portão de entrada, há um pote branco. À direita, situa-se uma cozinha grande, separada
dessa área por uma mureta de aproximadamente um metro de altura. Além de utensílios
de cozinha e área de serviço (geladeira, fogão, pia, filtro de água, máquina de lavar
roupa, tanque), há uma grande mesa e uma mesa de sinuca, sempre coberta por uma
capa. Nesse ambiente, onde se percebe um clima acolhedor, os participantes se reúnem
antes e depois da gira para conversarem, resolverem assuntos pendentes, alimentarem as
crianças, entre outras atividades do cotidiano. Os frequentadores são, em sua maioria,
pessoas da família ou ligadas aos médiuns, ou as que vão lá por indicação de alguém.
Como está atualmente oficializando suas atividades, apesar de antigo, este terreiro
espera o final do processo burocrático para abrir legalmente suas portas à comunidade
em geral.
O cômodo onde ocorrem as giras situa-se ao lado dessa cozinha. A parede que
faz divisa com a área de entrada conta com uma porta central e duas janelas laterais.
Existem ainda duas venezianas, próximas ao teto, na parede que divide o cômodo e a
cozinha. As paredes são brancas e o congá, feito de alvenaria e pedra, fica de frente para
quem entra pela única porta, pintada de azul. De um pequeno degrau embaixo, sobem
três pilares que sustentam uma plataforma, coberta por toalha de renda branca, onde está
a maioria das imagens. No centro da plataforma, há uma elevação onde se situa a
imagem de Jesus Cristo, relacionado com Oxalá. A seus pés, um pote de cerâmica,
velas, flores, a pomba do Espírito Santo e uma pedra, presentificando Xangô, orixá de
cabeça do pai de santo. Na parede, acima da imagem, vê-se um triângulo azul,
margeado pelas palavras: caridade, humildade e amor. Do lado direito, encontram-se
imagens de caboclos, uma jarra com água, velas, algumas imagens menores, utensílios
usados na gira, algumas machadinhas de Xangô, uma pedra sustentando uma vela, a
imagem de São Jerônimo, um grande pilão com machadinhas entalhadas em seu corpo e