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em Pindamonhangaba; Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, em Sorocaba e Monções,
em Porto Feliz. Por ele, podemos verificar o esgotamento dos patronos republicanos e a
inclusão de personagens de outros momentos da História do Estado e do Brasil. Porém,
mantinha-se ainda a rigorosa vinculação histórica do patrono com a cidade sede do
museu a ele dedicado.
Em 1958, pela primeira vez, se utiliza a terminologia “rede de museus” no Decreto nº
33.980 de 19 de novembro de 1958. Com ele também é criada uma classificação que
agrupava os museus por vinculação de seus patronos aos três grandes períodos da
História do Brasil pela ótica do protagonismo paulista. Assim sendo, os museus criados
a partir desse decreto e os outros já instalados se distribuiriam em três categorias:
Museus do Período Colonial, do Período Imperial e do Período Republicano. Sendo
assim divididos:
“Artigo 2º - Os Museus do Período Colonial serão os seguintes, com os patronos e as sedes
respectivas: de Martim Afonso de Souza, em São Vicente; de Anchieta, em Itanhaém; de Fernão
Dias, em Penápolis; das Monções, em Porto Feliz; do Morgado de Mateus, em Bauru; de D, João
VI, em São João do Rio Preto.
Artigo 3º
- Os Museus do Período Monárquico serão os seguintes, com as respectivas sedes e
patronos: dos Andradas, em Santos; de D. Pedro I e D. Leopoldina, em Pindamonhangaba; do
Senador Vergueiro, em Presidente Prudente; do Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, em Sorocaba;
dos Voluntários da Pátria, em Araraquara; do Visconde de Mauá, em Mogi das Cruzes; de Afonso
e Alfredo de Taunay, em Casa Branca; de D. Pedro II, em Franca.
Artigo 4º
- Os Museus do Período Republicano serão os seguintes, com as respectivas sedes e
patronos: de Prudente de Morais, em Piracicaba; de Rodrigues Alves, em Guaratinguetá; de
Campos Sales, em Campinas; de Cerqueira César, em São Carlos; de Bernardino de Campos, em
Amparo; de Cesário Mota, em Capivari; de Jorge Tibiriçá, em Jaú; de Altino Arantes, em Ribeirão
Preto; de Washington Luís, em Batatais; de Fernando e Júlio Prestes, em Itapetininga; de Fernando
Costa , em Pirassununga.”
Foram criados pelo Decreto 33.980 mais 15 museus, sendo 5 dedicados a personagens
históricos do período colonial, quatro, do período Monárquico e seis, do período
Republicano. Além desses, também foram criados os Museus Históricos e Pedagógicos
Cornélio Pires, em Tietê, e Monteiro Lobato, em Taubaté. Esses dois, criados pelo
Decreto 33.909 de 4 de novembro de 1958, foram destinados à “evocação histórica dos
respectivos municípios e ao estudo, preservação e difusão do folclore regional e
nacional (...)”. Portanto, fugiram à classificação baseada nos períodos históricos que
acabara de ser criada para benefício da abertura de novos temas e do estudo de dois
grandes pesquisadores da cultura tradicional paulista tão vinculados às suas cidades de
origem.