Download PDF
ads:
MARISTELA SELL CLAUDINO DEUSCHLE
O USO DOS GÊNEROS TEXTUAIS NO ENSINO
DE LÍNGUA INGLESA
ITAJAÍ (SC)
2009
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
UNIVALI
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação, Extensão e Cultura - ProPPEC
Curso de Pós-Graduação Stricto Sensu
Programa de Mestrado Acadêmico em Educação – PMAE
MARISTELA SELL CLAUDINO DEUSCHLE
O USO DOS GÊNEROS TEXTUAIS NO ENSINO
DE LÍNGUA INGLESA
Dissertação apresentada ao Colegiado do
PMAE como requisito parcial à obtenção do
grau de Mestre em Educação Área de
concentração: Educação Linha de Pesquisa:
Formação Docente e Identidades
Profissionais - Grupo de Pesquisa: Estudos
Lingüísticos em Língua Estrangeira.
Orientador: Prof. Dr. José Marcelo Freitas de
Luna.
ITAJAÍ (SC)
2009
ads:
UNIVALI
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação, Extensão e Cultura - ProPPEC
Curso de Pós-Graduação Stricto Sensu
Programa de Mestrado Acadêmico em Educação – PMAE
CERTIFICADO DE APROVAÇÃO
MARISTELA SELL CLAUDINO DEUSCHLE
O USO DOS GÊNEROS TEXTUAIS NO ENSINO
DE LÍNGUA INGLESA
Dissertação avaliada e aprovada pela
Comissão Examinadora e referendada pelo
Colegiado do PMAE como requisito parcial à
obtenção do grau de Mestre em Educação.
Itajaí (SC), fevereiro de 2009
Membros da Comissão:
Orientador: ___________________________________
Prof. Dr. José Marcelo Freitas de Luna
Membro Externo: ___________________________________
Prof. Dr. Osmar de Souza
Membro representante do colegiado ___________________________________
Profª. Dra. Valéria Silva Ferreira
Aos meus pais pelo exemplo que são.
Daniela e Eduardo, presentes divino.
Jackson, companheiro inseparável.
AGRADECIMENTOS
A Deus, força maior de minha existência;
Ao Prof. Dr. José Marcelo Freitas de Luna, meu orientador, por acreditar em
mim e por sua paciência e dedicação nesta minha trajetória.
A todos os professores que partilharam brilhantemente seus conhecimentos
teóricos e práticos para a concretização deste sonho e em especial à professora
Dra. Verônica Gesser, por seu carinho, amizade e estímulo para continuar seguindo
sempre.
Às queridas secretárias Núbia e Mariana, por estarem sempre dispostas a
colaborar em todos os momentos.
Às queridas colegas do mestrado que se tornaram muito mais que grandes
amigas: Andréa, Daniela, Lucimar, Marli, Raquel, Regina e Rosane.
À querida professora Patrícia, com sua sempre calorosa e prestimosa
colaboração sem a qual esta pesquisa não teria sido realizada.
À Sra. Silvana Pohl, Supervisora dos professores de língua inglesa da rede
Municipal de Ensino de Joinville, que concedeu a esta pesquisadora todos os
recursos e ajuda necessários para a realização desta pesquisa.
Para todas as minhas verdadeiras e grandes amigas do coração que sempre
estiveram presentes durante esta minha trajetória, ouvindo minhas angústias e
confortando-me com suas doces e sábias palavras.
6
“Não é o desafio com que nos deparamos
que determina quem somos e o que
estamos nos tornando, mas a maneira
com que respondemos ao desafio. Somos
combatentes, idealistas, plenamente
conscientes. Problemas para vencer,
liberdade para provar. E enquanto
acreditamos no nosso sonho, nada é por
acaso.”
(Henfil)
RESUMO
Esta pesquisa tem como tema o uso dos gêneros textuais no ensino da língua
inglesa e insere-se na Linha de Pesquisa Formação Docente e Identidades
Profissionais, abrigado ao Grupo de Pesquisa Estudos Linguísticos e Ensino de
Língua Estrangeira. Desde a publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais
(1998) o uso dos gêneros textuais passou a ser enfatizado no ensino de Língua
Estrangeira, neste caso o inglês. O objetivo geral é descrever a seqüência didática
de aulas baseadas nos gêneros textuais em comparação ao que é preconizado pela
literatura e pelo Programa de Ensino do Município de Joinville. Para isso, com base
nos pressupostos teóricos do interacionismo sócio-discursivo, utilizaram-se as
capacidades de linguagem, partes integrantes das seqüências didáticas, que
envolvem as capacidades de ação, discursiva e lingüística discursiva. Estas três
capacidades viabilizaram um olhar mais detalhado sobre os tipos de conhecimentos
que deveriam ser mobilizados ao se trabalhar com gêneros textuais. Foi realizada
ainda uma análise documental, a partir de uma pesquisa qualitativa para averiguar o
material didático utilizado por uma professora da rede municipal de Joinville,
descrevendo a prática pedagógica observada, com base na metodologia dos
gêneros e investigando se realmente é efetivado o uso das seqüências didáticas. Os
resultados mais relevantes indicam que as seqüências didáticas fazem parte
integrante das aulas analisadas mesmo não sendo constatado, no Programa de
Ensino da Secretaria de Educação de Joinville, um suporte teórico aprofundado
condizente com a metodologia acerca das seqüências didáticas de forma a orientar
e subsidiar o trabalho do professor em sala de aula. Estes resultados levam a inferir
sobre a importância de que o trabalho com gêneros textuais possa ser estendido aos
professores da rede municipal de ensino de Joinville mediante uma formação
continuada acerca deste objeto de pesquisa.
Palavras-chave: Gêneros textuais. Interacionismo socio-discursivo. Seqüências
didáticas. Capacidade de linguagem.
ABSTRACT
The theme of this study is the use of textual genres in English language teaching. It
is part of the line of research Teaching Training and Professional Identity, which is
covered by the Linguistic Studies and Foreign Language Teaching Research Group.
Since the publication of the National Curricular Parameters (1998) the use of textual
genres began to be emphasized in the teaching of Foreign Languages, in this case,
English. The main goal is to describe the didactic sequence of lessons based on the
textual genres, in light of the recommendations of the literature, and the Teaching
Program of the Joinville Secretary of Education. Based on the theoretical and
methodological concepts of socio-discursive interactionism, language capacities were
used which are considered integral parts of the didactic sequence that involves
action, discursive and linguistic-discursive capacities. These three capacities enabled
a detailed look at the types of knowledge that need to be mobilized when working
with textual genres. A documentary analysis was carried out, through a qualitative
study, in order to investigate the didactic material used by a teacher with the
municipal education network of Joinville, describing the pedagogical practice
observed, based on the methodology of textual genres and investigating whether
didactic sequences are really used. The principal results indicate that didactic
sequences are an integral part of the lessons analyzed, even though no deeper
theoretical support was observed in the Teaching Program of the Joinville Secretary
of Education that is in line with the methodology of didactic sequences in order to
guide and support the teacher’s work in the classroom. These results lead to the
inference that the importance of work with textual genres can be extended to English
teachers in the municipal education network of Joinville, through continuing training
on this object of research.
Key words: Text genres. Socio-discursive interactionism. Didactic sequences.
Language capacity.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
....................................................................................................
12
2 OBJETIVOS
...................................................................................................... 17
2.1
OBJETIVO GERAL
.........................................................................................
17
2.2 OBJETIVOS ESPECÍ
FICOS
...........................................................................
17
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓR
ICA
...................................................................... 18
3.1 LINGUAGEM
.................................................................................................. 18
3.2 GÊNEROS TEXTUAIS
................................................................................... 20
3.3
IN
TERACIONISMO SÓCIO
-
DISCURSIVO
ISD
...........................................
26
3.4 Seqüência Didática
..................................................................................... 29
3.4.1 Etapas de uma Seqüência Didática ...........................................................
30
3.4.1.1 Apresentação da Situação ...................................................................... 30
3.4.1.2 Produção Inicial ...................................................................................... 31
3.4.1.3 Módulos .................................................................................................. 32
3.4.1.4 Produção Final ........................................................................................ 34
3.4.2 Capacidades de Linguagem ...................................................................... 35
3.5 Modelo Di
dático de Gênero
....................................................................... 39
4 METODOLOGIA
.............................................................................................. 41
5 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS
.......................................... 44
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
............................................................................ 77
REFERÊNCIAS
.................................................................................................. 81
LISTA DE ANEXOS E APÊNDICE
ANEXO 1: O USO DOS GÊNEROS TEXTUAIS NO ENSINO E NA
APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA ....................................
84
ANEXO 2: PROGRAMA DE ENSINO DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE
JOINVILLE .....................................................................................
85
ANEXO 3: TRABALHO CO
M TEXTOS PUBLICITÁRI
OS
................................
86
ANEXO 4: TERMO DE CO
NSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
............
113
ANEXO 5: AULAS DE OBSERVAÇÃO
.............................................................
116
ANEXO
6
:
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO PARA O ANO DE 2008..
.............. 231
APÊNDICE : QUESTIONÁRIOS
........................................................................
232
LISTA DE SIGLAS
Capacidade de Ação - CA
Capacidade Discursiva - CD
Capacidade Lingüística Discursiva - CLD
Ensino Fundamental - EF
Interacionismo Socio-dicursivo - ISD
Língua Estrangeira - LE
Língua Inglesa - LI
Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN
Seqüência Didática - SD
12
1 INTRODUÇÃO
No Brasil, as propostas de ensino sofreram um impacto no final da cada de
90, quando foram publicados os PCN. Esse documento propõe uma possibilidade de
operacionalização da proposta pedagógica do ensino de línguas, sendo apresentada
como uma alternativa metodológica de trabalho relacionada aos gêneros textuais,
constituindo-se como uma nova alternativa metodológica de importante contribuição
no que tange à pesquisa e à prática pedagógica em linguagem. As orientações
contidas nos PCN, embora se refiram ao ensino de LE para o terceiro e quarto ciclos
em torno de tipos de texto sugerem que o trabalho com o texto deva partir do “[...]
conhecimento sobre a organização de textos orais e escritos [...]” (BRASIL, 1998,
p.31).
Ao adotar uma perspectiva social da linguagem, os PCN (BRASIL, 1998, p.
55) propõem que:
[...] para além da memorização mecânica de regras gramaticais ou das
características de determinado movimento literário, o aluno deve ter meios para
ampliar e articular conhecimentos e competências que possam ser mobilizadas
nas inúmeras situações de uso da língua com que se depara na família, entre
amigos, na escola, no mundo do trabalho.
Segundo a proposta dos PCN (BRASIL, 1998, p. 27), o trabalho em sala de
aula, no que diz respeito ao ensino de LE, neste caso o inglês, pode ser feito com
base no uso dos gêneros textuais:
O uso da linguagem (tanto verbal quanto visual) é essencialmente determinado
pela sua natureza sóciointeracional, pois quem a usa considera aquele a quem
se dirige ou quem produziu um enunciado. Todo significado é dialógico, isto é,
construído pelos participantes do discurso.
Nas escolas joinvilenses, a língua inglesa faz parte das disciplinas
obrigatórias da grade curricular e, muitas vezes, o ensino tem como foco a leitura e a
interpretação de textos, pois é esta a modalidade que se encontra mais ao alcance
dos alunos, que pode lhes proporcionar a interação num mundo real e verdadeiro
dando-lhes condições de conhecer e ter noção de tudo um pouco.
O foco do ensino acima mencionado está relacionado com os PCN de E. F.
parte referente à LE, baseada numa concepção sócio-interacionista de linguagem,
sugere um trabalho mais intensivo de ensino das línguas estrangeiras, por meio da
13
compreensão escrita, haja vista que a leitura é um meio de levar o aluno à obtenção
de informações, de conectá-lo ao mundo e também de permitir que ele realize
exames formais que requeiram o domínio da LE.
Desde então, a utilização de gêneros textuais no ensino de LE tem sido
preocupação constante de professores e pesquisadores, o que tem ocasionado
diversas discussões, pesquisas e publicações a respeito do tema, contribuindo
dessa forma para uma divulgação cada vez maior da necessidade de trabalho com
gêneros textuais.
Atualmente, pesquisas têm enfatizado a relevância do ensino de L.I. com
base em gêneros textuais, como citam Cristóvão (2002) e Meurer (2002).
No início da década de 2000, especialmente no Sul do país, surgiu uma
variedade de trabalhos na área de Lingüística Aplicada dedicados ao estudo de
gêneros textuais. Conforme Motta-Roth (2006, p. 495), “esses trabalhos têm
enfatizado o papel da linguagem em constituir as atividades sociais, as relações
interpessoais e os papéis sociais em contextos específicos”.
A preocupação com o ensino e a aprendizagem de inglês como L.E., com
base em gêneros textuais, tem sido cada vez mais evidente também nas linhas
temáticas em eventos como ENPULI (Encontro Nacional de Professores
Universitários de Língua Inglesa), INPLA (Intercâmbio de Pesquisas em Lingüística
Aplicada) e SIGET (Simpósio Internacional de Estudo dos Gêneros Textuais).
Considerando os aspectos descritos, o presente trabalho analisa e observa os
instrumentos utilizados em aulas de L.I., com base nos gêneros textuais, tendo como
referência a literatura sobre o objeto de estudo e o Programa de ensino do Município
de Joinville.
São apontados como exemplo alguns trabalhos desenvolvidos nessa área: A
Linguagem como Gênero e a Aprendizagem de Língua Inglesa (Vera Lúcia Menezes
de OLIVEIRA e PAIVA); Elaboração de Seqüências Didáticas para o ensino de
Língua Estrangeira Uma Produção coletiva (CRISTÓVÃO, FERRARINI,
PETRECHE, SILVA); O ensino de produção Textual com base em Atividades Sociais
e Gêneros Textuais (DÉSIRÉE MOTTA-ROTH).
Dificuldades e avanços nas práticas de professores, no tocante à adoção de
material didático significativo, fazem surgir como instrumento de ensino-
aprendizagem em L.I., os gêneros textuais, no sentido de desenvolver a capacidade
14
de refletir sobre os mecanismos que participam do processo comunicativo,
possibilitando a interação crítica e consciente na sociedade.
A questão que norteia esta pesquisa é a verificação da utilização dos gêneros
textuais como base teórico-metodológica, conforme consta no Programa do Ensino
de Língua Inglesa do Município de Joinville (2008), observando se esta vem sendo
efetivamente utilizada de acordo com o que preconiza a literatura.
A justificativa para este trabalho é a de que, geralmente, os professores de LI
não têm suporte didático para trabalhar com gêneros textuais. Desta forma, a
exploração e o ensino/aprendizagem dos gêneros textuais ficam restritos aos
procedimentos descritos no material escolhido pelo professor e que, na maioria das
vezes, aborda os gêneros de maneira superficial e não condizente com a realidade
vivida pelos alunos. Além disso, os textos não são trabalhados como um gênero
textual específico, sendo que os mesmos, na maioria das vezes, são utilizados
apenas como instrumentos para a exploração lingüística e/ou gramatical.
Como professora de L.I. em escola pública, surgiu a necessidade de
pesquisar novas áreas do conhecimento no que se refere ao ensino e aprendizagem
de línguas, especificamente quanto ao uso dos Gêneros Textuais nas aulas de
inglês. Pretende-se assim contribuir para que os alunos possam obter um
aprendizado mais produtivo e significativo.
O interesse neste assunto deriva da dificuldade em se ensinar inglês na
escola pública, do baixo rendimento do aluno, da sua falta de interesse pela
disciplina, bem como do discurso de desvalorização do profissional da área de
inglês.
De acordo com documento emitido pelo Ministério da Educação e Secretaria
de Educação Básica em 2006, os organizadores, através de pesquisas realizadas
com professores, apontam que os mesmos expressam o desejo de que as escolas
disponham de condições mais favoráveis para o ensino de idiomas e informam que
os alunos não encontram motivação para essa aprendizagem na escola regular.
Dessa forma, talvez esses fatores contribuam para que os objetivos do ensino de
uma L.E. em escola regular não sejam alcançados. Segundo o documento, o
desconhecimento dos alunos sobre a necessidade e a importância do aprendizado
de um idioma estrangeiro para a vida destes e, conseqüentemente, o
desconhecimento da razão para estudar essa disciplina na escola, pode contribuir
para o seu baixo rendimento e sua falta de interesse.
15
Nota-se também que o quadro de desvalorização da L.E., neste caso,
especificamente a L.I., em conjunto com a crença de que seu ensino na escola
pública é ineficaz, está estreitamente ligado a valores ideológicos (LINHARES, 2004,
p.119).
O trabalho em sala de aula realizado com o uso de Gêneros Textuais é uma
atividade utilizada de forma sutil, por tratar-se de uma metodologia nova e ainda
pouco conhecida pela maioria dos professores. Assim sendo, o presente projeto
justifica-se pela carência de estudos acerca dos objetivos de ensino na área de L.I.
baseados no uso de gêneros textuais nas salas de aula do E das escolas da rede
municipal de Joinville, seguindo as propostas do ISD de Bronckart (1999). A escolha
deste autor para fundamentar a presente pesquisa deve-se ao fato de o mesmo ser
um dos teóricos fundadores da proposta de ensino de línguas com o uso dos
Gêneros Textuais.
Reconfigurar o contexto sóciointeracional da sala de aula, enquanto contexto
de ensino/aprendizagem possibilita ao professor de LI do Ensino Fundamental uma
maior autonomia em relação ao processo de elaboração de um material didático
mais relevante no que concerne à formação de cidadãos atuantes e críticos. Dessa
forma, permite que o aluno desenvolva capacidades de linguagem nas aulas de
inglês, bem como contribui para sua integração social e para o desenvolvimento da
cidadania.
Tal panorama pode ser revertido a partir da postura dos professores de LE,
através de pesquisas sobre sua prática educacional, atuando como colaboradores
para uma efetiva transformação da sociedade. É importante saber se os professores
conhecem as características de diferentes gêneros para que consigam transpô-lo ao
ensino.
Outro aspecto que também deve ser considerado é a verificação de como
ocorre o ensino de uma L.E., neste caso o inglês, sob a perspectiva da utilização de
gêneros textuais. É importante ainda averiguar se o material didático utilizado pelo
professor está de acordo com o que preconiza a metodologia do uso dos gêneros
textuais e constatar se os professores conhecem as características de diferentes
gêneros para que consigam transpô-lo ao ensino. A ênfase da pesquisa encontra-se
na investigação da utilização das SD na prática pedagógica em sala de aula e na
descrição de aulas de uma professora da rede municipal de ensino de Joinville,
conforme o que preconiza a metodologia dos gêneros textuais.
16
Como forma de se atingir os objetivos propostos, este trabalho está dividido
em quatro capítulos, quais sejam:
Fundamentação teórica baseada no que preconizam os principais autores a
respeito de gêneros textuais, interacionismo sóciodiscursivo e seqüências didáticas.
Metodologia, explicitando as etapas da pesquisa e os procedimentos
utilizados para a coleta e análise dos dados.
Apresentação, análise e discussão dos dados coletados à luz do que é
preconizado por Schneuwly e Dolz (2004) no que concerne aos gêneros textuais e
seqüências didáticas e quanto ao interacionismo sóciodiscursivo defendido por
Bronckart (1999).
Nas considerações finais é apresentando o resultado obtido através dos
objetivos propostos, a confirmação ou não da hipótese, assim como as
recomendações para investigações mais aprofundadas a respeito desta pesquisa.
17
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Descrever a seqüência didática de aulas baseadas nos
gêneros textuais em
comparação ao que é preconizado pela literatura e pelo Programa de Ensino do
Município de Joinville.
2.2 Objetivos Específicos
a) Averiguar o material didático utilizado pelo professor com o que preconiza a
metodologia do uso dos gêneros textuais;
b) Descrever uma aula com base na metodologia dos gêneros textuais;
c) Investigar se realmente é efetivado o uso das seqüências didáticas na prática
pedagógica em sala de aula.
18
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 Linguagem
Sabe-se que é pela linguagem que os indivíduos inserem-se, interagem e
comunicam-se com o mundo, ressaltando dessa forma a sua importância como
instrumento de interação e prática social. Saber utilizá-la é uma habilidade cada vez
mais necessária na vida das pessoas. As inúmeras atividades socialmente
realizadas são mediadas pela linguagem.
Nos termos de Martins (1996), com o surgimento das primeiras civilizações,
deu-se o impulso do processo de transmissão do conhecimento que ocorria através
de depoimentos pessoais, em rodas de amigos, no ambiente familiar ou em reuniões
de pequenos grupos que buscavam relatar e divulgar sob o ponto de vista social,
econômico, político ou histórico, relatos verídicos e imaginários. Essa transmissão
de conhecimento entre os membros daquelas comunidades passava de geração a
geração, inicialmente pela tradição oral.
O homem, na sua busca constante de proteção e subsistência, foi ao longo do
tempo evoluindo. Como forma de melhor se comunicar, desenvolveu a técnica da
escrita. A aplicação desta técnica, associada à difusão do saber, ampliou os meios
de comunicação, de início através de manuscritos; mais tarde com a invenção de
Gutenberg por meios impressos e atualmente com a evolução tecnológica por vias
digitais, perpetuando e transmitindo dessa forma o conhecimento humano que
anteriormente o espaço e o tempo impediam de realizar-se.
A interação do homem com o uso das mais modernas tecnologias propiciou a
transformação da civilização. A escrita, associada ao avanço tecnológico, modificou
as relações sociais no que se refere ao poder, à cultura, à educação e às diferentes
formas de comunicação. A escrita é um meio de eternizar a memória humana e de
simbolizar o progresso evolutivo (BURKE, 2002).
Com a propagação dos livros e de documentos com as formas mais variadas
de temas, teorias e conhecimentos, abriram-se novas percepções e outros
entendimentos de mundo para o leitor, desenvolvendo assim aptidões individuais e
coletivas antes nem imaginadas. Todas as transformações geradas da tradição oral
19
à técnica da escrita foram gradativamente incluindo outras formas de representações
gráficas, ocasionando uma profunda mudança nos meios de comunicação ao
permitir que a informação circule e se multiplique de forma acelerada e com grande
abrangência (CHARTIER, 1999).
De acordo com as idéias de Meurer (2002), destaca-se a importância de se
desenvolver habilidades comunicativas para se interagir no mundo de forma crítica.
A linguagem existe a serviço da comunicação
e possui função de mediação nas
práticas sociais. A mediação entre os homens se faz por intermédio da palavra e a
capacidade humana de articular significados coletivos e compartilhá-los se por
intermédio da linguagem. É importante que todo educador conceba a linguagem
como um significado amplo e dinâmico que se relaciona plenamente com a
participação social. Trabalhar a linguagem em situação de ensino não é ensinar as
palavras, mas seus significados culturais e sociais.
A linguagem heterogênea proporciona ao leitor o despertar de estratégias de
compreensão do verbal e não-verbal e conduz o interlocutor a interpretações
múltiplas, constituindo a mensagem como um todo significativo, ressaltando sempre
que um processo individual de leitura e interpretação. No entanto, é contextual e
depende do conhecimento prévio do leitor.
Para Bakhtin (1992), a linguagem é um fenômeno social, histórico e
ideológico. O autor define um enunciado como uma verdadeira unidade de
comunicação verbal cujas condições específicas geram um dado gênero que é
limitado de acordo com as trocas verbais dos participantes envolvidos no diálogo.
Através do estudo dos gêneros definidos por Bakhtin (1992), têm surgido
novas teorias acerca da linguagem. A aplicação dessas noções de linguagem e
interação na escola pode ser melhor entendida com estudiosos como Schneuwly e
Dolz (2004), Koch (2003), Motta-Roth (2006), Marcuschi (2005), Cristóvão (2002),
entre outros.
Motta-Roth (2006, p. 501), também compartilha com a descrição dada por
Bakhtin (1992) ao enfatizar que ensinar linguagem é mais do que ensinar as
estruturas da língua:
[...] pois se concentra em levar o aluno a desenvolver competências
analíticas dos contextos de uso da linguagem de modo a se tornar capaz de
analisar discursos. Os contextos, como situações recorrentes na sociedade,
são constituídos na linguagem e pela linguagem e se estruturam como
partes da cultura.
20
Como formas de manifestação da linguagem, verbais e não-verbais, a fala e a
escrita desenvolvem-se a partir de suas próprias realizações e de seu uso contínuo
em situações que sejam significativas para os indivíduos envolvidos no processo.
As inúmeras atividades socialmente realizadas podem ser mediadas pela
linguagem. Essas atividades moldam a linguagem em enunciados relativamente
estáveis, garantindo assim, a comunicação verbal. Esses enunciados, conforme
Bakhtin (1992) materializam-se na forma de gêneros discursivos ao contemplar tanto
a ação social como as estruturas lingüísticas e sua heterogeneidade, estabelecendo
uma relação dialética entre estabilidade de regras e criatividade.
Segundo Fiorin (2002, p. 10) “As línguas e a linguagem inscrevem-se num
espaço real, num tempo histórico e são faladas por seres situados nesse espaço e
nesse tempo.” Para este mesmo autor, a linguagem é a condensação de todas as
experiências históricas de uma determinada comunidade, ou seja, do homem
historicamente situado.
A linguagem é multiplicadora do imaginário e a leitura um ato interativo e
reflexivo, que resulta do ponto de vista do leitor. Nesta perspectiva, a sala de aula é
o espaço das descobertas e do diálogo entre o previsto e o surpreendente e os
gêneros textuais são esses movimentos dos modos de significar da linguagem.
Ao considerar a linguagem como um fenômeno social e não individual, a sua
aquisição passa a ser um processo orientado para as condições e as interações
sociais. A participação em uma atividade e o engajamento na interação com o
mundo são componentes centrais no desenvolvimento da linguagem, das
habilidades de leitura e de produção textual. Assim, os gêneros passam a ser
também um construto teórico útil para o ensino de produção textual.
3.2 Gêneros Textuais
O objeto de estudo focaliza um dos fenômenos que representa este novo
meio de produção do conhecimento: os gêneros textuais, que Bakhtin (1992)
concebe como sendo tipos de enunciados criados dentro dos vários campos da
atividade humana.
21
As modernas teorias de ensino/aprendizagem
1
apontam para a necessidade
de transformação das práticas pedagógicas e definem como eixo didático um
movimento pelo ensino reflexivo, o que leva a reconhecer que o domínio dos usos
sociais das linguagens verbais e não-verbais pode possibilitar a inserção social do
sujeito, bem como transformar as condições dessa participação, conferindo-lhe
melhor qualidade.
Na visão de Marcuschi (2005), supostamente uma comunidade escolar deve
propiciar aos seus membros, sejam estes alunos ou professores, a oportunidade de
se expressarem por si mesmos. A aprendizagem, por meio desse novo meio de
produção do conhecimento os gêneros textuais - permite a utilização de um novo
espaço de comunicação que liberta a criatividade e a inovação do pensamento
humano de forma mais democrática e igualitária.
Segundo Marcuschi (2005), é preciso propiciar ambientes e momentos aos
alunos para que construam sentido, significado e consciência crítica sobre os
conteúdos apresentados e compartilhados em sala de aula, além de aproximá-los do
mundo real, em situações que provavelmente irão confrontar-se no decorrer de sua
formação e no constante aperfeiçoamento que a sociedade pós-moderna os remete.
O pós-modernismo, de acordo com Gadotti (1998),
[...] é considerado um movimento de indagação sobre o futuro. Entre os
elementos reveladores da pós-modernidade, está a invasão da tecnologia
eletrônica, da automação e da informação. Nesse sentido, uma educação
pós-moderna seria aquela que considera a diversidade cultural. A educação
pós-moderna não prioriza o processo de conhecimento e suas finalidades,
trabalha mais com o significado do que com o conteúdo. Não nega
conteúdos, mas sim trabalha para uma profunda mudança deles na
educação, para torná-los essencialmente significativos para o aluno. Em
síntese, pode-se dizer que a educação moderna trabalha com o conceito-
chave "igualdade", buscando eliminar as diferenças, e a educação pós-
moderna trabalha com o conceito-chave "eqüidade", buscando a igualdade
sem eliminar as diferenças.
Koch (2003) define gênero do discurso ou gênero textual como um tipo
específico de texto que pode ser utilizado como meio de articulação entre práticas
sociais e objetos de ensino, sendo eminente seu aprendizado na escola, espaço no
qual sua compreensão ainda é limitada e muitas vezes empobrecida através de
livros didáticos, que os usam apenas como pretexto para o ensino de aspectos
gramaticais.
1
Schneuwly & Dolz; Bronckart, Cristóvão, Meurer, Marcuschi entre outros.
22
[...] o meu ponto de partida para a elucidação das questões relativas ao
sujeito, ao texto e à produção textual de sentidos tem sido uma concepção
sociointeracional de linguagem vista, pois, como lugar de ‘inter-ação’ entre
sujeitos sociais, isto é, de sujeitos ativos, empenhados em uma atividade
sociocomunicativa (KOCH, 2003, p.19).
Ensinar linguagem sob a perspectiva de gêneros textuais não é o mesmo que
ensinar tipos de texto, para Marcuschi (2005, p. 10), é trabalhar:
[...] com a compreensão de seu funcionamento na sociedade e na sua
relação com os indivíduos situados naquela cultura e suas instituições, com
as espécies de textos que uma pessoa num determinado papel na
sociedade tende a produzir.
Em outras palavras, ensinar linguagem é a interação entre os indivíduos
falantes de uma língua, do texto histórico, social e culturalmente produzido por estes
durante o ato da comunicação, oral ou escrita, com uma determinada intenção que
supre as necessidades comunicativas dos mesmos.
O atual sistema de ensino praticado na maioria das escolas através de seus
livros didáticos apóia-se na classificação: narração, descrição e dissertação. Para
Rodrigues (2002, p. 50):
[...] as teorias mais recentes, porém, estão mostrando que essa classificação
não dá conta das diferentes práticas sociais através da linguagem, ou seja, não
contempla os inúmeros gêneros textuais, mas apenas modalidades ou formas
de organizar as informações nos mais variados gêneros.
Outro autor que compartilha da mesma postura teórica de Rodrigues é
Marcuschi (2005, p.19), sendo que para este:
[...] se tornou trivial a idéia de que os neros textuais são fenômenos
históricos, profundamente vinculados à vida cultural e social. Fruto de
trabalho coletivo, os gêneros textuais contribuem para ordenar e estabilizar
as atividades comunicativas do dia-a-dia. São entidades sócio-discursivas e
formas de ação social incontornáveis em qualquer situação comunicativa.
Tanto a comunicação verbal quanto a escrita somente é possível de ser
realizada através de algum gênero textual. Essa posição, defendida por Bakhtin
(1992) e Bronckart (1999) é adotada também pela maioria dos autores que tratam a
língua em seus aspectos discursivos e enunciativos.
Para Marcuschi (2005, p. 22) “esta visão segue uma noção de língua como
atividade social, histórica e cognitiva. Privilegia a natureza funcional e interativa e
23
não o aspecto formal e estrutural da língua”, o que leva a inferir que a língua não é
vista como um retrato da realidade nem como um mero instrumento de
representação dos fatos, mas é vista como um meio de ação social e histórica que
constitui a realidade. Assim sendo, fica evidente que cada vez mais o professor de
línguas, seja materna ou estrangeira, deve se convencer de que a língua o se
limita à estrutura gramatical e ao vocabulário, mas sim se constitui
fundamentalmente nas relações entre eles e o contexto social do seu uso.
Bronckart (1999) afirma que a utilização de uma língua efetua-se sob a forma
de enunciados, sejam estes orais ou escritos. Assim sendo, como lembra Bronckart
(1999), qualquer espécie de texto, concebido como produto concreto da ação da
linguagem pode ser designado em termos de gênero. Portanto, todo exemplar de
texto observável pode ser considerado como pertencente a um determinado gênero.
O autor afirma ainda que todo texto é necessariamente composto por tipos de
discurso, ou seja, “formas de organização lingüística em número limitado, com as
quais o compostas, em diferentes modalidades, todos os gêneros textuais”
(BRONCKART, 1999, p.137).
Para estes mesmos autores, ao comunicar-se, o ser humano adapta-se a
uma situação de comunicação, ou seja, não escreve da mesma maneira ao redigir
uma carta de apresentação ou um email; e não fala da mesma maneira perante um
público seleto ou diante de um grupo de amigos. Por este motivo os textos orais ou
escritos diferenciam-se uns dos outros, por serem produzidos em condições
diferentes, daí decorre a diversidade de gêneros existentes no dia-a-dia do convívio
social.
Certos gêneros interessam mais à esfera escolar do que outros. Como
exemplo, pode-se mencionar alguns como: as narrativas de aventuras, as histórias
em quadrinhos, histórias infantis, receitas de cozinha, seminários, contos, parlendas,
entre outros.
Para Motta-Roth (2006, p. 496), um gênero textual “é uma combinação entre
elementos lingüísticos de diferentes naturezas que se articulam na linguagem usada
em contextos recorrentes da experiência humana e que são socialmente
compartilhados”.
Schneuwly e Dolz (2004) desenvolvem a idéia de gênero como instrumento
para agir em situações de linguagem.
24
Bakhtin (1992) concebe os gêneros como ‘tipos relativamente estáveis de
enunciados’ criados dentro dos vários campos da atividade humana e que são
caracterizados por um conteúdo temático, uma estruturação lingüística e uma
organização textual entre locutor e interlocutor.
De acordo com Marchuschi (2005), os gêneros textuais não se caracterizam
por aspectos formais, estruturais ou lingüísticos, mas por aspectos sócio-
comunicativos e funcionais, sendo que os mesmos são fenômenos históricos
vinculados profundamente à vida cultural e social. Assim sendo, eles “surgem,
situam-se e integram-se funcionalmente nas culturas em que se desenvolvem”
(MARCUSCHI, 2005, p.20).
Conforme Amaral (2008), gênero textual é um nome que se às diferentes
formas de uso da linguagem que circulam socialmente, sendo que estas podem ser
formais ou informais. Como exemplos de gêneros textuais o autor cita: romance,
artigo de opinião, conto, receita de bolo, palestra ou debate na televisão, aula, entre
outros, já que os gêneros são considerados infinitos. Eles são a forma como a língua
se organiza nas inúmeras situações de comunicação. Gênero textual é a língua em
uso social, seja quando usada na escola ou fora dela para a comunicação. Esta
pode ser feita através de gêneros escritos ou orais. Os gêneros textuais são uma
forma da língua em uso, é a língua viva, eles o instrumentos de toda a
comunicação.
Assim sendo, toda nossa comunicação se por textos (orais ou escritos) e
todo texto, por sua vez, se concretiza em forma de um gênero. O gênero textual
como instrumento de agir nas diversas situações de uso social da linguagem é uma
realização lingüística concreta definida por propriedades sociocomunicativas, ou
seja, é a situação de produção de um texto que determina em que gênero ele é
realizado. É por isso que os gêneros não se definem por aspectos formais ou
estruturais da língua, por estarem ligados à natureza interativa do texto, ou seja, à
sua funcionalidade, ao seu uso.
Segundo Schneuwly e Dolz (2004), os gêneros textuais são considerados
uma fonte inesgotável de estudo e conhecimento, que pode possibilitar ao aluno um
aprendizado mais relevante e significativo, proporcionando-lhe o desenvolvimento da
autonomia perante o processo de desenvolvimento e aquisição da linguagem.
Frente a tais perspectivas, a linguagem é aprendida por meio de enunciados
concretos, ouvidos e reproduzidos na comunicação verbal. No âmbito da fala,
25
aprender a falar é aprender a estruturar enunciados. No âmbito da escrita, a
aprendizagem centra-se nas formas, nas exigências e nas potencialidades dos
diferentes gêneros.
Assim como na prática, todos os falantes de uma língua
aprendem juntamente com a aquisição de regras gramaticais, a se expressar por
meio de diferentes gêneros textuais, antes mesmo de aprendê-los na escola. Cabe à
escola, aproveitar esse conhecimento intuitivo, sistematizar e tornar consciente o
uso dos diferentes gêneros textuais com os quais convivemos nos diversos níveis
das nossas práticas sociais.
Felizmente existe uma preocupação constante em reverter o baixo vel de
aproveitamento nas incursões de leitura e produção de textos escritos em ngua
inglesa nas escolas públicas. Para tanto, faz-se necessário descortinar o véu que
cobre o tradicional ensino de língua inglesa nas escolas municipais, desvelando a
contribuição que o tratamento da linguagem como gênero pode trazer para o ensino
e a aprendizagem da língua.
Os critérios mencionados por Bronckart (1999) para a definição de um gênero
são inúmeros, como por exemplo, a atividade humana implicada, o efeito
comunicativo visado, o conteúdo, entre outros. A diversidade de critérios e o caráter
fundamentalmente histórico e adaptativo das produções textuais que tendem a
desaparecer, reaparecer ou a modificar-se, fazem com que as inúmeras
classificações de gênero sejam divergentes, parciais e não possam ser consideradas
como modelos de referência estabilizada, definitiva. Isso acontece porque os
gêneros estão em constante movimento.
Um gênero textual não é uma forma fixa, cristalizada e homogênea, pelo
contrário, a noção de gênero estabelece uma dimensão de intertextualidade, pois a
linguagem traz consigo elementos de experiências discursivas anteriores, que um
gênero estabelece com outro no espaço do texto. A intertextualidade inter-gêneros
ocorre quando um gênero assume a função de um outro sem deixar de ser ele
mesmo. Para o ISD, essa flexibilidade na classificação de gêneros se estende à
própria capacidade de usar um gênero típico de uma situação em outra situação
sóciocomunicativa. Ou seja, em cada situação de comunicação visada, os gêneros
podem migrar de uma formatação específica para outra, bucando objetivos
sociocomunicativos diferentes.
Um exemplo citado por Marcuschi (2005) é o anúncio publicitário em um
outdoor. Este pode ter o formato de um poema, de uma mensagem romântica ou até
26
mesmo de uma simples lista de produtos em oferta, o que importa é que faça a
divulgação e estimule a compra por parte dos clientes ou usuários daquele produto.
No exemplo acima mencionado, fica evidente a sua funcionalidade e a sua
plasticidade, ou seja, um único gênero textual pode ser representado de maneiras
diversas. Cada gênero apresenta uma configuração enunciativo-discursiva peculiar,
que atende às exigências socioculturais de sua produção, recepção e circulação
num determinado grupo social.
Quando a interação ocorre socialmente, o ser humano faz uso obrigatório de
pelo menos um dentre os diversos gêneros que circulam no meio social. O simples
fato de optar por um deles resulta no pressuposto de que o interlocutor também
conhece esse gênero e pode interagir com o emissor.
Schneuwly e Dolz (2004) afirmam que é por meio dos gêneros que as práticas
de linguagem encarnam-se nas atividades dos aprendizes e que estes, ao utilizarem
diferentes gêneros como ferramenta de aprendizagem, são colocados frente às reais
situações de comunicação e compreenderão o funcionamento da linguagem como
prática social.
E é por meio das práticas sociais, ou seja, das mediações comunicativas que
se cristalizam na forma de gêneros, que as significações sociais são
progressivamente construídas. De acordo com Bakhtin (1992), os gêneros
organizam a fala
.
Aprende-se a moldar a fala às formas do gênero e, ao ouvir o
outro, sabe-se pressentir-lhe o gênero. Se não existissem gêneros e se as pessoas
não os dominassem, tendo que criá-los pela primeira vez no processo da fala, a
comunicação verbal seria quase impossível.
Ao aprender os gêneros que estruturam um grupo social com uma dada
cultura, o aluno aprende diferentes maneiras de participar nas ações de uma
comunidade (MOTTA-ROTH, 2006).
3.3 Interacionismo Sócio-discursivo – ISD
Diante da postura teórica aqui analisada, pode-se afirmar que a língua insere-
se no processo sócio-interativo, segundo Marcuschi (2005, p. 22) e é dentro deste
27
contexto que “os gêneros textuais se constituem como ações sócio-discursivas para
agir sobre o mundo e dizer o mundo, constituindo-o de algum modo”.
De acordo com Machado e Cristovão (2006), foi no início da década de 90
que trabalhos desenvolvidos na perspectiva do interacionismo sócio-discursivo (ISD)
surgiram no Brasil, mais precisamente no Programa de Pós-Graduação em
Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem (LAEL) da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (PUC/SP).
Bonini (2002) aponta duas fortes vertentes da atualidade que orientam o
ensino de produção textual. As duas correntes que convergem para um método
interacionista que postula a produção textual como reprodução de corpo de
tradições de uma comunidade, propondo parâmetros para que a produção textual do
aluno seja uma produção que faça sentido. o elas: a sócio-retórica, que tem em
Swales um dos seus principais representantes e a enunciativa, representada
principalmente por Bronckart (1999). Ambas postulam como ponto focal os trabalhos
com o texto e com a variedade dos gêneros textuais, embora concebam o
funcionamento da linguagem de modo diverso.
A psicologia soviética e a concepção marxiana de práxis são consideradas as
fontes teóricas fundamentais do ISD. Para Érnica (2004, p.50),
[...] Essa união permite aos autores do ISD considerar o psiquismo humano
como um fenômeno social. Ou seja, tanto no nível da espécie como no
desenvolvimento individual, a formação das funções psicológicas superiores
são possíveis pela interiorização das relações que os indivíduos
estabelecem consigo, com os outros e com o meio. O conjunto das relações
sociais pré-existentes é a condição histórica concreta na qual as pessoas se
formam.
A pesquisa a ser desenvolvida apresenta como pressuposto teórico o
interacionismo sócio-discursivo (ISD) de Bronckart (1999) e colaboradores, que
fundamenta seus estudos com contribuições de diversos teóricos como: Hegel (a
influência do caráter dialético do desenvolvimento); Marx e Engels (o papel da
linguagem); Habermas (o agir comunicativo) e nas teorias de Vygotski (quando se
refere aos conceitos de aprendizagem e práticas do ensino de línguas); e de Bakhtin
(sobre a noção de linguagem e abordagem comunicativa). O ISD busca desenvolver
um programa de pesquisa voltado à construção de uma “ciência do humano”, com o
propósito de atingir uma melhor compreensão do complexo funcionamento psíquico
e social do ser humano. Assim sendo, não se pode afirmar que o ISD seja uma
28
teoria da lingüística ou da psicologia. Por ser considerado transdisciplinar, não pode
ser limitado de forma estanque a nenhum desses quadros disciplinares. De acordo
com Machado (2007, p.24), a principal idéia defendida pelo ISD:
[...]
é a de que o desenvolvimento dos indivíduos ocorre em atividades
sociais, em um meio constituído e organizado por diferentes pré-construídos
e através de processos de mediação, sobretudo os linguageiros. Com isso,
desde seu nascimento, eles podem ir se apropriando desses pré-
construídos sociais, o que permite seu desenvolvimento e, dialeticamente,
lhes permite contribuir para a transformação permanente dos pré-
construídos.
Bronckart (1999) considera que as ciências humanas devem ter como objeto
principal tudo o que se refere às condições de funcionamento e desenvolvimento
das condutas humanas. Partindo do princípio de que todo desenvolvimento se
realiza a partir dos pré-construtos humanos, isto é, nas diferentes construções
sociais já existentes em uma determinada sociedade, o ISD considera como primeiro
objeto de estudo a sócio-história humana. Neste construto teórico, a linguagem
exerce fundamental importância ao ser entendida como uma atividade indispensável
para o funcionamento e desenvolvimento das interações sociais.
O ISD se apóia em uma perspectiva interacionista de uso social da língua e
em teorias de linguagem que enfatizam o social (BRONCKART, 1999). Para o ISD, a
linguagem tem papel indispensável e fundamental no desenvolvimento humano,
sendo que é por meio dela que se constrói uma “memória” dos pré-construtos
sociais, sendo ela que organiza, regula e comenta o agir e as interações humanas. É
por processos de mediação, principalmente os linguageiros, que esses pré-
construtos são apropriados e transformados pelos indivíduos.
Seu quadro epistemológico se baseia na concepção de que “as condutas
humanas” fazem parte de um processo histórico de socialização e que este é
marcado principalmente pela utilização de instrumentos semióticos, como a
linguagem e determinado por dimensões culturais. Conforme Cristóvão (2007, p.09),
o interacionismo sócio-discursivo
[...] Também defende o caráter dialético do desenvolvimento da atividade e
do psiquismo humano e a importância do papel que a linguagem e o
trabalho desempenham na construção do pensamento consciente além da
necessidade de constante superação das determinações culturais para
transformação do ambiente social e do próprio indivíduo.
29
Para se estudar as ações humanas, faz-se necessário recorrer às dimensões
discursivas e sociais que se constituem em uma perspectiva dialética e histórica.
Para o ISD, “o comportamento humano é o resultado de uma socialização particular
capacitada por meio da emergência histórica de instrumentos semióticos”
(BRONCKART, 1999, p. 78). Por meio desta afirmação, pode-se entender que é nas
atividades sociais geradas em uma formação social que se desenvolvem as ações
de linguagem, ou seja, a linguagem se constrói a partir das interações
estabelecidas entre sujeitos que são, por sua vez, fruto de um processo histórico de
socialização.
E é dentro desse processo histórico de socialização que Marcuschi (2005)
disserta sobre a importância de se compreender o gênero textual como algo
dinâmico, fluido, incapaz de ser assimilado somente através de classificações e de
descrições lingüísticas e como modelos estáticos para se confeccionar textos. O
autor concebe gênero como sendo fundamentalmente uma atividade social,
colocando em segundo plano o elemento constitutivo da linguagem e afirma que os
gêneros não devem ser imitados ou reproduzidos, mas recriados e deveriam
orientar-se mais para aspectos voltados para a realidade do aluno. Assim sendo o
autor aponta a necessidade de se repensar as práticas pedagógicas.
3.4 Seqüência Didática
Como forma de transformação das práticas pedagógicas, pode-se fazer uso
de SD organizada em torno dos gêneros textuais, sendo que a mesma proporciona a
observação de possíveis mudanças no processo de ensino-aprendizagem de língua
inglesa ao favorecer a análise das capacidades de linguagem desenvolvidas nos
alunos que utilizam esse tipo de material.
De acordo com Schneuwly e Dolz (2004, p.97) “uma seqüência didática é
considerada como um conjunto de atividades escolares organizadas, de maneira
sistemática, em torno de um gênero textual oral ou escrito, guiada ou por um tema,
ou por um objetivo geral, ou por uma produção de texto final”, para melhorar uma
determinada prática de linguagem.
30
Conforme Schneuwly e Dolz (2004, p. 97) “Uma seqüência didática tem,
precisamente, a finalidade de ajudar o aluno a dominar melhor um gênero de texto,
permitindo-lhe assim, escrever ou falar de uma maneira mais adequada numa dada
situação de comunicação”. As SD servem para dar acesso aos alunos às praticas de
linguagens novas ou aquelas que eles não dominam. Desta forma, o trabalho
escolar deve ser realizado sobre gêneros que o aluno não domina ou o faz de forma
insuficiente.
De acordo com Muñoz (2006), os referidos autores ressaltam dois princípios
básicos que servem de fundamento às SD, e que permitem abordar o ensino-
aprendizagem da língua sob o ponto de vista da comunicação e dos conhecimentos
ao mesmo tempo. O primeiro princípio consiste em afirmar que o trabalho sobre os
gêneros ocorre sempre em dois níveis: o da comunicação e o da estruturação.
Quanto ao nível da comunicação, os aprendizes, através da realização da atividade
lingüística, produzem textos em situações de comunicação diversas. E quanto ao
nível da estruturação, os aprendizes tomam consciência de algumas das suas
dimensões, as observam, as analisam e as exercitam. O primeiro princípio articula
sistematicamente a comunicação e a estruturação e faz da atividade lingüística o
ponto de partida e o objeto da estruturação.
Quanto ao segundo princípio, ressalta-se que é útil e necessário fazer da
linguagem verbal um objeto de ensino-aprendizagem autônomo. Para realizar estes
dois princípios básicos, articulam-se explicitamente o plano da estruturação com o
da comunicação, ou em outros termos, põe-se em relação o trabalho sobre a
situação de produção e sobre a produção do texto em si. Esta é a dialética que
fundamenta a SD.
As SD propiciam a criação de contextos de produção precisos e a apropriação
de técnicas (instrumentos), necessárias para o desenvolvimento da capacidade de
expressão escrita ou oral em situações variadas de comunicação, através de
atividades separadas por módulos que possibilitarão o domínio de gêneros.
3.4.1 Etapas de uma Seqüência Didática
Uma seqüência didática divide-se em quatro componentes, quais sejam:
31
3.4.1.1 Apresentação da Situação
É o momento em que o aluno será apresentado a uma determinada situação
de comunicação. Descreve de maneira detalhada a tarefa que os alunos deverão
realizar, seja esta oral ou escrita. É neste momento que os alunos construirão uma
representação da situação de comunicação e da atividade de linguagem que será
executada. Esta etapa é composta por duas dimensões principais mencionadas por
Schneuwly e Dolz (2004):
a) Apresentar um problema de comunicação bem definido: um projeto coletivo
de produção de um gênero oral ou escrito, que deverá ser proposto aos
alunos de maneira bastante explícita para que eles possam compreender
da melhor forma possível a situação de comunicação na qual devem agir
para a realização de suas produções. Esta fase deverá responder aos
seguintes questionamentos: qual é o gênero que será abordado: receita
culinária, conto, HQ, HI, dentre outros; a quem se dirige a produção: aos
próprios alunos da sala, alunos da mesma escola ou de outras escolas,
aos pais ou professores, ou outros; que forma assumirá a produção:
produção de um texto oral ou escrito, carta, folheto, poema, música, ou
outra forma; Quem participará da produção: todos os alunos, individual ou
em grupos de 2, 3, 4 ou mais alunos.
b) Preparar os conteúdos dos textos que serão produzidos: é importante que
os alunos percebam a necessidade dos conteúdos com os quais irão
trabalhar. Para redigir um conto, por exemplo, os alunos deverão saber
quais são os seus elementos constitutivos: personagens, ações, lugares
típicos, época, dentre outros. Esta fase da apresentação da situação
permite fornecer ao aluno todas as informações necessárias para que
conheça o projeto comunicativo visado e a aprendizagem de linguagem a
que está relacionado.
3.4.1.2 Produção Inicial
32
É nesse momento que o professor percebe as capacidades que o aluno
possui a respeito de determinado gênero, a partir de uma produção textual
oral/escrita.
Nesta etapa, os alunos tentam elaborar um texto oral ou escrito revelando
dessa forma para si mesmos e para o professor as representações que m dessa
atividade. Isto lhes permite descobrir o que sabem fazer e conscientizar-se dos
problemas por eles encontrados. Para o professor essa produção inicial permite que
a SD possa ser refinada, modulada e adaptada às capacidades reais dos alunos.
Esta produção inicial é o primeiro lugar de aprendizagem da seqüência. Esta
etapa é para o professor o momento em que ele pode fazer os ajustes necessários
na seqüência e adaptá-la de maneira mais precisa às reais capacidades dos alunos.
A análise das produções orais ou escritas dos alunos, se guiada por critérios
bem definidos, possibilita avaliar de maneira bem precisa em que ponto a turma se
encontra e quais são as dificuldades apresentadas pelos alunos.
O professor pode, nesta fase, fazer uma discussão em sala sobre o
desempenho oral de um aluno; a troca de textos escritos entre os alunos da própria
classe; entre outras. Assim, os pontos fortes e fracos serão evidenciados; as
técnicas de escrita ou de fala serão discutidas e avaliadas e são buscadas soluções
para os problemas que aparecem.
3.4.1.3 Módulos
São atividades variadas que instrumentalizam o aluno no sentido de que ele
consiga se apropriar do gênero em estudo em determinada esfera comunicativa.
É o momento de se trabalhar os problemas e as dificuldades que apareceram
na primeira produção e possibilitar aos alunos os instrumentos necessários para que
estes possam superá-los. Nesta fase, a atividade de produzir um texto escrito ou oral
é, de uma certa maneira, decomposta, para abordar um a um e separadamente seus
diversos elementos. Dessa forma, o movimento geral da SD vai do complexo para o
simples (da produção inicial aos dulos) e volta novamente ao complexo no fim,
com a produção final.
33
Três questões se colocam quanto ao encaminhamento de decomposição e de
trabalho sobre os problemas, mencionados por Schneuwly e Dolz (2004):
a) Que dificuldades da expressão oral ou escrita abordar? Trabalhar
problemas de níveis diferentes. A produção de textos escritos e orais é um
processo complexo, com vários veis que funcionam simultaneamente na
mente do indivíduo. Baseado nas abordagens da psicologia da linguagem
distinguem-se quatro níveis principais na produção de textos, quais sejam:
- Representação da situação da comunicação: o aluno precisa ter bem
esclarecido quem será o destinatário do texto (pais, professores, colegas
da própria turma ou de turmas diferentes), qual finalidade visada
(convencer, divertir, informar), qual a sua posição como autor ou locutor
(fala ou escreve como aluno ou como representante da turma? Como
indivíduo ou como narrador?) e também sobre o gênero que irá trabalhar;
- Elaboração dos conteúdos: o aluno deve ter conhecimento sobre as
técnicas para que estas o possam auxiliar a buscar, elaborar ou criar
conteúdos, de acordo com o gênero utilizado: técnicas de criatividade,
discussões, debates, tomadas de notas, busca de informações, entre
outras;
- Planejamento do texto: elaborar o seu texto conforme a finalidade que este
deseja atingir ou de acordo com o seu destinatário;
- Realização do texto: o aluno deve ter conhecimento para que possa
escolher quais meios de linguagens o mais eficazes ao escrever o seu
texto: utilizar-se de um vocabulário apropriado de acordo com o seu
objetivo, saber variar os tempos verbais conforme o seu texto e poder
utilizar organizadores textuais de forma a estruturar o seu texto ou produzir
argumentos.
b) Como construir um módulo para trabalhar um problema particular? Variar
as atividades e exercícios. O principal objetivo ao elaborar um módulo que
trate de um problema de produção textual é o de variar os modos de
trabalho. É muito importante, em cada módulo, propor atividades as mais
diversificadas possíveis, possibilitando ao aluno o acesso às noções e aos
instrumentos, aumentando assim as suas chances de sucesso. Existem
três grandes categorias de atividades e de exercícios:
34
- Atividades de observação e de análise de textos: os textos podem ser orais
ou escritos, autênticos ou fabricados. Essas atividades podem ser
realizadas a partir de um texto completo ou de uma parte deste; podem
comparar vários textos de um mesmo gênero ou de gêneros diferentes,
entre outras;
- Tarefas simplificadas de produção de textos: são exercícios que permitem
descartar certos problemas de linguagem por impor ao aluno limites
bastante rígidos. Algumas tarefas que podem ser realizadas são:
reorganizar o conteúdo de uma descrição narrativa para um texto
explicativo; inserir uma parte que falta num determinado texto; revisar um
texto com critérios bem definidos, entre outras;
- Elaboração de uma linguagem comum para trabalhar os textos no sentido
de analisá-los, discuti-los e aperfeiçoá-los. Estes textos podem ser
próprios ou de outros. Este trabalho é gradativo e realizado ao longo de
toda a seqüência e principalmente na elaboração dos critérios definidos na
produção de um texto.
c) Como capitalizar o que é adquirido nos módulos? Ao realizar os dulos,
os alunos aprendem também a discursar sobre o gênero abordado. Estes
ampliam seu vocabulário e adquirem uma linguagem técnica que será
comum à classe e ao professor. Desta forma, eles constroem
gradativamente conhecimentos sobre o gênero. Esse vocabulário técnico
e as regras elaboradas nas seqüências podem ser registrados numa lista
que sintetiza o que foi adquirido nos módulos, construída durante a
execução do trabalho ou elaborada num momento de síntese, antes da
produção final. Ao final da seqüência é importante fazer um registro dos
conhecimentos adquiridos sobre o gênero durante o trabalho nos módulos,
na forma de lembrete, glossário ou lista de constatações.
3.4.1.4 Produção Final
Esta atividade propiciará reflexão e, a partir dela, o aluno poderá colocar em
prática os conhecimentos que adquiriu nas atividades desenvolvidas.
35
A seqüência é finalizada com uma produção final que oferece ao aluno a
possibilidade de praticar as noções e os instrumentos elaborados separadamente
nos módulos e permite ao professor realizar uma avaliação somativa. O importante é
que o aluno encontre, de maneira explícita, os elementos trabalhados em aula e que
devem servir como critérios de avaliação.
Para Schneuwly e Dolz (2004, p.128) “[...] a intenção não é a de pedir aos
professores que realizem toda a sua seqüência na integralidade, mas de levá-los a
apropriarem-se progressivamente da proposta”. O material é amplo, mas está
distante de recobrir o conjunto de gêneros que poderiam ser abordados em sala de
aula.
As SD devem funcionar como exemplo à disposição dos professores, pois ao
se apropriarem desta, por meio da formação inicial ou contínua, poderão organizar
por si próprios, outras seqüências, e seus próprios materiais didáticos.
3.4.2 Capacidades de Linguagem
Seguindo uma visão bakhtiniana, as SD devem desenvolver as capacidades
de linguagem do aprendiz definidas por Dolz, Pasquier, Bronckart (1993, apud
SCHNEUWLY, DOLZ, 2004, p.52) como sendo:
a) Capacidade de ação: adaptar-se às características do contexto e do
referente; é responsável pela representação de uma determinada
situação;
b) Capacidade discursiva: mobilizar modelos discursivos; definido como
plano textual de cada gênero;
c) Capacidade lingüístico-discursiva: dominar as operações psicolingüísticas
e as unidades lingüísticas; representado como recursos lingüísticos que
tornam o texto coerente.
Dolz e Schneuwly (2004) propõem que os gêneros devem ser explorados de
maneira que essas capacidades possam se desenvolver no ambiente escolar. Para
tanto, sugerem que eles sejam agrupados de acordo com certas regularidades
lingüísticas, que oscilam devido a determinados contextos.
36
De acordo com esses pressupostos, ao agir com a linguagem, o indivíduo
utiliza gêneros já existentes no arquitexto
2
, que se encontram em processo de
constante transformação.
O termo capacidade de linguagem faz referência àquilo que se requer para a
produção ou para a compreensão de um gênero textual em uma determinada
situação de comunicação.
Ao produzir ou ao ler um texto, é necessária a utilização das três
capacidades, visto que a capacidade de ação permite ao produtor e/ou leitor
observar e considerar as características do contexto comunicativo e seu conteúdo
referencial, ambas mais ou menos desenvolvidas de acordo com o conhecimento de
mundo de quem produz ou lê.
No que ser refere à capacidade de ação ou contexto de produção, esta diz
respeito às situações de interação de uso da linguagem, dentro de um contexto
compartilhado em que produtor e/ou leitor conseguem adaptar a sua produção de
linguagem às situações comunicativas exigidas pelo contexto. É o reconhecimento
do gênero e de sua relação com o contexto de produção e mobilização de
conteúdos.
Schneuwly e Dolz (2004) indicam dois conjuntos de fatores ou parâmetros: o
primeiro refere-se ao mundo físico e o segundo ao mundo social e subjetivo.
Os parâmetros do mundo físico que intervêm na produção de um texto são: o
lugar de produção (o espaço físico), o momento da produção (tempo), o
emissor/produtor/locutor (a pessoa que produz o texto) e o receptor/interlocutor /
destinatário (pessoa ou pessoas para as quais o texto está sendo dirigido).
Os parâmetros do mundo social e subjetivo se devem ao fato de que todo
texto faz parte de uma atividade social e de uma interação comunicativa. São eles: o
lugar social (a formação social, a instituição ou o modo de interação social em que é
produzido); a posição social do emissor (papel social desempenhado pelo produtor);
a posição social do receptor e a finalidade da interação (os efeitos que o emissor
quer provocar no receptor).
A perspectiva interacionista sociodiscursiva entende que a noção de ação de
linguagem está relacionada ao contexto de produção e ao conteúdo temático em
que o texto analisado está inserido.
2
Arquitexto ou intertexto é um conjunto de gêneros teoricamente constituído de um número de
gêneros infinito, considerando que a atividade humana também é bastante variada.
37
De acordo com a afirmação anterior, pode-se depreender que a capacidade
de ação é responsável por situar o sujeito com relação ao contexto em que o gênero
estudado foi produzido. Desse modo, o sujeito é capaz de construir uma certa
representação a respeito do autor do texto, do contexto sócio-histórico, o lugar social
em que o mesmo foi produzido, ainda sem utilizar-se dos aspectos lingüísticos
contidos no texto. Todo texto oral ou escrito está condicionado aos fatores acima
mencionados.
Quanto à capacidade discursiva bem como a lingüístico-discursiva
desenvolve-se somente quando o indivíduo, no caso a criança, passa a verbalizar a
linguagem. Esta capacidade está relacionada com a forma como o produtor de um
texto seleciona um tipo de discurso para realizar uma determinada ação de
linguagem, como organiza o conteúdo de seu texto e o formato dado. A capacidade
discursiva preocupa-se com o reconhecimento do plano textual geral de cada
gênero, ou seja, com os tipos de discurso e de seqüência pertencentes a
determinado gênero.
A capacidade discursiva agrupa-se em dois subconjuntos principais: as que
se relacionam com o planejamento do texto e as que se relacionam com a
apresentação do conteúdo.
O Planejamento do Texto ou infraestrutura geral do texto está constituído pelo
plano geral deste, pelos tipos de discursos e suas modalidades de articulação e
pelas seqüências que ali aparecem.
Ao comunicar-se verbalmente, o indivíduo, além de escolher o gênero de
texto no qual irá organizar suas emoções, representações e conhecimentos, deve
selecionar também o tipo de discurso que irá produzir.
A noção de tipo de discurso faz referência aos diferentes segmentos que
entram na composição de um gênero de texto. Qualquer que seja o gênero ao qual
pertencem, os textos compõe-se, de acordo com as diversas modalidades de
segmentos discursivos diferentes, segmentos de exposição teórica, de relato, de
diálogo, entre outros.
Quanto ao texto escrito, a apresentação do conteúdo pode ser realizada de
duas maneiras: contar e expor. No primeiro caso, o conteúdo localiza-se no passado
e organiza-se cronologicamente. No segundo, pelo contrário, apresenta-se unido ao
mundo da interação em curso. Por outro lado, a relação entre o discurso e a situação
38
material da produção também origem a duas alternativas: a de implicação com a
situação de produção ou a de autonomia frente à mesma.
Outro aspecto da infraestrutura geral do texto refere-se ao conceito de
seqüência discursiva ou modos de planejamento. A noção de seqüência designa
formas de planejamento locais ou particulares ao interior de um texto, que permite
apresentar de maneira linear ou seqüencial o conteúdo do mesmo. A organização
verbal das emoções, representações, conhecimentos, gostos, etc., exige um
trabalho de “linealização”, ou seja, colocar uma coisa depois da outra de forma
linear, sucessiva. A realidade (o mundo físico, social e subjetivo) não pode ser
verbalizado sem essa tarefa de linealização. Existem diferentes formas de construir
essa linealidade, o que origem às diferentes seqüências discursivas, que de
acordo com Bronckart (2003), podem ser assim classificadas: narrativa, descritiva,
explicativa, argumentativa, injuntiva e dialogal.
No que se refere à Apresentação do Conteúdo, este é movimentado por um
texto em função de um conjunto de variáveis, entre as quais o que foi dito por si
mesmo ou por outros. Esses conteúdos transformam-se e organizam-se na medida
em que são enunciados em um momento especial. As informações que passam a
constituir o conteúdo o representações construídas pelo produtor desde os
conhecimentos que variam em função da experiência e nível de desenvolvimento do
produtor e que estão acumulados na sua memória antes de desencadear a ação da
linguagem.
A capacidade lingüístico-discursiva refere-se às operações implicadas na
produção textual para dar ao texto uma arquitetura interna, ou seja, refere-se mais
especificamente a operações que o produtor utiliza na produção de textos de acordo
com as exigências e características de cada gênero. É o reconhecimento e a
utilização do valor das unidades lingüístico-discursivas inerentes a cada gênero para
a construção do significado global do texto. A capacidade lingüístico-discursiva é
responsável pelo domínio das estruturas e funções gramaticais dentro de
determinado gênero, ou seja, há de se considerar os mecanismos de textualização,
que consistem em uma rie de unidades lingüísticas menores que contribuem para
mostrar a progressão e a coerência temática do texto (conexão e coerência verbal e
nominal) e os enunciativos. As operações envolvem:
39
a) as operações de textualização as quais incluem as operações de conexão
e operações de coesão nominal e verbal, permitem explicitar os diferentes
níveis de organização do texto;
b) as vozes enunciativas que se realizam por meio de dois tipos de
operações: as diferentes vozes enunciativas presentes no texto e as
modalizações;
c) as operações construção de enunciados (frase ou período) que dependem
da consideração do contexto em que será produzido o texto;
d) as escolhas lexicais que constituem um conjunto de operações em forte
interação com os outros níveis.
Para Cristóvão (2002) a seqüência didática proporciona aos professores e
alunos a construção de módulos de atividades que podem ser adaptados de acordo
com as situações de comunicação ou conforme as classes a serem trabalhadas. Em
longo prazo, um ensino baseado em seqüências didáticas deve permitir aos alunos
um acesso progressivo e sistemático aos instrumentos comunicativos e lingüísticos
necessários à produção de textos pertencentes a diferentes gêneros textuais.
3.5 Modelo Didático de Gênero
Segundo os pesquisadores do ISD, para que os objetivos do processo de
ensino-aprendizagem com relação aos gêneros textuais possam ser alcançados, é
necessário que as produções de um gênero textual sejam norteadas pelo que os
pesquisadores denominam de modelo didático de gênero.
Para a construção do modelo didático de gênero é necessária uma análise de
textos pertencentes a esse gênero. Seguindo a proposta de Dolz e Schneuwly, 1998
(apud CRISTOVÃO, 2007, p. VIII), deve-se também:
[...] conhecer o estado da arte dos estudos sobre esse gênero; as
capacidades e as dificuldades dos alunos ao trabalharem com textos
pertencentes ao gênero selecionado, as experiências de
ensino/aprendizagem desse nero, assim como as prescrições presentes
nos documentos oficiais sobre o trabalho docente.
40
A consulta aos modelos didáticos de gêneros pretende contribuir para que o
professor avalie a adequação de gêneros e de textos de acordo com as condições
de sua sala de aula e possa definir o tipo de intervenção didática a ser desenvolvida
de acordo com o nível de seus alunos. O objetivo é subsidiar o trabalho do professor
e o aprendizado do aluno nas atividades destinadas ao desenvolvimento das
capacidades de linguagem.
Os objetivos que norteiam a construção de modelos didáticos de gênero,
conforme proposto por Dolz e Schneuwly (1998), é de que estes possam contribuir
com os professores de LI para que preparem suas próprias atividades didáticas,
assim como auxiliá-los a avaliar, escolher e adaptar o material didático a ser usado
em sua intervenção pedagógica.
A apresentação dos modelos didáticos de gêneros está organizada por
esferas de atividades em que estes normalmente circulam:
ESFERA
EXEMPLOS DE MODELOS
Cultural/artística HQ (histórias em quadrinhos) e HI (histórias infantis), além de
diálogos, dramatizações, parlendas, canções folclóricas.
Cotidiano ou
familiar
Regras de jogos, listas de supermercados, receitas culinárias,
manuais, agenda.
Correspondência Cartas de pedido de conselho, cartas para pen-pal, cartões
postais, emails.
Divulgação
científica ou
universitária
Biografias, artigos, teses, dissertações, livros.
Jornalística Notícias, reportagens, crônicas, entrevistas, artigo de opinião.
Política Social Cartazes, discursos, palestras.
Religiosa Cantos, orações, salmos.
Política Comícios, debates, entrevistas.
Escolar Diário de classe, boletim informativo, avisos, teatros,
dramatizações.
Literária Livros, jornais, revistas.
Quadro 1: Modelos Didáticos de gêneros
Fonte: Adaptado de Cristóvão (apud DOLZ e SCHNEUWLY, 1998)
41
4 METODOLOGIA
A metodologia utilizada no presente trabalho foi a
de Análise Qualitativa. Com
o surgimento da comunicação escrita, a observação de um fenômeno pode ser
registrada em diversos tipos de documentos, possibilitando sua transmissão sem
perder a confiabilidade (RICHARDSON, 1999).
A apresentação e discussão dos dados foi realizada à luz do que preconiza a
literatura sobre gêneros textuais que tem por base o ISD. Este se apóia em uma
perspectiva interacionista social de linguagem e em teorias de linguagem que dão
primazia ao social, cujo principal colaborador é Jean-Paul Bronckart (1999). No que
diz respeito a SD, os principais colaboradores foram Bernard Schneuwly e Joaquim
Dolz (2004), todos da Universidade de Genebra, Suíça.
Para fomentar o trabalho apresentado, a coleta de dados foi realizada em
duas etapas e com instrumentos distintos.
A primeira etapa da pesquisa foi efetuada através de instrumento com
questões abertas e fechadas, dirigidas a todos os professores de LI da rede
municipal de ensino de Joinville, por ser esta a cidade na qual a pesquisadora
exerce a sua profissão como professora de LI em duas escolas deste município.
A aplicação do questionário com questões abertas e fechadas (conforme
Apêndice) visou efetuar uma sondagem para se obter uma percepção da
abrangência do uso dos gêneros textuais nas aulas de LI nas escolas da rede
municipal de ensino de Joinville, haja vista que este foi o objeto de estudo do
presente trabalho.
Tal instrumento foi considerado adequado nessa fase, que se desconhecia
o número de professores que faziam uso da metodologia dos gêneros textuais
efetivamente em suas aulas. Os questionários foram enviados por escrito, via
malote, para todas as escolas da rede municipal de ensino de Joinville e também
para o endereço eletrônico, via email, dos professores que tinham estes dados
cadastrados junto à Secretaria de Educação deste Município.
Os questionários aplicados aos entrevistados abrangeram os docentes que
trabalham com a disciplina de LI nas escolas municipais de Joinville. O contingente
previamente obtido foi de oitenta professores.
Dos oitenta questionários enviados, recebemos o retorno de dez
42
questionários. Através dos resultados obtidos com a aplicação deste questionário
confirmou-se a suposição desta pesquisadora de que os professores da rede
municipal de ensino de Joinville pouco sabem sobre gêneros textuais, e que os
mesmos não fazem uso desta metodologia em sala de aula. Foi diagnosticada
somente uma professora da rede que trabalha efetivamente com os gêneros textuais
em suas aulas.
A segunda etapa da pesquisa foi efetuada através de uma investigação no
material utilizado em sala de aula, tendo como base a utilização dos gêneros
textuais, por uma professora do E.F. de uma escola municipal de Joinville, localizada
em um bairro de classe média baixa, em uma turma de oitava série do E.F.
A escolha da referida escola deveu-se ao fato de ser a única no município de
Joinville em que se aplica a metodologia do uso dos gêneros textuais no ensino da
LI. Para o aprofundamento desta pesquisa, foi necessário recorrer à observação das
aulas ministradas pela respectiva professora.
As aulas analisadas totalizaram cinqüenta e uma aulas, sendo que, destas,
trinta e três aulas foram observadas por esta pesquisadora in loco. Considerando
que cada aula tem a duração de quarenta e cinco minutos, resultou num total vinte e
três horas e quarenta minutos de aulas observadas. O objetivo foi verificar a prática
pedagógica desta professora, relacionando com o que preconiza a literatura a
respeito da utilização de gêneros textuais e o que diz o Programa de Ensino do
Município de Joinville.
O instrumento utilizado para dar continuidade a esta segunda etapa da
investigação foi a observação, a qual deverá enriquecer as informações obtidas e
permitir a ampliação das relações descobertas na análise. Procurou-se reproduzir o
modelo de uma aula reconstruída, apoiando-nos na obra de Luna ao afirmar que “A
reconstrução de uma prática pedalingüística caracteriza-se como concluída com a
organização e a descrição dos procedimentos didáticos que foram efetivamente
adotados em uma sala de aula” (LUNA, 2000, p.187).
O material coletado e analisado foi composto de documentos utilizados como:
planos de aula, cópia do caderno de uma aluna da referida escola e transcrição dos
dados gravados durante as observações. A justificativa para a escolha desta série
deve-se ao fato de supor que os alunos devam ter atingido, pelo menos em parte,
os objetivos apresentados no Programa de Ensino do Município de Joinville (Anexo
1) ao chegar ao final do E.F., tendo trabalhado os conteúdos apresentados na
43
mesma.
Por tratar-se de uma pesquisa de Análise Qualitativa, objetivou-se adotar
somente uma escola para efetuar as aulas de observação. A escolha desta escola
não é aleatória, haja vista o propósito desta pesquisa, ao enfatizar o uso dos
gêneros textuais no ensino de LI. Para tanto, fez-se necessário investigar uma
escola em que se utiliza como abordagem de ensino o uso dos gêneros textuais.
A análise dos dados foi efetuada à luz do que preconiza a teoria do uso dos
gêneros textuais para o ensino de LI.
Como professora de LI em escola pública, surgiu a necessidade de pesquisar
novas áreas do conhecimento no que se refere ao ensino e aprendizagem de
línguas, especificamente quanto ao uso dos Gêneros Textuais nas aulas de inglês, e
poder dessa forma contribuir para que os alunos tenham um aprendizado mais
produtivo e significativo.
Assim sendo, a intenção da pesquisa foi colaborar, esclarecer e nortear as
escolhas feitas pelos professores referentes a esta questão, através de um estudo
mais acurado do que vem a ser gêneros textuais e como estes podem ser
trabalhados em sala de aula, com vistas à construção e ao desenvolvimento das
capacidades de ação, discursivas e lingüístico-discursivas dos alunos do E.F. das
escolas municipais de Joinville.
Após a concretização desta pesquisa, os resultados serão socializados com
os professores de LI das escolas municipais, junto à Secretaria de Educação do
município de Joinville e a escola que concedeu permissão para que a pesquisa
pudesse ser efetivamente desenvolvida.
Ao observar os cuidados éticos na pesquisa, a metodologia para alcançar os
objetivos da pesquisa evidencia que a sondagem da abrangência e uso dos gêneros
textuais procurou não invadir
a privacidade dos participantes, que suas
identidades foram preservadas, mantendo assim o seu anonimato. Foi solicitada
prévia autorização para a aplicação do questionário com os professores, por meio da
coordenadora dos professores de LI da Secretaria de Educação da rede Municipal
de Joinville.
44
5 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS
Como abordado em capitulo anterior, os dados aqui apresentados foram
coletados em uma escola municipal de Joinville, com aproximadamente mil e
trezentos alunos, operando nos turnos matutino, intermediário, vespertino e noturno.
Durante o ano da referida coleta, 2008, a professora, sujeito desta pesquisa,
trabalhou com quatro gêneros textuais diferentes, sendo estes: poema, resenha
crítica de filme, provérbios e letra de música. Exceto o gênero textual poema, os
demais gêneros constituem o objeto de estudo da presente pesquisa.
As aulas observadas tiveram início em 29 de julho de 2008 e encerraram-se
em 04 de dezembro do mesmo ano totalizando trinta e duas aulas observadas de
forma sistemática. Foi necessário também incluir as aulas de 13 de maio a 17 de
julho do mesmo ano. Estas aulas não foram observadas, porém procurou-se fazer a
coleta dos dados da melhor maneira possível através das anotações coletadas no
caderno de uma aluna e em conversas informais com a professora. Considera-se
importante este procedimento de forma a complementar o gênero textual resenha
que teve seu início em 13 de maio de 2008.
Houve a necessidade de informar que durante este período ocorreram
algumas paralisações, conforme segue:
- 22/05: Feriado Nacional de Corpus Christi;
- 08/07: Conselho de Classe;
- 22 e 24/07: Recesso Escolar;
- 02/09: Homenagem Cívica realizada na primeira aula;
- 16 e 18/09: Recesso Escolar;
- 25/09: Conselho de Classe;
- 14/10: Reunião para Discussão do Estatuto do Servidor Público;
- 20/11: Reunião com os professores de inglês.
Com exceção das paralisações dos dias 2 de setembro e 14 de outubro,
todas as demais estavam previstas no calendário escolar do município.
O gênero textual resenha teve início em 13 de maio e foi encerrado em 23 de
setembro. No total foram 30 aulas trabalhadas com resenha, sendo que, destas, 15
foram observadas pela pesquisadora. Das 15 aulas observadas, quatro tiveram seu
45
início com atraso de quinze a vinte minutos e duas aulas foram interrompidas por
motivos diversos.
Quanto ao gênero textual provérbios, este teve início em 30 de setembro e foi
encerrado em 11 de novembro, totalizando 12 aulas trabalhadas com provérbios,
dentre as quais quatro foram interrompidas por motivos diversos e uma aula teve o
seu início atrasado por quinze minutos devido a uma conversa da diretora da escola
com os professores. Observou-se que após essas interrupções a professora tinha
que retomar o assunto e acalmar os alunos para poder dar continuidade ao mesmo,
dificultando assim a continuidade de seu trabalho.
Deve-se considerar também que das doze aulas dedicadas ao estudo do
gênero provérbios, dez aulas iniciaram com atraso devido à implantação de um
projeto de leitura denominado de “Cinco Minutos”, cujo objetivo seria buscar resgatar
entre os alunos alguns valores “adormecidos” por estes. Por decisão da escola,
todos os professores no início da primeira aula, deveriam fazer a leitura dos textos,
pré-definidos, conforme consta nas aulas observadas e discutir os mesmos com os
alunos. Estas leituras e discussões não deveriam ultrapassar os cinco minutos
iniciais de cada aula, de acordo com o próprio nome do projeto intitulado de “Cinco
Minutos”. O que se observou, com relação ao tempo, foi que o mesmo sempre
ultrapassou os cinco minutos propostos no projeto.
O último gênero trabalhado foi música que teve início em 13 de novembro e
foi encerrado em 02 de dezembro, totalizando seis aulas dedicadas a este gênero
textual. Este foi o único gênero textual trabalhado sem interrupções.
Sendo o objetivo deste trabalho descrever a SD de aulas baseadas nos
gêneros textuais, são apresentadas as fases da SD com as ilustrações obtidas do
corpus, fazendo paralelamente a discussão à luz da literatura pertinente.
De acordo com Schneuwly e Dolz (2004, p.96) a SD é o elemento chave para
se trabalhar com gêneros textuais na escola “à medida que esta propõe uma
maneira precisa de trabalhar em sala de aula”.
A estrutura de base de uma SD, conforme proposta por Schneuwly e Dolz
(2004, p.98), é composta por uma: apresentação da situação; produção inicial;
módulo(s) e uma produção final.
Para Schneuwly e Dolz (2004, p.97) “uma seqüência didática é considerada
como um conjunto de atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em
torno de um gênero textual oral ou escrito”, norteada por um tema, por um objetivo
46
geral, ou por uma produção de texto final, para que se possa melhorar uma
determinada prática de linguagem.
Seguindo uma visão bakhtiniana, essas seqüências devem proporcionar o
desenvolvimento das capacidades de linguagem do aprendiz, apresentadas como:
Capacidade de ação; Capacidade discursiva e Capacidade lingüístico-discursiva.
Quanto ao Programa de Ensino das escolas municipais de Joinville, a
Secretaria Municipal de Educação procura direcionar o Programa de Ensino
Língua Estrangeira (Inglês) - em uma abordagem sócio-interacionista, na qual
concebe a aprendizagem enquanto ação que se realiza na interação com o
professor, com seus colegas e com o próprio conhecimento.
O Programa de Ensino deste município também se baseia em outros teóricos
para fundamentá-lo e toma como base de seus estudos Vigotsky (1998). Conforme
consta no Programa de Ensino da Secretaria de Educação de Joinville (Anexo 2),
“[...] os conteúdos ensinados na escola, estão intimamente relacionados com os
conhecimentos que foram acumulados pela experiência social da humanidade e que
necessitam ser selecionados, organizados e ensinados pela escola [...]”.
Este Programa exibe como deve ser o perfil do professor dentro de uma
perspectiva interacionista, (Anexo 2):
[...] Na perspectiva interacionista o professor tem o papel explícito de
interferir no processo, diferentemente de situações informais na qual a
criança aprende por imersão em um ambiente cultural. Portanto, é papel do
docente provocar avanços nos alunos e isso se torna possível com sua
interferência na zona proximal, ou seja, quando considera os
conhecimentos prévios que os alunos possuem, sua história e seus
saberes.
Segundo o Programa de Ensino, “no ambiente de aprendizagem interacionista
os alunos assumem a função de construtores de conhecimento” (Anexo 2).
Mais à frente, o Programa esclarece que segue uma Abordagem
Comunicativa ao informar que:
[...] Desde 1990, em comum acordo, os professores da rede municipal de
ensino de Joinville deliberaram pelo ensino da língua inglesa por meio da
abordagem comunicativa, a qual privilegia o ensino do idioma em contextos
de comunicação, criados artificialmente em sala de aula pelo professor para
ensino das funções comunicativas, sempre relevantes para os alunos
(Anexo 2).
47
Na seqüência em que propõe uma abordagem comunicativa para o ensino de
línguas, o mesmo declara que “É intenção da rede municipal de ensino de Joinville,
além de dar continuidade ao ensino de língua estrangeira por meio da abordagem
comunicativa nas séries iniciais, incorporar o trabalho com textos e a nova
concepção de língua para o ensino de língua estrangeira nas séries finais do Ensino
Fundamental” (anexo 2).
Este Programa assegura que deseja se benificar da abordagem comunicativa
para as séries iniciais e incorporar o trabalho com gêneros textuais para as séries
finais do Ensino Fundamental, conforme consta a seguir:
Sem desabonar o trabalho com a oralidade nas séries finais do Ensino
Fundamental (de 5
a
. a 8
a
. série), recomendamos o trabalho gradual com
gêneros textuais para essa faixa etária, levando em consideração as
necessidades e interesses diferenciados dos adolescentes e sua vinculação
com a cultura dos países onde o idioma é falado, com possibilidade de
ampliação da visão de mundo por meio da comparação com textos na
língua materna e/ou no mesmo idioma (Anexo 2).
Nota-se a importância em se aplicar esta metodologia ao afirmar que “O
trabalho com textos não é uma atividade complementar para enriquecer as aulas ou
motivar os alunos, mas é o trabalho prioritário” (Anexo 2). Embora empregue o uso
de gêneros textuais nas séries finais do Ensino Fundamental, o mesmo somente
aparece no programa de ensino de LI na oitava série e somente no segundo
bimestre.
Percebe-se um recorte de suportes teóricos sem uma clara definição de como
operar com as propostas do ISD e em momento algum é citado o uso das SD para
facilitar a aprendizagem dos alunos e nortear o trabalho do professor.
O que se observa no Programa de Ensino da Secretaria de Educação de
Joinville voltado especificamente para o trabalho com gêneros textuais, são
exemplos de atividades que podem servir de parâmetros para os professores. o
abordados três gêneros textuais no Programa: texto publicitário (anúncio); texto
informativo e texto literário (poema). Para cada gênero atividades diversificadas
de leitura e interpretação. Em um texto atividades que enfocam a gramática.
indícios de uma SD, porém, sem desenvolver as capacidades de linguagem, o foco
principal de uma SD. A capacidade de linguagem mais aparente é a de ação e
uma única menção à capacidade lingüístico-discursiva.
48
A partir das informações acima esclarecidas, deu-se continuidade ao trabalho,
conforme segue com a apresentação da SD nos três gêneros observados. Como
forma de melhor situar o leitor, é necessário esclarecer que em primeiro plano
aparece a situação ocorrida em sala de aula ou a atividade proposta pela professora
e em seguida são tecidos comentários a respeito.
a) Apresentação da situação
O primeiro contato dos alunos com o gênero textual resenha ocorre quando a
professora solicita aos alunos que pesquisem no dicionário de ngua portuguesa,
internet ou livros de português, a definição de Resenha Crítica e Sinopse.
Na continuidade, a professora faz oralmente um brainstorming movies films
3
com os alunos e passa no quadro a atividade abaixo, valendo-se da numeração
correspondente das atividades quanto à seqüência usada em sala de aula.
Activity 1:
- Liste 5 filmes preferidos;
- Por que esses filmes são interessantes? O que (quais aspectos) os tornam bons filmes?
- Quais critérios tornam os filmes populares entre os expectadores?
Fonte: corpus da pesquisa da autora
Para Luna (2000, p.189) “O professor, a partir desse exemplo fornecido,
estimula os alunos a interagirem entre si [...]”.
Esta atividade é pertinente pelo fato de que a resenha proposta aos alunos
diz respeito à resenha de um filme, sendo necessário, portanto, que os mesmos
tenham acesso a este tipo de informação envolvendo o gênero a ser trabalhado.
Após a realização desta tarefa, a professora faz a leitura de uma resenha
sobre o filme “Encontrando Forrester”.
O objetivo da professora ao realizar esta leitura é mostrar aos alunos de que
forma é escrita uma resenha, ou seja, qual a sua estrutura, com o intuito de
familiarizá-los com o gênero em questão.
O gênero provérbios é abordado pela professora da seguinte forma:
3
Tempestade cerebral de filmes
49
Inicialmente, anota no quadro a seguinte frase: “Never look a gift horse in the mouth”;
Desenha um presente, um cavalo, uma boca e os olhos;
Chama a atenção dos alunos para a frase e o que acabou de escrever look at this sentence, this
statement: Never look a gift horse in the mouth. What is it?”
Um aluno responde “não olhe”;
A professora pergunta “horse, do you know horse? an animal”;
Os alunos tentam adivinhar através dos desenhos o significado da frase;
A professora então diz “Em cavalo dado não se olha os dentes”;
Na seqüência, professora e alunos conversam a respeito dos ditados populares mais conhecidos por
estes e discutem a respeito dos mesmos, procurando exemplificá-los através dos acontecimentos
atuais.
Fonte: corpus da pesquisa da autora
Através desta interação, a professora procura fazer com que os alunos
manifestem o seu conhecimento a respeito do gênero e que esbocem seus
comentários, compartilhando com os colegas as suas representações sobre o
assunto em questão.
No que se refere ao gênero textual música, a professora inicia com uma
atividade chamada “warm up”
4
. Com esta atividade a professora busca fazer com
que os alunos percebam qual o próximo gênero textual abordado. Esta atividade é
feita oralmente e através da interação com os alunos, a professora tenta conduzi-los
para que estes consigam interpretar os dados abaixo corretamente.
Que idéia as informações a seguir nos passam?
- 1991
- from 130 million to over 300 million
- 1970
- London, England
- Freddy Mercury, Brian May, John Deacon, Roger Taylor
- Rock, various others
Fonte: corpus da pesquisa da autora
Todos os dados acima apresentados são parte constituinte de uma SD e
serviram para ilustrar a forma como a professora inicia cada gênero por ela
trabalhado. Estes dados pertencem à primeira fase da SD denominada de
Apresentação da Situação, ou seja, o momento em que os alunos constroem uma
4
Aquecimento
50
representação da situação de comunicação e da atividade de linguagem que irão
executar.
Esta fase deve responder a alguns questionamentos, tais como: o lugar
(espaço físico) e o momento (tempo) da produção; a pessoa que produziu o texto e
para quem o texto é dirigido. Estes questionamentos são considerados como
parâmetros do mundo físico que intervêm na produção de um texto. também os
parâmetros do mundo social e subjetivo que se devem ao fato de que todo texto faz
parte de uma atividade social e de uma interação comunicativa. São eles: o lugar
social (a formação social, a instituição ou o modo de interação social em que é
produzido); a posição social do emissor (papel social desempenhado pelo produtor);
a posição social do receptor e a finalidade da interação (os efeitos que o emissor
quer provocar no receptor).
Ao responder a estes questionamentos, a professora desenvolve, como se
observa no fragmento abaixo, a capacidade de ação. Como afirmam Schneuwly e
Dolz (2004), esta manifestação da SD é responsável por situar o sujeito com relação
ao contexto em que o gênero estudado foi produzido. Desse modo, ele é capaz de
construir uma certa representação a respeito do autor do texto, do contexto sócio-
histórico, o lugar social em que o mesmo foi produzido, ainda sem utilizar-se dos
aspectos lingüísticos contidos no texto.
Pode-se observar esta fase da SD nos três gêneros trabalhados pela
professora, conforme demonstrado a seguir. A atividade abaixo descrita se refere ao
gênero resenha.
Activity 2: Com base na pesquisa e conversa sobre resenha, responda:
- Quem em geral escreve esse gênero textual?
- Com que propósito?
- Com base em quais informações escreve?
- Onde podemos encontrar esse gênero, ou seja, por qual/quais meios é veiculado?
- Quem lê esse gênero e por que o faz?
- Que tipo de influência o leitor poderá sofrer a partir dessa leitura?
Fonte: corpus da pesquisa da autora
Ao propor esta atividade, a professora desenvolve junto aos alunos vários
aspectos da SD, propostos por Schneuwly e Dolz (2004), que se referem à
apresentação da situação, quais sejam:
51
Nos questionamentos que seguem, a professora conduz para a descoberta da
finalidade da interação, ou seja, quais os efeitos que o emissor quer provocar no
receptor, ao perguntar: Com que propósito esse gênero textual é escrito? E que tipo
de influência o leitor poderá sofrer a partir dessa leitura?
Com a pergunta quem em geral escreve esse gênero textual, a professora
questiona sobre quem é o produtor do texto.
Quem esse gênero e por que o faz, leva os alunos a descobrirem para
quem o texto é dirigido.
Através do questionamento, “Onde podemos encontrar esse gênero, ou seja,
por qual/quais meios é veiculado?”, a professora leva os alunos a descobrirem o
lugar (espaço físico) da produção do texto.
Quanto ao gênero provérbios, a professora apresenta a seguinte atividade:
A professora pergunta aos alunos:
Professora: Que tipo de frase é esta do quadro?
Aluno: Se a professora ganha um negócio a professora não pode reclamar por que a professora
ganhou.
Professora: ok, você está explicando a idéia da frase, ok. Agora, que frase seria essa?
Aluno: é um ditado.
Professora: Um ditado. Como assim um ditado?
Aluno: ditado popular.
Professora: ah... a popular saying, popular saying, there is another name, another name.
Aluno: provérbio.
Fonte: corpus da pesquisa da autora
É de fácil percepção que a professora busca, através do diálogo acima
estabelecido com os alunos, fazer com que estes consigam identificar qual o gênero
abordado.
Professora: proverb, very good. Proverb. What’s the difference between proverb and popular saying?
Em que situações esse tipo de frase é usado?
Aluno: quando se quer dar um conselho.
Professora: eu costumo usar o provérbio para resumir uma situação, para dar um conselho, também
é usado em fábulas. E o provérbio do quadro?
Aluno: quando se ganha algo não se deve reclamar do presente dado.
Fonte: corpus da pesquisa da autora
52
No fragmento acima a professora conduz os alunos à descoberta da
finalidade do gênero em questão.
A Professora concorda com o aluno e completa dizendo que: o provérbio também mostra a cultura e
os costumes de um povo e que o provérbio pode falar muito a respeito desse povo.
Fonte: corpus da pesquisa da autora
Nesta parte, a professora fala sobre o lugar social em que o gênero é
produzido.
No que se refere ao gênero sica, a professora através da atividade “warm
up” feita oralmente com os alunos, consegue fazer com que estes se integrem
melhor com o gênero.
Professora: [...] seis informações no quadro e que idéia que elas nos passam, vamos pensar um
pouquinho... About the CD... Pessoal, quais as informações que nós temos aqui, o que será isso?...
Está fácil? Então vamos lá, o que pode ser?... Esta informação, o que ela pode nos dizer?... (Freddy
Mercury, Brian May, John Deacon, Roger Taylor)... Vamos lá... são nomes, nomes de quem?... São
músicos? Integrantes de uma banda? Ok, certo...
Fonte: corpus da pesquisa da autora
As informações acima descritas conduzem os alunos à descoberta do gênero
abordado.
Essa informação aqui... (London, England)... De onde eles são? Ok.
Fonte: corpus da pesquisa da autora
Através desta informação é possível detectar o local em que este foi
produzido.
E essa informação aqui, o que poderíamos dizer a respeito dessa banda? (1991) Quando acabou a
banda?... Ta, pode ser... E essa daqui? (1970)... Quando começou?
Fonte: corpus da pesquisa da autora
Estas informações revelam o momento (o tempo) da produção.
Certo... Que banda é essa? Queen? Porque que é Queen?... Não, o que tem aqui que diz que é o
Queen?... Freddy Mercury (respondem rapidamente os alunos).
Fonte: corpus da pesquisa da autora
53
É determinada aqui a posição social do emissor, uma pessoa famosa e
conhecida internacionalmente, tão ou mais conhecida que a própria banda.
A atividade abaixo foi feita pelos alunos após estes terem trabalhado a
música e retoma alguns aspectos da fase de apresentação da situação, que já foram
esclarecidos anteriormente e que possibilitam ao aluno se situar com relação ao
contexto em que o texto foi produzido.
4) What do you know about Queen? Try to complete with the required information below:
a) former members:……………………………….
b) origin:…………………………………………………
c) genre:………………………………………………….
d) number of sold albuns:……………………….
e) year of the band formation:………………...
f) year of Mercury’s death:………………………
Fonte: corpus da pesquisa da autora
Ainda na fase da apresentação da situação, novos questionamentos se
fazem: a quem se dirige a produção? Que forma assumirá a produção? Quem
participará da produção? Estas perguntas o respondidas através das atividades
abaixo descritas:
-
Produza uma resenha do filme Bang, Bang, You’re Dead.
- Organize o texto em 3 parágrafos:
* introdução: abertura que contém informações gerais sobre o filme;
* desenvolvimento: resumo mais ou menos detalhado da história do filme;
* conclusão: comentário/opinião com interpretação e recomendação.
Tenha em mente ao escrever que o público alvo será adolescente e pais de adolescentes.
Também faça um título para a resenha.
A produção da resenha será feita em duplas e todos devem apresentar para seus colegas de classe.
Fonte: corpus da pesquisa da autora
Por meio da atividade acima proposta pela professora, percebe-se que todos
os alunos devem escrever uma resenha sobre o filme que assistiram anteriormente,
respondendo desta forma os questionamentos: que forma assumirá a produção, a
de uma resenha. E quem participará da produção, todos os alunos. Quanto ao
questionamento: a quem se dirige a produção, a todos os alunos, sendo que estes
54
deverão apresentar aos colegas de classe a resenha por eles produzida. Observa-se
que a resenha é feita em língua portuguesa devido à falta do domínio do idioma dos
alunos e do conhecimento básico para escrever uma resenha em ngua inglesa,
esta informação foi fornecida pela professora.
Quanto ao gênero provérbios, a professora anota no quadro as seguintes
atividades:
Atividade 4:
(4a.) Você irá escolher um número entre um e 108, ele corresponderá a um provérbio de uma lista
que será aplicada na sala. Após escolher o número, procure o seu provérbio e anote no caderno em
inglês e português. Treine a pronúncia deste provérbio para apresentar.
(4b.) Escolha outro provérbio da lista dos 108 provérbios, anote-o em seu caderno. Este provérbio
será escrito em um marca-página que você irá confeccionar.
Fonte: corpus da pesquisa da autora
Lista dos provérbios utilizada pela professora:
PORTUGUÊS INGLÊS
1.
Os últimos serão os primeiros. The last will be the first.
2.
A ocasião faz o ladrão. Opportunity makes thieves.
3.
Achado não é roubado. Finders keepers, losers weepers.
4.
Quem vai ao ar, perde o lugar. If you snooze, you lose.
5.
Cuida do teu nariz que do meu cuido eu.
Não se meta onde não é chamado.
Mind your own business.
6.
Em boca fechada não entra mosca. A close mouth catches no flies.
7.
Águas paradas são profundas. Still waters run deep.
8.
Deus ajuda quem cedo madruga. The early bird catches the worm.
9.
Deus ajuda àqueles que ajudam a si
mesmos.
God helps those who help themselves.
10.
A galinha do vizinho sempre é mais gorda.
The grass is always greener on the other
side of the fence.
11.
Não julgue pelas aparências.
As aparências enganam.
Do not judge by appearances.
Looks can be deceiving.
12.
Em casa de ferreiro, o espeto é de pau.
Who is worse shod than the shoemaker's
wife?
13.
Não se pode julgar um livro pela capa.
You can't tell a book by its cover.
You can't judge a book by its cover.
14.
Dize-me com que andas, que dir-te-ei A man is known by the company he keeps.
55
quem és. Birds of a feather flock together.
15.
De mal a pior.
From worse to worse/worst.
Out of the frying pan and into the fire.
16.
Mais vale um passarinho na gaiola do que
dois voando.
Mais vale um pássaro na mão do que dois
voando.
A bird in the hand is worth two in the bush.
17.
Nem tudo que reluz é ouro. Not all that glitters is gold.
18.
Nem tudo na vida são flores. Life is not a bed of roses.
19.
É uma faca de dois gumes. It's a double-edged sword.
20.
O barato sai caro. You get what you pay for.
21.
Em terra de cego, quem tem um olho é rei. Among the blind a one-eyed man is king.
22.
A gota que faltava.
The last drop makes the cup run over.
The straw that breaks the camel's back.
23.
Matar dois coelhos de uma cajadada só. Kill two birds with one stone.
24.
Não adianta chorar sobre o leite
derramado.
No use crying over spilt milk.
25.
De pequenino é que se torce o pepino. Best to bend while it is a twig.
26.
Pau que nasce torto, morre torto. As the twig is bent, so is the tree inclined.
27.
Criança mimada, criança estragada.
Criança muito acariciada nunca foi bem
educada.
Criaste, não castigaste, mal criaste.
Spare the rod and spoil the child.
28.
Nem só de pão vive o homem.
Ninguém é de ferro.
All work and no play makes Jack a dull boy.
29.
Quando um não quer, dois não brigam.
It takes two to tango.
It takes two to begin a fight.
30.
Roupa suja se lava em casa. Don't wash your dirty linen in public.
31.
Longe dos olhos, perto do coração. Absence makes the heart grow fonder.
32.
Quem não é visto, não é lembrado.
O que os olhos não vêem, o coração não
sente.
Out of sight, out of mind.
33.
Quem cala consente. Silence implies (means) consent.
34.
Santo de casa não faz milagre. No one is a prophet in his own country.
35.
Quando a esmola é demais o santo
desconfia.
Isto é bom demais para ser verdade.
It s too good to be true.
36.
Onde há fumaça, há fogo. There's no smoke without fire.
37.
Toda brincadeira tem um fundo de
verdade.
When a thing is funny, search it carefully for
a hidden truth.
38.
Quem desdenha, quer comprar. It is only at the tree loaded with fruit that
56
people throw stones.
39.
Seguro morreu de velho. Better safe than sorry.
40.
Gato escaldado tem medo de água fria.
A burnt child dreads the fire.
A burnt child fears the fire.
41.
Ver para crer. Seeing is believing.
42.
Uma imagem vale por mil palavras A picture is worth a thousand words
43.
Antes tarde do que nunca. Better late than never.
44.
Quando em Roma, faça como os romanos.
When in Rome, do like the Romans.
45.
Quem vê cara, não vê coração.
Beauty is not in the face; beauty is a light in
the heart.
The face is no index to the heart.
46.
Beleza não bota a mesa. Beauty is only skin deep.
47.
Quem ama o feio, bonito lhe parece.
Beauty is in the eye of the beholder.
In the eyes of the lover, pock-marks are
dimples.
Love sees no faults.
48.
O amor é cego. Love is blind.
49.
Quem espera sempre alcança. Good things come to those who wait.
50.
A esperança é a última que morre. While there's life, there's hope.
51.
Querer é poder. Where there's a will there's a way.
52.
Para o bom entendedor, meia palavra
basta.
A word to the wise is enough.
53.
Melhor do que nada.
Antes pouco do que nada.
Better than nothing.
Half a loaf is better than none.
54.
Uma mão lava a outra. You scratch my back and I'll scratch yours.
55.
É dando que se recebe. It is in giving that we receive.
56.
Não mordas a mão que te alimenta. You should not bite the hand that feeds you.
57.
Cavalo dado, não se olha os dentes. Don't look a gift horse in the mouth.
58.
A corda sempre arrebenta do lado mais
fraco.
A chain is only as strong as its weakest link.
59.
Quando dois elefantes brigam, quem sofre
é a grama.
When two elephants fight it is the grass that
gets trampled.
60.
A união faz a força.
There is strength in numbers.
United we stand, divided we fall.
61.
Por trás de um grande homem, há sempre
uma grande mulher.
Behind every great man there is a great
woman.
62.
Não ponhas todos os ovos no mesmo
cesto.
Don't put all your eggs in one basket.
63.
Não contes os pintos senão depois de
nascidos.
Don't count your chickens before they've
hatched.
57
64.
Antes prevenir do que remediar.
An ounce of prevention is worth a pound of
cure.
A stitch in time saves nine.
65.
Um homem prevenido vale por dois. Forewarned is forearmed.
66.
Quem não arrisca não petisca. Nothing ventured, nothing gained.
67.
Quem não chora, não mama. The squeaky wheel gets the grease.
68.
Quem não trabalha, não come/ganha. No work, no money.
69.
À noite todos os gatos são pardos. All cats are gray in the dark (night).
70.
Há males que vêm para o bem. A blessing in disguise.
71.
Um é pouco, dois é bom e três é demais. Two's company three's a crowd.
72.
Vale mais o exemplo do que o preceito. Practice what you preach.
73.
De grão em grão a galinha enche o papo. Grain by grain, the hen fills her belly.
74.
Água mole em pedra dura, tanto bate até
que fura.
Water dropping day by day wears the
hardest rock away.
Many little strokes fell great oaks.
A drop hollows out a stone.
75.
Devagar se vai ao longe.
He who treads softly goes far.
Make haste slowly.
Slow and steady wins the race.
76.
A pressa é inimiga da perfeição.
Haste makes waste.
Haste is the enemy of perfection.
He who takes his time does not fall.
77.
A mentira tem perna curta.
Lies have short legs.
Oh, what a tangled web we weave, when
first we practice to deceive.
78.
O feitiço virou contra o feiticeiro.
He was caught in his own web/trap.
It backfired.
79.
A justiça tarda, mas não falha.
God stays long, but strikes at last.
Justice delays, but it does not fail.
80.
Quem com ferro fere, com ferro será ferido.
He who lives by the sword, shall die by the
sword.
81.
Olho por olho, dente por dente. An eye for an eye, and a tooth for a tooth.
82.
Amanhã é outro dia. Tomorrow's a new day.
83.
Águas passadas não movem moinhos. Let bygones be bygones.
84.
Quando o gato sai, os ratos tomam conta. When the cat's away, the mice will play.
85.
Uma coisa de cada vez. One thing at a time.
86.
Tudo que é bom dura pouco.
Acabou-se o que era doce.
All good things must come to an end.
87.
Quem ri por último, ri melhor. He who laughs last, laughs best.
88.
Alegria de uns, tristeza de outros.
One man's happiness is another man's
sadness.
58
89.
Um dia é da caça, outro do caçador. Every dog has his day.
90.
Tempo é dinheiro. Time is money.
91.
O dinheiro fala mais alto.
O dinheiro é que manda.
Quando o dinheiro fala, tudo cala.
Money talks.
92.
Todo homem tem seu preço. Every man has a price.
93.
Negócios em primeiro lugar. Business before pleasure.
94.
Amigos, amigos, negócios a parte. Business is business.
95.
Quem não tem cão, caça com gato.
Make do with what you have.
A drowning man will clutch at a straw.
96.
Fazer tempestade em copo d'água.
Make a storm in a teacup.
Make a mountain out of a mole hill.
97.
Cão que ladra não morde.
Barking dogs seldom bite.
His bark is worse that his bite.
98.
Antes só do que mal acompanhado. Better alone than in bad company.
99.
A emenda ficou pior do que o soneto. The remedy is worse than the disease.
100.
Nascido em berço de ouro. Born with a silver spoon in your mouth.
101.
Quem tem boca vai a Roma. Better to ask the way than go astray.
102.
Quem semeia colhe.
Quem semeia vento, colhe tempestade.
You reap what you sow.
You made your bed, now lie on it.
103.
Um osso duro de roer. A hard nut to crack.
104.
Dos males o menor. Choose the lesser of two evils.
105.
A prática leva à perfeição. Practice makes perfect.
106.
É errando que se aprende. The road to success is paved with failure.
107.
Os melhores perfumes vêm nos menores
frascos.
Tamanho não é documento.
Good things come in small packages.
108.
A estrada para o inferno é feita de boas
intenções.
The road to hell is paved with good
intentions.
Fonte: <http://www.sk.com.br/sk-prov.html>. Online. 4 de setembro de 2008.
Através das atividades descritas, percebe-se que todos os alunos devem
confeccionar um marca-página, escolher um provérbio e treinar a leitura para
posterior apresentação do mesmo, respondendo desta forma os questionamentos
que se fazem nesta fase da SD: que forma assumirá a produção, a de uma marca-
página e também uma apresentação oral através da leitura de um provérbio; quem
participará da produção, todos os alunos. Este fato está marcado quando a
professora explica oralmente:
59
“São dois provérbios, o primeiro você vai escolher sem ver a lista, o segundo você vai escolher
olhando a lista”.
Fonte: corpus da pesquisa da autora
Quanto ao questionamento a quem se dirige a produção, este foi esclarecido
oralmente pela professora ao fazer a sugestão:
“Vocês vão escolher um provérbio, vão fazer um marca-página, vão enfeitar e nós vamos fazer um
amigo secreto e vamos trocar”.
Fonte: corpus da pesquisa da autora
Com referência ao gênero música, a professora faz a apresentação da
situação ao entregar aos alunos uma cópia com a letra da música e com as
atividades referentes à mesma que os alunos devem realizar.
Para a realização das atividades 2, 3, 4 e 5, a professora solicita aos alunos
que estes as façam em casa, devendo complementar com a atividade 1 ao fazer a
tradução dos verbos constantes nesta. Estas atividades encontram-se evidenciadas
mais a frente.
Conforme Schneuwly e Dolz (2004, pg.100) esta fase inicial de apresentação
deve “[...] fornecer aos alunos todas as informações necessárias para que conheçam
o projeto comunicativo visado e a aprendizagem de linguagem a que está
relacionado.”
Observa-se que mesmo não tendo uma seqüência cronológica, todos os
questionamentos são respondidos adequadamente. O primeiro questionamento
sugerido na apresentação da situação, qual o gênero a ser abordado, é
exemplificado pelo gênero provérbios. O mesmo é esclarecido na aula do dia 30/09
e os demais, a finalidade do gênero; o lugar social em que o gênero foi produzido; e
também, a quem se dirige a produção; que forma assumirá a produção e quem
participará da produção, são esclarecidos na aula do dia 09/10. Este fato, mesmo
não ocorrendo de forma sistemática, não impede que os alunos tomem o
conhecimento das atividades de aprendizagem de forma significativa e pertinente.
Com relação ao gênero resenha e música, a professora também consegue
através das atividades propostas, como visto acima, cumprir com a primeira fase
da SD.
60
b) Produção Inicial
Após as atividades acima descritas, foi realizada a fase da apresentação da
situação e a professora continuidade à sua prática pedagógica, conforme
demonstra o trecho a seguir. Essa parte analisada pode ser caracterizada na SD,
como a produção inicial, na qual Schneuwly e Dolz (2004, pg.101) esclarecem que
“[...] os alunos tentam elaborar um primeiro texto oral ou escrito e, assim, revelam
para si mesmos e para o professor as representações que têm dessa atividade”.
Os alunos assistem ao filme “Bang Bang you’re Dead” que teve o seu início
no dia 17/06, tendo continuidade no dia 19/06 e finalizando-se no dia 24/06,
totalizando, portanto, três aulas consecutivas. Após assistirem ao filme, professora e
alunos discutem a respeito do mesmo e na seqüência a professora entrega cópia de
uma resenha para os alunos, conforme segue:
Bang, Bang, You’re Dead (2002)
Review Summary
Inspired by a play that has been presented dozens of times to middle-and high school students
throughout the United States, Bang, Bang, You’re Dead ponders the possible reasons that outwardly
“normal” teenagers periodically resort to Columbine style violence. The focus here is on Trevor
Adams (Ben Foster), an intelligent but hypersensitive high schooler whose troubled past has
designated him “at risk”. Feeling persecuted by those stronger and more popular than himself, Trevor
has already run afoul of classmates and teachers alike by making death threats against the school
football team. Now he has aligned himself with a group of fellow “outsiderswho call themselves the
Trogs. Indulging in prankery that runs the gamut from merely irritating to potentially dangerous, Trevor
and the Trogs plan an all-out deadly assault against their so-called enemies. Although the script points
out that peer pressure and bullying has gone beyond the point of harmlessness in today’s society it is
careful not to blame any one person or group for what ultimately happens to Trevor; even Trevor
himself is shown to be comprised of equal parts villain and victim. First screened at the Seattle
International Film Festival, Bang, Bang, You’re Dead formally premiered October 13, 2002, over the
Showtime cable network. ~Hal Erickson, All Movies Guide.
Movie Details
Title: Bang, Bang, You’re Dead
Running Time: 87 minutes
Country: USA
Genre: Teen Movie, Social Problem Film
Fonte: corpus da pesquisa da autora
61
A professora faz em conjunto com os alunos a leitura da resenha acima e
após fazem uma discussão a respeito da mesma. A produção inicial aqui realizada
com os alunos ocorre oralmente. Mesmo sendo feita na língua materna, o português,
ela é importante por situar o aluno com relação ao gênero que este irá trabalhar,
corroborando com Schneuwly e Dolz (2004, p.102) ao afirmarem que “[...] Para os
alunos, a realização de um texto oral ou escrito concretiza os elementos dados na
apresentação da situação e esclarece, portanto, quanto ao gênero abordado na
seqüência didática”.
Ao recorrer às aulas observadas, constata-se que os alunos efetuam uma
produção inicial, no que se refere ao gênero provérbios, na aula do dia 02/10 através
da seguinte atividade:
Activity 2: Escolha quatro provérbios do exercício 1 (conforme exposto abaixo) e explique a
mensagem/idéia que passam ou exemplifique com uma situação do nosso dia-a-dia.
Fonte: corpus da pesquisa da autora
Proverbs: Activity 1: Matching proverbs. Match the column A (English) to column B (Portuguese).
Column A:
1. Time is money
2. One is never too old to learn
3. Out of sight, out of mind
4. Tomorrow is another day
5. Don’t put all your eggs in one basket
6. Many hands make light work
7. You cannot teach an old dog new tricks
8. Too many cooks spoil the broth
Column B:
( ) Cozinheiros demais entornam o caldo.
( ) Amanhã é outro dia.
( ) Nunca é tarde demais para aprender.
( ) A união faz a força.
( ) Papagaio velho não aprende a falar.
( ) Longe dos olhos, longe do coração.
( ) Não coloque todos os ovos em uma única cesta.
( ) Tempo é dinheiro.
Fonte: corpus da pesquisa da autora
62
A professora explica aos alunos como estes devem proceder:
“Vocês vão escrevê-lo em inglês e vão dar a explicação de vocês em português. É, que idéia ou
mensagem ele transmite... Cada um daquele que você escolher transmite... Ou também você pode
exemplificar com uma situação do nosso dia-a-dia... Que situação do nosso dia-a-dia a gente poderia
utilizar esses provérbios?... Bom, olha só, lembra daquele que eu passei no início da última aula?
“cavalo dado não se olha os dentes?”... o Wellington explicou a situação, até outros falaram que,
por exemplo: você ganha um presente e você não pode ficar reclamando daquele presente, né?
Então, “cavalo dado não se olha os dentes”... É assim que eu quero que você... Você vai tentar
interpretar, ta?”
Fonte: corpus da pesquisa da autora
Percebe-se que através desta atividade a professora procura fazer com que
os alunos consigam se expressar oralmente ao solicitar que estes expliquem o
significado de alguns provérbios aplicando-os no seu dia-a-dia. Isto permite,
segundo Schneuwly e Dolz (2004, p.101) “circunscrever as capacidades de que os
alunos dispõem e, conseqüentemente, suas potencialidades”. Para estes mesmos
autores, se o professor souber trabalhar bem a situação de comunicação durante a
fase de apresentação da situação:
[...] todos os alunos, inclusive os mais fracos, são capazes de produzir um
texto oral ou escrito que responda corretamente à situação dada, mesmo
que não respeitem todas as características do gênero visado. Cada aluno
consegue seguir, pelo menos parcialmente, a instrução dada.
É importante tecer algumas considerações nesta parte da SD. Os alunos
produzem um texto e o apresentam oralmente sobre o significado de alguns
provérbios, em português, considerando que os mesmos fazem as suas explicações
em sua língua materna. A atividade consiste em fazer com que o aluno apresente a
sua explicação, em português, para que os demais possam descobrir a qual
provérbio em inglês este se refere. Observa-se que, embora, a resposta tenha sido
dada em inglês, alguns alunos utilizam o português.
Deve-se considerar também que, por se tratar do gênero provérbio, produzir
um texto escrito seria de certa forma inviável, devido ao gênero em si. O gênero em
questão pertence aos ditos populares, frases e expressões, que transmitem
conhecimentos comuns sobre a vida. Muitos deles foram criados na antiguidade,
porém estão relacionados a aspectos universais da vida, por isso são utilizados até
63
os dias atuais. Assim sendo, não seria possível o aluno produzir o gênero, mas
deve-se considerar que a atividade proposta pela professora em levar o aluno à
reflexão para depois compartilhar com seus colegas a sua produção é válida no
sentido em que esta vem ao encontro do que é proposto por Schneuwly e Dolz
(2004, p.106) ao afirmarem que os alunos:
[...] constroem progressivamente conhecimentos sobre o gênero. Ao mesmo
tempo, pelo fato de que toma a forma de palavras técnicas e de regras que
permitem falar sobre ela, essa linguagem é, também, comunicável a outros
e, o que é também muito importante, favorece uma atitude reflexiva [...].
Quanto ao gênero música, a professora entrega uma folha com a letra da
música e as atividades que todos os alunos devem fazer. Como atividade inicial, a
professora propõe ouvirem a música e identificarem os verbos que estão faltando.
Como forma de se familiarizarem, a professora faz a leitura dos verbos antes dos
alunos ouvirem a música.
Activity one: Listen to the song... One... O que está fora do quadro (se referindo à folha que os alunos
receberam com a letra da música)... We are the champions... And complete with the missing verbs...
Vão completar com o que?... Estão vendo que ali na letra da música faltam palavras?... Pois bem, as
palavras que faltam vocês têm elas aqui relacionadas no “one” dentro do quadro... Então vamos ao
outro “one”... Missing verbs... One: complete the song with the missing verbs and give their
translation... Então os verbos que estão aqui ó (e aponta para a lista de verbos da folha), que nós
vamos utilizar para completar, vou ler cada um deles para vocês se familiarizarem com a pronúncia,
depois nós vamos escutar a música e vocês vão tentar encaixá-los... É... Pra ser mais prático agora
no primeiro momento, vocês podem utilizar números... São oito espaços, oito verbos, e vocês
podem ir colocando o número que corresponde ao verbo, ta? E aí depois vocês escrevem o verbo por
extenso... (Professora faz a leitura dos verbos duas vezes)...ok?... três vezes eu vou deixar a música
tocar, vou repetir...
Fonte: corpus da pesquisa da autora
Abaixo, apresenta-se a atividade proposta pela professora:
64
WE ARE THE CHAMPIONS
Queen
I’ve …………………… my dues
Time after time
I’ve ………………………. my sentence
But commited no crime
And bad mistakes
I’ve………………………………. a few
I’ve.............................. my share of sand kicked in
my face
But I’ve…………………… through
And I need to go on and on and on and on
We are the champions – my friend
And we’ll keep on fighting till the end
We are the champions
We are the champions
No time for losers
‘cause we are the champions of the word
I’ve ……………………………….. my bows
And my curtain calls
You’ve………………………… me fame and fortune
And everything that goes with it
I thank you all
But it’s…………….. no bed of roses no pleasure
Cruise
I consider it a challenge before the whole human
race
And I ain’t gonna lose
And I need to go on and on and on and on
MISSING VERBS
1) Complete the song with the missing
verbs then give their translation.
1- TAKEN=…………………………
2- PAID=……………………………
3- BEEN=…………………………..
4- HAD=……………………..…..…
5- BROUGHT=…………………..…
6- DONE=…………………………..
7- COME=…………………………..
8- MADE=………………………...…
Fonte: corpus da pesquisa da autora
Esta atividade inicial para o gênero música conduz os alunos a trabalharem a
parte auditiva e também a compreensão do texto, considerando que os mesmos
devem completar os espaços em branco com os verbos faltantes.
Nesta atividade, a professora utiliza o que os autores denominam de tarefa
simplificada de produção de texto, em que os alunos devem completar a sentença
com o substantivo (ou verbo) que está faltando, ou conforme o proposto por
Schneuwly e Dolz (2004, p.105) “[...] inserir uma parte que falta num dado texto”. Na
visão destes autores, toda e qualquer produção oral ou escrita pode ser concebida
com sendo um gênero textual. Assim, a atividade acima, mesmo sendo elaborada
em forma de frases, não deixa de ser a letra de uma música e como tal, também é
classificada com um gênero textual.
Segundo a literatura da área, a SD se estrutura também com módulos. É
sobre essa terceira fase da SD que esta pesquisa dará continuidade à apresentação
e à discussão dos dados.
65
c) Módulos
O objetivo dos módulos é trabalhar os problemas encontrados durante a
primeira produção e, desta forma, fornecer aos alunos os instrumentos necessários
para superá-los.
Esses módulos variam em número e são constituídos de atividades que
trabalham de maneira sistematizada aspectos do gênero a serem abordados, por
serem considerados relevantes para os alunos. Estes devem, portanto, oportunizar
os instrumentos necessários para o domínio das características do gênero,
possibilitando que o aprendiz desenvolva as capacidades de linguagem necessárias
para a comunicação no contexto em estudo.
Conforme pode-se observar na segunda fase da SD, o uma produção
inicial, oral ou escrita, na língua alvo, o inglês e sim uma produção inicial oral com os
alunos ao discutirem a respeito de uma resenha. Esta discussão é feita em língua
portuguesa. também uma reprodução oral e escrita de alguns provérbios em
inglês e a reprodução oral de uma música. No entanto, a professora trabalha
algumas atividades escritas com os alunos.
Schneuwly e Dolz (2004, p.105) consideram como essencial na elaboração de
um módulo, a variação de atividades e exercícios como forma de enriquecer o
trabalho em sala de aula, podendo ser em grupo ou individual. Os autores afirmam
que em cada módulo “[...] é muito importante propor atividades as mais
diversificadas possíveis, dando, assim, a cada aluno a possibilidade de ter acesso,
por diferentes vias, às noções e aos instrumentos, aumentando, desse modo, suas
chances de sucesso”.
De acordo com os autores acima mencionados, as atividades podem ser de
observação e de análise de textos, sejam estas orais ou escritas, textos autênticos
ou fabricados, o importante é evidenciar alguns aspectos do funcionamento do texto
para que auxiliem no desenvolvimento da capacidade discursiva. Isto é realizado
através das atividades propostas pela professora que busca trabalhar as
características que cada gênero apresenta em seus textos, conforme pode-se
observar abaixo.
A professora entrega uma folha com atividades para cada aluno, para que
estes respondam baseados no filme que assistiram e na leitura da resenha feita na
aula anterior.
66
Bang, Bang, You’re Dead
Studying the elements of a movie review
1a. Scan the text to complete the chart below:
Nome do filme
Atores principais
Local em que a história se passa
O filme foi baseado em quê?
Tempo de duração do filme
País de produção do filme
Ano de lançamento do filme
Censura do filme
Gênero
-
Nome do resenhista
Fonte: corpus da pesquisa da autora
Reading comprehension
2a. Read the review again and answer the following questions in Portuguese:
1- Quem é Trevor Adams? ……………………………………………………………..
2- Que tipo de garoto ele é? ..................................................................................
3- Por que ele é considerado um risco para a comunidade escolar na qual está inserido?
.............................................................................................................
4- Que relação existe entre Trevor e os The Trogs? O que eles planejam
fazer?....................................................................................................................
5- Trevor é: agressor, vítima ou ambos? .................................................................
6- O filme traz a tona que tipo de assunto? .............................................................
Fonte: corpus da pesquisa da autora
Learning some aspects of a movie review
De acordo com Ulisses Infante, autor de do Texto Ao Texto (Ed. Scipione): “Resenhar é,
basicamente, resumir as características de um objeto um quadro, uma escultura, um livro, um filme,
um CD, etc. e também opinar sobre o mesmo. É fundamental, no entanto, que o posicionamento do
crítico se apresente como desenvolvimento natural de uma argumentação consistente”.
Fonte: corpus da pesquisa da autora
3a. Read the review very carefully, observing the following aspects:
1. Quais trechos contêm informações sobre o filme? Que proporção do total essas passagens
ocupam?
2. Quais são as partes opinativas? Elas surgem por acaso ou estão contextualizadas e bem
justificadas?
3. Os comentários são positivos, negativos ou neutros? Que expressões explicitam essa posição?
Fonte: corpus da pesquisa da autora
67
As atividades acima descritas levam os alunos a ler e a refletir a respeito do
assunto abordado e se encaixam no que Schneuwly e Dolz (2004, p.105) propõem
como atividades de observação e de análise de textos e que se constituem como “o
ponto de referência indispensável a toda aprendizagem eficaz da expressão”.
São apresentadas a seguir algumas atividades que se referem ao gênero
provérbios e que se inserem na fase dos módulos.
Atividades propostas com o gênero provérbios:
3) Complete the proverbs with the missing words:
Missing words: teacher, neighbors, mice, roads, book
a) You can’t tell a ________________ by its cover.
b) All ______________ lead to Rome.
c) Experience is the best ______________________.
d) Good fences make good ____________________.
e) When the cats away, the _____________ will play.
Fonte: corpus da pesquisa da autora
Com esta atividade, a professora utiliza também o que os autores denominam
de tarefa simplificada de produção de texto, em que os alunos devem completar a
sentença com o substantivo que está faltando, ou seja, incluir uma palavra que falta
em determinado texto para que este faça sentido.
5. Try to find an equivalent proverb or popular saying in Portuguese for the list bellow. If you can’t find
an appropriate equivalent, suggest a possible translation, literal (word by word) or free (meaning rather
than word).
a) The grass is greener on the other side of the fence.
b) East, west, home is best.
c) Practice what you preach.
d) He, who laughs last, laughs longest.
e) You can lead a horse to water but you can’t make him drink.
f) Beauty is in the eye of the beholder.
Fonte: corpus da pesquisa da autora
6. Answer the question in Portuguese:
a) What is a proverb?
b) How do people learn proverbs?
c) In what kind of situations do people say proverbs?
Fonte: corpus da pesquisa da autora
68
Na atividade cinco, é solicitado que os alunos encontrem um provérbio
equivalente em português, caso não encontrem podem fazer a tradução literal,
justificar ou explicar o provérbio. Isto leva os alunos a refletirem sobre o gênero e
contribui para que estes possam tecer seus comentários com os conhecimentos
construídos anteriormente na escola, em casa ou no convívio social.
Na atividade seis, os alunos devem discutir a respeito do conhecimento
adquirido sobre o gênero. Esses tipos de atividades podem se encaixar no que os
autores classificam como atividades de observação e análise de textos,
considerando que os alunos devem analisar o provérbio para encontrar o seu
equivalente, tecer comentários sobre o gênero em questão e socializar os seus
argumentos com os colegas de sala. Segundo Schneuwly e Dolz (2004, p.105)
“Essas atividades podem ser realizadas a partir de um texto completo ou de uma
parte de um texto”.
As atividades que seguem dizem respeito ao gênero música e são igualmente
adequadas à terceira fase da SD, os módulos.
2) How do you define a CHAMPION?
Fonte: corpus da pesquisa da autora
3) Write down three major characteristics of a champion.
Fonte: corpus da pesquisa da autora
A música trabalhada pela professora com os alunos aborda o tema “campeão”
e a professora busca, através destas duas atividades, o que Schneuwly e Dolz
(2004, p.105) denominam como a elaboração de uma linguagem comum para poder
falar dos textos, comentá-los, criticá-los, melhorá-los, quer se trate de seus próprios
textos ou dos de outrem”. Nesta atividade, os alunos, ao relatarem os seus escritos,
socializam com seus colegas a sua forma de raciocínio e descobrem as
semelhanças ou as diferenças que existem entre eles e que se referem a um mesmo
objeto. É importante lembrar ainda que as respostas são dadas em português.
5) Match the verses below to each verse equivalent in the lyrics:
a) Nós somos os campeões
b) vocês me trouxeram fama e fortuna
c) eu paguei minhas dívidas
69
d) não tem vez para perdedores
e) e vamos continuar lutando até o final
f) mas não tem sido nenhum mar de rosas
g) mas eu permaneci vivo
h) eu agradeço a todos vocês
i) toda a raça humana
j) eu completei minha sentença
Fonte: corpus da pesquisa da autora
Para Schneuwly e Dolz (2004, p.106) os alunos, ao realizarem este tipo de
atividade, “[...] adquirem um vocabulário, uma linguagem técnica, que será comum à
classe e ao professor... Eles constroem progressivamente conhecimentos sobre o
gênero”. Isto faz com que o aluno aos poucos incorporando o que aprendeu e
agregando novos conhecimentos, contribuindo de maneira eficaz para o progresso
de sua aprendizagem.
Como parte integrante da SD, a Capacidade lingüístico-discursiva é
responsável pelo domínio das estruturas e funções gramaticais dentro de
determinado gênero. Pode-se constatar esta parte da SD nas atividades abaixo
referentes aos gêneros resenha e sica. Quanto ao gênero provérbios, não foi
detectada nenhuma atividade referente à Capacidade lingüístico-discursiva.
4) Em qual tempo verbal as resenhas são escritas?
Resposta dos alunos: presente
4a. Normalmente em resenhas de livros e de filmes costuma-se empregar o tempo verbal Presente
Simples (Simple Present Tense). O Simple Present já foi alvo de nossos estudos na 6ª. Série quando
estudamos o gênero textual Carta de Pedido de Conselho. Você se lembra? Não? Então vale
recordar!
Observe: exemplos de verbos conjugados no tempo verbal Simple Present Tense na seguinte
passagem do texto:
1. “Bang Bang you’re Dead ponders the possible reasons that out worldly “normal” teenagers resort
to Columbine – style violence”.
Bang Bang You’re Dead mostra as possíveis razões que adolescentes aparentemente normais
apelam para o tipo de violência no estilo de Columbia.
Agora responda:
Porque o verbo “ponders” de “To ponder” recebe um “s” e o verbo “resort” de “To resort” não recebe?
Fonte: corpus da pesquisa da autora
70
3) Qual é o tempo verbal dos verbos sublinhados no texto (abaixo)?
Fonte: corpus da pesquisa da autora
4) Escolha dois verbos (do texto abaixo) conjugados na 3ª. pessoa do singular.
(1) Imagine you're despairing over a major problem in your life, and someone comes along and solves it for you,
relatively unconditionally. All you have to do is "pay it forward", i.e., do a similarly big favour to three others.
Would you do it?
(2) That's the premise behind Pay it Forward, an overly sentimental film with some provocative ideas. The
concept originates when Eugene "be careful with that axe" Simonet (Kevin Space) challenges his Seventh
grade class to come up with an assignment to change the world. Trevor (Haley Joel Osment) comes up with the
pay-it-forward concept and first decides to help a homeless heroin addict get back on his feet, then help Eugene
and his mother (Helen Hunt) get together (which really makes for two favours), and then help his friend who's
being pushed around by bullies in school. This "movement" spreads relatively unnoticed until a reporter in Los
Angeles who loses his car is handed a brand new Jaguar and tracks down the source of this favour chain.
(3) With a stellar cast consisting of Kevin Spacey, Helen Hunt, and Haley "I see dead people" Osment, the movie
works pretty well under Mimi Leder's direction. The southern California/Nevada cinematography is done well.
The dialogue is the weakest aspect of the film and is a bit hackneyed at times. More than the primary plot itself,
the various underlying subtexts involving domestic abuse and alcoholism are interesting.
(4) The concept of pay-it-forward is how most of human society works to the extent it does (some of it has even
been institutionalised in the form of religion and government). The problem is that the notion is simply not
idealistic enough. Performing three big favours just does not cut it. Not only does there need to be a significantly
larger amount of favours done through the course of one's life, but the more important thing is that people don't
do negative or harmful things to others to an equally large degree. Doing three big favours is pointless if you've
done more harm than any favour can repay. A better (and much more idealistic) concept would be to live life
without doing any harm to others (which also would not be adequate, but would be much more effective than a
three-favour scheme).
(5) What Pay it Forward really illustrates is that it is harmful to oneself and to others to be apathetic towards
other people's problems. However, to maximize the balance of doing good to others and not doing harm, one also
has to choose their battles wisely. This doesn't mean inaction, as much as realising that certain solutions simply
don't work. For example, using violence as a solution never works since violence always begets violence
("what's good for the goose is good for the gander"). On that note, Pay it Forward also throws in a message
about school violence.
(6) Pay it Forward is a thought-provoking movie that definitely could've achieved loftier and mightier goals if it
were a bit more rigorous. As it stands, it'll warm the cockles of peoples' hearts, but I'd wager that the feeling won't
last for too long. I recommend checking it out during a matinee.
Fonte: corpus da pesquisa da autora.
As atividades 3 e 4 constam como parte integrante de uma prova bimestral
realizada pelos alunos sobre o gênero resenha.
A atividade abaixo descrita faz parte do gênero música e foi a única referência
encontrada sobre a Capacidade lingüístico-discursiva.
1) Encontre os seguintes pronomes na letra da música:
a) Nós_________________ d) Isso: _________________
b) Me _________________ e) Meu: _________________
c) Eu: _________________ f) Vocês: ________________
Fonte: corpus da pesquisa da autora
71
A Capacidade lingüístico-discursiva trabalhada nas atividades acima descritas
abrange os verbos no presente simples e os pronomes pessoais. Conforme já
mencionado anteriormente, não há especificamente um número determinado de
atividades a serem trabalhadas nos módulos. O importante é que estes possibilitem
os instrumentos necessários para o domínio das características do gênero em
estudo e que possibilitem ao aprendiz o desenvolvimento das capacidades de
linguagem necessárias para a comunicação no contexto em estudo.
d) Produção Final
A quarta e última parte da SD é a produção final. Para Schneuwly e Dolz
(2004, p.106), “[...] A seqüência é finalizada com uma produção final que dá ao aluno
a possibilidade de pôr em prática as noções e os instrumentos elaborados
separadamente nos módulos. Essa produção permite, também, ao professor realizar
uma avaliação somativa”.
No que se refere à produção final, a professora se utiliza de diferentes
atividades, de acordo com o gênero trabalhado. Assim sendo, a produção final será
apresentada por gênero obedecendo à seqüência trabalhada em sala de aula.
Quanto ao gênero resenha, os alunos produzem, em dupla, uma resenha a
respeito do filme “Bang Bang you’re Dead”, em português, que devem apresentar
aos colegas. Para finalizar o gênero, a professora aplica uma prova bimestral,
conforme segue:
................................................................... School
Name:......................................................... no.:.............. Grade:...................
Teacher: .................................................... Date:....................................
Avaliação Bimestral – Inglês 3º. Bimestre
1) Com base na resenha, responda as questões. (6,0)
a) Qual é o título do filme resenhado? ............................................................
b) Qual é o nome dos três atores que interpretam os personagens principais da trama?
..........................................................................................................
c) Quem é o diretor do filme?
d) Qual é o nome do lugar em que o filme se passa? .................................
e) Quais o dois aspectos do filme que o resenhista considera serem bem explorados na trama?
...................................................................................
72
f) Qual é o aspecto do filme que o resenhista considera muito fraco? .............
2) Identifique o parágrafo que contém a informação abaixo solicitada. Use como resposta: 1º - 2º.
3º. – 4º. – 5º. – 6º. (2,0).
a) mostra a idéia principal do fime? .................................................................
b) apresenta o resumo da história? ..................................................................
c) o resenhista analisa o conteúdo abordado no filme? ....................................
d) a opinião do resenhista sobre aspectos que funcionaram e outros não no filme?
3) Qual é o tempo verbal dos verbos sublinhados no texto?
4) Escolha dois versos conjugados na 3ª. pessoa do singular.
(1) Imagine you're despairing over a major problem in your life, and someone comes along and solves it for you,
relatively unconditionally. All you have to do is "pay it forward", i.e., do a similarly big favour to three others.
Would you do it?
(2) That's the premise behind Pay it Forward, an overly sentimental film with some provocative ideas. The
concept originates when Eugene "be careful with that axe" Simonet (Kevin Space) challenges his Seventh
grade class to come up with an assignment to change the world. Trevor (Haley Joel Osment) comes up with the
pay-it-forward concept and first decides to help a homeless heroin addict get back on his feet, then help Eugene
and his mother (Helen Hunt) get together (which really makes for two favours), and then help his friend who's
being pushed around by bullies in school. This "movement" spreads relatively unnoticed until a reporter in Los
Angeles who loses his car is handed a brand new Jaguar and tracks down the source of this favour chain.
(3) With a stellar cast consisting of Kevin Spacey, Helen Hunt, and Haley "I see dead people" Osment, the movie
works pretty well under Mimi Leder's direction. The southern California/Nevada cinematography is done well.
The dialogue is the weakest aspect of the film and is a bit hackneyed at times. More than the primary plot itself,
the various underlying subtexts involving domestic abuse and alcoholism are interesting.
(4) The concept of pay-it-forward is how most of human society works to the extent it does (some of it has even
been institutionalised in the form of religion and government). The problem is that the notion is simply not
idealistic enough. Performing three big favours just does not cut it. Not only does there need to be a significantly
larger amount of favours done through the course of one's life, but the more important thing is that people don't
do negative or harmful things to others to an equally large degree. Doing three big favours is pointless if you've
done more harm than any favour can repay. A better (and much more idealistic) concept would be to live life
without doing any harm to others (which also would not be adequate, but would be much more effective than a
three-favour scheme).
(5) What Pay it Forward really illustrates is that it is harmful to oneself and to others to be apathetic towards
other people's problems. However, to maximize the balance of doing good to others and not doing harm, one also
has to choose their battles wisely. This doesn't mean inaction, as much as realising that certain solutions simply
don't work. For example, using violence as a solution never works since violence always begets violence
("what's good for the goose is good for the gander"). On that note, Pay it Forward also throws in a message
about school violence.
(6) Pay it Forward is a thought-provoking movie that definitely could've achieved loftier and mightier goals if it
were a bit more rigorous. As it stands, it'll warm the cockles of peoples' hearts, but I'd wager that the feeling won't
last for too long. I recommend checking it out during a matinee.
Fonte: corpus da pesquisa da autora
É importante lembrar que as questões número 3 e 4 foram citadas
anteriormente para explicitar a Capacidade lingüístico-discursiva.
73
Através da produção escrita da resenha, mesmo que esta tenha sido feita em
português, os alunos desenvolvem o que Schneuwly e Dolz (2004, p.104) propõem
como Realização do texto, que consiste em fazer com que o aluno tenha
conhecimento suficiente para que possa escolher quais meios de linguagens são
mais eficazes ao escrever o seu texto: utilizar-se de um vocabulário apropriado de
acordo com o seu objetivo, saber variar os tempos verbais conforme o seu texto, e
poder utilizar organizadores textuais de forma a estruturar o seu texto ou produzir
argumentos.
Para abordar o gênero provérbio, a professora solicita três tipos de atividades
como forma de produção final: a apresentação oral através da leitura de um
provérbio; a confecção de um marca-página e uma prova.
Quanto à apresentação oral, o aluno o provérbio por ele escolhido e seus
colegas tentam identificar o equivalente em português. Os alunos geralmente
repetem duas ou três vezes a leitura do provérbio. Quando seus colegas não
conseguem identificar, este diz o seu significado e sempre há comentários a respeito
do mesmo. A professora avalia o aluno quanto à leitura e explicação do provérbio, a
nota máxima aplicada a esta produção é cinco pontos. Esta atividade durou o
período de três aulas.
Embora a produção oral aqui exercida se limite à reprodução de provérbios,
existe uma variedade de gêneros orais que podem ser trabalhados com os alunos
em sala de aula e que são capazes de contribuir com a aprendizagem da língua
alvo. Schneuwly e Dolz (2004, p.174) declaram que: “[...] que o papel da escola é
sobretudo o de instruir, mais do que o de educar, em vez de abordarmos os gêneros
da vida privada cotidiana, é preciso que nos concentremos no ensino dos gêneros
da comunicação pública formal”.
Os autores citam alguns gêneros orais compostos por: debates, negociações,
entrevista, discussões em grupo, relatório de experiência, entre outros.
Na segunda parte da produção final, os alunos fazem um marca-página
escrevendo o provérbio escolhido, em inglês, de um lado e com uma ilustração
representando este provérbio do outro lado do marca-página. A professora avalia
esta produção quanto ao capricho, organização e coerência entre o provérbio e a
ilustração. A nota máxima também é cinco pontos, que são somados à nota da
apresentação.
74
Esta atividade leva os alunos a refletirem sobre o significado do provérbio e a
transferir as suas representações para uma ilustração.
Quanto à terceira e última parte da produção final, a professora aplica um
teste aos alunos, cuja nota máxima vale dez pontos, conforme apresentado a seguir:
School:..............................................................................................
Name:...............................................................................................
Teacher:............................................................................................
Date: ....................................................... Grade:.....................
Avaliação Mensal – 4º. Bimestre
1) Complete the proverbs with the missing word. (2,5)
a) ………………………. is blind.
b) Time is ..................................
c) No ........................., no money.
d) Many .......................... make light work.
e) Out of sight, out of .....................................
2) Match the English proverbs to their correct equivalent in Portuguese. (2,5)
(1) Tomorrow is another day.
(2) You get what you pay for.
(3) He who laughs last laughs longest.
(4) You can lead a horse to water, but you can make him drink.
(5) Never look a gift horse in the mouth.
( ) Quem ri por último ri melhor.
( ) O barato sai caro.
( ) Amanhã é outro dia.
( ) Cavalo dado não se olha os dentes.
( ) Você pode levar o cavalo até a água, mas não pode fazê-lo beber.
3) Explain the idea of each given proverb below:
a) Don’t put all the eggs in one basket. (1,0)
……………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………
b) One is never too old to learn. (1,0)
……………………………………………………………………………
75
4) Answer the questions in Portuguese. (3,0)
a) What is a proverb?
……………………………………………………………………………
……………………………………………………………………………
………………………………………………………………………….
b) How do people learn proverbs?
………………………………………………………………………….
………………………………………………………………………….
………………………………………………………………………….
c) In what kind of situation do people usually say proverbs?
……………………………………………………………………..
……………………………………………………………………..
……………………………………………………………………...
Fonte: corpus da pesquisa da autora
É exigência da escola que os professores, em todas as disciplinas, avaliem
seus alunos através de uma prova bimestral. Existem, inclusive, datas específicas
para que se apliquem estas avaliações, é a chamada “semana dos provões”.
No que diz respeito ao gênero sica, não houve propriamente uma
produção final. Os alunos cantaram a música “We are the Champions” e fizeram
algumas atividades já citadas anteriormente. Faz-se necessário informar que este foi
o último gênero trabalhado e o seu término coincidiu com o encerramento das aulas,
fato este que talvez possa ter contribuído para que não tenha ocorrido a produção
final.
Schneuwly e Dolz (2004, p.107) apontam que “[...] A produção final é o
momento, se assim se desejar, para uma avaliação de tipo somativo. [...] o
importante é que o aluno encontre, de maneira explícita, os elementos trabalhados
em aula e que devem servir como critérios de avaliação”.
De acordo com os autores acima, a avaliação deve ser um momento de
comunicação e de trocas, de forma a orientar o professor para uma atitude
humanista, responsável e profissional. A utilização desse tipo de avaliação, se
aplicada dentro de um contexto coerente, associada a outros tipos de avaliação, é
necessária ao colaborar para que o aluno consiga atingir as metas estipuladas pelo
professor.
76
O Programa de Ensino do Município de Joinville considera a avaliação do
processo de ensino-aprendizagem como processual que se interpõe aos objetivos,
aos conteúdos e à prática educativa, tomando por base o PCNEF, (1997, p.42), que
sugere uma avaliação inicial, formativa e final.
Com a produção final, chega-se ao término da SD. Conforme citado
anteriormente, o principal objetivo da SD é desenvolver a capacidade de ação, a
capacidade discursiva e a capacidade lingüístico-discursiva.
Conforme observa-se, a professora consegue trabalhar a SD de maneira mais
completa com o gênero resenha. Quanto aos gêneros provérbio e música a mesma
não foi desenvolvida em toda a sua abrangência.
Deve-se considerar que em algumas etapas a SD não atingiu plenamente o
seu objetivo no sentido de que, de acordo com Schneuwly e Dolz (2004, 97), “Uma
seqüência didática tem, precisamente, a finalidade de ajudar o aluno a dominar
melhor um gênero de texto, permitindo-lhe, assim, escrever ou falar de uma maneira
mais adequada numa dada situação de comunicação”.
Ao observar as atividades realizadas com os alunos, constata-se que as
mesmas o levam o aluno à produção na língua alvo, o inglês, considerando que a
maior parte das produções orais foram realizadas em português e a produção escrita
limitou-se a uma resenha em português e à reprodução de um provérbio em inglês,
em um marca-página. Nas demais atividades de escrita, estas se limitam à
interpretação textual e algumas trabalham a parte lingüística.
Quanto à atividade de produção oral, os alunos apresentam aos seus colegas
a leitura de suas resenhas e do provérbio em inglês, mas a explicação do mesmo
ocorre em português. Dessa forma, não houve uma interação oral, na língua alvo,
entre eles. de se considerar, porém, o fato do gênero sica ter proporcionado
aos alunos uma interação na língua alvo quando estes, em conjunto com a
professora, executam a música selecionada pela mesma.
Ao se trabalhar com gêneros textuais, deve-se, segundo a literatura
consultada, fazer uso das SD como forma de facilitar a aprendizagem do aluno, à
medida que estas propiciam a criação de contextos de produção precisos e a
apropriação de técnicas (instrumentos), necessárias para o desenvolvimento da
capacidade de expressão escrita ou oral em situações de comunicação variada. Isso
ocorre por meio de atividades separadas por módulos que possibilitam o domínio de
gêneros orais e escritos na língua alvo.
77
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao final das análises desenvolvidas, é importante resgatar o objetivo desta
pesquisa que é descrever a seqüência didática de aulas baseadas nos gêneros
textuais, em comparação ao que é preconizado pela literatura e pelo Programa de
Ensino do Município de Joinville.
A análise foi feita com base na SD, preconizada por Schneuwly e Dolz (2004),
que procura desenvolver as capacidades de linguagem. Esta permite afirmar que,
dentre os três gêneros apresentados na pesquisa, em dois houve desenvolvimento
de todas as capacidades de linguagem ao longo do processo, mesmo considerando
certo grau de superficialidade em algumas atividades, estas não deixaram de
contemplar as capacidades de linguagem envolvidas no processo; e em um gênero
não foi constatado o desenvolvimento da capacidade lingüístico-discursiva.
A pesquisa evidenciou ainda que a capacidade de linguagem mais aparente é
a capacidade de ação, sempre muito bem explorada com atividades diversificadas.
Também é amplamente abordada a capacidade discursiva. Quanto à capacidade
lingüístico-discursiva, esta aparece em dois gêneros, sendo trabalhada através de
três atividades no total, duas no gênero resenha e uma no gênero música.
Evidencia-se, desta forma, que a professora soube utilizar-se de maneira correta da
SD. Mesmo não tendo utilizado em alguns momentos todas as partes que compõem
a SD, a prática pedagógica da professora está convergente com o que é
preconizado pela literatura, ao considerar que não é intenção da mesma fazer com
que os professores a realizem na sua integralidade, mas sim de conduzi-los a
apropriarem-se progressivamente da SD. Assim, ao finalizar um gênero textual,
estes atingem o objetivo de trabalhar as capacidades de linguagem junto aos seus
alunos.
Outro fato evidenciado pela análise é que a professora, ao iniciar um gênero
textual, realiza sempre a apresentação da situação, expondo aos alunos o novo
gênero abordado, por meio de atividades diversificadas e de acordo com o gênero
em questão. Esta fase desenvolve o que Schneuwly e Dolz (2004) apresentam como
a Representação da situação de comunicação, que consiste em levar o aluno a fazer
corretamente a identificação do destinatário do texto, da finalidade da atividade
proposta, da sua posição como autor e do gênero em si.
78
Com relação à segunda fase da SD, que se refere à Produção Inicial, cabe
lembrar que os alunos fizeram suas produções nos três neros abordados
subsidiados pelas atividades propostas pela professora. Estas foram diversificadas e
conduziram os alunos para a realização de interpretação textual. Nesta fase, eles
deveriam tentar elaborar um primeiro texto, seja este escrito ou oral. Percebe-se que
não houve uma produção inicial, escrita, na língua alvo, o inglês. Porém houve uma
produção oral, em língua portuguesa, através da discussão a respeito de uma
resenha escrita em língua inglesa. Foi realizada ainda uma reprodução oral de
alguns provérbios em inglês e de uma música e a professora trabalhou também
algumas atividades escritas na língua alvo com os alunos.
Outra consideração que deve ser feita se refere à produção final dos alunos
nos três gêneros abordados. De acordo com os teóricos da SD, Schneuwly e Dolz
(2004), esta deve ser finalizada com uma produção que possibilite ao aluno colocar
em prática o que foi aprendido durante a execução dos módulos. Nos gêneros
resenha e provérbios eles fizeram a sua produção final escrevendo uma resenha em
português e um marca-página utilizando um provérbio em inglês.
Nos dois gêneros acima mencionados, os alunos também participaram de
uma produção oral ao apresentarem para seus colegas de sala a leitura da resenha
e do provérbio por eles escolhido. A professora os avaliou nas produções escrita e
oral.
Cabe ainda lembrar que os alunos foram submetidos também, como forma de
avaliação, às provas bimestrais referentes aos assuntos trabalhados nos dois
gêneros em questão. Quanto ao gênero música, não houve nenhuma produção final
e nenhum tipo de avaliação. Isto talvez se justifique pelo fator tempo, considerando
que este gênero foi o último a ser trabalhado, coincidindo com o encerramento do
ano letivo e com o fato de que vários alunos não estavam mais freqüentando as
aulas.
Um fator que poderia contribuir para um melhor aproveitamento seria a
execução da produção final da resenha na língua alvo, o inglês. Em conversa com a
professora, a mesma declarou ter optado pela produção da resenha em língua
portuguesa em virtude da dificuldade que os alunos encontram para a produção
escrita na língua alvo acerca do gênero em questão.
Havemos de considerar que todo o trabalho desenvolvido com gêneros
textuais exercido por esta professora, se deve exclusivamente ao seu empenho e
79
vontade própria, visto que o conhecimento que a mesma possui acerca de gêneros
textuais se reduz a leituras e estudos realizados por seu próprio interesse.
Com relação ao Programa de Ensino - Língua Estrangeira (Inglês) - para as
escolas municipais de Joinville, cabe ressaltar que a Secretaria Municipal de
Educação deste município procura direcioná-lo a uma abordagem sócio-
interacionista voltado para as séries finais do Ensino Fundamental, tendo por base
estudos em Vigotsky (1998) e segue uma abordagem comunicativa nas séries
iniciais.
Percebe-se assim, um recorte de suportes teóricos sem uma clara definição
de como operar com as propostas do ISD preconizadas por Bronckart (1999) ao
enfatizar que a linguagem exerce fundamental importância ao ser entendida como
uma atividade indispensável para o funcionamento e desenvolvimento das
interações sociais. Neste documento, em momento algum é citado o uso das SD
para facilitar a aprendizagem dos alunos e nortear o trabalho do professor.
Conforme mencionado no capitulo anterior, o que se observa no Programa de
Ensino da Secretaria de Educação de Joinville voltado especificamente para o
trabalho com gêneros textuais, são exemplos de atividades que podem servir de
parâmetros para os professores. São abordados três gêneros textuais no Programa:
texto publicitário; texto informativo e texto literário. Para cada gênero atividades
diversificadas de leitura e interpretação. Em dois gêneros há atividades que enfocam
a C.L.D. indícios de uma SD e a capacidade de linguagem mais aparente é a de
ação. Percebeu-se em dois gêneros atividades referentes à capacidade lingüístico-
discursiva.
Faz-se necessário uma observação quanto à nomenclatura utilizada pelo
Programa de ensino do termo gênero para o texto publicitário, informativo e literário.
De acordo com os teóricos Schneuwly, Dolz e Bronckart, estes textos não se
referem ao termo de gênero textual, mas sim, às esferas de atividades às quais
pertencem.
O trabalho de observação das aulas e a leitura do Programa de Ensino
permitem afirmar que se faz necessário rever alguns pontos desse documento, a fim
de contribuir para que professores e alunos possam trabalhar com gêneros textuais
de maneira mais esclarecida e produtiva. Embora, no Programa de Ensino da
Secretaria de Educação de Joinville o esteja bem explicitado como operar com
gêneros textuais de acordo com o proposto pela literatura, as aulas observadas
demonstraram que a professora realizou o seu trabalho com gêneros textuais
80
fazendo uso correto das SD de maneira adequada, atingindo o seu objetivo principal
que é desenvolver nos alunos as capacidades de linguagem, fato este descrito e
comprovado no capitulo anterior.
Através das observações feitas e das leituras realizadas por esta
pesquisadora, podería-se sugerir uma formação continuada dos professores voltada
para a metodologia dos gêneros textuais. Como professora da rede municipal, cabe
aqui ressaltar que os professores participaram de um curso de capacitação sobre
gêneros de curta duração, no ano letivo de 2008. Porém, a impressão desta
pesquisadora como participante do referido curso e após todas as leituras efetuadas
para a realização desta pesquisa, leva a inferir que o assunto é bem mais amplo e
demanda um tempo maior para a devida compreensão e correta aplicação em toda a
sua extensão.
Esta pesquisa poderia ter continuidade por meio de uma análise comparativa,
envolvendo duas metodologias diferenciadas, tendo como foco a aprendizagem do
aluno voltado para a utilização de trabalhos envolvendo o uso de gêneros textuais.
Como toda metodologia, ou prática pedagógica, a de gêneros textuais
também demanda um tempo que não deve ser interrompido por atividades que não
condizem com os objetivos propostos. Observou-se, no entanto, algumas
interrupções no transcorrer das aulas. Umas ocorreram por motivos diversos
relacionados ao ambiente escolar e causaram transtornos ao deixar os alunos
inquietos, sendo necessária a intervenção da professora para acalmá-los e poder
retomar a sua aula. Outras devido a um projeto, que embora importante, tomou
tempo da professora para o desenvolvimento pleno das SD.
Ao concluir, convém dizer também sobre os procedimentos metodológicos
utilizados para a realização desta pesquisa, estes se referem objetivamente às
observações feitas. Acredita-se que o fato da apresentação e discussão dos dados
terem incluído o material coletado durante as aulas de observação exercida por esta
pesquisadora, este possibilitou uma melhor compreensão do processo ocorrido ao
longo dos trabalhos com os gêneros textuais envolvidos nesta pesquisa. Por este
motivo, ressalta-se a importância que este tipo de coleta de dados proporciona para
a realização de uma pesquisa científica. Este fato justifica-se pela facilidade
encontrada para se efetuar a análise tendo por base as aulas observadas,
contrastando com o período em que não houve observação.
81
Convém finalmente destacar a importância social deste trabalho. Acredita-se
que os resultados aqui demonstrados poderão trazer modificações para a prática
pedagógica dos profissionais da área que tiverem interesse em trabalhar com este
tipo de metodologia, fornecendo-lhes subsídios para que possam refletir sobre sua
própria prática pedagógica. A pesquisa também possibilitou à professora-
pesquisadora tornar-se mais consciente de sua prática, podendo contribuir com a
linha de estudo em que esta pesquisa se insere.
82
REFERÊNCIAS
AMARAL, Heloisa. Como e por que trabalhar com neros textuais no Prêmio
Escrevendo o Futuro. Disponível em:
<www.cenpec.org.br/modules/xt_conteudo/index.php?id=262 - 24k -> Acesso em jul
2008.
BAKHTIN, M.M. Estética da criação verbal. SP: Martins Fontes, 1992.
BALTAR, M. et.al. Circuito de Gêneros: atividades significativas de linguagem para o
desenvolvimento da competência discursiva. Revista Linguagem em (Dis)curso,
vol.6, n.3, set/dez, 2006.
BAZERMAN, C.; A. P. DIONÍSIO; J. C. HOFFNAGEL. (Orgs.). Gêneros, agência e
escrita. São Paulo: Cortez, 2006.
BONINI, A. Metodologias do ensino de produção textual: a perspectiva da
enunciação e o papel da Psicolingüística. Perspectiva, Florianópolis, v.20, n.01,
p.23-47, jan/jun.2002.
BRANDÃO, H. N. Texto, gênero do discurso e ensino. In: CHIAPPINI, L. Gêneros
do discurso na escola: mito, cordel, discurso político, divulgação científica.
ed. São Paulo: Cortez, 2001.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília:
MEC, 2000.
BRONCKART, J.P. Atividade de linguagem, textos e discursos: por um
interacionismo sóciodiscursivo. Tradução de Anna Rachel Machado. SP: Educ,
1999.
BURKE, P. Problemas causados por Gutenberg: a explosão da informação nos
primórdios da Europa moderna. São Paulo , v. 16, n. 44, 2002. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
40142002000100010&lng =en&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 16 Fev. 2008.
Carta de Pelotas Gestão e Ensino de Segunda Língua. Disponível em:
<www.ipol.com.br - Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política
Lingüística > Considerações > Artigos, 2004. Acesso em out 2008.
CHARTIER, R. A aventura do livro: do leitor ao navegador. Tradução de
Reginaldo Carmello Corrêa de Moraes. São Paulo: Imprensa Oficial / Editora da
UNESP, 1999.
COSTA, S.R. Gêneros discursivos e textuais: uma pequena síntese teórica. In:
Recorte - Revista de Linguagem, Cultura e Discurso. Três Corações/MG: UFJF e
Unincor, Ano 3 – Número 5, jul/dez/2006.
83
CRISTOVÃO, V.L.L. neros e ensino de leitura em LE: os modelos didáticos
de neros na construção e avaliação de material didático. 2001. Tese
(Doutorado em Lingüística Aplicada) Pontifícia Universidade Católica, o Paulo,
2002.
________. Modelos didáticos de nero: uma abordagem para o ensino de
língua estrangeira. Londrina/PR: UEL, 2007.
ÉRNICA, M. Aportes do interacionismo sócio-discursivo para o estudo da influência
dos textos na organização da cultura. In: Calidoscópio: Revista de Lingüística
Aplicada. São Leopoldo: Unisinos, v.2, n.2, p. 49-53, jul/dez/2004.
FIORIN, J. L. As astúcias da enunciação: as categorias de pessoa, espaço e
tempo. SP: Ática, 2002.
GADOTTI. M. História das idéias pedagógicas. São Pauloa: Ática, 1998.
HERNÁNDEZ, F.(Org.) Aprendendo com as inovações nas escolas. Porto Alegre:
Artmed, 2000
KARWOSKI, A.M.; GAYDECZKA, B.; BRITO, K.S. (Orgs.) Gêneros textuais:
reflexões e ensino.
Palmas e União da Vitória, PR: Kaygangues, 2005.
LEFFA, V.J. Aspectos políticos da formação do professor de línguas estrangeiras. In
LEFFA, Vilson J. (Org.). O professor de línguas estrangeiras; construindo a
profissão. Pelotas, 2001.
LINHARES, C.F.S. (Org.) Formação continuada de professores, comunidade
científica e poética uma busca de São Luiz do Maranhão. Rio de Janeiro:
DP&A, 2004.
LUNA, J.M.F. de. O Português na escola alemã de Blumenau: da formação à
extinção de uma prática Ensinávamos e aprendíamos a Língua do Brasil.
Itajaí: Editora da Univali; Blumenau: Editora FURB, 2000.
MACHADO, A.R. Colaboração e crítica: possíveis ações do lingüista na atividade
educacional. In: Revista Veredas on line ensino. Juiz de Fora: UFJF, p. 22-40,
fev/2007.
MACHADO, A.R; CRISTOVÃO, V.L.L. A Construção de Modelos Didáticos de
Gêneros: Aportes e Questionamentos para o Ensino de Gêneros. In: Linguagem em
(Dis)curso. Gêneros textuais e ensino-aprendizagem. Tubarão: Unisul, v.6, n.3, p.
547-573, set/dez. 2006.
MARCUSCHI, L.A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO,
MACHADO e BEZERRA (Orgs.) Gêneros Textuais & ensino. RJ: Lucerna, 2005.
MARTINS, W. A palavra escrita: História do livro, da imprensa e da biblioteca.
2. ed. São Paulo: Ática, 1996.
84
MEURER, J.L.; MOTTA-ROTH, D. (Orgs.) Gêneros textuais: subsídios para o
ensino da linguagem. Bauru, SP: EDUSC – Editora da Universidade Sagrado
Coração, 2002.
MOTTA-ROTH, D. O ensino de produção textual com base em atividades sociais e
gêneros textuais. Revista Linguagem em (Dis)curso, vol.6, n.3, set/dez,2006.
OLIVEIRA, G.M. (Org.). Declaração Universal dos Direitos Lingüísticos: novas
perspectivas em política lingüística. Campinas, SP: Mercado da Letras, 2003.
PAULIUKONIS, M.A.; GAVAZZI, S. (Orgs.) Da língua ao discurso: reflexões para
o ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.
RODRIGUES, B.B. A diversidade de gêneros textuais no ensino: um novo modismo?
Perspectiva, Florianópolis, v.20, n.01, p.49-64, jan/jun 2002.
SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução e
organização de Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas: Mercado de Letras,
2004.
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA. Linguagens, códigos e suas
tecnologias. (Orientações curriculares para o ensino dio; volume 1), Brasília:
Ministério da Educação, 2006.
Site Internet: http://www.sk.com.br/sk-prov.html>. Online. 4 de setembro de 2008.
85
ANEXO 1
O uso dos Gêneros Textuais no ensino e na aprendizagem de língua inglesa
Pesquisador Responsável: Profº Dr. José Marcelo Freitas de Luna - (Mestrado em Educação – Univali)
Telefone para contato: 047-3341.7918 - e-mail: mluna@univali.br
Pesquisador Participante: Mst. Maristela Sell Claudino Deuschle (Mestrado em Educação Univali)
Telefone para contato: 047– 8407.0765 ou 047 – 3436.1014- e-mail: mariste[email protected]om
QUESTIONÁRIO PARA PROFESSORES
Escola em que trabalha: ___________________________________________________________
Séries que leciona: ________________________________________________________________
1) Você possui:
a) Graduação em _________________________________ Ano: _______
b) Especialização em ______________________________ Ano: _______
c) Mestrado em __________________________________ Ano: _______
2) Há quanto tempo você exerce a sua função? ______________________________________
3) Você trabalha com produção textual em suas aulas?
( ) sim ( ) não ( ) parcialmente
4) Que tipo de produção textual você costuma fazer uso?
______________________________________________________________________________
5) Você possui algum conhecimento a respeito do uso de gêneros textuais nas aulas de língua
inglesa? ( ) sim ( ) não ( ) parcialmente
6) Você faz uso dos gêneros textuais em suas aulas?
( ) não ( ) sim (Quais? ________________________________________
_____________________________________________________________________________)
7) Há quanto tempo você utiliza essa metodologia? ___________________________________
8) Caso você não faça uso dessa metodologia, você possui interesse em aplicá-la?
( ) sim ( ) não ( ) talvez
09) Você possui algum conhecimento teórico a respeito do uso dessa metodologia?
( ) sim ( ) não ( ) parcialmente
10) Que base teórica você utiliza para fundamentar essa metodologia?
___________________________________________________________________________
11) Na sua graduação (pós) você teve contato com esse tipo de metodologia?
( ) sim ( ) não
12) Você participou de algum curso de capacitação cujo foco foi o trabalho com gêneros textuais?
( ) sim ( ) não
13) Você possui interesse em participar de cursos de capacitação envolvendo esse tipo de
metodologia? ( ) sim ( ) não
86
ANEXO 2
PROGRAMA DE ENSINO DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE JOINVILLE
PREFEITURA MUNICIPAL DE JOINVILLE
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE ENSINO
LÍNGUA ESTRANGEIRA - INGLÊS
2ª a 8ª Série
2008
PROGRAMA DE ENSINO
INTRODUÇÃO
O Programa de Ensino da Secretaria de Educação de Joinville tem como finalidade estabelecer a
proposta educacional do município na organização do sistema e das unidades escolares. Este
documento procura adequar-se às mudanças no contexto municipal e nacional, atendendo às
demandas da Educação do E.
Ao considerar que o conhecimento é algo a ser construído pelo sujeito na interação com o professor,
com seus colegas e com o próprio conhecimento, a Secretaria Municipal de Educação procura
direcionar o Programa de Ensino em uma abordagem sócio-interacionista, na qual concebe a
aprendizagem enquanto ação que se realiza na interação com o professor, com seus colegas e com o
próprio conhecimento. A aprendizagem acontece por meio da internalização, a partir de um processo
anterior, de troca, que possui uma dimensão coletiva.
Segundo Vigotsky (1998), a aprendizagem deflagra vários processos internos de desenvolvimento
mental, que tomam corpo somente quando o sujeito interage com objetos e sujeitos em cooperação.
Uma vez internalizados esses processos tornam-se parte das aquisições do desenvolvimento. Nesta
perspectiva, o aluno o é apenas ativo, mas interativo, porque forma conhecimentos e se constitui a
partir de relações intra e interpessoais. É na troca com outros sujeitos e consigo próprio que se vão
internalizando conhecimentos, papéis e funções sociais, o que permite a formação de conhecimentos
e da própria consciência.
Desse modo, os conteúdos ensinados na escola, estão intimamente relacionados com os
conhecimentos que foram acumulados pela experiência social da humanidade e que necessitam ser
selecionados, organizados e ensinados pela escola, bem como os conteúdos relacionados às
habilidades e os hábitos que estão vinculados aos conhecimentos que incluem os métodos e
procedimentos de aprendizagem e de estudo e, finalmente os conhecimentos vinculados aos valores
e atitudes que envolvem os modos de agir, de sentir e de viver em nossa sociedade.
Nesse contexto, a escola torna-se um espaço de síntese”, na qual a informação domina, porém o
conhecimento liberta, na medida em que o sujeito aprende a como pensar, isto é, a investigar,
argumentar, utilizar os conceitos, comunicar-se, integrando informações, mas também produzindo,
criando e assumindo a condição de sujeito da própria aprendizagem.
87
Escola que se ocupa em garantir a todos a possibilidade de uma formação cultural e científica, na
qual permite uma atitude autônoma, criativa e construtiva com a cultura em suas várias
manifestações.
PERFIL DO POFESSOR
O papel do professor em um ambiente interacionista necessita deixar de ser provedor de informações
para ser mediador do conhecimento, isto é, o “professor deve saber que tipo de informação é
relevante para cada momento e qual o tipo de informação que ajuda a criança a progredir”. Ele não é,
portanto, simplesmente um transmissor de informação; seu papel deve ser o de fazer coincidir a
informação que oferece com a necessidade da criança, de tal maneira que resulte coerente a tarefa a
que se propõe. (TEBEROSKY, 2000, p.26).
Uma ação pedagógica que motiva o grupo e monitora a participação dos alunos em seu processo de
aprendizagem, necessita que professores desenvolvam as seguintes habilidades:
Ser pesquisador;
Conhecer os objetivos gerais e específicos do ensino;
Socializar com os alunos o plano de curso;
Elaborar material didático ou de apoio, próprio;
Encorajar o diálogo e prover métodos de organização das idéias;
Criar condições para o melhor desenvolvimento da aprendizagem, diagnosticando as
necessidades dos estudantes e mostrando caminhos de acesso ao conhecimento;
Promover atualizações constantes dos alunos, estimulando e administrando a curiosidade
que é “fonte do saber”;
Estar atento ao desenvolvimento do trabalho;
Ser orientador do trabalho conjunto, coletivo e individual; incentivando e acompanhando a
participação dos alunos;
Saber elaborar um projeto, atualizar permanentemente este projeto e comprometer-se com o
desempenho do aluno;
Avaliar o desempenho dos alunos;
Apresentar aos alunos os procedimentos de avaliação;
Elaborar provas com clareza e objetividade;
Mostrar-se disponível para atender as solicitações e dúvidas dos alunos;
Ter um bom relacionamento com os alunos, mesmo em momento de conflito.
Além disso, o professor terá que ser sensível às dificuldades de interações dos sujeitos, evitando o
isolamento de alguns, incentivando questões de debates e atividades que possibilitem os alunos
aproveitarem ao máximo os recursos dos ensino com o objetivo de promover a aprendizagem.
Na perspectiva interacionista o professor tem o papel explícito de interferir no processo,
diferentemente de situações informais na qual a criança aprende por imersão em um ambiente
cultural. Portanto, é papel do docente provocar avanços nos alunos e isso se torna possível com sua
interferência na zona proximal, ou seja, quando considera os conhecimentos prévios que os alunos
possuem, sua história e seus saberes.
O PAPEL DO ALUNO
No ambiente de aprendizagem interacionista os alunos assumem a função de construtores de
conhecimento, em contraposição à atitude que considera o aluno apenas como um receptor passivo.
Desse modo, “[...] a criança é o elemento ativo do processo ensino-aprendizagem. É ele o sujeito
ativo que e em jogo toda a sua capacidade intelectual nesse processo”. A criança, portanto, é
capaz também de influir nas atuações de seus companheiros, é capaz de ensinar o que ela sabe ou
colocar dúvidas para seus colegas. (TEBEROSKY, 2000, p.24).
Desse modo, os alunos tornam-se agentes de busca, seleção e assimilação das informações, isto é,
participantes ativos e interativos. Trata-se antes de tudo, de uma aprendizagem nas quais permitem
que os alunos desenvolvam outras habilidades:
Desenvolver sentimento de parceria;
88
Ter capacidade de contribuição;
Ser capaz de argumentar, questionar com propriedade, propor e contrapor com
fundamentação;
Ser pesquisador e crítico;
Adotar e manter uma postura cordial, cooperativa e construtiva;
Estar atento ao desenvolvimento do trabalho;
Participar sempre que possível, e de forma ordenada objetivando contribuir e/ou sanar
dúvidas.
Em síntese, esse aluno aprende que o mundo moderno exige dos sujeitos uma formação que envolva
raciocínio lógico, criatividade, espírito de investigação, diálogo com as situações e com o mundo,
capacidade produtiva e vivência de cidadania e para isto, é fundamental que desempenhem um papel
atuante na sua própria formação. As experiências interacionistas de aprendizagem contribuem para o
ensino de qualidade a todos os alunos, na medida em que há uma transformação da relação
aluno/professor/conteúdo e conseqüentemente na qualidade de ensino.
AVALIAÇÃO
[...] o fator singular mais importante que influencia a aprendizagem é aquilo
que o aprendiz já conhece. Descubra o que ele sabe e baseie nisso os seus
ensinamentos.
A avaliação é um instrumento de aprendizagem que provoca reflexão. É ação de acompanhamento,
de conhecimento sobre o aluno, e possibilita uma continuidade progressiva no entendimento da
aprendizagem. Segundo Perrenoud, (1999, p.145) “[...] a avaliação está no centro do sistema didático
e do sistema de ensino [...] de uma avaliação que ajude o aluno aprender e o professor a ensinar”.
A avaliação necessita ser realizada num processo cooperativo, progressivo e contínuo, que permite
ao professor verificar os objetivos propostos (com sua forma de ensinar e avaliar), reformular seu
projeto educativo, reconhecer o avanço nas aprendizagens de seus alunos e, rever sua atuação. Aos
alunos, permitem tomar conhecimento de sua aprendizagem, sentir-se valorizado no seu esforço, “[...]
atualizando seu conhecimento e refletindo sobre as diversas experiências de aprendizagem.
De acordo com o PCNER, (1997, p.42) a avaliação do processo ensino-aprendizagem é processual e
interpõem-se aos objetivos, os conteúdos e a prática educativa. Ela acontece no decorrer das
seguintes etapas:
1. Avaliação Inicial: Investigativa, isto é, análise dos dados para a compreensão do processo
do aluno e para fornecer subsídios ao professor para refletir e planejar suas intervenções.
2. Avaliação Formativa: Formal e sistemática e abrange a avaliação dos conteúdos
significativos, e que levem ao conhecimento.
3. Avaliação Final: Consiste na aferição dos resultados de todo o período de aprendizagem de
acordo com os objetivos. Nesta etapa se avaliam alguns conteúdos essenciais e se determina
os novos a eles relacionados para serem ensinados.
Dessa forma, a avaliação é uma prática que tem como função criar condições para que todos os
alunos desenvolvam suas capacidades, aprendam os conteúdos necessários para construir
instrumentos de compreensão da realidade e de participação em relações sociais, políticas e culturais
diversificadas e cada vez mais amplas, condições estas fundamentais para o exercício da cidadania
na construção de uma sociedade democrática e não excludente.
A ação da escola em propiciar um conjunto de práticas pré-estabelecidas tem o propósito de
contribuir para que os alunos se apropriem de conteúdos sociais e culturais de maneira crítica e
construtiva. Deseja-se que, ao longo da escolaridade, cada indivíduo chegue a tomar decisões por si
só, a se autogovernar, a refletir e enfrentar diferentes situações com seus próprios recursos. Portanto,
é importante que desde as séries iniciais o ensino promova a autonomia, o que ocorre através de
aproximações sucessivas, cada vez mais apropriadas.
A aprendizagem de determinados procedimentos e atitudes é essencial na construção da autonomia
89
intelectual e moral do aluno: planejar a realização de uma tarefa, identificar formas de resolver um
problema, saber formular boas perguntas e boas respostas, levantar hipóteses e buscar meios de
verificá-las, validar raciocínios, saber resolver conflitos, cuidar da própria saúde e da de outros,
colocar-se no lugar do outro para melhor refletir sobre uma determinada situação, considerar as
regras estabelecidas. Procedimentos e atitudes dessa natureza são objetos de aprendizagem
escolar, ou seja, a escola deve criar situações que auxiliem os alunos a se tornarem protagonistas de
sua própria aprendizagem.
Assim sendo, a avaliação toma uma dimensão própria quando acreditamos que a aprendizagem
acontece em processo. Nesta perspectiva, avaliar significa explicitar o processo de ensino e
aprendizagem, consiste em algo essencial a todas as atividades humanas, não podendo ser pensada
como algo estanque e isolada. Neste contexto, passa a ser uma ferramenta de verificação da eficácia
do método didático-pedagógico do professor e em relação aos alunos, dará a eles a oportunidade de
verificar suas dificuldades e necessidades na construção do conhecimento.
PROGRAMA DE ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS E BREVE HISTÓRICO
Face ao advento das novas tecnologias da informação e comunicação, é necessário repensar o
processo ensino-aprendizagem de todas as disciplinas, pois o paradigma de ensino restrito à sala de
aula, onde o professor domina os conhecimentos, está obsoleto. O ensino avança na direção de um
processo aberto de aprendizagem, onde os envolvidos têm oportunidades quase infinitas de acessar
bases de informações e experiências, de todas as partes do mundo, pela internet. Todos são
percebidos como sujeitos de aprendizagem porque se comunicam num processo de geração de
conhecimento subjetivo e coletivo ao mesmo tempo. Apesar de o aprendizado ser individual, o
benefício do conhecimento é coletivo. O papel que as línguas estrangeiras têm nesse contexto é
relevante e abre novas oportunidades na medida em que o aluno dominar um ou mais idiomas.
Baseados nesse paradigma, mais importante do que pensarmos “quanto ensinar”, “como ensinar”,
“quando ensinar”, indagações mais pertinentes serão: “por que ensinamos uma língua estrangeira”,
“para que os alunos aprendem o que aprendem?”, “Qual o caminho que escolhemos para ensinar?”
“Há eficácia nesse caminho?”
A partir da promulgação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei nº. 9.394, de
20/12/1996, foi salvaguardada a obrigatoriedade do ensino de, pelo menos, uma língua estrangeira
para os alunos desde a 5
a
. série do E, dando um impulso a essa disciplina em todas as escolas e
abrindo a possibilidade de se trabalhar com várias ao mesmo tempo.
Sem pretender historiar, a seguir relatamos brevemente o processo de implantação do ensino de
línguas estrangeiras nas escolas da rede municipal de ensino de Joinville:
Em 1975, com a implantação das primeiras escolas com o ensino de 5
a
. a 8
a
. série, Joinville ofereceu
o ensino do inglês, em caráter curricular, para seus alunos. A partir de 2001, o Governo Luiz
Henrique/Tebaldi inovou e implantou o ensino desse idioma para os alunos de 1
a
. a 4
a
. série,
privilegiando-os com essa oportunidade. Porém, a experiência simultânea de alfabetização na língua
materna e estrangeira acarretou dúvidas de que pudesse haver interferência na aquisição do idioma
materno, deliberando-se revogar o ensino de línguas estrangeiras nas 1
a
.s séries, ou seja, mantendo-
o de 2
a
. a 8
a
.série.
O ensino do alemão foi implantado, pioneiramente, na Escola Municipal Agrícola Carlos Heins Funke,
no distrito de Pirabeiraba, desde sua implantação em 1989, à época em caráter curricular e optativo
para os alunos com o inglês. Desde 2002, esse idioma passou a ser ensinado em caráter obrigatório,
junto com o inglês, face à característica de tempo integral desse Estabelecimento, com foco nas
práticas agrícolas. Em 2005, em uma renovada parceria com o Governo Alemão, esse idioma foi
90
implantado nas Escolas Municipais Pastor Hans Muller e Anaburgo, em caráter optativo com o inglês,
por estarem localizadas em comunidades de descendência alemã.
De forma extracurricular e optativa, com aulas no contraturno, desde 2001, o francês é ensinado em
algumas escolas da rede municipal, numa parceria entre a Prefeitura Municipal e a Aliança Francesa
de Joinville. Desde 2004, por meio de estratégia similar, o ensino do italiano passou a ser ofertado em
algumas escolas, em uma parceria entre a Prefeitura Municipal, o Governo Italiano, o Centro de
Cultura Italiana Paraná – Santa Catarina e o Circulo Italiano de Joinville.
Também deu um impulso à aprendizagem dos alunos da rede municipal de ensino a implantação das
salas de informática pedagógica. Em 1999, as primeiras escolas receberam computadores para uso
com os alunos. Hoje, 58 salas informatizadas, quase todas com acesso à internet, ampliando as
oportunidades dos alunos de terem uma aprendizagem significativa nas línguas materna e
estrangeira e, em conseqüência, de acesso a textos autênticos.
Na rede municipal de ensino de Joinville, entende-se que o papel do livro didático é o de apoiar o
ensino e, principalmente, o de diversificar as aulas, não devendo se configurar como “dono da
verdade” nem para alunos nem para o professor, seguido cegamente, do início ao fim, sem
questionamento. As aulas devem ser planejadas a partir de diferentes matérias, de fontes diversas,
oportunizando, inclusive, a criatividade e a colaboração dos alunos.
Acreditamos que o ensino de uma língua estrangeira tem importância crucial na formação do aluno,
principalmente nos de escolas públicas, por terem, em geral, menos noção de seu lugar no mundo,
menos acesso à informação. Por meio do confronto com a língua de um outro povo, de uma cultura
diferente, esse aluno terá mais facilidade em se posicionar, reconhecendo a situação geográfica,
econômica e cultural de seu próprio país ao enxergar e respeitar as diferenças entre as duas culturas.
2. PRESSUPOSTOS TEÓRICOS E ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
2.1 Língua, Cultura e Hegemonia
Ensinar uma língua estrangeira é permitir uma abertura para mundos desconhecidos. O ensino da
língua pela língua torna-se sem sentido, se pensarmos que língua e cultura são dissociáveis. A língua
vem carregada de uma forma de agir, pensar, de relacionar-se, peculiar de cada cultura. Por isso,
uma mesma língua, como o inglês, pode veicular várias “culturas”, por conta das diferenças do inglês
falado nos Estados Unidos, na Inglaterra, no Canadá, na Austrália, na África do Sul, etc.
É relevante, no ensino de uma língua estrangeira, o esquecer de discutir com os alunos sobre as
relações de domínio de um país com suas colônias, onde o idioma sempre é instrumento de poder.
Pode-se, nesse debate, inserir reflexão sobre o porquê de o Brasil ter optado pelo ensino do inglês na
maioria de suas escolas (e não do francês, ou outro), face à hegemonia dessa língua no mundo e por
ter sido convencionada como de uso internacional. Também se deve destacar que, quanto mais um
país é independente econômica e culturalmente, mais opção de ensino de línguas estrangeiras
ofertará aos alunos.
É essencial que o aluno entre em contato com o mundo cultural rico que a língua estrangeira pode
oferecer. Cabe ao professor tentar descobrir uma razão imediatista para o aprendizado do idioma:
seria seu interesse pela literatura geral ou científica? ou seu interesse pelo cinema? ou pela música?
ou pelo povo e suas paisagens? O professor poderá trazer imagens, fotos de viagens de alguém,
anúncios publicitários dos países onde se fala o idioma para dar início à motivação de seus alunos.
Segundo Patrick CHARADEAU (1983), o choque cultural acontece quando se apresenta uma imagem
cultural de um país estrangeiro aos alunos. Ele acredita que o contraste entre as duas culturas ajuda
a perceber como funciona a interação das mentalidades das duas partes em jogo. Materiais
autênticos de países estrangeiros podem provocar reações interessantes é pela diferença que o
aluno acaba percebendo o outro e a si mesmo.
2.2 – Abordagem Comunicativa para as séries Iniciais do E
91
Desde 1990, em comum acordo, os professores da rede municipal de ensino de Joinville deliberaram
pelo ensino da língua inglesa por meio da abordagem comunicativa, a qual privilegia o ensino do
idioma em contextos de comunicação, criados artificialmente em sala de aula pelo professor para
ensino das funções comunicativas, sempre relevantes para os alunos.
Considerando as necessidades e interesses dos alunos de 2
a
a 4
a
. série, sua limitada capacidade de
atenção, sua motivação intrínseca para o aprendizado, seu engajamento em brincadeiras,
ressaltamos a importância de dar continuidade ao trabalho com essa faixa etária na abordagem
comunicativa, com foco na produção oral. (BROWN e HOLDEN & ROGERS - 2001).
Por meio de atividades lúdicas, o conteúdo deverá ser ensinado, utilizando a expressão corporal
como meio para garantir a atenção e a participação dos alunos (ASHER Total Physical Response).
Músicas, cantigas, canções, rimas, jogos de mesa ou que envolvam movimento corporal, uso de bola
ou corda, quebra-cabeças, caça-palavras, palavras cruzadas, danças, mímicas, figuras, brinquedos,
marionetes, máscaras, dramatizações, desenhos animados, filmes infantis, atividades com retalhos
de tecido ou papel colorido, recorte e colagem, contação de histórias infantis, desenho, trabalhos com
massinha de modelar e com material reciclado, construção de maquetes, aulas ao ar livre e passeios
são boas estratégias para ensinar e fixar o que foi ensinado (GAMBOA e CELCE-MURCIA, 2001).
Em apoio ao ensino de uma ngua estrangeira para crianças, OLIVA (1969) nos lembra de que elas
são menos inibidas do que os adultos, de que não se sentem tolas por falar um idioma estrangeiro,
pois têm menos autoconsciência e menos medo de errar.
Para manter a atenção de alunos dessa faixa de idade, HERRERA recomenda planejar atividades
diversificadas em cada aula, que envolvam a participação individual e em grupos alternadamente, de
preferência com a participação ativa das crianças (segurar cartazes, cantar, levantar, apontar, imitar,
etc.).
Na abordagem comunicativa, saber uma Língua Estrangeira é saber COMO e QUANDO usá-la para
atingir os objetivos do falante e identificar e reagir adequadamente às situações onde a ngua é
falada. A unidade comunicativa é denominada de “função” ou elocução”, que se em forma de
pergunta e resposta, espelhando as comunicações no idioma materno (SOUZA).
O enfoque comunicativo prioriza que o que se vai comunicar (não a forma de comunicar) seja definido
a partir de um contexto de relevância e significação para os alunos. Nas aulas, são criadas situações
hipotéticas para impor aos alunos a necessidade comunicativa. A imprevisibilidade do ato
comunicativo se reflete nas aulas, demandando do professor preparo na apresentação das funções
básicas, além de incluir novos inputs trazidos pelos alunos.
A aquisição do idioma se de forma gradual e progressiva, na medida em que o professor facilita o
processo ensino-aprendizagem com seu afeto, desbloqueando barreiras psicológicas de seus alunos
(KRASHEN affective filter, 2004). Portanto, a necessidade de produzir elocuções corretas e sem
erro algum não é fundamental, pois o essencial é a inteligibilidade do que se disse dentro do
contexto, por meio de palavras, gestos e intenções. Erros são evidência de que o aluno esfazendo
progressos. É possível reconhecer o vel lingüístico do aluno pelos tipos de erros cometidos. Nas
aulas em que o grau de correção exigido pelo professor é muito alto, cria-se um clima de tensão
emocional para o aluno, resultando numa resistência à aprendizagem e num declínio de motivação
(BROWN – intrinsic motivation, 2001).
Nesse tipo de metodologia, o ensino das estruturas gramaticais e do vocabulário vai acontecendo
implicitamente (explicitamente, quando solicitado pelos alunos), considerando que adquirir uma
Língua Estrangeira é refletir sobre a língua materna e suas estruturas. Dessa maneira, não se
ênfase ao aprendizado das quatro habilidades separadamente (ouvir, falar, ler, escrever), mas à
aquisição das habilidades comunicativas, conforme as necessidades dos aprendizes.
O uso da língua materna nas aulas é necessário e útil para agilizar a compreensão das estruturas e
do vocabulário, em especial com iniciantes.
Desnecessário é ressaltar que a integração dos conhecimentos com as outras disciplinas imprime
mais significação ao conteúdo ensinado. Projetos interdisciplinares motivarão a aprendizagem, além
de utilizar a língua estrangeira para aprender conteúdo e estratégias de aprendizagem que possam
92
ser transferidos para outras situações escolares. O uso da internet e dos computadores nas salas de
informática pedagógica valida os conhecimentos.
Os alunos das séries iniciais têm grande motivação para aprender um novo idioma e sua tendência
natural é falar. Portanto, trabalhar a produção oral como prioridade é ir ao encontro de suas
expectativas. Desse modo, sugere-se o uso de músicas infantis, parlendas, rimas, repetições e
pequenos diálogos.
Na apresentação de novas funções, a repetição oral coletiva e individual, com o professor como
modelo, deve ser utilizada com freqüência. No ensino de vocabulário novo, o uso de objetos e figuras,
ou mímicas, chama a atenção das crianças e a repetição fixa o conteúdo (HERRERA). Como próximo
passo da oralidade, o professor deve se servir da repetição coletiva e do trabalho em duplas (pair
work) para oportunizar que todos participem e, como feedback, deve solicitar uma amostragem de
alguns pares, de voluntários ou de alunos que indicar. Na medida em que os alunos recriam diálogos
e dramatizações de situações cotidianas, verifica-se sua compreensão e motiva-se sua produção oral
e escrita (SOUZA, 1980).
A compreensão oral pode ser desafiadora aos alunos, portanto, cabe ao professor repetir com clareza
as funções e enunciados e trazer material de referência para estimulá-los (parlendas, rimas, vídeos,
músicas, filmes, etc.)
Nessa abordagem, a leitura é vista como processo interativo entre o leitor e o texto, objetivando
proporcionar informão e/ou lazer, de forma não linear. Assim sendo, não há necessidade de
compreender cada palavra do texto para entender sua mensagem. A leitura visa criar no aluno um
espírito de observação da realidade em que vive, despertar seu senso crítico e sua criatividade. O
aluno deve ser motivado a ler textos para compreensão global e para extrair informações específicas.
Não é recomendada, na hora da leitura, a checagem da produção oral, nem das estruturas lexicais. A
leitura é uma atividade fundamentalmente individual e silenciosa. Se a escolha do texto atende aos
interesses dos alunos, a leitura pode ser um elemento motivador para a aprendizagem. Recomenda-
se o uso de textos autênticos, sempre que possível, não apenas de livros didáticos: listas de artigos
comprados em supermercado, histórias infantis, parlendas, desenhos animados, letras de músicas
infantis, lista de palavras incorporadas ao cotidiano (hotdog, hamburger, e-mail...)etc. Para melhor
explorar a leitura, recomendam-se atividades de pré-leitura (debates, pesquisas, reflexões sobre o
tema do texto para despertar o interesse), de leitura propriamente dita (para apoiar a compreensão,
os alunos devem se servir dos cognatos, marcadores de discurso, organização visual e outras
características) e de pós-leitura (debates, recriação de texto baseado no modelo, etc.)
Na abordagem comunicativa, não se concebe que o professor exija uma produção escrita de seus
alunos sem, primeiramente, vincular a atividade com outras habilidades comunicativas com o objetivo
de fixar os conteúdos. Também não se concebe que seu critério de exigência para desempenho dos
alunos seja muito elevado, especialmente nas séries iniciais, pois eles acabam de ser expostos a um
novo código lingüístico e, portanto, necessitam se adaptar a ele e aprendê-lo gradualmente.
Atividades de escrita devem partir, de preferência, de textos como modelo, nos quais os alunos
podem se embasar.
A correção de tarefas em sala de aula, com o apoio dos alunos, é importante para refletir sobre o erro
e o processo de escrita. Novamente lembramos que o erro é parte do processo de aprendizagem e o
professor deve refletir sobre a evolução dos alunos na escrita e nas demais habilidades. Convém
lembrar que, na avaliação, devemos medir o que eles aprenderam e não o que ainda não
aprenderam. (CELCE-MURCIA, 2001)
Segundo GAMBOA, crianças aprendem melhor:
em ambientes livres de tensão e medo;
a partir de elementos que lhes despertem o interesse;
na medida em que participam ativamente do processo, por meio de atividades que usam o
maior número de sentidos possíveis;
e, acrescenta HERRERA, quando tiverem um professor entusiasmado pelo ensino do idioma, que se
diverte enquanto ensina e o se constrange de, às vezes, parecer um tolo porque repete muitas
vezes o que ensinou, ou porque faz mímicas e brincadeiras.
93
2.3 Foco no Trabalho com Gêneros Textuais para as Séries Finais do E
Hoje, o trabalho com textos é opção para o ensino tanto da língua materna quanto de língua
estrangeira em escolas brasileiras, sem muitas vezes levar o professor a repensar sua concepção de
língua para esse fim: a frase fica isolada do contexto, a língua é importada dos livros didáticos. É
intenção da rede municipal de ensino de Joinville, além de dar continuidade ao ensino de língua
estrangeira por meio da abordagem comunicativa nas séries iniciais, incorporar o trabalho com textos
e a nova concepção de língua para o ensino de língua estrangeira nas séries finais do E.
Sem desabonar o trabalho com a oralidade nas séries finais do E (de 5
a
. a 8
a
. rie), recomendamos
o trabalho gradual com gêneros textuais para essa faixa etária, levando em consideração as
necessidades e interesses diferenciados dos adolescentes e sua vinculação com a cultura dos países
onde o idioma é falado, com possibilidade de ampliação da visão de mundo por meio da comparação
com textos na língua materna e/ou no mesmo idioma.
Justificamos esse novo foco considerando a visão de língua (estrangeira ou materna) como elemento
básico da vida social, sem a qual nenhum tipo de organização é possível e não haveria transmissão
nem acúmulo de conhecimento. A língua está em constante evolução, é viva, se transforma, se
multifaceteia. É por isso, segundo BAKHTIN (1988), que não temos uma língua a ensinar, mas sim
várias formas de discurso que a compõe dentro de uma sociedade – o discurso publicitário, o jurídico,
o político, a fala comum do cotidiano, etc. Fazer o aluno tomar consciência dessa realidade em que
vive ao entrar em contato com os vários discursos deveria ser um dos objetivos dos professores de
línguas. Durante o aprendizado da língua estrangeira, o aluno pode perceber que esse fato não é
válido para sua língua, mas também para a língua do outro, de um estrangeiro, desde que o professor
lhe apresente vários tipos de texto na língua estrangeira, não se restringindo apenas ao discurso
pedagógico do livro didático. O ensino da língua estrangeira deve se tornar uma base real de
conhecimento para o aluno e não uma prática inútil
de algumas frases num outro idioma. Assim sendo, o foco no ensino privilegiando o texto escrito se
justifica porque:
a) A habilidade de leitura e reflexão crítica sobre um texto em uma língua estrangeira será mais
útil aos alunos, pois, caso se habilitem a uma vaga em instituição de ensino superior,
precisarão prestar prova escrita, onde a habilidade de leitura é fundamental;
b) No mundo do trabalho, é muito mais provável que os alunos esbarrem em textos técnicos
para aperfeiçoamento de seu ofício do que com pessoas estrangeiras com quem tenham que
se comunicar;
c) Na esfera pessoal ou profissional, qualquer assunto que os alunos pesquisem se ampliará em
perspectiva e diversidade de opções, se conseguir fazer a leitura em uma língua estrangeira.
O trabalho com textos não é uma atividade complementar para enriquecer as aulas ou motivar os
alunos, mas é o trabalho prioritário. Não basta cantar uma canção ou executar uma receita sem entrar
na questão da língua em si. É preciso que o aluno compreenda a natureza do texto estudado, que
trabalhe sua estrutura, sua coesão interna, que faça exercícios de língua baseado nele para fixar
estruturas. Num segundo momento, o professor pode propor a elaboração de novos textos a partir
dos textos lidos no início, uma manchete de jornal, um slogan de um anúncio, para, depois, tentar
redigir um parágrafo, uma nota curta, etc. Assim, o aluno estará entrando num sistema mais
complexo, em geral desconhecido para ele até então.
que se acompanhar uma progressão gramatical para que o ensino do idioma não se torne um
caos, com a apresentação de um texto diferente a cada dia, sem a noção de onde se quer chegar.
Por isso, propomos que o professor tenha em mente duas progressões paralelas uma para a
expressão oral e outra para a escrita.
Concluindo, trabalhar com o sócio interacionismo é pensar no aluno como um ser social, que aprende
a partir de interações com os outros e com o meio, sejam elas orais ou escritas, com foco maior em
uma habilidade, dependendo dos objetivos que se quer alcançar.
3. COMPETËNCIAS DA LÍNGUA ESTRANGEIRA
3.1 - Aprender sobre a Língua Estrangeira:
94
Conhecer um novo digo lingüístico (no caso o inglês) e utilizá-lo como forma de
comunicação;
Conhecer a cultura dos países onde o idioma é falado e contrapor com os hábitos e a
cultura materna;
Compreender a razão pela qual esse idioma é ensinado;
Compreender enunciados orais e escritos, fazendo contraponto com as informações
obtidas na língua materna.
3.2 - Aprender a comunicar-se:
Utilizar diferentes formas para se comunicar, conhecendo, inclusive, tipos mais
formais de uso do idioma;
Adequar suas produções orais e escritas às circunstâncias comunicativas da qual
participa;
Compreender e fazer uso de informações obtidas em textos, conhecendo sua
estrutura;
Usar os conhecimentos adquiridos para expandir o uso da linguagem e da
capacidade reflexiva.
3.3 - Aprender a ser:
Valorizar a leitura como fonte de informação para obter acesso a outros mundos e
conhecimentos, e para fruir dessa prática.
3.4 - Aprender a conviver:
Valer-se da linguagem para melhorar a qualidade das relações interpessoais;
Expressar seus sentimentos, idéias, opiniões, experiências, bem como acolher e
considerar os dos outros, externando opiniões divergentes, quando necessário, sem
propriamente causar antagonismo.
Conhecer e respeitar as diferenças.
4. AVALIAÇÃO
O ato de avaliar é algo presente em todo o empreendimento humano, é um processo dinâmico.
Estamos sempre julgando algo: a maneira de agir de alguém, segundo nossa forma de ver a
realidade, segundo nossos valores, segundo nossos próprios critérios.
No entanto, quando se fala em avaliação na esfera escolar, deparamo-nos com um assunto
controvertido, pois a avaliação dos alunos é expressa em sistemas de símbolos numéricos (notas ou
conceitos), o que limita grandemente o professor na hora de dar devolutiva sobre o que observou de
seus educandos. O ato avaliativo não é um empreendimento meramente mecânico, pois envolve um
julgamento de valor, ou seja, a percepção do professor sobre o rendimento escolar. Para
salvaguardar injustiças, é necessário que os critérios para a avaliação sejam claros, de preferência
construídos com a ajuda dos alunos. (PCLEM-PR, 2006)
Não basta classificar o aluno em termos de rendimento, mas é preciso motivá-lo a progredir em seus
estudos, caso não tenha atingido a competência necessária. Nesse sentido, a avaliação deve ser
formativa (focar no começo, meio e fim do processo) LUCKESI (2004). Esse tipo de avaliação
privilegia a participação dos alunos a fim de garantir a interação e a pluralidade de visões. Atividades
de auto-avaliação dos alunos devem ser estimuladas e levadas em consideração. A participação nas
aulas e o interesse dos educandos em aprenderem os conteúdos e em entregar tarefas também
devem ser considerados.
A avaliação formativa inclui o componente afetivo, que privilegia o aspecto emocional dos alunos e
seus desafios sócio-econômicos e familiares e, no caso do ensino de uma Língua Estrangeira, a
frustração no processo de aprender um novo código lingüístico (PCN LE, 1998).
Parte-se do pressuposto de que, no início de cada bimestre, todo aluno seja merecedor da nota
máxima e que poderão ou não mantê-la, na medida em que atendam aos critérios de avaliação pré-
95
estabelecidos. A nota não deve ter a conotação de poder (para o professor) nem de castigo (para o
aluno). Nunca é demais lembramos que o elogio a iniciativas bem sucedidas e progressos no
desempenho dos alunos motiva mais que receber críticas.
Avaliar é, portanto, um conjunto de atividades docentes, que devem ser coerentes entre si, ou seja,
centradas na tendência pedagógica que direciona a prática escolar e, conseqüentemente, no
currículo embasado nessa tendência, com um processo de planejamento, execução e avaliação
também coerentes.
2ª. série - Programa de Ensino de Língua Inglesa
Bimestre
Conteúdos Conceituais Conteúdos Procedimentais Conteúdos Atitudinais
*Greetings (S1 – p.6)
*Introductions (what is your
name? how are you? (S1 -
p. 5)
* School items (what is
this? It is a/an ...) (S1-
p.12)
Utilizar a Língua Inglesa para
comunicar-se com outras pessoas
em situações comunicativas
Cumprimentar outra pessoa
Apresentar-se a outra pessoa e
apresentá-la para um outro
Identificar objetos de sala de aula
Utilizar a língua inglesa para
comunicar-se com outras pessoas
em situações comunicativas
Comunicar-se com os
colegas de sala usando os
conteúdos ensinados
Compreender enunciados
na língua inglesa
* Colors (what color is it?)
(S1 – p. 20)
* Review of school items
* Fruit
* Numbers 0-10
* Happy birthday - how old
are you (brief)?
Identificar as cores básicas
Reconhecer os objetos de sala de
aula
Identificar frutas
Identificar numerais cardinais de 1
a 10
Cumprimentar alguém pelo
aniversário
Questionar a idade de alguém
Comunicar-se com clareza,
fazendo-se entender no
novo idioma
Demonstrar respeito
ouvindo os outros com
atenção
* Family Members (S1 – p.
62)
* Review of numbers (how
many)
* Family’s Day
* Pets (S1 – p. 46)
* Review of numbers and
colors
Identificar os membros da família
Reconhecer os numerais já
aprendidos, relacionando-os à
quantidades
Identificar animais de estimação
Revisar cores e numerais
Socializar suas produções
com os colegas
Contrapor estruturas da
língua materna com a
língua inglesa
* Toys (S1 – p. 54)
* Children’s day
* Parts of the body (S1 - p.
38)
* Christmas
Identificar brinquedos
Formular e responder perguntas
sobre o Dia da Criança e sobre o
Natal
Identificar as partes do corpo
Representar diálogos e
textos por meio de outras
linguagens (desenho,
maquete, colagem, etc.)
When teaching second graders, give emphasis on the oral skill through games, songs, repetitions, and oral
activities. Use plenty of pictures and give very little emphasis on writing.
96
3ª. série - Programa de Ensino de Língua Inglesa
Bimestre
Pré-
requisitos
Conteúdos
Conceituais
Conteúdos Procedimentais
Conteúdos
Atitudinais
* Greetings
*
Introductions
* Toys
* Colors
*Review of
greetings and
introductions (S2
– p. 4)
* Polite language/
classroom
commands
* School Items
(S2 – p. 20)
* This – That
* Review of
school items,
toys, pets,
colors...
Revisar cumprimentos e
apresentações
Utilizar a Língua Inglesa para
comunicar-se com outras
pessoas em situações
comunicativas
Utilizar comandos de
linguagem educada em sala de
aula
Revisar objetos de sala de
aula relacionados a cores
Identificar proximidade ou não
dos objetos por pronomes
demonstrativos
Revisar brinquedos e animais
de estimação, cores, objetos
de sala de aula
Comunicar-se
com os colegas
de sala usando
os conteúdos
ensinados
Compreender
enunciados na
língua inglesa
* Pets
* Family
Members
* Numbers
(0-10)
* Farm Animals
(S2 – p. 46)
*Zoo animals (S3
– p. 12)
* Numbers 11-20
(S2 – p. 20)
Identificar animais da fazenda
Identificar animais do
zoológico
Diferenciar animais de
estimação dos existentes na
fazenda e no zoológico
Reconhecer numerais de 11 a
20 e relacionar com os demais.
Utilizar a língua inglesa para
comunicar-se com outras
pessoas em situações
comunicativas
Respeitar
diferentes
formas de se
comunicar
Preocupar-se
com a grafia
das palavras
aprendidas
* Food
* Birthday Party –
I like/I don’t like...
(S2 – p. 38)
* Talking about
age (S2 – p. 38)
* Parts of the
body (S2 – p. 54)
* Halloween
Utilizar a Língua Inglesa para
comunicar-se com outras
pessoas em situações
comunicativas
Reconhecer alimentos
Perceber-se numa festa de
aniversário e comunicar-se
neste contexto
Expressar gostos e desgostos
Construir diálogos nos quais
se expresse a idade
Revisar partes do corpo já
conhecidas e identificar novas
Estabelecer relações entre
celebrações brasileiras e
estrangeiras
Socializar suas
produções com
os colegas
Contrapor
estruturas da
língua materna
com a língua
97
* What time is it?
It’s … o’clock.
* Dialogues
(explore all
functions studied
before to practice
speaking)
* Family (S2 – p.
62)
* He – She – They
* Christmas (gifts
for the family)
* My favorite
Christmas present
Identificar as horas (inteiras)
Revisar os conteúdos por meio
da produção de diálogos
Reconhecer membros da
família relacionados aos
pronomes pessoais
Estabelecer relações entre as
festividades natalinas no Brasil
e no exterior
Descrever a entrega de
presentes de Natal para a
família e seu presente favorito
Utilizar a língua inglesa para
comunicar-se com outras
pessoas em situações
comunicativas
Representar
diálogos e
textos por meio
de outras
linguagens
(desenho,
maquete,
colagem, etc.)
4ª. série - Programa de Ensino de Língua Inglesa
Bimestre
Pré-
requisitos
Conteúdos
Conceituais
Conteúdos Procedimentais
Conteúdos
Atitudinais
* Numbers
0 to 20
* Family
* He / she /
they
* Alphabet and
spelling
* Personal
Information -
What’s your/your
mother’s
name/last name?
* Occupations (S4
– p. 54)
* Possessive
adjectives and
personal pronouns
(S4 – p.
62)(What’s her
occupation? She
is a lawyer)
Utilizar a Língua Inglesa para
comunicar-se com outras
pessoas em situações
comunicativas
Identificar o alfabeto e soletrar
palavras
Fornecer informações
pessoais a alguém sobre si ou
membros da família
Identificar profissões
Reconhecer pronomes
possessivos e pessoais
vinculados à profissões
Comunicar-se
com os colegas
de sala usando
os conteúdos
ensinados
Compreender
enunciados na
língua inglesa
* Places
(Sarah is in the
hospital. She is a
nurse)
* Where
* Parts of the
house (S3 – p. 20)
*Review of family
* Favorites (S3
p. 28)
* TV programs
* Sports
* Hobbies
* Can (S3 – p. 62)
Identificar lugares vinculados à
profissões
Reconhecer partes de uma
casa com a vinculação a
membros da família
Externar preferências em
programas de TV, esportes,
hobbies, etc.
Empregar o condicional “can”
apropriadamente, segundo o
contexto.
Utilizar a língua inglesa para
comunicar-se com outras
pessoas em situações
comunicativas
Respeitar
diferentes
formas de se
comunicar
Preocupar-se
com a grafia das
palavras
aprendidas
98
* Likes and
dislikes
* Food
*Do you like...? / I
like/ I don’t like...
* Numbers 21 to
50 (S3 – p. 38)
Utilizar a Língua Inglesa para
comunicar-se com outras
pessoas em situações
comunicativas
Externar gostos e desgostos
Relacionar gostos e desgostos
aos alimentos
Identificar os numerais de 21 a
50.
Socializar suas
produções com
os colegas
Contrapor
estruturas da
língua materna
com a língua
inglesa
* How much / how
many (food)
* Grocery /
supermarket
dialogues
* Age (how old are
you / is your
mother / your
brother?)
Inferir diferenciação entre
pronomes relacionados a
quantidades e empregá-los
segundo o contexto de
alimentos
Produzir diálogos relacionados
a contextos de compras em
supermercados e mercearias
Formular e responder
perguntas sobre a idade de
alguém
Utilizar a língua inglesa para
comunicar-se com outras
pessoas em situações
comunicativas
Representar
diálogos e textos
por meio de
outras
linguagens
(desenho,
maquete,
colagem, etc.)
5ª Série - PROGRAMA DE ENSINO DE LÍNGUA INGLESA
Pré-
requisitos
Conteúdos Conceituais Conteúdos Procedimentais
Conteúdos
Atitudinais
1º Bimestre
Colors
Family
member
s
Numbers
O to 50
Food
Occupati
ons
Greetings
Introductions
Classroom
expressions
Polite words*
English Today (G1 –
p. 4)
Alphabet – Spelling
out names (G1 – p.
25)
School supplies (G1
– p. 39)
Review of colors
(G1 – p. 30)
Articles – The,
A/AN* This/that -
these/those (G1 – p.
39)
Utilizar a Língua Inglesa
para comunicar-se com
outras pessoas em
situações comunicativas
Revisar cumprimentos,
apresentações,
numerais, expressões
cordiais e relacionadas
ao contexto de sala de
aula
Reconhecer o uso do
inglês na atualidade
Soletrar nomes dos
colegas
Revisar cores vinculadas
a objetos da sala de aula
Reconhecer artigos
definidos e indefinidos
Relacionar objetos da
sala de aula aos
pronomes
demonstrativos no plural
e no singular
Comunicar-se
com os
colegas de
sala usando os
conteúdos
ensinados
Compreender
enunciados na
língua inglesa
99
2º Bimestre
Numbers - 60 to 100
(S4 – p. 4; G1 – p.
22)
Talking about age
(G1 - p. 24)
Review of family
members (G1. p.
54)
Personal pronouns
(I, you, he, she, we,
they)
Possessive
adjectives (my, your,
his, her, our, their)
Personal description
(G1 – p. 45)
Adjectives (S4 – p.
62)
More occupations
Utilizar a Língua Inglesa
para comunicar-se com
outras pessoas em
situações comunicativas
Reconhecer numerais
cardinais de 60 a 100
Formular perguntas e
respostas sobre sua
idade
Revisar membros da
família relacionados aos
pronomes pessoais
Identificar os pronomes
possessivos e utilizá-los
segundo o contexto
Descrever uma pessoa
com o apoio de adjetivos
Identificar outras
profissões
Respeitar
diferentes
formas de se
comunicar
Preocupar-se
com a grafia
das palavras
aprendidas
3º Bimestre
Personal
Information (G1 – p.
12) ( Where do you
live? What is your
address?
What’s your phone
number?)
Countries and
nationalities (G1 – p.
16)
School subjects (G2
– p. 68) (timetable –
days of the week
and time)
Favorites (music, TV
programs, sports,
pets, food)
Likes and dislikes
Antecipar informações
pessoais a alguém
visando preencher
fichas, cadastros, etc.
Identificar os países e as
nacionalidades
Reconhecer as
disciplinas estudadas na
escola e produzir
diálogos, vinculando-as
com os dias da semana
e com o horário das
aulas
Externar preferências
Empregar os gostos e
desgostos em diálogos e
pequenos textos
relacionados à comidas,
programas de TV,
músicas, esportes,
animais de estimação
Socializar suas
produções
com os
colegas
Contrapor
estruturas da
língua materna
com a língua
inglesa
100
4º Bimestre
Months and
seasons of the year
(G2 – p. 34)
Clothing (G1 – p.
46; S4 – p. 38)
(Describe what
people are wearing)
Review of parts of
the house (G1 – p.
79)
Furniture (G1 – p.
78)
There is/are (G1 –
p. 76)
Prepositions (on, in,
under, behind, next
to, in front of,
between) (G1 – p.
77)
Identificar os meses e
estações do ano
Reconhecer roupas e
descrever pessoas
segundo o que vestem
Revisar partes de uma
casa e reconhecer
mobiliário
Descrever mobiliário nas
partes da casa, usando
expressões ‘there is’e
‘there are’
Perceber localização de
objetos por meio da
existência de
preposições
Utilizar a língua inglesa
para comunicar-se com
outras pessoas em
situações comunicativas
Representar
diálogos e
textos por
meio de outras
linguagens
(desenho,
maquete,
colagem, etc.)
6ª Série - PROGRAMA DE ENSINO DE LÍNGUA INGLESA
Pré-requisitos
Conteúdos
Conceituais
Conteúdos Procedimentais
Conteúdos
Atitudinais
1º Bimestre
Personal
information and
description
Verb to be
Personal
Pronouns
Seasons,
months, days
of the week,
school subjects
Parts of the
body
Colors
Clothing
Numbers to
100
Prepositions
Occupations
Student’s
profile
(review of
personal
information
and
description)
Review of
seasons,
months, days
of the week,
school
subjects (G2
– p. 34)
Ordinal
numbers (G2
– p. 36)
Sports (G2 –
p. 13)
Abilities / Can
(teach some
basic verbs)
(G2 – p. 18)
Review of
parts of the
body (G2 – p.
18)
Utilizar a Língua
Inglesa para
comunicar-se com
outras pessoas em
situações
comunicativas
Construir arquivo de
perfil do aluno,
incorporando
informações pessoais
e descrições
Revisar dias da
semana, estações do
ano e meses,
vinculando às
disciplinas escolares
Identificar os numerais
ordinais
Reconhecer tipos de
esporte e empregá-los
em diálogos e
pequenos textos
Expressar habilidades
com o apoio de verbos
de ação
Revisar partes do
corpo
Comunicar-se
com os colegas
de sala usando
os conteúdos
ensinados
Compreender
enunciados na
língua inglesa
Refletir a
respeito da
sintaxe e
estrutura de um
texto.
101
2º Bimestre
Time (G2 – p.
30)
Daily routine
(G2 – p. 66)
Free time
activities (G2
– p. 72)
Adverbs of
frequency
(G2 – p. 70)
Identificar o
tempo/horas
Formular perguntas e
respostas sobre as
atividades diárias, com
o apoio de advérbios
de freqüência
Expressar atividades
desenvolvidas no
tempo ocioso
Respeitar
diferentes
formas de se
comunicar
Preocupar-se
com a grafia das
palavras
aprendidas
3º Bimestre
Question
words (what,
where, …)
How
much\How
many
Going
shopping (for
food,
clothing, …)
Review of
colors,
clothing,
numbers
Utilizar a Língua
Inglesa para
comunicar-se com
outras pessoas em
situações
comunicativas
Formular perguntas e
respostas com “Wh”
Revisar quantidades
Descrever situações
de compras de
alimentos e roupas
Revisar cores, roupas,
números
Socializar suas
produções com
os colegas
Contrapor
estruturas da
língua materna
com a língua
inglesa
4º Bimestre
Directions
Review of
prepositions
Places
(restaurant,
mall, school)
Review of
occupations
(G2 – p. 58)
Present
Progressive
(G2 – p. 50)
(e.g.: Julia is
a teacher. She is
teaching
English.)
Jorge is at
the
restaurant.
He is having
lunch)
Orientar alguém a se
localizar
Revisar preposições
Identificar lugares
(restaurantes, escola,
mercado, etc.)
Revisar profissões
Contrapor o presente
simples e presente
progressivo por meio
de diálogos e textos
Representar
diálogos e textos
por meio de
outras
linguagens
(desenho,
maquete,
colagem, etc.)
Valorizar
diferentes
gêneros textuais
e práticas de
leitura.
102
7ª Série - PROGRAMA DE ENSINO DE LÍNGUA INGLESA
Pré-requisitos
Conteúdos
Conceituais
Conteúdos Procedimentais
Conteúdos
Atitudinais
1º Bimestre
Personal
information
Question
words
Adverbs of
frequency
How much-
how many
Seasons and
months
Review of
personal
information
through
interviews with
classmates
Simple Present
(G3 – p. 5)
Review of
question words
Food
Review of
adverbs of
frequency (G3 –
p. 14)
Review of how
much/many (G3 –
p. 15)
Countable and
uncountable
nouns (G3 –
p.15)
Obs.: Give more
emphasis to the
practice of the 3
rd
person singular.
Utilizar a Língua Inglesa
para comunicar-se com
outras pessoas em
situações comunicativas
Entrevistar colegas da
turma para revisar
informações pessoais
Comparar o presente
simples com outros
tempos verbais (maior
ênfase na 3
a
. pessoa do
singular)
Identificar pratos e
alimentos
Revisar advérbios de
freqüência e quantidades
por meio de pronomes
indefinidos
Utilizar a língua inglesa
para comunicar-se com
outras pessoas em
situações comunicativas
Comunicar-
se com os
colegas de
sala usando
os conteúdos
ensinados
Compreender
enunciados
na língua
inglesa
Refletir a
respeito da
sintaxe e
estrutura de
um texto.
2º Bimestre
Restaurant, shop,
supermarket
situations
Eating habits (G2
– p. 23)
Living healthily –
discuss topics like
smoking,
drinking,
sedentary life (G3
– p. 25)
(G2 – p. 27)
The weather (G4
– p. 26)
Review of
seasons and
months
Going to future
(talk about the
weather forecast
and plans)
Dialogar com os colegas
por meio de situações em
restaurantes, mercados,
lojas.
Identificar hábitos
saudáveis e que
promovam a qualidade de
vida – na alimentação,
vida sedentária, fumo,
bebidas, etc.
Reconhecer o estado do
tempo (meteorologia)
Revisar estações do ano e
meses
Reconhecer o futuro por
meio de diálogos sobre o
tempo e planos Utilizar a
Língua Inglesa para
comunicar-se com outras
pessoas em situações
comunicativas
Respeitar
diferentes
formas de se
comunicar
Preocupar-se
com a grafia
das palavras
aprendidas.
Compreender
que a revisão
do próprio
texto faz
parte do
processo de
produção
textual
103
3º Bimestre
Adjectives
Comparatives
(could be
introduced with
adjectives related
to weather
description: The
weather is nicer
today) (G3 – p.
50)
Empregar adjetivos
comparativos em
situações relacionadas à
descrição do tempo.
Utilizar a língua inglesa
para comunicar-se com
outras pessoas em
situações comunicativas
Socializar
suas
produções
com os
colegas
Contrapor
estruturas da
língua
materna com
a língua
inglesa
4º Bimestre
Simple future –
Will (G3 – p. 22)
Comparison with
future with “going
to”
Superstitions (If
you break a
mirror, you’ll have
7 years of bad
luck)
Resolutions for
the future
Review
Identificar o futuro simples
com uso do Will
Formular comparações
com futuro construído com
“going to
Formular e responder
perguntas sobre
superstições e o
condicional “if”
Fazer resoluções para o
futuro
Revisar os conteúdos
Representar
diálogos e
textos por
meio de
outras
linguagens
(desenho,
maquete,
colagem,
etc.)
Valorizar
diferentes
gêneros
textuais e
práticas de
leitura.
104
8ª Série - PROGRAMA DE ENSINO DE LÍNGUA INGLESA
Pré-
requisitos
Conteúdos
Conceituais
Conteúdos Procedimentais
Conteúdos
Atitudinais
1º Bimestre
Simple
Prese
nt
Future
Will
and
Going
to
Can
Review of Simple
Present and
Future –
“ Going to” and “Will”
through texts, songs,
speaking activities,
and games
Learning to study
(G4 – p. 28)
Teach students
how to use
dictionary
resources like
spelling, grammar
function, stress.
Strategies to learn
vocabulary
Suffix – LYPrefix
MIS (G4 – p. 20)
Strategies to learn
vocabulary
Utilizar a Língua Inglesa para
comunicar-se com outras
pessoas em situações
comunicativas
Estabelecer comparações
entre o presente simples e o
futuro
Praticar o futuro com “will” e
“going to” por meio de textos,
músicas, diálogos e jogos
Analisar estratégias de
aprendizado com o dicionário,
a gramática, o livro didático.
Ponderar sobre estratégias de
aprendizado de vocabulário
Perceber a formação das
palavras por meio de sufixos e
prefixos
Utilizar a língua inglesa para
comunicar-se com outras
pessoas em situações
comunicativas
Comunicar-
se com os
colegas de
sala usando
os conteúdos
ensinados
Compreender
enunciados
na língua
inglesa
Refletir sobre
a sintaxe e
estrutura de
um texto.
2º Bimestre
Simple Past (G3 –
p. 37)
Inventions (G4 – p.
51)
Work with different
textual genres
Reading Strategies
Prefix UN - Suffix –
LESS (G4 – p. 39)
Strategies to learn
vocabulary
Identificar o passado simples
Reconhecer grandes
invenções e inventores da
humanidade vinculada ao
passado simples
Identificar diferentes gêneros
textuais
Ponderar sobre estratégias de
leitura
Analisar estratégias de
formação de palavras (prefixos
UN, sufixos LESS)
Ponderar sobre estratégias de
aprendizado de vocabulário
Respeitar
diferentes
formas de se
comunicar
Preocupar-se
com a grafia
das palavras
aprendidas.
Compreender
que a revisão
do próprio
texto faz
parte do
processo de
produção
textual.
3º Bimestre
Superlatives (G3 –
p. 59)
Prefix DIS - Suffix
– FUL (G4 – p.
50), Suffix – ABLE
(G4 – p. 61)
Strategies to learn
vocabulary
Modal verbs: can
(G4 – p. 74), could
Utilizar a Língua Inglesa para
comunicar-se com outras
pessoas em situações
comunicativas
Identificar adjetivos
superlativos
Reconhecer palavras com
prefixo DIS e sufixos FUL e
ABLE
Perceber estratégias de
aprendizado de vocabulário
Identificar verbos modais “can”
e “could”
Socializar
suas
produções
com os
colegas
Contrapor
estruturas da
língua
materna com
a língua
inglesa
105
4º Bimestre
Modal verbs: may,
must, (G4 – p. 24)
should (G4 – p.
73), would
Health problems
Rules
Invitations
Review of contents
Reconhecer e aplicar os
verbos modais “may”, “must”,
“should” e “would”em
contextos
Reconhecer problemas de
saúde, normas, convites,
usando os modais
Revisar os conteúdos
Utilizar a língua inglesa para
comunicar-se com outras
pessoas em situações
comunicativas
Representar
diálogos e
textos por
meio de
outras
linguagens
(desenho,
maquete,
colagem,
etc.)
Valorizar
diferentes
gêneros
textuais e
práticas de
leitura
Make wide use of learning strategies to develop students’ skills.
106
ANEXO 3
TRABALHO COM TEXTOS PUBLICITÁRIOS
O trabalho poderá ser iniciado com textos publicitários, mais facilmente encontrados, e cuja
comunicação escrita é menor que a visual, facilitando a compreensão por parte dos alunos. Os
anúncios estão cheios de idéias estereotipadas, que merecem reflexão e contraponto com anúncios
brasileiros, pois têm o objetivo de seduzir os consumidores com argumentos frágeis e superficiais,
para populações-alvo específicas. Promover a reflexão sobre esses aspectos com anúncios
brasileiros e estrangeiros amplia a visão de mundo e o senso crítico, oferece incentivo para um
aprendizado mais significativo da língua.
O choque de culturas, para CHARADEAU (1983), evidencia a mentalidade própria do país. O
confronto permite a comparação, com a qual se toma consciência da realidade em que se vive. Essa
é a importância do ensino de uma língua estrangeira na escola não para a descoberta de outra
realidade, mas para levar o aluno a se enxergar. Procurar definir sua própria identidade não seria
partir para a descoberta daquilo que nos diferencia dos outros?” A partir das reações dos alunos, o
professor poderá explicitar tudo o que for revelador da cultura estrangeira e da brasileira.
Importante destacar o trabalho que deve ser feito com base no estudo desse gênero textual, o
apenas acerca da cultura e informação que transmite. É possível iniciar o ensino da estrutura e da
língua a partir de frases contextualizadas e conduzir à reflexão.
PROPOSTA DE ATIVIDADES PARA EXPLORAR O GÊNERO TEXTUAL ANÚNCIO
1) Descrição da imagem: (apresentar gravura de um café da manhã com Kellogg’s)
Refeição da manhã
Componentes/cores: café, leite, suco de laranja, sucrilhos
Balança
Louças, talheres, caixa
(mesmo que os alunos façam a descrição na língua materna é fundamental que o professor forneça
os elementos nessa língua)
2) Produto vendido:
Qual o produto anunciado? (Kellogg’s)
O que se lê na caixa? (Kellogg’s Special High Protein Cereal)
Qual a relação do produto com a balança?
A quem este produto estaria endereçado especificamente?
Você pode comprar este produto no Brasil?
É um produto caro ou barato?
Sua família tem o hábito de usar esse produto na refeição da manhã?
Como é o seu café da manhã?
3) Slogan da Publicidade: “Less than 240 calories. 99% fat-free. 100% delicious.”
A pessoa que comprar o produto pretende ficar como? (menos gorda, comer menos calorias e comer
bem) Quais os opostos de:
Mais
que
________________________
Magro ________________________
Ruim ________________________
4) Texto:
4.1 – Leia o texto abaixo: (apresentar outra publicidade da Kellogg’s com este texto)
THE SPECIAL K BREAKFAST - less than 240 calories
4 ounces orange or tomato juice
1 ½ cups (1 ounce) Special K
107
1 teaspoon sugar and
4 ounces skim milk
black coffee or tea
Chamar a atenção para o fato de que o texto está em forma de receita
Pedir aos alunos que associem as palavras aos componentes da gravura
Quais elementos habituais estariam faltando nesta refeição para brasileiros? pão,
manteiga, queijo, etc.
4.2 – Circule as palavras que não estão relacionadas entre si:
Breakfast Lunch Dinner Control
Calories Skate Weight Scale Milk
Coffee Milk Orange
Juice
Plate
Milk Good Delicious Beautiful
5) Proposta de criar um novo texto:
Compare os dois “Breakfasts” diferentes (textos e gravuras 1 e 2).
Tente descrevê-los usando as expressões aprendidas.
6) Gravura 3: (Outra publicidade de cereal Kellogg’s)
Qual o produto anunciado? (Kellogg’s)
Qual o “slogan”? (The little gold Box)
Qual a relação de “gold” com a imagem do produto?
Qual a relação do slogan “How it helps you balance your diet every day without a
single chart”” com a gravura 1?
6.1 - Leia o texto:
THE LITTLE BOX
How it helps you balance your diet every day without a single chart
If you have been working too hard and not eating right -
If you are cutting down on calories –
If you want to get back to the simple essentials of good nourishment –
Then by all means join the thousands who are keeping on the safe side with the unique
kind of cereal that can help balance your diet every day.
These crisp, golden flakes bring you the greatest concentration of protein, vitamins and
minerals ever.
The time to start is tomorrow morning. See if you don’t feel a lot better with it.
Get the little gold box of concentrate in your grocer’s cereal section
6.1 Kellogg’s of Battle Creek
6.2 – Tente reconhecer as palavras já conhecidas.
6.3 O texto apresenta três situações hipotéticas “if” = se ( condicional). Qual delas não está
relacionada com o 1
o
. texto?
6.4 - Coloquem nas colunas as palavras que você aprendeu que estão associadas a:
108
DIET FOOD QUALICATIONS
Scale
calories
fat free
balance
weight
control
Cereal
Coffee
Milk
Orange juice
Tea
Tomato juice
Crisp
Protein
Vitamins
Minerals
Good
Delicious
Little
Golden
Single
Simple
Unique
7) Discussão Final:
O contraste entre as culturas pode ser mais explorado, comparando o café da manhã no Brasil com o
dos Estados Unidos ou Inglaterra, ou até de outras culturas. Estender a discussão à comparação das
outras refeições e às comidas típicas dos três países. Pode-se refletir sobre a falta de comida para
muitos brasileiros, num país altamente agrícola (averiguar em qual disciplina curricular isto foi ou será
discutido para assim usar a língua estrangeira na função interdisciplinar).
PROPOSTA DE ATIVIDADES COM GÊNERO TEXTUAL INFORMATIVO
Texto 1:
RESSURRECTION ON THE AMAZON – The curtain goes up again at
Manaus’ magnificent opera house
(In: Time Magazine, April 2
nd
, 1990)
It first awed the public in 1986 the extravagant cultural bauble of Brazilian rubber barons. When the
rubber boom ended, the opera house in Manaus, 1.000 miles from the mouth of the Amazon River, fell
into stagnation; no grand opera was heard there for 80 years. Last week, after a three year, 10 million
dollars restoration, the belle époque Teatro Amazonas resounded with music as the Rio de Janeiro
Ballet performed to Villa-Lobos ‘A Floresta Amazônica’.
More than 400 workers preserved or replaced the original Venetian mirrors and Muramo crystal
chandeliers. Director Fernando Bicudo has scheduled 13 operas for this year and is planning a March
1991 world premiere of an unperformed Mozart opera titled ‘Il Regno Delle Amazzono’.
Texto 2: CANTANDO NA SELVA Com uma chuva de atrações internacionais, o Teatro Amazonas
reabre e planta a ópera na floresta. (In: Revista Veja, 14 de março de 1990 – seção Cultura)
Espetada no coração da Floresta Amazônica, a cidade de Manaus se prepara para relançar, em
plena selva, a semente de uma árvore que tem enfrentado grandes dificuldades na adaptação ao
clima e ao solo brasileiro: a ópera. Depois de um longo e impecável trabalho de restauração que
consumiu três anos e 10 milhões de dólares cerca de 75 milhões de cruzados novos, no câmbio
paralelo o belo e lendário Teatro Amazonas volta a funcionar próximo sábado, dia 17, 80 anos
depois que os últimos trinados do canto lírico foram entoados em seu palco. Quando forem reabertas
as portas do prédio de estilo neoclássico, uma pequena jóia plantada na selva pelo dinheiro farto dos
barões da borracha, no fim do século passado, estará detonada uma programação de estréia que
promete ter como ponto culminante a apresentação de um dos maiores e mais venerados tenores da
atualidade, o espanhol Plácido Domingo, que veste a pele do Don José, da ópera ‘Carmen’, no
próximo dia 29.
A noite de gala da estréia, com nomes brasileiros, reunirá atrações tão distintas como o pianista
Nelson Freire, o maior artista do país em sua especialidade, executando uma peça de Villa-Lobos, e a
Orquestra Sinfônica de Brasília, que tocará ‘Os Estatutos do Homem’, de Cláudio Santoro, baseada
nos versos de Thiago de Mello, apelidado de “o poeta do blecaute” por seu livro “Faz Escuro Mas Eu
109
Canto”. No dia seguinte, o soviético Wladimir Karakulev, primeiro bailarino do Bolshói, fará uma
apresentação especial como o visitante branco no balé “A Floresta Amazônica”.
ATIVIDADES RELACIONADAS AOS TEXTOS
1. Leitura global dos textos.
1.1 - Os alunos recebem os textos em português e em inglês -“Ressurrection on the
Amazon”(Revista Time) e “Cantando na Selva”(Revista VEJA) ao mesmo tempo e tentam
encontrar pontos em comum em ambos, analisando:
Seção da revista onde aparece o texto
Data da publicação
Nome das revistas
Títulos e subtítulos
Ilustração e respectivas legendas
Exemplo:
TEXTO EM INGLÊS TEXTO EM PORTUGUËS
Music Cultura
April 2nd, 1990 14 de março de 1990
TIME VEJA
Ressurrection on the Amazon – the curtain goes
up again at Manaus’ magnificent opera house
Cantando na Selva – com uma chuva de atrações
internacionais, o Teatro Amazonas reabre e planta a
ópera na floresta
2. Leitura detalhada do texto brasileiro com foco no seu conteúdo:
2.1 – Qual a informação essencial contida no texto?
2.2 – Quanto tempo o teatro ficou fechado?
2.3 – Qual o custo e duração da restauração?
2.4 - Qual o estilo arquitetônico do teatro?
2.5 – Como se explica a existência de um teatro de tal porte em plena floresta amazônica?
2.6 – Qual a programação de estréia?
2.7 – Quando será a estréia?
3. Estudo do texto em inglês. Now let’s study the English text.
3.1 – Compare the dates of both articles – April 2
nd
, 1990 and 14 de março de 1990
3.2 – Try to find some words in the English text that show the event in the past.
Example: awed, ended, fell, was heard, resounded, performed, replaced, has scheduled,
last week
The Structure of the Text:
3.3 – Read the first paragraph and then find some answers to these questions:
When was the first performance? yes, it did.
Was the audience at the beginning Brazilian rubber
barons or American ones?
The audience was Brazilian rubber
barons.
Did the opera house fall into stagnation?
It was with no grand opera for 80
years
How long was the opera house with no grand
opera?
The first performance was 1986.
110
yes, they were
3.4 – Are the following sentences true or false?
The opening of the opera house after the restoration was in March, 1990. (T)
The restoration cost 10 million dollars. (T)
The workers started the restoration last week. (F)
The music for the opening was Villa-Lobos music. (T)
3.5 Read the second paragraph and then substitute the underlined by another one from the
text:
400 workers preserved the original style.
Director Bicudo has planned 13 opera presentations.
The Mozart opera is called ‘Il Regno delle Amazoni’.
3.6 – Complete the sentences according to the texts. Choose a, b, or c:
3.6.1 - The curtain __________again at Manaus opera house.
a) raises
b) drops
c) tears
3.6.2 - The rubber boom ___________ some years ago.
a) topped
b) started
c) reduced
3.6.3 - The resurrection of the opera house was ____________.
a) last year
b) yesterday
c) last week
3.6. 4 - The Manaus’ opera house is ____________
a) extravagant
b) wonderful
c) magnificent
3.6. 5 - The “Teatro Amazonas” presents operas ___________
a) twice
b) one more time
c) at first time
4. Language study
When do operas generally take place?
Last week in the morning at night after 3 years
Last year in the afternoon at noon before 2 days
Last month in the evening at midnight
4.1 - Now complete the sentences using these time expressions. Give real information.
I went to school yesterday.
I went to the cinema _________________.
The opera concerts are usually ___________________.
I study __________________________.
I watched TV ___________________________.
4.2 – Choose the correct verb in the past:
Fall – performed – scheduled
What happened in the past? Complete the following sentences with the verbs
above:
The rubber boom ended.
111
The opera house _______ into stagnation.
The Rio de Janeiro Ballet ___________ to Villa-Lobos’ music.
The Director ____________ 13 opera presentations.
4.3 – Now complete the sentences with the same verbs:
The actor ___________ his show yesterday.
The classes were _____________ for one year.
The girl _______ in love with the boy.
4.4 Which word does not belong to the group: Ex: ended heard resounded opera
house
Brazilian – School – Theater – Cinema – Church
Opera House – Theater – cinema – street
Extravagant – magnificent – original – director
Soccer - opera – concert – music
4.5 – Now try to put the sentences in a logic order:
The director of the film was not American.
An old cinema was closed in Joinville.
It’s name was Palace.
There were more than 500 people in the cinema in its reopening.
They spent Cr$ 150.000,00 for the restoration.
The first movie shown was “My Fair Lady”.
I was there again after a long time.
ANEXO II – O TRABALHO COM TEXTOS LITERÁRIOS
Acreditamos que o trabalho com esse gênero textual mereça tratamento especial, diferente dos textos
informativos ou publicitários, pois o interesse do aluno por ler esse tipo de texto é suficiente. A
imposição de exercícios gramaticais, de atividades formais de perguntas sobre as idéias do texto ou
exercícios de língua poderão, nesse caso, prejudicar a curiosidade do aluno. Pode-se, em
contrapartida, propor um trabalho de descoberta do texto e não um estudo das estruturas ou fatos da
língua. Um roteiro para leitura do texto pode ser elaborado. Em seguida, uma atividade extra poderá
ser proposta, como a leitura do texto integral, a procura de dados sobre o autor, a leitura de outros
textos traduzidos do autor, a criação de um novo texto pelo aluno.
Se os textos literários forem valorizados e trabalhados num clima aberto, de discussão e
sensibilidade, certamente poderão cativar o estudante. Esses textos são destinados a que o aluno
alce vôo numa língua estrangeira, sem a exigência do domínio, do exercício, do aprendizado
sistemático; esse gênero textual não precisa justificar sua existência. Ele existe para ser lido,
apreciado ou não, discutido ou não. O leitor é livre para decidir o que fazer com ele.
PROPOSTA DE ATIVIDADES PARA EXPLORAR O GÊNERO TEXTUAL LITERÁRIO
Poem: “Where has my love gone?
(Charlotte Mew)
Well I woke up this morning, it was Chrismas day
And the birds were singing the night away
I saw my stocking lying on the chair
Looked right to the bottom but you weren’t there
There were
Apples
Oranges
Chocolates
….aftershave
but no you.
So I went downstairs and the dinner was fine
There was pudding and turkey and lots of wine
And I pulled those crackers with a laughing face
112
‘Till I saw there was no one in your place
There were
Mincepies
Brandy
Nuts and raisins
… mashed potatoes
but no you.
1. Look at the pictures carefully. Describe the people and the atmosphere. (obs:
apresentar uma gravura de jantar de Natal em família)
2. Which of the words below do we normally associate with Christmas?
YES
NO
Night X
Dinner X
Apples and oranges X
unhappiness X
Nuts and raisins X
Gifts X
Stockings X
Santa Claus X
Loneliness X
Brandy X
Laughing X
Wine X
3. Get more information about Christmas in the text below:
Text: Christmas
Christmas is the year’s happiest feast. It is the celebration of the birth of Jesus Christ, the son of God.
The exact day of Christ’s birth is not known, but about A.D. 350, the Bishop of Rome set December
25
th
as Christ’s birth date. All over the world Christmas is celebrated not only as a religious holiday, but
also as a time for families and friends to get together, feast, and exchange gifts.
At midnight on Christmas Eve many American Christians attend church services in honor to the birth
of Jesus Christ. Children stay up late and listen to groups of people who go from house to house,
singing traditional Christmas songs.
Early in the morning, the children get up to find the gifts that Santa Claus, the patron of children, left
for them. Homes are beautifully decorated with evergreen plants, lights bright in color and a large
Christmas tree, the center of holiday activities. Christmas is truly a special time. Neighbors visit with
one another, old friends get in touch and exchange greetings. Despite the day’s commercialization,
the message that stays in people’s heart is “peace on Earth, goodwill toward men”.
4. Write a paragraph about an important festival in your country or about Easter.
113
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (do Programa de Ensino do Município de Joinville):
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988.
_______. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
CELCE-MURCIA, Marianne. Teaching English as second language or foreign Language. Boston,
MA: Heinle & Heinle, 2001.
CHARADEAU, P. Language, culture et formation in lê Français dans lê monde. Revista Language
Culture et Formation, Paris, 1983.
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua
Estrangeira, 1998.
BROWN, H. Douglas. Teaching by principles: an interactive approach to language pedagogy.
White Plains, NY: Longman, 2001.
GAMBOA, Fran C. Artigo Teaching Young Children. http://richmondpark.net/themes/ acessado em
26/02/2007
HERRERA, Mário. Artigo Teaching Children: Some FAQs.
http://www.eltnews.com/features/kids/008_mh.shtml acessado em 26/02/2007
HOLDEN, Susan & ROGERS, Mickey. O ensino da língua inglesa. São Paulo: SBS, 2001.
KRASHEN, S. Teaching English to young learners. In: M. Murda-Celce, Teaching ESL. Cambridge:
Cambrige University Press, 2004.
LUCKESI, Cipriano. Filosofia da educação. São Paulo: Ed. Cortez, 2004.
OLIVA, F. The teaching of foreign languages. Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall Inc., 1969.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Proposta Curricular de Língua
Estrangeira Moderna. 2006
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE SANTA CATARINA. Proposta Curricular de
Língua Estrangeira Moderna. 2005
SOUZA, Lynn Mário Menezes de. Apostila Língua na Abordagem Comunicativa. São Paulo,
Yázigi, 1980.
SOUZA, Lynn Mário Menezes de. Apostila Ensino e Aprendizagem de uma Língua Estrangeira.
São Paulo, Yázigi, 1980.
SUPERVISOR RESPONSÁVEL
Silvana Pohl
ELABORAÇÃO
Adriana de Souza Machado
Dalmo Pereira de Santana
Eliane Borges de Oliveira de Azevedo
Jeane Ferreira Vidal Lima
Joseane Corrêa
Michely Branco Rita de Cássia Nunes Okonski
Silvana Pohl
Silvana Retzlaff de Moraes
Virginia Maria Boldo Lopes
EDIÇÃO E FORMATAÇÃO
Eloisa Corrente
114
ANEXO 4
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Professores de Língua Inglesa da rede Municipal de Ensino de Joinville
Pesquisador Responsável: Profº Dr. José Marcelo Freitas de Luna - (Mestrado em Educação Univali)
Telefone para contato: 047- 3341.7918 - e-mail: mluna@univali.br
Pesquisador Participante: Mst. Maristela Sell Claudino Deuschle (Mestrado em Educação Univali)
Telefone para contato: 047– 8407.0765 ou 047 – 3436.1014- e-mail: mariste[email protected]om
O (A) senhor (a) está sendo convidado(a) para participar, como voluntário (a), de
uma pesquisa. Após ser esclarecido(a) sobre as informações a seguir, no caso de aceitar
fazer parte do estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias. Uma delas é
sua e a outra é da pesquisadora responsável. Em caso de recusa, o (a) senhor (a) não será
penalizado (a) de forma alguma.
INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA:
Título do Projeto: O uso dos Gêneros Textuais no ensino e na aprendizagem de língua inglesa
Esta pesquisa deve trazer subsídios para a dissertação de mestrado da
pesquisadora acima mencionada. O objetivo do estudo é “Demonstrar a relação entre a
metodologia do uso dos gêneros textuais nas produções dos alunos do E e o grau de
aprendizagem que ocorre com a utilização dessa habilidade lingüística”. Em suma, o estudo
tenta refletir sobre a eficácia de se trabalhar com gêneros textuais nas aulas de língua
inglesa do E.
A pesquisa requer a busca de informações de campo, para tanto,
necessito que responda a um curto questionário com treze perguntas acerca do uso de
gêneros textuais em suas aulas de inglês. Responder ao questionário deve ocupar cerca de
cinco minutos, ficando a seu critério estender esse tempo.
Sua participação na pesquisa é voluntária e o questionário deve ser
respondido sem a interferência da pesquisadora para que não determine qualquer risco ou
desconforto, de forma presencial.
Por se constituir num estudo de caráter puramente científico, os dados do
questionário somente serão utilizados para os propósitos desta pesquisa. Também é
garantida a liberdade da retirada deste consentimento a qualquer momento, caso o
entrevistado se sinta desconfortável com as questões apresentadas. O entrevistado terá a
garantia de acesso em qualquer etapa do estudo, sobre qualquer esclarecimento de
eventuais dúvidas e o direito de ser mantido atualizado sobre os resultados parciais das
pesquisas. Caso seja solicitado, a pesquisadora dará todas as informações solicitadas.
As informações obtidas serão consideradas confidenciais, que as
identidades dos que responderem ao questionário serão mantidas em sigilo, conforme
prevêem as instruções da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.
Não existirão despesas ou compensações pessoais ou financeiras para os
participantes em qualquer fase da pesquisa.
o comprometimento da pesquisadora de utilizar os dados coletados
somente para o propósito citado e os resultados poderão ser veiculados através de artigos
científicos em revistas especializadas e/ou encontros científicos e congressos, sem nunca
tornar possível a identificação dos respondentes da pesquisa.
115
Os benefícios eventualmente originados a partir da divulgação do relatório da
dissertação de mestrado serão de caráter coletivo, abrangendo as áreas da Educação e
afins.
Em anexo, segue o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
para o devido preenchimento e assinatura.
Maristela Sell Claudino Deuschle Prof. Dr. José Marcelo Freitas de Luna
Mestranda Pesquisadora Orientador da Pesquisa
CONSENTIMENTO DE PARTICIPAÇÃO DO SUJEITO
Eu, _________________________________,
RG_______________, CPF ____________, docente da disciplina de Língua Inglesa
_____________________________, abaixo assinado, concordo em participar como
sujeito da pesquisa” O uso dos Gêneros Textuais no ensino e na aprendizagem
de língua inglesa”. Fui devidamente informado e esclarecido sobre a pesquisa, os
procedimentos nela envolvidos, assim como os possíveis riscos e benefícios
decorrentes de minha participação. Foi-me garantido ainda que posso retirar meu
consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer penalidade.
Joinville, ____ de ______________ de 2008.
Nome:
__________________________________________________________________
Assinatura: __________________________________________________
Telefone para contato: ________________________________________
117
ANEXO 5: AULAS DE OBSERVAÇÃO
Gênero textual: Critical Review
13/05/08 – terça-feira
A professora inicia com este gênero verbal no dia 13.05.08 dando
continuidade ao assunto que estava trabalhando, o Simple Past Tense na forma
afirmativa, interrogativa e negativa.
A professora solicita aos alunos que pesquisem no dicionário de língua
portuguesa, internet ou livros de português, a definição de:
- Resenha Crítica e Sinopse
Como atividade para a próxima aula a professora solicita aos alunos que
pesquisem na lista dos verbos irregulares e regulares (lista fornecida pela professora
a todos os alunos, conforme conta no anexo) os seguintes verbos:
Verb Translation Infinitive Simple Past
Encontrar
Fazer
Chorar
Começar
Ir
Ter
Ver
Beber
Dançar
Estudar
15/05/08 – quinta-feira
Neste dia os alunos fizeram uma prova bimestral.
....................................................................... School
Name.................................................................. n.:..........
Teacher............................................................. Grade: 8a. B
Date:…………………………………………………………..
118
1) Escreva a forma infinitiva e a tradução dos seguintes verbos:
VERB INFINITIVE TRANSLATION
Did
Was
Started
Laughed
hit
2) Escreva os verbos abaixo no Simple Past:
a) Hear: .................................................
b) Cry: ...................................................
c) Keep: ................................................
d) Make: ................................................
e) Help: ..................................................
3) Copie das questões 1 e 2:
a) Dois verbos regulares: .............................................................................
b) Dois verbos irregulares: ............................................................................
4) Escreva as frases na seqüência correta:
a) yesterday – visit – did – a – you – museum? ……………………………..
b) did – go – you – shopping – yesterday? …………………………………...
c) didn’t – buy – pencil – a – he ………………………………………………..
d) went – beach – to – she – the ………………………………………………
5) Marque (x) a resposta correta?
a) Em frases afirmativas no Simple Past usamos o verbo da:
( ) 1ª. coluna ( ) 2ª. coluna
b) Em frases negativas no Simple Past usamos:
( ) did ( ) didn’t
c) Em frases interrogativas no Simple Past usamos:
( ) did ( ) didn’t
20/05/08 – terça-feira
119
Nesta aula a professora permite aos alunos finalizarem o teste iniciado na aula
anterior. Após entregarem o teste a professora faz um “brainstorming movies” com
os alunos.
22/05/08 – quinta-feira
Neste dia não houve aula: feriado de Corpus Christi
27/05/08 – terça-feira
A professora entrega o teste para os alunos e os alunos fazem a correção do
mesmo. (Embora não haja registro no caderno da aluna, havia registro no diário de
classe da professora).
29/05/08 – quinta-feira
A professora faz a leitura de uma resenha sobre o filme “Encontrando
Forrester”.
Encontrando Forrester
Direção de Gus Van Sant. EUA: Columbia, 2000, 134 min., color.
“[...] a primeira versão você escreve com o coração; a segunda com a cabeça; o
segredo para escrever? Escrever.
“Encontrando Forrester” retrata a história de um adolescente negro, morador
do subúrbio de uma cidade norte-americana, que vê sua vida mudar ao conhecer um
famoso escritor avesso à popularidade.
Jamal é um estudante tímido, tira boas notas em literatura e tem ótimo
desempenho no basquete. Mas seu futuro é ameaçado pelas condições precárias
que a escola oferece, pela violência e pela pobreza com a qual convive diariamente.
Perto dali, um homem misterioso vive enclausurado no alto de um prédio. A
aproximação entre os dois personagens acontece de modo cauteloso, por
intermédio de interesses literários, até se estabelecer como uma sólida amizade.
Forrester representa o papel do mestre, do orientador e do conselheiro, instigando o
120
aprendiz a aperfeiçoar a escrita, ao observar a recorrência de idéias presas, clima
pungente, palavras baratas e da busca pela especificidade. Ele incita Jamal a
respeitar o leitor do texto ao emitir algumas observações como: indigno desse leitor,
quero ajudar o autor, [trecho] engasgado.
Mas, os encontros desencadeiam trocas que ultrapassam a finalidade
estilística. Jamal aprende a acreditar mais na própria capacidade. E a admiração
pelo empenho e pelo talento do estudante faz com que Forrester também se coloque
no papel do aprendiz, mostrando que a literatura e a vida têm mais em comum do
que apenas o estilo. Simplesmente imperdível!
Após a leitura da Resenha, professora e alunos conversam a respeito do
assunto e a professora ressalta os aspectos mais importantes que devem compor
uma resenha.
Na seqüência a professora passa umas atividades no quadro:
1a) Liste 5 filmes preferidos
1b) Por que esses filmes são interessantes? O que (quais aspectos) os
tornam bons filmes?
1c) Quais critérios tornam os filmes populares entre os expectadores?
Os alunos respondem as questões e após é feita a correção e discussão das
mesmas.
03/06/08 – terça-feira
Neste dia a professora passa no quadro o conteúdo para a prova bimestral do
dia 12.06.08.
Conteúdo para a prova:
The Simple Past – verbos regulares e irregulares
Formas: afirmativa, negativa e interrogativa de frases no Simple Past (did, didn’t)
Sinopse e resenha
A professora passa mais uma atividade.
Activity 2: Reflection on the genre movie review:
Com base na pesquisa e conversa sobre resenha, responda:
2a) Quem em geral escreve esse gênero textual?
121
2b) Com que propósito?
2c) Com base em quais informações escreve?
2d) Onde podemos encontrar esse gênero, ou seja, por qual/quais meios é
veiculado?
2e) Quem lê esse gênero e por que o faz?
2f) Que tipo de influência o leitor poderá sofrer a partir dessa leitura?
05/06/08 – quinta-feira
A professora faz a correção e discussão das atividades 1 e 2 dadas na aula
anterior. (Consta no caderno da aluna que as atividades foram corrigidas).
10/06/08 – terça-feira
A professora faz a revisão para a prova bimestral e passa uma atividade, no
quadro, para os alunos fazerem em casa.
Activity 3: The review of the film Bang Bang you’re Dead.
3a) Vamos ler a resenha do filme Bang Bang you’re Dead nas próximas aulas. Qual
parece ser a história desse filme? O gênero? Tente imaginar e escreva algumas
idéias.
3b) Você teve a oportunidade de ler uma resenha de filme? Se sim, quando e
onde. Em caso negativo porque não leu?
3c) Você acha importante ter acesso a esse tipo de leitura?
12/06/08 – quinta-feira
Neste dia os alunos fazem a prova bimestral, conforme consta abaixo:
(nome da escola)
Teacher:....................................................
Name:.................................................................................. No.:.....................
Date:................................................................................... Grade: 8ª. B
122
Avaliação Bimestral de Inglês – 2o. Bimestre
1) Com base nos estudos feitos até agora sobre resenha crítica de filme, complete as
sentenças com as informações que faltam: (4.0)
a) As resenhas críticas são normalmente escritas por:...............................................
b) As resenhas são normalmente publicadas em.........................................................
c) As resenhas são lidas por..........................................................................................
d) Ao ler uma resenha poderei.....................................................................................
2) Qual é a diferença entre uma resenha crítica e uma sinopse de filme? (2.0)
........................................................................................................................................
3) Complete as frases com as palavras do quadro abaixo: (4.0)
4)
did – didn’t – played – ate
a) The students ................................ volleyball yesterday.
b) ................. you study for the English test?
c) The students ………………………………. do the homework.
d) I ……………….. a delicious spaghetti for lunch yesterday.
17/06/08 – terça-feira
Nesta aula os alunos começam a assistir ao filme “Bang, Bang, You’re Dead”.
19/06/08 – quinta-feira
Nesta aula a professora dá continuidade ao filme.
24/06/08 – terça-feira
Neste dia os alunos terminam de assistir ao filme e após o término do mesmo,
a professora pede aos alunos que dêem a sua opinião.
123
26/06/08 – quinta-feira
Nesta aula professora e alunos discutem a respeito do filme “Bang, Bang,
You’re Dead”. Após a discussão, a professora entrega aos alunos xerox de uma
resenha do filme e fazem a leitura da mesma, conforme abaixo:
Bang, Bang, You’re Dead (2002)
Review Summary
Inspired by a play that has been presented dozens of times to middle-and high
school students throughout the United States, Bang, Bang, You’re Dead ponders the
possible reasons that outwardly “normal” teenagers periodically resort to Columbine
style violence. The focus here is on Trevor Adams (Ben Foster), an intelligent but
hypersensitive high schooler whose troubled past has designated him “at risk”.
Feeling persecuted by those stronger and more popular than himself, Trevor has
already run afoul of classmates and teachers alike by making death threats against
the school football team. Now he has aligned himself with a group of fellow
“outsiders” who call themselves the Trogs. Indulging in prankery that runs the gamut
from merely irritating to potentially dangerous, Trevor and the Trogs plan an all-out
deadly assault against their so-called enemies. Although the script points out that
peer pressure and bullying has gone beyond the point of harmlessness in today’s
society it is careful not to blame any one person or group for what ultimately happens
to Trevor; even Trevor himself is shown to be comprised of equal parts villain and
victim. First screened at the Seattle International Film Festival, Bang, Bang, You’re
Dead formally premiered October 13, 2002, over the Showtime cable network. ~Hal
Erickson, All Movies Guide.
Movie Details
Title: Bang, Bang, You’re Dead
Running Time: 87 minutes
Country: USA
Genre: Teen Movie, Social Problem Film
01/07/08 – terça-feira
124
A professora entrega uma folha com atividades para cada aluno, para que
estes respondam baseados no filme que assistiram e na leitura da resenha feita na
aula anterior.
Bang, Bang, You’re Dead
Studying the elements of a movie review
1a. Scan the text to complete the chart below:
11
- Nome do filme
12
- Atores principais
13
- Local em que a história se passa
14
- O filme foi baseado em quê?
15
- Tempo de duração do filme
16
- País de produção do filme
17
- Ano de lançamento do filme
18
- Censura do filme
19
- Gênero
20
- Nome do resenhista
Reading comprehension
2a. Read the review again and answer the following questions in Portuguese:
7- Quem é Trevor Adams? ……………………………………………………………………
8- Que tipo de garoto ele é? .............................................................................................
9- Por que ele é considerado um risco para a comunidade escolar na qual está
inserido?
.......................................................................................................................................
10- Que relação existe entre Trevor e os The Trogs? O que eles planejam fazer?.............
11- Trevor é: agressor, vítima ou ambos? ...........................................................................
12- O filme traz a tona que tipo de assunto? .......................................................................
Learning some aspects of a movie review
De acordo com Ulisses Infante, autor de do Texto Ao Texto (Ed. Scipione):
“Resenhar é, basicamente, resumir as características de um objeto um quadro,
125
uma escultura, um livro, um filme, um CD, etc. e também opinar sobre o mesmo. É
fundamental, no entanto, que o posicionamento do crítico se apresente como
desenvolvimento natural de uma argumentação consistente”.
3a. Read the review very carefully, observing the following aspects:
1. Quais trechos contêm informações sobre o filme? Que proporção do total essas
passagens ocupam?
2. Quais são as partes opinativas? Elas surgem por acaso ou estão contextualizadas
e bem justificadas?
3. Os comentários são positivos, negativos ou neutros? Que expressões explicitam
essa posição?
03/07/08 – quinta-feira
Nesta aula a professora fez a correção das atividades dadas na aula anterior
e passou nova atividade conforme consta a seguir.
- Produza uma resenha do filme Bang, Bang, You’re Dead.
- Organize o texto em 3 parágrafos:
* introdução: abertura que contém informações gerais sobre o filme;
* desenvolvimento: resumo mais ou menos detalhado da história do filme;
* conclusão: comentário/opinião com interpretação e recomendação.
Tenha em mente ao escrever que o público alvo será adolescente e pais de
adolescentes.
Também faça um título para a resenha.
08/07/08 – terça-feira
Neste dia os alunos não tiveram aula, motivo: Conselho de Classe.
10/07/08 – quinta-feira
126
Neste dia os alunos começam a produzir a suas próprias resenhas, em
português, sobre o filme Bang, Bang You’re Dead. A produção será efetuada em
dupla e deverá ser apresentada para a classe ao término das mesmas.
15/07/08 – terça-feira
Continuação da produção das resenhas em dupla.
17/07/08 – quinta-feira
Continuação da produção das resenhas em dupla.
Observação:
As aulas acima descritas não foram observadas pela pesquisadora, porém,
por se tratar do mesmo gênero que teve continuidade após o recesso escolar,
período em que a pesquisadora deu início às observações, sentiu-se a necessidade
de estar descrevendo-as o mais fidedignamente possível. Desta forma, contamos
com a contribuição da professora para alguns esclarecimentos e através de dados
obtidos com as anotações realizadas por uma aluna em seu caderno.
22/07/08 – terça-feira: Recesso Escolar
24/07/08 – quinta-feira: Recesso Escolar
29/07/08 – terça-feira
A professora inicia a aula com uma conversa com os alunos sobre as férias.
Após os alunos concluírem suas falas, todos fazem a oração do Pai Nosso, em
inglês, desde o sinal da cruz até o final da mesma.
A professora cobra dos alunos que ainda não entregaram o trabalho escrito,
(uma resenha crítica sobre um filme que os mesmos assistiram anteriormente), o
trabalho foi desenvolvido em dupla. Na próxima aula cada dupla deverá apresentar o
trabalho para seus colegas de sala.
A professora explica como deverá ocorrer a apresentação oral dos trabalhos:
se é ou não um bom filme; se a resenha foi ou não bem escrita; se a resenha
127
apresenta: introdução (abertura, comentário geral sobre o filme), desenvolvimento (o
resumo do filme) e conclusão (comentários, opiniões e recomendações).
Na seqüência os alunos se reúnem em grupos (alguns na sala de aula, outros
no pátio da escola e outros se sentam nos corredores) para finalizarem seus
trabalhos e se prepararem para as apresentações.
A professora orienta e esclarece os alunos que manifestaram dúvidas indo a
seus lugares. Alguns alunos vão até a mesa da professora e solicitam que a mesma
leia suas resenhas para se certificarem que a mesma está correta. Após orientarem
aqueles alunos que solicitaram ajuda, a professora vai até aos demais grupos para
verificar se está tudo bem e se os mesmos não apresentam nenhuma dúvida.
A professora solicita que todos os alunos voltem aos seus devidos lugares,
para que ela possa repassar algumas informações gerais. Todos ocupam seus
lugares e a professora pergunta se alguém ainda tem alguma dúvida, como a
resposta foi negativa, a mesma lê uma resenha e dá mais algumas sugestões para o
grupo. Na seqüência, a mesma relembra que as apresentações iniciarão na próxima
aula e que todos deverão estar preparados. Cobra mais uma vez, o trabalho escrito
daqueles alunos que ainda não entregaram o seu material.
A professora pede ao representante da turma para que este faça a chamada
do dia e anota os nomes dos alunos que não compareceram à aula neste dia.
Bate o sinal avisando que a aula terminou, os alunos arrumam seu material e
saem da sala, dando lugar a uma nova turma de alunos.
Observação: Nesta escola existe uma sala de aula específica para a disciplina de
língua inglesa, desta forma, são os alunos que trocam de sala e não o professor
como ocorre na maioria das escolas municipais de Joinville.
31/07/08 – quinta-feira
Nos primeiros quinze minutos desta aula, os alunos se dirigiram ao Auditório
para tratarem de alguns assuntos referentes à formatura em companhia dos
professores regentes de cada turma.
Após esse tempo, todos se dirigem para a sala de aula, a professora aguarda
até que todos se acomodem em seus lugares para dar início à aula.
128
A professora cumprimenta a todos com um “Good afternoon” e dois alunos lhe
solicitam a atenção. A mesma conversa com os dois alunos e em seguida
cumprimenta-os novamente, pedindo silêncio.
A professora começa e recolher os trabalhos escritos e guarda-os dentro de
seu diário de classe. Na seqüência ela combina com os alunos como será a
avaliação das apresentações. Fica combinado que as apresentações valerão cinco
pontos no máximo e que os outros cinco pontos farão parte de outra atividade a ser
realizada.
Neste momento, uma aluna de outra turma, interrompe a aula para dar um
recado, o que gera confusão e indignação por parte dos alunos. A professora
acalma a todos e explica como será feita a apresentação dos grupos. A dupla que
irá apresentar o trabalho deverá se intercalar na leitura do mesmo, os demais alunos
deverão prestar atenção e ao final da apresentação deverão contribuir com seus
comentários e opiniões. Lembra que os comentários deverão ser pertinentes ao
assunto abordado, sem brincadeiras ou gracinhas e que os comentários deverão ser
feitos para enriquecimento dos trabalhos.
A professora passa no quadro a agenda do dia:
Date: July 31st, 2008
Thursday
The weather is cloudy!
Agenda:
Leitura das resenhas
A professora anota no quadro a ordem das apresentações:
1º Grupo: (ninguém quer ser o primeiro a se apresentar)
2º Grupo: Jéssica
3º Grupo: Maria Helena
4º Grupo: Andrey
5º Grupo: Thaynara
6º Grupo: Lizandra
7º Grupo: Angela
8º grupo: Aron
9º Grupo: Cauê
10º Grupo: Lucas
129
11º Grupo: William
A professora pede aos alunos que tenham capricho na leitura, que leiam com
calma e devagar. Como não ninguém se candidatou à primeira apresentação, inicia-
se pelo 2º grupo, da Jéssica.
A ssica inicia a apresentação e elas se revezam na leitura, elas vão
intercalando os parágrafos. Após terminarem os demais alunos a aplaudem. A
professora solicita aos demais alunos que estes façam seus comentários.
Comentários gerais dos alunos: o final foi legal; o texto estava bem escrito; foi bem
legal a forma como os alunos (do filme) viam o personagem principal.
A professora pergunta aos alunos se o texto tinha introdução, desenvolvimento e
conclusão, todos dizem que sim.
Um aluno comenta que elas escreveram mais sobre a peça de teatro (que ocorre
durante o filme) do que sobre o filme em geral. A professora explica que o filme foi
baseado em uma peça de teatro.
Neste momento a Diretora Adjunta interrompe a aula para dar um recado, os
alunos ficam agitados e a professora pede que façam silêncio.
A professora faz o seu comentário sobre a apresentação ressaltando que
faltou explorar um pouco mais sobre a produção do filme em geral.
A professora solicita que o próximo grupo faça a sua apresentação, porém
uma aluna a informa de que faltam cinco minutos para terminar a aula e que não
dará tempo para a leitura e comentários.
A professora concorda com a aluna e relembra a todos que estejam
preparados para a continuação das apresentações na próxima aula. Neste momento
ela faz a chamada e os alunos guardam seu material.
05/08/08 – terça-feira
A professora cumprimenta os alunos: Good afternoon; How are you?
Esclarece algumas dúvidas sobre os greetings (you’re welcome), por exemplo.
Pede aos alunos que façam a oração do Pai Nosso (em inglês) agradecendo a Deus
pela oportunidade de estarem na escola, com saúde e que seja uma tarde bem
proveitosa.
130
A professora coloca no quadro a ordem das apresentações determinadas na
aula anterior, porém três alunas refazem a ordem da mesma, ficando então a
seguinte seqüência:
2º Maria Helena
3º Ângela
4º Thayane
5º Lizandra
6º Andrey
7º Aron
8º Cauê
9º Lucas
10º William
O segundo grupo a se apresentar foi o da Maria Helena, este grupo estava
composto por três alunas. Elas fazem a apresentação se revezando na leitura, após
terminarem, os demais as aplaudem. A professora solicita que os demais colegas
façam seus comentário de forma organizada e que fala somente um de cada vez.
Comentários gerais dos alunos sobre a apresentação: elas deveriam ter falado mais
sobre a peça; outros dizem que elas deveriam ter explorado mais a parte sobre o
ataque; outro diz que foi bem redigido o texto. A professora questiona se elas deram
sua opinião sobre o filme, uns dizem que sim, que elas disseram que o filme foi bem
realista. Na parte sobre a divulgação do filme houve um pouco de controvérsia,
sendo que uns falaram que não foi explorada, a professora esclarece então que este
filme foi produzido para a TV por assinatura e não um filme para ser visto nos
cinemas. A professora pergunta também se a resenha crítica que elas escreveram
tinha a parte da introdução, desenvolvimento e conclusão, todos concordaram que
sim.
O terceiro grupo a se apresentar é o grupo da Ângela, elas fazem também o
revezamento durante a leitura da resenha crítica. Assim que terminam a leitura são
aplaudidas pelos demais alunos. Antes mesmo de a professora solicitar que se
façam os comentários, um aluno dá a sua opinião dizendo que elas escreveram mais
sobre os personagens do que sobre a peça em si (a dupla se defende dizendo que
se elas falassem mais sobre a peça, não seria mais necessário assistir ao filme);
131
outro aluno concorda com as meninas dizendo que a resenha crítica não pode falar
muito a respeito do filme e nem sobre os personagens. Todos aplaudem. A
professora comenta a apresentação das meninas informando às mesmas que o filme
não demonstra o massacre, mas que a peça em si foi baseada em um massacre e
que as mesmas deveriam rever o seu texto.
A professora chama a atenção para as conversas paralelas que estão
ocorrendo durante as apresentações e pede mais colaboração dos alunos.
O quarto grupo é o da Thayane, elas também intercalam a leitura do seu
texto. Após terminarem, todos aplaudem. A professora solicita aos alunos que estes
façam os seus comentários. Comentários gerais: um aluno diz que a resenha tinha
início, meio e fim; outro diz que elas falaram um pouco sobre o filme e um pouco
sobre a peça e que ficou legal. A professora pergunta o que é esse “ficou legal”, o
aluno diz que ficou legal por que ficou bem dividido, a resenha tinha introdução,
desenvolvimento e conclusão. A professora então coloca que foi legal porque foi fácil
de entender, elas foram objetivas, que o texto estava correto, bem escrito mesmo
sem apontarem as partes importantes e emocionantes do filme, que elas souberam
escolher bem os detalhes a serem informados. A professora explica aos alunos que
quando dizemos que é legal, porque é legal, devemos nos justificar e acrescenta
que a apresentação das duas meninas, por ser a primeira vez, estão se saindo muito
bem.
Quinta apresentação, Lizandra e Taize fazem a leitura revezando-se também.
Um aluno pede que as meninas façam a leitura mais devagar. Elas continuam dessa
vez mais pausadamente, ao final os demais alunos aplaudem. A professora pede
que se façam os comentários. Um aluno diz que foi muito legal outro afirma que
estava um show. A professora faz seu comentário dizendo que elas exploraram
bastante na parte que ela tem que dar sua opinião e que apenas faltou um linking
entre o parágrafo do desenvolvimento e o da conclusão. Outro aluno se manifesta
dizendo que elas não falaram nada a respeito do ataque. A professora justifica que
cada um tem o seu olhar sobre o filme, assim cada um irá escrever de uma forma
diferente.
A sexta dupla a se apresentar é do grupo do Andrey. Eles iniciam a leitura e
um aluno pede que leiam mais alto. A professora interrompe e pede aos demais
132
alunos que façam mais silêncio e justifica que o amigo que está lendo está usando
aparelho nos dentes e que isso dificulta a dicção, dessa forma todos devem
colaborar fazendo mais silêncio. Os meninos iniciam a leitura em um tom mais alto e
ao concluírem todos aplaudem. A professora pede que façam os comentários. Um
aluno diz que foi legal. A professora pergunta qual foi a opinião deles a respeito do
filme. Um aluno diz que não percebeu nada sobre a opinião deles; outro diz que
eles exploraram mais uma parte do filme e outro complementa dizendo que não
pode falar somente sobre uma parte do filme, mas falar no geral; outro diz que eles
não fizeram a indicação do filme, ficou sem dizer para quem o filme é indicado. A
professora corrige dizendo que houve indicação porem não houve a opinião da
dupla a respeito do filme e que uma resenha crítica não deve conter apenas os
pontos positivos e pontos negativos do filme, mas que eles devem dar a sua
contribuição também. A professora informa que eles fizeram resenha critica na
disciplina de Português também. Um aluno confirma dizendo que sim, mas que não
era de um filme, mas sim de um livro.
O sétimo grupo é do Aron, eles dividem a leitura da resenha critica e
terminam dizendo que o filme é muito bom. Todos aplaudem. A professora diz que
faltou eles explicarem por que é muito bom e para quem eles indicariam o filme.
Eles respondem oralmente e a professora diz que essa resposta deveria estar
escrita no trabalho. Ela também comenta que faltou a opinião da dupla, que eles não
colocaram suas opiniões na resenha e que para uma próxima vez eles procurassem
melhorar estes aspectos levantados.
A professora anota no quadro a agenda do dia: Leitura das resenhas critica.
Bate o sinal, todos guardam seus materiais e saem da sala.
07/08/08 – quinta-feira
A professora cumprimenta a todos dizendo “Good afternoon” e todos
respondem ao cumprimento em inglês também. A professora pergunta: “How is your
Day?” sendo que uns respondem: horrível. A professora escreve no quadro: “Why do
you say your days have been horrible?” Alguns respondem em português. A
professora fala que eles devem procurar tornar seus dias melhores e cita a música
133
do Bob Marley: “Don’t worry, Be happy”. A professora os convida a fazerem a oração
do Pai Nosso e como de costume, todos fazem a oração do Pai Nosso em inglês.
Professora fala: Let’s continue our presentation. Who was the last group? Who Will
be the next? Anota no quadro a seqüência das apresentações:
Cauê
Lucas
William
Karina
Danilo
Camila
Manuela
Fernando
Wellington
Observação: neste dia alunos que ainda não haviam se manifestado para a
apresentação deram seus nomes para participarem.
A próxima apresentação é a dupla do Cauê, este grupo é composto por três
integrantes e os três se revezam na apresentação. Após terminarem são aplaudidos.
A professora solicita que se façam os comentários. Comentários dos alunos: eles
comentaram bem sobre o filme, sobre as idéias do filme; foi um dos melhores,
explorou bem, foi o mais detalhado. A professora comenta que foi mais uma análise
do comportamento do Trevor (personagem principal). Outro aluno comenta que não
tem graça dizer que ele é agressivo, assim quem é que irá querer assistir o filme? A
professora pergunta se tem mais algum comentário, além de acharem que está bem
escrito. Um aluno comenta que não é bem escrito, mas bem elaborado. A professora
conclui que a equipe fez uma análise bem mais profunda, exploraram aspectos até
agora não explorados, que conseguiram narrar bem às idéias deles.
A próxima dupla é a do Lucas, sendo a leitura da resenha dividida entre os
dois. Um dos componentes a sua parte rindo durante a apresentação. (A
apresentação ficou meio truncada, o texto parecia não estar bem organizado e o
aluno se perdeu várias vezes durante a sua apresentação). A professora pede que
se façam os comentários. Um aluno diz que não entendeu nada, que não conseguiu
134
escutar nada. A professora pede a dupla que passem o seu texto a limpo e que
deverão fazer uma nova apresentação na próxima aula.
Os próximos a se apresentarem são o William e a Jéssica, como o William
não estava presente neste dia, a Jéssica fez a apresentação sozinha. Após terminar,
todos aplaudem. A professora solicita os comentários. Um aluno diz que a
apresentação foi ótima; outro diz que ficou muito vago. A professora questiona
porque, este se justifica dizendo que ela não falou sobre a peça de teatro, que não
falou muito do filme. A professora diz que não se deve comentar o filme inteiro.
Outro aluno completa dizendo que não se deve comentar muito sobre o filme, e nem
sobre a peça. A professora concorda e diz que a introdução não ficou bem completa,
que faltou algo.
A próxima dupla a se apresentar é da Karina. As alunas intercalam a leitura e
ao terminarem são aplaudidas. A professora pergunta qual é o tema. Elas
respondem que é violência. A professora explica que elas não deixaram muito claro
na introdução e que usaram o termo “Bullying” e não explicaram o que significa. A
professora comenta que faltou amarrar um pouco mais as idéias, que faltou explicar
um pouco mais alguns detalhes.
Danilo e seu colega são os próximos a se apresentarem. A professora faz um
comentário antes da apresentação dizendo que o texto dele (Danilo) está igual ao da
sua irmã, inclusive com o mesmo título (ambos estão na oitava série que em
salas separadas e todas as turmas de oitavas ries fizeram o mesmo trabalho). O
aluno se defende dizendo que não foi ele quem copiou e sim sua irmã que copiou o
trabalho dele. A professora diz então que foi uma produção conjunta. Os dois
alunos fazem a sua apresentação dividindo a leitura e ao final todos os demais os
aplaudem. A professora comenta que gostou do título, achou interessante, pois
foram os primeiros a fazerem o trabalho informando o título do mesmo. Em seguida
pergunta se comentários. Um aluno diz que está show de bola, outro, que está
muito bom e um terceiro diz que a resenha ficou muito bem elaborada. A professora
finaliza os comentários dizendo que eles souberam explorar bem as idéias e que o
texto ficou bem claro.
135
A dupla seguinte a se apresentar é a da Camila. Antes de iniciarem a
professora solicita que façam silêncio e chama a atenção de alguns alunos devido a
conversas paralelas em um tom muito elevado. As meninas intercalam a leitura
(lêem um pouco rápido) e ao finalizarem são aplaudidas. A professora comenta que
elas fizeram uma pequena confusão no final da apresentação e explica para ambas
o que de fato ocorreu no filme, relembrando-as. Alguns alunos também colaboram
na correção informando algumas passagens do filme.
Observação: cada aluno possui uma cópia da resenha em seus cadernos e a
professora também possui uma pia de cada resenha apresentada. Antes de
terminar a aula a professora relembra quais duplas ainda terão que se apresentar na
aula seguinte.
12/08/08 – terça-feira
A professora cumprimenta a todos dizendo Good afternoon! Lets thanks God
for this beautiful day. Na seqüência todos fazem em inglês a oração. O grupo da
Manuela não irá se apresentar porque a aluna está faltando e eles não concluíram a
sua resenha. A professora solicita ao Bruno (companheiro da Manuela) que este
termine a sua resenha sozinho e faça a sua apresentação na próxima aula.
A próxima apresentação é o grupo do Fernando. Os dois intercalam a leitura
(um aluno estava meio atrapalhado durante a leitura porque havia esquecido seu
caderno e teve que fazer sua apresentação lendo no caderno do colega, que por
sinal deveria estar desorganizado, pois o mesmo se perdeu algumas vezes durante
a apresentação). Ao final todos aplaudem e um aluno diz que a leitura estava
confusa. A professora comenta sobre a falta de preparo para as apresentações,
sendo que todos tiveram tempo suficiente para se prepararem e que ela não está
avaliando a leitura, mas sim o conteúdo dos trabalhos. Uma aluna pergunta se a
professora irá verificar quem trouxe os dicionários (os alunos devem trazer para as
aulas de inglês seus dicionários, a professora verifica quem os trouxe e anota no
diário de classe, isso conta pontos positivos para avaliações futuras) o assunto se
desvirtua causando alvoroço entre os alunos, mas a professora retoma o assunto de
onde haviam parado. Pede que façam seus comentários. Um aluno diz que não deu
para entender muito bem; outro diz que faltou mais atenção tanto da turma para
136
ouvir, quanto da dupla ao se apresentar. A professora comenta que faltaram mais
informações a respeito do filme
O último grupo do dia a se apresentar é o do Wellington. Fazem a
apresentação e ao final todos aplaudem. A professora solicita os comentários. Um
aluno diz que ficou muito bom o resumo; outro diz que foi muito bem escrito; outro
diz que ficou muito legal e outro diz que faltou a conclusão. A professora faz alguns
comentários a respeito da escrita do texto, como por exemplo, a grafia da palavra
“bom” escrita como “boum” o aluno justifica que é assim que ele escreve no MSN. A
professora comenta sobre a importância de se escrever corretamente e também
sobre melhorar a caligrafia e que não podemos utilizar a linguagem usada no MSN
em produções escolares e que a mesma só deve ser utilizada em seu próprio
espaço que é o MSN.
Os alunos pedem para a professora falar as notas das apresentações. A
professora diz que a nota das resenhas é cinco (5.0) para todos, que ela não irá
descontar nada de ninguém. O que ela considerou foi a apresentação, a participação
e a produção dos textos.
A professora anota no quadro:
Date: August 12th, 2008
Tuesday
The weather is sunny!
Agenda:
English Test: (A professora explica como se o teste. Pede para que os
alunos tragam o dicionário. O teste será elaborado com perguntas sobre o
texto de uma resenha de outro filme).
Conteúdo: resenha
Data: 21/08 (quinta-feira)
Organização textual
Atividades:
3. Organização do texto da resenha do filme BANG BANG YOU’RE DEAD
3a. Essa resenha está dividida em três partes, porém escrita em um único parágrafo.
Identifique as linhas que apresentam cada uma das partes:
1ª. Parte: introdução: linha um até...
137
2ª. Parte: desenvolvimento: linha... Até...
3ª. Parte: conclusão: linha: ... Até...
A aula termina e a atividade fica como tarefa para a próxima aula.
14/08/08 – quinta-feira
Nesta aula as meninas chegaram 20 minutos mais tarde porque estavam na
quadra de esportes conversando com as supervisoras e orientadoras a respeito de
uma mensagem (de nível muito baixo) que está circulando pelo MSN sobre uma
aluna da série desta escola. A professora aguarda a chegada das meninas e
dialoga com alguns alunos, sendo que estes estão curiosos a respeito da conversa
que as meninas estavam tendo.
As meninas retornam e aula inicia.
A professora cumprimenta a todos dizendo: Good afternoon, fazem a oração
e em seguida a professora cobra a tarefa dada na aula anterior. Uma aluna lembra
que a professora deve vistoriar se todos trouxeram o dicionário. A professora inicia a
correção da atividade indicando um aluno para que responda a parte. A
professora pergunta ao Luiz em qual linha se encontra a parte da Introdução, este
responde que não fez a tarefa. O Danilo diz que está entre as linhas um a sete.
Karina, onde se encontra o desenvolvimento? Esta diz que está entre as linhas sete
a dezenove. A professora diz que está quase lá. Outro aluno responde que está
entre as linhas sete e quinze. A professora anota no quadro a seqüência correta das
respostas:
1ª parte: Introdução de um até sete.
2ª parte: Desenvolvimento de sete até 15.
3ª parte: Conclusão: de 15 até 21.
Feita a correção, anota no quadro a agenda do dia.
Date: August 14th, 2008.
Thursday
Atividade:
3b. Faça uma leitura com mais atenção da resenha e responda:
1) Que informações há na introdução?
138
2) Que informações há no desenvolvimento?
3) Que informações aparecem na conclusão?
Antes de responderem, Bruno irá fazer a leitura da sua resenha. O aluno faz a sua
leitura e ao terminar é aplaudido por todos. A professora pede que se façam os
comentários. Um aluno comenta que ele fez bem resumido, mas que tinha as
informações necessárias. Outro diz que até o deles ficou maior que o do Bruno. A
professora dá por encerrada a apresentação e solicita que os alunos façam a
atividade em dupla. Enquanto os alunos se organizam para trabalharem em dupla a
professora faz a chamada. Em seguida passa pelas carteiras verificando quem
trouxera para a aula o dicionário de inglês. Como está quase no final da aula, ela
solicita que todos tragam a atividade pronta para a próxima aula.
19/08/08 – terça-feira
Esta aula não foi observada, cópia do caderno de uma aluna (atestado médico).
Date: August 19th, 2008.
Tuesday
The weather is sunny!
Agenda:
Correção dos exercícios
English test 21/08
Resenha:
- Palavras cognatas
- Ficha técnica – informações sobre o filme
- Organização – parágrafos
- Resumo – opinião
Nesta aula a professora faz a correção dos exercícios dados na aula anterior e
faz também uma revisão para a prova que será realizada na próxima aula.
21/08/08 – quinta-feira
Esta aula não foi observada (atestado médico).
139
A professora nesta aula aplicou um teste com os alunos. O teste refere-se a
uma resenha crítica, em inglês, do filme “Finding Nemo”. Os alunos devem ler a
resenha e responder as perguntas elaboradas pela professora.
...................................................................... School
Teacher:...........................................................
Name:.............................................................. no.:................
Date:................................................................ Grade:....................
Você irá ler uma resenha crítica de um filme (movie review). Após a leitura, responda
as questões propostas.
FINDING NEMO
REVIEW SUMMARY
Pixar Animation Studios’ wonderful
new aquatic fable tells the story of
Marlin (Albert Brooks), a nervous,
fearful clown fish searching the big,
wide ocean to find his rebellious son
Nemo (Alexander Gould), who was
scooped up by a fisherman. The
movie’s stunningly rich visualization of
an undersea wonderland is matched
by a sense of humor that is fresh, sure
of itself, and devoid of the cutesy,
saccharine condescension that drips
through so many family comedies.
The wittiest characters are Marlin’s
absent-minded traveling companion,
Dory (Ellen DeGeneres a cheery blue
tang afflicted with short-term memory
loss, and Bruce (Barry
Type: Animated
Distributor: Walt Disney Pictures Release
Date: May 30, 2003
Rating: G (Excellent For Children)
Running Time: 100 minutes
Starring: Albert Brooks, Ellen DeGeneres,
Alexander Gould, Willem Dafoe, Brad
Garret
Directed by: Andrew Stanton, Lee Unkrich
Humphries), a scary Great White Shark
who has adopted a 12-step program to
curb his insatiable appetite for other fish.
The movie is not quite up to the level of
the “Toy Story” movies but almost.
Stephen Holden, The New York Times.
N.Y. Times Review by Stephen Holden
140
6) Busque na ficha técnica do filme e no texto da resenha as seguintes informações:
(4,0)
a) Nome dofilme:................................................................................
b) Nome do diretor do filme:................................................................
c) Censura do filme:.............................................................................
d) Nome do personagemprincipal:.............................................................
7) Com base na leitura da resenha, responda: (6,0)
a) O resenhista faz elogios ao filme acima mencionado, logo a sua crítica é positiva.
Quais linhas do texto apresentam a opinião do resenhista?...................................
b) Quais palavras descrevem o personagem principal?......................................
c) Que tipo de animal é Nemo? (Use palavras do texto).......................................
d) Quais linhas da resenha apresentam o resumo da história?.............................
e) Qual é a relação que existe entre Nemo e o personagem Marlin, isto é, o que um
é do outro?...........................................................................................
f) Circule no texto somente 4 (quatro) palavras cognatas.
26/08/08 – terça-feira
Esta aula não foi observada, cópia do caderno de uma aluna (atestado médico).
Date: August 26th, 2008.
Tuesday
The weather is cloudy!
Agenda:
Entrega dos testes e correção
The Simple Present
Activity:
4) Em qual tempo verbal as resenhas são escritas?
R.: presente
4a. Normalmente em resenhas de livros e de filmes costuma-se empregar o tempo
verbal Presente Simples (Simple Present Tense). O Simple Present foi alvo de
nossos estudos na 6ª. Série quando estudamos o gênero textual Carta de Pedido de
Conselho. Você se lembra? Não? Então vale recordar!
141
Observe: exemplos de verbos conjugados no tempo verbal Simple Present Tense na
seguinte passagem do texto:
1. “Bang Bang you’re Dead ponders the possible reasons that out worldly
“normal” teenagers resort to Columbine – style violence”.
Bang Bang You’re Dead mostra as possíveis razões que adolescentes
aparentemente normais apelam para o tipo de violência no estilo de
Columbia.
28/08/08 – quinta-feira
Esta aula não foi observada, cópia do caderno de uma aluna (atestado médico).
Date: August 28th, 2008-12-02
Thursday
Today is sunny!
Agenda:
The Simple Present
Agora responda:
Porque o verbo “ponders” de “To ponder” recebe um “s” e o verbo “resort” de “To
resort” não recebe?
Pag. 90 - Grammar
Porque ele está na 4ª. Pessoa (resposta da aluna).
Grammar: The Simple Present Tense
Affirmative Form Negative Form Interrogative Form
SINGULAR
I live I don’t Do I
You live You don’t Do you
He lives in Brazil He doesn’t live in Brazil Does he live in Brazil?
She lives She doesn’t Does she
It lives It doesn’t Does it
142
PLURAL
We live We don’t Do we
You live in Brazil You don’t live in Brazil Do you live in Brazil?
They live They don’t Do they
02/09/08 - terça-feira
A professora cumprimenta a todos com Good afternoon. Conversa com
alguns alunos e pede silêncio para fazer a prece. Vamos agradecer por esta tarde,
para que ela seja bem proveitosa. Todos fazem a oração do Pai Nosso, em inglês.
Na seqüência a professora comunica aos alunos que todos deverão se dirigir ao
pátio da escola para um momento cívico. Este momento cívico teve a duração de 45
minutos e por este motivo, os alunos não tiveram aula de inglês neste dia.
04/09/08 - quinta-feira
Neste dia os alunos também participaram de um momento cívico, porém com
um tempo de duração mais curto. Ao retornarem à sala de aula, fazem a oração e a
professora anota no quadro a agenda do dia:
September 4th, 2008.
Thursday
The weather is cloudy!
Agenda:
The Simple Present: book: Great dois pg. 90 (revisão e regras da terceira
pessoa do singular)
The Present Perfect.
Forming the Simple Present tense, 3rd person singular
143
VERBOS REGRA INFINITIVO 3a. pessoa
singular
Maioria Acrescenta-se -s read reads
Terminados em -
o, -ch, -sh, -x, -
ss
Acrescenta-se -
es
do, watch, wash,
fix, kiss
does, watches,
washes, fixes,
kisses
Terminados em
consoante + -y
Troca-se o y por
–ies
try tries
Terminados em
vogal + -y
Acrescenta-se –s play plays
Verbos especiais be is
have has
A Professora distribui o livro didático para os alunos e faz a revisão oral junto aos
mesmos, pedindo que estes anotem a regra da terceira pessoa do singular do simple
present em seus cadernos, conforme consta acima.
Observação: cada aluno recebe um livro didático que deverá ser devolvido ao final,
sendo que o livro permanece na escola, pois o mesmo é utilizado pelos demais
alunos das outras turmas de oitava série. A Prefeitura Municipal de Joinville
disponibilizou para cada escola um jogo com quarenta livros didáticos para cada
série de segunda a oitava rie do E. Por este motivo os livros devem permanecer
na escola.
Após finalizarem a revisão da terceira pessoa do simple present a professora
inicia com o present perfect. A mesma anota no quadro a seguinte frase:
“Now He has aligned (grifo da professora) himself with a group of fellow ‘outsiders’”
e fornece em seguida a tradução da frase: (destaca o tempo verbal)
“Agora ele ‘juntou-se’ a um grupo de colegas de ‘fora’”.
A forma verbal destacada está em um tempo verbal chamado de Present Perfect, ou
seja, Presente Perfeito, cuja formação é: (bate o sinal e a professora informa que
continuarão neste assunto na próxima aula).
144
09/09/08 - terça-feira
A professora cumprimenta a todos com “good afternoon” em seguida convida
os alunos para fazerem a oração do Pai Nosso (em inglês) agradecendo a Deus pelo
dia de hoje. A professora explica como será a prova a ser realizada na próxima aula.
A prova sesobre a resenha do filme “Pay it forward”. A palavra “pay” significa o
que? Os alunos respondem “pagar”. A professora comenta que geralmente pagamos
o que? Os alunos respondem: uma promessa, um dívida, uma conta. E “forward”? O
que significa? Nenhum aluno sabe ao certo o significado então a professora diz que
significa “para frente”. A professora fala um pouco a respeito do filme (em português)
para ver se os alunos conseguem descobrir o nome do filme. São várias as opções
citadas pelos alunos, até que um deles fala que é a “Corrente do Bem”. A professora
concorda e diz que quem tiver internet poderá pesquisar sobre o assunto. Ela
informa que na prova também será cobrado o Simple Present e o Present Perfect.
A professora retoma o assunto da aula anterior perguntando quais os dois
verbos que estão no exemplo dado. Um aluno responde “has aligned”. Ela retoma
então a explicação: o verbo “have” (ter) na terceira pessoa do singular é “has”. Na
frase “Now he has aligned (grifo da professora) himself with a group of fellow
‘outsiders’” quem é o “he”? O “He” se refere ao personagem Trevor (exemplo
retirado da resenha crítica do filme “Bang Bang you’re Dead”).
No present perfect, usamos o verbo “have” ou “has”.
E quanto ao verbo “aligned”? O infinitivo é “to align” o que aconteceu com o verbo?
Acrescentou o “ed” (então é passado, falou um aluno).
A professora pede que os alunos peguem a sua lista de verbos e analisem os
verbos regulares, como eles são no infinitivo, no passado e no particípio.
Ex.: to Work – worked – worked – trabalhar.
Agora vejamos a lista dos verbos irregulares:
Ex.: to go – went – gone – ir.
Percebam que os verbos regulares e irregulares não se conjugam da mesma forma.
Para formar o present perfect sempre usaremos o “have” ou o “has” mais o verbo
principal no particípio. Sempre que o verbo for regular o particípio será igual ao
passado. Sempre que o verbo for irregular o particípio será diferente no passado.
A professora passa no quadro a agenda do dia:
145
Date: September 9th, 2008.
Tuesday
The weather is cloudy!
Agenda:
The present perfect
A formação do present perfect é:
Verbo has ou have (que é o verbo auxiliar) mais verbo principal no particípio.
Has/have aligned
A professora cita o exemplo de uma aluna da sala. A Angela mora em Joinville
dois anos. (o tempo é presente: mora, e tem a duração: dois anos) então precisa ser
escrito no present perfect.
Ex.: Angela has lived in Joinville for two years.
A professora encerra a aula fazendo a chamada.
11/09/08 - quinta-feira
A professora cumprimenta a todos dizendo “good afternoon” e em seguida
explica que devido ao atraso de 15 minutos, hoje não haverá oração. Como hoje é
prova, iremos iniciá-la. A professora entrega as provas aos alunos que estão
sentados nas primeiras carteiras e estes repassam para seus colegas de traz. A
professora e explica a prova aos alunos, tirando algumas dúvidas que surgiram
(dúvidas de interpretação). Em seguida ela caminha entre os alunos para verificar se
todos trouxeram o dicionário, sendo que, a prova vale 9,5 e quem trouxe o dicionário
receberá mais 0,5 (meio ponto somado a nota da prova).
Observação: os alunos chegaram quinze minutos mais tarde devido a uma
homenagem feita à diretora da escola para comemorar o Dia da Diretora.
................................................................... School
Name:........................................................... no.:.............. Grade:...................
Teacher: .............................................................. Date:....................................
Avaliação Bimestral – Inglês 3º. Bimestre
1) Com base na resenha, responda as questões. (6,0)
a) Qual é o título do filme resenhado? .................................................................
146
b) Qual é o nome dos três atores que interpretam os personagens principais da
trama? ..................................................................................................................
c) Quem é o diretor do filme?
d) Qual é o nome do lugar em que o filme se passa? ...........................................
e) Quais são dois aspectos do filme que o resenhista considera serem bem
explorados na trama? ........................................................................................
f) Qual é o aspecto do filme que o resenhista considera muito fraco?
...................................
2) Identifique o parágrafo que contém a informação abaixo solicitada. Use como
resposta: 1º - 2º. – 3º. – 4º. – 5º. – 6º. (2,0).
a) mostra a idéia principal do fime? ..................................................................
b) apresenta o resumo da história? ...................................................................
c) o resenhista analisa o conteúdo abordado no filme? .......................................
d) a opinião do resenhista sobre aspectos que funcionaram e outros não no filme?
...............
3) Qual é o tempo verbal dos verbos sublinhados no texto?
(1,0)............................................
4) Escolha dois versos conjugados na 3ª. pessoa do singular
(1,0)..........................................
(1) Imagine you're despairing over a major problem in your life, and someone comes
along and solves it for you, relatively unconditionally. All you have to do is "pay it
forward", i.e., do a similarly big favour to three others. Would you do it?
(2) That's the premise behind Pay it Forward, an overly sentimental film with some
provocative ideas. The concept originates when Eugene "be careful with that axe"
Simonet (Kevin Space) challenges his Seventh grade class to come up with an
assignment to change the world. Trevor (Haley Joel Osment) comes up with the
pay-it-forward concept and first decides to help a homeless heroin addict get back
on his feet, then help Eugene and his mother (Helen Hunt) get together (which really
makes for two favours), and then help his friend who's being pushed around by
bullies in school. This "movement" spreads
relatively unnoticed until a reporter in Los
147
Angeles who loses his car is handed a brand new Jaguar and tracks down the
source of this favour chain.
(3) With a stellar cast consisting of Kevin Spacey, Helen Hunt, and Haley "I see dead
people" Osment, the movie works pretty well under Mimi Leder's direction. The
southern California/Nevada cinematography is done well. The dialogue is the
weakest aspect of the film and is a bit hackneyed at times. More than the primary
plot itself, the various underlying subtexts involving domestic abuse and alcoholism
are interesting.
(4) The concept of pay-it-forward is how most of human society works to the extent it
does (some of it has even been institutionalised in the form of religion and
government). The problem is that the notion is simply not idealistic enough.
Performing three big favours just does not cut it. Not only does there need to be a
significantly larger amount of favours done through the course of one's life, but the
more important thing is that people don't do negative or harmful things to others to
an equally large degree. Doing three big favours is pointless if you've done more
harm than any favour can repay. A better (and much more idealistic) concept would
be to live life without doing any harm to others (which also would not be adequate,
but would be much more effective than a three-favour scheme).
(5) What Pay it Forward really illustrates is that it is harmful to oneself and to others
to be apathetic towards other people's problems. However, to maximize the balance
of doing good to others and not doing harm, one also has to choose their battles
wisely. This doesn't mean inaction, as much as realising that certain solutions
simply don't work. For example, using violence as a solution never works since
violence always begets violence ("what's good for the goose is good for the
gander"). On that note, Pay it Forward also throws in a message about school
violence.
(6) Pay it Forward is a thought-provoking movie that definitely could've achieved
loftier and mightier goals if it were a bit more rigorous. As it stands, it'll warm the
cockles of peoples' hearts, but I'd wager that the feeling won't last for too long. I
recommend
checking it out during a matinee.
148
http://www.ram.org./ramblings/movies/pay_it_forward.htm
A professora anota o significado dos verbos abaixo na prova dos alunos:
Despairing: enfrentando
Wager: concordo
Begets: gera/provoca/ocasiona
Gander: pato macho
Cockles: sentir-se bem em relação a outras pessoas
Hackneyed: chato, sem sentido
16/09/09 - terça-feira: Recesso escolar
18/09/08 - quinta-feira: Recesso escolar
23/09/08 - terça-feira
A professora cumprimenta todo dizendo “good afternoon”. Conversa um
pouco com os alunos sobre as duas semanas de férias e diz: let’s pray. Vamos
agradecer o dia, o retorno, lembrando que estamos no último bimestre. Vamos pedir
bastante paz, proteção, bastante vontade de estudar porque estamos no final do
ano. Todos fazem a oração.
Em seguida a professora pede a um aluno que entregue para seus colegas a prova
que já foi corrigida.
Anota a agenda do dia no quadro:
Date: September 23rd, 2008.
Tuesday
The weather is sunny.
Agenda:
Correção da prova bimestral
A professora inicia a correção da prova e avisa que a mesma deverá ser colada e
assinada. A correção é feita oralmente, a professora a questão e os alunos dão a
resposta, a professora justifica as respostas baseado no filme que os haviam
assistido anteriormente.
149
Ela começa a anotar no quadro as respostas a partir da letra “c” da primeira questão.
Anota no quadro:
2) c) Mimi Leder
d) California/Nevada
e) 1: cinematographia is done well
2: subtexts: - domestic abuse (interesting)
- alcoholism (interesting)
3: the movie works pretty well under Mimi Leder’s direction
f) The dialogue is the weakest aspect of the film, and it is a bit hackneyed at
times.
3) a) 1a.
b) 2a.
c) 4 a. / 5ª.
d) 3ª.
4) Presente
5) Works, spreads, decides, challenges, etc....
A professora explica que era pegar as respostas dos verbos que estavam
sublinhados. E que os verbos no presente quando estão na terceira pessoa do
singular recebem o que? O “s”. Teve gente que tirou tantas outras palavras que não
eram verbos. A professora pergunta se todos entenderam e alguém ficou com
alguma dúvida. Os alunos respondem que entenderam.
A professora retoma a frase: Angela has lived in Joinville for two years. Ela então
pergunta aos alunos quem traduziu a frase. Em qual tempo verbal está? Os alunos
respondem: Ângela mora em Joinville há dois anos. Quando a gente traduz o
present perfect para o português como ele fica? No presente ou no passado,
dependendo da informação. A tradução literal seria: Ângela tem morado em Joinville
há dois anos.
Para ser present perfect sempre tem que ter “have” ou “has” mais o “verbo no
particípio passado”. Um aluno pergunta o que é o “particípio passado”. A professora
explica que é quando termina em “ado”, por exemplo: eu tenho estudado, viajado,
andado, comprado, etc.
Nós iremos trabalhar mais esse tempo verbal através de uma música. Como a
aula está para terminar, a professora faz a chamada.
150
25/09/08 - quinta-feira
Neste dia não houve aula. Motivo: Conselho de Classe.
Gênero Textual: Proverbs
30/09/08 - terça-feira
A professora cumprimenta a todos com “good afternoon”. Vamos agradecer a
Deus por esta tarde, vamos aproveitar bem à tarde, que vocês possam aproveitar
bem o último bimestre. Todos fazem a oração. Muita conversa paralela, não se
houve o que a professora diz. Neste momento ela explica a um aluno uma dúvida
quanto à oração em inglês, ele pergunta o que quer dizer a palavra “our”.
Conversas, alguém pergunta por que os alunos das outras salas estão saindo. A
professora responde: “I don’t know”. Um aluno diz: Eu não sei.
A professora diz: oitava “B”na última aula a gente estava recuperando na correção
da prova, (eii, chamando a atenção para o silêncio) a professora tenta contornar a
situação de dois alunos que estão discutindo devido a espaço das carteiras. Aquele
tempo, ele estava, ele está escrito em qual tempo verbal mesmo? Aquele da Ângela
que eu havia colocado no quadro. Alguém responde: present perfect. A professora
diz: present perfect, isso mesmo, alguém sabe.
Professora: Bom eu não vou explorar com vocês agora neste momento o present
perfect, mas eu vou recuperar esse tempo verbal em outro momento ainda este ano,
então agora...
Aluno: vai ser através de uma música?
Professora: Isso em uma música, então agora...
Aluno: que música que é teacher?
Professora: é segredo... Surprise.
Aluno: é de rock, outro diz: ah pouco show, mais alguns comentários...
Professora: but it’s not new, but the Band is a rock band. Aluno diz: o que a
professora falou? A professora repete, it is a rock Band; they are a rock
band…repete mais uma vez: a rock band. Um aluno pergunta como é o nome da
banda, a professora não revela o nome.
A professora tenta continuar, então agora... Ok let’s start a new... Eu vou iniciar com
vocês uma nova lição e para isso eu vou colocar aqui no quadro uma frase, vocês
151
vão tentar compreender essa frase... A minha voz fica muito abafada nessa sala
devido ao volume da conversa de vocês. Um aluno diz que ela precisa de um
microfone. A professora diz: I don’t need a microphone. Repete a frase novamente.
(conversas paralelas)... You have a good listening, ok?...Please... Silêncio... A
professora anota no quadro a seguinte frase:
“Never look a gift horse in the mouth
A professora desenha um presente, um cavalo, uma boca e olhos.
Ok! Oitava série “B” infelizmente meu pedido de silêncio não foi atendido... Bom,
look at this sentence, this statement: a professora a sentença escrita no quadro.
What is this? Look (um aluno diz: não olhe)... Horse, do you know horse? An animal
Os alunos tentam adivinhar através dos desenhos que a professora fez no quadro;
uns acham graça do desenho e a professora fala: ah, vocês estão me chamando de
péssima desenhista, pelo contrário... Mais conversas... A professora diz: “Em cavalo
dado não se olha os dentes”.
A supervisora entra na sala para transmitir um recado sobre um bingo que haverá na
escola em prol de reformas nos banheiros e algumas salas para receber alunos com
necessidades especiais.
Ok, bom voltando, a professora retoma a aula perguntando que tipo de frase é esta
do quadro?
Um aluno pergunta se vai ganhar bolo, a professora responde que não é a
responsável pela divulgação, dona Bete estava aqui, você devia ter perguntado para
ela. Agora quero voltar para a aula ta? Agora vamos voltar pra aula, ok...
Um aluno diz que se a professora ganha um negócio a professora não pode
reclamar por que a professora ganhou. A professora fala: ok, você está explicando a
idéia da frase, ok. Agora, que frase seria essa?
Aluno: é um ditado.
Professora: Um ditado. Como assim um ditado?
Aluno: ditado popular.
Professora: ah... a popular saying, popular saying, there is another name, another
name.
Aluno: provérbio.
152
Professora: proverb, very good. Proverb. What’s the difference between proverb and
popular saying? (nesta parte acabou a bateria do gravador).
Professora: em que situações esse tipo de frase é usado?
Aluno: quando se quer dar um conselho.
Professora: eu costumo usar o provérbio para resumir uma situação, para dar um
conselho, também é usado em fábulas. E o provérbio do quadro? Um aluno
responde que quando se ganha algo não se deve reclamar do presente dado. A
professora concorda com o aluno e completa dizendo que o provérbio também
mostra a cultura e os costumes de um povo, que o provérbio pode falar muito a
respeito desse povo. Muito bem, agora vamos fazer uma atividade: matching. Anota
no quadro:
September 30th, 2008.
Tuesday
The weather is cloudy!
Agenda:
Proverbs: activity 1
Matching proverbs. Match the column A (English) to column B (Portuguese).
Column A:
9. Time is money
10. One is never too old to learn
11. Out of sight, out of mind
12. Tomorrow is another day
13. Don’t put all your eggs in one basket
14. Many hands make light work
15. You cannot teach an old dog new tricks
16. Too many cooks spoil the broth
Column B:
( ) Cozinheiros demais entornam o caldo.
( ) Amanhã é outro dia.
( ) Nunca é tarde demais para aprender.
( ) A união faz a força.
( ) Papagaio velho não aprende a falar.
( ) Longe dos olhos, longe do coração.
153
( ) Não coloque todos os ovos em uma única cesta.
( ) Tempo é dinheiro.
Professora fala que a tarefa deverá ser feita em casa e trazer pronta para a próxima
aula, faz a chamada e bate o sinal.
02/10/08 – quinta-feira
A professora cumprimenta a todos dizendo: “good afternoon”... Alunos
respondem dizendo: good afternoon. A professora pergunta: How are you? Alunos
dizem fine. Então vamos agradecer mais esta tarde, o sol que apareceu, the Sun is
shining so bright, (a professora explica o significado de shining so bright), Ok, in the
name of the Father, the Son and the Holly Ghosts. Todos fazem a oração.
Bom o segundo momento da nossa aula é a continuação dos “cinco minutos”.
(Observação: trata-se de um projeto de leitura que a escola iniciou com todos os
professores e alunos e ocorre no início da primeira aula, de segunda a sexta-feira. O
professor deve fazer a leitura de um texto para refletir com os alunos cujo objetivo é
tentar resgatar alguns valores). que, nesta segunda aula não é a continuação da
história, a continuação da historinha vai acontecer numas aulas mais pra frente. Uma
aluna pergunta por quê? A professora diz que porque é assim que funciona. A aluna
continua argumentando e a professora explica que é assim que funciona essa
atividade, ta bom? Então agora é a aula dois. Perigos com o uso do computador.
Então ontem vocês escutaram uma história sobre três crianças, né, uma família, que
ganharam um? (alunos respondem: um computador), computador, então é uma
história, uma aventura virtual. Né? Ok, então, aula dois, Perigos com o uso do
computador, no primeiro episódio da aventura virtual dos Praxedinhos nós vimos que
seu Reinaldo fez duas exigências aos filhos quando lhes deu o computador: que não
brigassem e que usassem o computador para fazer os trabalhos da escola. Internet,
aos domingos. Seu Reinaldo estava certo quanto a essas exigências porque os
filhos brigavam muito e isso não é bom. É importante aprender a conviver em paz. A
outra exigência sobre os cuidados no uso do computador é também muito
importante porque hoje há muita gente viciada em computador, principalmente,
adolescentes e jovens. A pessoa viciada em computador prejudica muito a si própria,
os seus estudos, as suas amizades, e em muitas outras coisas. Esse vício é tão
154
grave que em alguns países, existem até clínicas especializadas em tratar
viciados em computador. São tratamentos muito difíceis e o viciado sempre sofre
muito para conseguir livrar-se do vício. A mesma coisa acontece em relação a todos
os vícios, o cigarro, o álcool, as drogas, o vídeo-game, etc. Por isso as pessoas
sábias cuidam de não se viciarem. O problema está em quem, sempre acreditamos
que podemos experimentar usar e que não vamos ficar viciados, mas é que mora
o perigo, porque quando a gente menos espera está viciado. Então começam
muitos problemas, muitos sofrimentos, assim, sempre é bom ficar longe de coisas
que podem gerar vícios.
Quem é que conhece alguém com algum tipo de cio? (um aluno diz que conhece)
A professora pergunta que tipo de vício essa pessoa tem. O aluno responde: cigarro,
maconha,... Vídeo-game,... A professora diz: Mas, mas você conhece ta, várias. Um
aluno diz: meu irmão, outro diz: meu tio é fumante. A professora diz teu irmão é
fumante, e ele é jovem? O aluno responde que sim. A professora diz: meu irmão
também fuma, ele... Mas, mas o mais engraçado é que ele começou a fumar cigarro
depois de adulto, depois de adulto, perto dos trinta anos é que ele começou a fumar
cigarro... ta, quem é viciado no que? Viciado em que?...No desenho do pica-pau... O
vício é uma doença né? Tem um cio que o ta citado aqui, que é o vício do
consumismo, né? Vocês ouviram falar no vício do consumismo? Nós estamos
vivendo numa sociedade muito capitalista né? Que os produtos hoje são muito
descartáveis... Tem muita coisa sempre nova no mercado né? Muita coisa nova que
enche os olhos da gente e às vezes a gente o precisa daquilo, mas a gente
quer ter, compra e tem pessoas que compram apenas por comprar, porque precisam
daquela... Se sentem bem, é como se fossem um remédio né, compram aquilo pra...
E o vício é uma compulsão né? Porque você não consegue ficar sem aquilo né?
Pois bem... Agora, tudo bem... O cigarro ele faz mal pra saúde, mas ele faz mal
pra pessoa que consome? Não... Só que ele é assim, ele é um vício que a gente não
pode comparar com a bebida, a pessoa que bebe, que é alcoólatra, ela gera muitos
problemas né? Pra quem convive com ela. Agora, a pessoa que fuma drogas, né?
Maconha, e outras drogas desse tipo, craque, também prejudicam-se a si próprias e
muito mais aos outros né? Agora o cigarro também é um vício, né? Também faz mal.
e o computador, né? E o computador... Vocês conhecem alguém que é viciado em
Orkut e MSN?... Agora, quais são os aspectos negativos do vício? ... Quais o os
aspectos negativos do vício?... Ficar dependente... Deixam de fazer outras coisas
155
pra só fazer aquilo... Ãhãh... Ok... Deixam de viver é... Ok, amanhã vocês vão
escutar a aula três, né? Vão conversar sobre (...) (uma aluna diz: amanhã? Mas
amanhã não tem aula de inglês) não, mas amanhã será com outro professor, ta
bom? Por hoje a gente encerra aqui... Amanhã na primeira aula, sempre na primeira
aula, ta bom?
Professora passa a agenda do dia no quadro:
Date: October 2nd, 2008-10-21
Thursday
The weather is sunny!
Agenda:
Correção da atividade 1
Exercício 2
Ok, agora a nossa atividade, vou passar o visto rapidamente... Enquanto isso... (a
professora passa por entre as carteiras dando o visto nos cadernos)...
P (professora): your notebook Jonatan?
A (aluno): fiz agora,
P: fez agora?
A: quando eu cheguei eu fiz aqui na sala, só esses dois...
A: a senhora tem que olhar o dicionário, sora.
A: o dicionário eu trouxe pra tu vê.
P: deixem os dicionários também em cima da carteira.
A: aehhh
A: eu não fiz.
P: você não fez por quê?
A: porque eu não fiz
A: meu dicionário ta aqui professora
P: deixe aí em cima porque depois eu vou anotar melhor lá da minha mesa
A: o que da sua mesa?
P: os dicionários.
A: eu não fiz
P: por quê? O quê que te impediu? A preguiça ou o esquecimento, ah? Oi?
A: por preguiça
P: porque não quis fazer?
156
A: não, por preguiça
P: Ahh, por preguiça... Pois é a preguiça não vai te levar a nada... Seu caderno,
você ficou de copiar, então vou te anotar na pasta...
A: posso copiar agora?
P: você me prometeu... A Halike faltou, pegou o assunto Halike?
A: não... Mas eu não vim ontem também teacher...
P: deixe o caderno aberto... Caderno aberto de inglês... Aron, que estão esperando
ainda que não abriram o caderno? Tão esperando é uma bronca... Mas olha... Acho
que vocês gostam de ganhar bronca... Ora, ora, depois que começou a namorar,
começou a ficar preguiçoso... Aiaiaiai... Vou proibir o namoro... É falei com você...
Ãh? Falei com você... Caderno aberto...
A: ela faltou
A: eu faltei, aí de quem eu ia copiar?
P: seu irmão também faz curso de inglês, Juliana?
A: não
P: mas ele vai bem no inglês... Ãhãh, ele sempre foi, ele sempre foi muito bom no
inglês, desde a segunda série...
A: ele não gosta de inglês
P: isso porque ele não gosta... Eu tive um aluno que não gostava de inglês e era
ótimo...
A: ele odeia, odeia...
P: não é o que ele mostra na sala de aula
A: minha mãe queria colocar ele num curso, mas ele: Deus me livre...
P: é, é melhor não insistir...
A: já basta na escola
P: ohoh a coleção que eu vou pegar aqui (penal com cinco chaveiros de tênis em
miniatura)... How much, how much?
A: acha graça... E o dicionário, a teacher não vai olhar?
P: sim, deixe em cima da carteira... E aí Luiz, o que anda acontecendo com você
que anda tão quietão...
A: nada
P: nada? ...
157
Ok! Halike, enquanto os colegas vão dando as respostas, você vai marcando aqui
pra mim? Larissa? Ok Larissa... Isso então vamos lá... O primeiro da coluna A,
vamos fazer assim, lê em português que eu leio daí em inglês... Vamos lá...
A: posso ler?
P: pode.
A: cozinheiros demais entornam o caldo
P: Número?
A: oito
P: eight... Too many cooks spoil the broth...
A: ei pode sentar.
P: Não ela vai ser a minha marcadora hoje, my assistent... Luiz...
A: Amanhã é outro dia
P: number?
A: four
P: four... tomorrow is another Day… Luiz, Luiz… eu quero a pasta da turma...
Number... The next... The next...
A: Nunca é tarde demais para aprender
P: number?
A: two
P: two, one is never too old to learn… the next, Cauê…
A: A união faz a força
P: number?
A: six
P: six, many hands make light work… Bruna…
A: papagaio velho não aprende a falar
P: You cannot teach old dog new tricks.
A: seven
P: seven? You cannot teach old dog new tricks… the next, Danilo, the next…
A: Longe dos olhos longe do coração
P: number?
A: three
P: three, out of sight, out of mind… the next, William
A: Não coloque todos os ovos em uma única cesta, number Five
P: number five; don’t put all your eggs in one basket, and the last one?
158
A: number one
P: number one, ok, tempo é dinheiro
A: time is Money
P: time is Money, very good, thank you very much
A: diz que acertou uma
P: tu acertou uma Jonatan? Ok lembra-se que essa frase é?
A: provérbios
P: provérbios, ditos populares, dois deles se contradizem, você poderiam me dizer
quais?
A: aquele, nunca é tarde demais para aprender e papagaio velho não aprende a
falar
P: ãhãh, porque que eles se contradizem?...Isso, até pouco tempo atrás era essa a
visão que as pessoas tinham, né? Claro que o tempo vai mudando, hoje a
sociedade é moderna, s temos novos conceitos, novos estilos de vida, né? Novos
problemas. Hoje, a gente pode aplicar esse dois provérbios em situações do nosso
dia-a-dia? Será que hoje é possível? Ou ainda dá? Quer dizer, é possível ou não é?
...usar esses dois provérbios aí: papagaio velho não aprende a falar e nunca é tarde
para aprender. Qual desses dois a gente pode ainda continuar usando?
A: nunca é tarde para aprender.
P: Nunca é tarde para aprender, então a sociedade hoje tem essa visão, de que
nunca é tarde para aprender né?... Pois é, os tempos vão mudando, as pessoas vão
evoluindo... Quer dizer, a sociedade evolui de um lado, mas... Regride de outro,
perceberam?
A: é, antes as pessoas de mais idade não praticavam natação, hoje já faz bem...
P: sim, e vivem mais, né? Hoje as pessoas vivem mais... Ok, segunda atividade
então com relação a esses provérbios, utilizando esses provérbios aqui, ta? Desse
exercício. Eu gostaria que o representante deixasse a pasta da turma aqui, pra mim.
Professora passa no quadro a seguinte atividade:
(2) Escolha quatro provérbios do exercício 1 e explique a mensagem/idéia que
passam ou exemplifique com uma situação do nosso dia-a-dia.
P: pessoal, tempo para resolver, o é até o final da aula não, vou cronometrar o
tempo... Isso, vocês vão escrevê-lo em inglês e vão dar a explicação de vocês em
159
português. É, que idéia ou mensagem ele transmite... Cada um daquele que você
escolher transmite... Ou também você pode exemplificar com uma situação do nosso
dia-a-dia... Que situação do nosso dia-a-dia a gente poderia utilizar esses
provérbios? Valendo hein? Cinco minutos... O provérbio... A aula não começou
agora... Faz tempo... O caderno é seu não é meu, organize-se (estava falando com
aluno que estava com o caderno fechado)...
Uma aluna pede para ir ao banheiro.
P: Can I drink water? (aluna repete em inglês)… Aron… sim a explicação é em
português... Faltam dois minutos e meio... Oi, oi,... Bom, olha só, lembra daquele
que eu passei no início da última aula? “cavalo dado o se olha os dentes?”... Aí o
Wellington explicou a situação, até outros falaram que, por exemplo: você ganha um
presente e você não pode ficar reclamando daquele presente, né? Então, “cavalo
dado não se olha os dentes”... É assim que eu quero que você... Você vai tentar
interpretar, ta?... Mais alguém tem vidas? Lucas, to pronto Lucas? O tempo
deu, cinco minutos... (um aluno pede uma explicação)... Can you help me?... Você
pode me ajudar? Oh, ta ali em cima do quadro (acima do quadro tem algumas frases
escritas em inglês para os alunos usarem na sala de aula)... Can you help me,
please? Gente deu seis minutos, ganharam um minuto a mais... É eu vou olhar
pra ver se é verdade... Larissa, terminou?... E você Lisandra, terminou? (aluna
responde que não)... Ok Lisandra?...Lisandra, não Larissa... (a aluna diz que a
professora sempre confunde as duas)... You are twin sisters... (as alunas riem)... o
Vinícius não veio hoje, o Wellington não veio... Deixa eu ver quanto tempo... Aron,
porque que o Andrey está faltando?...O Andrey... Está doente? Não, ele faltou terça
e quarta dois dias seguidos... Gazeando aula?... Matando aula?... Ahhh... Pronto
né? Time is up... Ai eu não acredito, tiveram que usar até o final da aula para
resolver... (professora verifica os alunos que estão faltando)... Ok, próxima aula a
correção, a leitura da explicação... Bye-bye... Good bye.
07/10/08 – terça-feira
A professora cumprimenta a todos dizendo “good afternoon... how are you?...
let’s pray. Vamos pedir que tenhamos uma ótima tarde que ela seja bem agradável e
160
proveitosa. Os alunos falam um pouco sobre o boletim que receberam no dia
anterior e fazem a oração.
Bem, vamos lá, aula cinco, hoje é uma revisão. Bom, hoje vamos revisar
nossas últimas aulas de valores humanos. Então nessas aulas que vocês tiveram
até agora, o assunto principal, o tema dessas aulas é valores humanos. Bom, nós
começamos a narrar à aventura virtual dos (Praxedinhos), quando eles ganharam
um computador e os pais fizeram a eles duas exigências: não brigar e usar o
computador para estudar, lembram né? Essas exigências foram muito sábias,
porque é importante as crianças a conviverem bem umas com as outras desde
pequenas, assim, ao ficarem adultas vão ter muito maior facilidade em lidar com os
outros. Quanto ao computador, também era importante as crianças aprenderem a
usá-lo de forma que não se transformasse numa coisa prejudicial. Quem sabe quais
podem ser os prejuízos trazidos pelo computador? Pelo uso do computador? ...vício,
amigos virtuais mal intencionados,... Ta mas aí, saindo do conteúdo do
computador, para a vida de vocês, deixar de dormir, que mais, deixar de sair com os
amigos, deixar de fazer outras coisas importantes, deixar de curtir a sua vida, de se
movimentar, pra ficar sentado em frente ao computador, aí vocês sabem que nós
estamos criando uma geração, no caso a geração de vocês, uma geração
sedentária, na aula de educação física já não querem se movimentar querem ficar
parados, problemas na coluna, devido ao sedentarismo, obesidade, porque daí...
Fica em frente ao computador, não se alimenta direito, uma série de danos à
própria saúde, né? E também eu acho, não sei se vocês concordam comigo, quem
fica na frente do computador, acho que parece ser muito solitário, vocês não
acham? Por mais que se comunique virtualmente com outras pessoas é uma coisa
muito solitária, né? Parece-me que não é uma interação tão verdadeira (uma aluna
o seu depoimento)... Pois é, os pais criaram isso né? O isolamento, né? A
solidão, e a gente precisa aprender a conviver com os outros, por isso que nas
aulas, na escola a gente promove atividades em equipe, em grupo, pra vocês
saberem conviver, bom,... É, tem o lado positivo, é, exatamente, tem os dois lados...
É tem o lado positivo, o lado bom, como a gente disse, mas o problema é que o lado
negativo supera, tem superado o lado positivo,... Continuando aqui, posso
continuar? ... Hoje muita gente viciada em computador, principalmente
adolescentes e jovens, prejudicando muito a si mesmos, a seus estudos, a suas
amizades e a muitas outras coisas. Esse vício é tão grave, que em alguns países
161
existem até clínicas especializadas em tratar viciados em computador... É uma
revisão , a gente estudou isso... São tratamentos muito difíceis e o viciado
sempre sofre muito para conseguir se livrar do seu vício a mesma coisa acontece
em relação a todos os vícios, o cigarro, o álcool, as drogas, o vídeo-game, e outros,
por isso as pessoas sábias cuidam de não adquirir vícios. Em outra aula nós vimos a
questão das influências, quem sabe o que é uma influência? (os alunos dão suas
opiniões...) algo que... E a influência tanto pode ser positiva quanto? ... Negativa...
Eu vou fazer uma pausa aqui nos cinco minutos porque eu estou vendo muita gente
fazendo uma tarefa que eu acho que não diz respeito à aula de inglês... Eu quero o
caderno de inglês em cima da carteira, somente... Ta? o caderno de inglês, esse
outro que está aberto, que tem gente copiando, resolvendo, podem guardar. Bom,
na aula sobre influências, foi apresentado a vocês o Hitler como uma influência
negativa... Porque foi ele quem promoveu a Segunda Guerra Mundial, né? Na qual
morreram milhões de pessoas. Hitler usou de todos os recursos possíveis para
influenciar os alemães a aceitarem a guerra, fazia discursos inflamáveis e sabia
como usar as palavras que mais tocavam no patriotismo das pessoas. O quê que
são discursos inflamáveis? (os alunos dão seus depoimentos)... Que faz as pessoas
vibrarem, né?... Fala aquilo que as pessoas querem ouvir e ele falava aquilo com
muita vontade, né? Com muito poder né?... Massagear o ego,... Que palavra chique.
São Francisco, São Francisco de Assis, foi um exemplo de boa influência, ele era
um homem bom que irradiava alegria e amor. Amava a tudo da mesma forma que
uma fonte oferece suas águas para todos, sem exceção. Hitler foi uma influência
para o mal enquanto São Francisco foi uma influência para o bem. Ok?... Bom em
outra aula foi falado sobre o bom dia, sobre o boa tarde, sobre o boa noite, e foi na
aula de sexta-feira, né? ...ontem? Ah foi ontem, ta certo... Bom e aí eu só perguntei o
início né? Se vocês tem se lembrado de cumprimentar as pessoas ao encontrá-las,
vocês cumprimentaram os colegas de vocês? ... Trabalhar os valores humanos,
os valores humanos estão se perdendo um pouco na nossa sociedade, porque a
nossa sociedade é uma sociedade de alto consumo, individualista, cada um por si e
Deus por todos. Claro que existem exceções nessa sociedade em que vivemos,
mas é uma sociedade muito consumista, muito individualista, né? pensa no bem
material, muita violência, a gente ta tendo muita violência, muita agressão, qualquer
coisinha é assim... Motivo sem, qualquer coisa sem muito motivo gera agressão,
gera violência, gera palavrões, né? E isso nós já estamos trabalhando desde o início
162
do ano, que é o bullying... (aluno dá seu depoimento)... Pra ocupar melhor os jovens,
né? ... Se a gente tivesse um parque legal na nossa cidade pra gente ir aos
domingos para gente ir aos domingos fazer um piquenique com os amigos com a
família, né? ... Vocês estiveram recentemente em Curitiba e Curitiba é uma cidade
que privilegia isso, o lazer das pessoas,... Joinville é uma cidade industrial, as
pessoas querem trabalhar, trabalhar,... E aí essa parte foi esquecida, com
certeza, foi esquecida, as pessoas aí não tem tempo pra lazer, né? Até a gente quer
fazer um passeio de bicicleta... Nem tem lugar pra gente fazer um passeio (aluno
um depoimento)... tem outro lado, pessoas que são vândalos e que destroem...
Ok, então agora vamos voltar à aula de inglês, certo? ... você vai para o
zoobotânico... Deveria ter um parque como tem em Nova York, o Central Park,
tem lago, tem... A área é muito bonita, só que ele fica assim num ponto bem
estratégico da cidade, e é uma área verde bem grande, bem grande... (discutem
ainda mais um pouco).
Bom, vamos lá então, a tarefa de vocês era: do “homework”, sim vocês
tinham, escolher quatro provérbios, então vamos lá, eu não vou pedir para vocês
lerem os quatro provérbios disponíveis, mas cada um pode escolher um (alunos
reclamam)... Todos vão ler ta bom? ... Todos vão ler (alunos ainda reclamam)...
Porque não, o quê que impede? Hã? Ahh você não está a fim, faz tempo Bruna
que eu percebo que você não anda muito a fim... É muito custoso você
escolher um e ler, Bruna? Qual o problema? ... Eu não vejo nenhum problema...
Você não é obrigada a fazer alguma coisa que você não quer, quantas coisas que
eu não quero Bruna. Na minha vida e sou obrigada a fazer no meu dia-a-dia... (aluno
fala: aturar aluno mal educado)... Aturar aluno mal educado e indisciplinado, isso é
uma coisa que eu não gosto... Não tem o direito nenhum disso, nem o dever, nem
obrigação de ficar aturando aluno mal educado... Como diz o ditado, outro ditado,
em outro provérbio: “a vida não é um mar de rosas”... Mas a gente procura fazer de
certa forma, ela ter, né? Ficar um mar de rosas... Tem tantas coisas também que eu
às vezes não estou a fim de fazer, mas eu sou obrigada a fazer,... A explicação é em
português ? ... Não a explicação é em português... Aliás, vamos fazer o seguinte,
leia a explicação e a gente tenta descobrir qual é o provérbio, ta bom? ... É fácil eu
sei não tem problema... Quem começa?
163
Maria Helena?... Então deixa eu marcar aqui no meu diário... É ler a explicação,
depois a gente descobre qual é o provérbio. (alguns alunos fazem a leitura de suas
explicações e a professora pergunta qual o provérbio, alguns falam em inglês e
outros falam em português e professora repete em inglês e faz uma anotação no
diário de classe dos alunos que fizeram a leitura, a fim de somar pontos positivos
para futuras avaliações)... E qual é o provérbio? Tomorrow is another Day...
atrás escutaram?... “A união faz a força” ... “many hands make light work” é isso?
(repete) ok… estou marcando aqui… “cada tempo que você perde é algo muito
valioso”... “time is Money”... ... Ok vamos organizar isso daí, lembram? na
primeira aulinha dos valores humanos é sobre a organização... “one is never too old
to learn”... uma coisa, eu estou pedindo para vocês lerem, mas não é para
compartilhar comigo, é pra compartilhar com a turma... Qual é, qual foi aquele
que a Lisandra explicou? “one is never too old to learn”... Até o final da aula vocês
memorizaram ele… “many hands make light work”… (mais um aluno o mesmo
provérbio)… um difirente agora Willian... Ah Willian, ta bom, pode ler um que foi
falado... “one is never too old to learn”... “o tempo é muito caro”... Qual é o
provérbio? ... “time is Money”... Esse é bem curtinho pra memorizar bem... Quem
vai ler agora? Jéssica... Ta escolhendo ainda? ... Escolhe aquele que não foi falado
ainda... Deixa alguém falar, então Aron... Pois é Aron, onde você está agora? O quê
que nós estamos fazendo?... Quem é você? Quê que você faz aqui? Pois é, todas
as perguntas... De onde que você veio?... Eheh... Ele é do Seriado “Lost”... Ehh, do
Seriado “Lost”, daqui a pouco vou mandar pra lá, substituir o Rodrigo Santoro... “one
is too old to lear”... É esse? ... Tem outro também, né? Ah não aquele outro não dá...
Quem vai ler agora? Jéssica... Não devemos nos precipitar com as coisas, qual é
esse? (aluna diz: eu não falo em inglês)... Não, o vou pedir para você ler em
inglês... Agora, né?...Qual será, qual é Bruna?... Ãh? Não sabe?... Não, mas não é
esse... Isso, isso, o oposto do outro, contradiz com o outro,... A gente não deve se
precipitar com as coisas, né? É isso que ela explicou, qual é o provérbio? ... Tempo
é dinheiro?...Amanhã é outro dia?... Não coloque todos os ovos em uma única cesta,
é esse? “Don’t put all your eggs in one basket” (um aluno repete a frase em
inglês)…. É você o apostar todas as fichas, né? Numa única vez, exatamente...
Quem mais vai falar agora? O restante vou chamar na próxima aula, vamos lá...
”many hands make light work, é isso? Bruna, ta... quem mais vai falar? Wellington.
então vamos lá... Aron descobriu o quê que é para fazer? (aluno lê: o que não se
164
vê, não tem como gostar)... “out of sight, out of mind”... (uma aluna pede para a
professora ver os dicionários, verificar quem trouxe)... então a Daiane veja para mim
quem trouxe os dicionários (a aluna passa na carteira dos alunos verificando e anota
o nome daqueles que trouxeram)... ok continuando... a Daiane está olhando para
mim, my assistant, Daiane is my assistant (a professora pede para que eu faça a
chamada enquanto ela passa uma atividade no quadro para os alunos)... ei, teacher
Maristela is calling your names ok? She is doing the roll, the roll call ok?... pode dar
falta para quem você não escutar, pode dar...
A professora passa no quadro:
Date: October 7th, 2008.
Tuesday
The weather is sunny.
Agenda:
Correção da tarefa
Exercise 3
3) Complete the proverbs with the missing words:
Missing words: teacher, neighbors, mice, roads, book
f) You can’t tell a ________________ by its cover.
g) All ______________ lead to Rome.
h) Experience is the best ______________________.
i) Good fences make good ____________________.
j) When the cats away, the _____________ will play.
Obs.: enquanto a professora estava passando a atividade, dois professores da
Escola Técnica Tupy interrompem a aula para falar sobre a escola, o II grau técnico
e o processo seletivo para entrar na Tupy. Enquanto um professor explica aos
alunos, outro passa distribuindo um panfleto da escola e a professora termina de
passar a atividade no quadro. A professora diz aos alunos que o terminaram de
copiar o exercício para que copiem do caderno do Vinícius ou do Cauê, pois eles
copiaram tudo. Termina a aula.
09/10/08 – quinta-feira
165
Sempre no início de cada aula a professora conversa um pouco com seus
alunos sobre assuntos diversos.
Ok, let’s pray, então vamos agradecer mais este dia, mais esta tarde, vamos
pedir assim bastante amizade, atenção às aulas, respeito, ok? E vamos agradecer
também a oportunidade de estarmos aqui, mais uma vez. (fazem a oração).
Bom hoje nós temos mais uma aula, né? Hoje é mais rapidinho, hoje eu não
vou fazer nenhuma leitura, mas a gente vai conversar um pouquinho sobre um
assunto, ta? E que faz parte dos valores humanos, eu preciso anotar uma coisinha
aqui, você me empresta a caneta?...Ok, eu devolvi a caneta certo?... Eu falei alguma
coisa? Quando eu devolvi? (aluno diz: não falou obrigado)... Não falei obrigada...
(outro aluno diz: poxa teacher, que coisa feia, que mal exemplo a senhora dá)... Que
coisa feia né? Pois é... Então eu vou agora eu vou devolver... Muito obrigada (aluna
diz: de nada)... Como é que falaríamos isso em inglês? (thank you)... Thank you e
ela me respondeu: de nada, como é que ela falaria isso em inglês? (you are
welcome, responde um aluno)... You’re welcome, isso mesmo, you’re welcome...
(como fala com licença?) excuse-me... Outra coisa também que acontece, e entrar
na sala, tem muitos alunos que eu vejo fazendo isso, entram na minha sala e às
vezes não pedem com licença... Chegam atrasados e entram na sala como se
estivessem entrando na sala da casa deles... Ah mas o quê que eu faço, eu mando
os alunos para fora novamente? O quê que você tem que falar? É mas eu faço
isso... Eu não fiz agora, mas eu faço isso... Principalmente quando o aluno está
chegando, não, principalmente quando o aluno... Elas entraram na sala pediram
permissão para sair, entende? porque duas alunas entraram neste momento e
não pediram licença, mas elas estavam na sala)... Mas quando o aluno chega
atrasado... Às vezes ele ignora a presença do professor, entram na sala como se
estivessem entrando na casa deles... Primeira coisa, se a porta estiver aberta, você
tem que chamar a atenção da pessoa que está aqui, né?... Primeira coisa, primeira
coisa seria pedir com licença? Vocês acham?... (neste momento chega uma aluna
atrasada e entra na sala sem pedir licença, um reboliço geral)... Voltou, voltou,
voltou... E aí? (a aluna fala: excuse-me teacher? É né?)... É sim, mas ela podia
falar outra coisa antes disso, o que?... (com licença, dizem os alunos)... Não... Hello
teacher, excuse-me... Ok, primeira coisa? Cumprimentar... E seu eu quiser ser
extremamente educado, polite, eu deveria fazer assim então... Hello teacher,
166
excuse-me please, may I come in?... Após o professor autorizar, você entra né?...
que a gente aluno que até se levanta da sua carteira, sem autorização, como
se a sala de aula fosse... É normal, mas não deveria ser tão normal... Quando eu
estudava, isso não era normal, eu não podia me levantar da minha carteira a hora
que eu bem entendesse... Eu tinha que pedir autorização para o professor, imagina
se levantasse na sala, na minha época de estudante não tinha aluno que
conversava durante a aula, não tinha aluno que corre pela sala, como vocês, (um
aluno diz: é que hoje as coisas são diferentes)... É como a falta de respeito, que está
desaparecendo... Ok, bom o tema de hoje é agradecimento... Então, e não só
agradecimento, mas outras palavrinhas que são como é que a gente chama essas
palavrinhas mesmo?...Mágicas, Magic words... Que a gente, no nosso dia-a-dia,
sei lá, vira rotina, fica automático e você acaba não usando né?... É comum, eu acho
que o grau de intimidade parece que está tão grande que a gente não usa mais
não é?... E quando um colega está aqui na frente conversando com a teacher e no
quadro tem alguma coisa que vocês estão copiando, como é que vocês se
comportam? (sai da frente cara,... sai da frente... que tu não é transparente... dizem
os alunos)... Ãhãh... Bem educados... Às vezes o colega vem aqui bem rapidinho
fazer uma perguntinha, ou mostrar alguma coisa... tem um atrás berrando,
mas que falta de educação, né?... Ou o colega está sentado e a cabeça dele me
atrapalha, abaixa essa cabeça aí, né? (seu cabeçudo, diz um aluno)... Mas não é
assim que a gente age, não é assim que a gente deve agir... Não, é legal, né? É
legal... Assim como eu não quero que o outro fale isso pra mim, eu também não
devo falar isso pro outro, né? ... Muito bem, ok. Então não esqueçam das
palavrinhas mágicas, de cumprimentar as pessoas, né? revisando, em inglês
mesmo, obrigado? (A: thank you); com licença? (A: excuse-me); por favor? (A:
please); de nada? (you’re welcome); ok, muito bem, you’re welcome, vou escrever
então aqui... no pórtico está escrito, que não com o significado de obrigado,
mas de bem-vindo... Ou apenas welcome... Perguntou demais agora, eu teria que
fazer um estudo histórico da língua,... Da origem das palavras, como é que essas
palavras foram introduzidas né?... Não, não, daí você está falando muito obrigado,
muitíssimo obrigado...
Ok... do you have homework? (A: não, não)… yes you have, ãhãh… you have
homework… proverb, remember? Proverb… quem é que memorizou o proverb?...
167
Tem uns bem fáceis aí... In English... Time is Money... Mais algum? Quem é que
sabe de outro que memorizou?... Hoje não tem história, hoje foi uma
conversa... Time is Money? Ah tem ou outro bem cil que vocês explicaram
bastante na aula passada... Many... Many hands make light work... Light work...
Many hands make light work... Porque a palavra light significa luz, leve, claro... (A:
como se escreve paz?) p.e.a.c.e... Até o símbolo da paz se eu o me engano é
esse daqui oh... (faz o desenho no quadro)... Uma coisa assim... Ok, então vamos lá,
uma frase, aliás, são provérbios e faltam palavras nos provérbios (se referindo ao
exercício passado na aula anterior)... (A: professora, isso (se referindo ao
desenho da professora no quadro) é o símbolo da Nova Era)... É paz, da paz, sim é,
símbolo da paz... Mas a cruz não é o símbolo da paz é do Cristianismo... Esse é da
paz... esse eu não conheço, esse eu não sei... Eu vi em inglês, vi em camisetas
escritas em inglês... É em sites americanos eu vi... E o que é que tem o Nova Era?...
A cruz com os braços quebrados... Como é que é?... Eu acho que agora você... (A:
extrapolou um pouquinho)... É... Falou bobagem... Abriu a boca para falar
bobagem... (falando sobre o símbolo) ah, mas aí, que mal teria isso... Os hippies,
eles são pela paz... Agora promover a paz é outra coisa... É, é mais ou menos
assim... Eu tenho isso, tenho aqui, depois eu mostro pra vocês... Mas vamos corrigir
o exercício... Vamos lá... Ãh? Chamar o que?... Onde foi que eu anotei agora?...
Perdi o meu papel... Pra variar né... Gente, cadê... Oh, olha aqui oh, igualzinho o
meu desenho, o símbolo da paz (a professora mostra aos alunos uma folha onde
está impresso o símbolo da paz)... Então vamos primeira frase (começa a
correção da atividade)... Letra (a), Thais leia pra nós a frase... A Thais faltou?
Larissa... E aí... Pode, então leia a frase e a gente quem respondeu... Fez e não
fez... Fez o fazendo, então ta bom... (A: you can’t tell a book by its cover)... Então
a letra (a) falta a palavra (book), you can’t tell a book by its cover, depois a gente
um provérbio equivalente em português... (b) você estava na aula Guilherme,
então você leia a letra (b)... Tava e não copiou, então vou ter que marcar na pasta,
sinto muito, pois é né, você continua não copiando então vou ter que anotar... Eu
juro que não gostaria de fazer isso, mas você me força, você me força (A: não
professora é que é assim, eu aprendo não preciso copiar), eu sei que você aprende,
mas eu quero que você... É tem ainda bastante espaço (referindo-se ao espaço
reservado para as anotações deste aluno), vamos lá... All (pontinhos) lead to
Rome... (A: a professora não vai anotar aí?)... Já, já vou anotar... Qual será a
168
palavra (A: neighbors) se neighbors? Vocês procuraram no dicionário o que é
neighbors? (A: vizinho) vizinho? É isso mesmo, então como fica? Todos os vizinhos
levam a Roma (A: nada a haver professora, é todos os caminhos levam a Roma),
todos os caminhos, então é? ... Roads, all roads... Eu sei que você sabe... Vamos lá,
all roads lead to Rome... (c) Caroline... Não copiou o exercício do quadro? ... Ah eu
sei, mas o quê que eu combinei com vocês? Que até quinta-feira vocês deveriam
pegar o caderno emprestado ou do Cauê que tinha terminado ou do Vinícius... (A:
diz que o ia atrapalhar a aula de outro professor para copiar)... Ah, sim e de vez
em quando vocês atrapalham a minha aula com outras coisas... E depois ficaram ali
fofocando e porque não copiaram hoje antes da aula? Pronto... Cauê, então vamos
lá... Larissa (A: experience is the Best teacher)... Teacher... Então vamos ver outro
aí, Maria Helena que faz curso de inglês, então ta com a pronúncia na ponta da
língua... (A: eu não tenho), tu não tens o que?... Ah, o tem... Hum, ta bom... Ok
vamos lá, próximo então, quem é que tem aí, quem é que conseguiu copiar? Ãh?...
Ângela copiou? Daniela?... Não faz mal, não se preocupem com a pronúncia, não
estou corrigindo a pronúncia, não estou cobrando agora a pronúncia... Então vamos
lá, a Daiane vai ler pra s (A: eu não)... Não foi você que se manifestou? (A: eu
não)... Cauê vamos lá Cauê (o aluno faz a leitura em inglês)... Neighbors, Yes, that’s
it; gente era procurar as palavras no dicionário, pronto, matava a charada...
Good fences make good neighbors... The last one... The last one... The last... Hello...
Eu leio a última então, vamos lá, when the cats away, the mice Will play... Mice...
Mice é ratos, mouse é rato... Mice é o plural da palavra mouse... Mouse,
camundongo, rato, né? Singular... (A: porque aquela pecinha do computador tem
esse nome professora?)... Porque ele tem o formato de um ratinho mesmo, aí o cabo
que liga no computador é o rabo... Aqui no Brasil a gente emprega a palavra
mouse, mas em Portugal eles usam a palavra rato... É... Mouse, singular; mice,
plural... Mais uma de Portugal... É pega no rato agora, clica no rato... É pega o
portátil... É notebook, a gente usa notebook, mas não é notebook, a palavra correta
é laptop... eles falam portátil... Ah eu tenho um portátil... (A: é muito esquisito,
né?)... Eles são avessos a incorporar o estrangeirismo... É eu acho assim, então...
Quanto à questão da língua, nacionalidade, patriotismo, tem tudo isso por trás... Mas
a língua não evolui, não é?... Agora, o nosso português do Brasil é o mais evoluído,
com o maior número de palavras... Ah, sim, agora tem uma nova norma ortográfica...
Que eu não sei se vai nos ajudar, a gente está tão acostumado, né?... (A: é
169
professora, “hoje” não vai mais ter “h”)... ’homem’ também então não vai mais ter
‘h’... Não é?... Pois é, se o ‘hoje’ não vai mais ter ‘h’ o ‘homem’ também não precisa
mais ter ‘h’... Então né? (A: ‘homem’ é o único que vai ter ‘h’)... Homem com “H”... O
“h” nem som tem né?... Mas é coisa da história da língua ?... Porque era assim...
Bom, vamos anotar agora nossas próximas atividades... (professora passa no
quadro):
Date: October 9th, 2008.
Thursday!
The weather is cloudy.
Agenda:
Correção da atividade 3
Homework
Encontre provérbios equivalentes em português para os provérbios do
exercício três. Escreva no caderno.
Atividade 4:
(4a.) Você irá escolher um número entre um e 108, ele corresponderá a um
provérbio de uma lista que será aplicada na sala. Após escolher o número,
procure o seu provérbio e anote no caderno em inglês e português. Treine a
pronúncia deste provérbio para apresentar.
(4b.) Escolha outro provérbio da lista dos 108 provérbios, anote-o em seu
caderno. Este provérbio será escrito em um marca-página que você irá
confeccionar.
Lista dos provérbios utilizados pela professora conforme segue.
PORTUGUÊS INGLÊS
1.
Os últimos serão os primeiros. The last will be the first.
2.
A ocasião faz o ladrão. Opportunity makes thieves.
3.
Achado não é roubado. Finders keepers, losers weepers.
4.
Quem vai ao ar, perde o lugar. If you snooze, you lose.
5.
Cuida do teu nariz que do meu cuido eu.
Não se meta onde não é chamado.
Mind your own business.
6.
Em boca fechada não entra mosca. A close mouth catches no flies.
170
7.
Águas paradas são profundas. Still waters run deep.
8.
Deus ajuda quem cedo madruga. The early bird catches the worm.
9.
Deus ajuda àqueles que ajudam a si
mesmos.
God helps those who help themselves.
10.
A galinha do vizinho sempre é mais gorda.
The grass is always greener on the other
side of the fence.
11.
Não julgue pelas aparências.
As aparências enganam.
Do not judge by appearances.
Looks can be deceiving.
12.
Em casa de ferreiro, o espeto é de pau.
Who is worse shod than the shoemaker's
wife?
13.
Não se pode julgar um livro pela capa.
You can't tell a book by its cover.
You can't judge a book by its cover.
14.
Dize-me com que andas, que dir-te-ei
quem és.
A man is known by the company he keeps.
Birds of a feather flock together.
15.
De mal a pior.
From worse to worse/worst.
Out of the frying pan and into the fire.
16.
Mais vale um passarinho na gaiola do que
dois voando.
Mais vale um pássaro na mão do que dois
voando.
A bird in the hand is worth two in the bush.
17.
Nem tudo que reluz é ouro. Not all that glitters is gold.
18.
Nem tudo na vida são flores. Life is not a bed of roses.
19.
É uma faca de dois gumes. It's a double-edged sword.
20.
O barato sai caro. You get what you pay for.
21.
Em terra de cego, quem tem um olho é rei. Among the blind a one-eyed man is king.
22.
A gota que faltava.
The last drop makes the cup run over.
The straw that breaks the camel's back.
23.
Matar dois coelhos de uma cajadada só. Kill two birds with one stone.
24.
Não adianta chorar sobre o leite
derramado.
No use crying over spilt milk.
25.
De pequenino é que se torce o pepino. Best to bend while it is a twig.
26.
Pau que nasce torto, morre torto. As the twig is bent, so is the tree inclined.
27.
Criança mimada, criança estragada.
Criança muito acariciada nunca foi bem
educada.
Criaste, não castigaste, mal criaste.
Spare the rod and spoil the child.
28.
Nem só de pão vive o homem.
Ninguém é de ferro.
All work and no play makes Jack a dull boy.
29.
Quando um não quer, dois não brigam.
It takes two to tango.
It takes two to begin a fight.
30.
Roupa suja se lava em casa. Don't wash your dirty linen in public.
171
31.
Longe dos olhos, perto do coração. Absence makes the heart grow fonder.
32.
Quem não é visto, não é lembrado.
O que os olhos não vêem, o coração não
sente.
Out of sight, out of mind.
33.
Quem cala consente. Silence implies (means) consent.
34.
Santo de casa não faz milagre. No one is a prophet in his own country.
35.
Quando a esmola é demais o santo
desconfia.
Isto é bom demais para ser verdade.
It s too good to be true.
36.
Onde há fumaça, há fogo. There's no smoke without fire.
37.
Toda brincadeira tem um fundo de
verdade.
When a thing is funny, search it carefully for
a hidden truth.
38.
Quem desdenha, quer comprar.
It is only at the tree loaded with fruit that
people throw stones.
39.
Seguro morreu de velho. Better safe than sorry.
40.
Gato escaldado tem medo de água fria.
A burnt child dreads the fire.
A burnt child fears the fire.
41.
Ver para crer. Seeing is believing.
42.
Uma imagem vale por mil palavras A picture is worth a thousand words
43.
Antes tarde do que nunca. Better late than never.
44.
Quando em Roma, faça como os romanos.
When in Rome, do like the Romans.
45.
Quem vê cara, não vê coração.
Beauty is not in the face; beauty is a light in
the heart.
The face is no index to the heart.
46.
Beleza não bota a mesa. Beauty is only skin deep.
47.
Quem ama o feio, bonito lhe parece.
Beauty is in the eye of the beholder.
In the eyes of the lover, pock-marks are
dimples.
Love sees no faults.
48.
O amor é cego. Love is blind.
49.
Quem espera sempre alcança. Good things come to those who wait.
50.
A esperança é a última que morre. While there's life, there's hope.
51.
Querer é poder. Where there's a will there's a way.
52.
Para o bom entendedor, meia palavra
basta.
A word to the wise is enough.
53.
Melhor do que nada.
Antes pouco do que nada.
Better than nothing.
Half a loaf is better than none.
54.
Uma mão lava a outra. You scratch my back and I'll scratch yours.
55.
É dando que se recebe. It is in giving that we receive.
56.
Não mordas a mão que te alimenta. You should not bite the hand that feeds you.
172
57.
Cavalo dado, não se olha os dentes. Don't look a gift horse in the mouth.
58.
A corda sempre arrebenta do lado mais
fraco.
A chain is only as strong as its weakest link.
59.
Quando dois elefantes brigam, quem sofre
é a grama.
When two elephants fight it is the grass that
gets trampled.
60.
A união faz a força.
There is strength in numbers.
United we stand, divided we fall.
61.
Por trás de um grande homem, há sempre
uma grande mulher.
Behind every great man there is a great
woman.
62.
Não ponhas todos os ovos no mesmo
cesto.
Don't put all your eggs in one basket.
63.
Não contes os pintos senão depois de
nascidos.
Don't count your chickens before they've
hatched.
64.
Antes prevenir do que remediar.
An ounce of prevention is worth a pound of
cure.
A stitch in time saves nine.
65.
Um homem prevenido vale por dois. Forewarned is forearmed.
66.
Quem não arrisca não petisca. Nothing ventured, nothing gained.
67.
Quem não chora, não mama. The squeaky wheel gets the grease.
68.
Quem não trabalha, não come/ganha. No work, no money.
69.
À noite todos os gatos são pardos. All cats are gray in the dark (night).
70.
Há males que vêm para o bem. A blessing in disguise.
71.
Um é pouco, dois é bom e três é demais. Two's company three's a crowd.
72.
Vale mais o exemplo do que o preceito. Practice what you preach.
73.
De grão em grão a galinha enche o papo. Grain by grain, the hen fills her belly.
74.
Água mole em pedra dura, tanto bate até
que fura.
Water dropping day by day wears the
hardest rock away.
Many little strokes fell great oaks.
A drop hollows out a stone.
75.
Devagar se vai ao longe.
He who treads softly goes far.
Make haste slowly.
Slow and steady wins the race.
76.
A pressa é inimiga da perfeição.
Haste makes waste.
Haste is the enemy of perfection.
He who takes his time does not fall.
77.
A mentira tem perna curta.
Lies have short legs.
Oh, what a tangled web we weave, when
first we practice to deceive.
78.
O feitiço virou contra o feiticeiro.
He was caught in his own web/trap.
It backfired.
79.
A justiça tarda, mas não falha.
God stays long, but strikes at last.
Justice delays, but it does not fail.
173
80.
Quem com ferro fere, com ferro será ferido.
He who lives by the sword, shall die by the
sword.
81.
Olho por olho, dente por dente. An eye for an eye, and a tooth for a tooth.
82.
Amanhã é outro dia. Tomorrow's a new day.
83.
Águas passadas não movem moinhos. Let bygones be bygones.
84.
Quando o gato sai, os ratos tomam conta. When the cat's away, the mice will play.
85.
Uma coisa de cada vez. One thing at a time.
86.
Tudo que é bom dura pouco.
Acabou-se o que era doce.
All good things must come to an end.
87.
Quem ri por último, ri melhor. He who laughs last, laughs best.
88.
Alegria de uns, tristeza de outros.
One man's happiness is another man's
sadness.
89.
Um dia é da caça, outro do caçador. Every dog has his day.
90.
Tempo é dinheiro. Time is money.
91.
O dinheiro fala mais alto.
O dinheiro é que manda.
Quando o dinheiro fala, tudo cala.
Money talks.
92.
Todo homem tem seu preço. Every man has a price.
93.
Negócios em primeiro lugar. Business before pleasure.
94.
Amigos, amigos, negócios a parte. Business is business.
95.
Quem não tem cão, caça com gato.
Make do with what you have.
A drowning man will clutch at a straw.
96.
Fazer tempestade em copo d'água.
Make a storm in a teacup.
Make a mountain out of a mole hill.
97.
Cão que ladra não morde.
Barking dogs seldom bite.
His bark is worse that his bite.
98.
Antes só do que mal acompanhado. Better alone than in bad company.
99.
A emenda ficou pior do que o soneto. The remedy is worse than the disease.
100.
Nascido em berço de ouro. Born with a silver spoon in your mouth.
101.
Quem tem boca vai a Roma. Better to ask the way than go astray.
102.
Quem semeia colhe.
Quem semeia vento, colhe tempestade.
You reap what you sow.
You made your bed, now lie on it.
103.
Um osso duro de roer. A hard nut to crack.
104.
Dos males o menor. Choose the lesser of two evils.
105.
A prática leva à perfeição. Practice makes perfect.
106.
É errando que se aprende. The road to success is paved with failure.
107.
Os melhores perfumes vêm nos menores
frascos.
Good things come in small packages.
174
Tamanho não é documento.
108.
A estrada para o inferno é feita de boas
intenções.
The road to hell is paved with good
intentions.
Fonte: <http://www.sk.com.br/sk-prov.html>. Online. 4 de setembro de 2008.
Bom, então nós temos duas partes neste exercício quatro. Parte (a) é para
apresentar, parte (b) é para entregar... Na parte (a) eu tenho uma lista de 108
provérbios com seus correspondentes em português, essa lista eu vou fixar na sala,
hoje não temos mais tempo, né? Hoje não tem tempo mais pra vocês... Mas hoje
talvez eu ainda tenha tempo de pegar o número que vocês irão escolher, então vai
ser assim ó, pra não haver repetição de provérbios, cada um vai escolher um
número sem saber ainda deste provérbio... Aí depois vocês vão a lista procurar o
provérbio e anotar no caderno, em inglês e português, é, cada um vai ter um número
diferente, vocês tem do um ao 108, vocês tem aqui muitos números para escolher, e
esse provérbio você vai treinar para apresentar, não precisa ser memorizado, ele
pode ser lido, ta bom? Ok? ... Vocês vão escolher um provérbio, vão fazer um
marca-página, vão enfeitar e nós vamos fazer um amigo secreto e vamos trocar...
Ah, eu vou dar a cartolina... Eu peguei papel cartão, cartolina... Ok, na atividade
(b), aí vocês vão à lista, vão ver a relação de vários, desses provérbios, vão escolher
mais um provérbio... que dessa vez você vai escolher mesmo, não vai ser assim,
no sorteio... São dois provérbios, o primeiro você vai escolher sem ver a lista, o
segundo você vai escolher olhando a lista... É que aqui é pra não ter repetição, ta
bom? E aqui, aqui pode, aqui não tem problema... Este aqui vocês vão escolher,
anotar no caderno, em inglês e em português, pra saber a tradução, e vocês sabem
o que é um marca-página né? ... Então vocês vão produzir um marca-página, ele é
um pouco mais largo, ele é assim né, pode ter essa largura (mostra um marcador de
páginas) de um lado vai ter o provérbio em inglês e do outro vocês fazem uma
ilustração sobre o provérbio... Você pode escolher uma figura também... Na próxima
aula a gente escolhe o provérbio, ta bom?... É vai ser feito em casa ta bom? ... Eu
vou te explicar melhor na próxima aula... Ah nem fiz a chamada, nem deu tempo,
quem é a representante da sala?...Termina a aula.
175
14/10/08 – terça-feira
Neste dia não houve aula com os alunos, todos os professores se reuniram com o
pessoal administrativo para discutirem o Estatuto do Servidor Público.
16/10/08 – quinta-feira
Hi everybody... ok, let’s start... podemos começar? Yes?... Ok, let’s pray…
então vamos agradecer mais este dia, vamos caprichar bastante hoje, né oitava “B”?
Vamos conversar bem pouquinho, bem baixinho, fazem a oração em inglês.
Bom, revisão hoje sobre as aulas de valores humanos. Então, hoje é a aula dez.
Primeira pergunta, quem de vocês tem lembrado de cumprimentar as pessoas com
bom dia, boa tarde, boa noite? ... Ninguém?... Uma vez?... Então o cumprimento de
vocês é sai ta bom... o é bom dia... Ta na hora da gente mudar um pouco os
nossos hábitos, né?... Eu também quando acordo de manhã não dava bom dia para
o meu marido, aliás, ele fala tchau... Mas eu ainda fico na cama, eu levanto
depois dele... Aliás, eu nem escuto ele acordando... Bom, e quanto ao
agradecimento, tem se lembrado de agradecer?... Esse é mais comum do que o
bom dia, boa tarde? Bom o boa tarde vocês falam sempre né?... Aqui na escola,
aqui na escola vocês sempre falam né?... Bom, nas últimas aulas foi dito, ok, hoje eu
vou ler... Numa das últimas aulas foi dito que o computador tem dois lados, o bom e
o ruim... Quem sabe dizer qual é o lado bom?... Estudo, para pesquisar, para fazer
novas amizades?... Sim, por um lado sim, né?... Conhecer coisas novas... Muito
bem, e o lado ruim do computador qual é?... O vício que ele provoca mais alguma
coisa ruim além do vício? ...hein Guilherme?... Além do vício, que outra coisa ruim o
computador traz? ... Ok, enquanto você vai pensando eu vou continuando... que
vocês lembram o vício como lado ruim, não tem mais nada... Sim, quais são
eles?... Que mais? Mais algum além deste?... Obesidade... Isso na frente do
176
computador, não se exercita... Ah, isso, problema na coluna, visão... Bom, ele é bom
quando bem utilizado para se estudar, trabalhar... Mandar e receber mensagens... É
ruim quando ele se torna um vício, com vocês falaram... Muitas pessoas... Como
diz a professora Rose... Respeito faz bem aos dentes, né? Educação também, ela
fala, talvez não pra vocês, mas ela já falou... Bom, muitas pessoas ficam viciadas em
computador, passam todo o tempo disponível com ele, prejudicando estudos e
muitas outras coisas, coisas ruins, como coisas ruins também as falsas
amizades, os contatos perigosos,... E ainda algumas imagens negativas que ficam
presentes por muito tempo na nossa memória. Pelo computador, podemos
conversar com pessoas do mundo inteiro, mas não podemos ver essas pessoas
enquanto falamos com elas e por isso podem nos enganar a vontade, né? Muitas
vezes dizem coisas bonitas, contam histórias tristes... Para nos sensibilizar e
acabamos criando grande amizade por alguém que pode estar brincando conosco...
Eu acho que vou chamar a dona Célia e vou falar pra ela que na oitava série “B” não
está funcionando os cinco minutos, e eu na minha aula, acho que vou parar de fazer
a leitura, vou interromper o ciclo, de que ainda eu ficar lendo se vocês o estão
nem aí, não prestam atenção. Cadê a educação da oitava série “B”? Está perdida
por aí? Estão todos passados? Todos passados em todas as disciplinas? fizeram
as contas, quando receberam agora o boletim do terceiro bimestre? Estão todos
passados em inglês também? (continuando a leitura do texto) É pior ainda quando
algum bandido se faz de criança para ganhar nossa confiança e conseguir
informações importantes para suas más intenções. Isso tem acontecido muito
freqüentemente. Com relação aos vírus, existem também aqueles que são uns
programinhas que os hackers enviam e que ficam instalados no computador. Esses
programinhas captam informações importantes como número de contas bancárias,
177
as senhas essas contas e outras coisas mais, né?... Aí os hackers com esses dados
em mãos, transferem todo o dinheiro para as suas próprias contas... Por isso é
preciso não conversar agora porque eu quero continuar a leitura. Por isso é preciso
ter muito cuidado ao usar o computador e principalmente a internet, quem tem
acesso a internet em casa deve sempre perguntar aos pais quais os sites que pode
visitar... Alguns pais, eu sei que alguns pais sabem menos utilizar o computador do
que vocês próprios, né? ... que eles têm que ficar de olho sim naquilo que vocês
andam... Nos sites que vocês andam visitando né? Acessando... E essa aula ta?
Guilherme, pra você e para outros aí que não escutaram no início, essa é uma aula
de revisão, então revisando as últimas cinco aulas, ta bom? E no episódio de
amanhã que é a aula onze, vocês vão continuar escutando sobre a história das
três crianças, ta? Só amanhã vocês vão escutar.
Bom, e agora, na última aula eu passei para vocês duas tarefas, né? A
primeira... É, não, tarefa que eu digo não tarefa de casa, mas é uma tarefa, tarefa é
uma atividade que a gente tem que fazer, sendo ela... Quando é pra casa, é tarefa
para casa, tarefa de aula, né? Tarefa de sala de aula.
Então, a primeira é escolher um número de uma lista de cento e sete provérbios,
depois vocês com o número que vocês escolheram assim aleatoriamente, sem ver
os provérbios, isso é lógico, porque eu estou fazendo isso? Pra não ter assim
repetição de provérbios, pra vocês não ficarem... Todos escolherem o mesmo
provérbio de repente pra apresentar, então assim cada um vai apresentar um
provérbio diferente ta?
Depois eu vou afixar as listas na sala e vocês vão se levantar da carteira e anotar
em inglês e em português o provérbio que vocês escolheram. Vocês vão perceber
que em alguns, para alguns provérbios, vocês temem português uma frase ou um
provérbio e em inglês vocês tem três versões, ou às vezes tem uma em português,
duas em inglês, ou duas em português, uma em inglês, ta? Então vão ser sempre
duas frases, às vezes tem uma pra cada né? Um equivalente só, mas às vezes tem
três, três possibilidades para um único provérbio em inglês, ou o oposto, ta? ... Uma
178
versão em inglês e duas em português... Então eu vou anotar agora os números,
cada um vai escolher, pensem num número para me falarem... Esse vai ser pra
apresentar, daí vocês vão treinar...
Vamos então, número um da chamada, qual é o número?... Qualquer número de
um a cento e sete... Dezoito, oh o dezoito foi; dois? (A: faltou), quem é o número
dois?... Ta; três?...Três, três, ta bom; quatro?...Dez; cinco?... Cinco; seis?...Quem é
o número seis?... Seis ta; sete?... Sete? Oito?...Dezenove; nove?...Treze; dez?...
Vinte e cinco... Marquem o número que vocês escolheram, senão depois vem me
perguntar, ai teacher eu não sei que número eu escolhi... Onze?...Onze; doze?...
Doze; treze?... Cento e sete, ta; quatorze?... Quatro? Quinze?... Quarenta;
dezesseis?... Faltou? Dezessete?... Vinte e sete?Ah, dezessete; dezoito?... Dezoito
foi... (vinte e três)... Ta, dezenove?... Oito? Vinte?... Tudo número baixo gente...
Vinte e um?... Treze foi... Treze foi... Marquem o número que estão escolhendo...
Vinte e um, parou no vinte e um... Oitenta e dois; vinte e dois?... Faltou? Vinte e
três?...Faltou? Vinte e quatro?... Noventa e nove; vinte e cinco?... Faltou? Vinte e
seis?... Vinte e seis; vinte e sete?... Noventa e cinco; vinte e oito?... Cinqüenta; vinte
e nove?... Quinze; trinta?... Cento e quatro; trinta e um?... Setenta e sete. Esse é o
que vocês vão apresentar, treinar para apresentar... Como que vocês vão apresentar
um provérbio? (A: lendo)... Falar o provérbio em inglês... Não precisa ser
memorizado, vocês podem ler... Mas tem que treinar a pronúncia pra apresentar
bem direitinho... Vou marcar a data... Provavelmente na semana que vem ta?... Na
terça não, porque dna aula de hoje vocês vão aproveitar para tirar dúvidas de
pronúncia ta?...
E o outro que é a letra “bé o provérbio que vocês vão escolher, fica livre, vocês
escolhem o que vocês quiseram, anota no caderno em inglês e em português, o
provérbio, vocês vão fazer um marca-página com esse provérbio... Oh eu fiz
aqui com a oitava série “A”... Eles fizeram oh, um marca-página, de um lado eles
escreveram o provérbio em inglês e do outro foi feito a ilustração... Precisa ilustrar...
Oh, esse provérbio e a ilustração oh, tem haver com o provérbio... Deixa ver aqui...
Oh, olha só esse aqui... Né ficou legal, então vocês podem fazer no formato, então o
marca-página vocês sabem, né?... Alguns até ficaram pequenos, mas... Ficaram
bem legais... Então vamos lá... Ta misturada à lista ta? Não ta por ordem não... Aqui
é do um ao vinte e cinco... Pode, pode vir... Esse é o “a” e aproveitem e escolham
o “b” também,?... (alunos vão às listas para anotarem os seus respectivos
179
provérbios... professora esclarece dúvidas quanto ao trabalho e quanto à
pronúncia)... As listas estão todas aí... (A: teacher tem alguns ali que tem mais de
um, pode escolher só um?)... É aí você escolhe um, ta bom?... “the early bird
catches the worm”... É esse aqui é um equivalente não é a tradução do que está
escrito aqui ta?... (A: o meu é muito... ”de mal a pior”)... De mal a pior?...Combina,
combina com você né? De mal a pior... Agora você pegou aquele que você vai
apresentar, agora você escolhe um... (A: oh teacher, como isso?)... (professora
ajuda a aluna a pronuncia corretamente o seu provérbio)... ”as the twig is bent, so is
the tree inclined”... (A: “o barato sai caro)... “you get what you pay for”… esse é cil
de falar… (A: oh teacher, como é o “t-h-e”?)... The... the (pronuncia)... (A: tem que
escolher dois ou um?)... Dois, um você escolheu da primeira lista, para
apresentar, agora o outro fica livre, olha a lista ali... “let bygones be bygones” (a
professora ajuda o aluno a pronunciar)... Escreve direitinho lá no teu caderno...
”águas passadas o movem moinhos”... (A: mas não tem palavras iguais aqui)...
Ah, é que é assim, este aqui é uma versão em inglês, não é a tradução, às vezes
tem bem certinho... (A: Como eu falo esse?)... “You can’t tell a book by its cover”…
“You can’t judge a book by its cover”… agora você escolhe qual você acha mais… (a
professora ainda esclarece mais alguns alunos quanto à pronúncia dos provérbios)...
Pessoal, eu estou cortando aqui cartolina, para vocês utilizarem no marca-página de
vocês, ta?... Não é aqui na sala, nós vamos fazer um pouco na sala e um pouco em
casa... Tinha outras cores, mas os alunos foram pegando (cartolina)... (A: pra
pegar, já?)... Já, pode... Mas acho que vou pegar mais folhas... Eu tenho um cor-
de-rosa aqui... Era pra eu ter pedido lá pra dona... Vai pede pra dona Terezinha, que
a teacher esqueceu, eu quero mais cartolina, daquelas que eu já tinha pego com ela,
outras cores, podem ser coloridas, tinha preta, tinha uma amarela tão bonita... É vai
primeiro... Rosa... Também foi muito porque eu cortei muito grande... O que vocês...
O que aquele grupo ali está fazendo?... Conversando sobre o que?... Do marca-
página? Ta... (A: é em dupla?)... o, individual... Ah é porque a gente vai
presentear um colega da sala... Oh tem mais cores aqui oh... (A: teacher tem
preto?)... Não... Preto não tem mais né?... (A: oh teacher, posso ir no banheiro
rapidinho?)... Hum, hum.. Can I go to the toillet?... Alguém vai querer azul?... Tem
esse azul, tem esse aqui, tem esse vermelho... Qual Bruno?...Porque não... Qual o
problema?...Ah, qual o problema, ele não pode?... porque é Pink?...Não pode?...
Homem de azul, mulher de vermelho?... Estou achando que essa é a sua cor
180
preferida... Qual é o seu?... “fazer tempestade em copo d’água”, “make a storm in a
tea cup”... E o seu, qual é o seu?... De quem é o gato escaldo aqui? De quem é o
gato escaldado que veio parar aqui na minha mesa... A aula que vem a gente vai
utilizar para confeccionar o marca-página e treinar a pronúncia.
21/10/08 – terça-feira
A aula começou com quinze minutos de atraso devido a uma conversa da
diretora com os professores.
Good afternoon (alunos sempre respondem em inglês o cumprimento da
professora). How are you? (A: fine) fine, so, so. Let’spray. Vamos agradecer então
mais esta tarde e vamos saber aproveitá-la bem, aproveitar bem todas as aulas, com
bastante atenção, com bastante vontade de estudar, hein? (Fazem a oração).
Vocês fizeram a tarefa de ontem?...Não, mas não é a tarefa de inglês, é outra
tarefa... Da aula de ontem (a professora se refere à leitura do projeto)... Oh,
perguntar em casa, ao adulto, qual o motivo de tanta violência na terra... Não, mas
não era para perguntar para mim, era para trazer como tarefa, era para perguntar
para outra pessoa... Ninguém fez a tarefa na oitava série “b”?... Quem fez Jéssica?
E qual foi a resposta que te deram?... Quer dizer que na aula de ontem quando foi
feito a leitura vocês ficaram conversando?... na última aula de inglês quando eu li
vocês também conversaram... Onde vocês acham que vão chegar com tanta
conversa, tanta falta de vontade, eu to achando assim que tem tanta falta de
vontade na oitava “b”... Se eu comparar com as outras oitavas séries, eu to achando
assim a oitava “b” muito preguiçosa, muita, muita preguiça... Por parte de muitos
alunos dessa sala... É que é isso?... É assim que vocês estão se preparando para o
final do ano? Para o ano que vem no ensino médio?... Entrem com essa preguiça
toda no ensino médio pra vocês verem... Pois é Jéssica, você disse que perguntou
para um adulto, você trouxe a resposta? Não? Então ta bom... E a aula de hoje seria
uma discussão a respeito das respostas que vocês trariam... Pois eu não sei nem a
pergunta, mas a professora deve ter lido a pergunta... Não é uma pergunta é uma
tarefa... Eu ontem de manhã quando eu li para a minha turma de sétima “a” eu não
passei a tarefa porque passou assim batido mesmo essa parte da tarefa, mas eu li a
história, preso pelo ódio, né? Conversamos a respeito que eu acabei esquecendo
de passar a tarefa pra eles... Então... Não a professora com certeza passou, sim...
181
Então respondam vocês, que vocês não perguntaram a nenhum adulto... E o que
vocês deveriam perguntar era o seguinte: qual o motivo de haver tanta violência na
terra... Violência, porque tanta violência? Porque as pessoas estão violentas?
Porque que a gente escuta ultimamente... Ultimamente a gente tem escutado muita
notícia ruim nos noticiários... E todas são sobre violência... Todo tipo de violência...
Porque quando criança não foram bem orientadas... Ou faltou?... Limite?... Isso nós
discutimos quando falamos no bullying né?... Sofreu violência aí... Sim, mas oh...
Não existe um único motivo, mas uma soma de fatos que levam... Outra coisa que
falaram hoje de manhã, a turminha de hoje... Resposta de um adulto que foi
entrevistado... Ganância, muita ganância das pessoas... Então aquela busca pelo
poder, pelo dinheiro, a inveja, isso, também gera violência né?... Só que também, eu
conheço casos de pessoas que tem uma boa orientação familiar, tem uma boa
estrutura na família, mas acaba caindo no crime, nas drogas... Talvez... Seque
eles não buscam se divertir? ... Limites, né? ... Tem tudo assim de mão beijada e daí
não valoriza né?... Bom então agora nós vamos fazer um exercício... Muito bem...
Agora... Tem que ajudar também... Tem que aprender sim, porque
mulher?...Muito bem, o que tem como uma proposta aqui é um exercício para as
pessoas relaxarem um pouco e se sentirem mais tranqüilas... Por exemplo, tem
situações como a que foi colocada ontem a questão do ódio né? Preso pelo ódio, às
vezes a gente tem tanta raiva e acaba cometendo uma coisa grave, né? Por conta
dessa nossa raiva, dessa nossa explosão né?... Sim, sim, a gente pode criar
hipóteses, mas... Bom, então o exercício... Pessoal, deixa ir aqui, senão a gente vai
ocupar todo o espaço da aula e não vai dar tempo, então vocês devem ter feito
isso, que é um exercício de respiração pra gente relaxar, que é... Eu não consigo ir
pra frente, vocês não me deixam... Então nós vamos agora, que vocês têm que
sentar, encostar as costas no encosto da cadeira, não pode sentar de qualquer jeito
não, sentar bem sentadinho na cadeira, com as costas bem encostadas ali no
encosto da cadeira, sem cruzar pernas, sem cruzar braços... Oh, braços pra baixo,
assim... Relaxados? Um exercício de respiração inspira... (A: ah, pára com isso
teacher, é sério?) é sério... Então vamos começar?... Inspira, segura, solta... Outra
coisa que eu aprendi com a fonoaudióloga, a gente não deve, esse inspirar não é
levantar os ombros, é o diafragma que a gente trabalha, o diafragma, puxa
o ar dali, então vamos lá, a segunda vez... (fazem o exercício)... Terceira, inspira... O
Wellington, por favor, assim não certo, como é que a gente vai relaxar assim...
182
Solta, inspira... Solta, última vez, inspira... Solta... Ta quando a gente tiver assim
muito agitado, muito bravo, então a gente tem que dar uma parada, prá se acalmar...
E. Wellington me fale uma coisa que pra você durante a aula não é chato, porque
até isso você achou chato, por favor, né?
Bom, vamos lá então, quem é que não conseguiu pegar os seus... Aquele que
vocês vão falar, não pode mudar e eu tenho os números anotados... Quem não
pegou... Quem não pegou a cartolina... Oi... Pode... E eu vou colocar os outros,
aqui tem cartolina pra quem não pegou... (A: não mais amarelinho?)... Ah, não tem
mais... Tem azul, tem mais azul aqui, tem que cortar... Tem esse dois tons de
rosa... Tem mais um azul aqui pra cortar... Até semana que vem... Folha sulfite,
queres branca? Cartolina?...
(A professora fixa as listas no quadro novamente para que os alunos que ainda não
copiaram possam fazê-lo. Distribui pedaços de cartolina para os alunos
confeccionarem seus marcadores. A aula é reservada para que os alunos
confeccionem cada um o seu marcador).
... Esse aqui é o que você vai desenhar... Não é o mesmo número que você vai
apresentar... (A: alguém pegou o número noventa e oito nessa sala? É porque a
Renata faltou)... Ta eu vou falar com a Renata e a Manuela, gente oh...
Guilherme, o que você está fazendo Guilherme? (A: desenhando)... Desenhado o
que, faz parte da aula de inglês esse desenho? (A: não)... Não, agora é o marcador
de página que é para fazer, ta bom?... Que cara é essa Guilherme? Essa é a nossa
tarefa,... Vamos gente, vale nota, não é brincadeira,... (A: o meu desenho, o meu
negócio que eu tenho que desenhar é ouro, né? eu posso desenhar na frente?... não
precisa ser atrás né?)... É o seguinte, Renata, Manuela, tem mais alguém que faltou
terça-feira?... A gente cortou assim, mas quem vai dar o formato é você... (A
professora explica às duas alunas como o trabalho deverá ser feito)... Você escolheu
o noventa e oito? Deixa ver se ninguém escolher o noventa e oito... Ah tem mais um
aluno que faltou, Andrey, preciso falar com você também Andrey... Já se... Da
atividade?...Pois é, o primeiro provérbio é para apresentar, o segundo é para fazer
um marca-página... (a professora auxilia os alunos a sanar dúvidas quanto ao
trabalho, oralidade, material)... (A: o que desenhar precisa ser em inglês também?)
sim, eu quero ele escrito em inglês, o marca-página... No marca-página eu quero
em inglês... Na próxima terça-feira, dia 28 será a apresentação e a entrega do
183
marca-página... (alunos utilizam a aula para fazerem seus trabalhos e esclarecerem
suas vidas junto à professora)... Na próxima terça-feira entrega e apresentação,
anotem no caderno, vale cinco e cinco (cinco pontos da apresentação mais cinco
pontos do trabalho)... Cinco cada atividade...
Professora passa a agenda do dia no quadro:
Date: October 21st, 2008.
Tuesday
The weather is rainy!
Agenda:
Data da apresentação e entrega do marca-página: 28/10
23/10/08 – quinta-feira
Good afternoon… hello… how are you Lizandra? fine? (A: so, so)… How are
you Luiz? Fine?, so, what have you been doing?... you were at Univille?... what were
you doing there?... curso?... ok, ok, então vamos agradecer mais esta tarde, vamos
pedir bastante proteção, bastante saúde pra nós, para os nossos familiares, para os
nossos amigos, bastante atenção e participação nas aulas também... (fazem a
oração).
Hoje... Depois nós conversamos sobre a nossa aula de inglês, agora é os “cinco
minutos”... Então hoje é a aula quinze, revisão, revisão das últimas cinco aulas...
Bom, hoje nós vamos rever o que foi tratado nas últimas aulas de valores humanos,
vocês estão lembrados de “Asteri”? Aquela menina do comando solar que veio
convocar... Pois bem, Asteri tinha dito que milhões de pessoas curtem a violência, as
drogas, a desonestidade e outros valores negativos. Disse também que esses tipos
de pensamentos e emoções, havia criado em torno do nosso planeta uma faixa de
energia muito perigosa e que um gênio do mal conhecido como “Rukfolow” estava
planejando dominar a terra usando essa energia. Ela disse também que se nós os
terráqueos criamos essa fonte de energia ruim, somos nós mesmos que teremos de
destruí-la ou pelo menos dar os primeiros passos nesse sentido. Nas aulas
seguintes também tratamos da questão da violência, foi mostrado que sentimentos
negativos como o ódio e o rancor, também deixam as pessoas emocionalmente
ligadas aos seus adversários. Assim o ódio é uma força negativa muito perigosa,
184
poderosa, que tem a tendência de transformar-se numa prisão e para se libertar
dessa prisão, um caminho, que é perdoar. Quem aqui viu algum noticiário
de alguma situação em que uma pessoa num momento de raiva agride e até mata
outras pessoas e com isso além do remorso que vai sofrer também estraga a própria
vida? Temos escutado ultimamente muitos casos... (alunos dão seus depoimentos e
interagem com a professora). Bom em outra aula nós falamos sobre Gandhi, quem
lembra? Foi na aula de ontem né? ... Gandhi foi um indiano que conseguiu levar seu
povo a se libertar da Inglaterra de forma pacífica, sem violência. A Inglaterra havia
se apossado da produção de sal na Índia e os indianos tinham que comprar dos
ingleses o sal que era deles próprio. Gandhi então partiu com um pequeno grupo de
pessoas iniciando a famosa marcha para o sal, pelo caminho outras pessoas iam se
juntando ao grupo que ia crescendo cada vez mais e mais, ao chegarem ao mar
eram milhares de indianos que tinham andado mais de trezentos quilômetros a pé.
Era uma multidão tão grande que os ingleses nada puderam fazer. Esse foi um fato
muito importante para a libertação daquele país. Gandhi foi um exemplo
extraordinário não só para a Índia como também para o mundo inteiro. Praticar a não
violência, é não ferir ou magoar alguém por palavras os corações. As pessoas não
violentas sempre são mais agradáveis, conseguem fazer mais amigos, tem mais
sucesso na vida, e principalmente estão obedecendo às leis universais da paz.
Infelizmente aqui na nossa escola a gente tem muitos casos de alunos que estão
muito violentos, vivem agredindo os colegas da sala e até nós professores somos
agredidos também... Não, não é brincadeira ta Jonatan, é rio... o, não estou
falando aqui da sala de vocês ta? Mas nós temos alunos aqui, principalmente alunos
de quinta série... Muito agressivos... Agridem verbalmente e com ações... E eles
precisam da nossa ajuda também né?...Precisam que a gente ore também por eles
né?... Bom, tem um... Eu tava me lembrando enquanto eu lia sobre aquela multidão
que Gandhi arrastou com ele né? E com isso eles conseguiram se libertar dos
ingleses tem um ditado aí, um provérbio que a gente poderia usar, foi falado
nas nossas aulas, qual que a gente poderia utilizar? (A: a união faz a força), isso, “A
união faz a força” e como seria esse ditado, provérbio em inglês? (Um aluno fala em
inglês: many hands make light work)... that’s it… “Many hands make light work”…
good memory… traduzindo essa… muitas mãos tornam o trabalho mais leve… é,
uma mão lava a outra, seria, se eu te ajudei eu também vou receber ajuda, o
185
necessariamente de você mas pode ser de outra pessoa, mas aqui é a união, a
união em busca de um objetivo sem força.
Muito bem, a nossa apresentação ficará então para terça-feira, hoje eu vou
passar outra atividade e os alunos que estão com dúvidas com relação à pronúncia
da frase que irão apresentar, daí vão tirando comigo... (os alunos que ainda não
terminaram seus trabalhos poderão terminar na aula, esta aula foi destinada para a
finalização dos trabalhos, esclarecimento das dúvidas e prática da pronúncia)...
Quem ainda está fazendo o marca-página então... Ta eu tenho aqui quem está
precisando... Luiz, Luiz, você chegou a anotar as atividades, não Luiz?... Pode
usar, use os dois lados... Luiz são duas atividades... Quem tem pronto pode me
entregar hoje... Preto, quem quer preto?... Tenho aqui preto... Luiz é assim, um
provérbio é para falar e o outro é para escrever num marca-página e fazer uma
ilustração... Não, o que você vai usar no marca-página você escolhe, o outro você
vai escolher sem saber qual é o provérbio ta? ... Você tem a opção de cento e sete
provérbios, do um ao cento e sete você tem a opção de escolher um número, se
esse número foi escolhido então você escolhe outro... Pensa em um número aí...
Jonatan pegou a atividade né? (A: não teacher, eu não lembro dessa atividade)... Dá
uma olhada no seu caderno... Alguém mais vai querer preto?... Você não chegou
a escolher nenhum provérbio, não é?... Você chegou a olhar a lista?... Vopode
pegar um caderno emprestado para anotar a atividade?... Jonatan, um número de
um a cento e sete... Vinte e sete? Então vamos ver se alguém escolheu o vinte e
sete... Já... Oitenta e dois? Deixa ver aqui o oitenta e dois... Não... anota no seu
caderno em inglês e em português... Luiz o teu número é o... Vinte e dois... E o
teu?... Vinte e sete?... Deixa ver se alguém escolheu o vinte e sete... Não... O teu é
dezesseis né?... Pode... Vinte e sete, então ta... Então agora você vai ver aqui o
vinte e sete... O vinte e sete é assim, esse é em inglês e tem três em português,
você pode escolher um em português que vai ser o significado desse aqui... Não é
que tem um em inglês, mas que tem três equivalentes em português... Ta? Daí você
anota no seu caderno... (A: teacher eu peguei “o barato sai caro”, mas eu não
achei nada com dinheiro, aí não ficou legal)... Eu tenho umas revistas aqui oh... Tem
uns livros de inglês ali também que pode recortar... Pode escolher ... E Luiz, e
depois você pode vir escolher outro para fazer o marca-página, ta bom? Vou deixar
aqui as folhas... O problema
é que você juntou essa palavra aqui oh, ta vendo? ... É
186
que o marca-página, ele é mais durinhos né?... Not all that glitters is gold (professora
pronuncia)... não, esse é fácil… the last drop makes the cup run over… o que você
vai falar? o barato sai caro?... o, o que você vai falar, falar… cento e quarto?
Deixa ver o cento e quatro... Não esse não precisa, só o da apresentação... Esse é o
que você acabou de escolher, o do número vinte e sete é o do provérbio que você
vai apresentar... Esse é pra fazer no marca-página, esse não fala... É esse é para
entregar, daí eu vou dar a lista e você vai escolher um lá também, ta?... (A: nem tudo
que reluz é ouro)... Ta esse é pra que? ... Qual é o cento e quatro? Ah esse é o que
você vai falar... “Practice makes perfect” (A: teacher, pode entregar?)... Coloquem
o nome de vocês ta? Num cantinho... Isso tem que por o nome senão eu não vou
saber quem fez... É o nome de vocês, ta bom?... E esses alunos que estão livres
aí?... Lucas, você fez o seu?... Claro, se está pronto pode me entregar ta bom?...
Quem tem o marca-página pronto pode me entregar... vou passar atividade no
quadro... Colocou seu nome, né? Ta...
Professora faz a chamada... Ah por isso que estão tão calmos? Porque o
Aron faltou?... Não, pois é, não eu estou brincando porque na última aula o Aron
estava... (continua a chamada)... (auxilia um aluno a pronunciar corretamente o
provérbio)... Aqui é um “r” e aqui é um “e” ta?... (professora lê: “Spare the Rod and
spoil the child” e vai lendo aos poucos para que o aluno pegue a pronúncia)... A
palavra mais difícil que tem aqui é child as outras são cil... Mas é ir treinando
que você chega lá... (continua auxiliando os alunos quanto à pronúncia dos
provérbios)... Esse tem som de “i” e esse “u” tem som de “ãhãh”... Agora você
escolhe um para fazer um marca-página... É esse você pode escolher... Luiz,
escolheu um aqui para o marca-página?... Ok então agora que for terminando vai
entregando, deixa aqui dentro do meu diário... E quem está com o marca-
página pronto e não precisa mais treinar o provérbio que falará... Sim é isso
mesmo... É, a data final de entrega é terça-feira, ta?... (teacher, o meu ta pronto
que eu deixei em casa)... Ah você está usando o meu papel para fazer um marca-
página... Olha só... Todos pararam para ficar olhando, viu? ... (professora
continua auxiliando na pronúncia dos provérbios daqueles que ainda estão com
dúvidas)... Escreve o seu nome ta?... Não faça tempestade em copo d’água, é
isso?... (A: professora esse aqui “devagar se vai ao longe” eu desenhei uma
tartaruga...) uma tartaruga ou uma lesma, ou um caramujo... (a professora continua
187
esclarecendo dúvidas quanto à pronúncia)... “The early bird catches the worm”...
“God helps those who help themselves”... Fernando… é o Guilherme ou o Fernando
que entregou?...Fernando, oh Fernando, não, não é isso,... Só apaga essa marca de
lápis... É? Vai deixar a lápis?... Spoil, spoil...
Ei atividade cinco né? Cinco... A última que eu passei para vocês era três ou quatro?
Quatro, agora é cinco né, então ta. Professora passa no quadro:
Date: October 23rd, 2008.
Thursday
The weather is cloudy!
Agenda:
Activity 5
5. Try to find an equivalent proverb or popular saying in Portuguese for the list
bellow. If you can’t find an appropriate equivalent, suggest a possible translation,
literal (word by word) or free (meaning rather than word).
g) The grass is greener on the other side of the fence.
h) East, west, home is best.
i) Practice what you preach.
j) He, who laughs last, laughs longest.
k) You can lead a horse to water but you can’t make him drink.
l) Beauty is in the eye of the beholder.
bom que você não pode escrever, você pode tentar entender então... Oh
Jonatan e Wellington, tem atividade no quadro... Oh, pessoal, eu acabei de escrever,
alguns alunos conseguiram copiar né?... Ta... o enunciado?...Bye-bye, próxima
aula, apresentação.
28/10/08 – terça-feira
Professora anota no quadro:
- Oração
- 5 minutos
- Entrega do marca-página
188
- Apresentação
A representante da classe passa recolhendo a autorização que os pais
assinaram autorizando-os a participar de um passeio pela escola, esta tarefa foi
solicitada pela supervisora escolar para que os professores recolhessem na
primeira aula.
Alguns alunos foram conversar com a professora que ainda não haviam terminado o
marca-página ou que haviam esquecido em casa e se poderiam trazê-lo na próxima
aula.
Ok, good afternoon, how are you? Good afternoon (alunos respondem em
inglês). How are you? (A: fine, so so). Ok, let’s pray. Então vamos agradecer mais
esta tarde, vamos pedir assim bastante proteção e que vocês aproveitem bem.
(Fazem a oração).
Eu vou pedir pra vocês fechem as janelas porque depois eles abrem os portões para
os alunos da... As janelas, não as cortinas... Porque depois chegam os alunos das
primeiras e segundas- ries e fazem muito barulho. Cinco minutos, aula dezessete,
o título hoje é não brigar. Bom, quem é que tem lembrado de cumprimentar as
pessoas, de agradecer (alguns alunos falam a respeito)... Vocês tem lembrado de
falar muito obrigado?... Agradecer gentilezas. Ok, bom e muitos também tem
lembrado de ser boas influências na vida das pessoas que os rodeiam?... Perguntei
se vocês tem lembrado de ser boas influências na vida das pessoas que os
rodeiam... Influenciar bem as pessoas... Acham que sim... Bom, o tema de hoje é
não brigar, no último episódio da aventura virtual dos Paxedinhos, nós vimos como
as crianças haviam se engajado na luta para ajudar a salvar a terra das maldades do
gênio do mal, o “rukfolow”. Vocês se lembram como Asteri recomendou a eles para
não brigarem? Pois é brigar nunca é bom. Alguém de vocês sabe de alguma briga
que não acabou bem e que alguém se machucou? (A: oh, esse foi ontem)... Hoje
é a aula dezessete gente, hoje... Ah desculpa, sorry... É que ontem de manhã não
teve aula né, e hoje de manhã eu li a aula dezessete, sorry, sorry... O de vocês,
ontem foi lido o dezessete né?... Poderiam ter me falado já... (A: mas eu falei...)
então ta, sorry, sorry... Bom então o tema de hoje é: como mudar o planeta, aula
dezoito. Eu não posso me esquecer que agora a turma da manhã está atrasada
né?... Quem é que sabe dizer por que é que acontecem tantas coisas ruins no nosso
189
planeta? ... Por causa do desmatamento? Sim... Mas o desmatamento é uma causa
ou uma conseqüência?... Ela está falando do desmatamento das florestas... Tanta
coisa ruim... Ta por causa do desmatamento, ta... Mas aí, quem é que provoca o
desmatamento? (A: nós)... O homem, ta, então porque será que acontece tanta
coisa ruim? Por causa do... Homem... Por causa dos sentimentos do homem, né?
Não seria isso? Quem é o causador de tantas coisas ruins? ... O homem... As coisas
que ele faz... O homem vocês sabem aqui que é a humanidade né?... Pois bem, aí o
homem tem o que? Ganância, como falaram, o que mais? É ele que causa o
desmatamento por causa da ganância... Pela inveja... Porque quer ter mais que o
outro... Bom, na terra, voltando agora, tem um momento de leitura oitava série “b”...
Wellington, Wellington agradeço se você sentar direito na sua carteira, virado para
frente... o faz mal, o Aron pode ir um pouco mais para traz... Na terra acontecem
tantas coisas ruins porque o ser humano abriga valores negativos em seu coração,
assim como a ganância, o orgulho, e a falta de amor. O que vocês acham que seria
necessário mudar nas pessoas para o mundo se tornar um lugar bom para todos? ...
Mudar tudo?... Mudar o jeito de ser do homem?... O pensamento do homem?...
Pensar mais no outro, ser mais solidário, pensar no próximo, acho que falta um
pouco né?... O que eu não quero de ruim pra mim eu não posso desejar para o
outro, né?... Bom, as pessoas estão começando a entender a necessidade de
mudanças, para salvar o nosso planeta e a transformá-lo num mundo melhor para
todos... Porque senão vocês vão sofrer mais ainda né?... Com a falta da água, com
o calor excessivo, né Lucas?...Ãhãh... Agora não é para você ficar conversando com
o seu colega... Muitas empresas, muitas instituições e até governo estão trabalhando
para proteger a natureza, mas proteger a natureza não é o bastante, porque são
as pessoas que precisam mudar. Bastaria que o ser humano cultivasse duas
qualidades, ou seja, dois valores, para transformar a terra num lugar bom para
todos. Esses valores são o amor e a justiça. O que é que vocês acham? Porque o
amor e a justiça são tão importantes? ... Wellington, Aron que ficou o tempo todo
conversando enquanto eu lia... Qual a sua opinião Tais? (alguns alunos fazem seus
comentários e a professora repete alguns deles)... Porque tendo justiça as pessoas
inocentes não pagam... Não serão injustiçados... Pensem então, que vocês não
querem falar, pensem... pra lembrar, quem ama não agride, não humilha, não
prejudica, mas faz tudo para ajudar os outros a serem felizes, e quem é justo, sabe
190
como viver, conviver e ajudar com equilíbrio... Muito bem, então a tarde amanhã é a
aula dezenove, né? Não posso esquecer.
Bom, entregando o marca-página e eu quero o nome de vocês, quem não
entregou ainda... Ta? Quem não entregou, vamos lá... (professora orienta alguns
alunos)... Ok, mais alguém vai entregar?... Eu coloquei a data de entrega no quadro,
estava escrito no quadro... Ah bom, você começou a fazer na aula passada? Então
eu dou pra você entregar na quinta-feira... Agora os demais não, os demais é hoje...
(professora esclarece mais algumas dúvidas)... É para entregar o marca-página e
entregar o provérbio... Ok, “time is Money”, let’s start... Vamos fazer assim oh...
(continua esclarecendo dúvidas quanto à pronúncia)... Ok, você fez a chamada
Bruna? (A: Não, eu faço no final, mas faltou um monte de gente). Faltou um monte
de gente, então vamos lá... Rapidinho a chamada e eu quero cada um no seu lugar,
ta bom?... (professora faz a chamada)... Bom, quem se prontifica a apresentar?...
Larissa?... Se vai ganhar nota?... A nota da apresentação... Vamos então, quem
inicia? Who Will be the first? William? ... Ok vamos fazer assim oh... Após a
apresentação do William, ele vai nomear alguém para vir aqui e assim a gente vai
dando a continuidade ta bom? Então um vai escolhendo o outro... Então vocês vão
falar... vai dar certo a nossa atividade se a turma de vocês cooperar... Oitava
série “b”, esse é um problema que eu estou enfrentando há muito tempo com
vocês, o excesso de conversa, falam alto, conversam muito alto com o colega, vivo
pedindo silêncio na sala, eu estou cansada... Então eu vou ter que tomar umas
medidas mais drásticas aí... A atividade da apresentação vale cinco, conversou,
anoto o nome e vou descontando da nota... E cinco do marca-página, e no marca-
página, eu vou analisar a ilustração e se a ilustração estiver representando o
provérbio que foi escolhido, cinco, caso contrário eu vou ter que descontar a nota.
A apresentação, a apresentação é aquele número que vocês me falaram ta bom?
Então apresentar, falar o provérbio em inglês... Vocês tiveram três aulas para
treinar o provérbio, cada um utiliza a melhor estratégia que acha que é pra si né? E
aí eu vou pedir pra turma tentar descobrir, por exemplo, o William vai falar o
provérbio e alguém vai tentar, ou sei lá, alguém vai tentar descobrir o equivalente
desse provérbio em português, qual a tradução, caso não consigam, aí a pessoa
que estiver apresentando fala pra nós o equivalente do provérbio em português...
Ok?... Não esqueçam, eu não quero chamar a atenção de vocês devido à conversa
191
durante as apresentações. Terminou, ele vai escolher outro colega e o outro colega
virá rapidamente aqui na frente, sem barulho. (Os alunos iniciam a apresentação).
William: Practice makes perfect (os alunos conseguem identificar o seu equivalente:
a prática leva a perfeição)... E é isso? Sim... Eles querem que você repita em
inglês (o aluno lê novamente o seu provérbio);
Daniela: “You can tell a book by its cover” (um aluno identifica: não se pode julgar
um livro por sua capa)... Yes... Como é que vocês interpretam esse provérbio?...
Isso é... Tem que conhecer para poder falar e julgar, né?
Thais: “Make a storm in a tea cup” (alunos depois de algumas tentativas conseguem
identificar: Não fazer tempestade em copo d’água) Yes, that’s it, ok...;
Camila: “Still Waters run deep”: (não... tem mais uma com água aí... um aluno
descobre: águas paradas são profundas);
Caroline: “Kill two birds with one stone(um aluno identifica: matar dois coelhos de
uma cajadada só... a professora diz: que o deles é diferente né? matar dois
pássaros com uma pedra, com uma pedrada, isso, ok);
Lizandra: “You get what you pay for” (um aluno identifica: o barato sai caro; o
professor também repete o mesmo provérbio em inglês);
Fernando: (professor diz: Fernando você não veio em nenhum momento tirar a
dúvida do provérbio comigo?... ah, certo... você sabia muito bem que tinha que
treinar) “Do not judge by appearance” “Looks can be deceiving” (professora diz: Just
a moment repeat please... duas palavras eu vou corrigir a pronúncia: Just e bye...
ah Fernando, o Fernando ainda falou as duas possibilidades do provérbio em inglês,
era para ter escolhido uma apenas... isso é que é eficiência... isso quer dizer que ele
não escutou quando a teacher falou ontem... é ele estava concentrado em alguma
outra coisa... não julgue pelas aparências e as aparências enganam);
Jonantan: professora diz: Jonatan vamos Jonatan... Gente eu teria vergonha de
dizer isso, que não fala bem o português... Sério, vocês estão na escola, vocês tem
capacidade, o inteligentes e vem com essa história de que não fala o português
bem?...Mas não fala por quê? Você tem alguma dificuldade de dicção? Não. E
intelectual? Não. (neste momento a secretária interrompe a aula para dar um recado
e entregar um comunicado que se estende até o final da aula).
Observação: todos os alunos repetiram seus provérbios em inglês duas ou mais
vezes e ao final de cada apresentação os mesmos eram aplaudidos pelos colegas.
192
30/10/08 – quinta-feira
Antes de iniciar a aula alguns alunos tiram suas dúvidas de pronúncia com a
professora. Devido ao barulho da sala, alunos chegando, conversando e arrastando
carteiras e cadeiras e também às interferências do próprio gravador e ao tom de voz
mais baixo da professora, não foi possível fazer a transcrição, este momento durou
cinco minutos.
Ok, good afternoon. How are you? (A: fine), fine. Let’s pray, vamos agradecer
então por esta semana, vamos pedir assim... Amanhã vocês sabem, não haverá
aula, vamos ter um final de semana prolongado... E vamos pedir assim que a gente
tenha um ótimo final de semana, ok? (fazem a oração). Please come in (para um
aluno que chega atrasado, professora dá seqüência aos “cinco minutos”).
Ok, hoje é uma historinha... Pessoal, antes de iniciarmos a nossa aula de inglês,
propriamente dita, nós temos os cinco minutos, ta? E seu eu precisar aguardar muito
tempo, vai atrasar a nossa aula... “cinco minutos” também faz parte da nossa aula...
Pois é, que pra eu começar eu quero conversar com vocês, pedir para que eu
não precise interromper a leitura... Bom, uma pergunta: vocês sabem o que significa
respeitar a si próprio? Então o que é, o que é respeitar a si próprio? ... Se aceitar do
jeito que é (resposta de um aluno)... Que mais? (A: valorizar o seu corpo)...
Valorizar?...Ah sim, valorizar não o seu corpo físico, mas o seu corpo intelectual
também... Que mais? O que você tinha falado Jéssica?... Era isso?... Valorizar-se
né? Em todos os sentidos... Mais alguma idéia? o?... Bom, então uma historinha
para explicar o que é... Não, não é dos Praxedinhos não... Que vai exemplificar bem
o que é respeitar a si próprio... A professora inicia a leitura:
O pai de Eduardo, (Bruna, eu pedi antes de iniciar, para que eu não precise
interromper a leitura, devido às conversas de vocês)... O pai de Eduardo sempre lhe
dizia que as leis de Deus estão gravadas em nossa consciência e que é por isso que
todas as pessoas sempre sabem o que é certo e o que é errado. Dizia também que
o mais importante era obedecer a estas leis porque a maior riqueza de um ser
humano é ter a consciência tranqüila. A família de Eduardo era pobre e ele
precisava trabalhar para ajudar nas despesas de casa. Por isso teve que batalhar
muito para conseguir formar-se em direito e chegar a ser Juiz. Quando isso
aconteceu, foi aquela festa, aquela alegria. Mas certo dia chegou as suas mãos para
193
análise e julgamento um processo contra o senhor Gouveia, uma pessoa muito
importante na cidade. Eduardo, ou melhor, o doutor Eduardo, ficou preocupado, pois
sabia que não iria ser muito fácil. De fato, no dia seguinte recebeu a visita do
advogado do senhor Gouveia, pedindo-lhe para dar ganho de causa ao seu cliente.
Doutor Eduardo respondeu que iria julgar os fatos e agir com justiça. O advogado
ofereceu-lhe então uma grande importância em dinheiro para inocentar o senhor
Gouveia. Era muito dinheiro, mas o doutor Eduardo negou-se a receber a propina e
indignado ameaçou mandar prendê-lo. O advogado saiu furioso dizendo que por
isso ele, doutor Eduardo, seria transferido para uma cidadezinha do interior, a mais
distante possível. Aborrecido e preocupado, doutor Eduardo foi procurar o pai que
disse: Meu filho estou orgulhoso de você, é assim que age uma pessoa de bem,
uma pessoa honesta que tem respeito por si mesma. Eu sei pai, respondeu o doutor
Eduardo, e mesmo que o senhor Gouveia consiga que me transfiram, mesmo que
seja para o pior lugar do mundo, não me importo o que vale mesmo é estar com a
consciência tranqüila.
Quem de vocês acha que o doutor Eduardo fez bem em recusar essa
propina?...Ninguém?... Acham que ele deveria ter aceitado a propina?... (A: eu acho
que ele fez certo)... Sim, e porque ele fez certo?... (alunos falam)... Não entendi essa
explicação... Aceitar propina é uma coisa errada, é isso?... (A: é)... Quer dizer,
pessoas de caráter tem a consciência limpa... Pessoas sem caráter, já como disse a
Caroline, não estariam nem aí, aceitariam... Ah to ganhando dinheiro né?... (A: são
burro, eu pegava o dinheiro e dava o caso pro outro... tipo um vereador oferece
dinheiro pra mim votar nele, eu pego o dinheiro e ainda não voto nele)... que
agindo desse jeito, você está sendo corrupto também... (alunos continuam discutindo
sobre o assunto, que gera muita controvérsia)... Oh, olha Aron, você também não
está sendo honesto... Oh, duas coisas você está fazendo errado, aceitando a
propina e depois sendo mentiroso ainda, porque você disse que ia votar nele para
poder aceitar a propina e depois não vota, oh as duas coisas erradas... (A: no
pensamento dele ta certo)... Pra começar, o tem nem que aceitar a propina
porque se eu estou aceitando, eu estou valorizando esse tipo de coisa, esse tipo de
corrupção... É certo aceitar propina?... Ah por mais que eu esteja na necessidade eu
posso encontrar um meio honesto de superar a minha necessidade... Tem pessoas
que não gostam, votam nulo, votam em branco... que é assim, a gente não tem
como saber se aquele candidato é cem por cento honesto ou cem por cento
194
corrupto... É uma loteria esportiva, a gente vai naquele que a gente acha que tem
mais credibilidade... Ah teve aqui no Brasil... Que candidataram um macaco, um
macaco concorria a vereador, faz um tempo, acho que foi no Rio de Janeiro...
Como forma de fazer chacota das eleições né... Mas olha gente, vale muito mais
uma consciência tranqüila, do que se sujeitar a esse tipo de situação... Você pode
até de repente receber um... Por exemplo, como ele aqui... Receber uma ameaça
que seria transferido para uma cidadezinha do interior, né? Voapode receber
essa ameaça, pode até vir a acontecer isso com você, mas eu tenho certeza que um
dia você vai dar a volta por cima... Pelo menos eu acredito sim... Quem faz o mal,
paga pelo mal que fez... De um jeito ou de outro paga.
Bom, vamos lá, quem é que vai continuar com a apresentação? Jonatan?
Falta falar ou indicar agora Jonatan?... Falar? Então ta bom, vamos lá... Gente,
alguém ainda está devendo o marca-página?... Não?...Hoje é o último dia para me
entregar, ta?... O Luiz, o Luiz não veio novamente?... Quem é que pegou aquela
folha com os provérbios? Alguém havia pego... Quem pegou aquela folha com os
provérbios?... Quem é que pegou agora aqui comigo as folhas dos provérbios? ... (A
professora auxilia o Jonathan quanto à pronúncia e pede aos alunos a mesma
colaboração de terça-feira.
Jonatan: “Spare de Rod and spoil the child” (esse é difícil?... e nem uma idéia?
Vamos então... pode falar então)... Criança mimada, criança estragada... (a
professora repete o provérbio em português para que todos entendam);
Jéssica: (vamos então) “If you snooze, you lose” (professora corrige a pronúncia
de lose... lose é perder... o equivalente em português é bem diferente, mas transmite
a mesma idéia, qual é então? Quem vai ao ar perde o lugar... ou qual que a gente
fala... quem vai pra São Bento perde o assento... aqui né, porque é bem regional,
ok);
Guilherme: (professora auxilia o aluno a tirar dúvidas quanto à pronúncia) “Who is
worse shod than the shoemaker’s wife?” (professora faz algumas correções de
pronúncia e repete o provérbio palavra por palavra para o aluno repetir)...
(shoemaker lembra de Schumaker, é a mesma coisa que Schumacker é em
alemão e shoemaker é em inglês... lembram do Michael Schumaker? O que é
Schumaker? É sapateiro e o que Shoemaker? É sapateiro... e ta difícil? Qual é o
equivalente em português aí?... em casa de ferreiro o espeto é de pau);
195
Cauê: “It’s a double-edged sword”... (A: faca de dois gumes)… (professor diz: isso,
isso mesmo... o que é uma faca de dois gumes? O que vocês entendem por isso,
quando é que se usa esse ditado?... ta alguma coisa é uma faca de dois gumes,
mas isso é o linear, mas eu quero uma interpretação em cima disso... nenhuma
interpretação? Não?... então... número? Vinte e oito, então vamos ouvir o Vinícius
agora...);
Vinícius: (nesse momento entra a servente para entregar o carne de contribuição
espontânea de um aluno)... “While there is life, there’s hope”... (ok, that’s it… hope é
esperança, life é vida… Lucas, número da chamada, Lucas?... Caroline senta senão
daqui a pouco o Lucas corre pra carteira);
Lucas: “Let bygones be bygones”.... (ok, palmas para o Lucas… que bagulho? Por
favor, fale o português corretamente... que nome que é que nome tem isso Aron?...
não, que nome tem isso... não...)... (o aluno diz, ta bom é uma lista de provérbios)...
(a professora continua: ele só faz isso porque está querendo aparecer, porque saber
falar ele sabe...)... (A: ta bom é uma lista de provérbios querida professora... (isso,
cadê o seu provérbio?... os três não têm problema ele está escrito aqui você lê, ta
bom? Então vamos lá... ele armou a maior confusão pra me dizer que era o
número três, tudo bem);
Aron: “Finders keepers, losers weepers”... (professor corrige: finders… losers…
weepers… ta, o que é isso?...) (o aluno repete a leitura)... (ãh, agora sim... achado
não é roubado, é isso?... ok.. Andrey número?...);
Andrey: “Opportunity makes thieves”.... (professora repete... thieves, ladrões, é...
mas esse a que é bastante usado: a oportunidade faz o ladrão... Thayane?
Número? Vinte e seis);
Thayane: “As the twig is bent, so is the tree inclined”... (acho que tem mais alguém
que vai apresentar este… ok, alguém andou apresentando um igual a este, não
foi?... ah pode ser, eu me confundi com o marca-página...) (a aluna repete para que
os colegas tentem adivinhar o seu significado)... (A: pode falar, eu não entendi
nada)... Uma dica, eu vou dar uma dica: pau que nasce torto morre torto... (palmas
para ela começaram as panelinhas, né? é sempre assim... é Angela, Ângela é
número trinta e um (da chamada)... a Ângela quer saber se ela pode falar...
Willian...);
Ângela
: “It backfired”... (oh esse é bem curtinho são duas palavras... (a aluna
repete novamente, um aluno diz: tempo é dinheiro?)... não... é muito feio o que a
196
gente fala no lugar desse em português... ta rindo de mim?... (não é do teu provérbio
mesmo...) (um aluno diz: o feitiço virou contra o feiticeiro)... (é, mas tem outro que a
gente fala em português... ok. olha só, é assim o provérbio que ela falou: it
backfired... quer dizer, fire pode ser fogo, né... back é atrás, na verdade saiu pelo... o
feitiço virou contra o feiticeiro, é mais bonito esse né?... mais apropriado para o
momento... Larrisa, número? dezenove... pode Larissa...);
Larissa: “The early bird catches the worm”... (professor repete o provérbio dando
ênfase à palavra bird… worm é minhoquinha... não tem nada haver com o nosso
equivalente... a idéia sim transmite a mesma idéia, que o provérbio equivalente...
Deus ajuda a quem cedo madruga, na verdade o passarinho que amanhece né?...
que acorda cedo, pega primeiro a minhoca... minhoca tem outro nome que a gente
usa, verme, não, verme não... quer dizer, quem chega primeiro... Larissa, quem vai
agora... Wellington... foste premiado Wellington... já vai pensando em quem você vai
indicar depois, ta? Pra ser rápido... vocês tem que sempre perguntar pra eles,
porque quem conversa são eles...);
Wellington: “From worse to worse”... (A: de mal a pior)… (professor: from worse to
worse: de mal a pior; ok… palmas… quem?... Renata, vinte e cinco, né? Renata
vamos lá);
Renata: (a aluna lê, mas ninguém ouviu, nem a professora)... “The remedy is worse
than the disease” (dessa vez ela mais alto)… (Como é que é? é esse? não…. The
remedy? Ah the remedy is the best medicine, é isso? não… vamos ver, fala pra nós
o que é ai a gente já...) A emenda ficou pior do que o soneto... (a emenda ficou pior
do que o soneto... é, não tem o mesmo sentido, não... quer dizer às vezes a gente
tentar consertar alguma coisa e fica pior do que estava... ok?... bateram palmas para
a Renata?... Renata quem você indica?... Maria Helena também não foi...ah a
turminha de trás acho que não foi ainda, o Danilo também não foi ainda... Karina?
Karina é dezessete...);
Karina: “Not all that glitters is gold”... (A: nem tudo que reluz é ouro)… (not all that
glitters is gold… ok, palmas... a próxima?… a Jéssica... Ok, Bye-bye...).
04/11/08 – terça-feira
Ok, good afternoon... how are you? (A: fine)… fine (A: teacher, o que significa:
I love my life because my life is you)… (outro aluno responde: eu amo minha vida
197
porque minha vida é você)... Você sabe falar uma frase bem legal em inglês,
né?...(A: é fui eu que ensinei ele a falar essa frase)... Ok... Ok oitava “b” “b”... Good
afternoon, let’s pray... Então vamos agradecer mais esta tarde, vamos pedir assim,
bastante proteção, bastante vontade de estudar, e silêncio nas horas adequadas
(fazem a oração).
A Professora faz a leitura dos “Cinco minutos de valores humanos”.
A aula de ontem qual foi... Vinte e um? Então hoje é a vinte e dois. está no final.
Na aula de ontem foi o episódio cinco dessa história... Pois é, tem uma perguntinha
que eu sempre faço, qual é?... (A: se a gente lembra de cumprimentar, de
agradecer)... Ah, pois é, e aí qual é a resposta de vocês?... Não?...Sim?... O sim tem
de ganhar do não... Muito bem, no último episódio da aventura virtual dos
Praxedinhos, nós vimos Asteri, convocar as crianças para gerarem energia boa, do
bem e informar-lhes que o comando solar iria dinamizar essa energia e com ela
eliminar a faixa de energia do mal, com que o... Pretendia dominar a terra. Lembram
que a Asteri também explicou que essas energias são geradas pelos pensamentos e
sentimentos das pessoas? Pensamentos bons, sentimentos bons, boa energia
pairando né? É claro que essa aventura é imaginária, mas essa questão da energia
tem fundamento. Aquilo que sentimos fica impregnado no ambiente, isto é fácil de
perceber. Quando entramos numa igreja onde as pessoas desenvolvem sentimentos
elevados de religiosidade, de amor e de fé, podemos sentir um ambiente leve,
agradável. Mas se entramos num presídio sentimos um ambiente muito pesado,
difícil de suportar. Isso acontece por causa dos pensamentos e sentimentos dos que
ali vivem, assim como também do que falam. Em outro momento, Asteri havia dito
que o nosso planeta está envolvido em energias agressivas, principalmente pelo fato
de milhões de pessoas curtirem a violência, através de jogos eletrônicos, filmes e
noticiários com teor violento e até das conversas que giram em torno desse tema.
Podemos entender então que os ambientes da terra estão impregnados com energia
agressiva e as pessoas sentem essa influência. Assim vemos pessoas sem qualquer
motivo pegarem uma arma e saírem por matando gente. Se nós queremos um
mundo melhor para o nosso futuro precisamos fazer alguma coisa para que o mundo
melhore. E s que estamos aqui nesta sala de aula... Seque podemos ajudar o
mundo? ... O quê que vocês acham?... Você William, em particular você, como que
você pode ajudar?... (aluno o seu depoimento)... É como diz aquele ditado né?...
198
que assim... Como aquele filme “A corrente do bem”... Eu acho que se você for
espalhando isso né, você faz e vira um exemplo, uma influência e isso vai se
espalhando, vai se formando uma corrente... Mas o mais importante, na minha
opinião, é que eu estou fazendo a minha parte. Eu acho que isso já basta, já
contribui bastante. Que mais... Dona Bruna Clarinda, e você? Você e seu namorado,
o quê que vocês estão fazendo? (esse comentário gera muitas gargalhadas por
parte dos outros alunos)... O quê que vocês estão fazendo para melhorar o mundo?
... A teacher fez um comentário meio inapropriado né?... Olha hein, está tudo sendo
gravado, tudo o que vocês falam... E Bruna... Você não sabe você pratica o bem?
... Você ajuda as pessoas?... Ajuda e não ajuda?... Às vezes você é do bem e às
vezes você é do mal?... Sim, todo mundo tem o seu lado... Sim, mas o lado bom
sempre tem que prevalecer... Ok, mais alguém teria alguma idéia?... Não? Ok.
Ok, então vamos continuar as nossas apresentações e depois eu vou marcar
a data do nosso teste e... Na última aula eu consegui também passar as atividades
no quadro? ... Não?... o enunciado? o enunciado eu consegui passar para
vocês?... Ta bom, depois eu passo o exercício novamente... Vamos continuar
agora... Ok, quem continua? Que é que estava na vez?... Oitava série “b” vamos
continuar? excuse-me, please... May I have your attention? Jéssica, então vamos
lá…
Jéssica: “A burnt child fears the fire”… (a aluna repete mais duas vezes o provérbio e
a professora repete em seguida, fazendo algumas correções)... (uma aluna diz: gato
escaldado tem medo de água fria)... (a professora explica que a tradução literal
seria: “uma criança queimada tem medo do fogo”, essa é tradução literal, mas o
equivalente é “gato escaldado tem medo de água fria”);
A bruna?... Cadê o namorado para dar um apoio aí?... (a professora ajuda a aluna a
pronunciar corretamente palavra por palavra o provérbio)... Ei estou vendo um monte
de gente copiando coisas que não são da aula de inglês.
Bruna: “Mind your own business”... (os alunos tentam adivinhar…)… (professor diz:
deixa ver uma situação... sabe quando a gente está conversando com alguém e
vem outra pessoa e se intromete?... aluno diz? É isso? Cada um cuida do seu
nariz?... professora esclarece: mind é mente... my é meu, minha)... (anota no quadro
a palavra mind)... (mind é essa palavra aqui... o único significado dela é mente)... (a
Jéssica chama a Maria Helena);
199
Maria Helena: “Born with a silver spoon in your mouth”... (a aluna repete mais uma
vez)... Professora diz: spoon é um objeto... O nosso é diferente né, um equivalente,
mas a idéia é a mesma... Traduzindo esse ficaria assim: nascido com uma colher de
prata na boca... (os alunos dizem: nascido em berço de ouro)... E Maria Helena,
quem?... Bruna?... Aí fica sobrando a Halike, o numero dez, quem é o dez? Bruno?...
O Danilo é o três, o Luiz vinte e dois e o vinte e três quem é? Manuela... Faltou;
Bruna: “The Grass is always greener on the other side of the fence” (a aluna repete
mais uma vez)... (uma aluna diz: a galinha do vizinho sempre é mais gorda)… a
professora diz: é como equivalente, mas como tradução não serve... É sempre
invejando o que os outros têm né?... Quem você escolhe Bruna?... Bruno... (a
professora chama a atenção de alguns alunos para que façam mais silêncio);
Bruno: “A close mouth catches no flies”... (aluno repete com a ajuda da professora...
um aluno diz o significado do provérbio: “em boca fechada não entra mosquito”)... (a
professora fala para os alunos: é, boca fechada não entra mosca, hein?...ok, quem
que você escolhe?... tem o um, o dez e o treze...Halike;
Alike: “Life is not a bed of roses”… (aluno diz: a vida não é um mar de rosas)… Yes,
that’s it. (A professora repete a frase dando ênfase para a palavra roses... Luis, vinte
e dois né?... pode);
Luis: “Practice what you preach”... (um aluno diz: pratique o que você...)... O que
você prega, preach é pregar... (aluno diz: vale mais o exemplo do que o preceito)... É
esse seria o equivalente... Ok, a última é a Manuela, né?... Danilo, vamos lá;
Danilo: “Best to Bend while it is a twig”... (a professora repete o provérbio... Não, mas
não é essa palavra é outra... Bend é isso aqui oh... curvar, dobrar... é, mas é bem
diferente o equivalente em português, como é o equivalente, qual é?... de pequenino
é que se torne o pepino... esse é o equivalente do provérbio que ele falou lá... é
desde pequeno que se ensina... Guilherme... your turn;
Guilherme: “The Road to hell is paved with good intentions”... (aluno muito rápido
e tem que ler novamente mais devagar)… intentions?... Intenções... (aluna o
significado)... É isso?... (o aluno diz que o que estava escrito é que: a estrada para o
inferno está cheia de boas intenções)... É, mas eu acho que esse vale como
equivalente também, ok... Tem um aluno da outra sala que fez um desenho sobre
isso... Muito bem, então deixa eu terminar de passar aquela atividade, todo mundo
conseguir copiar todo o enunciado, né? Então vou passar a partir da letra “a”... (a
professora passa no quadro a atividade passada na aula do dia 23/10)...
200
a) The grass is greener on the other side of the fence.
b) East, west, home is best.
c) Practice what you preach.
d) He, who laughs last, laughs longest.
e) You can lead a horse to water but you can’t make him drink.
f) Beauty is in the eye of the beholder.
(um aluno pergunta para a professora: eu não trouxe o meu caderno, com é?)... A
professora diz: I left my notebook at home... (o aluno pergunta por que não é “I
don’t”... a professora responde)... Ou é I didn’t bring... Mas normalmente eles
costumam falar assim... Eles não falam assim: eu esqueci... Eu deixei em casa... Ou
eu não trouxe... I din’t bring my notebook... (professora repete com o aluno as duas
frases)...
(Professora passa a agenda no quadro):
Date: November 4th, 2008.
Tuesday
The weather is cloudy!
Agenda:
Apresentações
Cinco minutos
Exercício 5
English Test: data: 11/11
Conteúdo: Provérbios – exercícios do caderno.
Copiando bem rapidinho para a gente resolver e corrigir, vamos lá... Na
próxima aula tem outra atividade... Tuesday?... É o dia da semana, hoje... Last? É
último... (enquanto os alunos copiam do quadro a atividade a professora faz a
chamada)... (aluna pede para ir tomar água)... Can I drink water?... Quem
terminou de copiar, vamos ler o enunciado, o quê que é para fazer lá?... Wellington,
caderno fechado? (A: é que ele acha que por pensamento copia)... Lizandra, já leu o
enunciado? O quê que é para fazer?... E o seu dicionário para tirar algumas
dúvidas?... Ah, na mochila... (professora esclarece as dúvidas de alguns alunos)...
Oitava “b” vamos ler o enunciado?... Ok, pessoal, então vamos lá... O que a gente
tem que fazer ali... Acompanhem a leitura do enunciado, vamos lá... (professora
201
por partes o enunciado e com a ajuda dos alunos vai explicando o mesmo)... Try to
find an equivalent proverb... O que é isso, equivalent proverb... (A: provérbio
equivalente)... Equivalent proverb or popular saying in Portuguese for the list
bellow… this is the list, in English, so, this equivalent in Portuguese… sim, mas… oh
Bruna, eu estou fazendo a explicação… pois é, mas o barulho é muito grande por
causa de uma caneta... Eu acho que às vezes vocês fazem um barulho muito grande
para pedir uma caneta emprestada, para falar uma coisinha para o colega fazem
aquele barulhão... Ta, o quê que é para fazer mesmo? Que estava se
pronunciando aí?... Se é para passar em português? É mais ou menos isso... (A: é
para fazer o equivalente em português)... É, o quê vocês entendem por
equivalente... (A: parecido)... Isso... O equivalente vai ser um parecido, semelhante,
ta e se isso não for possível, se você não conseguir encontrar um equivalente...
vem a continuação do enunciado... If you can’t find an appropriate equivalent
suggest a possible translation, o quê que é para fazer? (A: se você não achar um
equivalente você traduz né?)... Isso, aí você traduz. Duas formas para traduzir, eu
coloquei ali, você pode encontrar duas maneiras pra traduzir... Literal, seria o quê...
Palavra por palavra, por exemplo, “time is Money”... Aqui eu posso fazer uma
tradução literal para o português: tempo é dinheiro... Não houve nenhuma perda,
não houve nenhum acréscimo... Nenhum acréscimo de palavras ta?... Então oh...
Três palavras em inglês, três palavras em português, então, palavra por palavra,
essa é uma tradução literal, ou free, que é uma tradução... O quê que é free? (A:
livre)... Livre... Gente, eu não encerrei a aula, estou explicando ainda e vocês
estão guardando o material... Pessoal essa movimentação atrapalha, esperem eu
terminar primeiro... Ah, mas isso sempre acontece... Free, livre, isto é, o mais
importante neste tipo de tradução é o sentido que eu vou... Eu vou levar em
consideração o sentido, a mensagem, o significado e não as palavras em si, que
eu posso fazer alteração, eu posso fazer mudanças... Para adequar ao sentido, ta
bom? Porque às vezes tem coisas que a gente traduz palavra por palavra, mas não
tem sentido, então a gente tem que fazer de uma forma adequada né?... Adequar,
mudar, ok?... É isso que vocês vão fazer nessa atividade... É como nosso horário
está acabando vocês vão fazer em casa e eu vou passar visto na próxima aula...
Bye-bye.
202
06/11/08 – quinta-feira
Ok, good afternoon. How are you? (A: fine)… Ok, então vamos agradecer
mais este dia, vamos pedir assim que vocês façam uma boa prova de português,
caprichem bastante, ok? (Fazem a oração).
A aula vinte e dois fala sobre energia foi ontem? (A professora faz um ponto
preto no meio de uma folha sulfite branca). Ok, oitava “b” o que vocês estão vendo
aqui?... (A: um ponto,... um ponto preto bem no meio...) qual é a interpretação da
maioria aí? (A: um ponto preto)... Um ponto preto bem no meio de uma folha branca,
muito bem... Então todo mundo está vendo um ponto preto numa folha branca... O
pretinho básico... Pois bem... A maioria falou que viu um ponto preto... Mas vocês
estão errados... Porque o que vemos é um espaço branco cercando um pequeno
ponto preto... Agora uma reflexão em cima disso, dessa visão que vocês acabaram
de ver... (A: um americano, o Obama)... O Barack Obama, ta bom... Bom, vocês
estão percebendo como costumamos ver diferente?... O que se destaca aqui é o
ponto preto, o que se destaca numa pessoa, o que geralmente mais se percebe?...
Os erros, não é?... É sim, é verdade... Geralmente vemos logo os erros dos outros...
O que mais chama a atenção não é?... As coisas negativas... Que eles apresentam
e até as roupas que usam e como podemos taxar como cafonas ou feias,
dificilmente observamos o quê?... As qualidades... Das pessoas e as boas ações
que praticam. Normalmente uma pessoa fica mais marcada por uma coisa negativa
que ela cometeu né, que ela fez do que por uma ação boa, um ato... De bondade
que ela praticou... A própria mídia, televisão, rádio, jornais, sempre muita
publicidade a crimes e a tudo o que é ruim... Quem é que aqui assiste o jornal do
meio-dia da RBS ou de outra emissora... Pois é, eu sempre costumo ver o jornal da
RBS... Notícias boas a gente quase não escuta, mas crimes... um corpo foi
encontrado ali, houve um assalto... As coisas ruins dão mais audiência... Mas aí é
um jornal que volta-se mais para a parte política... Aquele jornal ali é bem variedade,
esse é um jornal muito bom, eu também gosto deste... É a gente escuta violência
né?... Tudo bem, a gente tem que ficar por dentro dos acontecimentos, a gente não
pode ficar alheio a essas coisas, mas todo dia, todo dia divulgando esse tipo de
notícia né? Abrindo o jornal com isso... É triste... Bom, mas o nosso assunto não é
falar sobre os jornais, , o noticiário... Bom, mas tem muita coisa boa no mundo
para se ver. Existem pessoas maravilhosas que dedicam suas vidas para ajudar os
203
outros. pessoas que trabalham intensamente cuidando da natureza, defendendo
as matas, os rios e os animais. Vocês poderiam me dizer aqui uma profissão em que
uma pessoa use a sua profissão para praticar o bem, para ajudar os outros,
defender a natureza... Bombeiro, médico, garis... Que mais, que outras?... Que
assim diretamente ajudam né?... Têm outras indiretamente... Bombeiro apareceu em
primeiro lugar ?... Os nossos policiais também... Ajudar, defender, tem aqueles
que defendem as matas né, o meio ambiente, que é a polícia ambiental... Muito
bem... (A: os professores também)... Sim, os professores através do ensino... O
Guilherme tem muitos professores que já fizeram a diferença em muitos alunos... Eu
conheci uma professora que fez a diferença na vida de uma aluna... Porque assim, o
professor... De uma certa forma sim, isso, aconselhando, até que aquele professor
deu uma atenção, um carinho especial para aquele aluno... Aquilo foi muito
importante... Às vezes na casa dele, ele não recebe aquele carinho, aquela atenção,
que naquele momento ali ele estava precisando e o professor conseguiu né... Dar
aquela atenção, aquele carinho para aquele aluno... Isso vai fazer a diferença na
vida dele... Ou às vezes uma palavra, basta uma palavra que a gente fale, às vezes
um sorriso que a gente dê... Ou às vezes... Uma fala... Durante a aula de um
conteúdo... Às vezes aquilo dá um clique lá naquele aluno, e muda a vida dele, né...
Muito bem... A Manuela, apresentou Manuela?... Não, estão sobrou a
Manuela, que foi o Guilherme o último... (a professora auxilia a aluna quanto à
pronúncia)... Ok, a Manuela aguarda a atenção de todos... Então vamos lá...
Manuela: “God helps those who help themselves”... (a aluna mais duas vezes)…
(A: Deus ajuda aqueles que ajudam a si mesmos)... Isso mesmo, muito bem, então
fechamos as apresentações. Todos me entregaram o marca-página, ou alguém
ainda me deve... Ta, então é o seguinte, ta, o quê que eu vou fazer com eles... Não,
vocês vão presentear um colega com esse marca-página... Não, não, não pode
escolher sabe por quê?... Porque senão sempre fica alguém que acaba ficando de
fora... Sabe como é que eu fiz nas outras turmas? Amigo secreto... (isso gera um
pouco de confusão, os alunos não gostaram muito da idéia)... Ah, a oitava “b”
sempre do contra, não gosta, não quer... Eu sei que tem opinião própria, mas eu
acho que... O amigo secreto é uma forma justa de não deixar ninguém de fora... (os
alunos reclamam e um e outro acabam cedendo à idéia da professora)... Eu sempre
dou oportunidade de negociar com aluno, de vocês sugerirem, ta, eu sugiro amigo
204
secreto... A sugestão de vocês o é o amigo secreto, que a minha
preocupação... É alguém não receber o marca-página... Espera aí, o marca-página...
Jogar no lixo?...A minha intenção não é essa de jogar no lixo... Aqui nessa sala?...
Puxa, na outra sala não houve isso... Nas outras duas salas... Não, eu tenho
percebido os alunos com o marca-página, porque o marca-página é pra que, ele tem
uma função... Marcar-página... E os alunos das outras oitavas, eles tem guardado,
eu vi guardado dentro do caderno de inglês... (A: eu acho legal a idéia do amigo
secreto)... Ta, eu não gostei realmente de ter escutado essa questão de jogar no
lixo, gente... Ta, mas isso não é um trabalho para apresentar, por ali na parede e
depois jogar no lixo... É pra ficar pra si próprio, é uma recordação do colega,
entende?... Ah, e se você vai ganhar de uma pessoa que você o gosta... Eu
estou começando a mudar de idéia, não vou propor mais nada, não vou fazer mais
nada e vou ficar com os marca-páginas pra mim... Vocês estão me decepcionando
oitava “b”... Vão pensar, depois vocês me falam... Mas que eu não acho justo jogar
no lixo, eu não acho não... Acho isso uma falta de respeito... Ah, temos que corrigir o
exercício, né?... Correção da atividade...
Bom, o primeiro provérbio, Jonantan, o caderno aberto, ta fechado ainda
Jonatan... To vendo que teve gente que não fez... Mas de inglês? Molhou ontem?
Mas ontem nem teve aula de inglês... Bom vocês tem que vir preparados com uma
sacola plástica dentro da mochila... (A: ah professora, mas ontem tava muito calor
e depois na saída deu aquela trovoada)... Ah mas podem notar quando esquenta
muito rapidamente, vem temporal no final do dia... Bom, letra “a”... Vocês tinham que
nessa atividade encontrar um provérbio equivalente ou sugerir uma tradução literal
ou livre... O que é uma tradução literal Karina?... Ah, não sabe... Traduzir palavra por
palavra, muito bem, e tradução livre?... É uma coisa próxima, isso... Na livre a gente
vai tentar traduzir preservando sempre o significado... Não é a palavra ali que vai
importar tanto, mas é a idéia, o significado, o sentido do que está passando e o
equivalente é quando a gente tem outra... Outro provérbio, outro ditado popular que
seja semelhante na idéia, né? Não precisa ser nas palavras... (a professora o
primeiro provérbio; a professora em inglês e os alunos tentam encontrar o
equivalente em português ou traduzem).
Então o primeiro é: “The grass is always greener on the other side of the
fence” (A: a grama é sempre mais verde do outro lado da cerca)… ta essa ficou uma
205
tradução praticamente literal... Other side é do outro lado... The other side, do outro
lado... Como é que ficou Camila?... (A: a grama é sempre mais verde do outro lado
da cerca)... Ah quem sabe me dizer um ditado... Isso, “a galinha do vizinho é sempre
mais gorda”, esse seria um equivalente... Ou, a grama do vizinho é sempre mais
verde... Qual o significado desse provérbio... Isso, não valorizamos o que é nosso...
E despertamos também um pouco de... Inveja...
Bom, “East, West, home is Best”... quem casa quer casa? é, esse seria o
literal, “leste, oeste, o lar é melhor”... ou... “lar doce lar”... essa mesma idéia...
que em inglês também existe o “Lar doce lar”... Que é o “home sweet home”...
(professora escreve no quadro: Home sweet home)... Home sweet home, é um
equivalente, lar, doce lar… qual é a tradução literal Guilherme? (A: leste, oeste, o lar
é melhor)... Isso quer dizer o quê?... Não tem nada melhor que a nossa própria
casa... Eu faria assim: leste, oeste, a minha casa ou o meu lar é melhor... A minha
casa é o melhor lugar...
The next, acho que esse alguém falou... “Practice what you preach”... (A:
pratique o que você prega)... Pratique o que você prega... (repete)... O que
falaríamos?... Falar é fácil, o difícil é fazer?... Ou, faça o que eu digo, mas não faça o
que eu faço...
The next, “He Who laughs last, laughs longest”... Quem ri por ultimo ri
melhor… o “longest” aqui, não é melhor, mas seria, rir por mais tempo… sim, é um
equivalente... (retornando ao anterior devido a uma pergunta de uma aluna) pratique
o que você prega, ou pratique o que você fala, o que você faz... Não, pratique o que
você fala...
Letter “e”: “you can lead a horse to water but you can’t make him drink”… (A:
você pode levar o cavalo à água, mas não pode obrigá-lo a beber)... Isso, você pode
levar o cavalo até a água, mas não pode fazê-lo ou obrigá-lo a beber... Em que
situação a gente pode utilizar esse ditado? ... Isso posso dar um conselho, posso dar
a minha opinião, mas o posso obrigá-lo a fazer... Mas às vezes o professor pode
obrigar vocês a fazerem... (A: eu dou um conselho, mas você não precisa fazer)...
Isso, se eu quiser eu sigo o seu conselho, se eu não quiser, né, eu tenho o livre
arbítrio... Ou eu jogo fora o conselho, né?...
E a letra “f”? “Beauty is in the eye of the beholder”... não, não, “an eye for an
eye, a tooth for a tooth” é “dente por dente, olho por olho”… (alunos tentam
descobrir)… e aí, quem é que descobriu esse?... (A: a beleza está no olho de quem
206
vê... a beleza não se põe a mesa)... Isso, a beleza está nos olhos de quem vê... A
beleza está no olho de quem observa, de quem contempla, de quem vê... O que é
bom para mim, o é bom para a Jéssica... O quê que é comparação?... Comparar
alguma coisa, ver as semelhanças... As diferenças também...
Bom, então vamos lá, próxima atividade e próxima aula é prova... No dia da
prova, na próxima aula, terça-feira, vocês dizem o que vocês decidiram fazer com o
marca-páginas ta?... (Professora passa no quadro):
Date: November 6th, 2008.
Thursday
The weather is cloudy!
Agenda:
Correção do exercício 5.
Exercício 6.
6. Answer the question in Portuguese:
a) What is a proverb?
b) How do people learn proverbs?
c) In what kind of situations do people say proverbs?
(Professora faz a chamada)… (professora esclarece a dúvida de um aluno)... O que
significa o “a” solto... Um ou uma, ele é um artigo... Artigo indefinido... o “the
significa: o, a, os, as,... está na hora?... Olha só, vocês copiaram as perguntas,
vocês vão responder além de estudar, você vai responder essa pergunta e antes da
prova a gente vai corrigir... Bye-bye.
11/11/08 – terça-feira
Good afternoon... how are you? Hoje eu vou pedir um favor para o professor
da próxima aula, pra fazer os “cinco minutos” com vocês, ta bom? (aluna diz que irá
ter prova na segunda aula)... Ou então no final da segunda aula depois da prova, ou
na terceira, então ta bom?... Pede para a professora de Artes então... É porque para
o professor de Educação Física fica difícil porque não tem sala... Ok?Então vamos
207
agradecer mais esta tarde, vamos pedir bastante proteção, bastante concentração
para resolver o teste, ok? (fazem a oração).
Rapidamente vamos corrigir aquelas três perguntinhas e depois vamos iniciar
o teste... Se o tempo não for suficiente, eu dou mais uns minutinhos dna próxima
aula na quinta-feira, ta bom?... Ok?...E... Depois eu tenho que passar também a data
da prova bimestral... Semana que vem, sexta-feira... Ok?
Vamos lá, primeira pergunta: What is a proverb?... “what is”... O que é, né?...
Ta, o que é, o que você respondeu Camila?... (aluna ainda não havia tirado seu
caderno da mochila)... Quem está aí mais pronto?... Pois é, e os outros que estão
com o caderno fechado, como é que vão corrigir... Larissa, o que você respondeu...
Não respondeu? Gente... Camila, o que você respondeu... É... O que são... Ou,
aliás, o que é... E você Wellington?... Cadê o seu caderno?... Caroline, o que você
respondeu?... Não respondeu nada?... Então eu não vou corrigir e vou entregar a
prova pronto... Me propus a corrigir, agora se vocês não fizeram, eu sinto muito...
De quem são esses três marca-páginas que não tem nome?... E aqui? Aqui não tem
nome... Ah mas também no preto... o dicionário, a caneta, o lápis e a borracha
em cima da carteira... (uma aluna faz um questionamento sobre o que é uma
metáfora, porém não consegui transcrever a resposta da professora devido ao
barulho e ruídos na gravação)... Thaís... Thaís... Pode sentar aqui na frente...
Jonatan... Jonatan, não... Wellington... Alías... Wellington aqui na frente... Prontos?...
Não, não, não, nada contra você... O caderno pode guardar... Maria Helena tira a
sua bolsa de cima da mesa... Ah essa chuva que está atrapalhando... Aron, você
não me entregou o marca-página Aron... (aluno responde: é?)... É... Você não me
entregou... Acho que tem mais alunos que não me entregaram... acabou o
prazo, agora se você fez, me entrega, então... Se você não fez, o tem mais
chance... Deixou em casa?... Então eu sinto muito... Ta, hoje era o prazo para você
me entregar... Aliás, foi né?... O prazo já... (uma aluna pergunta se vale ponto
quem trouxe o dicionário)... Não, na prova bimestral... (um aluno pede um
dicionário emprestado enquanto a professora distribui a prova aos alunos)... Cada
um deveria trazer o seu né, Wellington... Você sabia... (aluno responde: pior é que
eu não sabia)... Pois é Wellington, então, se liga né?... (então me ferrei, diz o
aluno)... É... (um aluno pergunta a data)... November the eleventh... November rain,
combinou... Não cabe? (sobre o espaço para escrever a data na prova)... Ei, não
vamos criar caso sobre isso né?... (professora escreve no quadro: Nov. 11th)...
208
preencheram o cabeçalho?... (aluno não entende uma questão da prova).. O quê
que está escrito no enunciado, leia com um pouco mais de atenção o enunciado...
Vocês não lêem com atenção, vocês passam os olhos por cima... Faça esforço... Ah,
então... Ta falando que é para traduzir?... Ãh? O quê que você descobriu o que é
para fazer?... (aluno diz: knock, knock, knock, knock at the door)... Knock, knock,
knock at on your mind door… compreender o enunciado faz parte da prova
também… ta vamos lá, eu vou ler para vocês cada um deles... No, in English...
(Professora faz a leitura dos enunciados das questões): number one: Complete the
proverbs with the missing Word... Ok?... Fizeram uma atividade semelhante, claro
que com outros provérbios, né?... Mas esses provérbios aqui eles já apareceram nas
atividades, nos exercícios do caderno... Ok? No problem... É uma palavrinha em
cada um...
Number two: Match the English proverbs to their correct equivalent in Portuguese...
ok?... não?... existem, aliás… proibido, proibido rasurar nas questões um e dois… ta
bom?... e a caneta, essas duas questões devem ser respondidas a caneta... number
one and two, ok?...
Number three: Explain the Idea of each given proverb below... ok? explain… the
idea… yes, in Portuguese… in Portuguese, ok?... alguma dúvida ainda aqui?...
explain the idea… the proverb… in Portuguese… in Portuguese, ok?...
Number four: Answer the questions in Portuguese… ok? What is a proverb?... How
do people learn proverbs…? In what kind of situation do people usually say
proverbs? ok?... essa era a atividade que eu ia corrigir… Wellington, o olho na
sua prova, ta bom?... na sua folha, ali o olho... Ok, ok... Não precisam expandir
o... A conversa... (alunos ficam em silêncio e fazem a prova)...
Oh Bruna, qual é o número desse provérbio que você usou aqui no marca-página?...
(professora anota no diário de classe a nota para os alunos dos marca-páginas que
não tinham o nome e que foram identificados)... Aron, agora não é para
conversar... Vocês querem que eu tire o teste? Ah bom... Não é pra mim, não sou eu
que estou resolvendo a prova, é para os seus colegas... (professora conversa com a
pesquisadora a respeito do marca-página)... Guilherme, Guilherme... É individual...
Ei são duas professoras na sala... Não perceberam ainda?... Qual?... Coloca a
identificação (sobre o marca-página que estava sem identificação)... Aron, você não
fez, então né?... Quem é o número dezesseis? O Jonatan?... Ah, o Jonatan também
209
teve a chance dele... Quem é o número nove?... É quem é o nove... O marca-
página?... (a aluna diz que entregou)... Ah, esse aqui... Oi, pode vir aqui, pode
entrar... (uma aluna de outra sala pede à professora se ela pode liberar um aluno
para fazer o ensaio de um teatro que eles irão apresentar)... Ele está fazendo
prova... (a aluna sai)... Não é a tradução (a professora explica sobre uma questão da
prova, outro aluno questiona que não está encontrando uma palavra no dicionário)...
Mas no dicionário a gente não encontra as palavras no plural... Qual é a palavra?
Eggs?... Ta, mas no dicionário você não vai encontrá-la com “s”, porque aqui ela
está no plural... Se tiver um “s”... O verbo a gente sempre encontra ele no infinitivo,
não encontra ele conjugado... Por o exemplo o “is” raramente a gente não vai
encontrá-lo no dicionário, porque o “is” é o verbo “To Be” conjugado... Tem um
burburinho (com relação a alguns alunos que estavam conversando)... Ah mas
olha, precisava se levantar para me perguntar, né? Sendo que sabia (uma aluna
esclarece uma dúvida e ela mesma diz a resposta)... Mas é a insegurança, ?...
Olho por olho, dente por dente... “an eye for an eye, a tooth for a tooth”... (um aluno
pede um dicionário emprestado)... Ca o seu?... Eu emprestei para o Danilo
porque o dele ele disse que está faltando algumas páginas... Então por isso que eu
emprestei o outro, mas ele está com o dele ali oh... Não, não, você deveria ter
trazido o seu dicionário... Trouxe, mas ele trouxe... E você que não se preocupou em
trazer... Ah esqueceu? Mas o quê que eu posso fazer, mas eu não me esqueci...
Tenho, mas eu não vou emprestar... Não quero... Não to afim... Não to afim...
Sabia? Não to a fim de te emprestar dicionário... pra você aprender a trazer o
seu dicionário e a lembrar dos compromissos... Puxa, hoje que você realmente
precisava... Algum problema Lucas?... Não? Ah ta... Então responda... Todos eles
estavam no caderno, não inventei nenhum (sobre os provérbios que ele não sabia o
significado em português)... Vou pedir a opinião da turma, o que vocês acham, devo
emprestar o dicionário para ele?... (os alunos não concordam)... Sujou, sujou, não
dá... É, se eu puder emprestar para ele, vou ter que emprestar para os outros que
não trouxeram também, né?... É uma pergunta... Wellington concentre-se... Lucas
está querendo perguntar alguma coisa, Lucas?... Gente, na próxima terça-feira é a
nossa prova bimestral... Já... Eu vou ver se consigo transferir para o dia vinte e cinco
ta?... Vou ver se consigo transferir... Se vocês o tiverem duas provas marcadas
para o dia vinte e cinco, daí eu transfiro para o dia vinte e cinco... Não, dia vinte e
cinco não é conselho de classe... Até o dia vinte e seis a gente ainda tem provas...
210
Camila e Larissa... Hello... (os alunos começam a conversar)... Ei, ei, ei, que barulho
é esse?...
Ta faltando uma palavra, cada provérbio falta uma palavra (explica uma questão da
prova para uma aluna)... Ih! estou achando que vocês não estudaram os
provérbios... Não posso fazer nada, marcado foi... Agora que você entendeu?... Ei, o
que eu falei para vocês no início? Quem não terminou tem quinze minutos na
próxima aula ta? Vamos entregar... Todo mundo colocou seu nome?... Lembrando
que na próxima aula é só para completar o que falta, não é para arrumar o que já foi
feito ta?... Termina a aula.
Gênero Textual: Music
13/11/08 – quinta-feira
Good afternoon, how are you?... how are you?... ok. Let’s start… ok, s
temos quinze minutinhos para terminar o teste ta bom?...Bom, quem não fez vai
fazer agora daí vai usar a aula toda... (professora discute com os alunos sobre a
prova bimestral de inglês)... E outra coisa bem importante, oitava série “b”, bem
importante, olha só... Extremamente importante... Dia dezoito é prova bimestral... Foi
marcado né?... Terça, mas tai em cima, daí vou ter que cobrar novamente o mesmo
conteúdo?... E s temos duas notas né? Com essa prova de hoje... Não tem
como mudar para o dia vinte e cinco, porque dia vinte e cinco vocês têm duas
provas... É ciências e geografia... Não, não, dia vinte e cinco é uma terça... Dia vinte
não, não porque eu não vou estar aqui, eu tenho uma reunião... Vai começar dia
dezessete e vai ate o dia vinte e seis (as provas bimestrais)... Certo? Então a única
alternativa é nós não fazermos a prova bimestral... Ou fazemos assim então... Vou
corrigir as provas... Eu trago o resultado da nota da prova, se tiver aluno com nota
abaixo de sete na prova, abaixo de sete não, mas abaixo de cinco então, se tiver
nota abaixo de cinco então esses alunos fazem então uma nova prova... Certo?...
Essa nova prova abaixo de cinco... Caso mais grave... então a gente faz no dia
vinte e cinco essa prova, ta bom?... Combinado?... E nós ficaremos com duas
notas... Seria dia dezoito, semana que vem, ta?... Ok, senão não nem pra gente
211
começar ali com a música... E tem uma atividade também, ta bom?... Ok, então
vamos fazer a oração...
(um aluno pergunta que tipo de música é)... Ah é um flashback... Ok? (os alunos
dizem que é legal... fazem a oração)... Vou entregar para todos a prova, ok? E
todos terão o mesmo tempo... Vocês vão... Não pode... Olha só, Halike cadê?...
Faltou... Ta, então, completar o que falta, não vale arrumar o que está feito, ta
bom? Completar o que falta... (professora entrega a prova)... o dicionário... Mas
alguém havia faltado? Manuela e Jéssica... E o Luca também né?... Acabou, acabou
a... (conversa)... Guilherme... Vocês estão em lugares diferentes hoje... Podem
sentar nos seus devidos lugares... Treze e cinqüenta e nove, então duas e quinze
termina o teste... Não, daqui a quinze minutos eu recolho... Wellington... Atenção
especial aí... Pronto (pede silêncio)... Quem terminou sossega um pouquinho...
Aguarde... Cada um por si e Deus por todos... (uma aluna pergunta como se diz isso
em inglês)... Ãh “one for one and God for all”... Não sei, deve ser isso... Mas tem
conversa... Quem terminou, ocupe-se de outra atividade então... Com licença
Aron... Tem conversa por quê?... Não pode conversar... Com licença meninos...
Aron... Hoje é dia treze... Ta, porque dessa vez eu coloquei todos os enunciados em
inglês... Maria Helena e Caroline vocês terminaram? que daí eu queria que
vocês não conversassem... Vocês querem ficar sem a prova... (um aluno diz que não
quer fazer a prova)... Eu quero você de boca fechada e que não atrapalhe mais...
(um aluno diz que Word” é mundo)... word, word, word... Não é world que tem ali,
não é mundo, mundo é com “L” (world)... Cadê o seu dicionário Jonatan?... Cadê o
seu dicionário para tirar vidas... (alguns alunos falam sobre as enchentes)...
Pronto? Eu volto, mas a dona Maristela vai ficar aqui (ela vai deixar a gente colar,
diz um aluno)... Ah vai, ela está autorizada a fazer um “x” na prova (a professora sai
por um momento da sala de aula)... Mas essa conversa ta rolando né?... A conversa
está rolando aí... Eu gostaria que os alunos que estão... Aliás, que terminaram...
Que eu estou recolhendo, por favor... Colaborem com os alunos que ainda estão
fazendo e com quem faltou... Meninos... Aqui ela está como um adjetivo, se aqui ela
está como um adjetivo normal, o que pode ser... Normalmente... Uma vez eu falei
para vocês que o “ly” no final transformava a palavra em advérbio, sempre que é
assim vai terminar em “mente”... Mais alguém (entregar a prova)... Quem já terminou
vai anotar agora no caderno, umas informações, ok? E os outros vão copiar depois...
212
Falta um minuto, quem... (professora confere os alunos que devem entregar a prova,
por estarem refazendo a prova)...
(uma aluna pergunta o que é para anotar)... O que eu vou colocar agora no quadro...
Meninas... (uma aluna chama a professora para mostrar chicletes grudados na
carteira)... Chicletes né? Pois é, é o que dá né? Por isso a gente não quer que vocês
fiquem mascando chicletes também... Time is up... Time is up... (para os alunos que
estavam refazendo a prova)...
Professora anota no quadro:
Date: November 13th, 2008-11-28
Thursday
The weather is rainy!
Agenda:
Activity: warm up
Que idéia as informações a seguir nos passam?
- 1991
- from 130 million to over 300 million
- 1970
- London, England
- Freddy Mercury, Brian May, John Deacon, Roger Taylor
- Rock, various others
(um aluno diz que odeia o português, que não sabe português...)... Que língua
você fala?... (o aluno diz que não sabe as regras e pra que tantas regras)... Ah então
você tem que dizer assim “eu tenho dificuldade nas regras”... “que não sei usar
corretamente”, mas... (o aluno diz: então eu não sei o português)... Sabe, sabe sim,
que língua você usa para se comunicar?... Árabe por um acaso? English? Do you
speak English?... ok... seis informações no quadro e que idéia que elas nos passam,
vamos pensar um pouquinho… (uma aluna pergunta como é que se escreve
“para”)... Pára de parar? É stop... Sorry? About the CD? ... Enquanto vocês vão
copiando e pensando, vou fazer a chamada... Guilherme, copiou tudo o que está
no... (aluno diz: a Bruna está copiando para mim)... Não, não tem Bruna copiando
pra você, que isso... Você está com algum problema nas mãos que hoje não pode
copiar?... (professora faz a chamada, confere a chamada da aula anterior)... Que
palavra? Dificult? Dificult?... (alunos querem saber sobre quem canta a música que
213
eles irão cantar, a professora canta uma parte da música e eles adivinham a
banda)... Este caderno não é de inglês, cadê o caderno de inglês... Vou escrever
(na ocorrência) hoje não trouxe caderno de inglês... Você ainda não abriu o caderno
de inglês porque Aron? (aluno responde: porque eu estou com o caderno de artes)...
Ah é?... (professora e aluno discutem e a professora anota na ocorrência)... (uma
aluna pergunta como se pronuncia uma palavra)... “buddy”... De amigo? (a
professora soletra a palavra e pronuncia)... É “buddy”... Vamos ver se para tirar a
dúvida neste dicionário aqui... Ok vamos lá... Pessoal, quais as informações que nós
temos aqui, o que será isso?... Bom a Taisa matou a charada... Não, ela não
dorme no ponto... Está fácil? Então vamos lá, o que pode ser?... Esta informação, o
que ela pode nos dizer?... Vamos começar por essa aqui então... Guilherme, você
não traz o caderno, o quer copiar, conversa o tempo todo... Agora você está
atrapalhando com sua conversa... Vamos ... São nomes, nomes de quem?... São
músicos? Integrantes de uma banda? Ok, certo... Essa informação aqui... De onde
eles são? Ok... E essa daqui?... O número de cópias vendidas? Ok, certo... Esse
aqui é o número estimado, não se tem certeza absoluta, precisa, número preciso...
Ah, que mais... E essa informação aqui, o que poderíamos dizer a respeito dessa
banda?... Quando acabou a banda?... Ta, pode ser... E essa daqui? Quando
começou? Certo... E essa aqui?...O gênero? Certo... Que banda é essa? Queen?
Porque que é Queen?... Não, o que tem aqui que diz que é o Queen?... Freddy
Mercury... Na próxima aula eu vou entregar a letra de uma música, ta bom? Bye-bye.
18/11/08 – terça-feira
Good afternoon... how are you?...ok garotas?... então vamos agradecer mais
esta tarde, vamos pedir bastante proteção, bastante vontade para estudar... precisa,
ok? E agradeça a oportunidade que você tem... Todas as oportunidades que você
tem, principalmente esta, de estar freqüentando a escola... Quantos que gostariam e
não podem (fazem a oração).
Bom... Antes da aula do teste... Eu passei para vocês umas informações... E
nós conversamos a respeito né?... Ah, isso, sobre que banda são aquelas
informações?... Sobre o Queen, e alguém viu o Fantástico no domingo? Foi bem no
final do Fantástico, última parte... Foi falado sobre a banda Queen, e eles estão...
214
dois anos que eles retornaram... Pois é, essa banda ela ficou por vinte anos...
Parada, né?... Isso, porque o vocalista morreu, como disse a repórter, achei
interessante o jeito como ela falou, que é uma banda que ficou vinte anos sem a sua
voz... Sem o vocalista e agora eles retornaram, dois anos eles retornaram...
vinte anos eles fizeram um show aqui no Brasil... isso, e aí eles vão fazer um tour
aqui na América... América Latina, no Brasil... Eu não me lembro se eles falaram...
É, o Paulo, Rio e Porto Alegre, normalmente o esses três... É, Santa Catarina
geralmente é Florianópolis... Eles estão com novo vocalista, mas, dois da banda
original, da formação original é que ainda estão vivos né... Que é o Brian May que
vocês m o nome ali e o Roger Taylor e agora eu não me lembro o nome do novo
vocalista... Não me lembro agora o nome dele... Não sei, foi falado, mas eu não me
recordo... E eles até foram entrevistados né... Muito bem, e todas... O que eles
recebem pelos shows né... Eles usam, investem o que eles recebem para
ajudar... Isso... As vitimas de AIDS né... Pessoas que são portadoras do vírus...
Bom, voltando ao teste... Eu combinei com vocês... De que alunos... De
que os alunos que não conseguissem tirar nota... Uma boa nota né... Abaixo de
cinco... (a professora deixa alguns alunos terminarem a prova que iniciaram na aula
anterior, são os alunos que haviam faltado no primeiro dia da prova)... Seria só o que
você... Falta terminar né... Não aqui você respondeu... Aqui falta terminar...
Jonatan... Pois é, você vai terminar essa daqui?... Vou te dar hoje uma chance hein,
mas não é a aula inteira... O que eu já corrigi... Só termine o que está em branco... E
a Renata né, falta terminar aqui, tem uma questão pra terminar, Renata... O que eu
já corrigi você não mexe mais... E o Bruno fez prova só na aula passada? Só na aula
passada Bruno?... Esqueci desse detalhe... E você não fez, tem duas em branco
que você não fez... Eu te dei uma nota aqui, mas depois eu mudo... Então você
responde aqui, depois eu mudo a sua nota... (uma aluna pergunta se a professora
não vai entregar as provas corrigidas)... Vou entregar depois ta bom?... E tem
os alunos aqui que não atingiram seis, aliás, tem abaixo de sete... que eu falei
pra vocês que normalmente os alunos com nota abaixo de cinco é que fariam a
bimestral, certo?... Ou querem abaixo de sete?... Abaixo de sete?... Abaixo de sete
então tem... (professora fala o nome dos alunos que tiraram nota abaixo de sete)...
Então na terça-feira que vem vocês vão fazer a prova bimestral... Os alunos que eu
215
falei agora tiraram nota abaixo de sete... Alguns tiraram nota abaixo de cinco... (os
alunos pedem que a professora fale a nota que eles tiraram na prova.
(A professora fala somente a nota dos que tiraram abaixo de sete)... Ok? Desses
alunos que eu falei agora a nota, todos vão querer fazer a prova bimestral?... E na
bimestral eu vou cobrar um pouco do que a gente vai ver hoje também... Daniela
entrega aqui pra mim a letra da música... Gente, eu estou entregando para vocês
uma folha de atividades com a letra da música, de que banda?... Do Queen... Então,
uma música do Queen... (um aluno pergunta como é a letra “o” em inglês)... Letra
“u”?... “o”... “the”... (professora esclarece as vidas de uma aluna sobre a prova de
recuperação...
Ok, oitava série “B”, let’s start, singing time... Têm quantos alunos faltando aí, que eu
preciso saber quantas cópias eu ainda preciso tirar... (professora verifica quantos
alunos estão faltando)... Ok... Oitava “B”, pronto?... (a professora entrega para cada
aluno uma cópia com a letra da sica e as atividades referentes à mesma, explica
a atividade e faz a leitura dos verbos)... One... Listen to the song... One... O que está
fora do quadro (se referindo à folha que os alunos receberam com a letra da
música)... We are the champions, escutaram essa música?... Passa no programa
do... And complete with the missing verbs... Vão completar com o que?... Estão
vendo que ali na letra da música faltam palavras?... Pois bem, as palavras que
faltam, vocês têm elas aqui relacionadas no “one” dentro do quadro... Então vamos
ao outro “one”... Missing verbs... One: complete the song with the missing verbs and
give their translation... Então os verbos que estão aqui ó (e aponta para a lista de
verbos da folha), que nós vamos utilizar para completar, vou ler cada um deles para
vocês se familiarizarem com a pronúncia, depois nós vamos escutar a música e
vocês vão tentar encaixá-los... É... Pra ser mais prático agora no primeiro momento,
vocês podem utilizar números... São oito espaços, oito verbos, e vocês podem ir
colocando o número que corresponde ao verbo, ta? E depois vocês escrevem o
verbo por extenso... (Professora faz a leitura dos verbos)... one, pronúncia dele
taken... two, paid... three, been... four, had.... five, brought... six, done... seven,
come... eight, made... (professor faz a leitura de todos os verbos novamente)...
taken, paid, been, had, brought, done, come, made, ok?... três vezes eu vou deixar a
música tocar, vou repetir... o início da música, a primeira estrofe, ele canta muito
baixinho, o volume está no ximo, mas ele canta baixo, ele começa a cantando
baixo, então, silêncio é essencial, ta?... ok?... certo?... posso começar?... tem uma
216
parte da música que é o final da primeira estrofe... final da terceira estrofe que ele
começa cantar muito alto... e grita... então ali eu vou diminuir o volume... deixa eu
começar...
(professora coloca o cd para tocar e enquanto os alunos ouvem a música a
professora anota no quadro a agenda do dia).
Date: November 18th, 2008.
Tuesday
The weather is cloudy!
Agenda:
Song: Activities 1, 2, 3, 4 (para casa).
(após ouvirem a música pela primeira vez, um aluno comenta que essa música ele
ouve todo santo dia na rádio, e outra aluna pergunta que rádio?)... Se ele ouve todo
dia é porque ele gosta muito, ele sabe de cor a música... Eu acho que não é na
rádio que ele ouve... Ta eu vou repetir mais uma vez... (professora coloca para tocar
mais uma vez a música)... (professora faz uma pausa na música para fazer um
comentário)... No DVD, nesse DVD aqui que ele canta... Ele canta, a penúltima
música do DVD, ele toca no piano, ela não é assim tão gritante... (uma aluna
pede para a professora passar o DVD para eles assistirem)... Eu vou marcar para a
gente ver... Não, não é clipe, é show... É um show... Da década de oitenta que eles
fizeram no Canadá, continuação... (professora liga o som para continuar a música)...
É a última vez... Não eu não vou pular, eu vou repetir e vocês vão ouvir novamente...
(professora coloca para tocar pela terceira vez)... Ah depois, depois da tradução do
verbo (respondendo a pergunta de um aluno)... Ok, let’s check the verbs... Let’s
check the verbs... The first missing verb: I’ve... Paid, isso? Number one, aliás,
number two que vocês colocaram?... Paid, Is it? I’ve paid my dues, ok, that’s it...
Vamos, depois a gente canta (respondendo a uma aluna que perguntou se eles não
vão cantar a música)... Temos, temos alunos que gostam de cantar porque não?...
Não tem problema, elas cantam, eu canto junto... Let’s sing alone, let’s sing alone...
the second: (done responde um aluno) I’ve done my sentence, Yes, that’s it...
done… a gente sempre cantou, porque não cantar agora?... the next… (alunos
tentam adivinhar)… I’ve been a few?... Been? Terceiro?... Are you sure?... Been?
(uma aluna diz: não, é wait)... Wait? Where is wait?... Mas não tem “wait”... Had?...
Made?... Ah, made você quis dizer, não wait... Temos três opções... Been, had ou
made?... Let’s play, let’s play de CD... (um aluno diz: não professora, a quarta é
217
had)... Mas eu estou na número três aqui ta?... Ta, vamos ver então, vamos ver se é
isso mesmo (coloca o CD para tocar a parte onde estão em dúvida)... Qual?... (os
alunos respondem: made)... Made... I’ve made a few, porque ali fala em cometer
erros, cometer erros, fazer erros, então, made mistakes... O ano da música eu não
sei (respondendo a uma pergunta)... Tem sicas que são muito antigas, mas elas
são atemporais... Eu acho que talvez seja uma música do final da década de oitenta,
meio de noventa, porque ele (o vocalista) morre em noventa e um, meados de
oitenta... Música recente? Tipo uma música de despedida?... Quem sabe... Porque
as interpretações cada um faz a sua... Tendo uma lógica... Bom, number four,
number four: had? Let’s check (ouvem o CD)... I’ve had my share of sand kicked in
my face... And now, e o ultimo ali que ficou na parte mais difícil de entender?...
Sorry?... Come, seven?... “come”... Não é come ta?... Come, come... Vamos ver se é
isso mesmo?... Se a gente consegue descobrir isso... É come through ok... Então
vamos cantar agora o refrão, o chorus... Quem não quiser cantar, dubla...
(professora canta junto com os alunos o refrão)... Ok...
(Passam agora para completar os verbos faltantes da terceira estrofe)
E aqui na terceira estrofe, primeira palavra... Taken?... Taken my bows?... E o
seven o que vocês colocaram?... Number three?... Been?... Brought, number Five?...
You’ve brought me fame and fortune... Eu vou colocar aqui depois a gente escuta...
Been sobrou o been né?... Vamos ver se é isso mesmo?... Been no bed of roses...
Aqui a gente tem uma... Um ditado... Um ditado... Bed of roses... Listen (toca o
CD)...
À medida que os alunos completavam os espaços em branco da letra da música, a
professora ia anotando no quadro as respostas:
1. Paid
2. Done
3. Been?... Had?... Made?... (a resposta certa é) made
4. Had
5. Come
6. Taken
7. Brought
8. Been
(A professora coloca o CD para todos cantarem novamente).
218
Olha só, a tarefa de vocês será fazer as atividades 2, 3 e 4 (alunos começam a
guardar o material) para guardar o material em silêncio... Aliás, eu ainda estou
explicando, não tem como guardar o material... A número quatro... Please... A
número quatro vocês vão responder utilizando as informações que eu passei no
quadro e que vocês copiaram no caderno... Aproveitando o ensejo de que a gente
não vai ter aula quinta, façam também a número cinco e a número um que é a
tradução dos verbos, ok?... Good bye (uma aluna pergunta: teacher olha só, o que
significa esse refrão aqui?)... Nós somos os campeões, meu amigo; e nós vamos
continuar lutando até o fim; nós somos os campeões; nós somos os campeões; não
vez para os perdedores... (as alunas comentam que a frase na camiseta da
oitava série deveria ser essa do refrão da música e que elas não gostaram da frase
que foi escolhida).
SINGING TIME
Listen to the song WE ARE THE CHAMPIONS by Queen and complete with the
missing verbs.
WE ARE THE CHAMPIONS
Queen
I’ve …………………… my dues
Time after time
I’ve ……………… my sentence
But commited no crime
And bad mistakes
I’ve………………………. a few
I’ve.............................. my share
of sand kicked in my face
But I’ve………………… through
And I need to go on and on and
on and on
We are the champions my
friend
And we’ll keep on fighting till the
MISSING VERBS
1) Complete the song with the missing verbs then
give their translation.
1- TAKEN=………………………………………….
2- PAID=…………………………………………….
3- BEEN=……………………………………………
4- HAD=……………………………………………..
5- BROUGHT=…………………………………….
6- DONE=…………………………………………..
7- COME=…………………………………………..
8- MADE=…………………………………………..
2) How do you define a CHAMPION?
3) Write down three major characteristics of a
champion.
219
end
We are the champions
We are the champions
No time for losers
‘cause we are the champions of
the word
I’ve ……………………my bows
And my curtain calls
You’ve………………………… me
fame and fortune
And everything that goes with it
I thank you all
But it’s…………….. no bed of
roses no pleasure Cruise
I consider it a challenge before
the whole human race
And I ain’t gonna lose
And I need to go on and on and
on and on
We are the champions my
friend
And we’ll keep on fighting till the
end
We are the champions
We are the champions
No time for losers
‘cause we are the champions of
the word
We are the champions my
friend
And we’ll keep on fighting till the
4) What do you know about Queen? Try to
complete with the required information below:
a) former members:……………………………….
b)
origin:…………………………………………………
c)
genre:………………………………………………….
d) number of sold albuns:……………………….
e) year of the band formation:………………...
f) year of Mercury’s death:………………………
5) Match the verses below to each verse
equivalent in the lyrics:
a) Nós somos os capeões
b) vocês me trouxeram fama e fortuna
c) eu paguei minhas dívidas
d) não tem vez para perdedores
e) e vamos continuar lutando até o final
f) mas não tem sido nenhum mar de rosas
g) mas eu permaneci vivo
h) eu agradeço a todos vocês
i) toda a raça humana
j) eu completei minha sentença
220
end
We are the champions
We are the champions
No time for losers
‘cause we are the champions of
the word
(Repeat chorus 2x)
Disponível em: http//wearethechampions.queen.cifraseletras.mus.br
20/11/08 – quinta-feira
Neste dia não houve aula de inglês com os alunos devido a um encontro entre os
professores de inglês da rede municipal de Joinville, no colégio Elias Moreira, para
troca de experiências.
25/11/08 – terça-feira
(O assunto da chegada é sobre as enchentes em Santa Catarina e sobre o
alagamento ocorrido nas casas de alguns colegas da sala e da escola).
Good afternoon, how are you?...fine? Ok… Let’s pray… então vamos
agradecer… vamos agradecer... Os poucos prejuízos se alguém teve... Se nós
estamos aqui na escola é porque está tudo ok então... Hoje pela manhã eu soube de
uma aluna da sétima série que na casa dela perderam tudo... Pois é, eu tive vários
alunos que perderam seu caderno de inglês na enchente... Teve alguns que
perderam todo o material de português, história, geografia, não foi o caderno de
inglês, não... (um aluno diz que o caderno de inglês dele ficou bem debaixo de uma
goteira e que molhou tudo)... Ah, eu não acredito, é muita coincidência... (outro
aluno diz: o caderno dele era bem cuidado, agora...)... era bem cuidado é
verdade, ficou um pouco menos cuidado... Ok... (fazem a oração).
Eu vou transferir aquela prova de recuperação para quinta-feira ta bom?...
Ok? Certo?... Bom, paramos em qual exercício... Dois, três, quatro e cinco eu pedi
para vocês fazerem porque a gente não teve aula na quinta... Então vamos ver
221
essas atividades?... Camila, no final da aula você vai fazer aquele teste de
recuperação?... Qual foi a sua nota no teste?... Eu entreguei o teste para vocês...
Você vai fazer, não?... Eu entreguei todas as provas... Você não vai fazer? Então no
final da aula você me entrega o seu caderno ta?... O teste, eu deixei todos na
pasta... (professora verifica junto aos alunos quem ficou com as provas que ela
entregou na aula anterior, sendo que alguns alunos não receberam suas provas)...
Então o que você decidiram sobre isto aqui? (o marca-página)... O que era pra
decidir?... Ou amigo secreto, ou então um troca-troca então... Esse troca-troca
para fazer assim: eu deixo tocando a música, o tempo da música vocês vão trocando
o máximo que puderem, e vale, quando a sica terminar, você ficar com aquele
que você pegou por último... O que vocês acham?... Vocês têm semana que vem daí
para fazer isso... Semana que vem não pode faltar... O troca-troca a gente vai
trocando... Durante o tempo da música... (uma aluna pede uma cópia da letra da
música)... Deixa ver se eu tenho uma folha sobrando da música, eu acho que eu não
tenho mais nenhuma sobrando... Você não escutou a música?... Quem é que está
precisando?... Eu tinha tirado várias cópias... Não a letra da música está aqui na
folha... Quem mais não tem?... o tem essa?... até a secretaria e tira pra mim
três pias... Ah não, em conjunto, não... (duas alunas queriam ir tirar Xerox
juntas)... Oh, leva dois reais... Diz que é pra mim... Opa, Halike sua folha está aqui...
Ah o Jonantan falta corrigir, Halike falta corrigir, ta, falta eu corrigir aqui (a prova)...
Bruno, sua prova.
Ok então vai lá... Questão dois... A questão um a gente já fez, que foi
completar a letra da música... Depois eu coloco a sica pra gente escutar
novamente... Então vamos lá, number two: how do you define a Champion?...Quem
respondeu?... Uma pessoa que venceu na vida... Que alcançou seus objetivos... Ok
então vai lá... Ah, Larissa, how do you define a Champion?... Number two... Tayane,
Lizandra, number two... (uma aluna pergunta: e o número um, qual que foi?)... Falta
a tradução, a tradução dos verbos a gente corrigiu?... Não... Uma pessoa que
venceu que sempre correu atrás, ou que sempre corre atrás, então... Está
confortável assim?... E o seu material? ... Ah, então ta bom... Mas mesmo assim,
que tal acompanhar agora a correção que nós estamos fazendo sem conversar com
o seu colega... Não senhor, você pode fazer a correção sem conversar, pode
acompanhar sem conversar... E o Cauê?... Ah, ficou com preguiça de abrir o
caderno... O quê?... O Cauê nunca foi disso... Porque você não está com a sua
222
folha?... Ontem eu pedi pra por essa folha no caderno... Colada no caderno... (aluno:
eu colei, mas eu esqueci o caderno)... É não adianta nada né?... Outra questão,
Vinicius, outra resposta... Number two: how do you define a Champion?... Eu não
vou escrever no quadro porque a resposta está em português e vocês têm dois
ouvidos para escutar né?... E os três alunos que responderam, as três respostas são
bem semelhantes, então... Eu vou pedir pra alguém repetir pela quarta vez...
Champion, what is a Champion, na verdade né?... how do you define a Champion?...
Jéssica, você fez, Jéssica?... Como ficou… ah, number two… como ficou a sua
resposta?... Mas ta bom aqui ? A coisa ta boa nessa sala... Danilo repete a sua...
Certas meninas?... Você não sabe o que é um Champion?... Ta, campeão seria a
tradução... Mas eu quero a definição... Tem que explicar, saber o que é, explicar...
Uma pessoa que subiu na vida e alcançou seus objetivos... E...
Ok, agora vamos para o number three: write down three major characteristics
of a Champion... three, three major characteristics… the three most important
characteristics… most important… Danilo… resistente inteligente… ter força de
vontade… ter um objetivo, mas aí... Ter uma meta… honestidade, também é
importante... Porque não adianta você ser um Champion através da trapaça, através
do roubo, né?... Através da mentira, da falsidade... Aí, que espécie de Champion
você é, né?... E outra característica que eu acho assim muito importante num
Champion... Eu acho que nos esportes a gente isso bem claro... Para um atleta
chegar à perfeição, ele precisa o quê?... Pra ele chegar à perfeição, pra ele alcançar
o objetivo dele lá, que é ganhar a medalha, ser um campeão, tem que se preparar,
mas o que ele precisa fazer pra isso?... Como que ele tem que ser?... Um atleta, por
exemplo, vou usar o exemplo do atleta, pra ele chegar à perfeição pra ser campeão,
o que ele precisa?... ?... Precisa de disciplina... Isso mesmo... É isso que vai me
levar ao sucesso, se eu não tiver a disciplina... Não basta ter força de vontade,
tem que ter a disciplina, que é a dedicação... O atleta, pra ele ter aquela perfeição,
pra ele ser perfeito, pra ele ser um campeão... Um bailarino, né?... Ele tem que
treinar... Treinar, treinar e treinar... Então ele tem que ter disciplina, se o tiver...
(neste momento chega à sala um aluno chamando os representantes para conversar
com a supervisora)... Os representantes hoje estão ausentes... (a aluna que chegou
diz: hum, essa sala está bem cheirosa)... Hum, alguém veio bem perfumado hoje... É
a primeira aula, não tiveram educação física... Ok vamos lá... Então eu acho que
uma das principais características, a mais importante é ser disciplinado... Vocês, se
223
vocês querem adquirir o conhecimento, querem ser pessoas inteligentes... Com
bastante conhecimento, pra ter bastante cultura, tem que ter disciplina pra estudar,
tem que ter disciplina pra se dedicar, pra poder aprender senão... Claro que tem
aqueles que não têm tanta disciplina, mas tem uma facilidade fora do comum pra
aprender as coisas... Mas têm outros que não... Demora... Eu me incluo naquele que
não pegam assim no ar... Tem que estudar... Ah exatamente, tem aqueles que têm
essa facilidade, mas tem uma preguiça... O teu caso é esse... Tem uma facilidade,
mas tem uma preguiça, pois é... Ta faltando a disciplina aí no teu caso...
Ok, number four, era pra completar ali com as informações do Queen... what
do you know about Queen? Try to complete with the required information below…
vocês tem no caderno… former members… o que você respondeu Renata… você
fez essa?... former members… os nomes… problema para falar os nomes? Ta então
vamos lá... Brian May é isso?... Brian May, Freddy Mercury, John Deacon, e Roger
Taylor... Falei pra vocês que a banda está com uma nova formação?... Mas tem dois
integrantes o Roger Taylor e o Brian May continuam, e um novo... Ok. origin...
Lisandra, oh sorry... Lisandra... Eu pensei numa pessoa e falei outro nome, ok,
Lisandra... Origin... Ãh?... Ãh, ãh, ãh... Você... Ta bom a Lisandra responde... (a
aluna responde: Londres/Inglaterra)... London/England, ok... Eu passei em inglês
para vocês lembram?... Genre... genre... rock, various others... ok... a base é rock...
muito bemGuilherme Pereira né?... não?... number of sold album… pode falar em
português não tem problema… fez né?... ih, ta tudo em branco... de 130 milhões a
mais de 300 milhões de albuns, é um número estimado né, não é um número
preciso... Ângela vamos ver... Oh my God... (a aluna diz que isso porque ela acabou
de pegar a folha)... Só que essas informações eu já havia passado no quadro... Se o
caderno ainda está com vocês, vocês têm essas informações... É só olhar no
caderno, que no caderno vocês têm... “E” year of the band formation... nineteen
seventy... é... Andrei, Fernando... Caderno fechado?... Não é de inglês?... Ãh, ta...
Ah não gente, olha eu estou cansada... Eu entrego a folha pra vocês e vocês
perdem, vocês esquecem... Por quê... Porque vocês não seguem as instruções... É
exatamente... Danilo salva a pátria aí... Year of Mercury’s death... Ou Bruno, vamos
lá Bruno, fala... Nineteen ninety-one... Nineteen ninety-one, ok.. (conversam um
pouco sobre a morte do Freddy Mercury).
224
Ok, oitava “b”... na letra da sica agora... Match the verses below... ta
confortável?... to each verse equivalent in the lyrics… lyrics, seria a letra da
música… equivalent verses… versos que são equivalents… aqui, essas frases aqui
eu retirei de uma das traduções, de uma versão de tradução que eu peguei da
internet... ta aqui oh embaixo... sim, eu peguei do mesmo site... muda ali, se
você entrar na letra você a tradução... é a essência... se eu pedir para cada
um de vocês fazer a tradução da música, cada um vai traduzir de um jeito diferente...
mas a essência, ela vai permanecer, a idéia principal...
Quem então... Quem encontra... Tem a letra da música aí, mas não
fizeram, vamos lá... “nós somos os campeões”... “we are the champions" eu paguei,
ah desculpa... “vocês me trouxeram fama e fortuna”... Ok, “you’ve brought me fame
and fortune”; “c” “eu paguei minhas dívidas”... Ok, ele está com a letra da música
gravada na cabeça (sobre o aluno que respondeu sem estar com a folha em mãos)...
Então vem escrever aqui (a professora vai anotando no quadro as respostas dadas
pelos alunos)... Se você sabe falar sabe escrever também... Tudo bem, tudo bem,
quem pegar ele de amigo secreto um caderno de caligrafia para ele treinar
durante as férias... Você respondeu, agora eu quero que eles localizem na folha...
Obrigada pela ajuda ta? (um aluno diz onde se encontra a frase)... “I’ve paid my
dues”... Ok... “não tem vez para perdedores”... Yes, “no time for losers”... Losers, the
opposite of... The opposite of... Losers, losers is the opposite of… ta escrito na
música… champions… sim, mas eu quero a palavra da música... Winners não
aparece na sica... Sim eu sei é um sinônimo... Champions versus losers.
opposite, Champion is the opposite of loser... no, opposite, opposite... oposto… “e
vamos continuar lutando até o final”… onde é que ta… ta, está no refrão?... Segundo
verso do refrão, da segunda estrofe… “and we’ll keep on fighting until the end”…
keep on fighting… until the end né? until the end, né?... (um aluno corrige dizendo
que não é until, é till)… until? Till, till, till... Thank you... till, until, too, para usar
todas essas palavras... e aí... (uma aluna lê: “mas não tem sido nenhum mar de
rosas”)... Aqui tem um dito popular, um ditado popular nessa parte né? Aqui nessa
parte... Não tem sido um mar de rosas... “It’s been no bed of roses”... but it’s...
Terceira estrofe... “but it’s been no bed of roses”... Vou ter que fazer uma prova para
aqueles meninos ali na próxima aula sobre isso aqui... Sobre a música... Venham
preparados... “g” “mas eu permaneci vivo”, ou eu sobrevivi... Não fez Danilo? Tais?...
Não?... E agora?... (como eles não conseguiam encontrar, uma aluna pediu para
225
pular para a próxima e deixar essa para depois)... É?... Então vamos lá “eu agradeço
a todos vocês”... Mas, eu agradeço a todos vocês, terceira estrofe... Eu agradeço a
todos vocês, terceira estrofe... No primeiro verso? Não... (e o quarto? Pergunta uma
aluna)... One, two, three, four... Não... Ih, tão chutando demais já... (e o
penúltimo?)... Gente, como é que a gente diz obrigada em inglês?... (todos
respondem thank you)... Procurem essa palavra... (alunos encontram no texto)... “I
thank you all”... “toda a raça humana” que é o final de um verso, final de um verso...
Ta ali na terceira estrofe... É essa parte aqui ta? “the whole human race”... falta a
“g” ainda que ninguém me deu a resposta... “eu completei minha sentença” (letra j)...
no início... “I’ve... I’ve done my sentence”... e a “h”... “mas eu permaneci vivo” eu
sobrevivi... “g” letter “g”... (uma aluna respondeu, mas a professora não ouviu)...
quem acertar na próxima aula eu trago um bombom... (a mesma aluna fala
novamente)... Yes, that’s it... ganhou um bombom... é, aqui esse verbo “come
through” vai ter esse significado, de sobreviver, de ultrapassar, vamos dizer assim...
Porque nada haver?... Existe em inglês verbos preposicionados, que a gente chama
de “preposition verbs” e aí quando eles são acompanhados de preposições eles
mudam o significado deles, por exemplo: “shut”, “shut” é o que?... Não, shut, shut...
(um aluno responde: fechar)... Fechar... Aí, fechar (anota no quadro)... Qual é aquela
música do Black Eye Pies que tem aquela palavra aqui (anota no quadro: shut up)...
Shut up... Shut up... Oh, up é uma preposição em inglês, shut é o verbo... (um aluno
diz: calar a boca)... Isso olha só... Shut é fechar, aqui tem o sentido de... (fechar a
boca, responde uma aluna)... Isso, que aqui tem uma forma grosseira de pedir
pra alguém... Isso é o cala a boca que vocês tanto gostam de falar, que eu já escutei
né?... Calar, calar-se, ou então, cala a boca... Calar a boca... É uma forma grosseira,
impolite... Sem educação... Qual seria uma forma mais polida... Polida... Não, não é
de polir assim, sabe?... Mais polida, que a gente tem essa palavra em inglês que é
polite... Uma forma educada... Polite, em português, polida... Fecha a boca, por
favor?... se vocês fizerem assim né? (professora faz um gesto com a boca)...
Silêncio fique quieto, você poderia baixar o seu volume fazendo o favor?... Cale-se,
de repente... Dependendo do tom, da entonação (continuam a discutir sobre o
assunto)... A está na hora de guardar o material?... Quinta-feira o teste de
recuperação... Eu não fiz a chamada e preciso saber quem faltou gente... Você faz a
chamada e depois você traz pra mim? (representante fará a chamada)... (professora
comenta com a pesquisadora) o bom da aula é quando aparecem essas coisas fora
226
do que a gente está fazendo e eles se interessam né? Eu, eu aproveito bastante
quando surge assim... Às vezes parte deles né... Termina a aula.
(A professora anotou no quadro a correção das atividades: 4)
c) Rock
d) From 130 million to 300 million
e) 1970
f) 1991
6) a) We are the champions
b) You’ve brought me fame and fortune
c) I’ve paid my dues
d) No time for losers
e) And we’ll keep on fighting till the end
f) But it’s been no bed of roses
g) But I’ve come through
h) I thank you all
j) I’ve done my sentence
27/11/08 – quinta-feira
Hello, good afternoon, how are you? Fine?... Let’s pray. Então vamos
agradecer, vamos agradecer mais esta tarde... um pouquinho, oh Bruna...
(professora conversa com uma aluna sobre a blusa do uniforme que a mesma não
está usando). Fazem a oração.
Ok, quem vai fazer a atividade pega essa folha... Eu vou passar no quadro...
Não, não deu pra digitar... Quem vai fazer, levanta o braço... a atividade de
recuperação)... Recuperação... Pode usar o dicionário ta bom?... Quem mais vai
fazer a atividade de recuperação?... (uma aluna pergunta se a professora não vai
recolher os livros. São livros didáticos das disciplinas de português, matemática,
ciências, historia e geografia que são emprestados aos alunos no início do ano letivo
e devem ser devolvidos no final do mesmo)... Vou daqui a pouco eu vou começar a
recolher... (professora entrega a prova anterior corrigida para aqueles que não
227
farão o teste de recuperação)... Os demais... Nós corrigimos os exercício dois,
três, quatro e cinco, é isso?... Todos eles conseguimos corrigir?...
Professora anota no quadro o teste de recuperação para os alunos copiarem na
folha:
Name _______________________________________________ n.: ________
Date_________________________________________________ Grade: ______
Avaliação de Recuperação:
1) Qual é o equivalente em português ou a tradução dos seguintes provérbios ou
ditos populares?
a) Time is Money.
b) One is never too old to learn.
c) Many hands make light work.
d) Love is blind.
2) Em qual situação podemos usar os seguintes provérbios? Explique.
a) You can’t tell a book by its cover.
b) Experience is the best teacher.
3) Complete os provérbios com as palavras que faltam:
Eye nut home preach neighbors (a palavra “nut foi colocada por
engano, a palavra correta seria “hard”). Observação da pesquisadora.
a) Practice what you _______________________.
b) Beauty is in the _______________________ of the beholder.
c) East, west, ___________________’s best.
d) A ___________________ nut to crack.
228
A Lisandra não vem mais para a primeira aula? Falta agora as aulas de
inglês, o que está acontecendo? ... Ah, mas que chique... E quem disse para ela que
ela está passada em inglês?... O Luiz também está faltando porque ele está
passado?... Pois é, o que está acontecendo com o Luiz?... Ah sim, eu soube que a
rua dele está péssima (uma aluna disse que a rua dele está toda alagada)... Mas o
irmão dele veio... (professora explica a segunda questão do teste e outro
exemplo para servir como parâmetro. Um aluno cobra da professora a prova que ele
fez na semana passada. Cinco alunos levam os livros didáticos recolhidos até a
biblioteca. Professora anota no quadro uma atividade para os alunos que não farão
o teste de recuperação).
Date: November 27th, 2008.
Agenda:
Avaliação de recuperação
Exercício 6
7) Encontre os seguintes pronomes na letra da música:
d) Nós_________________ d) Isso: ______________________
e) Me _________________ e) Meu: ______________________
f) Eu: _________________ f) Vocês: _____________________
Agora responda: a quem ou a quê esses pronomes fazem referência na
música?
Então para quem está “livre” (entre aspas)... (fazer a atividade seis que está no
quadro). Quem mais que ia fazer? A Daniela não ia fazer também? E ela não veio
hoje, não tem mais chance, é hoje... (A professora sai da sala para buscar os
alunos que foram levar os livros à biblioteca. Logo em seguida a professora retorna
com os alunos). Oh, mocinhos... Here is the activity you are supposed to do now,
ok?... (fala para os alunos que haviam ido até a biblioteca levar os livros)… (a
professora explica a última questão do teste de recuperação para uma aluna)...
(professora faz a chamada)... terminaram o exercício seis?... Ah, na próxima aula
eu vou corrigir isso aqui... (professora deixa alguns alunos terminarem o teste de
recuperação na aula de matemática)... que não é coletivo ta? É individual... Bye-
bye... Thank you.
229
02/12/08 – terça-feira
Hello, good afternoon... (professora entrega a prova de recuperação para os
alunos)... Ok oitava série “b”... Hello, thank you... Let’s pray... (comentam a respeito
da música Hello Good bye dos Beatles).
Ok então vamos agradecer este ano que a gente teve, que vocês tenham
assim, um final de ano, um natal muito bom, com bastante paz, felicidade... Que
vocês comecem bem o ano que vem no ensino médio e que vocês não esqueçam
da gente, ta bom? (fazem a oração).
Nesta aula os alunos se dirigem à biblioteca para assistirem ao DVD do
Queen. Enquanto a professora ajusta o DVD no aparelho a bibliotecária faz a
cobrança dos livros dos alunos que ainda não devolveram os mesmos à escola
(livros didáticos e paradidáticos).
Professora coloca a música “We are the champions” e na seqüência: “We Will
rock you”; Crazy little thing called love”; “Under Pressure”; Love of my life”.
Enquanto os alunos assistem ao vídeo a professora verifica os alunos que faltaram.
Vou primeiro por no “We are the champions” ta bom?... (as alunas acham
graça da roupa do vocalista)... Naquela época, na década de oitenta os homens
usavam shorts bem justo, é muito engraçado, ele bem magro usando shorts bem
justos... A legenda é de outra música... Aquela legenda ali é de outra coisa... Foi
feito no Canadá (sobre o show)... Novembro de oitenta e um, ele morreu em noventa
e um, provavelmente ele já estava com a doença... É, lá em Montreal... Maria Helena
pode colocar outra música... Mas tem como colocar a legenda em português?... Tem
uma música que é legal que é “Under Pressure”, “We Will rock you”,... “under
pressure” é sob pressão... Ah mas é a próxima musica ?... A palavra “rock” como
verbo significa acalentar, fazer carinho, dar atenção, mas eu não sei nessa música,
eu não peguei a tradução dela pra ver... Foi em Montreal, no Canadá, em novembro
de oitenta e um... Eu queria trabalhar com a biografia dele, ou de outro cantor... Eu
acho ele parecido com aquele ator da novela das oito, o Cauê Raymond, o Halley...
Ele era indiano (sobre o vocalista)... Ele foi casado com uma mulher e ela foi o
grande amor da vida dele, depois ele se envolveu com um homem... (professora
atende uma aluna que chega à biblioteca para entregar os livros. A bibliotecária
havia saído)... Essa é “Under Pressure”, sob pressão... Eu acho que “I want to break
230
free” não tem nesse DVD... “Love of my life” também é bem famosa... Eu quero me
libertar, “I want to break free”, eu quero ficar livre... Uma bem romântica agora... Tem
outra que também é bem famosa que é “I was Born to Love you”, que está agora
nesse DVD dois... “Love of my life”, amor da minha vida, essa é para as meninas e
os meninos apaixonados aí... Essa música ele fez pra ela, pra mulher dele ele fez
essa música... Vocês vêm aqui pra ver o DVD ou pra conversar?... Ah os dois?...
Então a gente vai ter que escolher um... Ei gente, vamos depois pra sala pra fazer o
troca-troca do... Deixa terminar essa música e vamos... Troca do marcador que
vocês fizeram... (uma aluna pergunta o que significa a palavra “Queen”)... Queen é
rainha, que na Inglaterra Queen é como se fosse um pejorativo de bicha, gay...
A gente não fala bicha,... gay? Eles falam Queen, que é um pejorativo... Let’s go...
Os alunos retornam para a sala de aula para fazerem o troca-troca do marca-
página.
Aqui pessoal, como é que vocês querem fazer a troca?... Escolher?... Não... Como é
que a gente faz? (aluno: cada um pega o seu)... Vai trocando daí enquanto toca a
música?... Cada um pega o seu agora... Ta vocês querem que eu toque uma música
e durante o tempo da música vocês vão trocando... Vocês podem ir circulando pela
sala e vocês vão trocando... Vai tocar uma música e vocês vão circulando e trocando
ta bom? E quando acabar a música cada um fica com o que está na mão... É pra
trocar com todo mundo... (a professora coloca uma sica dos Beatles, e os alunos
vão circulando e trocando os marca-página)... Vai terminar... se cansaram?... Ok,
agora vocês vão ver aqui o significado do provérbio de vocês (alguns alunos
verificam o significado do provérbio e outros perguntam à professora. A professora
pede para uma aluna que entregue os marca-páginas aos alunos que não estavam
na aula de inglês)... Bye-bye.
04/12/08 – quinta-feira
(Este é o último dia de aula com todos os alunos, na próxima semana somente virão
para a escola os alunos que ficaram em exame).
Ok, oitava “B” este é o nosso último momento do ano... (professora conversa
com alguns alunos)... Bom, então vamos fazer a nossa oração de despedida...
(professora conversa com os alunos sobre os oito anos que ela deu aula de inglês
para eles)... Bom, é a primeira vez que eu consigo acompanhar da primeira série até
231
a oitava série um grupo de alunos... Ok, então vamos agradecer tudo de bom que
aconteceu este ano... Oitava “B”, pronto?... Então vamos agradecer todos os
momentos bons que a gente teve ao longo desse ano, ao longo desse oito anos, e
eu espero que eu possa ter contribuído de verdade com a formação de vocês e que
vocês levem muitas coisas boas da gente, ok?... E sucesso ano que vem né?...
Vocês estarão entrando no ensino médio, caprichem, se dediquem, estudem... Pra
ter depois uma profissão... E vamos pedir então que a gente tenha um dois mil e
nove cheio de alegrias (fazem a oração).
Bom, a boa notícia é que tem três alunos em exame em inglês... Vocês
vão saber na última aula... (os alunos pedem que a professora fale quem ficou em
exame)... Aron, Manuela e Ângela... Na oitava “A” tem um aluno; na oitava “C” tem
quatro e na oitava “D” não tem ninguém... Pois é, os alunos que estão em exame,
querem tirar dúvidas?... Vocês podem estudar pelas provas que a gente fez.
(Professora sai da sala para esclarecer uma dúvida de horário com a
supervisora. Neste dia os alunos não tiveram aula propriamente dita, a professora os
deixou livres na sala de aula para conversarem entre si. Por este motivo houve
bastante interferência e barulho na gravação, não sendo possível transcrever toda a
gravação. Enquanto pesquisadora solicitei junto à professora, licença para
agradecer a participação dos alunos e da professora na minha pesquisa, enfatizando
a importância de todos para a realização da mesma. Após ter conversado com os
alunos, entreguei aos mesmos uma lembrança singela por sua participação.
Enquanto eu entregava as lembranças a professora fazia a chamada. Após terminar
a chamada a professora explica para os alunos que ficaram em exame o que eles
devem estudar para o exame).
232
ANEXO 6: Conteúdo Programático para o ano de 2008
Disciplina: Inglês
Série: 8ª.
Gêneros
Poema (Tema: Bullying) / Poem
Resenha Crítica de filme / Movie review
Filme: Bang Bang you’re dead
Tema: Bullying
Provérbios / Proverbs
Letra de música / Lyrics
We’re the Champions” by Queen
Biografia do Queen / Biography
Verbete the dicionário / Dictionary Use
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo