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As novas percepções sobre as práticas em saúde, não mudam do dia para
a noite e requerem mudanças entre pacientes e provedores. Vale dizer
que o envolvimento das famílias levando apoio aos pacientes é de
fundamental importância para as novas concepções de gerenciamento e
humanização do ambiente hospitalar.
Aliás, o apoio familiar ao paciente no ambiente hospitalar, minimiza o
“stress” causado pela situação do próprio tratamento, diminuindo o tempo
de internação do paciente. Afinal, alguns hospitais como o “Blank
Children’s Hospital” em Des Moines, Iowa, USA, na sua expansão em
agosto de 2001, inovam criando Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com
quartos individuais, para que os pacientes fiquem acompanhados de seus
familiares, embora a equipe de enfermagem deva se reorientar para
monitorar cada quarto separadamente. As centrais de enfermagem estão
mais integradas, facilitando a interação com os familiares. A iluminação e
as cores dão um toque acolhedor ao ambiente. Por sua vez equipamentos
que não necessitam de acesso foram protegidos por painéis de madeira,
ambientes de espera descortinam-se para o exterior, com muita luz natural
e ambientes familiares dão um toque relaxante. O diretor deste hospital
Dr. David Alexander, fala que a remodelagem não é somente para projetos
brilhantes, mas sim para envolver os pacientes e familiares na busca pela
saúde, com benefícios imediatos.
Segundo Bross (2002), os edifícios de saúde no Brasil, ganham novo
conceito e novo formato, acompanhando as transformações sociais,
voltadas para a saúde, e não para a doença. Afinal as pessoas estão
buscando cuidados preventivos, incluindo a nutrição, ginástica, plástica,
fisioterapia, cosmetologia, inclusive a medicina alternativa, entre outras. A
tendência são os edifícios de saúde, e não mais de doenças. Afinal os
hospitais estão mudando o gerenciamento da saúde, passando a adotar o
que se chama atualmente de redes hierarquizadas, ou seja por níveis de
complexidade. Onde as pessoas serão induzidas a procurar, conforme o
grau de necessidade, desde os serviços mais simples aos mais complexos,
seja uma clínica especializada ou um sistema hospitalar. A vocação é para
hospitais especializados, com alta tecnologia e capacidade entre 120 e 180
leitos. Como exemplo, um especializado em obstetrícia e pediatria, outro
em traumatologia e neurologia, e assim sucessivamente.
O arquiteto passa a ter um papel de consultor, conselheiro e avaliador do
desempenho do espaço, com ampla visão das especialidades médicas,