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Ivan Rene Viana Omonte
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA PELOS
INSTRUMENTOS SF-36 E PERFIL DE SAÚDE DE
NOTTINGHAM EM PACIENTES SUBMETIDOS À
OPERAÇÃO DE CAPELLA POR VIA
LAPAROTÔMICA
Belo Horizonte
Minas Gerais - Brasil
2007
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ii
Ivan Rene Viana Omonte
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA PELOS
INSTRUMENTOS SF-36 E PERFIL DE SAÚDE DE
NOTTINGHAM EM PACIENTES SUBMETIDOS À
OPERAÇÃO DE CAPELLA POR VIA
LAPAROTÔMICA
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Medicina da Universidade Federal de
Minas Gerais, como requisito parcial para a obtenção
do grau de Mestre em Medicina.
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Gastroenterologia
ORIENTADOR: Prof. Dr. Paulo Roberto Savassi Rocha
Faculdade de Medicina da UFMG
Belo Horizonte – Minas Gerais – Brasil
2007
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FICHA CATALOGRÁFICA
Preparada pela Biblioteca da
Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais
Omonte, Ivan Rene Viana
O56a Avaliação da qualidade de vida pelos instrumentos SF-36 e Perfil
de Saúde de Nottingham em pacientes submetidos à operação de Capella
por via laparotômica/Ivan Rene Viana Omonte. Belo Horizonte, 2007.
xxi,110f, il.
Mestrado.(dissertação) – Universidade Federal de Minas Gerais.
Faculdade de Medicina.
Área de concentração: Gastroenterologia
Orientador: Paulo Roberto Savassi Rocha
1.Derivação gástrica 2.Qualidade de vida 3.Resultado de tratamento
4.Obesidade/cirurgia 5.Questionários 6.Período pós-operatório
7.Laparotomia 8.Adulto 9.Meia-idade I.Título
NLM: WI 900
CDU: 616.33-089
iii
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
REITOR
Prof. Dr. Ronaldo Tadêu Pena
VICE-REITORA
Prof.ª Dr.ª Heloisa Maria Murgel Starling
PRÓ-REITOR DE PÓS-GRADUAÇÃO
Prof. Dr. Jaime Arturo Ramírez
DIRETOR DA FACULDADE DE MEDICINA
Prof. Dr. Francisco José Penna
COORDENADOR DO CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO
Prof. Dr. Carlos Faria Santos Amaral
CHEFE DO DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA
Prof. Dr. Dirceu Bartolomeu Greco
COLEGIADO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: GASTROENTEROLOGIA
Prof. Dr. Marco Túlio Costa Diniz (coordenador)
Prof. Dr. Luiz Gonzaga Vaz Coelho (sub-coordenador)
Prof.ª Dr.ª Cláudia Alves Couto
Prof.ª Dr.ª Teresa Cristina de Abreu Ferrari
Prof.ª Dr.ª Luciana Dias Moretzsohn
Luiz Fernando Veloso (representante discente)
iv
Ivan Rene Viana Omonte
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA PELOS
INSTRUMENTOS SF-36 E PERFIL DE SAÚDE DE
NOTTINGHAM EM PACIENTES SUBMETIDOS À
OPERAÇÃO DE CAPELLA POR VIA
LAPAROTÔMICA
Dissertação apresentada e defendida perante Comissão Examinadora constituída pelos
Professores Doutores:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Prof. Dr. Paulo Roberto Savassi Rocha (ORIENTADOR)
Belo Horizonte, _____ de ________________ de 2007.
v
Aos meus pais, por tudo o que fizeram por mim.
vi
AGRADECIMENTOS
Ao Professor Doutor Marco Túlio Costa Diniz, Coordenador do Programa de
Pós-Graduação em Medicina, área de Concentração em Gastroenterologia, pela
confiança neste projeto e pelo exemplo de ética com que conduz este Programa.
Ao Professor Doutor Paulo Roberto Savassi Rocha, Chefe do Instituto Alfa
de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas
Gerais, por sua atenção, disponibilidade e paciência na orientação deste trabalho.
Aos professores das disciplinas desta Pós-Graduação, por sua atenção e pelas
informações ministradas para a construção do conhecimento.
Ao cirurgião Marcus Eduardo V. M. Martins da Costa, Coordenador do
Serviço de Cirurgia Geral e Transplantes do Hospital São Francisco de Assis e do
Hospital Mater Dei, pelo incentivo e disponibilidade para a realização deste projeto.
Aos cirurgiões Marcelo W. Farah, Marcelo G. Girurdi, Ney Franco Júnior
e Hemerson Paul V Marques, pelo incentivo e pela ajuda na realização dos
procedimentos cirúrgicos.
Ao Professor Doutor Alexandre Scigliano Valério, pela amizade e pelo
incentivo no início deste projeto.
Aos residentes do Serviço de Cirurgia Geral e Transplantes do Hospital São
Francisco de Assis e do Hospital Mater Dei, pela atenção dispensada aos pacientes.
vii
À Luciana Martins da Fonseca e Angelina Helena Pereira Campos,
secretárias do Serviço de Cirurgia Geral e Transplantes do Hospital São Francisco de
Assis e do Hospital Mater Dei, pelo carinho dispensado aos pacientes e pelo incentivo.
À Vanete Duarte Maciel, instrumentadora do Serviço de Cirurgia Geral e
Transplantes do Hospital São Francisco de Assis e do Hospital Mater Dei, pela ajuda
nos procedimentos cirúrgicos e pelo incentivo.
Aos funcionários do Centro de Pós-Graduação da Faculdade de Medicina
de UFMG pela colaboração e cordialidade.
À CAPES pelo apoio financeiro para a execução deste estudo.
viii
“Quem possua a noção sem a experiência, e conheça
o universal ignorando o particular nele contido, enganar-se-
á muitas vezes no tratamento, porque o objeto da cura é, de
preferência, o singular.”
Aristóteles
ix
LISTA DE QUADROS
Quadro 1
Pontuação do questionário SF-36..................................... 39
Quadro 2
Questionário SF-36: cálculo da escala bruta (0-100)....... 40
Quadro 3
Questionário PSN: cálculo da escala bruta (0-100)......... 41
x
LISTA DE TABELAS
Tabela 1
Distribuição dos pacientes quanto ao hospital (n=77)...... 18
Tabela 2
Distribuição dos pacientes quanto ao gênero (n=77)....... 19
Tabela 3
Distribuição dos pacientes quanto ao tabagismo (n=77).. 19
Tabela 4
Distribuição dos pacientes quanto à escolaridade (n=77) 20
Tabela 5
Distribuição dos pacientes quanto à faixa etária (n=77).. 20
Tabela 6
Altura, peso e IMC, no pré-operatório, de 77 pacientes
submetidos à operação de Capella.................................... 21
Tabela 7
Distribuição dos pacientes quanto ao estado civil (n=77) 21
Tabela 8
Complicações pós-operatórias (n=54) observadas nos
pacientes operados (n=77)................................................ 22
Tabela 9
Análise descritiva e comparativa da variável peso ao
longo do tempo (n=77)..................................................... 43
Tabela 10
Análise descritiva e comparativa da variável IMC ao
longo do tempo (n=77)..................................................... 44
Tabela 11
Análise descritiva e comparativa da variável PEP% ao
longo do tempo (n=77)..................................................... 45
Tabela 12
Análise descritiva e comparativa da variável aspectos
físicos/SF-36 ao longo do tempo (n=77).......................... 46
Tabela 13
Análise descritiva e comparativa da variável aspectos
emocionais/SF-36 ao longo do tempo (n=77).................. 47
Tabela 14
Análise descritiva e comparativa da variável aspectos
sociais/SF-36 ao longo do tempo (n=77).......................... 48
xi
Tabela 15
Análise descritiva e comparativa da variável dor
corporal/SF-36 ao longo do tempo (n=77).......................
49
Tabela 16
Análise descritiva e comparativa da variável estado
geral de saúde/SF-36 ao longo do tempo (n=77).............. 50
Tabela 17
Análise descritiva e comparativa da variável
vitalidade/SF-36 ao longo do tempo (n=77)..................... 51
Tabela 18
Análise descritiva e comparativa da variável capacidade
funcional/SF-36 ao longo do tempo (n=77)..................... 52
Tabela 19
Análise descritiva e comparativa da variável saúde
mental/SF-36 ao longo do tempo (n=77).......................... 53
Tabela 20
Análise descritiva e comparativa das respostas à
primeira questão do questionário SF-36, ao longo do
tempo – perspectiva de saúde (n=77)............................... 54
Tabela 21
Análise descritiva e comparativa das respostas à
segunda questão do questionário SF-36, ao longo do
tempo – perspectiva de saúde comparada com o ano
anterior (n=77).................................................................. 55
Tabela 22
Análise descritiva e comparativa da variável
energia/PSN ao longo do tempo (n=77).......................... 56
Tabela 23
Análise descritiva e comparativa da variável dor/PSN ao
longo do tempo (n=77)..................................................... 57
Tabela 24
Análise descritiva e comparativa da variável habilidade
física/PSN ao longo do tempo (n=77).............................. 58
xii
Tabela 25
Análise descritiva e comparativa da variável reação
emocional/PSN ao longo do tempo (n=77)......................
59
Tabela 26
Análise descritiva e comparativa da variável sono/PSN
ao longo do tempo (n=77)................................................ 60
Tabela 27
Análise descritiva e comparativa da variável interação
social/PSN ao longo do tempo (n=77).............................. 61
Tabela 28
Avaliação da significância clínica nos escores de cada
escala do SF-36 entre o pré-operatório e o pós-
operatório de dois anos (n=77)......................................... 62
Tabela 29
Avaliação da significância clínica nos escores de cada
escala do PSN entre o pré-operatório e o pós-operatório
de dois anos (n=77).......................................................... 63
Tabela 30
Comparação entre as médias de peso e IMC nos três
momentos de avaliação (n=77)......................................... 64
Tabela 31
Comparação entre as médias de peso e IMC e os
períodos de avaliação (n=77) ........................................... 65
Tabela 32
Comparação entre as médias dos escores de cada escala
do SF-36 nos três momentos de avaliação (n=77)............ 66
Tabela 33
Comparação entre as médias dos escores de cada escala
do SF-36 e os períodos de avaliação (n=77) ................... 67
Tabela 34
Comparação entre as distribuições das respostas às
questões um e dois do SF-36 nos três momentos de
avaliação (n=77)............................................................... 68
xiii
Tabela 35
Comparação entre as distribuições das respostas às
questões um e dois do SF-36 e os períodos de avaliação
(n=77)...............................................................................
69
Tabela 36
Comparação entre as médias dos escores de cada escala
do PSN nos três momentos de avaliação (n=77)............. 70
Tabela 37
Comparação entre as médias dos escores de cada escala
do PSN e os períodos de avaliação (n=77)...................... 71
Tabela 38
Resultado de pesquisa com operadores booleanos, no
Pubmed, entre 1950 e 2007.............................................. 90
xiv
LISTA DE FIGURAS
Figura 1
Distribuição das doenças associadas à obesidade, no
pré-operatório, em 77 pacientes (n=124).......................... 22
Figura 2
Técnica de bypass gástrico em Y de Roux – BPGYR ..... 28
Figura 3
Técnica de administração dos questionários de QVRS
no pré-operatório.............................................................. 33
Figura 4
Técnica de administração dos questionários de QVRS
no pós-operatório.............................................................. 35
xv
LISTA DE ABREVIATURAS
BAROS
Bariatric Analysis and Reporting Outcome System
BPGYR Bypass gástrico em Y de Roux
IMC Índice de massa corporal (Kg/m²)
IWQOL
Impact of Weight on Quality of Life
IWQOL-Lite
Impact of Weight on Quality of Life - Lite
Lewin-TAG HSP
Health-Related Quality of Life, Health State Preference
M-AQoLQII
Moorehead-Ardelt Quality of Life Questionnaire II
PSN Perfil de Saúde de Nottingham
PSN-I Parte I do Perfil de Saúde de Nottingham
PSN-II Parte II do Perfil de Saúde de Nottingham
OAS-SF
Obesity Adjustment Survey-Short Form
OMS Organização Mundial de Saúde
OP-Scale
Obesity-Related Psychosocial Problems Scale
ORWELL-97
Obesity Related Well-Being
OSQOL
Obese Specific Quality of Life
OWLQOL
Obesity and Weight Loss Quality of Life Questionnaire
PEP% Porcentagem de excesso de peso perdido (%)
QVRS Qualidade de vida relacionada à saúde
SF-36
Short Form 36-Item Health Survey
WHOQOL
World Health Organization’s project to develop a
quality of life instrument
WRSM
Weight-Related Symptom Measure
xvi
ÍNDICE
LISTA DE QUADROS......................................................................... ix
LISTA DE TABELAS........................................................................... x
LISTA DE FIGURAS........................................................................... xiv
LISTA DE ABREVIATURAS.............................................................. xv
ÍNDICE.................................................................................................. xvi
RESUMO............................................................................................... xx
1.INTRODUÇÃO.................................................................................. 1
2.OBJETIVO......................................................................................... 5
3.REVISÃO DE LITERATURA.......................................................... 6
3.1.PSN: obesidade e QVRS.............................................................. 6
3.2.SF-36: obesidade e QVRS............................................................ 6
3.3.Cirurgia bariátrica e QVRS.......................................................... 8
3.4.Instrumentos de QVRS específicos para obesidade..................... 14
4.CASUÍSTICA E MÉTODO............................................................... 17
4.1.Casuística..................................................................................... 17
4.1.1.Seleção dos participantes...................................................... 17
4.1.2.Caracterização da casuística................................................. 18
4.1.2.1.Hospital......................................................................... 18
4.1.2.2.Gênero.......................................................................... 18
4.1.2.3.Tabagismo.................................................................... 19
4.1.2.4.Escolaridade.................................................................. 19
4.1.2.5.Idade............................................................................. 20
4.1.2.6.Altura, peso e IMC....................................................... 20
xvii
4.1.2.7.Estado civil................................................................... 21
4.1.2.8.Comorbidades............................................................... 21
4.1.2.9.Complicações pós-operatórias...................................... 22
4.2.Instrumentos................................................................................. 23
4.2.1.Equipamentos....................................................................... 23
4.2.2.Instrumentos para avaliação da QVRS................................. 23
4.2.2.1.Short Form 36-Item Health Survey – SF-36………….. 23
4.2.2.2.Perfil de Saúde de Nottingham – PSN.......................... 24
4.3.Procedimentos.............................................................................. 25
4.3.1.Avaliação pré-operatória...................................................... 25
4.3.2.Preparo pré-operatório…………………………………….. 26
4.3.3.Período per-operatório.......................................................... 26
4.3.3.1.Anestesia........................................................................ 27
4.3.3.2.Cuidados pré-operatórios imediatos.............................. 27
4.3.3.3.Posicionamento mesa cirúrgica..................................... 27
4.3.3.4.Técnica operatória......................................................... 27
4.3.3.5.Pós-operatório imediato................................................. 29
4.3.3.6.Medicamentos................................................................ 29
4.3.3.7.Dieta............................................................................... 30
4.3.3.8.Deambulação................................................................. 30
4.3.3.9.Ferida cirúrgica.............................................................. 30
4.3.3.10.Alta hospitalar.............................................................. 30
4.3.4.Pós-operatório imediato e tardio........................................... 30
4.3.4.1.Dieta............................................................................... 30
xviii
4.3.4.2.Atividade física.............................................................. 31
4.3.4.3.Retirada de pontos......................................................... 31
4.3.4.4.Retornos de pós-operatório............................................ 31
4.3.4.5.Suplemento vitamínico.................................................. 31
4.3.5.Coleta de dados..................................................................... 32
4.3.5.1.Peso e Altura.................................................................. 32
4.3.5.2.Formulário de dados do paciente................................... 32
4.3.5.3.Questionários de QVRS................................................. 32
4.3.6.Análise das informações....................................................... 36
4.3.6.1.Significância clínica...................................................... 36
4.3.6.2.IMC................................................................................ 37
4.3.6.3.PEP%............................................................................. 37
4.3.6.4.Questionário SF-36........................................................ 38
4.3.6.5.Questionário PSN.......................................................... 41
4.3.7.Estudo estatístico.................................................................. 42
5.RESULTADOS.................................................................................. 43
5.1.Peso, IMC e PEP%...................................................................... 43
5.2.Questionário SF-36...................................................................... 46
5.3.Questionário PSN........................................................................ 56
5.4.Significância clínica e os questionários de QVRS....................... 62
5.5.Análise inferencial........................................................................ 64
5.5.1.Peso e IMC........................................................................... 64
5.5.2.Questionários de QVRS........................................................ 66
6.DISCUSSÃO...................................................................................... 72
xix
6.1.Casuística e Método..................................................................... 72
6.1.1.Peso, altura, IMC e PEP%.................................................... 73
6.1.2.Instrumentos de QVRS......................................................... 75
6.1.2.1.SF-36............................................................................. 75
6.1.2.2.PSN............................................................................... 76
6.1.2.3.SF-36 e PSN.................................................................. 77
6.1.3.Coleta de dados..................................................................... 77
6.1.4.Técnica operatória................................................................ 79
6.1.5.Tempo de controle pós-operatório........................................ 79
6.2.Resultados.................................................................................... 80
6.2.1.Parâmetro de avaliação dos resultados das operações.......... 80
6.2.2.Peso, IMC e PEP%............................................................... 80
6.2.3.QVRS.................................................................................... 81
6.2.4.Significância clínica em QVRS............................................ 87
6.2.5.SF-36 e PSN: QVRS e significância clínica......................... 90
6.2.6.Comorbidades....................................................................... 91
6.2.7.Complicações........................................................................ 91
6.2.8.Limitações do estudo............................................................ 92
6.2.9.Estudo estatístico.................................................................. 94
6.2.10.Considerações finais........................................................... 95
7.CONCLUSÃO.................................................................................... 97
8.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................... 98
9.ANEXOS............................................................................................ 110
xx
RESUMO
Introdução: A obesidade resulta em diminuição do estado de saúde e apresenta
elevação de sua prevalência mundial, tornando-se problema de saúde pública em
diversos países. Dados nacionais demonstraram a mesma tendência em nosso país. A
cirurgia bariátrica tem proporcionado perda de peso substancial e duradoura, com
aumento da longevidade. A crescente prevalência da obesidade associada à elevação da
popularidade do tratamento cirúrgico tem contribuído para o crescimento do número de
procedimentos realizados.
Objetivo: Avaliar o impacto da operação de Capella, por via laparotômica, na
qualidade de vida de pacientes obesos utilizando os instrumentos SF-36 e Perfil de
Saúde de Nottingham, um e dois anos após o procedimento cirúrgico.
Casuística e Método: Setenta e sete pacientes consecutivos, 59 (76,60%) do
gênero feminino, submetidos à operação de bypass gástrico em Y de Roux por
laparotomia (técnica de Capella), entre maio de 2002 e julho de 2002, foram avaliados
pelos questionários SF-36 e Perfil de Saúde de Nottingham. Essa avaliação foi realizada
antes da operação e um e dois anos após a mesma. A média de idade foi 39,08 ± 10,30
anos (18 a 64 anos). A média de índice de massa corporal no pré-operatório foi de 44,74
± 6,72 kg/m². Um ano e dois anos após a operação, as médias de índice de massa
corporal foram respectivamente de 29,35 ± 5,05 kg/m² e 26,88 ± 4,27 kg/m². Maior
escore do SF-36 implicou melhor saúde e baixo índice implicou pior saúde. Por outro
lado, menor escore do Perfil de Saúde de Nottingham implicou melhor saúde e maior
escore implicou pior saúde.
Resultados: Antes da operação, todas as escalas do SF-36 foram baixas,
enquanto todos os índices do Perfil de Saúde de Nottingham foram altos. Piores escores
xxi
foram observados, no pré-operatório, em aspectos físicos/SF-36 (35,71) e energia/PSN
(60,60). Houve melhora significante em todos esses aspectos após tratamento cirúrgico.
Todas as escalas foram melhores com um ano de seguimento. Essa tendência foi
observada também aos dois anos de seguimento.
Conclusão: Ocorre melhora na qualidade de vida, no pós-operatório da operação
de Capella por via laparotômica, em todas as escalas dos instrumentos SF-36 e Perfil de
Saúde de Nottingham, independentemente do tempo de avaliação (um ou dois anos).
1 INTRODUÇÃO
A palavra obesidade origina-se do latim obēsus (ob + edo), que significa “em vista de
devorar”, “comer demais”.
1,2
A obesidade foi definida como doença resultante do excesso de
gordura corporal, com efeitos adversos na saúde e na longevidade.
2,3
Está relacionada com a
industrialização, estilo de vida sedentário e ingestão de alimentos ricamente energéticos em
populações criadas geneticamente para sobreviver com dieta quase de subsistência.
4
Por outro lado, a palavra bariátrica, derivada dos termos gregos baros (peso) e iatrikē
(medicina, cirurgia), foi associada ao ramo da medicina que aborda o estudo do sobrepeso,
suas causas, prevenção e tratamento.
5
O sobrepeso e a obesidade tiveram aumento alarmante nos últimos anos, com
prevalência mundial de um bilhão de pessoas com sobrepeso e, aproximadamente, 300
milhões de obesos em 2003, caracterizando, esta última, como epidemia global pela
Organização Mundial de Saúde (OMS) e até como epidemia do século XXI.
4,6,7
Além da América do Norte, a Europa, América do Sul, Austrália, Ilhas do Pacífico e,
mais recentemente, a Ásia foram considerados reféns dos efeitos do aumento da obesidade
mundial.
4
Na América Latina, ela já era caracterizada como sério problema em 2001, com
maior prevalência em regiões urbanas, se comparadas às rurais. A maior prevalência de
obesidade em mulheres é também fato inconteste.
8
COITINHO et al. (1991)
9
registraram, no Brasil, prevalência mais elevada da
obesidade no gênero feminino, quando comparada à Austrália, Reino Unido, Holanda e
Canadá. Acrescentaram que, nestes países, a obesidade é um dos mais importantes problemas
de saúde pública. Apresentaram, ainda, dados nacionais de 1989, demonstrando prevalência
de aproximadamente 20 milhões (24,60%) de adultos brasileiros com sobrepeso e cerca de
sete milhões (8,00%) com obesidade.
2
CONDE et al. (2002)
10
ressaltaram a perspectiva de aumento, entre 2000 e 2005, de
aproximadamente cinco milhões de adultos obesos no Brasil, atingindo a marca de 17 milhões
de pessoas acometidas. O número estimado de pessoas afetadas pelo excesso de peso, por sua
vez, deve crescer cerca de 15 milhões nesse período, passando para 60 milhões.
VELASQUEZ-MELENDEZ et al. (2004)
11
observaram, em estudo envolvendo 1105
adultos, na cidade de Belo Horizonte, prevalência de 315 (38,70%) pessoas com excesso de
peso, das quais 113 (10,20%) apresentavam obesidade.
Na terapêutica da obesidade, o tratamento clássico, incluindo restrição calórica,
atividade física e terapia comportamental, foi proposto inicialmente.
12
O tratamento
medicamentoso da obesidade foi recomendado apenas para indivíduos com índice de massa
corporal (IMC) maior ou igual a 30,00kg/m² ou, ainda, para aqueles com IMC entre 25,00 e
30,00kg/m² com comorbidades, nos quais o tratamento clássico não atingiu os objetivos
propostos.
13,14
COWAN et al. (1999)
15
mencionaram cerca de 98,00% de falha na manutenção da
perda de peso obtida com o tratamento clínico da obesidade.
Da mesma forma, vários estudos
16-18
relataram alta incidência de insucesso na
manutenção da perda de peso, a longo prazo, em pacientes obesos submetidos a alguma forma
de tratamento não cirúrgico.
Por outro lado, diversos estudos
19-24
relataram perda de peso substancial e duradoura
após cirurgia bariátrica.
COWAN et al. (1999)
15
mencionaram a efetividade da operação no direcionamento e
profilaxia de complicações ameaçadoras da vida, problemas degenerativos graves e
comorbidades decorrentes da obesidade mórbida. Associaram essa efetividade ao aumento da
longevidade.
3
CALMAN (1984)
25
considerou que a qualidade de vida pode ser avaliada pela lacuna
entre as expectativas do paciente e suas realizações. Assim, quanto maior a lacuna, pior a
qualidade de vida.
A OMS, por meio do Grupo WHOQOL (1995)
26
, definiu qualidade de vida como a
percepção das pessoas de sua posição na vida, dentro do contexto de cultura e sistema de
valores nos quais elas vivem e em relação às suas metas, expectativas, padrões e
preocupações.
GUYATT et al. (1997)
27
descreveram três razões para o médico tratar seu paciente:
longevidade, prevenção de futura morbidade e melhora do bem-estar. Segundo os autores,
existe facilidade para avaliar os dois primeiros desses três itens e dificuldade para avaliar o
último. Nesse sentido mencionaram a substituição, pelos médicos, de testes laboratoriais ou
físicos pela medida direta dessa questão. Acrescentaram o reconhecimento, pelo médico, da
importância da medida direta de como as pessoas se sentem e de como elas podem atuar na
atividade diária. Lembraram, ainda, do maior interesse médico na qualidade de vida
diretamente relacionada com a saúde quando comparada a questões como finanças ou
qualidade ambiental.
GUYATT et al. (1993)
28
utilizaram, para qualidade de vida relacionada à saúde
(QVRS), a medida de como as pessoas se sentem.
ANDERSON et al. (1996)
29
usaram o termo QVRS como a influência da doença e seu
tratamento na qualidade de vida. Excluíram, assim, as condições não médicas para este termo.
A aferição da QVRS é realizada por dois tipos de instrumentos: genérico e
específico.
30
Instrumento genérico é o questionário usado em qualquer população
(independente da condição subjacente) e instrumento específico é aquele empregado para
determinada doença, população distinta de pacientes, certa função ou problema.
31
4
KUSHNER & FOSTER (2000)
30
ressaltaram a utilidade desses instrumentos para
avaliar a percepção de estar obeso, assim como a mudança resultante das várias intervenções
de redução de peso. Segundo eles, tais instrumentos são capazes de identificar a experiência
subjetiva do estado de sobrepeso do paciente em seu interior, ao capturar seus sentimentos,
valores, habilidades e expectativas.
CRAMER & SPILKER (1998)
31
mencionaram QVRS como medida relevante de
eficácia em ensaios clínicos. Relataram a expansão de seu uso e o crescimento de sua
importância como indicador válido do benefício do tratamento médico e acrescentaram o
acolhimento desses dados por políticas de saúde.
Foram realizados poucos estudos
32-35
de QVRS para seguimento de cirurgia bariátrica
no Brasil. Este é o único estudo com utilização simultânea dos instrumentos genéricos Short
Form 36-Item Health Survey (SF-36) e Perfil de Saúde de Nottingham (PSN) no seguimento
de cirurgia bariátrica e o primeiro a usar o PSN, no Brasil, com essa finalidade.
5
2 OBJETIVO
Avaliar o impacto da operação de Capella, por via laparotômica, na qualidade de vida
de pacientes obesos, medida pelos instrumentos SF-36 e Perfil de Saúde de Nottingham, um e
dois anos após o procedimento cirúrgico.
6
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 PSN: obesidade e QVRS
GUTIERREZ et al. (1998)
36
avaliaram QVRS, em estudo transversal, pelo PSN e pelo
Psychological General Well-Being, em 167 adultos com IMC maior ou igual a 30,00kg/m².
Observaram, ao distribuí-los por IMC (< 35,00kg/m², entre 35,00 e 40,00kg/m²,
40,00kg/m²), piora significante, com aumento do IMC, nas escalas habilidade física do PSN e
vitalidade do Psychological General Well-Being.
3.2 SF-36: obesidade e QVRS
Vários estudos usaram o SF-36 para avaliar a QVRS de indivíduos obesos.
37-51
FONTAINE et al. (1996)
37
mostraram que indivíduos obesos têm baixa QVRS,
conforme constataram em todas as oito escalas do questionário SF-36.
BAROFSKY et al. (1998)
38
relataram grande prejuízo, em obesos, por dor.
LEAN et al. (1999)
39
associaram sobrepeso crescente à diminuição da capacidade
funcional. Entretanto, outros autores
40-43
não observaram essa relação com o bem-estar
emocional.
FONTAINE et al. (2000)
44
relataram maior prejuízo físico no obeso que busca
tratamento, quando comparado ao obeso que não está tentando perder peso.
RICHARDS et al. (2000)
45
compararam 145 pares de irmãos em que um apresentou
IMC 35,00kg/m² e o outro, IMC 27,00kg/m² e observaram pior QVRS nos irmãos obesos.
Alguns estudos
42,46-48
relacionaram pequena perda de peso, pelo método não cirúrgico,
com melhora da QVRS. RIPPE et al. (1998)
46
relataram melhora nas escalas capacidade
funcional, saúde mental e vitalidade em mulheres com perda média de seis quilogramas em
7
programa não cirúrgico. FONTAINE et al. (1999)
47
relacionaram média de peso perdido de
8,60kg com melhora do componente físico da QVRS, especialmente nas escalas vitalidade,
estado geral de saúde, e limitações relacionadas aos aspectos físicos.
SAMSA et al. (2001)
48
demonstraram, em estudo controlado utilizando sibutramina e
placebo, perda ponderal de 5,00% a 10,00% no grupo sibutramina associada à melhora
importante na QVRS, particularmente nos aspectos físicos.
CAVALCANTI et al. (2001)
49
avaliaram QVRS, em estudo transversal, pelo SF-36,
em 50 pacientes distribuídos pelo IMC (entre 20,00 e 24,99kg/m², entre 25,00 e 29,99kg/m²,
entre 30,00 e 34,99kg/m² e com 35,00kg/m² ou mais). Observaram ausência de associação
entre o IMC e as diversas escalas do SF-36.
YANCY et al. (2002)
50
avaliaram, em estudo transversal, a relação entre obesidade e
QVRS, pelo SF-36, em 1168 homens. Relataram índices significativamente piores nas escalas
aspectos físicos e vitalidade para participantes com IMC 40,00kg/m², assim como pior
escore na escala capacidade funcional e no conjunto de componentes do domínio saúde física
para aqueles com IMC 35,00kg/m², quando comparados aos participantes com peso normal.
Observaram, ainda, pior índice na escala dor corporal para aqueles com IMC 25,00kg/m².
CORICA et al. (2006)
51
validaram a relação do SF-36 com o IMC em 1735 pacientes
obesos. Eles relacionaram o IMC elevado com a QVRS ruim em todas as oito escalas do SF-
36, além de forte associação com limitação da atividade física. Da mesma forma, relataram
associação importante com as escalas aspectos físicos, aspectos emocionais, estado geral de
saúde e dor corporal. Por outro lado, não relacionaram as escalas saúde mental, vitalidade e
aspectos sociais com o IMC.
8
3.3 Cirurgia bariátrica e QVRS
MACLEAN & RHODE (1984)
52
mencionaram a primeira tentativa de tratamento
cirúrgico de obesidade realizada por Henrikson, na Suécia, em 1952, em que foi realizada a
ressecção de grande porção de intestino delgado com resposta favorável.
KREMEN et al. (1954)
53
descreveram o primeiro bypass jejunoileal, realizado na
Universidade de Minnesota. Apesar da boa perda ponderal, muitos pacientes desenvolveram
complicações como diarréia, osteoporose, desnutrição protéica, translocação bacteriana, entre
outras.
Posteriormente, foi realizada a derivação biliopancreática, projetada para ser a
alternativa malabsortiva mais segura que o bypass jejunoileal. Em 1986, foi iniciado o
duodenal switch, uma modificação da derivação biliopancreática que objetivava aumento da
restrição gástrica, diminuição do dumping e redução da desnutrição protéica. As operações
malabsortivas diferem do bypass gástrico em Y de Roux (BPGYR) e da banda gástrica, que
trabalham principalmente com a restrição alimentar.
Apesar da importância do estudo da QVRS para avaliar benefícios em novas terapias,
somente em 1974, SOLOW et al.
54
relataram, como mudanças psicológicas mais importantes
após cirurgia bariátrica, a perda de profundo senso de cilada, de desamparo e de fracasso
associados à obesidade.
Da mesma forma, numerosos estudos
55-62
relataram aumento da capacidade
psicossocial após operação de bypass intestinal, o primeiro tratamento cirúrgico para a
obesidade.
MASON & ITO (1967)
63
iniciaram, com o bypass gástrico, procedimentos de restrição
gástrica para redução de peso, seguidos pela gastroplastia vertical de MASON (1982)
64
. A
banda gástrica ajustável, por sua vez, foi desenvolvida em 1986.
9
Assim como na cirurgia de bypass intestinal, diversos estudos
65-74
relataram melhora
na QVRS com a perda ponderal após cirurgia gástrica restritiva. Alguns autores
66,67,69,71
informaram melhora da capacidade sexual, com aumento de interesse sexual, prazer e
freqüência, bem como aumento das atividades físicas e sociais.
HALMI et al. (1980)
65
acompanharam 80 pacientes distribuídos em dois grupos de
procedimento (bypass gástrico ou bypass intestinal), pelo período de dois anos. Avaliaram
aspectos emocionais, em questionário de 204 questões sobre o comportamento do indivíduo e
seu estado de saúde, e não observaram diferença nos aspectos emocionais no pós-operatório,
quando compararam as técnicas entre si. Entretanto, observaram regressão na evitação de
espelho, interpretada como sinal de melhora da imagem corporal.
Posteriormente, o bypass gástrico foi modificado até a forma atual, o Y de Roux
intestinal (BPGYR). O BPGYR tem sido a cirurgia bariátrica mais executada para tratamento
de obesidade.
FOBI et al. (1998)
75
mencionaram a proposta idealizada por Fobi, em 1991, que
consistia na utilização do anel de silicone ao redor da bolsa gástrica vertical, proximal à
anastomose gastrointestinal.
HUNT et al. (1985)
76
descreveram o instrumento PSN. Com o tempo, ele se tornou o
instrumento genérico de QVRS mais usado na Inglaterra. Ele foi traduzido e adaptado para a
língua portuguesa (Brasil), bem como validado para uso no Brasil por TEIXEIRA-
SALMELA et al. (2004)
77
.
O instrumento SF-36, por sua vez, foi descrito por WARE & SHERBOURNE
78
, em
1992, e se tornou o instrumento genérico de QVRS mais usado internacionalmente. Ele foi
traduzido e adaptado para a língua portuguesa (Brasil), assim como validado para uso no
Brasil por CICONELLI et al. (1999)
79
.
10
TEMPLE et al. (1995)
80
avaliaram a QVRS pelo SF-36, com controle de seis meses,
de 82 pacientes, em pós-operatório, dos quais 14 foram submetidos ao BPGYR e o restante
aos seguintes procedimentos: colecistectomia, hemorroidectomia e herniorrafia. Observaram,
nos pacientes em pré-operatório de cirurgia bariátrica, piores índices de QVRS em relação à
capacidade funcional, aspectos sociais, saúde geral e vitalidade quando comparados com os
submetidos às outras operações eletivas. Observaram melhora acentuada na QVRS dos
submetidos à cirurgia bariátrica. Por outro lado, os indivíduos submetidos às outras operações
tiveram melhora na QVRS apenas com três meses de pós-operatório, seguido de declínio
desta aos seis meses de controle.
VAN GEMERT et al. (1998)
22
avaliaram, em estudo transversal, 62 pacientes (com
tempo médio de pós-operatório de gastroplastia ou BPGYR de 85,9 meses) e os compararam
com 20 pacientes em pré-operatório. Utilizaram, pela primeira vez em cirurgia bariátrica, o
instrumento PSN, parte I e parte II, além de escala visual analógica para avaliação global de
QVRS. Observaram que, no pré-operatório, os pacientes apresentavam pior QVRS,
principalmente nas escalas dor, interação social, reação emocional e energia. Observaram,
ainda, nos pacientes em pós-operatório, melhora nas escalas habilidade física, energia, reação
emocional, assim como na escala visual e relacionaram a melhora nas escalas habilidade
física e dor com o excesso de peso perdido.
KARLSSON et al. (1998)
81
avaliaram 487 pacientes obesos submetidos à gastroplastia
com seguimento de dois anos e os compararam com outros 487 obesos tratados clinicamente.
Utilizaram vários instrumentos de QVRS para avaliar percepção de saúde, bem-estar mental e
capacidade psicossocial. Observaram melhora da QVRS associada com a magnitude da perda
ponderal. Essa melhora foi mais evidente no seguimento de seis meses, bem como naqueles
submetidos ao tratamento cirúrgico.
11
VAN GEMERT et al. (1999)
73
acompanharam 21 pacientes submetidos a
gastroplastia, com controle de dois anos, utilizando o instrumento PSN, partes I e II.
Observaram melhora nas escalas habilidade física, energia, dor e reação emocional.
CHOBAN et al. (1999)
82
utilizaram, pela primeira vez, o instrumento SF-36 no
seguimento de cirurgia bariátrica. Eles estudaram, durante 18 meses, 53 pacientes obesos
submetidos ao BPGYR e observaram pior QVRS, em sete das oito escalas, nos obesos em
pré-operatório quando comparados à média populacional. Observaram melhora significante
em todas as escalas de QVRS no controle pós-operatório. Ao fim do seguimento, relataram
obtenção de níveis de QVRS iguais ou melhores que o padrão populacional.
DIXON et al. (2001)
83
avaliaram, pelo SF-36, pacientes submetidos à operação de
banda gástrica, anualmente, por cerca de quatro anos, e observaram melhora importante e
sustentada em todas as medidas da QVRS no pós-operatório.
DYMEK et al. (2001)
84
relataram seguimento de seis meses em 32 pacientes
submetidos ao BPGYR e avaliados pelo SF-36. Observaram melhora estatística em seis
escalas do SF-36, exceto estado geral de saúde e aspectos emocionais.
DI GREGRIO & PALKONER (2001)
85
observaram, em revisão de medicina baseada
em evidência (para QVRS após cirurgia bariátrica), avaliação de QVRS útil e prática em
cirurgia de obesidade pelo SF-36, apesar de ser instrumento genérico.
HORCHNER et al. (2001)
86
compararam o SF-36 em 42 pacientes, antes e 24 meses
após banda gástrica, com índice populacional e encontraram poucas diferenças.
Questionaram, então, a validade desse instrumento na cirurgia bariátrica.
O’BRIEN et al. (2002)
87
avaliaram, pelo SF-36, 709 pacientes submetidos à banda
gástrica no pré-operatório, pós-operatório de um e dois anos e compararam com dados
populacionais. Observaram melhora significante da QVRS no pós-operatório.
12
ZWAAN et al. (2002)
88
compararam 110 pacientes em pré-operatório e 78 pacientes
com média de 13,8 anos de pós-operatório de BPGYR. Relataram melhora significante da
QVRS no pós-operatório, pelas escalas do SF-36, com exceção da saúde mental.
DYMEK et al. (2002)
89
avaliaram, pelos instrumentos SF-36, Bariatric Analysis and
Reporting Outcomes System (BAROS) e Impact of Weight on Quality of Life-Lite (IWQOL-
Lite), a QVRS de quatro grupos de pacientes (pré-operatório e pós-operatório de um, seis e 12
meses), em estudo transversal, comparando-os nos períodos pré-operatório e pós-operatório
de até um ano. Observaram diferença na QVRS poucas semanas após a operação, além da
maior sensibilidade dos questionários específicos IWQOL-Lite e BAROS para as mudanças
na QVRS, em relação ao SF-36. Entretanto, esse estudo apresentou seguimento curto.
BALLANTYNE (2003)
90
, em estudo de revisão, descreveu resultados inconsistentes
da QVRS no seguimento de cirurgia bariátrica.
HADDAD et al. (2003)
32
avaliaram, em estudo transversal, QVRS de cinco pacientes
em pós-operatório de cirurgia bariátrica. Construíram questionário com 16 questões,
abrangendo os itens hábito alimentar, estado geral de saúde, auto-estima, além de aspectos
social, psicológico, sexual e profissional. Observaram maior socialização dos pacientes, com
melhora nas relações profissional, social, familiar e sexual, assim como redução da exclusão
social.
DINIZ et al. (2003)
33
avaliaram prospectivamente a QVRS, pelo questionário
Moorehead-Ardelt (BAROS), em 60 mulheres distribuídas, no pré-operatório, em dois grupos
(ginecóide e andróide) e submetidas ao BPGYR, com seguimento de seis a 48 meses.
Observaram ausência de diferença estatística na QVRS entre esses grupos durante o
seguimento.
VILLELA et al. (2004)
34
avaliaram 95 pacientes, no pré-operatório e no pós-
operatório de BPGYR, em estudo transversal, pelo SF-36. Observaram melhor QVRS no pós-
13
operatório, com ênfase para melhora progressiva da condição física em relação ao tempo de
pós-operatório (menor que seis meses, entre seis e 12 meses e maior que 12 meses). Contudo,
nenhum paciente foi avaliado antes e após a operação.
CALLEGARI et al. (2005)
91
avaliaram 100 pacientes, em pré-operatório de cirurgia
bariátrica, pelo SF-36 e relataram facilidade de identificar pacientes com necessidade de
intervenção psicológica específica, ao utilizar esse instrumento de QVRS.
VELCU et al. (2005)
92
avaliaram, retrospectivamente, pelo SF-36, 41 pacientes
submetidos ao BPGYR, com seguimento de cinco anos. Relataram melhora de todos os
escores de QVRS em relação aos índices pré-operatórios. Não observaram diferença
significante na QVRS entre o grupo de pós-operatório de cinco anos e a população.
Em estudo prospectivo, AHRONI et al. (2005)
93
avaliaram, pelo SF-36, 138 pacientes
submetidos à banda gástrica ajustável com seguimento de um ano. Relataram, no final do
período, melhora da QVRS, relacionada com perda ponderal e melhora das comorbidades.
DZIUROWICZ-KOZLOWSKA et al. (2005)
94
avaliaram, pelo PSN, 11 pacientes
submetidos à banda gástrica vertical ou BPGYR num seguimento de três meses e observaram
melhora estatística nas escalas energia, dor e habilidade física após esse curto período pós-
operatório.
NGUYEN et al. (2006)
95
, em revisão de avaliação da QVRS em cirurgia de obesidade,
citaram o SF-36 e o PSN como instrumentos genéricos usados para avaliação de diversas
operações.
MEYER et al. (2006)
35
avaliaram prospectivamente, pelo BAROS, QVRS em 182
pacientes submetidos ao BPGYR, com seguimento de 12 meses. Observaram, nesse período,
melhora na auto-estima, atividade física, disposição no trabalho, interesse sexual e
relacionamento.
14
WITTGROVE et al. (1994)
96
relataram a primeira série de casos com BPGYR
laparoscópico.
NGUYEN et al. (2001)
97
utilizaram o SF-36 e o questionário Moorehead-Ardelt
(BAROS) para comparar BPGYR convencional e laparoscópico. Observaram sete, das oito
escalas daquele instrumento, estatisticamente inferiores no pré-operatório, ao compará-las
com índices da população. Relataram escores semelhantes do SF-36 para os dois grupos
cirúrgicos, nesse momento. Entretanto, um mês após a operação, descreveram, para o grupo
laparoscópico, melhor capacidade física, aspecto social, estado geral de saúde e menos dor
corporal que as apresentadas no grupo convencional. Observaram, aos três meses de pós-
operatório, melhores índices de QVRS para o grupo laparoscópico em todas as escalas do SF-
36, o que foi equivalente aos dados populacionais. Contudo, aos seis meses de pós-operatório,
as oito escalas do SF-36 não apresentaram diferença significante entre os dois grupos e foram
correspondentes aos índices da população. Relataram, ainda, melhora para interesse sexual e
capacidade laborativa em menor período pós-operatório naqueles submetidos ao tratamento
laparoscópico, pelo questionário Moorehead-Ardelt.
3.4 Instrumentos de QVRS específicos para obesidade
A QVRS tem exercido papel importante na avaliação de pesquisa relacionada à
obesidade.
Embora instrumentos genéricos de QVRS promovam informação útil, eles não foram
desenhados para aferir, em âmbito específico, problemas relacionados à saúde, vivenciados
por indivíduos com obesidade.
No último decênio, inúmeros profissionais desenvolveram instrumentos de QVRS
auto-administrados, específicos para obesidade, os quais serão abordados a seguir.
15
KOLOTKIN et al. (1995)
98
criaram o Impact of Weight on Quality of Life (IWQOL),
primeiro instrumento de QVRS específico para obesidade. Considerado questionário longo,
apresenta 74 questões abrangendo saúde, relação interpessoal, trabalho, habilidade física,
auto-estima, vida sexual, atividades diárias, bem-estar e alívio com alimentação.
MATHIAS et al. (1997)
99
descreveram o Health-Related Quality of Life, Health State
Preference (Lewin-TAG HSP), questionário longo, com 55 questões, abordando estado geral
de saúde, saúde comparativa, angústia com o excesso de peso, depressão, capacidade de se
cuidar e aparência física.
LE PEN et al. (1998)
100
construíram o Obese Specific Quality of Life (OSQOL),
desenvolvido na população francesa e não testado em pacientes obesos em tratamento.
Instrumento simples e breve, o OSQOL inclui 11 questões compreendendo estado físico,
vitalidade, desejo de realizar atividade, relação com outras pessoas e estado psicológico.
ORIA & MOOREHEAD (1998)
101
descreveram o BAROS. Contendo sete questões e
considerado simples, esse questionário compreende perda de peso, condição médica, auto-
estima, atividade física, social, laborativa e sexual. Usado somente após a operação bariátrica,
acarreta conseqüente dificuldade para avaliação na mudança da QVRS entre o período prévio
e posterior à operação.
102
MANNUCCI et al. (1999)
103
criaram o Obesity Related Well-Being (ORWELL-97),
instrumento italiano que consiste de 18 questões, abordando estado psicológico, ajuste social
e sinais e sintomas físicos.
BUTLER et al. (1999)
104
fizeram o Obesity Adjustment Survey-Short Form (OAS-SF),
instrumento com 20 questões que aborda ajuste global da obesidade e angústia psicológica.
KOLOTKIN et al. (2001)
105
desenvolveram o IWQOL-Lite. Instrumento com 31
questões, utilizado em 14 línguas, avalia capacidade funcional, auto-estima, vida sexual,
angústia pública e trabalho.
16
NIERO et al. (2002)
106
criaram o Obesity and Weight Loss Quality of Life
Questionnaire (OWLQOL), com 17 questões, e o Weight-Related Symptom Measure
(WRSM), com 20 questões; este último foi o único questionário específico de QVRS para
obesidade com escala dicotômica.
KARLSSON et al. (2003)
107
descreveram o Obesity-Related Psychosocial Problems
Scale (OP-Scale), instrumento breve, composto de oito questões abrangendo problemas
psicosociais.
MOOREHEAD et al. (2003)
108
criaram o Moorehead-Ardelt Quality of Life
Questionnaire II (M-AQoLQII). Instrumento simples, com seis questões, compreende auto-
estima, atividade física, social, laborativa e sexual.
Oito
98,99,101,104-106,108
questionários foram criados em língua inglesa, um
100
na língua
francesa,
outro
103
de origem italiana e, por fim, um
107
sueco.
Entre os 11 questionários descritos acima, nove
98,99,101,104-108
foram desenvolvidos
especificamente para uso como instrumento de avaliação em ensaio clínico e somente
três
101,104,108
instrumentos visaram a população com obesidade mórbida.
Os quatro domínios de saúde (capacidade física, estado emocional, interação social e
sensação somática) foram abordados nos instrumentos IWQOL, BAROS, ORWELL-97,
IWQOL-Lite e M-AQoLQII.
98,101,103,105,108
Os questionários Lewin-TAG HSP, OSQOL,
OAS-SF e OWLQOL não avaliaram sensação somática.
99,100,104,106
Por outro lado, o
instrumento OP-Scale
107
abrangeu somente interação social, enquanto o WRSM
106
correspondeu exclusivamente à sensação somática.
17
4 CASUÍSTICA E MÉTODO
4.1 Casuística
Oitenta e um pacientes com obesidade, selecionados para cirurgia bariátrica no
Serviço de Cirurgia Geral do Hospital São Francisco de Assis ou Hospital Mater Dei e
agendados para esse procedimento entre maio de 2002 e julho de 2002 foram convidados,
consecutivamente, a participar do estudo prospectivo de avaliação da QVRS, sendo que
quatro indivíduos foram excluídos na avaliação de pré-operatório. Portanto, foram avaliados
77 pacientes em acompanhamento pós-operatório de dois anos. O projeto foi analisado e
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Mater Dei (ANEXO A) e pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais sob o parecer n.º
ETIC 409/04. (ANEXO B) À época da realização desse estudo, o Hospital São Francisco de
Assis não possuía Comitê de Ética em Pesquisa.
Os participantes foram esclarecidos sobre o estudo e assinaram termo de
consentimento livre e esclarecido de acordo com as diretrizes da resolução n.º 196/96 do
Conselho Nacional de Saúde. (ANEXO C)
4.1.1 Seleção dos participantes
Foram considerados os critérios abaixo para a seleção dos pacientes.
Critérios de inclusão:
IMC 40,00 kg/m² ou entre 35,00 e 40,00 kg/m² com comorbidade;
Idade entre 18 e 65 anos;
Ambos os gêneros.
18
Critérios de exclusão:
Doenças sistêmicas não controladas;
Doenças não relacionadas com a operação ou obesidade;
Gestação, parto ou lactação há menos de um ano;
Cirurgia bariátrica laparoscópica;
Controle pós-operatório inferior a dois anos;
Não preenchimento dos questionários de QVRS.
4.1.2 Caracterização da casuística
4.1.2.1 Hospital
Dos 77 pacientes, sessenta e um (79,20%) foram operados no Hospital São Francisco
de Assis e 16 (20,80%), no Hospital Mater Dei. (TABELA 1)
Tabela 1: Distribuição dos pacientes quanto ao hospital (n=77)
Hospital Freqüência
.
absoluta %
São Francisco 61 79,20
Mater Dei 16 20,80
Total 77 100,00
4.1.2.2 Gênero
Dos 77 pacientes operados, cinqüenta e nove (76,60%) eram do gênero feminino e 18
(23,40%), do gênero masculino. (TABELA 2)
19
Tabela 2: Distribuição dos pacientes quanto ao gênero (n=77)
Gênero Freqüência
absoluta %
Masculino 18 23,40
Feminino 59 76,60
Total 77 100,00
4.1.2.3 Tabagismo
Foram considerados tabagistas os pacientes que fumavam pelo menos um cigarro por
dia e não tabagistas, os não fumantes e os ex-fumantes. Ex-fumante foi o que abandonou esse
hábito pelo menos seis meses antes da inclusão no estudo. Os dados referentes ao tabagismo
estão referenciados na TABELA 3.
Tabela 3: Distribuição dos pacientes quanto ao tabagismo (n=77)
Uso de cigarro Freqüência
absoluta %
Sim 21 27,30
Não 56 72,70
Total 77 100,00
4.1.2.4 Escolaridade
Os pacientes foram distribuídos em seis grupos. (TABELA 4)
Ausência de instrução não ocorreu na amostra.
Pacientes com pós-graduação foram incluídos no grupo terceiro grau completo.
20
Tabela 4: Distribuição dos pacientes quanto à escolaridade (n=77)
Escolaridade Freqüência
absoluta %
Primeiro grau incompleto 8 10,40
Primeiro grau completo 4 5,20
Segundo grau incompleto 1 1,30
Segundo grau completo 29 37,70
Terceiro grau incompleto 9 11,70
Terceiro grau completo 26 33,70
Total 77 100,00
4.1.2.5 Idade
A idade dos pacientes variou de 18 a 64 anos, com média de 39,08 ± 10,30 anos.
A distribuição quanto à faixa etária está sumariada na TABELA 5.
Tabela 5: Distribuição dos pacientes quanto à faixa etária (n=77)
Faixa etária Freqüência
(anos)
absoluta %
18-19 1 1,30
20-29 12 15,60
30-39 25 32,50
40-49 28 36,30
50-59 8 10,40
60-64 3 3,90
Total 77 100,00
4.1.2.6 Altura, peso e IMC
Foram também avaliados altura, peso e IMC. (TABELA 6)
21
Tabela 6: Altura, peso e IMC, no pré-operatório, de 77 pacientes submetidos à
operação de Capella
Medidas descritivas
Variável
analisada
Mínimo Máximo Média d.p.
Altura (cm)
150,00 189,00 166,71 8,48
Peso (kg)
91,00 197,00 124,75 23,06
IMC (kg/m²)
35,32 71,81 44,74 6,72
4.1.2.7 Estado civil
A distribuição dos pacientes operados quanto ao estado civil está demonstrada na
TABELA 7.
Tabela 7: Distribuição dos pacientes quanto ao estado civil (n=77)
Estado civil Freqüência
absoluta %
Solteiro 33 42,90
Casado 43 55,80
Separado 1 1,30
Total 77 100,00
4.1.2.8 Comorbidades
Foram especificadas, na FIGURA 1, as doenças associadas à obesidade nos pacientes
em pré-operatório.
Foram classificadas como outras doenças a esofagite erosiva, doença respiratória e
hiperuricemia. Alguns pacientes apresentaram mais de uma comorbidade.
22
5 (4%)
24 (19%)
43 (35%)
11 ( 9%)
8 (6%)
7 (6%)
7 (6%)
5 (4%)
14 (11%)
hipertensão arterial hérnia de hiato esofágico
colecistolitíase dislipidemia
dor ósteo-articular crônica depressão
diabete melito outras doenças
sem doenças associadas
Nota: porcentagem (%) em relação ao número total de doenças associadas.
Figura 1: Distribuição das doenças associadas à obesidade, no pré-operatório, em 77
pacientes (n=124)
4.1.2.9 Complicações pós-operatórias
Foram registradas 54 complicações pós-operatórias. As principais foram queda de
cabelo em 27 (35,10%) pacientes, e hérnia incisional em 19 (24,70%) pacientes.
Alguns pacientes apresentaram mais de uma complicação.
Estes dados estão sumariados na TABELA 8.
Tabela 8: Complicações pós-operatórias (n=54) observadas nos pacientes operados
(n=77)
Complicações Freqüência
pós-operatórias absoluta %
Queda de cabelo 27 35,10
Hérnia incisional 19 24,70
Seroma 2 2,60
Infecção 3 3,90
Colecistolitíase 3 3,90
Tromboembolismo pulmonar 0 0,00
Óbito 0 0,00
Total 54 70,20
Nota: alguns pacientes apresentaram mais de uma complicação.
23
4.2 Instrumentos
4.2.1 Equipamentos
Para aferir a massa corporal dos pacientes, ora denominada peso, nas fases de pré-
operatório e pós-operatório, foi utilizada balança mecânica, do fabricante Welmy Indústria e
Comércio LTDA., modelo R-104, portaria Inmetro nº 152/86, MICT Inmetro nº 8239514,
com precisão de 0,10kg e capacidade para medir até 300,00kg.
Para medir a altura dos pacientes nas fases de pré-operatório e pós-operatório, foi
utilizada balança antropométrica com estadiômetro acoplado, do fabricante Filizola, série
3134, com precisão de 0,50cm e capacidade para medir até 190,00cm.
4.2.2 Instrumentos para avaliação da QVRS
4.2.2.1 Short Form 36-Item Health Survey – SF-36
O SF-36 inclui 36 itens, em oito escalas: capacidade funcional, aspectos físicos, dor
corporal, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde
mental. Cada escala varia de zero a 100, em que zero é a pior saúde e 100 a melhor saúde. Um
item (segunda questão), medindo a mudança de saúde comparada com o ano anterior, está
incluído. Ele apresenta duas a seis opções de resposta para cada questão e pode ser
completado em aproximadamente dez minutos. (ANEXO D)
As oito escalas do SF-36, abaixo enumeradas, avaliam a saúde nas quatro semanas
precedentes à sua administração:
Capacidade funcional: avalia como o indivíduo realizou suas tarefas diárias
habituais, como se vestir, tomar banho, andar, subir escadas, etc., no período
estudado;
24
Aspectos físicos: avalia como a saúde física interferiu nas atividades
domésticas ou profissionais habituais;
Dor corporal: avalia presença e intensidade da dor relatada no período em
questão;
Estado geral de saúde: avalia a percepção do indivíduo sobre a própria saúde e
sua expectativa em relação ao futuro;
Vitalidade: avalia o grau de energia e disposição do indivíduo para realizar
suas tarefas diárias;
Aspectos sociais: avalia quanto às atividades sociais habituais do indivíduo
foram afetadas por seu estado físico ou emocional;
Aspectos emocionais: avalia como o estado emocional interferiu nas atividades
diárias domésticas ou no trabalho, no período estudado;
Saúde mental: avalia a interferência de sentimentos como ansiedade,
depressão, felicidade e tranqüilidade no cotidiano do indivíduo.
Foi utilizada a versão para o português (Brasil) de CICONELLI (1999)
79
.
4.2.2.2 Perfil de Saúde de Nottingham – PSN
O PSN é distribuído em duas partes. A parte I (PSN-I) consiste de declaração sobre a
sensação ou função das pessoas, enquanto a parte II (PSN-II) informa sobre o efeito da
doença na vida diária. PSN-I contém 38 itens, abrangendo seis escalas: energia, dor,
habilidade física, reação emocional, sono e interação social. PSN-II avalia vida social, relação
familiar, vida sexual e ocupação (no trabalho e lazer) em sete itens.
Cada escala varia de zero a 100, em que zero é a melhor saúde e 100 a pior saúde. O
PSN apresenta duas opções de resposta para cada questão e pode ser completado em cerca de
dez minutos.
25
O PSN abrange a saúde no momento da administração do questionário e as seis escalas
do PSN-I foram administradas neste estudo:
Energia: avalia a falta de disposição no cotidiano;
Dor: pesquisa a presença de dor no cotidiano;
Habilidade física: avalia a limitação física para executar tarefas ou para
cuidado pessoal;
Reação emocional: estuda a ocorrência de alterações psicológicas, como
ansiedade e depressão;
Sono: avalia a existência de problemas com o sono;
Interação social: avalia a habilidade do indivíduo de se relacionar com as
pessoas.
Foi utilizada a versão para o português (Brasil) proposta por CICONELLI (1997)
109
.
(ANEXO E)
4.3 Procedimentos
4.3.1 Avaliação pré-operatória
Os sujeitos foram avaliados e acompanhados por equipe multidisciplinar –
cardiologista, endocrinologista, psiquiatra, psicólogo e nutricionista.
A propedêutica complementar pré-operatória incluía:
Exames laboratoriais de sangue: hemograma, tempo e atividade de
protrombina, tempo de tromboplastina parcial ativada, uréia, creatinina,
glicemia de jejum, sódio, potássio, cloretos, cálcio iônico, cálcio total, proteína
total e frações, colesterol total e frações, triglicérides, aminotransferases,
fosfatase alcalina, vitamina B12, ferro sérico, ferritina, acido fólico, hormônio
tireotrófico, tiroxina livre e hormônio paratireoideano;
26
Exame laboratorial de urina: aspecto da amostra, pH, densidade, determinação
semiquantitativa das proteínas, presença ou ausência de glicose e cetonas, bem
como exame microscópico do sedimento urinário centrifugado;
Exame parasitológico de fezes;
Radiografia simples de tórax (duas incidências);
Eletrocardiograma;
Ultra-sonografia abdominal total;
Espirometria: tabagista, história de disfunção respiratória ou IMC
50,00kg/m²;
Endoscopia digestiva alta.
4.3.2 Preparo pré-operatório
Preparo pré-operatório (no dia anterior ao do procedimento cirúrgico):
Dieta líquida;
Jejum por oito horas antes do procedimento cirúrgico;
Bisacodil, 5,0mg, dois comprimidos pela manhã, via oral;
Heparina de baixo peso molecular – enoxaparina sódica 40,0 mg, à noite, via
subcutânea, cerca de 12 horas antes do procedimento cirúrgico.
4.3.3 Período per-operatório
Os pacientes foram internados no dia do procedimento cirúrgico. Aqueles que
apresentavam comorbidades com necessidade e cuidados hospitalares foram internados no dia
anterior ao da operação.
A assistência era realizada pela mesma equipe, com protocolo padronizado.
27
4.3.3.1 Anestesia
Todos os pacientes foram submetidos ao tratamento cirúrgico sob anestesia peridural e
geral, com intubação orotraqueal. Após o procedimento, foram extubados no centro cirúrgico
e, posteriormente, encaminhados à sala de recuperação pós-anestésica. Casos selecionados
pelo anestesista foram encaminhados ao centro de tratamento intensivo.
4.3.3.2 Cuidados pré-operatórios imediatos
Cateterismo vesical de demora com cateter de Foley nº 12F a 16F conectado a coletor
de sistema fechado (retirado nas primeiras 24 horas).
Uso de meia anti-embolia nos membros inferiores, associado ao uso de bota de
compressão pneumática intermitente em pacientes com passado de trombose venosa ou IMC
50,00kg/m² no pré-operatório (retiradas nas primeiras 24 horas).
4.3.3.3 Posicionamento na mesa cirúrgica
Posição supina, com a mesa cirúrgica em proclive ou Trendelenburg invertido de 45º.
4.3.3.4 Técnica operatória
Bypass gástrico, conforme descrição de CAPELLA & CAPELLA (1998)
110
, realizado
por laparotomia mediana supra-umbilical. (FIGURA 2)
Pacientes com colecistolitíase diagnosticada na avaliação pré-operatória foram
submetidos à colecistectomia no mesmo tempo cirúrgico, imediatamente após a laparotomia.
28
Figura 2: Técnica de bypass gástrico em Y de Roux – BPGYR
Estômago
excluído
Esôfago
Reservatório
gástrico
Anel de
silicone
Alça
alimentar
140 cm
40 cm
Anastomose
jejuno-jejunal
Anastomose
gastrojejunal
Treitz
Alça transmesocólica
29
4.3.3.5 Pós-operatório imediato
Os pacientes foram conduzidos da sala de recuperação pós-anestésica para o quarto.
Naqueles casos em que foi indicado encaminhamento para centro de tratamento intensivo, os
pacientes receberam alta desta unidade para o quarto nas primeiras 24 horas.
4.3.3.6 Medicamentos
Soroterapia, via endovenosa, durante as primeiras 48 horas no pós-operatório.
Analgesia, durante internação, na seguinte seqüência:
Bupivacaína (0,25%) a cada oito horas, 5,0mL, via cateter peridural, retirado
nas primeiras 24 horas no pós-operatório;
Dipirona, 2,0mL a cada seis horas, via endovenosa;
Cetoprofeno, 100,0mg a cada 12 horas, via endovenosa;
Cloridrato de nalbufina, 3,0mg, a cada oito horas, via endovenosa.
Antibioticoprofilaxia:
Cefalotina, 1,0g a cada seis horas, via endovenosa, durante as primeiras 24
horas no pós-operatório, com 2,0g de dose inicial 30 minutos antes do
procedimento cirúrgico (1,0g a cada três horas durante a operação).
Profilaxia de trombose venosa profunda:
Enoxaparina sódica 40,0mg, à noite, via subcutânea, durante os primeiros três
dias no pós-operatório e, em casos selecionados, estendida até o sétimo dia de
pós-operatório.
Pacientes diabéticos eram mantidos com insulina regular nos dois primeiros dias de
pós-operatório, com glicemia dosada a cada seis horas. Os pacientes retornavam
progressivamente ao hipoglicemiante habitual ou eram mantidas sem este medicamento, em
avaliação individualizada.
30
Pacientes com hipertensão arterial eram assistidos na vigência de necessidade, em
avaliação individualizada.
4.3.3.7 Dieta
Líquida restrita – água, suco, chá, caldo de sopa, água de coco, gelatina – no
segundo dia de pós-operatório;
Líquida completa iniciada no terceiro dia de pós-operatório;
4.3.3.8 Deambulação
Iniciada no primeiro dia de pós-operatório.
4.3.3.9 Ferida cirúrgica
Curativo com gaze seca e fita porosa trocado diariamente a partir do primeiro dia de
pós-operatório. Na ausência de drenagem local, foi mantida somente a fita porosa.
4.3.3.10 Alta hospitalar
Alta hospitalar entre seis e 24 horas após início da reintrodução da dieta, na vigência
de sua tolerância.
4.3.4 Pós-operatório imediato e tardio
4.3.4.1 Dieta
Líquida completa até a segunda semana de pós-operatório;
Pastosa até a terceira semana de pós-operatório;
Branda até a quarta semana de pós-operatório;
Livre após a quarta semana.
31
4.3.4.2 Atividade física
Estímulo à deambulação após alta hospitalar;
Atividade física preservando a musculatura abdominal foi recomendada até o
sexto mês de pós-operatório.
4.3.4.3 Retirada de pontos
Desnecessária devido à utilização de fios absorvíveis.
4.3.4.4 Retornos de pós-operatório
No primeiro mês:
Semanalmente.
No primeiro ano:
Dois, três, seis, nove e 12 meses de pós-operatório.
A partir do segundo ano:
Semestralmente.
4.3.4.5 Suplemento vitamínico
Iniciado com 30 dias de pós-operatório, via oral, diariamente:
Complexo B: até completar o quarto mês de pós-operatório;
Polivitamínico e polimineral: até completar um ano de pós-operatório;
Cálcio: leite enriquecido com cálcio.
Sulfato ferroso administrado quando necessário.
32
4.3.5 Coleta de dados
4.3.5.1 Peso e altura
A massa corporal, então denominada peso, foi registrada com paciente usando apenas
roupa íntima, em balança com precisão de 0,10kg, conforme sugerido pela OMS (1987)
111
.
A altura foi medida com os calcanhares juntos, sem sapatos, e a cabeça com plano de
Frankfurt na posição horizontal. Ao paciente era solicitado inspirar profundamente e alcançar
altura máxima com as pernas esticadas e com os pés aplanados no chão, conforme
recomendado pela OMS (1987)
111
.
Nas três fases – pré-operatório, pós-operatório de um ano e pós-operatório de dois
anos – a coleta desses dados foi realizada durante avaliação ambulatorial.
A medida antropométrica foi aferida somente por uma profissional qualificada e
treinada para esta função.
4.3.5.2 Formulário de dados do paciente
Foi administrado pelo pesquisador formulário em forma de entrevista no pré-
operatório. (ANEXO F)
Estas informações foram coletadas durante a internação para a operação.
4.3.5.3 Questionários de QVRS
Pré-operatório:
Foi realizada auto-administração assistida dos instrumentos, conforme técnica
sugerida por WARE (1993)
112
; (FIGURA 3)
Estas informações foram coletadas durante a internação para a operação.
33
Figura 3: Técnica de administração dos questionários de QVRS no pré-operatório
Cumprimentar e avaliar o
p
otencial res
p
ondente
Ele fala/lê
ortu
uês?
Ele pode ler os
q
uestionários?
Introduzir o SF-36 e o
PSN
Sim
Sim
Não
Não
Oferecer ao respondente o
SF-36 e o PSN
Instruir o respondente
sobre como preencher o
SF-36 e o PSN
Esclarecer as dúvidas do
res
p
ondente
Reaver os questionários
Descontinuar
Ele tem problema visual?
Usar administração de
entrevistador
Conferir os questionários
para integralidade
34
Pós-operatório de um ano:
Foi realizado contato telefônico prévio comunicando o envio dos instrumentos
pelo correio com envelope selado para resposta. Este procedimento foi repetido
por até três vezes; (FIGURA 4)
Na vigência de resposta incompleta em algum dos questionários, novo contato
foi efetuado, com entrevista por telefone destas questões, para alcançar os
objetivos dos questionários.
Pós-operatório de dois anos:
Foi realizado contato telefônico prévio comunicando o envio dos instrumentos
pelo correio com envelope selado para resposta. Este procedimento foi repetido
por até três vezes; (FIGURA 4)
Na vigência de resposta incompleta em algum dos questionários, novo contato
foi efetuado, com entrevista por telefone destas questões, para alcançar os
objetivos dos questionários.
Os questionários foram administrados pelo autor.
35
Figura 4: Técnica de administração dos questionários de QVRS no pós-operatório
Sim
Contato telefônico com o
res
p
ondente
Cumprimentar o
respondente
Ele tem disponibilidade de
tempo para esclarecimento
desta fase da pesquisa?
Explicar o envio pelo
correio dos questionários
SF-36 e PSN
Sim
Não
Enviar os
questionários pelo
correio
Receber os questionários
preenchidos pelo correio
Conferir os
questionários para
integralidade
Preenchimento inadequado
Combinar horário para
novo contato telefônico
Contato telefônico para
integralidade dos
questionários
Não
Contato telefônico e novo
envio dos questionários
36
4.3.6 Análise das informações
Os pacientes foram avaliados no pré-operatório, no pós-operatório de um ano e no
pós-operatório de dois anos. A comparação incluiu as variáveis peso, IMC, porcentagem de
excesso de peso perdido (PEP%), oito escalas do instrumento SF-36 de QVRS e seis escalas
do instrumento PSN-I de QVRS, além da freqüência das respostas nas questões número um e
dois do SF-36 nas três fases.
Os pacientes foram, também, distribuídos pelas variáveis queda de cabelo (ANEXO
G) ou hérnia incisional (ANEXO H) e a QVRS foi avaliada e comparada, nas três fases, pelos
instrumentos SF-36 e PSN-I.
Foi avaliada significância clínica nas escalas de QVRS dos dois instrumentos entre o
pré-operatório e o pós-operatório de dois anos.
4.3.6.1 Significância clínica
Análise de magnitude quantitativa, denominada significância clínica, foi utilizada nas
variáveis de QVRS conforme sugerido por BURNAND et al. (1990)
113
e LYDICK &
EPSTEIN (1996)
114
.
A significância clínica de cada escala dos instrumentos de QVRS foi calculada pela
razão entre as médias desta escala no pré-operatório e no pós-operatório de dois anos.
A razão entre essas médias maior ou igual a 1,50, em aproximadamente 90,00% das
ocorrências, foi relacionada com significância quantitativa ou diferença importante da QVRS
nesse período.
Significância clínica = média pós-operatório dois anos
média pré-operatório
37
4.3.6.2 IMC
O IMC foi calculado pelo Índice de Quetelet, com peso em quilogramas e altura em
metros.
4.3.6.3 PEP%
A PEP% foi calculada segundo LIBANORI & BERTI (2003)
115
.
Nos pacientes do gênero masculino (com altura acima de 1,60m) e do gênero feminino
(com altura acima de 1,52m), o peso ideal foi calculado, em quilogramas, pelas seguintes
fórmulas:
Em que “A” é a altura do paciente, em metros.
Foram utilizadas tabelas de peso e altura da METROPOLITAN LIFE FUNDATION
(1983)
116
para obtenção de peso ideal naqueles com altura inferior a essas medidas, conforme
sugerido por LIBANORI & BERTI (2003)
115
.
O excesso de peso foi calculado, em quilogramas, ao subtrair o peso ideal do peso pré-
operatório.
IMC (Kg/m²) = _Peso__
(Altura)²
Peso ideal (kg)
homem
= 61,2328 + [(A – 1,6002) x 53,5433]
Peso ideal (kg)
mulher
= 53,975 + [(A – 1,524) x 53,5433]
Excesso de peso (kg) = (peso pré-operatório) – (peso ideal)
38
O peso perdido foi calculado pela diferença, em quilogramas, entre o peso na fase pós-
operatória determinada e na fase pré-operatória.
A PEP% foi calculada pela razão entre peso perdido e excesso de peso.
4.3.6.4 Questionário SF-36
A avaliação com o SF-36 contempla uma nota para a resposta de cada questão.
(QUADRO 1)
Peso perdido (kg) = (peso pós-operatório) – (peso pré-operatório)
PEP% = Peso perdido (kg) x 100
Excesso de peso (kg)
39
Quadro 1: Pontuação do questionário SF-36
QUESTÃO PONTUAÇÃO CONFORME A RESPOSTA
01 15,0 24,4 33,4 42,0 51,0
02 Soma normal
03 Soma normal
04 Soma normal
05 Soma normal
06 15,0 24,0 33,0 42,0 51,0
07 16,0 25,4 34,2 43,1 52,2 61,0
08
Se 81 e 71 Æ 6,0
Se 81 e 72 a 6 Æ 5,0
Se 82 e 72 a 6 Æ 4,0
Se 83 e 72 a 6 Æ 3,0
Se 84 e 72 a 6 Æ 2,0
Se 85 e 72 a 6 Æ 1,0
09 a,d,h = valores contrários (16, 25, 34, 43, 52, 61)
10 Soma normal
11
a,c = valores normais
b,d = valores contrários (15, 24, 33, 42, 51)
Posteriormente, as notas das questões correspondentes a cada escala de saúde foram
agrupadas e somadas. Em seguida, o valor de cada escala foi subtraído de um valor
correspondente pré-determinado (limite de menor valor), multiplicado por 100 e dividido pela
variação do escore. (QUADRO 2)
O resultado foi uma nota de zero a 100 para cada escala. Quanto maior a nota, melhor
QVRS para determinada escala.
40
Quadro 2: Questionário SF-36: cálculo da escala bruta (0-100)
ESCALA QUESTÃO LIMITES
VARIAÇÃO DO
ESCORE
Capacidade
funcional
3 (a+b+c+d+e+f+g+h+i+j) 10-30 20
Aspectos
físicos
4 4-8 4
Dor 7+8 2-12 10
Estado geral
de saúde
1+11 5-25 20
Vitalidade 9 (a+e+g+i) 4-24 20
Aspectos
sociais
6+10 2-10 8
Aspecto
emocional
5 (a+b+c) 3-6 3
Saúde mental 9 (b+c+d+f+h) 5-30 25
Escala bruta:
Ex.: Capacidade funcional = 21
Valor mais baixo = 10
Variação = 20
Dados perdidos: se não responder mais de 50% = substituir o valor pela média.
Foi analisada a distribuição das respostas ao longo do tempo para as questões um e
dois deste questionário, referentes, respectivamente, à perspectiva atual de saúde e saúde
comparada com o ano anterior.
Item = [(valor obtido) – (valor mais baixo)] x 100
variação
Ex.: (21 – 10) x 100 = 55
20
41
4.3.6.5 Questionário PSN
A avaliação com o PSN contempla uma nota para a resposta de cada questão, zero ou
um para resposta negativa ou positiva, respectivamente.
Posteriormente, as notas das questões correspondentes a cada escala de saúde foram
agrupadas e somadas. Em seguida, o valor de cada escala foi dividido pelo número total de
questões e multiplicado por 100. (QUADRO 3)
O resultado foi uma nota de zero a 100 para cada escala.
Quanto maior a nota, menor QVRS para determinado escala.
Quadro 3: Questionário PSN: cálculo da escala bruta (0-100)
ESCALA QUESTÃO
TOTAL DE
QUESTÕES
Energia 1, 12, 26 3
Dor 2, 4, 8, 19, 24, 28, 36, 38 8
Habilidade
física
10, 11, 14, 17, 18, 25, 27, 35 8
Reação
emocional
3, 6, 7, 16, 20, 23, 31, 32, 37 9
Sono 5, 13, 22, 29, 33 5
Interação
social
9, 15, 21, 30, 34 5
Escala bruta:
Ex.: Energia = 2
Número total de questões = 3
Item = número de questões positivas x 100
número total de questões
Ex.: 2 x 100 = 66,7
3
42
4.3.7 Estudo estatístico
Para a análise dos dados dos pacientes foi utilizada estatística descritiva com medidas
resumo: média e desvio padrão para as variáveis numéricas e proporção (%) para as variáveis
categóricas.
Com a finalidade de estudar o comportamento dos pacientes, ao longo do tempo,
quanto às medidas avaliadas anualmente (considerando-se a relação entre as observações
feitas em um mesmo indivíduo), foram calculadas medidas resumo, construídas tabelas de
perfis médios, aplicado o modelo de análise de variância com medidas repetidas e, por fim,
teste de Bonferroni.
As respostas para a primeira e segunda questões do SF-36, avaliadas anualmente,
foram distribuídas por freqüência e submetidas ao modelo de análise não paramétrica de
dados ordinais com medidas repetidas, seguido pelo teste de Wald.
Para análise da PEP%, ao longo do tempo, foi utilizado teste t de Student.
Um valor igual ou inferior a 0,05 (p0,05) foi considerado como nível requerido para
ter significância estatística.
43
5 RESULTADOS
5.1 Peso, IMC e PEP%
Quanto ao peso, ocorreu diminuição significante ao longo do tempo. (TABELA 9)
Tabela 9: Análise descritiva e comparativa da variável peso ao longo do tempo (n=77)
Peso (kg)
Tempo n
Mínimo Máximo Média d.p.
Pré
77
91,00 197,00 124,75 23,06
Ano 1
77
51,00 125,00 81,88 16,74
Ano 2
77
45,70 120,00 75,04 14,96
Nível descritivo entre os momentos avaliados:
Nota: o valor de p refere-se ao teste de Bonferroni e d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Pré x Ano 1 p<0,001
Pré x Ano 2 p<0,001
Ano 1 x Ano 2 p<0,001
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
44
Quanto ao IMC, ocorreu diminuição significante ao longo do tempo. (TABELA 10)
Tabela 10: Análise descritiva e comparativa da variável IMC ao longo do tempo (n=77)
Índice de massa corporal (kg/m²)
Tempo n
Mínimo Máximo Média d.p.
Pré
77
35,32 71,81 44,74 6,72
Ano 1
77
21,34 46,21 29,35 5,05
Ano 2
77
20,31 38,31 26,88 4,27
Nível descritivo entre os momentos avaliados:
Nota: o valor de p refere-se ao teste de Bonferroni e d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Pré x Ano 1 p<0,001
Pré x Ano 2 p<0,001
Ano 1 x Ano 2 p<0,001
IMC
Æ
Índice de massa corporal
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
45
Quanto à PEP%, ocorreu aumento significante ao longo do tempo. (TABELA 11)
Tabela 11: Análise descritiva e comparativa da variável PEP% ao longo do tempo (n=77)
PEP% (%)
Tempo n
Mínimo Máximo Média d.p.
Pré
77
00,00 00,00 00,00 00,00
Ano 1
77
37,71 108,07 71,09 15,70
Ano 2
77
57,96 118,09 82,29 14,44
Nível descritivo entre os momentos avaliados:
Nota: o valor de p refere-se ao teste t de Student e d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Ano 1 x Ano 2 p<0,001
PEP%
Æ
Porcentagem de excesso de peso perdido
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
46
5.2 Questionário SF-36
Quanto à escala aspectos físicos/SF-36, ocorreu melhora significante, ao longo do
tempo, entre o pré-operatório e os pós-operatórios de um e dois anos, assim como entre as
duas avaliações de pós-operatório. (TABELA 12)
Tabela 12: Análise descritiva e comparativa da variável aspectos físicos/SF-36 ao longo do
tempo (n=77)
Aspectos físicos/SF-36 (pontuação)
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Pré
77
0,00 100,00 35,71 32,55
Ano 1
77
25,00 100,00 90,58 18,15
Ano 2
77
75,00 100,00 99,03 4,87
Nível descritivo entre os momentos avaliados:
Nota: o valor de p refere-se ao teste de Bonferroni e d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Pré x Ano 1 p<0,001
Pré x Ano 2 p<0,001
Ano 1 x Ano 2 p<0,001
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
47
Quanto à escala aspectos emocionais/SF-36, ocorreu melhora significante, ao longo do
tempo, entre as avaliações de pré-operatório e pós-operatório de um ou dois anos. Não foi
observada melhora, com significância estatística, entre as duas avaliações de pós-operatório.
(Tabela 13)
Tabela 13: Análise descritiva e comparativa da variável aspectos emocionais/SF-36 ao longo
do tempo (n=77)
Aspectos emocionais/SF-36 (pontuação)
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Pré
77
0,00 100,00 51,95 40,64
Ano 1
77
33,30 100,00 88,75 19,20
Ano 2
77
0,00 100,00 94,37 19,80
Nível descritivo entre os momentos avaliados:
Nota: o valor de p refere-se ao teste de Bonferroni e d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Pré x Ano 1 p<0,001
Pré x Ano 2 p<0,001
Ano 1 x Ano 2 p=0,151
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
48
Quanto à escala aspectos sociais/SF-36, ocorreu melhora significante, ao longo do
tempo, entre o pré-operatório e os pós-operatórios de um e dois anos e entre as duas
avaliações de pós-operatório. (TABELA 14)
Tabela 14: Análise descritiva e comparativa da variável aspectos sociais/SF-36 ao longo do
tempo (n=77)
Aspectos sociais/SF-36 (pontuação)
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Pré
77
0,00 100,00 58,93 26,43
Ano 1
77
50,00 100,00 92,86 10,42
Ano 2
77
50,00 100,00 97,08 8,34
Nível descritivo entre os momentos avaliados:
Nota: o valor de p refere-se ao teste de Bonferroni e d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Pré x Ano 1 p<0,001
Pré x Ano 2 p<0,001
Ano 1 x Ano 2 p=0,002
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
49
Quanto à escala dor corporal/SF-36, ocorreu melhora com significância estatística, ao
longo do tempo, entre os três momentos avaliados. (TABELA 15)
Tabela 15: Análise descritiva e comparativa da variável dor corporal/SF-36 ao longo do
tempo (n=77)
Dor corporal/SF-36 (pontuação)
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Pré
77
0,00 100,00 50,88 25,78
Ano 1
77
51,00 100,00 88,69 13,56
Ano 2
77
42,00 100,00 92,39 13,48
Nível descritivo entre os momentos avaliados:
Nota: o valor de p refere-se ao teste de Bonferroni e d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Pré x Ano 1 p<0,001
Pré x Ano 2 p<0,001
Ano 1 x Ano 2 p=0,015
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
50
Quanto à escala estado geral de saúde/SF-36, ocorreu melhora significante, ao longo
do tempo, entre o pré-operatório e os pós-operatórios de um e dois anos. Entretanto, não foi
observada melhora significante entre os pós-operatórios de um e dois anos. (Tabela 16)
Tabela 16: Análise descritiva e comparativa da variável estado geral de saúde/SF-36 ao longo
do tempo (n=77)
Estado geral de saúde/SF-36 (pontuação)
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Pré
77
35,00 97,00 61,29 9,96
Ano 1
77
67,00 100,00 89,68 9,03
Ano 2
77
45,00 100,00 90,03 11,03
Nível descritivo entre os momentos avaliados:
Nota: o valor de p refere-se ao teste de Bonferroni e d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Pré x Ano 1 p<0,001
Pré x Ano 2 p<0,001
Ano 1 x Ano 2 p=0,999
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
51
Quanto à escala vitalidade/SF-36, ocorreu melhora com significância estatística, ao
longo do tempo, entre os três momentos avaliados. (TABELA 17)
Tabela 17: Análise descritiva e comparativa da variável vitalidade/SF-36 ao longo do tempo
(n=77)
Vitalidade/SF-36 (pontuação)
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Pré
77
5,00 95,00 45,65 22,70
Ano 1
77
40,00 100,00 77,47 13,51
Ano 2
77
50,00 100,00 85,52 12,99
Nível descritivo entre os momentos avaliados:
Nota: o valor de p refere-se ao teste de Bonferroni e d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Pré x Ano 1 p<0,001
Pré x Ano 2 p<0,001
Ano 1 x Ano 2 p<0,001
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
52
Quanto à escala capacidade funcional/SF-36, ocorreu melhora significante, ao longo
do tempo, entre os três momentos avaliados. (TABELA 18)
Tabela 18: Análise descritiva e comparativa da variável capacidade funcional/SF-36 ao longo
do tempo (n=77)
Capacidade funcional/SF-36 (pontuação)
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Pré
77
0,00 90,00 48,96 20,91
Ano 1
77
50,00 100,00 89,48 11,05
Ano 2
77
70,00 100,00 96,88 5,07
Nível descritivo entre os momentos avaliados:
Nota: o valor de p refere-se ao teste de Bonferroni e d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Pré x Ano 1 p<0,001
Pré x Ano 2 p<0,001
Ano 1 x Ano 2 p<0,001
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
53
Quanto à escala saúde mental/SF-36, ocorreu melhora significante, ao longo do tempo,
entre os três momentos estudados. (TABELA 19)
Tabela 19: Análise descritiva e comparativa da variável saúde mental/SF-36 ao longo do
tempo (n=77)
Saúde mental/SF-36 (pontuação)
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Pré
77
4,00 96,00 54,23 21,36
Ano 1
77
24,00 100,00 78,86 13,42
Ano 2
77
32,00 100,00 85,87 11,73
Nível descritivo entre os momentos avaliados:
Nota: o valor de p refere-se ao teste de Bonferroni e d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Pré x Ano 1 p<0,001
Pré x Ano 2 p<0,001
Ano 1 x Ano 2 p<0,001
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
54
Quanto à perspectiva de saúde, no momento da avaliação, ocorreu melhora
significante entre o pré-operatório e as avaliações de pós-operatório de um e dois anos.
Entretanto não foi observada diferença significante entre as avaliações de pós-operatório.
(TABELA 20)
Tabela 20: Análise descritiva e comparativa das respostas à primeira questão do questionário
SF-36, ao longo do tempo – perspectiva de saúde (n=77)
Tempo
Perspectiva
de saúde
Pré
n (%)
Ano 1
n (%)
Ano 2
n (%)
Excelente
7 (9,1) 27 (35,1) 25 (32,5)
Muito boa
16 (20,8) 40 (51,9) 41 (53,2)
Boa
36 (46,7) 10 (13,0) 10 (13,0)
Ruim
15 (19,5) 0 (0,0) 1 (1,3)
Muito ruim
3 (3,9) 0 (0,0) 0 (0,0)
Total
77 (100,0) 77 (100,0) 77 (100,0)
Nível descritivo entre os momentos avaliados:
Nota: o valor de p refere-se ao teste de Wald.
Legenda:
Pré x Ano 1 p<0,001
Pré x Ano 2 p<0,001
Ano 1 x Ano 2 p=0,530
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
55
Quanto à perspectiva de saúde do paciente comparada com o ano anterior, ocorreu
diferença significante entre todas as fases avaliadas e melhora entre o pré-operatório e as
avaliações de pós-operatório de um e dois anos. No pós-operatório de dois anos foi observada
tendência à manutenção ou pequena melhora da perspectiva de saúde quando comparado com
o ano anterior. (TABELA 21)
Tabela 21: Análise descritiva e comparativa das respostas à segunda questão do questionário
SF-36, ao longo do tempo – perspectiva de saúde comparada com o ano anterior
(n=77)
Tempo Perspectiva de saúde
comparada com o
ano anterior
Pré
n (%)
Ano 1
n (%)
Ano 2
n (%)
Muito melhor
2 (2,6) 63 (81,8) 29 (37,7)
Pouco melhor
2 (2,6) 12 (15,6) 25 (32,4)
Quase o mesmo
37 (48,0) 2 (2,6) 23 (29,9)
Pouco pior
31 (40,3) 0 (0,0) 0 (0,0)
Muito pior
5 (6,5) 0 (0,0) 0 (0,0)
Total
77 (100,0) 77 (100,0) 77 (100,0)
Nível descritivo entre os momentos avaliados:
Nota: o valor de p refere-se ao teste de Wald.
Legenda:
Pré x Ano 1 p<0,001
Pré x Ano 2 p<0,001
Ano 1 x Ano 2 p<0,001
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
56
5.3 Questionário PSN
Quanto à escala energia/PSN, ocorreu melhora significante, ao longo do tempo, entre
os três momentos avaliados. (TABELA 22)
Tabela 22: Análise descritiva e comparativa da variável energia/PSN ao longo do tempo
(n=77)
Energia/PSN (pontuação)
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Pré
77
0,00 100,00 60,60 35,35
Ano 1
77
0,00 66,67 8,65 16,58
Ano 2
77
0,00 33,33 3,46 10,24
Nível descritivo entre os momentos avaliados:
Nota: o valor de p refere-se ao teste de Bonferroni e d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Pré x Ano 1 p<0,001
Pré x Ano 2 p<0,001
Ano 1 x Ano 2 p=0,005
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
57
Quanto à escala dor/PSN, ocorreu melhora significante, ao longo do tempo, entre os
três momentos estudados. (TABELA 23)
Tabela 23: Análise descritiva e comparativa da variável dor/PSN ao longo do tempo (n=77)
Dor/PSN (pontuação)
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Pré
77
0,00 100,00 43,34 28,21
Ano 1
77
0,00 87,50 7,63 16,24
Ano 2
77
0,00 50,00 2,92 8,58
Nível descritivo entre os momentos avaliados:
Nota: o valor de p refere-se ao teste de Bonferroni e d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Pré x Ano 1 p<0,001
Pré x Ano 2 p<0,001
Ano 1 x Ano 2 p=0,004
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
58
Quanto à escala habilidade física/PSN, ocorreu melhora com significância estatística,
ao longo do tempo, entre os três momentos. (TABELA 24)
Tabela 24: Análise descritiva e comparativa da variável habilidade física/PSN ao longo do
tempo (n=77)
Habilidade física/PSN (pontuação)
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Pré
77
12,50 100,00 48,21 20,35
Ano 1
77
0,00 37,50 7,63 9,54
Ano 2
77
0,00 37,50 2,60 7,12
Nível descritivo entre os momentos avaliados:
Nota: o valor de p refere-se ao teste de Bonferroni e d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Pré x Ano 1 p<0,001
Pré x Ano 2 p<0,001
Ano 1 x Ano 2 p<0,001
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
59
Quanto à escala reação emocional/PSN, ocorreu melhora significante, ao longo do
tempo, entre os três momentos. (TABELA 25)
Tabela 25: Análise descritiva e comparativa da variável reação emocional/PSN ao longo do
tempo (n=77)
Reação emocional/PSN (pontuação)
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Pré
77
11,11 88,89 38,82 20,04
Ano 1
77
0,00 55,56 11,83 12,00
Ano 2
77
0,00 66,67 6,35 12,15
Nível descritivo entre os momentos avaliados:
Nota: o valor de p refere-se ao teste de Bonferroni e d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Pré x Ano 1 p<0,001
Pré x Ano 2 p<0,001
Ano 1 x Ano 2 p<0,001
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
60
Quanto à escala sono/PSN, ocorreu melhora com diferença estatística, ao longo do
tempo, entre o pré-operatório e o pós-operatório de um ou dois anos. Não foi observada
diferença entre as avaliações de pós-operatório. (TABELA 26)
Tabela 26: Análise descritiva e comparativa da variável sono/PSN ao longo do tempo (n=77)
Sono/PSN (pontuação)
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Pré
77
0,00 100,00 31,69 26,03
Ano 1
77
0,00 100,00 20,26 23,28
Ano 2
77
0,00 80,00 18,44 22,89
Nível descritivo entre os momentos avaliados:
Nota: o valor de p refere-se ao teste de Bonferroni e d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Pré x Ano 1 p<0,001
Pré x Ano 2 p<0,001
Ano 1 x Ano 2 p=0,999
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
61
Quanto à escala interação social/PSN, ocorreu melhora significante entre o pré-
operatório e as avaliações de pós-operatório. Entretanto, não houve significância estatística
entre as duas avaliações de pós-operatório. (TABELA 27)
Tabela 27: Análise descritiva e comparativa da variável interação social/PSN ao longo do
tempo (n=77)
Interação social/PSN (pontuação)
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Pré
77
0,00 100,00 30,91 27,25
Ano 1
77
0,00 60,00 7,79 15,27
Ano 2
77
0,00 40,00 4,42 10,06
Nível descritivo entre os momentos avaliados:
Nota: o valor de p refere-se ao teste de Bonferroni e d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Pré x Ano 1 p<0,001
Pré x Ano 2 p<0,001
Ano 1 x Ano 2 p=0,167
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
62
5.4 Significância clínica e os questionários de QVRS
Foi observada melhora importante da QVRS entre as médias de pré-operatório e pós-
operatório de dois anos nas escalas do SF-36, exceto estado geral de saúde/SF-36. (TABELA
28)
Tabela 28: Avaliação da significância clínica nos escores de cada escala do SF-36 entre o
pré-operatório e o pós-operatório de dois anos (n=77)
Escala (SF-36) Magnitude
Aspectos físicos
2,77
Aspectos emocionais
1,82
Aspectos sociais
1,65
Dor corporal
1,82
Estado geral de saúde
1,47
Vitalidade
1,87
Capacidade Funcional
1,98
Saúde mental
1,58
Mudança importante: magnitude 1,50
63
Foi observada melhora importante da QVRS entre as médias de pré-operatório e pós-
operatório de dois anos em todas as escalas do PSN. (TABELA 29)
Tabela 29: Avaliação da significância clínica nos escores de cada escala do PSN entre o pré-
operatório e o pós-operatório de dois anos (n=77)
Escala (PSN) Magnitude
Energia
17,51
Dor
14,84
Habilidade física
18,54
Reação emocional
6,11
Sono
1,72
Interação social
6,99
Mudança importante: magnitude 1,50
64
5.5 Análise inferencial
5.5.1 Peso e IMC
As comparações nos três momentos avaliados foram realizadas para peso e IMC, por
meio de suas médias e uso da análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas.
(TABELA 30)
Tabela 30: Comparação entre as médias de peso e IMC nos três momentos de avaliação
(n=77)
Variável
Pré
Média (d.p.)
Ano 1
Média (d.p.)
Ano 2
Média (d.p.)
Pré x Ano 1 x Ano 2
(p)
Peso (kg) 124,75 (23,06) 81,88 (16,74) 75,04 (14,96) <0,001
IMC (kg/m²) 44,74 (6,72) 29,35 (5,05) 26,88 (4,27) <0,001
Nota: o valor de p refere-se ao modelo de análise não paramétrica de dados ordinais com medidas
repetidas e d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
IMC
Æ
Índice de massa corporal
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
65
As comparações entre as médias de peso e IMC foram realizadas nos períodos entre
pré-operatório e pós-operatório de um ano, pré-operatório e pós-operatório de dois anos, bem
como entre um e dois anos de pós-operatório. Foi utilizado teste de Bonferroni para
determinar diferenças significantes ocorridas nos períodos. (TABELA 31)
Tabela 31: Comparação entre as médias de peso e IMC e os períodos de avaliação (n=77)
Variável
Pré Æ Ano 1
(p)
Pré Æ Ano 2
(p)
Ano 1 Æ Ano 2
(p)
Peso (kg) <0,001 <0,001 <0,001
IMC (kg/m²) <0,001 <0,001 <0,001
Nota: o valor de p refere-se ao teste de Bonferroni.
Legenda:
IMC
Æ
Índice de massa corporal
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
66
5.5.2 Questionários de QVRS
As comparações nos três momentos avaliados foram realizadas para cada aspecto do
questionário SF-36, por meio das médias dos escores e uso da análise de variância baseada no
modelo de medidas repetidas. (TABELA 32)
Tabela 32: Comparação entre as médias dos escores de cada escala do SF-36 nos três
momentos de avaliação (n=77)
Escala (SF-36)
Pré
Média(d.p.)
Ano 1
Média (d.p.)
Ano 2
Média (d.p.)
Pré x Ano 1 x Ano 2
(p)
Aspectos físicos 35,71 (32,55) 90,58 (18,15) 99,03 (4,87) <0,001
Aspectos
emocionais 51,95 (40,64) 88,75 (19,20) 94,37 (19,80) <0,001
Aspectos sociais 58,93 (26,43) 92,86 (10,42) 97,08 (8,34) <0,001
Dor corporal 50,88 (25,78) 88,69 (13,56) 92,39 (13,48) <0,001
Estado geral de
saúde 61,29 (9,96) 89,68 (9,03) 90,03 (11,03) <0,001
Vitalidade 45,65 (22,70) 77,47 (13,51) 85,52 (12,99) <0,001
Capacidade
Funcional 48,96 (20,91) 89,48 (11,05) 96,88 (5,07) <0,001
Saúde mental 54,23 (21,36) 78,86 (13,42) 85,87 (11,73) <0,001
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e d.p. ao
desvio-padrão.
Legenda:
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
67
As comparações entre as médias dos escores de cada escala avaliada pelo SF-36 foram
realizadas nos períodos entre pré-operatório e pós-operatório de um ano, pré-operatório e pós-
operatório de dois anos, bem como entre um e dois anos de pós-operatório. Foi utilizado teste
de Bonferroni para determinar diferenças significantes ocorridas nos períodos. (TABELA 33)
Tabela 33: Comparação entre as médias dos escores de cada escala do SF-36 e os períodos de
avaliação (n=77)
Escala (SF-36)
Pré Æ Ano 1
(p)
Pré Æ Ano 2
(p)
Ano 1 Æ Ano 2
(p)
Aspectos físicos <0,001 <0,001 <0,001
Aspectos emocionais <0,001 <0,001 0,151
Aspectos sociais <0,001 <0,001 0,002
Dor corporal <0,001 <0,001 0,015
Estado geral de saúde <0,001 <0,001 0,999
Vitalidade <0,001 <0,001 <0,001
Capacidade Funcional <0,001 <0,001 <0,001
Saúde mental <0,001 <0,001 <0,001
Nota: o valor de p refere-se ao teste de Bonferroni.
Legenda:
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
68
As comparações, nos três momentos avaliados, foram realizadas para as respostas das
questões um e dois do questionário SF-36. Em seguida, foi utilizado modelo de análise não
paramétrica de dados ordinais com medidas repetidas. (TABELA 34)
Tabela 34: Comparação entre as distribuições das repostas às questões um e dois do SF-36
nos três momentos de avaliação (n=77)
SF-36
Pré x Ano 1 x Ano 2
(p)
Questão 1 <0,001
Questão 2 <0,001
Nota: o valor de p refere-se ao modelo de análise não paramétrica de dados ordinais com medidas
repetidas.
Legenda:
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
69
As comparações entre as distribuições das respostas às questões um e dois do SF-36
foram realizadas entre os períodos pré-operatório e pós-operatório de um ano, pré-operatório e
pós-operatório de dois anos, assim como entre os pós-operatórios de um e dois anos. Foi
utilizado teste de Wald para determinar diferenças significantes ocorridas nos períodos.
(TABELA 35)
Tabela 35: Comparação entre as distribuições das respostas às questões um e dois do SF-36 e
os períodos de avaliação (n=77)
SF-36
Pré Æ Ano 1
(p)
Pré Æ Ano 2
(p)
Ano 1 Æ Ano 2
(p)
Questão 1 <0,001 <0,001 0,530
Questão 2 <0,001 <0,001 <0,001
Nota: o valor de p refere-se ao teste de Wald.
Legenda:
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
70
As comparações nos três períodos avaliados foram realizadas para cada aspecto do
questionário PSN, por meio das médias dos escores e uso da análise de variância baseada no
modelo de medidas repetidas. (TABELA 36)
Tabela 36: Comparação entre as médias dos escores de cada escala do PSN nos três
momentos de avaliação (n=77)
Escala (PSN)
Pré
Média(d.p.)
Ano 1
Média (d.p.)
Ano 2
Média (d.p.)
Pré x Ano 1 x Ano 2
(p)
Energia 60,60 (35,35) 8,65 (16,58) 3,46 (10,24) <0,001
Dor 43,34 (28,21) 7,63 (16,24) 2,92 (8,58) <0,001
Habilidade
física 48,21 (20,35) 7,63 (9,54) 2,60 (7,12) <0,001
Reação
emocional 38,82 (20,04) 11,83 (12,00) 6,35 (12,15) <0,001
Sono 31,69 (26,03) 20,26 (23,28) 18,44 (22,89) <0,001
Interação
social 30,91 (27,25) 7,79 (15,27) 4,42 (10,06) <0,001
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e d.p. ao
desvio-padrão.
Legenda:
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
71
As comparações entre as médias dos escores de cada escala avaliada pelo PSN foram
realizadas nos períodos entre pré-operatório e pós-operatório de um ano, pré-operatório e pós-
operatório de dois anos, bem como entre os pós-operatórios de um e dois anos. Foi utilizado
teste de Bonferroni para determinar diferenças significantes ocorridas nos períodos.
(TABELA 37)
Tabela 37: Comparação entre as médias dos escores de cada escala do PSN e os períodos de
avaliação (n=77)
Escala (PSN)
Pré Æ Ano 1
(p)
Pré Æ Ano 2
(p)
Ano 1 Æ Ano 2
(p)
Energia <0,001 <0,001 0,006
Dor <0,001 <0,001 0,004
Habilidade física <0,001 <0,001 <0,001
Reação emocional <0,001 <0,001 <0,001
Sono <0,001 <0,001 0,999
Interação social <0,001 <0,001 0,167
Nota: o valor de p refere-se ao teste de Bonferroni.
Legenda:
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
72
6 DISCUSSÃO
A obesidade, doença relacionada ao excessivo armazenamento de gordura, vem
apresentando elevação de sua prevalência mundial. Dados nacionais apontaram tendência
semelhante em nosso meio.
9
A obesidade está associada à elevação da mortalidade e, em diferentes países, constitui
prioridade para a saúde pública.
9
A cirurgia bariátrica tem proporcionado perda ponderal sustentada e controle de
comorbidades ameaçadoras da vida.
Este estudo calculou a QVRS, pelos instrumentos SF-36 e PSN, com a finalidade de
avaliar a saúde do paciente submetido à operação de Capella, por via laparotômica, um e dois
anos após o procedimento.
6.1 Casuística e Método
Pacientes agendados para operação de BPGYR entre maio e julho de 2002 foram
selecionados consecutivamente para participar do presente estudo e o tamanho da amostra foi
suficiente para a obtenção, pelas análises estatísticas, de resultados comparáveis aos de outros
estudos.
Os critérios de inclusão abrangeram IMC 35,00kg/m² com comorbidade e IMC
40,00kg/m², bem como pacientes de ambos os gêneros. Assim, o grupo avaliado apresentou
perfil semelhante ao das pessoas que habitualmente são submetidas à cirurgia bariátrica. A
inclusão de pessoas entre 18 e 65 anos permitiu um grupo mais homogêneo, pela ausência de
adolescentes e pessoas idosas, ora minoria para este procedimento.
Os critérios de exclusão abrangeram possíveis doenças sistêmicas não controladas ou
alheias à cirurgia bariátrica, assim como gestação, parto, lactação e operação laparoscópica, o
73
que poderia interferir na avaliação do grupo, além do não preenchimento dos questionários de
QVRS ou seguimento de pós-operatório inferior a dois anos.
Os pacientes encaminhados para cirurgia bariátrica foram previamente avaliados,
preparados para o procedimento e acompanhados por equipe multidisciplinar. Esta conduta
permitiu controlar doenças sistêmicas no momento do procedimento ou durante o seguimento.
Não ocorreram doenças não relacionadas com a operação ou à obesidade, ou mesmo gestação,
parto e lactação durante o seguimento.
Entre os 81 candidatos ao BPGYR entre maio e julho de 2002, três pacientes não
quiseram responder aos questionários de QVRS, na avaliação de pré-operatório (após o
esclarecimento) e um paciente foi submetido ao BPGYR laparoscópico, critérios considerados
de exclusão. Portanto, foram avaliados 77 pacientes em acompanhamento pós-operatório de
dois anos. Seguimento inferior a esse período não ocorreu no presente estudo.
6.1.1 Peso, altura, IMC e PEP%
O peso aferido, neste estudo, foi registrado com paciente usando apenas roupa íntima,
em balança com precisão de 0,10kg, ou seja, variação menor que 0,50kg do peso real,
conforme sugerido pela OMS (1987)
111
. Da mesma forma, a medida da altura foi criteriosa e
seguiu recomendação da OMS (1987)
111
.
Medidas absolutas de peso e altura foram utilizadas, neste estudo, ao longo do tempo.
Além disso, foram usados, na análise das medidas, IMC (medida absoluta) e PEP% (medida
relativa).
IMC é o critério diagnóstico mais utilizado para avaliar obesidade, por ser prático,
fácil, com baixo custo e alta validade, apesar de não relacionar distribuição de gordura
corporal, peso associado ao aumento de massa muscular ou variação do percentual de gordura
relacionado com a idade.
12,117-120
74
Embora informações de peso corporal, em controle pós-operatório, sejam
determinadas de diversas formas, a OMS (1987)
111
citou grupo não recomendado de
classificações comuns, por não permitir comparação internacional dos dados. Isso incluiu
porcentagem de peso relativo, porcentagem de peso acima da média, porcentagem de peso
acima do normal, porcentagem de peso acima do ideal, determinada porcentagem de peso
acima da média ou mesmo acima de determinado percentil.
Ademais, a medida de PEP% depende de cálculo do peso ideal, obtido por diversas
formas.
Segundo LIBANORI & BERTI (2003)
115
, o peso ideal está cada vez mais abaixo do
peso médio da população, além de não corresponder ao ponto médio da normalidade do IMC
(22,50kg/m²). Ainda, o limite máximo de normalidade do IMC, ora fixado em 25,00kg/m²,
está mais distante do peso ideal.
SHAH et al. (2006)
121
compararam várias fórmulas de peso ideal. Observaram valores
de IMC entre 20,00 e 25,00kg/m² para peso ideal na maioria das fórmulas. Entretanto, os
valores de peso ideal foram mais próximos de 20,00kg/m² nas menores alturas e aproximados
a 25,00kg/m² nas maiores alturas. Acrescentaram ausência de proximidade entre peso ideal
calculado e IMC de 22,00kg/m², em mulheres. Sugeriram, assim, maior utilidade do IMC se
comparado às fórmulas de peso ideal para homens e mulheres.
A tabela de peso ideal da METROPOLITAN LIFE FUNDATION (1983)
116
foi
construída com dados de 4,2 milhões de pessoas da população nos Estados Unidos e Canadá.
A fórmula utilizada no presente estudo, sugerida por LIBANORI & BERTI (2003)
115
,
estima peso ideal com erro menor que 1,00% do ponto médio da conformidade média, por
gênero, na tabela de peso ideal da METROPOLITAN LIFE FUNDATION (1983)
116
.
75
6.1.2 Instrumentos de QVRS
FLETCHER et al. (1992)
122
enfatizaram como a primeira e mais importante questão,
ao selecionar um instrumento, o seu desempenho na situação exigida.
Segundo CRAMER & SPILKER (1998)
31
, instrumento genérico é utilizado em grande
variedade de áreas e pode ser usado em qualquer população, independente da condição
subjacente. Eles comentaram sobre a possibilidade de comparações do impacto de vários
programas distintos de assistência médica e mencionaram, também, a possibilidade de menor
responsividade do perfil genérico para mudanças específicas.
FLETCHER et al. (1992)
122
mencionaram algumas vantagens na utilização de
instrumentos genéricos, como ausência da necessidade de selecionar dimensões para um
estudo particular, ou mesmo possibilidade da descoberta de efeitos inesperados em condição
específica.
Diversos instrumentos de QVRS já foram utilizados no seguimento de cirurgia
bariátrica. Entretanto, somente alguns questionários (WHOQOL-100, WHOQOL-bref e
BAROS, entre outros) foram adaptados para a língua portuguesa.
6.1.2.1 SF-36
Instrumento genérico de QVRS, descrito por WARE & SHERBOURNE (1992)
78
, foi
traduzido, adaptado e validado para uso no Brasil por CICONELLI et al. (1999)
79
.
O SF-36 foi o instrumento genérico mais utilizado até o momento, traduzido para
dezenas de idiomas e aplicado em várias enfermidades.
Diversos estudos
32-35
avaliaram QVRS em operação bariátrica no Brasil, entre os quais
somente VILLELA et al. (2004)
34
utilizaram o SF-36.
DI GREGRIO & PALKONER (2001)
85
confirmaram a utilidade do SF-36 ao
relatarem avaliação da QVRS na cirurgia de obesidade por esse instrumento (em revisão de
medicina baseada em evidência para QVRS após cirurgia bariátrica).
76
CAVALCANTI et al. (2001)
49
não observaram relação entre IMC e as escalas do SF-
36 em 50 pacientes. Por outro lado, YANCY et al. (2002)
50
relacionaram as escalas de
componente físico do SF-36 com IMC, ao avaliarem 1168 indivíduos. Posteriormente,
CORICA et al. (2006)
51
validaram a relação entre a maioria das escalas do SF-36 e IMC em
1735 pessoas. Entretanto, KRAL et al. (1992)
123
destacaram diferença de perfil entre o obeso
na população e aquele em pré-operatório de cirurgia bariátrica, devido ao sofrimento
psicológico deste.
6.1.2.2 PSN
Instrumento genérico, descrito por HUNT et al. (1985)
76
, o PSN foi traduzido e
adaptado para uso no Brasil por TEIXEIRA-SALMELA et al. (2004)
77
.
A versão original do questionário, descrita por HUNT et al. (1986)
124
, incluía
calibração para as respostas. No entanto, JENKINSON (1991)
126
ressaltou que esta calibração
não melhorava a sensibilidade do instrumento.
Da mesma forma, TEIXEIRA-SALMELA et al. (2004)
77
utilizaram, na versão para o
português do PSN, os valores zero e um para as respostas negativa e positiva do questionário,
respectivamente, respeitando o aconselhado por JENKINSON (1991)
125
.
.A parte I do PSN, na versão utilizada por CICONELLI (1997)
109
, foi aplicada no
presente estudo pela disponibilidade durante a coleta de dados. O PSN-II, considerado menos
rigoroso, não foi utilizado.
A versão utilizada por CICONELLI (1997)
109
apresentou pequenas diferenças de texto
para a versão proposta por TEIXEIRA-SALMELA et al. (2004)
77
, sem, todavia, alterar o
contexto das questões. Portanto, equivalência semântica foi observada entre as versões,
permanecendo somente diferença gramatical, que é menos importante na presença daquela.
Além disso, foi observada equivalência conceitual. Assim, é possível que essas diferenças não
tenham interferido na sensibilidade do questionário.
77
6.1.2.3 SF-36 e PSN
ESSINK-BOT et al. (1997)
126
fizeram a seguinte comparação entre os instrumentos
SF-36 e NHP:
O domínio psicológico foi similarmente representado nos dois instrumentos;
O domínio físico foi operacionalizado com ênfase na habilidade (PSN) ou na
atividade física global (SF-36);
O domínio social foi subestimado no PSN. Neste questionário, a escala
interação social/PSN considera a habilidade de fazer contato com outras
pessoas e foi relacionada com o domínio psicológico em vez do domínio
social;
O SF-36 e o PSN contemplam medidas de dor;
O SF-36 foi o único instrumento a avaliar o conceito de saúde positiva. Para
ilustrar, um item da escala vitalidade/SF-36 referiu a sensação “cheio de
ânimo”. Por outro lado, apesar de seu rótulo, a escala energia/PSN abrangeu
somente itens formulados negativamente;
O PSN foi o único a avaliar problemas com o sono;
O SF-36 contém, na escala capacidade física/SF-36, item relacionado com
cuidado pessoal pelo paciente (lavar-se, vestir-se). Ele abrange item de
transição de saúde (mudança na percepção de saúde) e, por fim, tem avaliação
global de saúde ao utilizar percepção geral de saúde.
Diante das limitações dos diferentes questionários, a utilização de pelo menos dois
instrumentos tornou a avaliação de QVRS mais confiável.
6.1.3 Coleta de dados
Os índices antropométricos foram aferidos conforme padronização da OMS (1987)
111
.
78
CRAMER & SPILKER (1998)
31
, ao referirem método auto-administrado,
descreveram, como vantagem, necessidade mínima de recursos e, como desvantagens, maior
probabilidade de baixa taxa de resposta, questões não respondidas ou não compreensão das
questões.
Para o método entrevistador-administrado, CRAMER & SPILKER (1998)
31
relataram, como vantagens, maximização da taxa de resposta, poucas questões não
respondidas e minimização de erros por não compreensão das questões. Por outro lado,
descreveram, como desvantagens para este método, a necessidade de maiores recursos
incluindo treinamento de entrevistadores e inibição do entrevistado para relato de problemas.
Aqueles autores, ao mencionarem o método telefone-administrado citaram, como
vantagens, poucas questões não respondidas, minimização de erros por não compreensão das
questões e menor necessidade de recursos quando comparado com o método entrevistador-
administrado. Como desvantagem foi mencionado o formato limitado do instrumento.
31
CRAMER & SPILKER (1998)
31
descreveram, ainda, o método com substituto do
entrevistado, com as seguintes vantagens: redução de tensão para o grupo designado (muito
idoso ou doente) e possibilidade de inclusão de pacientes incapazes de responder por eles
(prejuízo cognitivo, crianças, barreiras de língua). Relataram, entretanto, como desvantagem,
a possibilidade de divergência entre a percepção do substituto e o participante do grupo
designado.
No pré-operatório, os questionários foram aplicados por auto-administração assistida
pelo entrevistador. Isso contribuiu para amenizar as desvantagens do método, já que o
entrevistador esclareceu as dúvidas e conferiu os instrumentos de QVRS para sua
integralidade.
No pós-operatório de um e dois anos, os questionários foram auto-administrados por
correspondência, com contato telefônico prévio. Foi realizada entrevista por telefone para os
79
questionários incompletos. Assim, o método telefone-administrado minimizou as
desvantagens do método auto-administrado utilizado.
A utilização de método padronizado para coleta dos dados contribuiu para a melhora
na qualidade da informação.
6.1.4 Técnica operatória
CLEGG et al. (2002)
24
observaram, em revisão sistemática, maior benefício no
tratamento da obesidade com o BPGYR, quando comparado a outras técnicas cirúrgicas, ou
mesmo ao tratamento não cirúrgico. Segundo eles, essa técnica permite perda ponderal
adequada, melhora das comorbidades e poucas complicações, além de resultado duradouro.
Assim, o BPGYR foi considerado padrão ouro pela literatura, como citado por LEITE &
RODRIGUES (2002)
127
.
A experiência pessoal adquirida foi pela técnica mista descrita por CAPELLA &
CAPELLA (1998)
110
. Essa técnica foi modificada conforme rotina do serviço e incluiu
anastomose jejuno-jejunal manual e realizada em dois planos, bem como Y de Roux
construído com alça alimentar de 140,00cm e alça biliopancreática de 40,00cm. Entretanto,
não foi encontrado estudo demonstrando vantagem da alça alimentar de 140,00cm sobre a de
110,00cm.
6.1.5 Tempo de controle pós-operatório
O período mínimo de controle estabelecido, no presente estudo, foi de dois anos de
pós-operatório. Tal período foi determinado por corresponder ao tempo necessário para
estabilização do peso (18 e 24 meses de pós-operatório) conforme descrito no Consenso dos
INSTITUTOS DE SAÚDE DOS ESTADOS UNIDOS (1992)
128
.
Dessa forma, as modificações de peso e QVRS, nos participantes da pesquisa, foram
determinadas até a pressuposta estabilização do peso corporal.
80
6.2 Resultados
6.2.1 Parâmetro de avaliação dos resultados das operações
A escolha dos métodos de avaliação dos resultados na operação bariátrica foi
embasada pela literatura. Foram avaliados IMC e PEP%, ao longo do tempo, com a finalidade
de obter resultado operatório.
Foram utilizados instrumentos válidos para comparar a percepção de saúde dos
pacientes antes e após o tratamento. Assim, foram usados dois instrumentos genéricos de
QVRS, o SF-36 e o PSN. Ainda, foi analisada a significância clínica da QVRS com a
operação bariátrica, com a finalidade de estudar a magnitude da mudança da QVRS com o
procedimento.
6.2.2 Peso, IMC e PEP%
As variáveis peso, IMC e PEP%, abordadas nas TABELAS 9, 10 e 11, apresentaram
diferença ao longo do tempo. Assim, as medidas obtidas entre pré-operatório e pós-operatório
de um ano, entre pré-operatório e pós-operatório de dois anos e entre pós-operatório de um
ano e pós-operatório de dois anos apresentaram diminuição significante com o tempo para
peso e IMC, assim como aumento significante para PEP%.
A uniformidade dos resultados das variáveis peso, IMC e PEP%, ao longo do tempo,
sugeriram a utilidade desses parâmetros na curva de emagrecimento. Entretanto, a falta de
comparabilidade das unidades peso e PEP% tornou o IMC a melhor opção para avaliação da
perda ponderal.
A presença de PEP% acima de 100%, nas avaliações de pós-operatório de um e dois
anos, sugeriu a fragilidade dessa unidade. Isso se justifica pela diferença de conformação
entre os indivíduos em questão e aquela utilizada pelas fórmulas de LIBANORI & BERTI
81
(2003)
115
para o cálculo de peso ideal, baseadas no ponto médio da conformação média das
tabelas de peso e altura da METROPOLITAN LIFE FUNDATION (1983)
116
.
No presente estudo, a média de IMC foi de 29,35 ± 5,05kg/m² e 26,90 ± 4,30kg/m²,
respectivamente, para pós-operatório de um e dois anos. Ademais, a média de PEP% foi de
71,09 ± 15,70% e 82,29 ± 14,44%, no pós-operatório de um e dois anos, respectivamente.
Apesar da ausência de correlação entre IMC e o número de comorbidades, a
mortalidade foi associada diretamente à quantidade de sobrepeso, aumentando com IMC >
31,00Kg/m² e de forma mais acentuada com IMC > 35,00Kg/m².
12,82,119,129
Alguns estudos
130,131
usaram perda ponderal de, pelo menos, 50,00% do excesso de
peso como critério mínimo para sucesso cirúrgico. Tal fato foi reiterado por VAN GEMERT
et al. (1999)
73
, ao afirmarem ausência de melhora significante na relação custo-efetividade do
procedimento bariátrico com a perda do excesso de peso inferior a 50,00%.
FONTAINE & BAROFSKY (2001)
132
relataram a meta de alcançar peso corporal ideal
pela maioria dos pacientes obesos que buscaram perda ponderal e mencionaram, também, a
valiosa possibilidade do uso das avaliações de QVRS.
Essas avaliações permitiram que os pacientes obesos percebessem a melhora da QVRS
sem necessariamente alcançar o peso corporal ideal, o que contribuiu na redefinição de
sucesso do tratamento.
132
Assim, os sete pacientes com IMC 32,00kg/m², no pós-operatório de dois anos,
apresentaram a maioria das escalas de QVRS com variação de um desvio-padrão da média, no
presente estudo. Tal resultado pode ser relacionado com a melhora das comorbidades, além da
perda ponderal.
131
6.2.3 QVRS
No pré-operatório, os piores índices foram observados nas escalas aspectos físicos/SF-
36 e energia/PSN. Da mesma forma, escores baixos foram observados em todas as outras
82
escalas do SF-36 e, no PSN, principalmente nas escalas dor/PSN, reação emocional/PSN e
habilidade física/PSN, nesta fase, no presente estudo.
Outros estudos
22,94
também apresentaram a escala energia/PSN como pior índice da
QVRS, avaliada pelo PSN, no pré-operatório.
VELCU et al. (2005)
92
descreveram pior índice pré-operatório da QVRS, pelo SF-36,
na escala aspectos físicos/SF-36. Outros autores
82-84,93
mencionaram pior índice pré-
operatório com o SF-36 para a escala vitalidade/SF-36.
CHOBAN et al. (1999)
82
observaram, no pré-operatório, escores do SF-36
significativamente piores que os índices populacionais, exceto em relação aos aspectos
físicos/SF-36 e aspectos emocionais/SF-36. Outros autores,
83,92
entretanto, informaram
prejuízo significante da QVRS em todos os escores do SF-36, no pré-operatório, quando
comparados aos dados populacionais.
Esses dados demonstram o sofrimento físico e mental desses pacientes antes da
operação bariátrica. A média de bem-estar mental de pacientes obesos (IMC 40,00kg/m²)
foi pior que a daqueles cronicamente doentes ou em sobrevida de câncer.
133
No presente estudo, todas as variáveis de QVRS avaliadas pelos dois instrumentos
apresentaram melhora significante ao longo do tempo. Assim, as medidas de QVRS para
essas variáveis entre o pré-operatório e o pós-operatório de um ou dois anos foram diferentes
estatisticamente.
Da mesma forma, no presente estudo, os índices dos dois instrumentos apresentaram
melhora com diferença estatística entre o pós-operatório de um ano e o pós-operatório de dois
anos nas variáveis dor corporal/SF-36, aspectos físicos/SF-36, capacidade funcional/SF-36,
vitalidade/SF-36, saúde mental/SF-36, aspectos sociais/SF-36, bem como nas variáveis
energia/PSN, dor/PSN, reação emocional/PSN e habilidade física/PSN. Melhores índices da
83
QVRS foram obtidos na avaliação final do seguimento em todas as escalas dos dois
instrumentos.
Ocorreu, no presente estudo, melhora significante, com um ano de pós-operatório, nos
escores das escalas capacidade funcional/SF-36 e habilidade física/PSN, tendência observada
com dois anos de pós-operatório. A melhora na pontuação dessas escalas, ao longo do tempo,
pode ser reflexo da maior disposição dos pacientes para andar, carregar compras, subir
escadas, fazer academia ou esporte, ajoelhar-se, além da maior facilidade para realizar
cuidados pessoais, como tomar banho e se vestir.
Foi verificada, no presente estudo, melhora significante, com um ano de pós-
operatório, nos escores da escala aspectos físicos/SF-36, tendência notada com dois anos de
pós-operatório. A melhora na pontuação dessa escala, ao longo do tempo, pode ser
conseqüência da maior disposição para atividades domésticas ou profissionais, assim como
maior segurança quanto à saúde física.
Foi observada, no presente estudo, melhora significante, com um ano de pós-
operatório, nos escores das escalas dor corporal/SF-36 e dor/PSN, tendência notada com dois
anos de pós-operatório. A melhora na pontuação dessas escalas, ao longo do tempo, foi
provavelmente decorrente da remissão parcial ou total da dor corporal, relacionada
principalmente a problemas degenerativos osteoarticulares em joelhos e coluna, associados ao
excesso de peso pré-operatório. Isso pode ter contribuído para melhora da atividade social,
como dançar, ou mesmo para a atividade profissional.
Foi também verificada melhora significante, com um ano de pós-operatório, nos
escores das escalas vitalidade/SF-36 e energia/PSN, tendência notada com dois anos de pós-
operatório. A melhora na pontuação dessas escalas, ao longo do tempo, pode ser reflexo da
maior energia para as atividades diárias (andar mais rápido ou até mesmo para sair de casa),
com maior participação em reuniões sociais e melhor desempenho nas atividades
84
profissionais. A melhora da atividade física, associada ao maior nível de energia, possibilitou
melhor estado funcional.
94
Foi também observada, no presente estudo, melhora significante, com um ano de pós-
operatório, nos escores das escalas aspectos sociais/SF-36 e interação social/PSN, tendência
verificada com dois anos de pós-operatório naquela escala e manutenção dos escores para
interação social/PSN neste momento. A melhora na pontuação dessas escalas, ao longo do
tempo, provavelmente foi conseqüência da remissão do estigma e da discriminação, como
dificuldade para sentar em cadeira ou necessidade de passar na catraca em locais públicos, ou
mesmo como centro de atenção das pessoas em áreas de aglomeração, como escolas.
Ocorreu, ainda, melhora significante, com um ano de pós-operatório, nos escores das
escalas saúde mental/SF-36 e reação emocional/PSN, tendência observada com dois anos de
pós-operatório. A melhora na pontuação dessas escalas, ao longo do tempo, pode ser
conseqüência da melhora do controle emocional, com retomada da vaidade (auto-estima),
vontade de viver (depressão), felicidade, além de extroversão, o que provavelmente
contribuiu, no domínio social, para novos ciclos de amizade e melhor relação interpessoal no
trabalho. Isso pode ter sido fundamental para melhora significante na pontuação da escala
aspectos emocionais/SF-36, observada com um ano de pós-operatório, além da manutenção
dos escores no pós-operatório de dois anos.
MCHORNEY et al. (1993)
134
observaram relação da escala vitalidade/SF-36 com
aspectos físicos e emocionais. Assim, saúde física e emocional interferiram, de maneira
semelhante, na disposição do indivíduo para realizar suas atividades.
Foi notada, no presente estudo, melhora significante, com um ano de pós-operatório,
nos escores da escala estado geral de saúde/SF-36, com manutenção dos escores desta escala
no pós-operatório de dois anos. A melhora na pontuação dessa escala pode ser reflexo da
sensação de pessoa normal, ou mesmo da melhor saúde física, como mencionado por
85
MCHORNEY et al. (1993)
134
. Assim, foi esperado, para essa escala, comportamento
semelhante ao das escalas capacidade funcional/SF-36 e aspectos físicos/SF-36.
Foi constatada, no presente estudo, melhora significante, com um ano de pós-
operatório, nos escores da escala sono/PSN, com manutenção dos escores desta escala no pós-
operatório de dois anos. A melhora na pontuação dessa escala pode ser relacionada com maior
facilidade para dormir, diminuição do uso de medicamento para induzir sono e melhor
qualidade do sono. O descanso obtido com o sono de boa qualidade provavelmente acarretou
maior qualidade na atividade laborativa e menor possibilidade de acidente automobilístico.
Ao avaliar a freqüência das respostas à primeira questão do SF-36 (referente à
perspectiva atual de saúde), os pacientes apresentaram melhora significante da perspectiva de
saúde no pós-operatório de um ano, o que se manteve no pós-operatório de dois anos, com
discreta piora, sem diferença estatística com a avaliação de um ano de pós-operatório. Essa
discreta piora da perspectiva de saúde entre as avaliações de pós-operatório pode ser
conseqüência da perda de euforia no pós-operatório de dois anos, ou mesmo adaptação ao
estado de saúde.
Ao avaliar a freqüência das respostas à segunda questão do SF-36, referente à
perspectiva de saúde (no momento da avaliação) comparada com o ano anterior, os pacientes
apresentaram melhora significante da perspectiva de saúde no pós-operatório de um ano e,
entre os dois momentos de pós-operatório, tendência à manutenção ou melhora da saúde, com
diferença estatística.
A melhora na avaliação de mudança de saúde, observada na segunda questão do SF-
36, foi relacionada com a sensação de reinício pelos pacientes, após o emagrecimento pós-
operatório.
DYMEK et al. (2001)
84
, avaliando 32 pacientes submetidos ao BPGYR, pelo SF-36,
descreveram melhora significante dos domínios estado geral de saúde/SF-36, vitalidade/SF-36
86
e saúde mental/SF-36 nas avaliações realizadas entre um e três meses de pós-operatório.
Segundo eles, estes resultados foram surpreendentes, já que a maioria dos indivíduos
informou dor, fadiga e limitações funcionais relacionadas à operação recente. No seguimento
de seis meses de pós-operatório, seis das oito escalas desse instrumento tiveram melhora
significante, incluindo capacidade física/SF-36, vitalidade/SF-36, aspectos físicos/SF-36, dor
corporal/SF-36, aspectos sociais/SF-36 e saúde mental/SF-36.
DZIUROWICZ-KOZOLWSKA et al. (2005)
94
mencionaram melhora significante das
escalas energia/PSN, dor/PSN e habilidade física/PSN nos três meses de pós-operatório de
banda gástrica vertical ou BPGYR em 11 pacientes. Enfatizaram esse paradoxo, uma vez que
esperavam, pelo curto tempo de pós-operatório e pela respectiva adaptação necessária,
deterioração temporária da percepção do estado de saúde.
TEMPLE et al. (1995)
80
avaliaram QVRS, pelo SF-36, no pré-operatório e no pós-
operatório de três e seis meses de BPGYR em 14 pacientes. Observaram melhora progressiva
da QVRS, a partir dos três meses de pós-operatório, nas escalas do SF-36.
CHOBAN et al. (1999)
82
observaram, com a estabilização da perda ponderal no pós-
operatório de BPGYR em 53 pacientes, melhora significante em todas as escalas avaliadas
pelo SF-36 em relação ao pré-operatório. Ressaltaram a obtenção de índices da QVRS
equivalentes ou melhores aos da população nesse momento.
VELCU et al. (2005)
92
, ao avaliar 41 pacientes, relataram mudança significante nos
escores da QVRS, pelo SF-36, aos seis meses de pós-operatório de BPGYR, quando
comparado aos dados pré-operatórios. Relataram permanência de resultado duradouro na
QVRS, bem como diferença significante nas escalas do SF-36 entre o pré-operatório e o pós-
operatório de cinco anos. Acrescentaram ausência de diferença estatística entre os índices de
pós-operatório de cinco anos e o populacional, avaliados pelo SF-36.
87
Os resultados publicados nas avaliações da QVRS mostraram a relação da cirurgia de
obesidade com a melhora da saúde desses pacientes. No entanto, esses dados podem sofrer
influência da euforia dos pacientes no pós-operatório, conforme descrito pelos INSTITUTOS
DE SAÚDE DOS ESTADOS UNIDOS (1992)
128
e por CHOBAN et al. (1999)
82
.
Esta constatação pode justificar melhores índices durante avaliação de pós-operatório
de um ano, quando comparados aos do pós-operatório de dois anos, na pontuação mínima das
escalas aspectos emocionais/SF-36, dor corporal/SF-36 e estado geral de saúde/SF-36, bem
como na pontuação máxima da escala reação emocional/PSN, no presente estudo, o que pode
ser reforçado pela adaptação ao novo estado de saúde, no pós-operatório.
A diminuição no desvio-padrão, observada na pontuação das escalas dos dois
instrumentos de QVRS, durante as avaliações de pós-operatório, elucida a tendência de
homogeneidade da casuística, após a operação, no presente estudo.
Segundo CALLEGARI et al. (2005)
91
, a QVRS deveria ser avaliada individualmente.
Assim, evidência de prejuízo específico para determinada área de saúde poderia contribuir
para o tratamento direcionado do paciente.
Para ilustrar, pessoas com a mesma QVRS podem apresentar baixo escore em escalas
de saúde diferentes. Além disso, determinada restrição pode interferir muito na saúde de uma
pessoa ou ser pouco limitante na saúde de outro.
6.2.4 Significância clínica em QVRS
A crescente prevalência de doenças crônicas fez a sociedade enfatizar sua atenção na
QVRS do paciente.
135
O conjunto de informações da QVRS tem aumentado nos últimos anos e o setor
público (pelas agências reguladoras ao redor do mundo) já começa a apreciar o valor desses
dados.
135
88
Os custos da assistência médica demandam difícil escolha na distribuição de recursos
pelos gestores de saúde e a crescente consciência da importância da significância clínica
nessas decisões está implícita em suas determinações. Da mesma forma, a compreensão da
magnitude dos benefícios esperados no tratamento permite maior envolvimento do paciente
no processo de decisão.
136
Além disso, conhecimento de significância clínica possibilita, ao profissional de
saúde, compreensão antecipada das implicações do tratamento (custo/benefício) nesse
processo.
136
Embora a expressão significância clínica (e seus sinônimos: importância prática,
implicação clínica, significatividade, utilidade clínica) seja mencionada frequentemente na
literatura científica, ela é usada essencialmente com a finalidade de esclarecer se a mudança
ou diferença observada significa algo que deve ser levado em consideração (incidência
clinicamente significante, melhora clinicamente significante, eventos adversos clinicamente
significantes, distúrbio clinicamente significante) ou elucidar se a mudança ou diferença
informada não é significante e deveria ser ignorada (nenhum efeito colateral clinicamente
significante, nenhum efeito clinicamente significante, nenhuma diferença acima de nível
clinicamente significante).
135
Dessa forma, a mudança clinicamente significante na QVRS pode contribuir na
escolha do tratamento por médicos e pacientes, bem como na alocação de recursos pelos
gestores de saúde.
136
BURNAND et al. (1990)
113
, assim como LYDICK & EPSTEIN (1996)
114
, relataram
razão maior ou igual a 1,5 entre as médias das escalas da QVRS em aproximadamente
90,00% das ocorrências como forma de obtenção de significância clínica.
Nas 14 escalas de saúde avaliadas pelos dois instrumentos, no presente estudo, apenas
a escala estado geral de saúde/SF-36 não apresentou aumento clinicamente importante entre
89
as médias de pré-operatório e de pós-operatório de dois anos, com magnitude de 1,47 (apesar
da melhora estatística dessa escala, neste período, com p<0,001).
Tradicionalmente, a significância estatística (p<0,05) é utilizada para mostrar a
importância da magnitude de uma diferença, ora apresentada como prova de benefício do
tratamento.
135,137
Entretanto, a significância estatística não evidencia a importância clínica dessas
mudanças (mudança clinicamente importante ou mudança trivial) e sua avaliação, observada
nos escores dos instrumentos, é crucial na interpretação dos resultados do estudo, pelo valor
adicional na informação da QVRS.
135,137
Melhora importante da saúde dos participantes ocorreu em 13 das 14 escalas, no
presente estudo, ao avaliar sua magnitude em conjunto. Portanto, melhora clinicamente
importante foi observada no período do seguimento.
Por outro lado, ao avaliar a magnitude das escalas de cada instrumento separadamente,
utilizando suas médias, ocorreu melhora importante entre o pré-operatório e o pós-operatório
de dois anos pelo PSN, com 100,00% de significância quantitativa. No SF-36, por sua vez,
com aumento importante em 87,50% das escalas, apenas a escala estado geral de saúde/SF-36
não apresentou diferença importante.
Conforme a TABELA 38, não foi observado estudo prévio abordando significância
clínica na QVRS em cirurgia bariátrica, apesar de 871 artigos relacionarem significância
clínica e qualidade de vida e de 484 artigos associarem qualidade de vida à cirurgia
bariátrica.
138
90
Tabela 38: Resultado de pesquisa com operadores booleanos, no Pubmed, entre 1950 e 2007
Termos e operação booleana
Número
de
resultados
1.
“obesity”
98.335
2.
“bariatric”
2360
3.
“surgery”
2.299.543
4.
“obesity” OR “bariatric”
98.739
5.
(“obesity” OR “bariatric”) AND “surgery”
13.734
6.
“quality of life”
89.985
7.
“clinical significance”
70.852
8.
“clinical significance” AND “quality of life”
871
9.
(“clinical significance” AND “quality of life”)
AND (“obesity” OR “bariatric”) AND
“surgery”
0
10.
“quality of life” AND (“obesity” OR
“bariatric”) AND “surgery”
484
11.
“quality of life” AND (“obesity” OR
“bariatric”) AND “surgery” AND “clinical
significance”
0
Fonte: Pubmed (2007)
138
6.2.5 SF-36 e PSN: QVRS e significância clínica
Durante a utilização dos instrumentos de QVRS (PSN e SF-36) no presente estudo, foi
notado maior facilidade para compreensão e preenchimento do PSN. No entanto, o PSN
apresenta questões formuladas de maneira negativa, o que foi impactante para o respondente.
O PSN, quando comparado ao SF-36, teve maior sensibilidade para a análise de
significância clínica (magnitude quantitativa), enquanto a QVRS variava durante o controle
de dois anos. Isso pode ser relacionado à característica dicotômica daquele instrumento.
O SF-36 apresenta primeira e segunda questões contemplando avaliação da saúde no
momento da pesquisa e comparada com o ano precedente ao da avaliação. Assim, o
instrumento SF-36 permitiu avaliar tanto a capacidade funcional quanto a satisfação do
91
paciente. Por outro lado, o instrumento PSN possibilitou somente o estudo da capacidade
funcional. A adição da avaliação de satisfação do paciente, pelas questões um e dois do SF-
36, pode proporcionar maior qualidade na análise do comportamento da saúde. Isso, somado
aos dados clínicos (como índices antropométricos), pode permitir maior fidelidade na
avaliação do tratamento.
6.2.6 Comorbidades
SUTER & GIUSTI (2005)
139
associaram perda ponderal após cirurgia bariátrica com
melhora importante de comorbidades, na maioria dos pacientes, com remissão completa em
muitos casos.
Diversos estudos
128,140,141
evidenciaram melhora substancial das comorbidades após
cirurgia bariátrica.
No presente estudo, melhora parcial ou total das comorbidades foi observada na
maioria dos pacientes e sua evolução, ao longo do tempo, não foi mostrada por não se tratar
do objetivo do estudo.
LAHAD & YODFAT (1993)
142
relacionaram variação de aproximadamente 20,00%
nos escores da QVRS justificada pelas comorbidades, ao usar o instrumento Duke Health
Profile de QVRS.
6.2.7 Complicações
No presente estudo, ao analisar a QVRS nos pacientes que evoluíram com a presença
da variável queda de cabelo, não foi observada diferença significante entre os grupos para as
escalas da QVRS dos instrumentos SF-36 e PSN, ao longo do tempo. Da mesma forma,
ausência de significância foi observada, entre os grupos, para variável hérnia incisional nas
escalas da QVRS dos instrumentos SF-36 e PSN, ao longo do tempo.
92
A queda de cabelo iniciou três a quatro meses após a operação bariátrica e teve
resolução até 12 meses após a operação. Isso justificou a ausência de diferença estatística
entre os grupos, ao longo do tempo, quando distribuídos pela variável queda de cabelo.
Pacientes com hérnia incisional apresentaram limitação da capacidade física, o que foi
proporcional ao tamanho da hérnia e não foi estratificado no presente estudo. Eles foram
submetidos à herniorrafia incisional entre 12 e 18 meses após a operação bariátrica, depois da
avaliação de um ano de pós-operatório e com intervalo mínimo de seis meses entre esse
procedimento e a avaliação de dois anos de pós-operatório. Isso justificou a ausência de
diferença estatística entre os grupos, ao longo do tempo, quando distribuídos pela variável
hérnia incisional.
LIVINGSTON & FINK (2003)
143
citaram ausência de efeito negativo duradouro na
QVRS diante das complicações da operação bariátrica. Assim, a maioria das complicações
ocorreram previamente aos resultados finais da QVRS.
22
No presente estudo, as complicações
também foram temporárias.
Da mesma forma, diversos autores
22,83,144,145
relataram ausência de interferência de
complicação cirúrgica no resultado final da avaliação da QVRS, pelos instrumentos PSN, SF-
36 e Gastrointestinal Quality of Life Index, em seguimento pós-operatório entre 18 e 168
meses.
Por outro lado, estudos anteriores realizados por SALTZSTEIN & GUTMANN
(1980)
146
e RYDEN et al. (1989)
147
relataram efeito menor das complicações na QVRS, em
seguimento pós-operatório de até 18 meses.
6.2.8 Limitações do estudo
Apesar da pequena população estudada, seus resultados apresentaram significância
estatística e os dados foram comparáveis aos de outros estudos.
93
O presente estudo avaliou o comportamento da QVRS da amostra, o que não foi feito
individualmente. O estudo individualizado da QVRS possibilita assistência direcionada às
necessidades do paciente, uma vez que as limitações de saúde apresentam diferentes
repercussões para as pessoas.
Foram utilizados dois questionários genéricos de QVRS. Os questionários genéricos
podem ser utilizados em qualquer população e isso abrange candidatos à cirurgia bariátrica.
Por outro lado, esse tipo de questionário pode apresentar baixa sensibilidade para mudanças
específicas nesse perfil de paciente. Entretanto, as mudanças observadas da QVRS foram
intensas, o que permitiu grande variação das escalas de saúde dos questionários, ao longo do
tempo.
Estudos anteriores apontaram relação entre as comorbidades e QVRS. A pequena
amostra avaliada e a grande variedade de doenças associadas à obesidade não permitiram a
avaliação dessa relação no presente estudo.
Questionário auto-administrado por correspondência e estudo prospectivo são modelos
que predispõem a perda de seguimento. O conhecimento desses limites, no presente estudo,
permitiu método direcionado para a prevenção da perda de seguimento, como presença de
entrevistador para coleta de dados na avaliação de pré-operatório, obtenção de diversos
números de telefone para contato no pós-operatório, além da combinação de estratégias, no
pós-operatório, como envio dos questionários após contato telefônico (notificação prévia e
manutenção de seguimento), questionários curtos e conhecidos, menção sobre a necessidade
de responder aos questionários, envelope selado para resposta, envio de novo questionário na
ausência de resposta e entrevista por telefone para questionário incompleto. Alguns estudos
mencionaram aumento no índice de resposta, com essas estratégias, para questionário auto-
administrado por correspondência.
148,149
94
A operação de dermolipectomia abdominal foi realizada em alguns pacientes com
hérnia incisional, imediatamente após seu tratamento operatório, o que não foi discriminado
no presente estudo, por não ser o objetivo. Apesar de a dermolipectomia abdominal ser fator
de confusão na avaliação da QVRS, é possível que ela apresente interferência mínima nessa
avaliação, diante das modificações ocorridas após a operação bariátrica.
6.2.9 Estudo estatístico
Foi realizada análise de variância com medidas repetidas para a avaliação dos
pacientes quanto aos índices de interesse da pesquisa e seu comportamento ao longo do
tempo. Este teste paramétrico tem, como objetivo, estudar as amostras em relação à variável
de interesse, numérica.
Foi utilizado teste de Bonferroni para avaliação dos índices de interesse da pesquisa e
seu comportamento nos períodos estudados. Este teste paramétrico tem, como objetivo,
estudar as amostras em relação à variável de interesse, numérica.
Foi utilizada análise não paramétrica de dados ordinais com medidas repetidas para
avaliação da freqüência das respostas para a primeira e segunda questões do SF-36, ao longo
do tempo. Este teste não paramétrico tem, como objetivo, estudar as amostras em relação à
variável de interesse, ordinal.
Foi utilizado teste de Wald para avaliação da freqüência das respostas para a primeira
e segunda questões do SF-36 entre os períodos estudados. Este teste, paramétrico e não
paramétrico, tem, como objetivo, estudar as amostras em relação à variável de interesse,
ordinal.
Foi utilizado teste t de Student para avaliação da PEP%, entre os pós-operatórios de
um e dois anos. Este teste paramétrico tem, como objetivo, estudar as amostras em relação à
variável de interesse, numérica.
95
6.2.10 Considerações finais
No início do século XX, CODMAN (1914)
150
sugeriu, aos médicos e hospitais,
implementação de um sistema de avaliação de resultado para permitir estudo de todo paciente,
a longo prazo, com a finalidade de determinar o êxito do tratamento.
A medida da QVRS tem contribuído de forma importante para a avaliação da
assistência médica e, como medida de resultado científico, ela representou um novo
paradigma.
122,151
Segundo KRAL et al. (1992)
123
, os pacientes consideraram a melhora da QVRS como
o mais importante benefício do tratamento cirúrgico, contribuindo na busca do modelo para
descrever resultado, no diagnóstico e tratamento, que faça sentido para pacientes e
profissionais de saúde.
151
A medida de QVRS promoveu ênfase em questões de importância direta para os
pacientes, o que era, até então, somente reflexo indireto das medidas clínicas e da
comunicação interpessoal. Dessa forma, a QVRS complementou as fontes mais tradicionais
de informação na avaliação e escolha do tratamento.
152
O presente estudo mostrou melhora significante na QVRS de pacientes obesos
avaliados um e dois anos após o BPGYR.
Da mesma forma, estudos longitudinais
80,94
de operação bariátrica, com avaliação da
QVRS em período pós-operatório mais estreito, confirmaram essa tendência.
Ademais, estudos longitudinais
83,92
em operação bariátrica, com seguimento da QVRS
em período pós-operatório de até cinco anos, trouxeram, à tona, a perspectiva da manutenção
do resultado.
Uma vez compreendido o comportamento da intervenção sobre determinado grupo de
pacientes, a QVRS deveria ser avaliada individualmente, o que pode contribuir para o
direcionamento das necessidades do paciente.
96
No modelo sugerido por SCHIPPER et al. (1990)
151
, com abordagem intensamente
centrada no paciente, o participante foi seu próprio controle e as comparações foram feitas
com sua expectativa de capacidade, enquanto a QVRS variava com o tempo, como resultado
da mudança em seu comportamento.
O estado de saúde, como medida de QVRS em determinado ponto do tempo, tem
contribuído para avaliação do paciente após tratamento. No futuro, esse resultado de
tratamento será progressivamente descrito por série cumulativa de medidas do estado de
saúde.
153
97
7 CONCLUSÃO
Em relação aos resultados da QVRS, avaliados pelo SF-36 e PSN, nos pacientes
submetidos à operação de Capella para tratamento de obesidade, pode-se concluir que ocorre
melhora da QVRS no pós-operatório em todas as escalas dos dois instrumentos, independente
do tempo de avaliação (um ou dois anos).
98
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110
9 ANEXOS
ANEXO A: OFÍCIO DE APROVAÇÃO DO PROJETO PELO CEP
HOSPITAL MATER DEI
ANEXO B: OFÍCIO DE APROVAÇÃO DO PROJETO PELO CEP
UFMG
ANEXO C: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
ANEXO D: QUESTIONÁRIO SF-36
Esta pesquisa questiona você sobre sua saúde. Estas informações nos manterão
informados de como você se sente e quão bem você é capaz de fazer suas atividades
de vida diária. Responda cada questão marcando a resposta como indicado. Caso
você esteja inseguro em como responder, por favor tente responder o melhor que
puder.
1. Em geral, você diria que sua saúde é: (circule uma)
Excelente...................................................................................................................1
Muito boa..................................................................................................................2
Boa............................................................................................................................3
Ruim..........................................................................................................................4
Muito Ruim...............................................................................................................5
2. Comparada a um ano atrás, como você classifica sua saúde em geral, agora?
(circule uma)
Muito melhor agora do que há um ano atrás.............................................................1
Um pouco melhor agora do que há um ano atrás......................................................2
Quase a mesma de um ano atrás...............................................................................3
Um pouco pior agora que há um ano atrás...............................................................4
Muito pior agora que há um ano atrás......................................................................5
3. Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente durante um
dia comum. Devido a sua saúde, você tem dificuldade para fazer essas atividades? Neste
caso, quanto? (circule um número em cada linha)
Sim,
dificulta
muito
Sim,
dificulta
um pouco
Não, não
dificulta
de modo
algum
a)Atividade vigorosa, que exige muito esforço, tal
como correr, levantar objeto pesado, participar de
esporte árduo.
1
2
3
b)Atividade moderada, tal como mover uma mesa,
passar aspirador de pó, jogar bola, varrer a casa.
1 2 3
c)Levantar ou carregar compras de mercado. 1 2 3
d)Subir vários lances de escada. 1 2 3
e)Subir um lance de escada. 1 2 3
f)Curvar-se, ajoelhar-se ou baixar-se. 1 2 3
g)Andar mais de 1 quilômetro. 1 2 3
h)Andar vários quarteirões. 1 2 3
i) Andar um quarteirão. 1 2 3
j)Tomar banho ou vestir-se. 1 2 3
4. Durante as ultimas quatro semanas, você teve algum dos seguintes problemas com o
seu trabalho ou com alguma atividade diária regular como conseqüência de sua saúde
física? (circule uma em cada linha)
SIM NÃO
a)Você diminuiu a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras
atividades?
1 2
b)Realizou menos tarefas do que você gostaria?
1 2
c)Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou em outras atividades?
1 2
d)Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades. (ex.:necessitou de um
esforço extra) ?
1 2
5. Durante as ultimas quatro semanas, você teve algum dos seguintes problemas com o
seu trabalho ou em outra atividade regular diária como conseqüência de algum
problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso) ?
(circule uma em cada linha)
SIM NÃO
a)Você diminuiu a quantidade de tempo que se dedicava ao seu trabalho ou a outras
atividades.
1 2
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria?
1 2
c)Não trabalhou ou não fez qualquer das atividades com tanto cuidado como
geralmente faz?
1 2
6. Durante as ultimas quatro semanas, de que maneira sua saúde física ou problemas
emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais, em relação a família,
amigos, vizinhos ou em grupo? (circule uma)
De forma nenhuma....................................................................................................1
Ligeiramente.............................................................................................................2
Moderadamente.........................................................................................................3
Bastante.....................................................................................................................4
Extremamente...........................................................................................................5
7. Quanta dor no corpo você teve durante as ultimas quatro semanas? (circule uma)
Nenhuma...................................................................................................................1
Muito leve.................................................................................................................2
Leve...........................................................................................................................3
Moderada..................................................................................................................4
Grave.........................................................................................................................5
Muito grave...............................................................................................................6
8. Durante as ultimas quatro semanas, quanto a dor interferiu com o seu trabalho normal
(incluindo tanto o trabalho, fora de casa e dentro de casa) ? (circule uma)
De maneira alguma...................................................................................................1
Um pouco..................................................................................................................2
Moderadamente.........................................................................................................3
Bastante.....................................................................................................................4
Extremamente...........................................................................................................5
9. Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido com você
durante as ultimas 4 semanas. Para cada questão por favor dê uma resposta que mais se
aproxime da maneira como você se sente. Em relação as ultimas 4 semanas.
(circule um número para cada linha)
TODO
TEMPO
A MAIOR
PARTE DO
TEMPO
UMA BOA
PARTE DO
TEMPO
ALGUMA
PARTE DO
TEMPO
UMA
PEQUENA
PARTE DO
TEMPO
NUNCA
a)Quanto tempo você tem
se sentido cheio de vigor,
cheio de vontade,cheio de
força?
1
2
3
4
5
6
b)Quanto tempo você tem
se sentido uma pessoa
muito nervosa?
1
2
3
4
5
6
c)Quanto tempo você tem
se sentido tão deprimido
que nada pode animar
você?
1
2
3
4
5
6
d)Quanto tempo você tem
se sentido calmo ou
tranquilo?
1
2
3
4
5
6
e)Quanto tempo você tem
se sentido com muita
energia?
1
2
3
4
5
6
f)Quanto tempo você tem
se sentido desanimado e
abatido?
1
2
3
4
5
6
g)Quanto tempo você tem
se sentido esgotado?
1 2 3 4 5 6
h)Quanto tempo você tem
se sentido uma pessoa
feliz?
1
2
3
4
5
6
i)Quanto tempo você tem se
sentido cansado?
1 2 3 4 5 6
10. Durante as ultimas 4 semanas, quanto do seu tempo a sua saúde física ou problemas
emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos, parentes,
etc...)? (circule uma)
Todo o tempo............................................................................................................1
A maior parte do tempo............................................................................................2
Alguma parte do tempo............................................................................................3
Uma pequena parte do tempo...................................................................................4
Nenhuma parte do tempo..........................................................................................5
11. O quadro verdadeiro ou falso é cada uma das afirmações para você?
(circule um número em cada linha)
Definitiva-
mente
verdadeiro
A maioria
das vezes
verdadeiro
Não sei A maioria
das vezes
falsa
Definitiva-
mente falsa
a)Eu costumo adoecer um pouco mais
facilmente que as outras pessoas.
1 2 3 4 5
b)Eu sou tão saudável quanto qualquer
pessoa que eu conheça.
1 2 3 4 5
c)Eu acho que minha saúde vai piorar. 1 2 3 4 5
d)Minha saúde é excelente. 1 2 3 4 5
ANEXO E: QUESTIONÁRIO PERFIL DE SAÚDE DE NOTTINGHAM
A lista abaixo apresenta alguns problemas que as pessoas podem ter em sua vida diária. Leia a lista e
marque SIM para algum problema que você tenha no momento.
Marque NÃO para algum problema que você não tenha.
Por favor, responda todas as questões.
Se você não está certo em responder sim ou não, marque a opção mais correta no momento.
SIM NÃO
Eu estou cansado todo o tempo
Eu tenho dor a noite
As coisas estão me deixando deprimido
Eu tenho uma dor insuportável
Eu tomo remédios para dormir
Eu não me lembro o que costumava me agradar
Eu estou me sentindo nervoso
Eu tenho dor quando mudo meu corpo de posição
Eu me sinto sozinho, solitário
Eu posso andar somente dentro de casa
Eu acho difícil curvar-me
Tudo me exige um esforço para fazer
Eu estou acordado de manhã, bem cedo
Eu não tenho condição de andar
Eu estou achando difícil fazer contato com outras pessoas
Os dias parecem intermináveis
Eu tenho dificuldade para subir ou descer escadas
Eu acho difícil alcançar as coisas no alto
Eu sinto dor quando ando
Eu perco minha calma com frequência
Eu sinto que não há ninguém de quem eu sou muito próximo
Eu acordo muitas vezes a noite
Eu sinto que estou perdendo o controle
Eu sinto dor quando fico de
Eu acho difícil me vestir
Eu logo fico sem energia
Eu acho difícil ficar de pé por um longo tempo (ex.: de pé na cozinha ou esperando um ônibus)
Eu tenho dor constante
Eu demoro muito para dormir
Eu sinto que sou um peso para as pessoas
Preocupo-me em manter-me acordado a noite
Eu sinto que não vale a pena viver
Eu durmo muito mal a noite
Eu acho difícil conviver com as pessoas
Eu preciso de ajuda para andar fora de casa (alguém para me dar apoio ou ajuda)
Eu sinto dor quando subo ou desço escadas
Eu acordo deprimido
Eu sinto dor quando fico sentado
ANEXO F: FORMULÁRIO DE DADOS DO PACIENTE
NÚMERO PESQUISA: ________
DATA CIRURGIA: ____/____/____ HOSPITAL: nº___ 1.HSFA 2.HMD
NOME: _______________________________________________________________
ENDEREÇO: __________________________________________________________
____________________________________________________________
TELEFONE: (____) ______________ (____) ______________
(____) ______________ (____) ______________
DATA NASCIMENTO:____/____/_______ IDADE:____ anos
GÊNERO: nº___ 1.MASCULINO 2.FEMININO
ESTADO CIVIL: nº___ 1.SOLTEIRO 2.CASADO 3.SEPARADO
4.VIÚVO
TABAGISTA: nº ____ 1.SIM 2.NÃO QUAL? ( n° ____ ) _____________
OCUPAÇÃO: nº ____ QUAL? ( n° ____ ) ______________________________
1.TRABALHO 2.ESTUDO 3.AMBOS 4.NENHUM
ESCOLARIDADE: ( n° ____ )
1. SEM ESTUDO
2. 1º GRAU INCOMPLETO 3. 1ºGRAU COMPLETO
4. 2º GRAU INCOMPLETO 5. 2º GRAU COMPLETO
6. 3º GRAU INCOMPLETO 7. 3º GRAU COMPLETO
COLECISTECTOMIA PRÉVIA: nº ____ 1.SIM 2.NÃO
DOENÇAS ASSOCIADAS:
QUAL? ( n° ____ ) __________________ ( n° ____ ) _____________________
( n° ____ ) __________________ ( n° ____ ) _____________________
( n° ____ ) __________________ ( n° ____ ) _____________________
MEDICAÇÕES: nº _____ 1.SEM MEDICAÇÃO 2.COM MEDICAÇÃO
PRÉ-OPERATÓRIO
PESO:_____ kg ALTURA:_____ cm IMC:____ _kg/m²
PÓS-OPERATÓRIO 1 ANO
PESO:_____ kg ALTURA:_____ cm IMC:____ _kg/m²
PÓS-OPERATÓRIO 2 ANOS
PESO:_____ kg ALTURA:_____ cm IMC:____ _kg/m²
PÓS-OPERATÓRIO
DOENÇAS ASSOCIADAS:
QUAL? ( n° ____ ) __________________ ( n° ____ ) _____________________
( n° ____ ) __________________ ( n° ____ ) _____________________
( n° ____ ) __________________ ( n° ____ ) _____________________
MEDICAÇÕES: nº _____ 1.SEM MEDICAÇÃO 2.COM MEDICAÇÃO
COMPLICAÇÕES: nº ____
QUAL? ( n° ____ ) __________________ ( n° ____ ) _____________________
( n° ____ ) __________________ ( n° ____ ) _____________________
( n° ____ ) __________________ ( n° ____ ) _____________________
ANEXO G: ANÁLISE DESCRITIVA E COMPARATIVA DO PESO,
IMC E QVRS, AO LONGO DO TEMPO, EM PACIENTES DISTRIBUÍDOS
PELA PRESENÇA DE QUEDA DE CABELO NO PÓS-OPERATÓRIO
Ao avaliar a casuística distribuída pela complicação queda de cabelo, foi
observada diminuição significante da variável peso ao longo do tempo. Entretanto, não
foi observada diferença entre os grupos (com e sem queda de cabelo). (TABELA 39)
Tabela 39: Análise descritiva e comparativa da variável peso, ao longo do tempo, em
pacientes distribuídos pela presença de queda de cabelo no pós-operatório
(n=77)
Peso (kg)
Queda de
cabelo
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
94,00 175,00 122,61 21,11
Ano 1
77
51,00 121,00 81,75 16,51
Ano 2
77
45,70 104,00 74,71 14,69
Não Pré
77
91,00 197,00 125,90 24,18
Ano 1
77
52,60 125,00 81,95 17,02
Ano 2
77
51,80 120,00 75,21 15,25
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação do peso:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,075
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,397
Sim
Æ
Presença de queda de cabelo no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de queda de cabelo no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao considerar a casuística distribuída pela complicação queda de cabelo, foi
observada diminuição significante da variável IMC ao longo do tempo. Contudo, não
foi observada diferença entre os grupos. (TABELA 40)
Tabela 40: Análise descritiva e comparativa da variável IMC, ao longo do tempo, em
pacientes distribuídos pela presença de queda de cabelo no pós-operatório
(n=77)
IMC (kg/m²)
Queda de
cabelo
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
36,22 57,85 43,61 5,44
Ano 1
77
22,67 44,44 29,03 4,59
Ano 2
77
20,31 35,89 26,56 4,18
Não Pré
77
35,32 71,81 45,35 7,30
Ano 1
77
21,34 46,21 29,52 5,33
Ano 2
77
20,57 38,31 27,06 4,35
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,452
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,251
IMC
Æ
Índice de massa corporal
Sim
Æ
Presença de queda de cabelo no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de queda de cabelo no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao avaliar a casuística distribuída pela complicação queda de cabelo, foi
observada melhora significante na pontuação da escala aspectos físicos/SF-36 ao longo
do tempo. Entretanto, não foi observada diferença entre os grupos. (TABELA 41)
Tabela 41: Análise descritiva e comparativa da variável aspectos físicos/SF-36, ao
longo do tempo, em pacientes distribuídos pela presença de queda de
cabelo no pós-operatório (n=77)
Aspectos físicos/SF-36 (pontuação)
Queda de
cabelo
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
0,00 100,00 32,41 30,86
Ano 1
77
50,00 100,00 89,81 17,35
Ano 2
77
75,00 100,00 99,07 4,81
Não Pré
77
0,00 100,00 37,50 33,60
Ano 1
77
25,00 100,00 91,00 18,74
Ano 2
77
75,00 100,00 99,00 4,95
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,514
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,658
Sim
Æ
Presença de queda de cabelo no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de queda de cabelo no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao considerar a casuística distribuída pela complicação queda de cabelo, foi
observada melhora significante na pontuação da escala aspectos emocionais/SF-36 ao
longo do tempo. Porém, não foi observada diferença entre os grupos. (TABELA 42)
Tabela 42: Análise descritiva e comparativa da variável aspectos emocionais/SF-36, ao
longo do tempo, em pacientes distribuídos pela presença de queda de
cabelo no pós-operatório (n=77)
Aspectos emocionais/SF-36 (pontuação)
Queda de
cabelo
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
0,00 100,00 62,97 38,49
Ano 1
77
33,30 100,00 91,36 17,52
Ano 2
77
0,00 100,00 92,59 21,35
Não Pré
77
0,00 100,00 46,00 40,90
Ano 1
77
33,30 100,00 87,33 20,08
Ano 2
77
0,00 100,00 95,33 19,06
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se à análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,167
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,114
Sim
Æ
Presença de queda de cabelo no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de queda de cabelo no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao avaliar a casuística distribuída pela complicação queda de cabelo, foi
observada melhora significante na pontuação da escala aspectos sociais/SF-36 ao longo
do tempo. Entretanto, não foi observada diferença entre os grupos. (TABELA 43)
Tabela 43: Análise descritiva e comparativa da variável aspectos sociais/SF-36, ao
longo do tempo, em pacientes distribuídos pela presença de queda de
cabelo no pós-operatório (n=77)
Aspectos sociais/SF-36 (pontuação)
Queda de
cabelo
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
12,50 100,00 60,19 24,03
Ano 1
77
62,50 100,00 92,59 10,55
Ano 2
77
50,00 100,00 95,83 10,96
Não Pré
77
0,00 100,00 58,25 27,85
Ano 1
77
50,00 100,00 93,00 10,46
Ano 2
77
62,50 100,00 97,75 6,53
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,962
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,666
Sim
Æ
Presença de queda de cabelo no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de queda de cabelo no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao avaliar a casuística distribuída pela complicação queda de cabelo, foi
observada melhora significante na pontuação da escala dor corporal/SF-36 ao longo do
tempo. No entanto, não foi observada diferença entre os grupos. (TABELA 44)
Tabela 44: Análise descritiva e comparativa da variável dor corporal/SF-36, ao longo
do tempo, em pacientes distribuídos pela presença de queda de cabelo no
pós-operatório (n=77)
Dor corporal/SF-36 (pontuação)
Queda de
cabelo
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
0,00 100,00 51,59 24,20
Ano 1
77
51,00 100,00 87,63 14,11
Ano 2
77
42,00 100,00 90,07 16,19
Não Pré
77
0,00 100,00 50,50 26,82
Ano 1
77
61,00 100,00 89,26 13,37
Ano 2
77
61,00 100,00 93,64 11,76
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,663
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,606
Sim
Æ
Presença de queda de cabelo no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de queda de cabelo no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao analisar a casuística distribuída pela complicação queda de cabelo, foi
observada melhora significante na pontuação da escala estado geral de saúde/SF-36 ao
longo do tempo. Entretanto, não foi observada diferença entre os grupos. (TABELA 45)
Tabela 45: Análise descritiva e comparativa da variável estado geral de saúde/SF-36,
ao longo do tempo, em pacientes distribuídos pela presença de queda de
cabelo no pós-operatório (n=77)
Estado geral de saúde/SF-36 (pontuação)
Queda de
cabelo
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
47,00 82,00 59,52 7,08
Ano 1
77
75,00 100,00 89,78 8,08
Ano 2
77
72,00 100,00 89,00 10,38
Não Pré
77
35,00 97,00 62,24 11,16
Ano 1
77
67,00 100,00 89,62 9,58
Ano 2
77
45,00 100,00 90,58 11,43
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,452
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,534
Sim
Æ
Presença de queda de cabelo no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de queda de cabelo no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao considerar a casuística distribuída pela complicação queda de cabelo, foi
notada melhora significante na pontuação da escala vitalidade/SF-36 ao longo do
tempo. Porém, não foi observada diferença entre os grupos. (TABELA 46)
Tabela 46: Análise descritiva e comparativa da variável vitalidade/SF-36, ao longo do
tempo, em pacientes distribuídos pela presença de queda de cabelo no pós-
operatório (n=77)
Vitalidade/SF-36 (pontuação)
Queda de
cabelo
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
15,00 95,00 44,36 22,94
Ano 1
77
45,00 100,00 77,04 12,88
Ano 2
77
50,00 100,00 85,37 11,34
Não Pré
77
5,00 90,0 46,40 22,77
Ano 1
77
40,00 100,00 77,70 13,97
Ano 2
77
50,00 100,00 85,60 13,91
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,752
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,902
Sim
Æ
Presença de queda de cabelo no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de queda de cabelo no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao avaliar a casuística distribuída pela complicação queda de cabelo, foi
observada melhora significante na pontuação da escala capacidade funcional/SF-36 ao
longo do tempo. Contudo, não foi observada diferença entre os grupos. (TABELA 47)
Tabela 47: Análise descritiva e comparativa da variável capacidade funcional/SF-36, ao
longo do tempo, em pacientes distribuídos pela presença de queda de
cabelo no pós-operatório (n=77)
Capacidade funcional/SF-36 (pontuação)
Queda de
cabelo
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
10,00 75,00 45,56 18,62
Ano 1
77
65,00 100,00 88,15 11,70
Ano 2
77
70,00 100,00 97,04 6,09
Não Pré
77
0,00 90,00 50,80 22,00
Ano 1
77
50,00 100,00 90,20 10,74
Ano 2
77
80,00 100,00 96,80 4,49
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,287
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,451
Sim
Æ
Presença de queda de cabelo no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de queda de cabelo no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao analisar a casuística distribuída pela complicação queda de cabelo, foi
observada melhora significante na pontuação da escala saúde mental/SF-36 ao longo do
tempo. No entanto, não foi observada diferença entre os grupos. (TABELA 48)
Tabela 48: Análise descritiva e comparativa da variável saúde mental/SF-36, ao longo
do tempo, em pacientes distribuídos pela presença de queda de cabelo no
pós-operatório (n=77)
Saúde mental/SF-36 (pontuação)
Queda de
cabelo
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
12,00 84,00 56,59 19,84
Ano 1
77
48,00 96,00 78,67 10,93
Ano 2
77
52,00 96,00 85,33 11,74
Não Pré
77
4,00 96,00 52,96 22,23
Ano 1
77
24,00 100,00 78,96 14,70
Ano 2
77
32,00 100,00 86,16 11,83
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,768
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,564
Sim
Æ
Presença de queda de cabelo no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de queda de cabelo no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao avaliar a casuística distribuída pela complicação queda de cabelo, foi notada
diminuição significante na pontuação da escala energia/PSN ao longo do tempo. Porém,
não foi observada diferença entre os grupos. (TABELA 49)
Tabela 49: Análise descritiva e comparativa da variável energia/PSN, ao longo do
tempo, em pacientes distribuídos pela presença de queda de cabelo no pós-
operatório (n=77)
Energia/PSN (pontuação)
Queda de
cabelo
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
0,00 100,00 62,96 37,36
Ano 1
77
0,00 66,67 12,34 20,97
Ano 2
77
0,00 33,33 3,70 10,68
Não Pré
77
0,00 100,00 59,33 34,53
Ano 1
77
0,00 33,33 6,66 13,46
Ano 2
77
0,00 33,33 3,33 10,10
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,402
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,750
Sim
Æ
Presença de queda de cabelo no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de queda de cabelo no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao avaliar a casuística distribuída pela complicação queda de cabelo, foi
observada diminuição significante na pontuação da escala dor/PSN ao longo do tempo.
Contudo, não foi notada diferença entre os grupos. (TABELA 50)
Tabela 50: Análise descritiva e comparativa da variável dor/PSN, ao longo do tempo,
em pacientes distribuídos pela presença de queda de cabelo no pós-
operatório (n=77)
Dor/PSN (pontuação)
Queda de
cabelo
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
0,00 100,00 40,74 27,21
Ano 1
77
0,00 62,50 9,72 16,75
Ano 2
77
0,00 50,00 4,63 11,58
Não Pré
77
0,00 87,50 44,75 28,91
Ano 1
77
0,00 87,50 6,50 16,02
Ano 2
77
0,00 37,50 2,00 6,37
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,843
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,414
Sim
Æ
Presença de queda de cabelo no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de queda de cabelo no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao analisar a casuística distribuída pela complicação queda de cabelo, foi
observada diminuição significante na pontuação da escala habilidade física/PSN ao
longo do tempo. Entretanto, não foi observada diferença entre os grupos. (TABELA 51)
Tabela 51: Análise descritiva e comparativa da variável habilidade física/PSN, ao
longo do tempo, em pacientes distribuídos pela presença de queda de
cabelo no pós-operatório (n=77)
Habilidade física/PSN (pontuação)
Queda de
cabelo
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
12,50 75,00 46,30 19,25
Ano 1
77
0,00 25,00 7,87 9,27
Ano 2
77
0,00 37,50 3,24 8,90
Não Pré
77
12,50 100,00 49,25 21,04
Ano 1
77
0,00 37,50 7,50 9,78
Ano 2
77
0,00 25,00 2,25 6,02
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,807
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,606
Sim
Æ
Presença de queda de cabelo no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de queda de cabelo no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao avaliar a casuística distribuída pela complicação queda de cabelo, foi notada
diminuição significante na pontuação da escala reação emocional/PSN ao longo do
tempo. No entanto, não foi observada diferença entre os grupos. (TABELA 52)
Tabela 52: Análise descritiva e comparativa da variável reação emocional/PSN, ao
longo do tempo, em pacientes distribuídos pela presença de queda de
cabelo no pós-operatório (n=77)
Reação emocional/PSN (pontuação)
Queda de
cabelo
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
11,11 66,67 36,21 18,39
Ano 1
77
0,00 44,44 9,87 11,67
Ano 2
77
0,00 55,56 7,00 11,59
Não Pré
77
11,11 88,89 40,22 20,93
Ano 1
77
0,00 55,56 12,89 12,16
Ano 2
77
0,00 66,67 6,00 12,54
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,479
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,413
Sim
Æ
Presença de queda de cabelo no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de queda de cabelo no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao avaliar a casuística distribuída pela complicação queda de cabelo, foi
observada diminuição significante na pontuação da escala sono/PSN ao longo do tempo.
Porém, não foi notada diferença entre os grupos. (TABELA 53)
Tabela 53: Análise descritiva e comparativa da variável sono/PSN, ao longo do tempo,
em pacientes distribuídos pela presença de queda de cabelo no pós-
operatório (n=77)
Sono/PSN (pontuação)
Queda de
cabelo
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
0,00 80,00 26,67 22,19
Ano 1
77
0,00 80,00 16,30 19,25
Ano 2
77
0,00 80,00 18,52 21,43
Não Pré
77
0,00 100,00 34,40 27,71
Ano 1
77
0,00 100,00 22,40 25,12
Ano 2
77
0,00 80,00 18,40 23,85
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,326
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,380
Sim
Æ
Presença de queda de cabelo no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de queda de cabelo no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao avaliar a casuística distribuída pela complicação queda de cabelo, foi
observada diminuição significante na pontuação da escala interação social/PSN ao
longo do tempo. Entretanto, não foi observada diferença entre os grupos. (TABELA 54)
Tabela 54: Análise descritiva e comparativa da variável interação social/PSN, ao longo
do tempo, em pacientes distribuídos pela presença de queda de cabelo no
pós-operatório (n=77)
Interação social/PSN (pontuação)
Queda de
cabelo
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
0,00 80,00 24,44 20,25
Ano 1
77
0,00 60,00 5,93 13,38
Ano 2
77
0,00 40,00 5,93 12,17
Não Pré
77
0,00 100,00 34,40 29,98
Ano 1
77
0,00 60,00 8,80 16,24
Ano 2
77
0,00 40,00 3,60 8,75
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,266
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,124
Sim
Æ
Presença de queda de cabelo no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de queda de cabelo no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao considerar a casuística distribuída pela complicação queda de cabelo, foi
observada diferença estatística para as variáveis peso e IMC ao longo do tempo. No
entanto, não foi notada diferença entre os grupos (com e sem queda de cabelo) para
essas variáveis. (TABELA 55)
Tabela 55: Comparação entre as médias de peso e IMC, nos três momentos de
avaliação, em pacientes distribuídos pela presença de queda de cabelo no
pós-operatório (n=77)
Tempo Grupo Interação
Variável
Pré x Ano 1 x Ano 2
(p)
Queda de cabelo
(p)
Tempo x Grupo
(p)
Peso (kg) <0,001 0,075 0,397
IMC (kg/m²) <0,001 0,452 0,251
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas.
Legenda:
IMC
Æ
Índice de massa corporal
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao analisar a casuística distribuída pela complicação queda de cabelo, foi
observada diferença estatística para as escalas do SF-36 ao longo do tempo. No entanto,
não foi notada diferença entre os grupos (com e sem queda de cabelo) para essas
variáveis. (TABELA 56)
Tabela 56: Comparação entre as médias dos escores de cada escala do SF-36, nos três
momentos de avaliação, em pacientes distribuídos pela presença de queda
de cabelo no pós-operatório (n=77)
Tempo Grupo Interação
Escala (SF-36)
Pré x Ano 1 x Ano 2
(p)
Queda de cabelo
(p)
Tempo x Grupo
(p)
Aspectos físicos <0,001 0,514 0,658
Aspectos emocionais <0,001 0,167 0,114
Aspectos sociais <0,001 0,962 0,666
Dor corporal <0,001 0,663 0,606
Estado geral de saúde <0,001 0,452 0,534
Vitalidade <0,001 0,752 0,902
Capacidade funcional <0,001 0,287 0,451
Saúde mental <0,001 0,768 0,564
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas.
Legenda:
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao avaliar a casuística distribuída pela complicação queda de cabelo, foi notada
diferença estatística para as escalas do PSN ao longo do tempo. Contudo, não foi
observada diferença entre os grupos (com e sem queda de cabelo) para essas variáveis.
(TABELA 57)
Tabela 57: Comparação entre as médias dos escores de cada escala do PSN, nos três
momentos de avaliação, em pacientes distribuídos pela presença de queda
de cabelo no pós-operatório (n=77)
Tempo Grupo Interação
Escala (PSN)
Pré x Ano 1 x Ano 2
(p)
Queda de cabelo
(p)
Tempo x Grupo
(p)
Energia
<0,001 0,402 0,750
Dor
<0,001 0,843 0,414
Habilidade física
<0,001 0,807 0,606
Reação emocional
<0,001 0,479 0,413
Sono
<0,001 0,326 0,380
Interação social <0,001 0,266 0,124
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas.
Legenda:
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
ANEXO H: ANÁLISE DESCRITIVA E COMPARATIVA DO PESO,
IMC E QVRS, AO LONGO DO TEMPO, EM PACIENTES DISTRIBUÍDOS
PELA PRESENÇA DE HÉRNIA INCISIONAL NO PÓS-OPERATÓRIO
Ao considerar a casuística distribuída pela complicação hérnia incisional, foi
notada diminuição significante da variável peso ao longo do tempo. No entanto, não foi
observada diferença entre os grupos (com e sem queda de cabelo). (TABELA 58)
Tabela 58: Análise descritiva e comparativa da variável peso, ao longo do tempo, em
pacientes distribuídos pela presença de hérnia incisional no pós-operatório
(n=77)
Peso (kg)
Hérnia
incisional
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
94,00 175,00 124,03 22,30
Ano 1
77
51,00 106,50 82,27 17,53
Ano 2
77
45,70 104,00 76,28 17,81
Não Pré
77
91,00 197,00 124,99 23,50
Ano 1
77
52,60 125,00 81,76 16,62
Ano 2
77
51,80 120,00 74,63 14,06
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação do peso:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,932
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,653
Sim
Æ
Presença de hérnia incisional no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de hérnia incisional no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao analisar a casuística distribuída pela complicação hérnia incisional, foi
observada diminuição significante da variável IMC ao longo do tempo. Porém, não foi
notada diferença entre os grupos. (TABELA 59)
Tabela 59: Análise descritiva e comparativa da variável IMC, ao longo do tempo, em
pacientes distribuídos pela presença de hérnia incisional no pós-operatório
(n=77)
IMC (kg/m²)
Hérnia
incisional
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
37,83 57,14 44,38 4,48
Ano 1
77
22,67 37,11 29,39 4,33
Ano 2
77
20,31 33,96 27,16 4,00
Não Pré
77
35,32 71,81 44,86 7,34
Ano 1
77
21,34 46,21 29,33 5,31
Ano 2
77
20,57 38,31 26,79 4,38
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,987
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,673
IMC
Æ
Índice de massa corporal
Sim
Æ
Presença de hérnia incisional no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de hérnia incisional no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao avaliar a casuística distribuída pela complicação hérnia incisional, foi
observada melhora significante na pontuação da escala aspectos físicos/SF-36 ao longo
do tempo. Contudo, não foi observada diferença entre os grupos. (TABELA 60)
Tabela 60: Análise descritiva e comparativa da variável aspectos físicos/SF-36, ao
longo do tempo, em pacientes distribuídos pela presença de hérnia
incisional no pós-operatório (n=77)
Aspectos físicos/SF-36 (pontuação)
Hérnia
incisional
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
0,00 100,00 44,74 32,89
Ano 1
77
50,00 100,00 88,16 19,31
Ano 2
77
100,00 100,00 100,00 0,00
Não Pré
77
0,00 100,00 32,76 32,18
Ano 1
77
25,00 100,00 91,38 17,86
Ano 2
77
75,00 100,00 98,71 5,59
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,338
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,143
Sim
Æ
Presença de hérnia incisional no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de hérnia incisional no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao considerar a casuística distribuída pela complicação hérnia incisional, foi
notada melhora significante na pontuação da escala aspectos emocionais/SF-36 ao longo
do tempo. No entanto, não foi observada diferença entre os grupos. (TABELA 61)
Tabela 61: Análise descritiva e comparativa da variável aspectos emocionais/SF-36, ao
longo do tempo, em pacientes distribuídos pela presença de hérnia
incisional no pós-operatório (n=77)
Aspectos emocionais/SF-36 (pontuação)
Hérnia
incisional
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
0,00 100,00 54,39 41,89
Ano 1
77
33,30 100,00 84,21 20,39
Ano 2
77
33,30 100,00 91,23 21,78
Não Pré
77
0,00 100,00 51,15 40,57
Ano 1
77
33,30 100,00 90,23 18,74
Ano 2
77
0,00 100,00 95,40 19,19
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se à análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,636
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,615
Sim
Æ
Presença de hérnia incisional no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de hérnia incisional no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao considerar a casuística distribuída pela complicação hérnia incisional, foi
notada melhora significante na pontuação da escala aspectos sociais/SF-36 ao longo do
tempo. Porém, não foi observada diferença entre os grupos. (TABELA 62)
Tabela 62: Análise descritiva e comparativa da variável aspectos sociais/SF-36, ao
longo do tempo, em pacientes distribuídos pela presença de hérnia
incisional no pós-operatório (n=77)
Aspectos sociais/SF-36 (pontuação)
Hérnia
incisional
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
25,00 100,00 65,79 26,63
Ano 1
77
62,50 100,00 94,08 10,51
Ano 2
77
87,50 100,00 98,03 4,68
Não Pré
77
0,00 100,00 56,68 26,20
Ano 1
77
50,00 100,00 92,46 10,46
Ano 2
77
50,00 100,00 96,77 9,24
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,178
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,329
Sim
Æ
Presença de hérnia incisional no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de hérnia incisional no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao avaliar a casuística distribuída pela complicação hérnia incisional, foi
observada melhora significante na pontuação da escala dor corporal/SF-36 ao longo do
tempo. Entretanto, não foi notada diferença entre os grupos. (TABELA 63)
Tabela 63: Análise descritiva e comparativa da variável dor corporal/SF-36, ao longo
do tempo, em pacientes distribuídos pela presença de hérnia incisional no
pós-operatório (n=77)
Dor corporal/SF-36 (pontuação)
Hérnia
incisional
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
0,00 100,00 50,16 23,74
Ano 1
77
72,00 100,00 85,37 11,35
Ano 2
77
62,00 100,00 93,21 11,36
Não Pré
77
0,00 100,00 51,12 26,60
Ano 1
77
51,00 100,00 89,78 14,13
Ano 2
77
42,00 100,00 92,12 14,19
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,682
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,657
Sim
Æ
Presença de hérnia incisional no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de hérnia incisional no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao avaliar a casuística distribuída pela complicação hérnia incisional, foi notada
melhora significante na pontuação da escala estado geral de saúde/SF-36 ao longo do
tempo. Contudo, não foi observada diferença entre os grupos. (TABELA 64)
Tabela 64: Análise descritiva e comparativa da variável estado geral de saúde/SF-36,
ao longo do tempo, em pacientes distribuídos pela presença de hérnia
incisional no pós-operatório (n=77)
Estado geral de saúde/SF-36 (pontuação)
Hérnia
incisional
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
47,00 77,00 60,16 8,79
Ano 1
77
55,00 75,00 68,42 7,08
Ano 2
77
72,00 100,00 89,47 10,23
Não Pré
77
35,00 97,00 61,66 10,36
Ano 1
77
45,00 75,00 67,24 8,12
Ano 2
77
45,00 100,00 90,21 11,36
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,641
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,951
Sim
Æ
Presença de hérnia incisional no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de hérnia incisional no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao avaliar a casuística distribuída pela complicação hérnia incisional, foi
observada melhora significante na pontuação da escala vitalidade/SF-36 ao longo do
tempo. No entanto, não foi notada diferença entre os grupos. (TABELA 65)
Tabela 65: Análise descritiva e comparativa da variável vitalidade/SF-36, ao longo do
tempo, em pacientes distribuídos pela presença de hérnia incisional no pós-
operatório (n=77)
Vitalidade/SF-36 (pontuação)
Hérnia
incisional
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
25,00 90,00 50,79 18,73
Ano 1
77
45,00 95,00 77,11 12,73
Ano 2
77
65,00 100,00 88,42 9,58
Não Pré
77
5,00 95,00 43,97 23,76
Ano 1
77
40,00 100,00 77,59 13,87
Ano 2
77
50,00 100,00 84,57 13,87
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,336
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,321
Sim
Æ
Presença de hérnia incisional no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de hérnia incisional no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao considerar a casuística distribuída pela complicação hérnia incisional, foi
notada melhora significante na pontuação da escala capacidade funcional/SF-36 ao
longo do tempo. Entretanto, não foi observada diferença entre os grupos. (TABELA 66)
Tabela 66: Análise descritiva e comparativa da variável capacidade funcional/SF-36, ao
longo do tempo, em pacientes distribuídos pela presença de hérnia
incisional no pós-operatório (n=77)
Capacidade funcional/SF-36 (pontuação)
Hérnia
incisional
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
10,00 80,00 52,37 20,09
Ano 1
77
70,00 100,00 86,05 11,62
Ano 2
77
90,00 100,00 97,63 3,06
Não Pré
77
0,00 90,00 47,84 21,22
Ano 1
77
50,00 100,00 90,60 10,72
Ano 2
77
70,00 100,00 96,64 5,57
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,896
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,165
Sim
Æ
Presença de hérnia incisional no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de hérnia incisional no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao avaliar a casuística distribuída pela complicação hérnia incisional, foi
observada melhora significante na pontuação da escala saúde mental/SF-36 ao longo do
tempo. Porém, não foi observada diferença entre os grupos. (TABELA 67)
Tabela 67: Análise descritiva e comparativa da variável saúde mental/SF-36, ao longo
do tempo, em pacientes distribuídos pela presença de hérnia incisional no
pós-operatório (n=77)
Saúde mental/SF-36 (pontuação)
Hérnia
incisional
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
12,00 88,00 60,21 19,30
Ano 1
77
24,00 96,00 75,37 17,04
Ano 2
77
56,00 96,00 87,16 11,04
Não Pré
77
4,00 96,00 52,28 21,79
Ano 1
77
36,00 100,00 80,00 11,96
Ano 2
77
32,00 100,00 85,45 12,00
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,594
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,422
Sim
Æ
Presença de hérnia incisional no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de hérnia incisional no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao analisar a casuística distribuída pela complicação hérnia incisional, foi
observada diminuição significante na pontuação da escala energia/PSN ao longo do
tempo. Entretanto, não foi notada diferença entre os grupos. (TABELA 68)
Tabela 68: Análise descritiva e comparativa da variável energia/PSN, ao longo do
tempo, em pacientes distribuídos pela presença de hérnia incisional no pós-
operatório (n=77)
Energia/PSN (pontuação)
Hérnia
incisional
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
0,00 100,00 52,63 38,99
Ano 1
77
0,00 66,67 10,52 19,41
Ano 2
77
0,00 33,33 3,51 10,51
Não Pré
77
0,00 100,00 63,22 34,02
Ano 1
77
0,00 66,67 8,04 15,68
Ano 2
77
0,00 33,33 3,45 10,24
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,529
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,202
Sim
Æ
Presença de hérnia incisional no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de hérnia incisional no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao analisar a casuística distribuída pela complicação hérnia incisional, foi
observada diminuição significante na pontuação da escala dor/PSN ao longo do tempo.
No entanto, não foi observada diferença entre os grupos. (TABELA 69)
Tabela 69: Análise descritiva e comparativa da variável dor/PSN, ao longo do tempo,
em pacientes distribuídos pela presença de hérnia incisional no pós-
operatório (n=77)
Dor/PSN (pontuação)
Hérnia
incisional
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
12,50 100,00 47,37 27,51
Ano 1
77
0,00 50,00 9,21 13,72
Ano 2
77
0,00 25,00 1,97 6,27
Não Pré
77
0,00 87,50 42,03 28,55
Ano 1
77
0,00 87,50 7,11 17,06
Ano 2
77
0,00 50,00 3,23 9,24
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,549
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,615
Sim
Æ
Presença de hérnia incisional no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de hérnia incisional no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao avaliar a casuística distribuída pela complicação hérnia incisional, foi
observada diminuição significante na pontuação da escala habilidade física/PSN ao
longo do tempo. Entretanto, não foi notada diferença entre os grupos. (TABELA 70)
Tabela 70: Análise descritiva e comparativa da variável habilidade física/PSN, ao
longo do tempo, em pacientes distribuídos pela presença de hérnia
incisional no pós-operatório (n=77)
Habilidade física/PSN (pontuação)
Hérnia
incisional
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
12,50 87,50 48,03 20,94
Ano 1
77
0,00 25,00 13,16 8,81
Ano 2
77
0,00 37,50 3,29 9,17
Não Pré
77
12,50 100,00 48,28 20,34
Ano 1
77
0,00 37,50 5,82 9,13
Ano 2
77
0,00 25,00 2,37 6,39
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,266
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,217
Sim
Æ
Presença de hérnia incisional no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de hérnia incisional no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao avaliar a casuística distribuída pela complicação hérnia incisional, foi notada
diminuição significante na pontuação da escala reação emocional/PSN ao longo do
tempo. Entretanto, não foi observada diferença entre os grupos. (TABELA 71)
Tabela 71: Análise descritiva e comparativa da variável reação emocional/PSN, ao
longo do tempo, em pacientes distribuídos pela presença de hérnia
incisional no pós-operatório (n=77)
Reação emocional/PSN (pontuação)
Hérnia
incisional
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
11,11 77,78 34,50 19,91
Ano 1
77
0,00 55,56 14,03 13,78
Ano 2
77
0,00 66,67 7,60 15,29
Não Pré
77
11,11 88,89 40,23 20,05
Ano 1
77
0,00 44,44 11,11 11,40
Ano 2
77
0,00 55,56 5,94 11,05
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,904
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,103
Sim
Æ
Presença de hérnia incisional no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de hérnia incisional no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao analisar a casuística distribuída pela complicação hérnia incisional, foi
notada diminuição significante na pontuação da escala sono/PSN ao longo do tempo.
Porém, não foi observada diferença entre os grupos. (TABELA 72)
Tabela 72: Análise descritiva e comparativa da variável sono/PSN, ao longo do tempo,
em pacientes distribuídos pela presença de hérnia incisional no pós-
operatório (n=77)
Sono/PSN (pontuação)
Hérnia
incisional
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
0,00 100,00 33,68 25,87
Ano 1
77
0,00 60,00 20,00 18,86
Ano 2
77
0,00 80,00 23,16 22,37
Não Pré
77
0,00 100,00 31,03 26,27
Ano 1
77
0,00 100,00 20,34 24,71
Ano 2
77
0,00 80,00 16,90 23,03
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,580
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,606
Sim
Æ
Presença de hérnia incisional no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de hérnia incisional no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao avaliar a casuística distribuída pela complicação hérnia incisional, foi
observada diminuição significante na pontuação da escala interação social/PSN ao
longo do tempo. Porém, não foi observada diferença entre os grupos. (TABELA 73)
Tabela 73: Análise descritiva e comparativa da variável interação social/PSN, ao longo
do tempo, em pacientes distribuídos pela presença de hérnia incisional no
pós-operatório (n=77)
Interação social/PSN (pontuação)
Hérnia
incisional
Tempo n
Mínima Máxima Média d.p.
Sim Pré
77
0,00 80,00 20,00 21,08
Ano 1
77
0,00 60,00 5,26 14,67
Ano 2
77
0,00 20,00 4,21 8,38
Não Pré
77
0,00 100,00 34,48 28,23
Ano 1
77
0,00 60,00 8,62 15,50
Ano 2
77
0,00 40,00 4,48 10,62
Nível descritivo na avaliação da influência do grupo e do tempo de acompanhamento na
variação da QVRS:
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas e
d.p. ao desvio-padrão.
Legenda:
Grupo p=0,081
Tempo p<0,001
Grupo x Tempo p=0,056
Sim
Æ
Presença de hérnia incisional no pós-operatório
Não
Æ
Ausência de hérnia incisional no pós-operatório
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao avaliar a casuística distribuída pela complicação hérnia incisional, foi notada
diferença estatística para as variáveis peso e IMC ao longo do tempo. Contudo, não foi
observada diferença entre os grupos (com e sem queda de cabelo) para essas variáveis.
(TABELA 74)
Tabela 74: Comparação entre as médias de peso e IMC, nos três momentos de
avaliação, em pacientes distribuídos pela presença de hérnia incisional no
pós-operatório (n=77)
Tempo Grupo Interação
Variável
Pré x Ano 1 x Ano 2
(p)
Hérnia incisional
(p)
Tempo x Grupo
(p)
Peso (kg) <0,001 0,932 0,653
IMC (kg/m²) <0,001 0,987 0,673
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas.
Legenda:
IMC
Æ
Índice de massa corporal
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao analisar a casuística distribuída pela complicação hérnia incisional, foi
observada diferença estatística para as escalas do SF-36 ao longo do tempo. No entanto,
não foi notada diferença entre os grupos (com e sem queda de cabelo) para essas
variáveis. (TABELA 75)
Tabela 75: Comparação entre as médias dos escores de cada escala do SF-36, nos três
momentos de avaliação, em pacientes distribuídos pela presença de hérnia
incisional no pós-operatório (n=77)
Tempo Grupo Interação
Escala (SF-36)
Pré x Ano 1 x Ano 2
(p)
Hérnia incisional
(p)
Tempo x Grupo
(p)
Aspectos físicos <0,001 0,338 0,143
Aspectos emocionais <0,001 0,636 0,615
Aspectos sociais <0,001 0,178 0,329
Dor corporal <0,001 0,682 0,657
Estado geral de saúde <0,001 0,641 0,951
Vitalidade <0,001 0,336 0,321
Capacidade funcional <0,001 0,896 0,165
Saúde mental <0,001 0,594 0,422
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas.
Legenda:
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
Ao avaliar a casuística distribuída pela complicação hérnia incisional, foi notada
diferença estatística para as escalas do PSN ao longo do tempo. Entretanto, não foi
observada diferença entre os grupos (com e sem queda de cabelo) para essas variáveis.
(TABELA 76)
Tabela 76: Comparação entre as médias dos escores de cada escala do PSN, nos três
momentos de avaliação, em pacientes distribuídos pela presença de hérnia
incisional no pós-operatório (n=77)
Tempo Grupo Interação
Escala (PSN)
Pré x Ano 1 x Ano 2
(p)
Hérnia incisional
(p)
Tempo x Grupo
(p)
Energia <0,001 0,529 0,202
Dor <0,001 0,549 0,615
Habilidade física <0,001 0,266 0,217
Reação emocional <0,001 0,904 0,103
Sono <0,001 0,580 0,606
Interação social <0,001 0,081 0,056
Nota: o valor de p refere-se a análise de variância baseada no modelo de medidas repetidas.
Legenda:
Pré
Æ
Avaliação de pré-operatório
Ano 1
Æ
Avaliação de pós-operatório de um ano
Ano 2
Æ
Avaliação de pós-operatório de dois anos
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
INMETRO. Sistema internacional de unidades – SI. 8ª ed. Rio de Janeiro; 2003.
Moura MLS, Ferreira MC, Paine PA. Manual de elaboração de projetos de pesquisa.
Rio de Janeiro: EdUERJ; 1998.
Rother ET, Braga MER. Como elaborar sua tese: estrutura e referências. 2ª ed. São
Paulo; 2005.
Souza MSL. Guia para redação e apresentação de monografias, dissertações e teses. 3ª
ed. Belo Horizonte: Coopmed; 2005.
Spector N. manual para a redação de teses, projetos de pesquisa e artigos científicos. 2ª
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2001.
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