasil), com sensibilidade à leitura de 1/10 cm), arco facial e articulador
semi-ajustável (Bio-Art
®
), conforme Figuras 13A e B, 14A, B e C, (página 63), 15A e
B e 16A e B (página 64) 17 e 18 (página 65).
62
Figura 12A e B – Chapa de prova com roldetes de cera 7.
Figura 13 – A: Chapa de prova com roldetes de cera 7; B: Utilização da Régua de Fox.
Figura 14A, B e C – Obtenção da DVO com o compasso de Willis
®
.
FONTE: Telles e Telles, 2004.
A B
A B
A B
C
63
Figura 15 – Roldetes de cera 7 posicionados intra-oralmente.
Figura 16 – Delimitação das linhas de referência nos roldetes de cera, utilizando o
instrumento Le Chron; A: Linha média; B: Altura do sorriso .
A B
64
Figura 17 – Delimitação das linhas de referência nos
roldetes de cera com fio metálico 0,9”.
Figura 18 – PTC montada em articulador semi-ajustável (Bio-Art
®
).
Para a montagem das próteses foram utilizados os dentes Vitatriostat (Vita -
Brasil), (Figura 19, página 66) com a seleção do modelo adequado para cada
paciente, de acordo com o gênero, cor da pele, idade e biotipo facial (Figura 20,
página 66).
65
Figura 19 – Dentes (Vitatriostat
®
) previamente selecionados.
Figura 20 – Prova clínica das PTC em cera.
Realizou-se a prova final com os dentes para aferimento da oclusão, fonação,
estética, conformação gengival e conforto das próteses, sendo corrigidas possíveis
deficiências que pudessem comprometer o perfeito funcionamento das mesmas.
Após os ajustes finais, as próteses foram encaminhadas ao laboratório específico
para prensagem, acrilização, e acabamento.
Os 12 pacientes receberam as respectivas PTC, passando a utilizá-las.
(Figura 21, página 67).
66
Figura 21 – PTC pronta para utilização.
5.2.2 Uso das novas PTC
As próteses foram instaladas nos pacientes e foram feitos refinamentos
quinzenais para verificação de possuir lesões mucosas causadas pelo acrílico nas
regiões de inserções musculares, bridas e frênulos, oclusão, bem como da retenção
e da estabilidade até a completa adaptação das PTC (Figuras 22a e B e 23A e B,
página 68).
A B
67
Figura 22A e B – A: Avaliação clínica quinzenal da nova PTC.
Figura 23 – Avaliação clínica quinzenal da nova PTC. A: Perfil; B: Frente.
Após três meses, todos os pacientes foram submetidos a avaliações
individuais: auto-avaliação, psicológica e clínica a fim de mensurar se a satisfação
afirmada na auto-avaliação pode ser comprovada com os exames psicológicos e
técnicos (a auto-estima, a retenção, a estabilidade e o conforto fonético).
5.2.2.1 Auto-avaliação
Os pacientes receberam, individualmente (após 90 dias), um questionário e
foram instruídos a preenchê-lo de acordo com sua opinião. Responderam sobre sua
própria satisfação quanto à estética, quanto à mastigação, quanto à retenção e
A B
68
quanto à qualidade de vida após a colocação da nova PTC. Para as respostas foram
oferecidas três figuras compondo uma escala representativa de: satisfação,
indiferença e insatisfação (Apêndice B, página 107).
5.2.2.2 Avaliação Psicológica
No mesmo dia da auto-avaliação, realizou-se uma entrevista semi-estruturada
(roteiro de perguntas que privilegiou informações acerca das opiniões e do
comportamento das novas PTC) (Apêndice C, página 108) e outra estruturada (um
questionário contendo perguntas sobre a causa da perda dos dentes, mudança de
vida em relação a essa perda, porque procurou o tratamento protético e quais as
mudanças após a colocação das mesmas) (Apêndice A, página 106). Tais
entrevistas individuais, qualitativas, aliadas à anamnese foram recategorizadas em
opiniões com relação às PTC antigas com relação às novas PTC, propiciando o
estabelecimento de parâmetros, antes e depois, num total de 14 perguntas
(Apêndice C, página 108).
5.2.2.3 Avaliação Clínica
A avaliação clínica foi iniciada com uma anamnese prévia, onde houve a
certificação das PTC em uso e sobre a existência de: queixas quanto ao uso da PTC
antiga, lesões orais e que tipo de tratamentos médicos o paciente se submetia. Este
69
exame encerrou com uma avaliação visual da área basal, maxila e mandíbula, que
era classificada como insuficiente, regular, boa ou ótima.
Decorridos 90 dias de uso das novas PTC, os pacientes retornaram,
individualmente, para novo exame clínico. Nada mais foi perguntado e foi aplicado o
teste clínico, utilizando-se o dedo indicador promovendo uma pressão vertical,
alternadamente, na região dos pré-molares para as próteses superiores, repetindo o
mesmo procedimento para as próteses inferiores. Verificava-se o seu deslocamento,
ou não, do lado oposto conforme preconizado por Boerrigter (2000). A retenção e a
estabilidade foram consideradas insatisfatórias quando havia um deslocamento
considerável da PTC, e quando não havia, foram consideradas satisfatórias.
Em seguida procedeu-se a avaliação dos movimentos funcionais, motricidade
oral labial, quanto à movimentação lingual e quanto ao movimento de bochechas.
Em todas estas três avaliações foram diagnosticadas as situações satisfatórias e
situações insatisfatórias.
70
6 RESULTADOS
Com relação à capacidade de mastigação com as PTC, verificou-se que, com
as PTC antigas, 58% (n = 7) dos pacientes conseguiam se alimentar bem, enquanto
42% (n = 5) não o faziam; já com as PTC novas, 92% (n = 11) disseram que
conseguiam se alimentar bem, e apenas 8% (n = 1), que não conseguiam (Gráfico
1). Em alguns casos, quando o paciente portador de uma PTC antiga (mais de 20
anos de uso), o sistema estomatognático sofre uma adaptação, mesmo que errônea,
diante a uma exigência de peças protéticas, o que se explica através deste único
paciente que respondeu não conseguir se alimentar bem com a nova PTC.
Gráfico 1 – Capacidade mastigatória com a PTC.
71
Quanto à dificuldade em falar, a pesquisa mostrou que 100% (n = 12) não
tinham dificuldades em falar com as PTC antigas; já com as PTC novas, apenas 8%
(n = 1) disseram ter dificuldades em falar determinadas palavras (Gráfico 2). Este
único paciente é um profissional da área de comunicação (radialista), justificando-se,
portanto, sua exigência quanto à dicção.
Gráfico 2 – Dificuldade em falar determinadas palavras com a PTC.
Quanto à estética, 100% (n= 12) estavam insatisfeitos com as PTC antigas, e
depois de instaladas as PTC novas, o resultado foi de 100% (n = 12) de satisfação
(Gráfico 3, página 73).
72
Gráfico 3 – Satisfação com a estética da PTC.
Em relação ao conforto, 75% (n = 9) estavam satisfeitos com as PTC antigas
e 25% (n = 3) disseram o contrário. Já com as PTC novas, 92% (n = 11) disseram
estar satisfeitos com o conforto e 8% (n = 1), que não (Gráfico 4, página 74). O
paciente insatisfeito quanto ao conforto é o mesmo que relatou dificuldade em falar
determinadas palavras.
73
Gráfico 4 – Conforto com a PTC na boca.
A avaliação do estado de conservação demonstrou que 92% (n = 11) das
PTC antigas encontrava-se em estado ruim de conservação, enquanto 8% (n = 1) foi
considerado em bom estado. Quanto às novas PTC, todas estavam em perfeito
estado (n = 12) (Gráfico 5).
Gráfico 5 – Estado de conservação.
74
Sobre qual era a opinião dos familiares quanto à estética da PTC antiga, 8%
(n = 1) disse que gostava, 67% (n = 8) que eles não gostavam, 8% (n = 1), não sabe
ou não respondeu e 17% (n = 2) disseram que os familiares eram indiferentes;
porém, quanto à estética das novas PTC, todos responderam que os familiares
ficaram satisfeitos (n = 12) (Gráfico 6). A aprovação dos familiares, automaticamente
gera no paciente uma maior auto-estima e mais segurança quanto à socialização.
Gráfico 6 – Opinião dos familiares quanto à estética da PTC.
Quanto às questões de auto-avaliação 83% (n = 10) disseram satisfeitos com
a estética da nova PTC e 17% (n = 2) mostraram-se indiferentes. Com respeito à
satisfação com a mastigação 58% (n = 7) disseram satisfeitos (n = 3), 17% (n = 2)
mostraram-se indiferentes e 17% (n = 2) disseram insatisfeitos. Em relação à auto-
avaliação com a firmeza o resultado se repetiu com 58%, 17% e 17%
respectivamente. Já com a qualidade de vida, 67% (n = 8) disseram satisfeitos e
75
33% (n = 4), indiferentes (Gráfico 7). Os pacientes que relataram ser indiferentes
foram os de maior faixa etária (entre 80 e 86 anos de idade).
Gráfico 7 – Auto-avaliação com relação às novas PTC.
Em relação ao tempo de uso da PTC antiga, 8% (n = 1) respondeu que usava
há 5 anos, 33% (n = 4) há 10 anos, 17% (n = 2) há 12 anos, 17% (n = 2) há 15 anos,
8% (n = 1) há 17 anos e finalmente 17% (n = 2) respondeu que usava a PTC antiga
há 20 anos (Gráfico 8, página 77).
76
Gráfico 8 – Tempo de uso da PTC antiga.
Em relação qual seria o motivo da substituição da PTC antiga, 8% (n = 1)
afirmou que a PTC antiga estava velha e suja, 8% (n = 1), que estava gasta, 8% (n =
1), que estava quebrada, 42% (n = 5) alegaram a mastigação, 17% (n = 2), para
melhorar tudo, 8% (n = 1), pela aparência pessoal e 8% (n = 1), não sabe ou não
respondeu (Gráfico 9, página 78). Com o passar do tempo, os dentes acrílicos
sofrem desgastes em virtude dos movimentos mastigatórias, provocando inclusive
alterações na ATM e esta situação é refletida na estética.
77
Gráfico 9 – Motivo da substituição da PTC antiga.
Com relação à avaliação clínica da estabilidade e da retenção da nova PTC,
os resultados foram: 100% (n = 12) foi considerada satisfatória na superior; já com
relação à inferior, 75% (n = 9) foi considerada satisfatória, enquanto 25% (n = 3),
insatisfatória (Gráfico 10, página 79); a avaliação quanto aos movimentos funcionais,
motricidade oral labial, 100% (n = 12) foi considerada satisfatória; também foi de
100% (n= 12), a satisfação com a movimentação lingual bem como a movimentação
de bochechas (Gráfico 11, página 79).
78
Gráfico 10 – Avaliação clínica da retenção e estabilidade das novas PTC.
Gráfico 11 – Avaliação clínica dos movimentos funcionais das novas PTC em relação à motricidade
labial, movimentação lingual e movimentação das bochechas.
79
Passou-se então a aplicação dos testes de Mann-Whitney e do teste de
Kolmogorov-Smirnov, em razão das variáveis dependentes serem ordinais.
Primeiramente verificou-se a associação entre a assertiva “consegue se alimentar
bem com a Prótese Antiga” e as quatro avaliações (satisfação com a estética, com a
mastigação, com a firmeza e com a qualidade de vida) (Apêndices D e E, páginas
109 e 100). O teste de Mann-Whitney mostrou-se insignificante enquanto o
Kolmogorov-Smirnov sugeriu a possibilidade de associação entre aqueles que
conseguiam se alimentar bem com a PTC antiga e as quatro avaliações, ou seja,
satisfação com a nova PTC.
Com relação se haveria dificuldade em falar determinadas palavras a PTC
antiga e as auto-avaliações, tanto a Mann-Whitney quanto o Mann-Whitney
alertaram que não havia casos suficientes para as análises (Apêndices F e G,
páginas 111 e 112). O mesmo se deu com o cruzamento “se estavam satisfeitos
com a estética da PTC antiga” e as auto-avaliações, número de casos não
suficientes (Apêndices H e I, páginas 113 e 114). Já com aquela que questiona
conforto com o uso da PTC antiga e o Mann-Whitney não é significante, entretanto, o
Kolmogorov-Smirnov demonstrou possível associação com a satisfação com a
mastigação e as três auto-avaliações (Apêndices J e K, páginas 115 e 116).
Os testes não puderam ser aplicados para avaliar “se a PTC antiga estava em
perfeito estado de conservação” e as quatro auto-avaliações por insuficiência de
casos (Apêndices L e M, páginas 117 e 118). Também não puderam ser realizados
tais testes entre as quatro auto-avaliações e o tempo de uso.
Na aplicação dos testes com a pergunta “qual a opinião dos familiares quanto
à estética da PTC antiga” e as quatro auto-avaliações o Mann-Whitney não se
mostrou significante (Apêndice N, página 120). “Se conseguiam se alimentar bem
80
com a nova PTC”, o Mann-Whitney não foi significante (Apêndice O, página 122). Se
os voluntários possuíam dificuldades em falar determinadas palavras com a nova
PTC, o Mann-Whitney não foi significante (Apêndice P, página 124). Sobre a
satisfação com a estética da nova PTC o Mann-Whitney e o Kolmogorov-Smirnov
não foram possíveis, pois os resultados foram uniformes e assim um grupo ficou
vazio (Apêndices Q e R, páginas 126 e 127). O mesmo aconteceu no cruzamento
com as questões “se a nova PTC estaria em perfeito estado de conservação” e
“sobre a opinião dos familiares quanto à estética da nova PTC” (Apêndices S, T e U,
páginas 128, 129 e 1307). Se a nova PTC estaria confortável na boca, o Mann-
Whitney não se mostrou significante (Apêndices V e W, páginas 131 e 132). O teste
Kolmogorov-Smirnov sugeriu possível associação entre o item mastigação da
questão “qual o motivo da substituição da PTC antiga” e as três das quatro auto-
avaliações, ou seja, satisfação com a nova PTC (Apêndices X e Y, páginas 133 e
134).
Para a aplicação dos testes de Mann-Whitney e do teste de Kolmogorov-
Smirnov foi elaborada uma associação conforme Figura 24.
SATISFAÇÃO PTC ANTIGA/ NOVA PTC
Estética
Mastigação
Firmeza
Qualidade de Vida
Estava/está satisfeito com a estética
Conseguia/consegue se alimentar bem
Conseguia/consegue falar determinadas palavras
Sentia/sente conforto com ela na boca
Estava/está em perfeito estado de conservação
Opinião dos familiares
Figura 24 – Quadro da associação da satisfação entre PTC antiga e nova PTC.
81
7 DISCUSSÃO
As Próteses Totais Convencionais (PTC) são próteses que buscam devolver
as funções de fala, mastigação e deglutição adequadas, reconstruir e melhorar a
estética do paciente com perda total dos dentes em um determinado arco (superior
ou inferior) ou mesmo em ambos (ASSUNÇÃO et al., 2004; BRUNETTI,
MONTENEGRO e MARCHINI, 2002; BUGATI et al., 2004; FERNANDES, 2005;
OLIVEIRA et al., 2006; PAULINO E PARDINI 2006; QUELUZ e DOMETTI, 2000). As
PTC desempenham papéis funcionais e visuais para os portadores, pois interferem
na visão que o paciente tem de si mesmo e do mundo que o cerca (BRUNETTI,
MONTENEGRO e MARCHINI, 2002; BUGATI et al., 2004; FERNANDES, 2005;
QUELUZ e DOMETTI, 2000), característica observada nos pacientes envolvidos
neste estudo.
Uma fase de elevada importância observada neste estudo PRELIMINAR, é a
realização de uma apurada anamnese que deverá abranger a história médica e a
história dental, pois nestes históricos o paciente poderá discorrer sobre a evolução
de sua perda dental, os motivos das extrações dentais, hábitos parafuncionais,
utilização anterior de aparelhos protéticos e o emprego de materiais e métodos de
higiene bucal, o que foi também relatado por Cunha em 2006.
82
Uma adequada confecção de PTC envolve um esquema oclusal balanceado,
aspecto fundamental para um funcionamento biomecânico otimizado das PTC.
(ASSUNÇÃO et al., 2004; CUNHA, 2006; FERNANDES, 2005; OLIVEIRA et al.,
2006; RUFFINO, 1984). O planejamento da PTC deve conter, uma avaliação
minuciosa das condições da cavidade oral, quanto aos aspectos dos tecidos orais e
peri-orais e das estruturas ósseas (maxila, mandíbula e articulação
temporomandibular) (ASSUNÇÃO et al., 2004; CUNHA, 2006; OLIVEIRA et al.,
2006; PAULINO e PARDINI, 2006; RUFFINO, 1984).
Na construção de próteses mais adequadas é primordial a observância de
registros intra-orais. Por isto é importante determinar no paciente portador de PTC
os seguintes registros: IA; DVR; DVO; EFL; ORC; LM; Linhas do sorriso alta e baixa;
Linha dos caninos (CUNHA, 2006; RUFFINO, 1984), o que foi realizado neste
estudo. A fidelidade dimensional dos modelos construídos através da técnica de
dupla moldagem com alginato (PAJUABA et al. (2002), está bem indicada, com uma
boa aceitação por parte dos pacientes, e com uma menor exigência de tempo
clínico. Os refinamentos oclusais e/ou funcionais devem ser realizados não somente
observando a RC e protrusão, mas, principalmente, os movimentos de lateralidade,
uma vez que as cúspides podem estar fora da angulação proposta durante a
montagem dos dentes e isto pode comprometer a qualidade do movimento
mandibular em relação aos côndilos (RUFFINO, 1984).
Uma Prótese Total Convencional (PTC) tem que atender aos requisitos
mastigatórios, fonético, estético e de conforto (OLIVEIRA et al., 2006; PAULINO e
PARDINI, 2006). As próteses deverão estar em boas condições de funcionamento já
que isto significa qualidade no dilaceramento e trituração dos alimentos e evita a
mudança de hábitos alimentares (BATAGLION et al., 1999).
83
A perda da capacidade mastigatória influi diretamente na diminuição da
qualidade de vida e de saúde de edêntulos totais (BATAGLION et al., 1999). Mesmo
quando corretamente confeccionadas as PTC possuem eficiência mastigatória de
apenas 20% (PAULINO e PARDINI, 2006). Montenegro et al. (2000) relataram que
somente 17,5% ainda conseguiam mastigar carnes e frutas consistentes. No
entanto, neste estudo foi obtido 92% de eficiência mastigatória. Brunetti et al. (1998)
aliaram ao exposto outros fatores psicológicos, já que a dificuldade em mastigar
alguns alimentos causa constrangimentos, muitas vezes, e pode implicar na
emergência de distúrbios psico-sociais que afetarão negativamente a qualidade de
vida do edentado. Neste estudo foi possível devolver aos pacientes, ao convício
social com melhoria na qualidade de vida.
A população acima de 60 anos compõe hoje o segmento populacional que
mais tem crescido proporcionalmente. Estima-se em um milhão de pessoas que a
cada mês atinjam esta faixa etária. As projeções atuais do IBGE (2004) indicam um
total acima de 30 milhões de indivíduos até o final de 2025. O problema é que, com
o aumento da população de idosos, a necessidade da reconstrução, funcional e
estética, da motricidade oral ganha contornos de saúde pública. Torna-se questão
da maior relevância a questão da saúde oral dos idosos, principalmente pelo fato
que é a parcela que mais sofre com a perda total dos dentes.
Os estudos de Montenegro et al. (2000) revelaram que edentados são
freqüentes na população idosa, o que foi constatado pela faixa etária desta
pesquisa. Reforçam também, a existência de diversos estudos que identificam a
faixa etária entre 35 e 54 anos, de idade, como crítica na perda dentária, estando tal
perda também relacionada aos fatores de degradação da qualidade de vida e de
saúde geral dos indivíduos da terceira idade. A reposição de dentes precisa ser
84
realizada para recompor o sistema mastigatório, caso contrário espaços são criados,
desníveis acontecem e a mastigação e a estética são prejudicadas (BUGATTI et al.,
2004; QUELUZ e DOMETTI, 2000; RIZZATTI-BARBOSA e DALLARI, 1996). Boretti,
Bickel e Geering (1995), são outros autores que defendem a substituição dos dentes
perdidos para alcançar assim uma função mastigatória equilibrada e aceitável. A
completa substituição dos elementos dentários perdidos, quando realizada através
de PTC, tem por objetivo estabelecer a harmonia entre a oclusão e o sistema
estomatognático visando à saúde geral e o bem estar físico e emocional do paciente
(JOIA e RIZZATI-BARBOSA, 2005; OLIVEIRA et al., 2006; QUELUZ e DOMETTI,
2000). Avaliar esta função é primordial para a obtenção de qualidade e
funcionalidade das PTC confeccionadas, uma vez que elas objetivam substituir os
elementos dentários ausentes, bem como restituir a função, a estética e a saúde dos
órgãos de mastigação, fato este também comprovado neste estudo.
Retenção é a resistência oposta pela prótese ao próprio desprendimento de
seu rebordo, possibilitando a manutenção na boca pela ação das forças que nela
atuam. Já a estabilidade, é a qualidade da prótese permanecer em posição mesmo
sob influência de movimentos e forças horizontais (Turano e Turano, 1998).
Os principais problemas apresentados por uma PTC são a falta de
estabilidade e retenção, a estética insatisfatória, a baixa eficiência mastigatória e
uma alterada DVO (CARLSSON, OTTERLAND e WENNSTROM, 1967; FENLON,
SHERRIFF e WALTER, 2002; FREITAS et al., 2001; LANGER, MICHMAN e
SEIFERT, 1961; LIEDBERG e OWALL, 1987; OLIVEIRA et al., 2006; OWALL, 1983;
TURANO e TURANO, 2002). Geralmente, pacientes se queixam de desconforto ao
mastigar e insegurança ao sorrir. Esta situação se agrava com o tempo, pois a PTC
vai perdendo retenção e estabilidade (ETTINGER, 1998; OLIVEIRA et al., 2006). O
85
fato que mais parece ter impacto tanto no sucesso quanto na falha de PTC é a
estética (FERNANDES, 2005; FREITAS et al., 2001; OLIVEIRA et al., 2006).
A caracterização das bases de resina acrílica, além de promover melhor
estética, assume importância fundamental no que se refere ao aspecto psicológico
dos pacientes que, sem sombra de dúvidas, aceitam muito mais as PTC
caracterizadas (TELLES, HOLLWEG e CASTELLUCCI, 2004). A estética em PTC é
um assunto que envolve vários fatores que em conjunto proporcionam uma
harmonia com o restante da face. São inúmeros os recursos para melhorar a
naturalidade em PTC associado aos fatores para obter-se uma boa estética:
tamanho dos dentes, cor, disposição, alinhamento, posição, cor da gengiva artificial,
oclusão, enfim, todos os recursos utilizados para se promover um aspecto mais
natural e harmônico possível, devendo sempre consultar a opinião do paciente que
deve dar a última palavra, pois o conceito do belo é de caráter totalmente pessoal e
subjetivo, sofrendo influências culturais e sociais (FERNANDES, 2005). Esta
observação também foi de grande valia para a realização deste estudo.
É necessário que todo usuário de PTC esteja atento a quaisquer alterações
na boca. Agindo assim será capaz de estimar o momento certo de efetuar a troca da
prótese. Na verdade, com o passar dos anos, todos sofrem uma perda óssea a qual
interfere diretamente no processo mastigatório bem como na própria estética
(FERNANDES, 2005; GENNARI FILHO, 2004; MAGALHÃES, 2006; OLIVEIRA et
al., 2006). Neste estudo, os pacientes foram orientados quanto a esta observação. O
período ideal de recorrência na avaliação utilitária da PTC é um máximo de cinco
anos para uma análise criteriosa de seu estado atual. Os principais itens a serem
avaliados são: estética, harmonia facial, desgaste dos dentes, envelhecimento
precoce, perda de estabilidade e retenção, reabsorção óssea, etc. Importante
86
salientar que a instalação de novas PTC requer uma carência na adaptação pelo
paciente, sendo que das PTC inferior chega a levar até quatro vezes mais tempo
para uma completa adaptação.
Al Quran et al. (2001); Kalk e Baat (1990); Langer et al. (1961); Owall (1983)
tiveram elevada concordância na constatação de que os principais problemas
apresentados por uma PTC são a ausência de estabilidade e retenção, estética
duvidosa, baixa eficiência mastigatória e DVO alterada. Todos esses fatores aliados
ao tipo de informação transmitida ao paciente sobre a PTC, aos fatores psicológicos,
à atividade social e à sua saúde geral, influenciam na aceitação ou rejeição da PTC
pelo paciente. Chierici e Lawson, (1973) relataram que o tratamento protético e os
resultados estéticos têm influência na fala e por conseqüência na atitude emocional
do paciente. Se descontentes com a aparência dos dentes estes inibem os
movimentos mandibulares de lábio e língua no processo da fala, na tentativa de
disfarçar a prótese. Palmer (1974) ressaltou a importância dos dentes posteriores no
processo de articulação da fala porque esses dentes atuam orientando o movimento
e a posição da língua, facilitando uma atividade motora mais refinada na região
anterior. Lundquist, (1993) e Whitmyer e Esposito (1998) enfatizaram que a ausência
dos dentes posteriores possibilita um sigmatismo lateral que é o escape de ar pelas
bordas laterais da língua.
Ramos (2001) atestou que a satisfação é diretamente proporcional à
aceitação da PTC. Uma PTC satisfatória se reverte em excelentes resultados para a
saúde geral do edêntulo total, fato este concluído neste estudo.
No estudo de Dervis (2002) avaliou-se a aceitação de pacientes portadores
de PTC analisando fatores como idade, sexo, saúde geral e defeitos de construção
das próteses. Três meses após o recebimento da PTC, nenhuma correlação foi
87
observada quanto à idade, ao sexo e à saúde geral. Porém, uma correlação
significante foi verificada entre falhas de construção das PTC e satisfação do
paciente, o que não ocorreu neste estudo. Outros autores também concordam numa
relação direta entre a falha na confecção da PTC e a insatisfação do paciente.
Carlsson et al. (1967) avaliaram a PTC quanto à estética, estabilidade,
resistência, oclusão, DVO e condições anatômicas. A conclusão estabeleceu que as
PTC inferiores teve menos aceitação pelos pacientes, o que é concordante com este
estudo. Na mesma pesquisa, foi verificada fraca correlação entre a satisfação e a
DVO e a estabilidade de PTC Inferiores, segundo uma avaliação clínica. Mas foi
verificada grande correlação entre a satisfação da PTC superior e a estética,
oclusão, estabilidade e retenção. Owall (1983) tentou identificar correlação entre
uma auto-avaliação de usuários e outra avaliação feita por cirurgiões-dentistas e
constatou uma correlação positiva, fato este também observado neste estudo.
Uma pesquisa sobre satisfação quanto ao uso da PTC após um período de
cinco anos foi realizada por Magnusson (1986). A amostra contou com 39 pacientes
que em sua maioria estavam satisfeitos. Entretanto, na opinião dos clínicos, 60%
das próteses precisavam de ajuste ou substituição, o que não foi concordante com
este estudo. Relevante foi a instrução dada aos pacientes para que retirassem a
prótese ao deitar, instrução não acolhida. Também foi verificada a dificuldade do
paciente em retornar para as visitas de inspeção, fato este não ocorrido neste
estudo, pois todos pacientes retornaram nas datas marcadas para as reavaliações.
Nas pesquisas de Carlsson, Otterland e Wennstrom (1967); Baat et al. (1997)
e Kalk, Baat e Kaandorp (1991), o resultado da retenção das PTC novas após
instalação mostrou satisfação crescente e as opiniões dos pacientes na escala de
satisfação com a retenção acabaram concordando com aquelas dos avaliadores.
88
Kalk e Baat (1990) seguiram a mesma linha de pesquisa, a satisfação após cinco
anos de uso de PTC. Por meio de uma escala de satisfação pode-se identificar
correlação entre aceitação e a estética e entre satisfação e vida social. Em 2001, Al
Quran et al. realizaram uma pesquisa onde foi constatado que fatores psicológicos
individuais podem levar a satisfação bem como a insatisfações crônicas. Fenlon et
al. (2002) chegaram a semelhante conclusão. Pode-se constatar um consenso entre
as pesquisas de Al Quran et al. (2001). Kalk e Baat (1990); Langer et al. (1961),
Owall (1983). Para estes autores, fatores como falta de estabilidade e retenção,
estética insatisfatória, baixa eficiência mastigatória e DVO alterada são os principais
problemas relatados por usuários. Tais fatores associados ao grau de informação
fornecidos aos pacientes sobre a PTC e relacionados a fatores psicológicos, à
atividade social e ao estado de saúde geral influenciam na aceitação da prótese.
Os resultados obtidos no estudo de Queluz e Dometti (2000), 48,1% dos
pacientes responderam que tiveram problemas relacionados à mastigação, neste
estudo foi possível constatar 92% de capacidade mastigatória; quanto aos
sentimentos emocionais, Queluz e Dometti (2000) encontraram 13,5% melhora na
estética, sendo que ninguém tinha expectativa de melhora na fonação, no entanto
este estudo obteve 100% de satisfação com a estética. Queluz e Dometti (2000)
foram concordantes com este estudo quando concluíram que os pacientes se
preocupam mais com a mastigação e não com a estética. No estudo de Freitas et al.
(2001) abordou a satisfação geral com as próteses: aparência, estabilidade,
retenção, mastigação, fonética e comentários de outras pessoas. De maneira geral,
53% dos pacientes estavam satisfeitos com suas PTC, neste estudo foi obtido 100%
de satisfação. Freitas et al. (2001) encontraram aspectos negativos na mastigação,
estabilidade, retenção e conforto da prótese total mandibular, o mesmo ocorrendo
89
neste estudo. Fenlon, Sherriff e Walter (2002) observaram uma forte concordância
entre a auto-avaliação e a avaliação profissional quando a prótese era nova, com
boa retenção e estabilidade, fato também observado neste estudo. A satisfação do
paciente com a reabilitação oral e o impacto da mesma na qualidade de vida foi
também revelada no estudo de Ellis, Pelekis e Thomason (2007).
O aspecto emocional é determinante no processo de interação ou
afastamento do indivíduo em sua comunidade. O edentado, mutilado funcional,
tende a se tornar um mutilado social, já que buscará se retrair socialmente em
função de sua aparência. A manutenção e desenvolvimento neste processo de
afastamento poderão causar um desinteresse gradual nos alimentos mais saudáveis
e mais consistentes em troca daqueles mais confortáveis, funcionalmente, trazendo
deficiências tais que comprometerão o funcionamento de inúmeros órgãos
(BRUNETTI et al.,1998).
A ausência de PTC adequadas ou a falta de tratamento adequado dos dentes
produz um sentimento de mutilação. Em qualquer ambiente, seja na família, no
trabalho, ou nos círculos sociais, as pessoas não devem ter restrições ao sorrir, falar
e mesmo ser obrigadas a selecionar alimentos adequados à sua real condição de
mastigação.
90
8 CONCLUSÃO
Com base nos resultados obtidos e dentro dos limites deste estudo, pode-
se concluir que:
8.1 Na avaliação do grau de satisfação com a estética, todos os pacientes relataram
estar satisfeitos com a nova PTC;
8.2 A instalação das novas PTC alterou de forma positiva na atitude emocional dos
pacientes;
8.3 Quanto ao conforto, a maioria dos pacientes sentiu-se confortável com a
instalação das novas PTC;
8.4 A maioria dos pacientes relatou não conseguir alimentar-se bem com a
instalação de nova PTC;
8.5 Clinicamente, em todos os pacientes (100%), a retenção e a estabilidade da
nova PTC da arcada superior foi considerada satisfatória; no entanto, com relação à
nova PTC da arcada inferior, em três pacientes (25%) foi considerada insatisfatória;
8.6 Sugere-se a realização de estudos adicionais com uma amostragem mais ampla
para avaliaç grau de satisfação, retenção e estabilidade, nos pacientes reabilitados
com a instalação de novas Próteses Totais Convencionais, porém faz-se necessário
um estudo com uma amostra maior.
91
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1
AL QURAN, F. et al. Influence of psychological factors on the acceptance of
complete dentures. Gerodontology, Mount Desert ME, v. 18, n. 1, p. 35-40, July
2001.
AMAD NETO, M. Sistema de sustentação e a dinâmica oclusal. 2004. Disponível
em: <http://www.mustapha.com.br>. Acesso em: 15 fev. 2006.
ASSUNÇÃO, W. G. et al. Anatomia para-protética: importância em prótese total. Rev
Odontol Araçatuba, Araçatuba, v. 25, n. 1, p. 57-64, jan./jun. 2004.
BARNES, I.E.; WALLS, A. Gerodontology. London: Wright, 1994.
BASTOS, R. L. et al. Relação maxilomandibular: pontos de referência na
montagem dos modelos Inferiores. 2004. Disponível em:
<http://www.oclusao.com.br/apostilas/pdf/rmm.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2006.
BATAGLION, C.; ZUCCOLOTTO, M. C. C.; CUNHA, C. C. Avaliação da eficiência
mastigatória em paciente portador de prótese total. Rev Assoc Paul Cir Dentistas,
São Paulo, v. 53, n. 3, p. 214-217, mai./jun. 1999.
BORETTI, G.; BICKEL, M.; GEERING, A. H. A review of masticatory ability and
efficiency. J Prosthet Dent, St. Louis, v.74, n. 4, p.400-403, Jul./Aug. 1995.
1
De acordo com NRB-6023, da Associação Brasileira de Normas Técnicas, agosto de 2002.
92
BORGES, T. F. et al. Eficiência mastigatória em indivíduos com dentição
natural. 2005. Disponível em:
<http://www.propp.ufu.br/revistaeletronica/edicao2005/vida2005/performance.PDF>.
Acesso em: 15 fev. 2006.
BOUCHER, C. D. Protesis Para el Desdentado Total. Buenos Aires: Mundi, 1975.
BRODEUR, J. M. et al. Nutrient intake and gastrointestinal disorders related to
masticatory performance in the edentulous elderly. J Prosthet Dent, St. Louis, v. 70,
n. 5, p. 468-473, Nov. 1993.
BRUNETTI, R. F.; MANETTA, C. F.; MONTENEGRO, F. L. B. Funções do sistema
mastigatório: sua importância no processo digestivo em geriatria. Rev Atual
Geriatria, São Paulo, v. 3, n. 16, p. 6-9, abr. 1998.
BRUNETTI, R. F.; MONTENEGRO, F. L. B.; MARCHINI, L. Prótese Total na Terceira
Idade. In: BRUNETTI, R. F.; MONTENEGRO, F. L. B. Odontogeriatria: Noções de
Interesse Clínico. 2. ed. São Paulo: Artes Médicas, 2002. Cap. 16, p. 251-320.
CALANCHA, G. R. Dicionário Brasileiro de Odontologia. São Paulo: EBO, 1986.
CARLSSON, G. E. Symptoms of mandibular dysfunction in complete denture
wearers. J Dent, Guildford, v. 4, n. 6, p. 265-270, Nov. 1976.
CARLSSON, G. E.; OTTERLAND, A.; WENNSTROM, A. Patient factors in
appreciation of complete dentures. J Prosth Dent, St. Louis, v. 17, n. 4, p. 322-328,
Apr. 1967.
CHIERICI, G.; LAWSON, L. Clinical speech considerations in prosthodontics:
perspectives of the prosthodontics an speech pathologist. J Prosthet Dent, Chicago,
v. 29, n. 1, p. 29-39, Jan. 1973.
COMPAGNONI, M. A. et al. Influência da remontagem na alteração da dimensão
vertical de oclusão em próteses totais. Rev Pós-Grad Fac Odontol, São José dos
Campos, v. 4, n. 2, p. 67-73, maio/ago. 2001.
CONTI, P. C. R. et al. Centric relation registration: intra- and interexaminer
agreement after a calibration program. Pesq Odontol Bras, São Paulo, v. 17, n. 3, p.
286-291, jul./set. 2003.
93
CUNHA, V. P. P. et al. Processamento laboratorial de próteses totais: revisão da
literatura. Faculdade de Odontologia de São José dos Campos da UNESP.
Disponível em:
<http://www.unitau.br/prppg/publica/biocienc/downloads/alteraplanooclusal-N1-
2000.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2006.
DAWSON, P. E. Avaliação, Diagnóstico e Tratamento dos Problemas Oclusais.
2. ed. São Paulo: Artes Médicas, 1993.
DERVIS, E. Clinical assessment of common patient complaints with complete
dentures. Eur J Prosthodont Restor Dent, Ramford, v. 10, n. 3, p. 113-117, sep.
2002.
EDLUND, J.; LAMM, C. J. Masticatory efficiency. J Oral Rehabil, Oxford, v. 7, n. 2,
p. 123-130, Mar. 1980.
ELLIS, J. S.; PELEKIS, N. D.; THOMASON, J. M. Conventional rehabilitation of
edentulous patients: The impact on oral health – related quality of life and patient
satisfaction. J Prosthodont, Philadelphia, v. 16, n. 1, p. 37-42, Jan./Feb. 2007.
ETTINGER, R. L. Changing dietary patterns with changing dentition: How do people
cope? Special Care in Dentistry, Chicago, v.18, n.1, p.33-39, Jan./Feb. 1998.
______. Considerações Geriátricas em Prótese Dentária In: OWALL, B.; KAYSER,
F. A.; CARLSSON, E. G. Prótese Dentária: Princípios e Condutas Estratégicas.
São Paulo: Artes Médicas, 1997. p. 81-95.
______. Diet, nutrition and mastigatory ability in elderly patients. Austr Dent J,
Sidney, v. 18, n. 1, p. 12-19, Feb. 1973.
FENLON, M. R.; SHERRIFF, M.; WALTER, J. D. Agreement between clinical
measures of quality and patients' rating of fit of existing and new complete dentures.
J Dentistry, Guildford, v. 30, n. 4, p. 135-139, May 2002.
FERNANDES, V. J. Estética em Prótese Total. 2005, 44 f. Monografia
(Especialização Prótese Dentária) – Universidade Federal de Juiz de Fora,
Faculdade de Odontologia UFJF, Juiz de Fora/MG, 2005.
FREITAS, K. M. et al. Avaliação do grau de satisfação de pacientes reabilitados com
próteses totais convencionais. Rev Paul de Odontol, São Paulo, v. 23, n. 6,
nov./dez. 2001.
94
GALTIESI, C. L. A. Antroposofia na clínica dentária. Rev Assoc Paul Cir Dent, São
Paulo, v. 36, n. 533, p. 18, set. 2001.
GENNARI FILHO, H. O exame clínico em prótese total. Rev Odontol Araçatuba,
Araçatuba, v. 25, n. 2, p. 62-71, jul./dez. 2004.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Projeção da população do Brasil
por sexo e idade para o período 1980-2050 – Revisão 2004. Coordenação de
População e Indicadores Sociais, Rio de Janeiro, outubro de 2004. 82 p.
JOIA, F. A. ; RIZZATI-BABROSA, C. M. Movimentação dental linear em prótese
total superior e inferior em função de diferentes técnicas de inclusão. 2005, 110
f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de
Odontologia de Piracicaba, São Paulo, 2005.
KALK, W.; BAAT, C. Patients' complaints and satisfaction 5 years after complete
denture treatment. Community Dent Oral Epidemiol, Copenhagen, v. 18, n. 1, p.
27-31, Feb. 1990.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de Metodologia Científica. São
Paulo: Atlas, 2001.
LANGER, A.; MICHMAN, J.; SEIFERT, I. Factors influencing satisfaction with
complete dentures in geriatric patients. J Prosthet Dent, St. Louis, v. 11, p. 1019-
1031, 1961.
LATARJET, M.; LIARD, A. R. Anatomia Humana. São Paulo: Panamericana, 1996.
LIEDBERG, B.; OWALL, B. Denture wearer's self-assessment of vertical dimension.
Gerontology, Mount Desert ME, v. 6, n. 1, p. 3-7, Jan./Feb. 1987.
MAGALHÃES, A. C. P.; GENNARI FILHO, H. Distúrbios articulares nos desdentados
totais. Rev Ciênc Ext, São Paulo, v. 2, n. 2, p. 112-128, jun. 2006.
MAGNUSSON T. Clinical judgment and patients' evaluation of complete dentures
five years after treatment. A follow-up study. Swed Dent J, Jonkoping, v. 10, n. 1-2,
p. 29-35, Jan./Apr. 1986.
MARCHESAN, I. Q. Motricidade Oral. São Paulo: Pancast, 1993. 70 f.
95
MERCADO, M. D. F.; FAULKNER, K. D. B. The prevalence of craniomandibular
disorders in completely edentulous denture wearing subjects. J Oral Rehabilitation,
Oxford, v. 18, n. 3, p. 231-242, May 1991.
MEYEROWITZ, W. Z. Miofascial pain in edentulous patient. J Dent Assoc South
Africa, Houghton, v. 31, n. 1, p. 75-77, Jan. 1975.
MONTENEGRO, F. L. B. et al. A importância do bom funcionamento do sistema
mastigatório para o processo digestivo dos idosos. jul. 2006. Disponível em:
<http://www.odontologia.com.br/artigos.asp?Id=646&ler=s&idesp=19>. Acesso em:
15 fev. 2006.
NAMEN, F. Elaboração de Teses e Dissertações. Rio de Janeiro: Rubio, 2005.
NEFF, P. E. A Função Neuromuscular e sua Interação com a Morfologia Oclusiva.
In: ______. Oclusão e Função. Washington: Georgetown University School of
Dentistry, p. 37, 1975.
NOGUEIRA, S. S. et al. Relação central em desdentados totais. Estudo comparativo
entre os métodos guiado não-forçado e pela retrusão da língua seguida do
fechamento da boca. Parte I – Variações ântero-posteriores. Rev Assoc Paul Cir
Dent, São Paulo, v. 41, n. 1, jan./fev. 1987.
NOWAT, A. Atlas Colorido de Oclusão e Maloclusão. São Paulo: Artes Médicas,
1992.
OKESON, J. P. Fundamentos de Oclusão e Desordens Temporomandibulares.
São Paulo: Artes Médicas, 1992.
OLIVEIRA, F. C. et al. Orientações de higienização para pacientes portadores de
prótese total. In: 26ª Jornada Acadêmica de Araçatuba – resumos. Cienc Odontol
Bras, v. 9, n. 2, p. 102-144, abr./jun. 2006.
OWALL, B. Denture weares´ awareness of their vertical dimension. Gerontology,
Mount Desert ME, v. 2, n. 1, p. 21-25, Jul. 1983.
PAIVA, H. J. Articulação Temporomandibular, Aspectos Anatômicos e Clínicos. In:
PAIVA, H. P. et al. Oclusão, Noções e Conceitos Básicos. São Paulo: Santos,
1997.
96
PAJUABA, P. N. A. et al. Avaliação de técnicas de moldagem com alginato para
próteses totais. Rev Assoc Paul Cir Dent, São Paulo, v. 56, n. 3, p. 199-203,
maio/jun. 2002.
PARDINI, L. C. Manual do Curso de Teleodontologia. Universidade de São Paulo,
Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, 2005.
PAULINO, S. M.; PARDINI, L. C. Exame Radiográfico Panorâmico: Desdentado
total. ago. 2006. Disponível em:
<http://podae.forp.usp.br/index.php?Option=com_content&task=view&id=61&Itemid=
20>. Acesso em: 10 out. 2006.
PAULINO, S. M. et al. Utilização do exame radiográfico panorâmico em pacientes
desdentados - Estudo de 150 pacientes. Rev Paul Odontol, São Paulo, v. 14, n. 2,
p. 34-40, mar./abr. 1992.
PETRELLI, E. Ortodontia para Fonoaudiologia. São Paulo: Lovise, 1992.
QUELUZ, D. P.; DOMETTI, S. S. Expectativa do paciente em relação à prótese total.
Rev Bras Prótese, Curitiba, v. 2, n. 9, set./out. 2000.
RAMOS, J. P. et al. Satisfação dos Pacientes Portadores de Prótese Total. J
Odontol FAFICA, Catanduva, v. 1, n. 1, 2001.
RIZZATTI-BARBOSA, C. M.; DALLARI, A. Alterações oclusais da prótese total antes
e após sua polimerização: análise da variação do ângulo das cúspides do primeiro
molar superior. Rev Gaúcha Odontol, Porto Alegre, v. 44, n. 2, p. 83-6, mar./abr.
1996.
RUFFINO, A. R. Improved occlusion anatomy of acrylic resin denture teeth. J
Prosthet Dent, St. Louis, v. 52, n. 2, p. 300-302, Aug. 1984.
SANTOS, J. Jr. Oclusão: princípios e conceitos. São Paulo: Santos, 1996.
______. Oclusão clínica: Atlas colorido. São Paulo: Santos, 1995.
SAUNDERS, M. Nutrition and oral health in the elderly. Dent Clin North Amer,
Philadelphia, v. 41, n. 4, p. 681-698, Oct.1997.
97
SCHWEIGER, J. W. Prosthetic considerations for the aging. J Prosthet Dent, St.
Louis, v. 9, n. 4, p. 555-558, Jul./Aug. 1959.
SHEIHAM, A. et al. The relationship among dental status, nutrient intake and
nutritional status in older people. J Dent Res, Washington, v. 80, n. 2, p. 408-413,
Feb. 2001.
SHIMAZAKI, Y. et al. Influence of dentition status on physical disability, mental
impairment and mortality in institutionalized elderly people. J Dent Res, Washington,
v. 80, n. 1, p. 340-345, Jan. 2001.
TAMAKI, S. T.; TANNURE, A. L. P.; TAMAKI, T. Etiologia e tratamento das
disfunções da articulação temporomandibular em edentados totais. Rev Bras
Odontol, Rio de Janeiro, v. 57, n. 1, p. 2-7, jan./fev. 1990.
TELLES, R.; TELLES, D. Próteses totais imediatas convencionais. In: TELLES, D.;
HOLLWEG, H.; CASTELLUCCI, L. Prótese Total Convencional e sobre
Implantes. 2. ed. São Paulo: Santos, 2004. Cap. 6, p. 243-259.
TURANO, J. C. e TURANO, L. M. Fatores determinantes da oclusão em prótese
total. In: ______. Fundamentos de prótese total. 4. ed. São Paulo: Quintessence,
1998. Cap.13.
______. Fundamentos de prótese total. 6. ed. São Paulo: Santos, 2002. p. 9-26.
WAYLER, A. H.; CHAUNCEY, H. H. Impact of complete dentures and impaired
natural dentition on masticatory performance and food choice in healthy aging men. J
Prosthet Dent, St. Louis, v. 49, n. 3, p. 427-433, Mar. 1983.
WIDMALM, S. E. et al. Association between CMD signs and symptoms, oral
parafunctions, race and Sex, in 4 - 6 year old African - American and Caucasian
children. J Oral Rehabil, Oxford, v. 22, n. 2, p. 95-100, Feb. 1995.
WHITMYER, C. C.; ESPOSITO, S. J. Principles of speech and their applications to
dental reconstruction. Comp Continuing Educ Dent, Jamesburg, v. 19, n. 4, p. 378-
385, Apr. 1998.
WOLF, S. M. R. O significado psicológico da perda dos dentes. Rev Assoc Paul Cir
Dent, São Paulo, v. 52, n. 4, p. 307-316, jul./ago.1998.
98
99
ANEXOS
100
ANEXO A – APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA
101
ANEXO B – TERMO DE ESCLARECIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro(a) Senhor(a)
Eu, Edison Stecca, cirurgião dentista, portador do CPF 010176676-91, CRO 4557-
MG, estabelecida na Rua Ibituruna, nº 108, casa 3 / 202, CEP 20271-020, na cidade
do Rio de Janeiro, cujo telefone de contato é (032) 32122765, vou desenvolver uma
pesquisa cujo título é “Reabilitação Oral com Próteses Totais Convencionais:
Avaliação da Fonética, a Estabilidade Intra-oral e do Grau de Satisfação dos
Pacientes”.
O propósito deste trabalho é avaliar a fonética, a estabilidade intra-oral e o grau de
satisfação dos pacientes submetidos à reabilitação oral com próteses totais
convencionais, no Curso de Especialização em Prótese do Pós-Odonto SUPREMA,
da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora/MG.
O participante da pesquisa autorizará expressamente através de termo, o uso e
divulgação da sua imagem em gravação de fotos, vídeos, sons, e o que mais for
necessário para este estudo, renunciando expressamente a quaisquer direitos daí
decorrentes.
A sua participação nesta pesquisa é voluntária e a avaliação clínica não acarretará
qualquer risco, nem trará desconfortos. Além disso, sua participação é importante,
visto que serão empregadas todas as técnicas na confecção, não deixando que
nenhuma falha atrapalhe a funcionalidade da prótese. Dessa forma, devemos
envidar todos os nossos esforços em prol da saúde geral dos participantes
edentados, estabilizando sua funcionalidade intra-oral, facilitando sua reintegração
social completa, através da reconstrução de sua face e de sua auto-estima. Informo
que o Sr(a) tem a garantia de acesso, em qualquer etapa do estudo, sobre qualquer
esclarecimento de eventuais dúvidas. Caso venha a ter alguma consideração ou
dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato com o Comitê de Ética em
Pesquisa (CEP) da Universidade Veiga de Almeida, situado na Rua Ibituruna 108 –
Tijuca, fone 32343024 e comunique-se com a Profª. Drª. Mônica de Brito. Também é
garantida a liberdade da retirada de consentimento a qualquer momento e deixar de
participar do estudo.
As informações obtidas serão analisadas em conjunto com outras pessoas, não
sendo divulgado o nome de nenhum dos participantes.
O Sr(a). tem o direito de ser mantido atualizado sobre os resultados parciais das
pesquisas e caso seja solicitado, prestarei as informações disponíveis.
Não existirá ressarcimento de despesas ou compensações pessoais para o
participante em qualquer fase do estudo. Também não há compensação financeira
relacionada à sua participação.
Eu me comprometo a utilizar os dados coletados somente para pesquisa e os
resultados serão veiculados através de artigos científicos em revistas especializadas
e/ou em encontros científicos e congressos, sem menção ao nome do participante.
Anexo está o consentimento livre e esclarecido para ser assinado caso não tenha
ficado qualquer dúvida.
Rua: Ibituruna, 108 – Tijuca – Rio de Janeiro – RJ – CEP: 20271-020
Telefone: (0xx21) 2574-8871 – Fax: (0xx21) 2264-5424 /32343024 –
Internet: www.uva.br
102
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Declaro ter sido suficientemente informado a respeito do estudo “Reabilitação Oral
com Próteses Totais Convencionais: Avaliação da Fonética, de Estabilidade Intra-
Oral e do Grau de Satisfação dos Pacientes. Ficaram claros para mim quais são os
propósitos do estudo, os procedimentos a serem realizados, as garantias de
confidencialidade e de esclarecimentos permanentes.
Ficou claro também que a minha participação é isenta de despesas e que tenho
garantia de acesso aos resultados e de esclarecer minhas dúvidas a qualquer
tempo.
Concordo voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar o meu
consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidade ou
prejuízo ou perda de qualquer benefício que eu possa ter adquirido.
Juiz de Fora, ___ de ______________ de 2007.
____________________________________
Assinatura do paciente
103
APÊNDICES
104
APÊNDICE A
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA SAÚDE JUIZ DE FORA
PÓS – ODONTO SUPREMA
FICHA CLÍNICA DE TRIAGEM DE PACIENTE
FICHA nº: ______
Nome:______________________________________________________________
Endereço: ___________________________________________________________
Data do nascimento:__________ Estado Civil:_____________ Tel:______________
Grau/Escolaridade:_______Profissão:________________Data do Exame:__/__/___
1 – Anamnese
a) Prótese em uso: ( ) PPR Sup; ( ) PPR Inf; ( ) PTC Sup. ( ) PTC Inf.
b) Queixa principal:______________________________________________
c) Sente dor de estômago?________________________________________
d) Apresenta algum tipo de lesão? Qual?_____________________________
e) Está em tratamento médico? Qual?_______________________________
f) Avaliação visual da área basal: maxila ( ); mandíbula ( )
(Insuficiente, Regular, Boa, Ótima)
2 – Avaliação Clínica
a) Pressão digital com o dedo indicador sobre os pré-molares/molares.
Estabilidade: PTC Superior: satisfatória ( ) insatisfatória ( ).
PTC Inferior: satisfatória ( ) insatisfatória ( ).
b) Movimentos funcionais, motricidade oral labial:
satisfatória ( ) insatisfatória ( ).
c) Movimentação lingual:
satisfatória ( ) insatisfatória ( ).
d) Movimentos de bochechas
satisfatória ( ) insatisfatória ( ).
__________________________________
Assinatura do cirurgião-dentista responsável
105
APÊNDICE B
QUESTIONÁRIO PARA A AVALIAÇÃO DO GRAU DE SATISFAÇÃO E
AUTO-ESTIMA DE PACIENTES PORTADORES DE PRÓTESES TOTAIS
Satisfação Subjetiva
1) Das figuras abaixo, escolha aquela que representa a sua satisfação com a
prótese (dentadura) realizada na Suprema em relação à ESTÉTICA.
2) Das figuras abaixo, escolha aquela que representa a sua satisfação com a
prótese (dentadura) realizada na Suprema em relação à MASTIGAÇÃO.
3) Das figuras abaixo, escolha aquela que representa a sua satisfação com a
prótese (dentadura) realizada na Suprema em relação à
RETENÇÃO/ESTABILIDADE (FIRMEZA).
4) Das figuras abaixo, escolha aquela que representa a QUALIDADE DA SUA VIDA
após a colocação das próteses.
106
APÊNDICE C
QUESTIONÁRIO PARA A AVALIAÇÃO DO GRAU DE SATISFAÇÃO E
AUTO-ESTIMA DE PACIENTES EM RELAÇÃO AO USO DE
NOVAS PRÓTESES TOTAIS
Nome:
Idade:
Sexo:
Com relação à Prótese Antiga:
Conseguia se alimentar bem? (mastigar) Sim ( ) Não ( )
Tinha dificuldade de falar determinadas palavras? Sim ( ) Não ( )
Estava satisfeito com a estética? Sim ( ) Não ( )
Sentia-se confortável com ela na boca? Sim ( ) Não ( )
Estava em perfeito estado de conservação? Sim ( ) Não ( )
Há quanto tempo usava a prótese antiga? _______anos
Qual a opinião dos familiares quanto à estética? ____________________________
Qual o motivo da substituição? __________________________________________
Com relação à Nova Prótese:
Consegue se alimentar bem? (mastigar) Sim ( ) Não ( )
Tem dificuldade de falar determinadas palavras? Sim ( ) Não ( )
Está satisfeito com a estética? Sim ( ) Não ( )
Sente-se confortável com ela na boca? Sim ( ) Não ( )
Ela está em perfeito estado de conservação? Sim ( ) Não ( )
Qual a opinião dos familiares quanto à estética? ____________________________
107
APÊNDICE D
Mann-Whitney Test
Ranks
SATISFAÇÃO
Conseguia se alimentar
bem? PTC antiga
N Mean Rank Sum of Ranks
Estética
Sim 7 6,36 44,50
Não 5 6,70 33,50
Total 12
Mastigação
Sim 7 6,50 45,50
Não 5 6,50 32,50
Total 12
Firmeza
Sim 7 6,50 45,50
Não 5 6,50 32,50
Total 12
Qualidade de vida
Sim 7 6,21 43,50
Não 5 6,90 34,50
Total 12
Test Statistics(c)
SATISFAÇÃO
Estética Mastigação Firmeza
Qualidade
de Vida
Mann-Whitney U 16,500 17,500 17,500 15,500
Wilcoxon W 44,500 32,500 32,500 43,500
Z -,251 ,000 ,000 -,396
Asymp. Sig. (2-tailed) ,802 1,000 1,000 ,692
Exact Sig. [2*(1-tailed Sig.)] ,876(a) 1,000(a) 1,000(a) ,755(a)
Monte Carlo Sig.
(2-tailed)
Sig. 1,000(b) 1,000(b) 1,000(b) 1,000(b)
99%
Confidence
Interval
Lower Bound 1,000 1,000 1,000 1,000
Upper Bound 1,000 1,000 1,000 1,000
Monte Carlo Sig.
(1-tailed)
Sig. ,677(b) ,649(b) ,649(b) ,579(b)
99%
Confidence
Interval
Lower Bound ,665 ,636 ,636 ,566
Upper Bound ,689 ,661 ,661 ,591
(a) Not corrected for ties.
(b) Based on 10000 sampled tables with starting seed 2000000.
(c) Grouping Variable: conseguia se alimentar bem? PTC antiga
108
APÊNDICE E
Two-Sample Kolmogorov-Smirnov Test
Frequencies
SATISFAÇÃO
Conseguia se alimentar
bem? PTC antiga
N
Estética
Sim 7
Não 5
Total 12
Mastigação
Sim 7
Não 5
Total 12
Firmeza
Sim 7
Não 5
Total 12
Qualidade de vida
Sim 7
Não 5
Total 12
Test Statistics (b)
SATISFAÇÃO
Estética Mastigação Firmeza
Qualidade
de Vida
Most Extreme
Differences
Absolute ,057 ,057 ,057 ,114
Positive ,057 ,057 ,057 ,114
Negative ,000 -,029 -,029 ,000
Kolmogorov-Smirnov Z ,098 ,098 ,098 ,195
Asymp. Sig. (2-tailed) 1,000 1,000 1,000 1,000
Monte Carlo
Sig. (2-tailed)
Sig. 1,000(a) 1,000(a) 1,000(a) 1,000(a)
99% Confidence
Interval
Lower Bound 1,000 1,000 1,000 1,000
Upper Bound 1,000 1,000 1,000 1,000
(a) Based on 10000 sampled tables with starting seed 2000000.
(b) Grouping Variable: conseguia se alimentar bem? PT antiga
109
APÊNDICE F
Mann-Whitney Test
Ranks
SATISFAÇÃO
Tinha dificuldade em falar
determinadas palavras?
PTC antiga
N Mean Rank Sum of Ranks
Estética
Sim 0(a) ,00 ,00
Não 12 6,50 78,00
Total 12
Mastigação
Sim 0(a) ,00 ,00
Não 12 6,50 78,00
Total 12
Firmeza
Sim 0(a) ,00 ,00
Não 12 6,50 78,00
Total 12
Qualidade de vida
Sim 0(a) ,00 ,00
Não 12 6,50 78,00
Total 12
(a) Mann-Whitney Test cannot be performed on empty groups.
110
APÊNDICE G
Two-Sample Kolmogorov-Smirnov Test
Frequencies
SATISFAÇÃO
Tinha dificuldade em falar
determinadas palavras?
PTC antiga
N
Estética
Sim 0
Não 12
Total 12(a)
Mastigação
Sim 0
Não 12
Total 12(a)
Firmeza
Sim 0
Não 12
Total 12(a)
Qualidade de vida
Sim 0
Não 12
Total 12(a)
(a) There are not enough cases in one or more groups.
Two-Sample Kolmogorov-Smirnov Test cannot be performed.
111
APÊNDICE H
Mann-Whitney Test
Ranks
SATISFAÇÃO
Estava satisfeito com a
estética? PTC antiga
N Mean Rank Sum of Ranks
Estética
Sim 0(a) ,00 ,00
Não 12 6,50 78,00
Total 12
Mastigação
Sim 0(a) ,00 ,00
Não 12 6,50 78,00
Total 12
Firmeza
Sim 0(a) ,00 ,00
Não 12 6,50 78,00
Total 12
Qualidade de vida
Sim 0(a) ,00 ,00
Não 12 6,50 78,00
Total 12
(a) Mann-Whitney Test cannot be performed on empty groups.
112
APÊNDICE I
Two-Sample Kolmogorov-Smirnov Test
Frequencies
SATISFAÇÃO
Estava satisfeito com s
estética? PTC antiga
N
Estética
Sim 0
Não 12
Total 12(a)
Mastigação
Sim 0
Não 12
Total 12(a)
Firmeza
Sim 0
Não 12
Total 12(a)
Qualidade de vida
Sim 0
Não 12
Total 12(a)
(a) There are not enough cases in one or more groups.
Two-Sample Kolmogorov-Smirnov Test cannot be performed.
113
APÊNDICE J
Mann-Whitney Test
Ranks
SATISFAÇÃO
Sentia-se confortável com
ela na boca? PTC antiga
N Mean Rank Sum of Ranks
Estética
Sim 9 6,83 61,50
Não 3 5,50 16,50
Total 12
Mastigação
Sim 9 7,33 66,00
Não 3 4,00 12,00
Total 12
Firmeza
Sim 9 6,78 61,00
Não 3 5,67 17,00
Total 12
Qualidade de vida
Sim 9 7,17 64,50
Não 3 4,50 13,50
Total 12
Test Statistics(c)
SATISFAÇÃO
Estética Mastigação Firmeza
Qualidade
de Vida
Mann-Whitney U 10,500 6,000 11,000 7,500
Wilcoxon W 16,500 12,000 17,000 13,500
Z -,856 -1,563 -,521 -1,354
Asymp. Sig. (2-tailed) ,392 ,118 ,602 ,176
Exact Sig. [2*(1-tailed Sig.)] ,600(a) ,209(a) ,727(a) ,282(a)
Monte Carlo
Sig. (2-tailed)
Sig. 1,000(b) ,235(b) ,805(b) ,498(b)
99% Confidence
Interval
Lower Bound 1,000 ,224 ,794 ,485
Upper Bound 1,000 ,246 ,815 ,511
Monte Carlo
Sig. (1-tailed)
Sig. ,540(b) ,163(b) ,443(b) ,262(b)
99% Confidence
Interval
Lower Bound ,527 ,153 ,430 ,250
Upper Bound ,552 ,172 ,456 ,273
(a) Not corrected for ties.
(b) Based on 10000 sampled tables with starting seed 957002199.
(c) Grouping Variable: sentia-se confortável com ela na boca? PTC antiga.
114
APÊNDICE K
Two-Sample Kolmogorov-Smirnov Test
Frequencies
SATISFAÇÃO
Sentia-se confortável com
ela na boca? PTC antiga
N
Estética
Sim 9
Não 3
Total 12
Mastigação
Sim 9
Não 3
Total 12
Firmeza
Sim 9
Não 3
Total 12
Qualidade de vida
Sim 9
Não 3
Total 12
Test Statistics (b)
SATISFAÇÃO
Estética Mastigação Firmeza
Qualidade de
vida
Most
Extreme
Differenc
es
Absolute
,222 ,556 ,222 ,444
Positive
,000 ,000 ,000 ,000
Negative
-,222 -,556 -,222 -,444
Kolmogorov-Smirnov Z
,333 ,833 ,333 ,667
Asymp. Sig. (2-tailed)
1,000 ,491 1,000 ,766
Monte
Carlo Sig.
(2-tailed)
Sig.
1,000(a) ,233(a) 1,000(a) ,498(a)
99%
Confidence
Interval
Lower Bound
1,000 ,222 1,000 ,485
Upper Bound
1,000 ,244 1,000 ,511
(a) Based on 10000 sampled tables with starting seed 957002199.
(b) Grouping Variable: sentia-se confortável com ela na boca? PTC antiga.
115
APÊNDICE L
Mann-Whitney Test
Ranks
SATISFAÇÃO
Estava em perfeito
estado de conservação?
PTC antiga
N Mean Rank Sum of Ranks
Estética
Sim 0(a) ,00 ,00
Não 11 6,00 6,00
Total 11
Mastigação
Sim 0(a) ,00 ,00
Não 11 6,00 6,00
Total 11
Firmeza
Sim 0(a) ,00 ,00
Não 11 6,00 6,00
Total 11
Qualidade de vida
Sim 0(a) ,00 ,00
Não 11 6,00 6,00
Total 11
(a) Mann-Whitney Test cannot be performed on empty groups.
116
APÊNDICE M
Two-Sample Kolmogorov-Smirnov Test
Frequencies
SATISFAÇÃO
Estava em perfeito estado
de conservação?
PTC antiga
N
Estética
Sim 0
Não 11
Total 11(a)
Mastigação
Sim 0
Não 11
Total 11(a)
Firmeza
Sim 0
Não 11
Total 11(a)
Qualidade de vida
Sim 0
Não 11
Total 11(a)
(a) There are not enough cases in one or more groups.
Two-Sample Kolmogorov-Smirnov Test cannot be performed.
117
Warnings
There are not enough valid cases to perform the Mann-Whitney Test for satisfação com a estética * há
quanto tempo usava a próteses antiga? (1, 2). No statistics are computed.
There are not enough valid cases to perform the Mann-Whitney Test for satisfação com a mastigação *
há quanto tempo usava a próteses antiga? (1, 2). No statistics are computed.
There are not enough valid cases to perform the Mann-Whitney Test for satisfação com a firmeza * há
quanto tempo usava a próteses antiga? (1, 2). No statistics are computed.
There are not enough valid cases to perform the Mann-Whitney Test for satisfação com a qualidade de
vida * há quanto tempo usava a próteses antiga? (1, 2). No statistics are computed.
There are not enough valid cases to perform the Two-Sample Kolmogorov-Smirnov Test for satisfação
com a estética * há quanto tempo usava a próteses antiga? (1, 2). No statistics are computed.
There are not enough valid cases to perform the Two-Sample Kolmogorov-Smirnov Test for satisfação
com a mastigação * há quanto tempo usava a próteses antiga? (1, 2). No statistics are computed.
There are not enough valid cases to perform the Two-Sample Kolmogorov-Smirnov Test for satisfação
com a firmeza * há quanto tempo usava a próteses antiga? (1, 2). No statistics are computed.
There are not enough valid cases to perform the Two-Sample Kolmogorov-Smirnov Test for satisfação
com a qualidade de vida * há quanto tempo usava a próteses antiga? (1, 2). No statistics are computed.
118
APÊNDICE N
Mann-Whitney Test
Ranks
SATISFAÇÃO
Qual a opinião dos
familiares quanto
estética? PTC antiga
N Mean Rank Sum of Ranks
Estética
Sim 1 4,50 4,50
Não 8 5,06 40,50
Total 9
Mastigação
Sim 1 9,00 9,00
Não 8 4,50 36,00
Total 9
Firmeza
Sim 1 9,00 9,00
Não 8 4,50 36,00
Total 9
Qualidade de vida
Sim 1 8,50 8,50
Não 8 4,56 36,50
Total 9
Test Statistics (c)
SATISFAÇÃO
Estética Mastigação Firmeza
Qualidade
de vida
Mann-Whitney U
3,500 ,000 ,000 ,500
Wilcoxon W
4,500 36,000 36,000 36,500
Z
-,354 -1,852 -1,852 -1,871
Asymp. Sig. (2-tailed)
,724 ,064 ,064 ,061
Exact Sig. [2*(1-tailed Sig.)]
,889(a) ,222(a) ,222(a) ,222(a)
Monte Carlo
Sig. (2-tailed)
Sig.
1,000(b) ,111(b) ,111(b) ,228(b)
99%
Confidence
Interval
Lower Bound
1,000 ,103 ,103 ,217
Upper Bound
1,000 ,119 ,119 ,239
Monte Carlo
Sig. (1-tailed)
Sig.
,889(b) ,111(b) ,111(b) ,228(b)
99%
Confidence
Interval
Lower Bound
,880 ,103 ,103 ,217
Upper Bound
,897 ,119 ,119 ,239
(a) Not corrected for ties.
(b) Based on 10000 sampled tables with starting seed 1993510611.
(c) Grouping Variable: qual a opinião dos familiares quanto à estética? PTC antiga.
119
Two-Sample Kolmogorov-Smirnov Test
Frequencies
SATISFAÇÃO
Qual a opinião dos
familiares quanto à
estética? PTC antiga
N
Estética
Gostavam 1
Não gostavam 8
Total 9
Mastigação
Gostavam 1
Não gostavam 8
Total 9
Firmeza
Gostavam 1
Não gostavam 8
Total 9
Qualidade de vida
Gostavam 1
Não gostavam 8
Total 9
120
APÊNDICE O
Mann-Whitney Test
Ranks
SATISFAÇÃO
Consegue alimenta
r
-se
bem? Nova PTC
N Mean Rank Sum of Ranks
Estética
Sim 11 6,59 72,50
Não 1 5,50 5,50
Total 12
Mastigação
Sim 11 6,27 69,00
Não 1 9,00 9,00
Total 12
Firmeza
Sim 11 6,73 74,00
Não 1 4,00 4,00
Total 12
Qualidade de vida
Sim 11 6,68 73,50
Não 1 4,50 4,50
Total 12
Test Statistics(c)
SATISFAÇÃO
Estética Mastigação Firmeza
Qualidade
de vida
Mann-Whitney U
4,500 3,000 3,000 3,500
Wilcoxon W
5,500 69,000 4,000 4,500
Z
-,447 -,816 -,816 -,707
Asymp. Sig. (2-tailed)
,655 ,414 ,414 ,480
Exact Sig. [2*(1-tailed Sig.)]
,833(a) ,667(a) ,667(a) ,667(a)
Monte Carlo
Sig. (2-tailed)
Sig.
1,000(b) 1,000(b)
1,000(b
)
1,000(b)
99% Confidence
Interval
Lower Bound
1,000 1,000 1,000 1,000
Upper Bound
1,000 1,000 1,000 1,000
Monte Carlo
Sig. (1-tailed)
Sig.
,840(b) ,414(b) ,586(b) ,675(b)
99% Confidence
Interval
Lower Bound
,831 ,401 ,574 ,663
Upper Bound
,850 ,426 ,599 ,687
(a) Not corrected for ties.
(b) Based on 10000 sampled tables with starting seed 79654295.
(c) Grouping Variable: consegue alimentar-se bem? Nova PTC.
121
Two-Sample Kolmogorov-Smirnov Test
Frequencies
SATISFAÇÃO
Consegue alimenta
r
-se
bem? Nova PTC
N
Estética
Sim 11
Não 1
Total 12
Mastigação
Sim 11
Não 1
Total 12
Firmeza
Sim 11
Não 1
Total 12
Qualidade de vida
Sim 11
Não 1
Total 12
122
APÊNDICE P
Mann-Whitney Test
Ranks
SATISFAÇÃO
Tem dificuldade em
falar determinadas
palavras? PTC antiga
N Mean Rank Sum of Ranks
Estética
Sim 1 5,50 5,50
Não 11 6,59 72,50
Total 12
Mastigação
Sim 1 9,00 9,00
Não 11 6,27 69,00
Total 12
Firmeza
Sim 1 6,73 4,00
Não 11 4,00 74,00
Total 12
Qualidade de vida
Sim 1 6,68 4,50
Não 11 4,50 73,50
Total 12
Test Statistics (c)
SATISFAÇÃO
Estética Mastigação Firmeza
Qualidade
de Vida
Mann-Whitney U 4,500 3,000 3,000 3,500
Wilcoxon W 5,500 69,000 4,000 4,500
Z -,447 -,816 -,816 -,707
Asymp. Sig. (2-tailed) ,655 ,414 ,414 ,480
Exact Sig. [2*(1-tailed Sig.)] ,833(a) ,667(a) ,667(a) ,667(a)
Monte Carlo
Sig. (2-tailed)
Sig. 1,000(b) 1,000(b) 1,000(b) 1,000(b)
99%
Confidence
Interval
Lower Bound 1,000 1,000 1,000 1,000
Upper Bound 1,000 1,000 1,000 1,000
Monte Carlo
Sig. (1-tailed)
Sig. ,832(b) ,413(b) ,587(b) ,665(b)
99%
Confidence
Interval
Lower Bound ,822 ,401 ,574 ,653
Upper Bound ,841 ,426 ,599 ,677
(a) Not corrected for ties.
(b) Based on 10000 sampled tables with starting seed 475497203.
(c) Grouping Variable: tem dificuldade em falar determinadas palavras? Nova PTC.
123
Two-Sample Kolmogorov-Smirnov Test
Frequencies
SATISFAÇÃO
Tem dificuldade em falar
determinadas palavras?
Nova PTC
N
Estética
Sim 1
Não 11
Total 12
Mastigação
Sim 1
Não 11
Total 12
Firmeza
Sim 1
Não 11
Total 12
Qualidade de vida
Sim 1
Não 11
Total 12
124
APÊNDICE Q
Mann-Whitney Test
Ranks
SATISFAÇÃO
Está satisfeito com a
estética? Nova PTC
N Mean Rank Sum of Ranks
Estética
Sim 12 6,50 78,00
Não 10(a) ,00 ,00
Total 12
Mastigação
Sim 12 6,50 78,00
Não 10(a) ,00 ,00
Total 12
Firmeza
Sim 12 6,50 78,00
Não 10(a) ,00 ,00
Total 12
Qualidade de vida
Sim 12 6,50 78,00
Não 10(a) ,00 ,00
Total 12
(a) Mann-Whitney Test cannot be performed on empty groups.
125
APÊNDICE R
Two-Sample Kolmogorov-Smirnov Test
Frequencies
SATISFAÇÃO
Está satisfeito com a
estética? Nova PTC
N
Estética
Sim 12
Não 0
Total 12
Mastigação
Sim 12
Não 0
Total 12
Firmeza
Sim 12
Não 0
Total 12
Qualidade de vida
Sim 12
Não 0
Total 12
(a) There are not enough cases in one or more groups.
Two-Sample Kolmogorov-Smirnov Test cannot be performed.
126
APÊNDICE S
Mann-Whitney Test
Ranks
SATISFAÇÃO
Ela está em perfeito
estado? Nova PTC
N Mean Rank Sum of Ranks
Estética
Sim 12 6,50 78,00
Não 10(a) ,00 ,00
Total 12
Mastigação
Sim 12 6,50 78,00
Não 10(a) ,00 ,00
Total 12
Firmeza
Sim 12 6,50 78,00
Não 10(a) ,00 ,00
Total 12
Qualidade de vida
Sim 12 6,50 78,00
Não 10(a) ,00 ,00
Total 12
(a) Mann-Whitney Test cannot be performed on empty groups.
Two-Sample Kolmogorov-Smirnov Test
Frequencies
SATISFAÇÃO
Ela está em perfeito
estado? Nova PTC
N
Estética
Sim 12
Não 0
Total 12(a)
Mastigação
Sim 12
Não 0
Total 12(a)
Firmeza
Sim 12
Não 0
Total 12(a)
Qualidade de vida
Sim 12
Não 0
Total 12(a)
(a) There are not enough cases in one or more groups.
Two-Sample Kolmogorov-Smirnov Test cannot be performed.
127
APÊNDICE T
Mann-Whitney Test
Ranks
SATISFAÇÃO
Está satisfeito com a
estética? Nova PTC
N Mean Rank Sum of Ranks
Estética
Gostavam 12 6,50 78,00
Não gostavam 10(a) ,00 ,00
Total 12
Mastigação
Gostavam 12 6,50 78,00
Não gostavam 10(a) ,00 ,00
Total 12
Firmeza
Gostavam 12 6,50 78,00
Não gostavam 10(a) ,00 ,00
Total 12
Qualidade de vida
Gostavam 12 6,50 78,00
Não gostavam 10(a) ,00 ,00
Total 12
(a) Mann-Whitney Test cannot be performed on empty groups.
128
APÊNDICE U
Two-Sample Kolmogorov-Smirnov Test
Frequencies
SATISFAÇÃO
Qual a opinião dos
familiares quanto à
estética? Nova PTC
N
Estética
Gostavam 12
Não gostavam 0
Total 12(a)
Mastigação
Gostavam 12
Não gostavam 0
Total 12(a)
Firmeza
Gostavam 12
Não gostavam 0
Total 12(a)
Qualidade de vida
Gostavam 12
Não gostavam 0
Total 12(a)
(a) There are not enough cases in one or more groups.
Two-Sample Kolmogorov-Smirnov Test cannot be performed.
129
APÊNDICE V
Mann-Whitney Test
Ranks
SATISFAÇÃO
Sente-se confortável
com ela na boca?
Nova PTC
N Mean Rank Sum of Ranks
Estética
Sim 11 6,59 72,50
Não 1 5,50 5,50
Total 12
Mastigação
Sim 11 6,27 69,00
Não 1 9,00 9,00
Total 12
Firmeza
Sim 11 6,73 74,00
Não 1 4,00 4,00
Total 12
Qualidade de vida
Sim 11 6,68 73,50
Não 1 4,50 4,50
Total 12
Test Statistics (c)
SATISFAÇÃO
Estética Mastigação Firmeza
Qualidade de
vida
Mann-Whitney U 4,500 3,000 3,000 3,500
Wilcoxon W 5,500 69,000 4,000 4,500
Z -,447 -,816 -,816 -,707
Asymp. Sig. (2-tailed) ,655 ,414 ,414 ,480
Exact Sig. [2*(1-tailed Sig.)] ,833(a) ,667(a) ,667(a) ,667(a)
Monte
Carlo Sig.
(2-tailed)
Sig. 1,000(b) 1,000(b) 1,000(b) 1,000(b)
99%
Confidence
Interval
Lower Bound 1,000 1,000 1,000 1,000
Upper Bound 1,000 1,000 1,000 1,000
Monte
Carlo Sig.
(1-tailed)
Sig. ,837(b) ,418(b) ,582(b) ,665(b)
99%
Confidence
Interval
Lower Bound ,827 ,405 ,569 ,652
Upper Bound ,846 ,431 ,595 ,677
(a) Not corrected for ties.
(b) Based on 10000 sampled tables with starting seed 726961337.
(c) Grouping Variable: sente-se confortável com ela na boca? Nova PTC.
130
APÊNDICE W
Two-Sample Kolmogorov-Smirnov Test
Frequencies
SATISFAÇÃO
Sente-se confortável com
ela na boca? Nova PTC
N
Estética
Sim 11
Não 1
Total 12
Mastigação
Sim 11
Não 1
Total 12
Firmeza
Sim 11
Não 1
Total 12
Qualidade de vida
Sim 11
Não 1
Total 12
131
APÊNDICE X
Mann-Whitney Test
Ranks
SATISFAÇÃO
Qual o motivo da
substituição da PTC
antiga?
N Mean Rank Sum of Ranks
Estética
Outros 7 6,36 44,50
Mastigação 5 6,70 33,50
Total 12
Mastigação
Outros 7 6,50 45,50
Mastigação 5 6,50 32,50
Total 12
Firmeza
Outros 7 6,50 45,50
Mastigação 5 6,50 32,50
Total 12
Qualidade de vida
Outros 7 6,21 43,50
Mastigação 5 6,90 34,50
Total 12
Test Statistics (b)
SATISFAÇÃO
Estética Mastigação Firmeza
Qualidade de
Vida
Mann-Whitney U 16,500 17,500 17,500 15,500
Wilcoxon W 44,500 32,500 32,500 43,500
Z -,251 ,000 ,000 -,396
Asymp. Sig. (2-tailed) ,802 1,000 1,000 ,692
Exact Sig. [2*(1-tailed
Sig.)]
,876(a) 1,000(a) 1,000(a) ,755(a)
(a) Not corrected for ties.
(b) Grouping Variable: mastigação nova PTC.
132
APÊNDICE Y
Two-Sample Kolmogorov-Smirnov Test
Frequencies
SATISFAÇÃO
Sente-se confortável com
ela na boca? Nova PTC
N
Estética
Outros 7
Mastigação 5
Total 12
Mastigação
Outros 7
Mastigação 5
Total 12
Firmeza
Outros 7
Mastigação 5
Total 12
Qualidade de vida
Outros 7
Mastigação 5
Total 12
Test Statistics (a)
SATISFAÇÃO
Estética Mastigação Firmeza
Qualidade
de Vida
Most Extreme
Differences
Absolute ,057 ,057 ,057 ,114
Positive ,057 ,057 ,057 ,114
Negative ,000 -,029 -,029 ,000
Kolmogorov-Smirnov Z ,098 ,098 ,098 ,195
Asymp. Sig. (2-tailed) 1,000 1,000 1,000 1,000
(a) Grouping Variable: mastigação nova PTC.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo