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No Brasil, ONIKI (1999) relatou P. eurysema e C. passerinae parasitando C.
talpacoti no estado do Mato Grosso. RODA & FARIAS (1999) registraram, em
Pernambuco, a ocorrência de C. passerinae em C. talpacoti e C. minuta. VALIM et
al. (2004) citaram C. passerinae, H. passerinae e P. eurysema parasitando C.
talpacoti no estado do Rio de Janeiro.
GONZALES et al. (2004), estudando a fauna parasitária de Zenaida auriculata
(Des Murs, 1847) na província de Nuble, Chile, registraram a prevalência de
endoparasitos e ectoparasitos. Os artrópodes identificados correspodem a: Falculifer
isodontus (55,7%), Diplaegidia columbae (73,2%), Amblyomma sp. (5,1%),
Columbicola baculoides (64,7%), Bonomiella sp. (8,5%), Hohostiella sp. (4,7%) e
ácaros da família Trombiculidae (6,8%).
VALIM et al. (2004) analisando os níveis de enzootia por ectoparasitos em C.
talpacoti (Temminck, 1810), oriundas do município de Duque de Caxias, Rio de
Janeiro, encontraram parasitos das ordens: Diptera, Phthiraptera, e Acaridida. Foi
encontrada a espécie de díptero, Microlynchia pusilla (Speiser, 1902)
(Hippoboscidae), com prevalência de 25%; os malófagos estavam presentes com
duas Subordens: Ischnocera - Columbicola passerinae (Wilson, 1941),
Physconelloides eurysema (Carriker, 1903), ambos com 50% de prevalência e
Amblycera: Hohorstiella passerinae Hill & Tuff, 1978 com 17%. Dentre os ácaros
foram encontrados Byersalges talpacoti (Cerný, 1972), Pterophagus lomatus Gaud &
Barré, 1992, Manolichus sp. Gaud & Mouchet, 1959, Diplaegidia columbigallinae
(Cerný, 1972), com 100%, 8%, 75%, 50% de prevalência, respectivamente.
LINARDI & GUIMARÃES (2000) reportaram a ocorrência do sifonáptero
Hectopsylla psittaci, Frauenfeld 1860, nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do
Sul e São Paulo, parasitando algumas espécies de aves, dentre elas Columba livia,
Gmelin, 1789.
Pesquisas sobre ácaros nasícolas parasitos de aves são escassas. No Brasil,
a maior parte dos estudos ocorreu entre as décadas de 40 e 70 por pesquisadores
do Instituto Biológico de São Paulo, destacando-se os trabalhos de CASTRO (1948),
PEREIRA e CASTRO (1949), AMARAL (1968), AMARAL e REBOUÇAS, (1974).
Recentemente, no Rio Grande do Sul, MASCARENHAS e BRUM (2006),
MASCARENHAS et al. (2006), PAULSEN, (2006), SINKOC (2006) e
MASCARENHAS et al. (2007a) e MASCARENHAS et al. (2007b) têm citado várias
espécies de ácaros nasais parasitos de aves silvestres.