Figura 31 - Esquema de um nervo espinhal. 1. Raiz dorsal; 2. Gânglio espinhal; 3. Nervo espinhal
com: 4. Seu ramo dorsal; 5. Ramo comunicante dos nervos espinhais (branco); 6.
Ramo comunicante dos nervos autônomos (cinzento); 7. Ramo anterior do nervo
espinhal; 8. Gânglio simpático; 9 e 10. Raízes simpática e proximal, respectivamente,
de: 11. Ramo meníngeo do nervo espinhal; 12. Raiz ventral; 13. Corno ventral
3
No SNS, os neurônios pós-ganglionares estão nos gânglios para e pré-vertebrais,
de onde saem fibras pós-ganglionares, cujo destino é sempre uma glândula, músculo
liso ou cardíaco. As fibras pós-ganglionares, para chegar a este destino, podem seguir
por três trajetos: por intermédio de um nervo espinhal, em que as fibras voltam ao nervo
espinhal por meio do ramo comunicante cinzento distribuem-se no seu território de
inervação e inervam os músculos eretores dos pêlos, as glândulas sudoríparas e os vasos
cutâneos; por intermédio de um nervo independente, quando o nervo liga diretamente o
gânglio à víscera; ou por intermédio de uma artéria as quais acompanham em seu
território de vascularização
6
. Algumas destas fibras voltam da cadeia simpática para os
nervos espinhais através dos ramos comunicantes cinzentos em todos os níveis da
medula, sendo fibras que se estendem para todas as partes do corpo por meio dos nervos
esqueléticos, controlando os vasos sanguíneos, glândulas sudoríparas e músculos
eretores dos pêlos
4
. As vias simpáticas originadas em diferentes segmentos da medula
espinhal não são necessariamente distribuídas para as mesmas partes do corpo, como as
fibras somáticas dos mesmos segmentos. Ao contrário, as fibras simpáticas do segmento
T1 geralmente projetam-se superiormente na cadeia simpática para terminar na cabeça;
de T2 para o pescoço; de T3, T4, T5 e T6 para o tórax; de T7 a T11 para o abdome e de
T12, L1 e L2, para as pernas
4
. As vias simpáticas, eferentes ou motoras, são vias de dois
neurônios e destinam-se aos músculos lisos e aos sistemas glandulares periféricos. O
primeiro é mielinizado, encontrado nos centros autônomos simpáticos da medula
espinhal, coluna intermédia lateral ou autônoma, com um axônio que atravessa o corno
anterior, passa para a raiz ventral e depois segue para o nervo espinhal, indo, finalmente,
para o ramo comunicante branco que o leva ao gânglio espinhal. Enquanto o segundo
neurônio não é mielinizado e difere no destino de sua fibra, que pode ser somático
(motricidade do pêlo, secreção sudorípara, vasomotricidade periférica) ou visceral
3
.
As fibras somáticas têm conexão no gânglio do tronco simpático que não é,
necessariamente, o mais próximo. A partir deste, a fibra eferente encontra o nervo
espinhal através do ramo comunicante cinzento dos nervos autônomos, transportando
para este nervo seu contingente de fibras autônomas, as quais saem do nervo em
diferentes níveis, segundo seu destino: proximal, para o plexo simpático ou perivascular
e distal, para os nervos autônomos da pele. As fibras viscerais atravessam o gânglio do
tronco simpático sem se deterem, acompanham um nervo simpático periférico e chegam
a um gânglio periférico, onde se encontra o segundo neurônio. As conexões dos
diferentes gânglios dos diversos níveis do tronco simpático explicam a extrema difusão
do influxo nervoso simpático
3
.
Pelos ramos comunicantes intercostais, o tronco simpático torácico é
responsável por funções vasomotoras, pilomotoras e sudoríparas de topografia
metamérica
3
. Pelos ramos vasculares, na parte superior, emite fibras que sobem e
pertencem à via iridomotora e outras destinadas aos membros superiores que passam
pelo gânglio estrelado
3
. Pelos ramos viscerais emite ramos para o plexo celíaco e para a
medula supra-renal
3
. As fibras pré-ganglionares relacionadas com a inervação da pupila
originam-se de neurônios situados na coluna lateral da medula torácica alta (T1 e T2).