
Durante o trabalho vivencial “pude voltar no tempo, infância, adolescência, vida adulta,
rever algumas decisões recém tomadas, etc”. Relata que durante a adolescência viveu a sua
sexualidade sem muitos limites e significados. Por mais importante que a sexualidade seja ou
tenha sido para sempre será parte integrante de um relacionamento, nunca um fim em si mesma. É
a ligação pessoal com o marido, a troca de prazer entre ambos, que torna o sexo algo tão bom. A
capacidade de relacionar-se - isso é muito importante. Se não houver relacionamento, vai se
definhando ou perdendo o interesse. Acima de tudo, quer que os relacionamentos sejam
amorosos não importa se amigáveis, sociais, físicos ou espirituais; quer que tenham coração.
Verdadeiramente não dá a mínima para as exigências sociais de um "bom casamento".
Sua vida parece ter sido regida por encontros e ligações amorosas. Durante a vivência
percebe que “O fato de dar significado a um período da minha vida (adolescência) me faz sentir
menos culpada e saber que é possível dar um novo significado e um novo aprendizado”.
O trabalho com a argila me mostrou que o mundo é fluido, livre, que podemos fazer dele
o que quisermos, mesmo que nossa construção não tenha nenhuma forma os outros lhe dão um
significado, uma forma. E quando isso acontece pode ser bom ou ruim.
Mãe afetuosa, generosa e até pouco convencional. Mas os filhos não são o centro da
sua vida. Já passou pela fase de não querer criar raízes e viver a vida como uma aventura.
Essencialmente civilizada; demonstrado quando diz “faço minhas próprias conexões, mas
apresento pouco ao grupo. Sou muito racional e por isso tento primeiro entender o que está
acontecendo comigo para depois, num segundo momento, já protegida, expor minhas
descobertas”.
Se sente plenamente à vontade com o seu corpo e que tem uma relação saudável e
descomplicada com a sua sexualidade. Isso já lhe causou complicações familiares.
É atraente e encantadora, embora não seja necessariamente um tipo convencional de
beleza.
A sua atratividade jovem e a sua empatia fácil e livre foram motivos para ligar-me ao
trabalho em empresa, com novas pessoas surgindo no seu horizonte. Depois se sentiu
encurralada e entediada na rotina de trabalho em organização.
Está profundamente envolvida em seu atual casamento, se mostra uma excepcional
confidente, uma amiga espiritual além de sexual; é literalmente uma "companheira". O seu
“interesse instintivo é dirigido ao conteúdo do relacionamento em si e todas as potencialidades e
nuances para si mesma e também para o companheiro”. De positivo, é óbvio que isso pode ser
enormemente benéfico para o desenvolvimento criativo do marido. Depois de experiências
dolorosas, atinge sua plena maturidade e passa a ter genuína confiança em si mesma. Daí por
diante, tornar-se uma boa confidente dele. Em sua manifestação mais saudável, tornar-se a esposa
inspiradora. Propensa a cuidar de suas chagas em silêncio.
A pesquisada relata que “aprendeu que pode continuar usando seu tempo para fazer o
que gosta: abrir seu baú e reviver o passado sem culpas e sem esconder o prazer que sente em
fazer isto”. Durante a vivência diz que “seu baú foi aberto várias vezes, deixando para si à mostra
separação, fogo nas paixões, pensamento livre etc”. Quando está plenamente em seu corpo, um
outro milagre ocorre: começa a sentir verdadeiramente. Não apenas excitação sexual, embora
esta possa estar presente, mas uma espécie de derretimento, de abertura de recessos vulneráveis,
uma sensibilidade a disposições e atmosferas mais sutis. Sente-se exposta. A sua maior virtude -
compaixão.
Mais do que qualquer outra, ela possui uma visão acumulada através do sofrimento e da
paciência. "Ela quer o coração". Pois o coração simboliza tudo o que é autêntico e verdadeiro em
sua menos defendida profundeza. É quando dois corações estão abertos um ao outro, a magia
pode então fluir entre eles. Este é o seu grande dom, a fusão de dois corações em harmonia com a
grande fusão sensual de nossos seres físicos. Trato meu marido como “meu rei”.
Quando vou à trilha do Parque do Cocó, sem o compromisso de caminhar,
simplesmente para contemplar, me sinto renovada, cheia de energia e de idéias, faço mil
conexões. Moro em frente a esse paraíso e, no entanto pouco vou lá me renovar e pensando sobre
o porquê me pego na velha resposta conhecida por todos: “Não tenho tempo”.
Como se vê: “uma menina com medo de mostrar suas fraquezas e ao mesmo tempo
muito corajosa por enfrentar as coisas sozinhas. Distante da família (não distancia física, mas sem
relações de amizade com os familiares) e próximas dos poucos amigos e vários colegas. Veria
uma jovem que, diante de algumas opções, escolheu a pessoa certa para estar junto no futuro e
com ele formar uma família”.
Acontecimentos que vejo no futuro: uma mulher corajosa por ter feito escolhas certas
em tempos incertos, uma mãe carinhosa e próxima (amiga) de meus filhos, amante de meu marido,
amada por ele e por meus filhos. Feliz no trabalho, em casa, com os amigos.
Os mitos são os representantes do caminho do herói, não do tipo de herói moderno,
que tudo vence; Isabela, bem como Mariela e Gabriela retratam isso em suas falas, em