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NOVAS REDES SOCIAIS NA ERA DA MOBILIDADE
1
Ulisses Valadares Moreira da Silva
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Resumo: O artigo trata questões sobre as redes sociais, em especial a blogosfera sendo ela conceituada
como “Web-colaborativa”. O propósito é de analisar esse processo levando em consideração a
estratificação das mediações e a diversificação das interações. A mobilidade, a convergência midiática e a
cultura dessas redes sociais são fundamentais para que essa análise seja feita.
Palavras-chave: Mobilidade. Redes Sociais. Web. Blog
______________________________________________________________________
1. A tecnologia e a mobilidade
Desde o princípio da humanidade, os homens organizam-se em pequenos e grandes
grupos, os quais estabelecem signos, criam tecnologias, formam vínculos afetivos,
desenvolvem economia e constroem os mais diversificados tipos de comunicação,
aprendizagem e produção de conhecimento. As estruturas destes grupos modificam e
são modificadas de forma contínua e rápida com os instrumentos, técnicas e
tecnologias criadas por eles.
No mundo globalizado em quem estamos inseridos, e com o crescimento da internet,
tornou-se comum às expressões “comunidades pessoas”, “redes sociais
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e “indivíduo
conectado”. Mas o que realmente significa isso? Como compreender que tipo de
apropriação ou idéia de colaboração em que tais ambientes digitais podem emergir em
várias dimensões na vida das pessoas?
A vida individual está envolta de laços por proximidade local, parentesco, solidariedade
de vizinhanças, gostos comuns, religiões, línguas e muitos outros pontos que nos
aproximam ou nos afastam das outras pessoas. É certo que, um japonês, se sente mais a
vontade em seu país de origem, no que outro país qualquer. Por lá, ele se identifica, se
sente próximo e acolhido. Suas diferenças são amenizadas, e seus gostos e costumes
semelhantes aos de muita gente.
1
Trabalho final da disciplina Redes Sociotécnicas do Programa de Pós-Graduação em Comunicação
Social da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
2
Jornalista, especialista em Comunicação Digital, Educação e Mídias Interativas e mestrando em
Comunicação Social: Interações Midiáticas. [email protected]
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Conforme dados do Wikipédia, Rede Social é uma das formas de representações dos relacionamentos
afetivos ou profissionais dos seres humanos entre si ou entre seus agrupamentos de interesses mútuos.
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Isso significa que cada um de nós possui uma visão clara da rede de relacionamentos
à qual pertence, mas não é possível perceber facilmente a rede à qual os outros
pertencem. Isso inclui não apenas aqueles que não conhecemos, mas também os que
fazem parte de nossas relações.
Além disso, as pessoas têm enfrentado muitas mudanças com o surgimento de novas
redes de relacionamento. Se focarmos diretamente os laços sociais e sistemas informais
de troca de recursos ou informações, teremos conceito de comunidade interpretado
como bairro, vizinhança, religião ou determinada cidade em que as pessoas conviviam
presencialmente entre si. Conceito este, muito diferente do que estamos acostumados a
presenciar atualmente.
Existe uma transmutação do conceito de “comunidade” em “rede social”. Segundo
Rogério da Costa (2008), em seu artigo sobre Web 2.0, Participação e Vigilância na Era
da Comunicação Distribuída, ele afirma que se solidariedade, vizinhança e parentesco
eram aspectos predominantes quando se procurava definir uma comunidade, hoje são
apenas alguns dentre os muitos padrões possíveis das redes sociais. Estamos diante de
novas formas de associação, relacionamento ou proximidade, inseridos em redes com
padrões variáveis, interesses individuais com semelhanças coletivas.
Lidamos com diferentes pessoas, conhecidas ou não, numa série de contextos
relacionados com diferentes redes ao mesmo tempo. Em vez de nos deslocarmos apenas
entre redes de conhecidos ou membros comuns, a tecnologia móvel está mudando os
fatores de freqüência de contatos e distância. É o que o estilo de vida móvel vem
provocando: mudanças e reorganização na forma das pessoas se encontrarem, trocarem
informações ou comunicarem entre si.
Segundo Wellman (2004), essa mudança para um individualismo conectado teria
acontecido recentemente. Até 1990, os lugares físicos ainda eram os principais
contextos de interação da maior parte das pessoas. E também os tipos de laços eram,
sobretudo, os de sua comunidade pessoal, como parentes, colegas, amigos, etc. Mas,
com a revolução das tecnologias de comunicação, houve uma mudança no padrão de
relação entre as pessoas. Antigamente, as pessoas se deslocavam de um lugar a outro
para interagir com sua rede pessoal, mas, atualmente, elas vivem uma dinâmica de
relação que saltam de uma pessoa a outra, numa rede virtual de contatos.
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Segundo Castells (1999), a rede é constituída por uma arquitetura técnica de
interconexão que se apresentam sob a forma de grafos que permite precisar nós e arcos,
árvores e malhas, circulação e orientação de fluxos. Uma interação sobre um nó da rede
muda todos os outros nós, altera toda a rede. A função chave dela é mais de
intermediação que de interconexão.
Para ele, vivemos em uma sociedade que hoje se constitui em uma sociedade em rede.
O início do século XXI é um dos raros intervalos entre grandes transformações, de
eventos importantes acontecendo em grande velocidade. Estas trasformações
correspondem à organização da sociedade em redes de trocas múltiplas, sob um novo
paradigma: o da tecnologia da informação e comunicação.
Um dos aspectos essenciais para a consolidação de comunidades pessoais ou redes
sociais, é o sentimento de confiança mútua que precisa existir, em maior ou menor
escala, entre as pessoas. A construção dessa confiança está diretamente relacionada com
a capacidade que cada um tem de entrar em relação com outro e perceber no outro seu
universo de referência, como por exemplo, habilidades, gostos, sentimentos e
pensamentos comuns. Quanto mais o indivíduo interage, mais ele está apto a reconhecer
tais costumes comuns e estreitar seu relacionamento.
Redes sociais, segundo Rogério da Costa (2008), só podem ser construídas com base na
confiança mútua difundida entre os indivíduos. Isso pode se verificar em maior ou
menor grau, mas de qualquer maneira, a confiança deve estar presente da forma mais
ampla possível.
Para Pierre Musso (2004) o conceito de rede é “uma estrutura de interconexão instável,
composta de elementos em interação, e cuja variabilidade obedece a alguma regra de
funcionamento”. Portanto, redes sociais são estruturas dinâmicas e complexas formadas
por pessoas com valores e/ou objetivos em comum, interligados de forma horizontal e
predominantemente descentralizada.
Elas podem assumir diferentes formatos e níveis de formalidade no decorrer do tempo,
surgindo em torno de objetivos diferentes, como políticos, econômicos, culturais,
informacionais, entre outros. Além disso, elas podem ser informais, baseadas em alto
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fluxo de comunicação e inexistência de contratos formais reguladores do resultado das
interações.
Steven Johnson (2003) compartilha, igualmente, dessa visão:
“Podemos ver os primeiros anos da web como uma fase embrionária,
evoluindo através de seus antepassados culturais: revistas, jornais, shoppings,
televisões, etc. Mas hoje já algo inteiramente novo, uma espécie de segunda
onda da revolução interativa que a computação desencadeou: um modelo de
interatividade baseado na comunidade, na colaboração muitos-muitos.”.
Rheingold (1996), caracterizando a jovem web pelo excesso de informação não
só constatou a emergência das comunidades virtuais, como também viu nelas uma
relação mais profunda. Com efeito, um dos problemas da rede era o da “oferta
demasiada de informação e poucos filtros efetivos passíveis de reterem os dados
essenciais, úteis e do interesse de cada um” (Rheingold, 1996, p. 77). Mas enquanto os
programadores se esforçavam para desenvolver agentes inteligentes que realizassem a
busca e a filtragem de toneladas de informações que se acumulavam na rede, Rheingold
detectava a existência de “contratos sociais entre grupos humanos, que nos permitem
agir como agentes inteligentes uns para os outros” (Rheingold, 1996, p.82).
Segundo Santaella (2004), essas comunidades virtuais são grupos de pessoas
globalmente conectadas na base de interesses e afinidades, em lugar de conexões
acidentais ou geográficas. Ela complementa que para Brenda Laurel (1990:93), as
comunidades virtuais são “as novas e vibrantes aldeias de atividades dentro das culturas
mais amplas do computador” e que elas são compostas de agrupamentos de pessoas que
poderão ou não poderão se encontrar face-a-face, e que trocam mensagens e idéias
através da mediação das redes de computador.
As comunidades virtuais abrigam um grande número de profissionais que lidam
diretamente com o conhecimento, o que faz delas um instrumento prático potencial.
Quando surge a necessidade de informação específica, de uma opinião especializada ou
da localização de um recurso, as comunidades virtuais funcionam como uma autêntica
enciclopédia viva. Elas podem auxiliar os respectivos membros a lidarem com a
sobrecarga de informação. As comunidades virtuais estariam sendo como filtros
humanos inteligentes e sofisticados.
4
Pierre Lévy (2002) também tem defendido a participação em comunidades virtuais
como um estímulo à formação de inteligências coletivas. Ele percebe o papel das
comunidades como o de filtros inteligentes que nos ajudam a lidar com o excesso de
informação, mas igualmente, como um mecanismo que nos abre às visões alternativas
de uma cultura. “Uma rede de pessoas interessadas pelos mesmos temas é não mais
eficiente do que qualquer mecanismo de busca”, diz Lévy (2002, p.101), “mas,
sobretudo, do que a intermediação cultural tradicional, que sempre filtra demais, sem
conhecer no detalhe as situações e necessidades de cada um”.
E é com o apoio a nova tecnologia de comunicação, que as comunidades virtuais vão se
tornando a nova forma de fazer sociedade. Essa nova forma, desprendida de tempo e
espaço, baseada muito mais na cooperação e nas trocas objetivas do que na permanência
de laços.
2. Blogs: o meio e a mensagem
A comunicação, de fato, tem sido a grande atração da internet. A rapidez e
objetividade com que as informações são passadas e chegam até os indivíduos são um
grande diferencial no que se diz respeito aos meios de comunicação. Além do que, a
Rede conta com uma característica particular que é a interatividade, uma ação de
troca contínua das funções de emissão e recepção comunicativa. Os ambientes
digitais, neste sentido, têm o papel singular de promover níveis de interação tal
como conceituou Pierre Lévy (2002) do tipo Todos -Todos e não mais Um - Um, nem
Um Todos. Portanto, mais que a televisão, o rádio, cinema ou vídeo, o computador
conectado a Rede proporciona uma verdadeira interação em tempo real.
Esta possibilidade de interação é ainda maior em comunidades virtuais e redes sociais,
haja vista, que nestes espaços a possibilidade de encontrar com um grande número de
pessoas ao mesmo tempo é maior, podendo estruturar verdadeiras tribos e grupos
de sujeitos com liberdade para discutir qualquer tema e compartilhar informações
seja através de arquivos ou falas. O Blog é um exemplo disso.
Blog é um diário on-line no qual você publica histórias, idéias ou imagens. Ele foi
criado com o objetivo de possuir registro de links diversos para remeter o internauta a
outras páginas da web que achar interessante. Tornou-se uma ferramenta de
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disponibilização de assuntos diversos. É importante que esses sejam constantemente
atualizados para obterem maior número de acessos. Uma característica fundamental do
Blog é que ele é de “mão dupla”, pois, você participa ao colaborar com comentários,
fotos, textos, etc.
O processo de criação do Blog permite ao blogueiro que mesmo sem experiência em
HTML ou outras linguagens digitais consiga construir sua própria página na web. A
interface nesse processo de “construção” é fundamental, pois, a intenção é de manter
uma rede social na sua potencialidade.
Criados no final de 1999 os Weblogs ou blogs são páginas pessoais da web que,
à semelhança de diários on-line, tornaram possíveis a todos publicar na rede, por ser a
publicação on-line centralizada no usuário e nos conteúdos, e não na programação e no
design gráfico, os blogs multiplicaram o leque de opções que fez com que os internautas
levasse para a rede conteúdos próprios sem intermediários, atualizados e de grande
visibilidade para os pesquisados.
Além disso, outra característica marcante é a possibilidade que o usuário possui em se
concentrar na tarefa de elaborar conteúdos, tornando-o tão fácil como o uso de e-mails.
Tanto os serviços de edição, quanto os de publicação de blogs resolvem de modo
simples e rápido os obstáculos técnicos que a internet enfrentou no início dos anos de
1990: a codificação das páginas através de editores de HTML, sua composição
mediante os programas de design gráficos, sua publicação em servidores web com
aplicações de transferências de arquivos.
Os principais elementos de um blog são as anotações (posts) ordenadas segundo a
cronologia inversa, em que cada uma possui um endereço URL, permanente, o que
facilita sua conexão a partir de sites externos. As histórias podem ser arquivadas
cronologicamente e tematicamente.
De fato, a relação entre leitor e autor de um blog pode ser entendida como um pacto de
leitura: um acordo implícito entre ambos, por meio do qual se medem as expectativas do
leitor quanto ao texto. Quando o autor torna as condições da escrita claras, contribui
para a segurança de sua relação com os leitores, para o fortalecimento dos blogs como
meio e para a consolidação de sua credibilidade.
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Os três traços que configuram o potencial comunicativo da rede: a interatividade, a
hipertextualidade e a multimidialidade, têm sido hoje pouco incorporados pelas versões
eletrônicas dos veículos tradicionais, mas, por outro lado, caracterizam o modo como os
novos agentes da comunicação se apropriam da web, e principalmente quando estes
traços são encontrados em ferramentas como os blogs. Os meios sociais restituem às
pessoas o poder da comunicação pública, da circulação de informação e do
estabelecimento de agendas que, em grande parte, havia sido, até o momento,
administrado de forma exclusiva pelos meios tradicionais.
Iniciativas como a enciclopédia livre e aberta Wikipédia e o Orkut
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são apenas amostras
do poder dos meios sociais para a gestão coletiva do conhecimento e da informação.
Juntamente com os blogs, revolucionaram a maneira de gerar conteúdos na rede,
impulsionaram um novo tipo de comunidades com base no conhecimento e contribuem
para a enorme tarefa de dar sentido e relevância à informação que se encontra
disponível na rede.
Assim, é importante pensarmos e iniciarmos discussões referentes a esta nova
forma de sociabilidade e trocas de informação que acontece em rede e hoje, na
internet, aglomerando números significativos de sujeitos e que, portanto, criam e
estabelecem novas regras e dinâmicas, diferentes do que estamos acostumados
presencialmente ou mesmo virtualmente.
REFERÊNCIAS
CASTELLS, Manuel. A Era da Informação: economia, sociedade e cultura, vol. 3,
São Paulo: Paz e terra, 1999.
COSTA, Rogério. Por um novo conceito de comunidade: redes sociais,
comunidades pessoais, inteligência coletiva. In ANTOUN, (Henrique (org). Web 2.0
participação e vigilância na era da comunicação distribuída. Rio de Janeiro: Mauad X,
2008.
4
Conforme dados do Wikipédia, Orkut é uma rede social filiada ao Google, criada em 24 de Janeiro de
2004 com o objetivo de ajudar seus membros a criar novas amizades e manter relacionamentos. Seu nome
é originado no projetista chefe, Orkut Büyükkokten, engenheiro turco do Google.
7
JOHNSON, Steven. Emergência a dinâmica da rede em formigas, cérebros,
cidades e softwares. Trad.: Maria Carmelita Pádua Dias. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Editor, 2003.
LÉVY, Pierre. Cyberdemocratie. Paris: Odile Jacob, 2002.
MUSSO, Pierre. Communiquer demain: nouvelles Technologies de Pinformation
ET de La communication. Paris: Datar; Éditions de I´Aube, 1994.
RHEINGOLD, Howard. Smart mobs: the next social revolution. Nova Iorque:
Perseus, 2002.
SANTAELLA, Lúcia. Culturas e artes do pós-humano. São Paulo: Paulus, 2004.
SANTAELLA, Lúcia. Linguagens híbridas na era da mobilidade. São Paulo: Paulus,
2007.
WELMAN, Barry. The global village: internet and community. Idea&s, v.1, n.1,
Autumn. Toronto: University of Toronto, 2004.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_social. Acesso em 10 de Dezembro/2009.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_social#Estudos_sobre_Redes. Acesso em 10 de
Dezembro/2009.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_social#Modelos_de_Redes. Acesso em 11 de
Dezembro/2009.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_social#Redes_Sociais_na_Internet. Acesso em 11 de
Dezembro/2009.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_social#Orkut. Acesso em 10 de Dezembro/2009.
8
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_social#Comunidades_Virtuais. Acesso em 14 de
Dezembro/2009.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_social#Weblogs_e_Fotologs. Acesso em 14 de
Dezembro/2009.
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