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Suas principais obras são: Soldado Fanfarrão, O Trapaceiro, O Anfitrião, O Vaso de
Ouro, Os Cativos, dentre outras.
Terêncio, por sua vez, escreveu inúmeras comédias, porém sua linguagem não
era coloquial, uma vez que procurava imitar a nobreza romana. Dentre suas obras mais
famosas, podemos citar: Os Adelfos, A Sogra, Andria, O Eunuco, Fórmio.
As comédias romanas se dividem em dois tipos: a fabula palliata, cujos atores
vestiam o pallium grego, e a fabula togata, cujos intérpretes usavam a toga romana.
Pode-se ainda dizer que as comédias romanas são formadas de prólogo, diálogo e
acompanhamento musical, abolindo a presença do coro.
É importante assinalar que, durante a República, destacam-se, Névio, criador do
drama romano ou da fabula praetexta, assim denominada devido ao traje oficial dos
magistrados romanos, personagens de suas obras e Lívio Andrônico, escravo, autor de
tragédias e comédias . Romulus é a obra de maior destaque escrita por Névio.
A tragédia romana tem, como representante principal, Sêneca, sendo de sua
autoria Medéia, Fedra, As Fenícias, Tiestes, As Trôades, Hércules Furioso e outras
peças. Suas tragédias influenciaram os humanistas na época renascentista.
O teatro, no período medieval, sofre uma modificação. Isso acontece logo após o
declínio do Império Romano, visto que os espetáculos teatrais foram condenados e
proibidos pela Igreja. No entanto, a representação teatral foi resgatada durante as
cerimônias religiosas, nas quais eram encenadas histórias bíblicas pelos eclesiásticos,
em latim, sendo o seu cenário muito rústico e simples.
Dessa forma, o espaço da Igreja interno ou externo, no período medieval, foi o
primeiro local para as representações sacras, configurando-se, então, como teatros
improvisados, cujos palcos eram feitos de madeira, acontecendo, por vezes, de serem
construídos para a representação em praças. É importante frisar que, no início, essas
representações teatrais aconteciam na parte interna das Igrejas e, depois, ganharam o
espaço externo, sendo representadas nas praças.
Assim, nasce o teatro cristão, cujas peças trazem, como argumentos, as paixões e
os mistérios medievais, que eram representados em espetáculos públicos, e tinham por
caracterização o fato de serem encenados por vários dias em palcos ao ar livre.Esse tipo
de encenação durou muito tempo, sendo modificado nos quatrocentos, quando esse
espetáculo de teor religioso assume novas roupagens, ou seja, abandona o aspecto de
rito religioso e comemorativo e adquire o caráter de espetáculo.