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Governo do Distrito Federal
Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social
Departamento de Trânsito do Distrito Federal
Diretoria de Segurança de Trânsito
Divisão de Educação de Trânsito
Brasília
Detran-DF
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Governo do Distrito Federal
Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social
Departamento de Trânsito do Distrito Federal
Diretoria de Segurança de Trânsito
Divisão de Educação de Trânsito
MANUAL DO CONDUTOR
Para renovação da Carteira Nacional de Habilitação
1ª edição
Brasília
Detran-DF
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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZEGEM – SENAI
Responsabilidade dos Serviços Gráficos
Elaboração / Revisão Técnica: Equipe Técnica Pedagógica
Divisão de Educação de Trânsito
Detran-DF
Revisão Ortográfica: Assessoria de Comunicação
Detran-DF
Ilustração: Equipe Técnica
Detran-DF
Impresso no Brasil
Distrito Federal (Brasil). Departamento de Trânsito. Manual do
Condutor para Renovação da CNH. – Brasília: Detran, 2005
p. – il.
ISBN
1. Educação no trânsito. 2. Segurança no trânsito. I Título.
CDD xxx.xxx
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
CONVÍVIO SOCIAL NO TRÂNSITO E O MEIO AMBIENTE
Diferenças individuais
O indivíduo como cidadão
Convívio social no trânsito
Fatores que influenciam as relações no trânsito
Atitudes que demonstram solidariedade no trânsito
Atitudes a serem incorporadas pelos motoristas no trânsito
Meio ambiente
Os veículos e a poluição
Alternativas menos poluentes
Poluição sonora
Os efeitos da poluição sonora
Como os veículos podem afetar, o nosso meio ambiente
Como contribuir para a preservação do meio ambiente
Infrações relacionadas ao meio ambiente
Recomendações para economizar combustível e poluir menos
DIREÇÃO DEFENSIVA
O que é direção defensiva
O que é dirigir por si e pelos outros
Requisitos necessários
Conhecimento
Atenção
Previsão
Decisão
Habilidade
CONDIÇÕES ADVERSAS
Condição adversa de luz
Condição adversa de tempo
Condição adversa de via
Condição adversa de trânsito
Condição adversa de veículo (manutenção veicular)
Condição adversa de motorista (física e mental)
Acidente evitável e não-evitável
Método básico de prevenção de acidente
Colisões e atropelamentos
Cinto de segurança
NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA
Normas de condutas
Infrações (Artigo 161)
Classificação
As penalidades (Artigo 256)
Das medidas administrativas (Artigo 26)
Penalidades, medidas administrativas e crimes de algumas
infrações do CTB
PRIMEIROS SOCORROS
Procedimentos iniciais (pré-abordagem)
Os riscos mais comuns
Sinalizar o local do acidente
Como sinalizar
Qual a distância para o início da sinalização
Incêndios
Como agir neste caso
Como usar o extintor de incêndio
Cabos de eletricidade
Deslizamentos sobre barrancos, viadutos ou pontes
Vazamento de produtos perigosos
Simbologia internacional sobre alerta de produtos perigosos
Doenças infecto-contagiosas
Verificação das condições gerais da vítima
Parada respiratória
Parada cardíaca
RCP – Reanimação cardiopulmonar
Desobstrução das vias aéreas
Hemorragias
Estado de choque
Fraturas
Lesão na coluna
Traumatismo craniano
Queimaduras
Regra dos 9%
Queimaduras químicas
BIBLIOGRAFIA
CONVÍVIO SOCIAL NO TRÂNSITO E O MEIO
AMBIENTE
Relacionamento Interpessoal
O relacionamento interpessoal é a mola propulsora da sociedade moderna. A
qualidade dos nossos relacionamentos e a capacidade de mantê-los são fatores
determinantes do nosso posicionamento social e da nossa qualidade de vida.
Sociedades com forte desenvolvimento das relações interpessoais são mais
dinâmicas, mais cooperativas, tiram melhor proveito do trabalho em equipe e se
desenvolvem melhor.
Quando os anseios coletivos se somam positivamente às características
individuais, temos o individuo ajustado, o verdadeiro cidadão.
Quando a individualidade é antagônica às demais pessoas e ao bem comum, temos
conflitos. É dever de todo cidadão aprimorar continuamente seus relacionamentos
interpessoais
A falta de relacionamento gera, como conseqüência, os desencontros em todos os
setores da vida, inclusive no trânsito. É importante acentuar que o relacionamento é
intrínseco ao ser humano porque decorre de sua própria natureza de animal social.
Dentro dessa exigência do ser humano (animal social) é que procuramos conceituar
relacionamento humano como: o modo como nos conduzimos diante das pessoas,
respeitando seus gostos, suas liberdades e suas limitações.
Diferenças Individuais
Os homens são iguais na sua forma e constituição, mas quanto à maneira
de ser são diferentes entre si. Cada pessoa sente, age e pensa de forma diferente. Além
de os homens diferirem entre si de todos os outros de sua espécie, cada criatura difere de
si própria com o decorrer dos anos. Num mesmo ano ou intervalo de poucos minutos,
suas atitudes podem mudar diante de uma mesma situação. Alguém pode não gostar
amanhã de uma pessoa de quem gosta muito hoje.
Os indivíduos se distinguem uns dos outros nos aspectos físicos, psíquicos,
intelectuais, emocionas ou sociais, conforme as diferenças individuais que cada um
possui.
As causas das diferenças individuais podem ser inatas, isto é, o individuo
nasce com elas, como: sexo, raça, constituição física, temperamento, etc.
Existem também as causas adquiridas por influência do meio ambiente onde se
vive. Algumas dessas causas advém do meio social: família, escola, religião, situação
econômica, saúde, alimentação.
As diferenças individuais devem-se, principalmente, à reunião de traços e
atributos pessoais que constituem o que chamamos de personalidade. Sendo assim,
necessidade do respeito às diferenças individuais, pois o respeito é a base para o ser
humano relacionar-se com os demais.
O indivíduo como cidadão
Cidadão é o individuo consciente do seu papel na sociedade. O homem é cidadão
no momento em que exerce os seus direitos e cumpre os seus deveres.
Para que a vida em sociedade seja possível foram criadas as normas de conduta
que prevêem nossos direitos e deveres enquanto cidadãos.
Os direitos e deveres do cidadão são determinados pelas leis e pelos códigos. Na
sociedade brasileira, a lei máxima é a Constituição da República Federativa do Brasil,
de 1988. Além dela, temos Códigos com leis mais específicas, como o Código Civil
Brasileiro, o Código Penal, o Código de Trânsito, etc.
O cidadão tem o dever de obedecer às leis e normas, em benefício do bem
comum. Essa é a melhor forma de respeitar o direito das demais pessoas e ter os nossos
direitos respeitados.
Isso quer dizer que estamos sujeitos a punições todas as vezes que nosso
comportamento for nocivo para a coletividade ou para nós mesmos.
O trânsito é o maior ponto de junção entre os diversos grupos, segmentos e
indivíduos de uma sociedade. É um complexo sistema do qual todos dependemos,
diariamente.
Convívio social no trânsito
O trânsito é, sem dúvida, o resultado das aglomerações humanas, tendo surgido
o veículo justamente para facilitar o deslocamento, a comunicação e a interação entre os
indivíduos e os grupos. Como eficiente meio de transporte, facilita o intercâmbio
comercial e cultural entre os povos, propiciando um relacionamento mais intenso e
contínuo, mesmo a distâncias maiores.
Para que se torne possível a convivência harmônica entre os indivíduos são
necessários organização e respeito aos direitos e aos deveres individuais e do grupo.
Esse comportamento envolve valores sociais, morais, éticos, religiosos e outros que
determinam procedimentos a serem respeitados em todos os setores da vida.
O condutor de veículo e o pedestre deveriam iniciar a jornada com um exame
preventivo de consciência e força de vontade, capaz de superar os obstáculos porventura
encontrados na via. Precisam ser conscientes de que irão encontrar pessoas diferentes no
modo de pensar e agir e que deverão aceitá-las como são, levando em conta o
temperamento, o grau de instrução. É necessário também respeitar a legislação para
tornar possível o convívio social no trânsito.
Nosso comportamento no trânsito é regido por um conjunto de leis, contidas no
Código de Trânsito Brasileiro e nos decretos e resoluções complementares. O trânsito
em condições seguras é um direito de todos. Da mesma maneira, todas as pessoas têm o
dever de obedecer às leis de trânsito. No Brasil, a regulamentação do trânsito de
qualquer natureza, nas vias terrestres, é feita pelo CTB - Código de Trânsito Brasileiro
(Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997).
O CTB prevê o comportamento e as ações consideradas corretas para todos os
elementos do trânsito, bem como as infrações, multas, penalidades e nossa
responsabilidade civil e criminal, sempre que estamos no trânsito, principalmente
quando colocamos em risco a nossa segurança e a segurança das demais pessoas.
Infelizmente é no trânsito que algumas pessoas descarregam suas frustrações e
problemas pessoais. Presenciamos diariamente no trânsito ações de desrespeito,
demonstrações de superioridade, agressividade e violência praticadas principalmente
pelos motoristas, a quem cabe a maior parcela de responsabilidade na segurança do
trânsito. O bom cidadão geralmente também é bom motorista, porque as qualidades para
ambos são as mesmas.
Portanto, para que haja segurança e conforto no trânsito é importante que cada
um faça a sua parte.
Fatores que influenciam as relações no trânsito
Não se esqueça de que no trânsito você não está sozinho e as leis foram feitas
não apenas para os outros, mas para você também. É importante salientar que grande
parte dos problemas de relacionamento humano no trânsito ocorre em razão de uma
série de fatores. Como por exemplo:
§ Supervalorização da máquina: quanto melhor o veículo, mais direitos e menos
deveres o motorista julga ter;
§ Inversão de valores: o veículo é usado como instrumento de força, de vaidade e de
competição;
§ Falta de controle emocional do indivíduo: julgar que os próprios problemas ou
vontades contam e devem ser respeitados;
§ Egoísmo: falta de pensar em conjunto; levar em conta só a si mesmo, os outros não
existem;
§ Descaso a normas e regulamentos: julgar que a legislação de trânsito foi feita para os
outros, não para si mesmo;
§ Falta de planejamento em relação ao horário e ao percurso: tentar recuperar o
“tempo perdido”, apressando ou perturbando os outros motoristas;
§ Crença na imunidade: achar que coisas ruins não acontecem consigo mesmo;
§ Desconhecimento das leis: o desconhecimento das leis de trânsito, da sinalização
e/ou de seu veículo impedirá que o indivíduo dirija corretamente;
§ Desrespeito aos direitos alheios: sempre que você cometer uma infração de trânsito
estará ferindo direitos alheios.
Atitudes que demonstram solidariedade no trânsito
1. Fazer uso da comunicação: objetiva e clara.
2. Proceder com civilidade.
3. Cultivar a bondade, a amizade e a solidariedade.
4. Entender que os seus direitos são limitados pelos direitos dos outros.
5. Abrir mão dos próprios direitos em favor do bem comum.
6. Aceitar os demais usuários das vias com suas limitações.
7. Evitar o cometimento de infrações.
8. Cultivar o respeito entre os indivíduos.
Atitudes a serem incorporadas pelos motoristas no trânsito
Existem algumas atitudes que precisam ser incorporadas ao modo de dirigir de
uma pessoa, para que ela interaja com o grupo de usuários responsáveis por um trânsito
mais humano e mais seguro. São atitudes ancoradas no bom senso, no espírito de
solidariedade e nos direitos e deveres próprios do cidadão consciente e democrático.
Tais atitudes são:
§ Em vez de acelerar quando outro motorista pede passagem, diminua a velocidade
e deixe-o passar; você não está disputando um lugar em um pódio;
§ Em vez de trafegar lentamente pela esquerda, dificultando a ultrapassagem, mude
de faixa; circulando pela direita, você também chega lá;
§ Em vez de invadir a via preferencial de outro motorista, aguarde um pouco mais;
freadas bruscas não são muito agradáveis;
§ Em vez de buzinar excessivamente no trânsito, mantenha a calma; você conhece
alguém que goste do som de uma buzina?
§ Em vez de mudar bruscamente de pista, confira antes o retrovisor e use as setas;
você não anda sozinho pelas ruas;
§ Em vez de correr na chuva, ignorando o risco da pista molhada, diminua sempre
a velocidade; o aumento da ocorrência de acidentes por causa do mau tempo não
é mera coincidência;
Na hora de estacionar, em vez de “esquecer” o seu carro em fila dupla,
atrapalhando os outros, ande um pouco mais; há sempre uma vaga livre adiante;
Em vez de ficar atrás de um carro que está indicando que vai virar à esquerda,
ultrapasse pela direita; essa é a única exceção à regra de ultrapassagem, que deve
sempre acontecer pela esquerda;
§ Em vez de carregar o capacete no braço, use-o na cabeça; é seguro e está prevista
no Código a obrigatoriedade do uso;
§ Em vez de “furar” o sinal que acabou de ficar vermelho, aproveitando-se da
lógica insensata de que “o pedestre espera”, pare o carro antes da faixa de
segurança; o respeito ao próximo vem muito antes das leis de trânsito.
Meio Ambiente
A prioridade do governo, por meio dos órgãos e das entidades que compõem o
Sistema Nacional de Trânsito, é realizar ações para a defesa da vida, incluindo a
preservação da saúde e do meio ambiente. E nós, usuários das vias, temos a obrigação
de respeitar as determinações do Código de Trânsito Brasileiro, evitando qualquer
atitude que possa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito de pessoas, veículos ou
animais.
Não existe agressão ao meio ambiente que o possa ser solucionada, desde que
a população se conscientize da gravidade do problema e comece a participar. Um dos
fatores de poluição é, por exemplo, um motor desregulado, que contribui para deixar o
ambiente menos acolhedor e menos habitável. Sendo a poluição uma forma de agressão
humana ao ambiente, é necessário rever nossos valores e experiências com a finalidade
de agirmos na busca de um mundo melhor e uma vida mais saudável.
Os veículos e a poluição
Estudos realizados comprovam que os veículos automotores nacionais produzem
poluição atmosférica muito além do que seria tolerado. Também ocorrem para a
degradação ambiental os motores que equipam os veículos nacionais, de concepção
antiquada, ultrapassada, com poucos ou nenhum mecanismo de proteção para o meio
ambiente.
Não se pode negar que o Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos
Automotores Proconve, de responsabilidade do Ibama, tem trazido resultados
positivos, tanto que os modelos de fabricação mais recente vêm equipados com
dispositivos destinados a neutralizar a emissão de poluentes.
De acordo com o Proconve, anualmente a indústria nacional de veículos deve
apresentar, no mercado, modelos planejados para índices decrescentes de emissão de
poluentes, até que se consiga atingir padrões desejáveis aos praticados na Europa, nos
patamares de 2g/km de monóxido de carbono, 0,6 g/km de óxidos de nitrogênio e
0,3g/km de hidrocarbonetos; o que, de certa forma, vem sendo atendido pelas
montadoras brasileiras.
Os fabricantes de automóveis, por exemplo, têm a obrigação de produzir
veículos que emitam menos poluentes, a cada ano. as pessoas podem colaborar para
que haja menos poluição ao utilizarem de forma mais racional os meios de transporte,
evitando saídas desnecessárias com automóveis, ou, ainda, mantendo os veículos
sempre regulados, economizando assim combustível e reduzindo a emissão de gases
tóxicos.
Alternativas menos poluentes
§ O álcool polui menos que a gasolina; a gasolina polui menos que o diesel.
§ Gás natural ainda é pouco usado no Brasil, mas polui menos que os outros
combustíveis.
§ Óleos vegetais estão sendo testados como alternativa para melhorar o diesel.
§ Uma forte tendência para os próximos anos, dentro das indústrias
automobilísticas, é a presença, cada vez maior, de motores elétricos, que não
emitem gases e são muito silenciosos.
Poluição Sonora
Outra fonte poluidora é o excesso de ruídos que contribui para provocar grave
alteração na qualidade do ambiente, sendo conhecida como poluição sonora.
Também estão concentradas nas áreas urbanas, especialmente as maiores, as
fontes de ruídos, o que constituí em sério problema, que reclama providências
saneadoras. Destaca-se as capitais dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas
Gerais, nas quais foram detectados índices alarmantes de poluição sonora. Nesses
estados foram iniciados levantamentos e medidas práticas, voltadas à redução e
controle da poluição sonora.
A medição dos índices de intensidade dos sons é feita por uma unidade
denominada Decibel (dB), em homenagem a Alexandre Graham Bell, o inventor do
telefone.
Tem-se como nível suportável para o descanso e sono a faixa de 40 dB (A),
tolerando-se variação entre 35 e 40 dB, conforme anuncia a Associação Brasileira de
Normas Técnicas, seguindo orientação da Organização Mundial de Saúde. Sabe-se que
os ruídos com intensidade medida até 55 dB (A) não causam problemas maiores às
pessoas, todavia, ultrapassando aquele limite, tem lugar o estressamento auditivo, dando
causa à fadiga, insônia, incômodos e outros sintomas de desconforto.
Além de 90 dB (A), a saúde é profundamente afetada, variando os seus efeitos na
medida do tempo que a pessoa é submetida aos ruídos. Vale acrescentar que o nível de
120 dB (A) já ocasionou dores, provocando surdez nervosa irreversível.
Os efeitos da poluição sonora
O excesso de ruídos, na medida de intensidade pode ocasionar múltiplos
problemas na pessoa, os quais assim podem ser relacionados:
a) Dores de cabeça;
b) Distúrbios gástricos;
c) Zumbidos e deficiência auditiva;
d) Insônia;
e) Irritabilidade e agressividade;
f) Dispersão;
g) Agitação.
Como os veículos podem afetar o meio ambiente
n A queima de combustível produz gás carbônico. Liberado no ar, o CO2 interfere
no efeito estufa, aumentando a temperatura da Terra.
n O veículo com ar-condicionado produz o gás clorofluorcarbono (CFC). Quando
esse gás escapa para o meio ambiente, causa uma imensa reação em cadeia que
destrói a camada de ozônio.
n A camada de ozônio é responsável pela filtração dos raios ultravioletas que são
muito nocivos para a pele, causando câncer de pele.
n Com a regulagem incorreta da mistura ar/combustível.
n Motores danificados e com desgaste excessivo.
n O óleo lubrificante é muito poluente e de difícil degradação.
n O lixo lançado pela janela do veículo no meio ambiente é extremamente danoso.
Os papéis levam de duas a quatro semanas para se decompor, entopem ralos e
bueiros e denigrem a imagem da cidade.
n Latas, plásticos e vidros levam séculos para se decompor.
n Pneus velhos guardados contribuem para a proliferação de insetos causadores de
doenças.
n Carcaças de veículos abandonadas ficam apodrecendo lentamente durante anos
no meio ambiente.
Como contribuir para a preservação do meio ambiente
§ Manter o veículo em perfeito estado; isso inclui mantê-lo regulado e dentro dos
níveis aceitáveis de emissão de poluentes.
§ Os fabricantes estão produzindo motores cada vez mais eficientes e menos
poluentes, com catalisador e com injeção eletrônica.
§ Devemos evitar a troca improvisada e caseira do óleo lubrificante. A troca deve ser
feita em postos especializados que destina o óleo para ser reciclado.
§ A solução correta para veículos abandonados nos pátios de ferro-velho e desmanche
é a sucata. As partes metálicas voltam para as siderúrgicas, onde entram na
composição de alguns tipos de peças de aço.
§ O lixo deve ser acondicionado em sacos plásticos e depositado em local apropriado.
É infração jogar lixo na via.
Infrações relacionadas ao meio ambiente
Com o objetivo de reduzir os impactos ambientais quanto à poluição atmosférica ou
sonora, relacionados ao trânsito, o Código de Trânsito Brasileiro estabelece a exigência
que todo o condutor, tenha conhecimento sobre os conceitos básicos de proteção ao
meio ambiente. Do mesmo modo, também pune o condutor de veículos que:
§ Utilizar-se do veículo para arremessar água ou detritos sobre os pedestres ou outros
veículos;
§ Atirar para fora do veículo ou abandonar na via objetos ou substâncias;
§ Usar no veículo equipamento com som cujo volume ou freqüência o seja
autorizada;
§ Usar indevidamente no veículo aparelho de alarme ou que produza sons e ruídos
perturbadores do sossego público;
§ Conduzir o veículo com descarga livre ou silenciador de motor de explosão
defeituoso, deficiente ou inoperante;
§ Transitar com o veículo em mau estado de conservação, comprometendo a
segurança ou reprovado na avaliação de inspeção de segurança e de emissão de
poluentes e ruídos. (reprovado na vistoria);
§ Conduzir o veículo derramando, lançando ou arrastando sobre a via combustível ou
lubrificante que esteja utilizando, ou qualquer objeto que possa acarretar risco de
acidentes;
§ Conduzir o veículo produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis superiores aos
fixados por normas dos Órgãos Ambientais e os Órgãos do Sistema Nacional de
Trânsito;
§ Utilizar a buzina entre 22h e 6h.
Recomendações para economizar combustível e poluir menos
§ Aqueça o motor do veículo fora da garagem.
§ Não dirija com o freio de estacionamento acionado.
§ Inicie o deslocamento sempre em 1ª marcha.
§ Não acelere demasiadamente.
§ Evite freada brusca.
§ Sempre que estiver parado deixe o veículo em ponto morto.
§ Não acelere enquanto aguarda o semáforo abrir.
§ Não troque de marcha sem o veículo atingir a velocidade suficiente.
§ Evite acionar a embreagem enquanto acelera.
§ Não ande em velocidade reduzida.
§ Não exceda a velocidade.
§ Mantenha o motor de seu veículo sempre regulado.
DIREÇÃO DEFENSIVA
O que é direção defensiva
O que é dirigir por si e pelos outros
DIREÇÃO DEFENSIVA é dirigir de forma a evitar acidentes apesar das ações
incorretas de outros e das condições adversas.
Dirigir defensivamente significa planejar todas as ações pessoais com
antecedência, a fim de prevenir-se contra o mau comportamento de outros usuários do
trânsito e as condições adversas.
A finalidade de dirigir defensivamente é evitar acidentes. Mas o que é acidente
de trânsito? Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT (Norma
10697), é todo evento não premeditado de que resulte dano em veículo ou na sua carga
e/ou lesões em pessoas e/ou animais, em que pelo menos uma das partes está em
movimento nas vias terrestres ou áreas abertas ao público.
Requisitos necessários
Para reduzir efetivamente o envolvimento em acidentes de trânsito você deve
adotar uma conduta segura e defensiva ao dirigir um veículo. Essa conduta requer do
motorista, em cada situação enfrentada, alguns requisitos, também chamados de
elementos da direção defensiva.
É necessário conhecer as leis de trânsito, dirigir em permanente estado de alerta,
prevendo um ato inseguro de outro condutor, decidir e escolher a melhor alternativa e
ter habilidade suficiente para se evitar o acidente.
Conhecimento
O condutor
defensivo deve obter o
máximo de informações
sobre: legislação de
trânsito
(infrações,penalidades,
normas gerais de
circulação, sinalização e
outras); condições da via
(tipo de pavimentação,
trajetos, adversidades e
outras); o seu veículo (as
manutenções e os equipamentos); e o comportamento das pessoas (embriagados,
crianças, motociclistas e idosos).
Conhecendo essas condições de riscos o condutor consegue fazer um
planejamento e estabelecer estratégias para se defender dos acidentes.
Atenção
Toda atenção é pouca. O condutor
defensivo deve estar alerta o tempo inteiro.
Precisa observar tudo que traga informação
ou que possa causar um acidente. O trânsito
é muito dinâmico, as coisas surgem e
mudam rapidamente. Por exemplo: a criança
que se aproxima do meio fio; o veículo da
frente que sinaliza que vai parar; o tempo que muda e começa a chover; a sinalização do
semáforo que fecha repentinamente; a embriaguês do condutor ao lado e muitas outras
situações. Se o condutor não estiver concentrado nestas variáveis não terá tempo
suficiente para prevenir o acidente.
- Falando ao celular
- Assistindo DVD Player
- Lanchando
- Fumando
Previsão
O trânsito propicia muitas eventualidades e o condutor defensivo deve estar
preparado para enfrentá-las antes mesmo que elas aconteçam. Vendo o perigo com
antecedência, teremos mais tempo para reagir e obter resposta do veículo.
A previsão pode ser exercida sobre um raio de ação próximo (imediata) ou
distante (mediata). A idéia principal é agir antes mesmo que o elemento surpresa
aconteça.
A seguir alguns exemplos práticos da aplicação da previsão defensiva.
Exemplos de Situações de Previsão Conduta Defensiva
O motorista observa que o semáforo
está aceso no verde há algum tempo.
Prever que poderá ter que parar nesse
cruzamento.
Ao se aproximar da época de chuva. Prever que terá que usar, no veículo, os
equipamentos de proteção para condição adversa
de chuva, tais como: limpadores de pára-brisa,
banda de rodagem dos pneus, desembaçadores.
Ao passar por um ponto de ônibus,
observar vários coletivos parados.
Prever que algum pedestre poderá sair da frente
do ônibus.
Transitando em frente a áreas
escolares.
Prever a possibilidade de encontrar jovens e
crianças com atitudes negligentes para o fluxo
de veículos.
Em vias rurais Prever a possibilidade de encontrar animais na
pista.
Decisão
Ao conduzir um veículo todo condutor, diante um perigo no trânsito, deverá
saber que decisão tomar. Uma boa escolha implica no reconhecimento das alternativas
que se apresentam em qualquer situação de trânsito, bem como a habilidade de fazer
uma opção inteligente a tempo de evitar um acidente.
A seguir ilustramos alguns exemplos de acontecimentos no trânsito em que o
motorista é obrigado a tomar algum tipo de decisão.
Exemplos de Situações de Decisão Conduta Defensiva
O motorista está parado em uma linha de
retenção e precisa decidir o momento de entrar
na via preferencial.
Aguardar, pacientemente, o
momento de entrar na preferencial
sem oferecer riscos para si e para os
outros.
O motorista observa à frente uma barreira
policial.
Diminuir a velocidade e observar
com atenção a sinalização do
policial.
O motorista escuta a sirene de uma viatura
policial.
Deixar livre a passagem pela
esquerda, indo para a direita da via e
parar, se necessário.
Exemplos de Situações de Decisão Conduta Defensiva
Em condições de visibilidade limitada, um
motorista segue um caminhão em um trecho
com aclives e declives.
Não fazer a ultrapassagem, manter a
distância de segurança e aguardar o
momento adequado para a
ultrapassagem.
Habilidade
O condutor defensivo precisa ser capaz de manusear os controles de um veículo
e executar com bastante perícia e sucesso qualquer das manobras básicas de trânsito, tais
como: fazer curvas, ultrapassagens, mudanças de velocidade, estacionar, uma correção
de derrapagem, e outras.
Esse requisito é a experiência que seguramente se adquire com conhecimentos,
atenção, previsão e capacidade de decisão.
Algumas situações que requerem habilidade:
§ Estouro de pneu: se for um dos dianteiros, o carro puxará forte para o lado do pneu
estourado. Segure firme na direção, até o carro perder a velocidade. Se for um pneu
traseiro, o carro derrapará na direção do pneu que estourou. Tente consertar a
derrapagem e segure firme o volante. pise no freio aos poucos, depois de
controlar o carro.
§ Curvas fechadas: diminua a velocidade antes de entrar na curva e não freie no meio
dela. Faça a curva pisando levemente no acelerador, porque a aceleração do motor
aumenta a aderência.
§ Veículo vindo em sentido contrário pela contramão: reduza a marcha, ligue a seta
para a direita, aproxime-se o mais possível da margem direita da via, saia da estrada,
buzine e pisque os faróis e, se necessário pare.
§ Quando as rodas da direita saem da pista: não freie, reduza a marcha para uma
velocidade segura mantendo o veículo em direção reta, para frente. Certifique-se de
que o fluxo de trânsito lhe permite voltar à esquerda; se não permitir, saia
completamente da via; se o fluxo permitir, ligue as setas e entre lentamente para a
faixa pavimentada, em ângulo agudo.
§ Nos cruzamentos: ao aproximar-se do cruzamento, tire o do acelerador e
coloque-o sobre o pedal do freio, para reduzir o tempo de reação.
CONDIÇÕES ADVERSAS
Condição adversa é uma situação de perigo. Por isso o que costumamos chamar
de condições adversas, a ABNT chama de fatores geradores de acidentes.
As condições adversas são: luz, tempo, via, trânsito, veículo e o próprio
motorista. Que cuidado devemos ter para evitar que esses fatores gerem acidentes?
Condição adversa de luz
Quando dirigimos é imprescindível ver e ser visto. Por isso as condições de
iluminação são importantes. A intensidade da luz natural (sol) ou artificial (poste de luz,
faróis) pode afetar a capacidade do motorista de enxergar os elementos do trânsito, ou
de ser percebido por outras pessoas.
Situações
1. Quando anoitece
Mais de 50% das mortes no trânsito acontecem nesse período. Então diminua a
velocidade e siga as seguintes recomendações:
§ Faróis, lanternas e luzes de freio devem estar sempre funcionando;
§ Não faça guerra de faróis na estrada;
§ Verifique se os faróis estão limpos e regulados;
§ Evite usar óculos com lentes escurecidas.
2. Quando o veículo vier em sua direção com os faróis altos, tome as seguintes
providências:
§ Diminua a velocidade retirando o pé do
acelerador;
§ Pisque os faróis para se comunicar com o
motorista que vem em sentido contrário;
§ Não olhe diretamente para os faróis do
outro veículo;
§ Dirija a visão central para a margem direita. A visão periférica acompanha o
caminho que está sendo percorrido;
§ Não revide a luz alta.
Durante o dia, quando da incidência direta da luz solar:
§ Proteja seus olhos baixando a pala de proteção interna do veículo (pára-sol) e/ou
use óculos;
§ Protetores a fim de evitar o
ofuscamento;
§ Redobre a atenção;
§ Mantenha sempre o pára- brisa
limpo.
Falta de luz => Penumbra
Excesso de luz => Ofuscamento
Passando dentro de túneis
Entrando ou saindo de túneis,
é necessário dar um tempo para as
pupilas se adaptarem à luz. Uma boa
dica é fechar um dos olhos, por
exemplo, o direito. Depois, ao
ingressar no túnel, inverta o
movimento, fechando o olho
esquerdo e abrindo o direito. Ao sair
do túnel, fique com os olhos semi-
cerrados. Para maior segurança,
aumente a distância do veículo da
frente.
Não esquecer que faróis
baixos devem ser usados dentro dos
túneis.
Condição adversa de tempo
São os fenômenos meteorológicos como: chuva, vento, granizo e neblina. Estas
condições afetam a capacidade visual do motorista. Dificulta visualizar outros veículos,
a sinalização à margem e as faixas divisórias da via.
Chuva
Com chuva é necessária uma distância maior para frear o carro. Aumenta
também o perigo de derrapagens, porque diminui a aderência do pneu com a pista.
O início da chuva é o período mais perigoso, a água mistura-se ao pó, óleo e
combustíveis impregnados na pista, formando uma camada deslizante.
Quando o volume de água aumenta forma-se uma poça e, conforme a velocidade
e o estado dos pneus, pode ocorrer a aquaplanagem.
O embaçamento dos vidros ocorre devido a diferença entre as temperaturas
externa e interna do veículo. Para melhorar a visibilidade, feche todos os vidros, ligue o
ar-condicionado e acione o desembaçador elétrico traseiro. Nos modelos sem esses
§ Evite embaçamento;
§ Reduza a velocidade;
§ Acenda as luzes;
§ Acione o limpador de pára-brisa;
§ Dobre a distância com o carro da frente;
§ Evite fazer ultrapassagens;
§ Em situações extremas, sendo necessário
parar, deixe a via, procure um local
adequado onde você possa se proteger, até
que as condições melhorem.
equipamentos, recomenda-se abrir um pouco os vidros e deixar o ar circular pelo carro.
Se não resolver, pare num posto e compre um líquido desembaçante.
Aquaplanagem
É um fenômeno que ocorre quando os pneus perdem o contato com a pista e o
carro começa a deslizar sobre a fina camada de água entre os pneus e o solo. A principal
causa desse fenômeno é a alta velocidade aliada à grande quantidade de água na pista.
Mas, além disso, pneus lisos, sem sulcos suficientes, favorecem a ocorrência do
problema, especialmente em estradas lisas e planas.
§ Tire o do acelerador e não pise no freio. A freagem trava as rodas e o travamento
pode fazer o veículo rodopiar e até capotar.
§ Segure firme a direção.
§ Gire suavemente o volante para a esquerda e para a direita, procurando corrigir o
deslocamento lateral.
§ Não faça movimentos bruscos.
§ Lembre-se sempre de olhar o desgaste dos pneus.
Neblina
Em situações de mau tempo é preciso se adaptar à nova realidade, tomando
alguns cuidados.
§ Reduza a velocidade e use farol baixo, desta forma seu carro fica mais visível e você
enxerga melhor a pista.
§ Utilize como apoios visuais a sinalização da pista (faixas e olhos-de-gato), as
lanternas dos carros que vão a sua frente e os faróis dos carros em sentido oposto. Se
não existir sinalização, acompanhe a linha do acostamento.
§ Evite fazer ultrapassagens.
§ Não ande colado no veículo da frente.
§ Ligue o limpador de pára-brisa. Sob neblina, é comum o acúmulo de água sobre o
vidro.
§ Se o nevoeiro ficar muito forte, pare e aguarde em local seguro.
§ Evite parar na estrada, mesmo que seja no acostamento. faça isso se você não
tiver outra opção. Neste caso, ligue o pisca-alerta e sinalize com o triângulo de
segurança, colocando a uns 40 passos de distância.
§ Se não houver acostamento, não pare. Prossiga com redobrada atenção, utilizando
apenas os faróis baixos e em velocidade reduzida, até um local onde possa encostar
com segurança.
Ventos Laterais
Ventos transversais
podem desequilibrar os carros
que trafegam em alta
velocidade, porque quanto
mais rápido se anda, mais leve
fica o veículo, devido ao
colchão de ar que se forma
entre o fundo dele e a pista. É
quando o carro começa a
balançar. Nesta situação tome
as seguintes medidas:
§ Mantenha o volante
sempre firme;
§ Reduza a velocidade;
§ Deixe os vidros abertos
para diminuir a ação do vento (proteja os olhos);
§ Observe as árvores e capins balançando são bons indicadores da força do vento.
Ônibus e caminhões provocam um
deslocamento de ar quando estão em alta
velocidade, afetando a estabilidade do seu
veículo, como um vento lateral. Desta forma
procure:
Segurar firme o volante;
§ Se estiver ultrapassando, acelere;
§ Se estiver sendo ultrapassado, reduza a
velocidade.
Condição adversa de via
Essa condição diz respeito a algumas características da via que podem
representar perigos de acidentes de trânsito. Por exemplo:
- Traçado das curvas
- Elevações
- Largura das pistas
- Número de pistas
- Vegetação à beira da via
- Tipo de pavimentação
- Presença de barro ou lama
- Buracos e obstáculos
- Quebra-molas
- Sonorizadores
- Acostamento
- Sinalização...
A melhor defesa é procurar obter o máximo de informação a respeito das
condições da via, desta forma será possível montar um planejamento para passar com
segurança nessas adversidades.
Previna-se e evite surpresas. Mais uma vez a velocidade é chave. Se observar
que a via não está em condição segura, reduza a marcha.
Lembre-se de que as placas de sinalização apresentam os limites máximos de
velocidade, o que não significa que você não possa andar em velocidade inferior.
Condição adversa de trânsito
Trata-se das condições específicas do trânsito em um determinado local, num
determinado horário, ou numa determinada época do ano. O motorista precisa avaliar
constantemente a presença de outros usuários da via e a interação entre eles, adequando
seu próprio comportamento para evitar conflitos.
Não é interessante ficar parado num congestionamento. Não é agradável
ficar esperando em uma fila, quando temos afazeres e pouco tempo para realizá-los.
Nesses momentos devemos manter a calma para evitar tragédias que surgem em
ocasiões como essas. Uma atitude precipitada é uma oportunidade para colisão,
atropelamento, brigas e morte.
Existem pontos na cidade, períodos e horários que devemos exercitar a
PACIÊNCIA.
No início da manhã, no fim da tarde e durante os intervalos tradicionais para
almoço, o trânsito tende a ficar mais congestionado, pois as pessoas se deslocam para o
trabalho ou para casa. Em determinadas épocas do ano, como carnaval, natal, períodos
de férias escolares e feriados, a tendência a congestionamentos é compreensivelmente
maior.
Nos centros urbanos, os pontos de maior concentração de pedestres e carros
estacionados também são problemáticos, como paradas de ônibus.
Nessas ocasiões, a direção defensiva recomenda que o condutor:
§ Não buzine. Isso não vai melhorar o fluxo;
§ Dê passagem para outro veículo quando solicitado. Isso evita conflitos;
§ Mantenha uma distância segura entre o seu veículo e o que segue a sua frente;
§ Procure sair mais cedo;
§ Planeje caminhos alternativos;
§ Use e abuse da CORTESIA.
Condição adversa de veículo (Manutenção Veicular)
Essa adversidade diz respeito à falta de
manutenção do veículo, é quando o carro o apresenta
condições de segurança para circular nas vias públicas. Por
exemplo: freios e pneus gastos, limpadores de pára-brisa
ressecados, faróis queimados e desregulados, bateria
descarregada, falta de cinto de segurança e muitos outros.
Para evitar que o veículo seja a causa do
acidente é necessária constante manutenção.
Alguns cuidados que o motorista defensivo deve ter:
Pneus
Verifique o estado dos
pneus pelo menos uma vez a cada
quinze dias e antes de qualquer
viagem longa. Periodicamente,
remova cada roda e verifique se
sinais de dano nas paredes internas
dos pneus.
Procure áreas excessiva ou irregularmente gastas nas bandas de rodagem. As
depressões podem ser causadas por derrapagens. O desgaste irregular do centro da
banda de rodagem é causado por excesso de pressão; já o desgaste das bordas indica
que a pressão do pneu está abaixo da recomendada.
A profundidade dos sulcos da banda de rodagem dos pneus deve ser de, pelo
menos, 1,6mm. Os pneus trazem indicadores de desgastes um triângulo ou as letras
TWI – impressos na lateral. Quando o desgaste atingir essa marca é hora de trocá-los.
Verifique a pressão a cada quinze dias e antes de viagens longas. Se a pressão
dos pneus estiver incorreta, a dirigibilidade do carro será comprometida. Faça as
verificações quando os pneus estiverem frios. Calibrem de acordo com as
recomendações do fabricante.
As tampinhas das válvulas de ar não são simples enfeites. Elas impedem
vazamentos e a penetração de impurezas.
Faça o rodízio dos cinco pneus a cada 10.000km, isso ajuda a compensar as
diferenças de desgaste da borracha, aumentando a vida útil e melhorando a estabilidade
do carro.
Faça o balanceamento das rodas a cada 10.000km, juntamente com o rodízio, ou
sempre que trocar os pneus. Rodas desbalanceadas provocam instabilidade, trepidação
no volante e desgaste dos amortecedores, da suspensão e dos pneus. O balanceamento
feito pelas oficinas especializadas utiliza contrapesos para ajustar o peso das rodas.
Sentir o carro puxar para um lado, dificuldade em virar o volante ou observar
desgaste irregular nos pneus são sintomas de desalinhamento de rodas e direção. Para
sua segurança, faça o alinhamento em uma oficina especializada a cada 10.000km
Em vez de ar comprimido, use nitrogênio. Esse gás conserva melhor a pressão
dos pneus, mesmo com o aquecimento e evita que as rodas enferrujem.
Lubrificação do motor
Troque o óleo do motor e substitua o filtro de óleo quando recomendado no
manual do carro. Mantenha o nível de óleo sugerido pelo fabricante. Registre as datas
das trocas de óleo e do filtro.
Uma vez por semana olhe o nível do óleo do motor. Lembre-se que o carro deve
estar nivelado e o motor ainda frio.
Arrefecimento
Limpe a colméia do radiador com uma escova ou jato de água. Insetos e sujeira
grudam, atrapalhando a passagem de ar.
Verifique semanalmente o nível do quido de arrefecimento (uma mistura de
água e aditivo) dentro do reservatório ligado ao radiador. Para completar, use 2/3 de
água filtrada e 1/3 de aditivo. Mas faça isso com o carro frio. Abrir a tampa com o
motor quente pode provocar queimaduras. Uma vez por ano, leve o carro à oficina para
uma limpeza completa no sistema de arrefecimento radiador, bomba, mangueiras e
reservatório.
Correias, filtros e mangueiras
Aproveite a troca do óleo do motor para limpar o filtro de ar, principalmente se o
carro roda em cidades poluídas ou estradas de terra – quanto mais poeira, mais freqüente
deve ser a limpeza. Substitua a cada 10.000km. Filtro sujo aumenta o consumo.
O filtro de combustível deve ser substituído entre 30.000 e 50.000km nos carros
com injeção eletrônica e também em carros com carburador. Sujeira no filtro diminui a
potência do motor, aumenta o consumo.
Atenção para o estado das correias–dentada (transmite movimento entre o
virabrequim e o comando de válvulas), alternador, bomba de água, direção hidráulica e
do ar-condicionado. Verifique a cada 20.000km se estão bem esticadas e se não estão
gastas, ressecadas ou quebradiças. Substitua-as entre 40.000 e 50.000 km.
As mangueiras do combustível e do radiador nunca devem estar ressecadas,
trincadas ou folgadas, nem podem apresentar sinais de vazamento. Se notar algum
desses problemas, troque a mangueira danificada imediatamente.
Bateria
Uma vez por semana verifique o nível de água da bateria (cuidado desnecessário
se ela for do tipo selada, que não exige água). complete com água destilada. Nunca
ponha água da torneira nem filtrada, que tem sais minerais nocivos à bateria. Um
cuidado: encher até cobrir as placas de chumbo, sem deixar transbordar.
Os pólos devem estar sempre limpos. Se estiverem verde de oxidação, limpe
com um pincel e aplique vaselina.
Se o carro não pegar, aguarde uns quinze segundos antes de nova tentativa.
Forçar a partida pode descarregar a bateria e danificar o motor de arranque.
Freios
O sistema de freios é uma das partes mais importantes do carro e qualquer
descuido pode significar prejuízo ou algo pior.
Observe o nível do fluido de freio a cada vez que abrir o cofre do motor no posto
e complete, se necessário, com fluido da mesma marca. Nunca misture. A troca
recomendada é anual. Fluido sujo perde a capacidade de pressão, dificultando a
drenagem e colocando em risco a segurança.
Preste atenção se o automóvel “chia” quando você pisa no pedal do freio. O
ruído é sinal de que as pastilhas estão gastas e arranhando o metal dos discos, podendo
danificá-los, se não forem logo substituídas. É bom ver o estado das pastilhas a cada
10.000km. As lonas do freio duram entre 25.000 e 40.000km. Ao trocá-las, peça para o
mecânico checar também o estado dos tambores.
Amortecedores e molas
Teoricamente, a troca recomendada deve ser feita em torno dos 40.000km
(depende do modelo). Mas quando o carro é submetido às condições severas de uso,
esse prazo pode ser reduzido.
Faça o teste para saber as condições dos amortecedores. Balance o carro para
cima e para baixo, fortemente, em cima de cada roda. Se os amortecedores estiverem
bons, ele balançará uma vez. Se o carro balançar três ou mais vezes depois de você
largá-lo, é sinal de que estão fracos e deverão ser trocados.
Limpeza
O limpador do pára-brisa e o esguicho precisam estar funcionando bem. Não
deixe a borracha das palhetas ressecarem, o depósito de água vazio e nem a passagem de
água entupir.
O retrovisor e o espelho lateral devem estar limpos, firmes e corretamente
regulados para sua visão.
Lave o carro semanalmente, de preferência na sombra. Faça uma pré-lavagem
para retirar a sujeira mais grossa. Use apenas água, sabão neutro ou xampu neutro.
Sempre lave de cima para baixo e enxágüe bem para retirar toda a espuma.
Fezes de passarinho, frutas, respingos de piche, tinta ou cimento devem ser
removidos imediatamente, pois são corrosivos e podem danificar o estado da pintura.
Encere a carroceria uma vez por mês, comece aplicando uma pequena porção de
cera com um pano limpo ou estopa, e esfregue com movimentos circulares. Espere
secar, retire a cera e dê brilho com outro pano limpo. Dê o lustro final com uma flanela.
Lavagem do motor
Os carros equipados com injeção eletrônica são mais sensíveis à água durante as
lavagens, por isso evite lavar o motor com muita freqüência. A água sob pressão pode
infiltrar nos terminais e sensores do sistema de ignição e bloquear o contato elétrico,
impedindo o motor de funcionar. Se a lavagem do motor for inevitável, envolva a
central eletrônica com um plástico e evite esguichar água sob pressão nos terminais.
Condição adversa de motorista (física e mental)
Tão importante quanto às condições do automóvel são as de quem dirige.
Essa adversidade diz respeito à falta de condições físicas e mentais do condutor.
Nesse caso o motorista defensivo jamais chegará perto da direção de um veículo.
Limitações Físicas Limitações Mentais
Fadiga
Sono
Deficiência na visão e audição
Efeito de bebida alcoólica
Mal-estar físico
Uso de medicamento
Uso de entorpecentes
Preocupação
Medo
Ansiedade
Agressividade
Fadiga
Como foi tratado anteriormente, o condutor defensivo precisa estar o tempo
inteiro concentrado no trânsito. Como conseqüência, dependendo do tempo que está à
frente da direção isto poderá causar cansaço e sonolência.
A recomendação da direção defensiva é que o condutor não deve ficar mais de
duas horas seguidas dirigindo. Deve fazer um planejamento na viagem e promover
parada de descanso periodicamente. Lembrando sempre que os passageiros também se
cansam, criando às vezes um clima de tensão e nervosismo.
Sono
A alimentação também é importante. Antes e durante a viagem, preferência a
alimentos leves, de fácil digestão. Pratos pesados causam sono e mal-estar.
Condições de saúde
A legislação de trânsito determina que passemos por exames médicos
periodicamente, na ocasião da renovação da CNH. Contudo neste intervalo de tempo
podemos adquirir alguma patologia que comprometa a visão e audição. Mesmo que a
data dos exames não esteja vencida, caso percebamos alguma alteração na nossa saúde,
devemos imediatamente procurar um médico e saber dele se há alguma contra-indicação
para dirigir, enquanto estivermos em tratamento.
Cuidado com remédios, principalmente tranqüilizantes e estimulantes. Alguns
medicamentos comprometem seriamente os reflexos. Consulte seu médico sobre
eventuais efeitos de remédios que você esteja tomando.
Tensão
A tensão leva o motorista a curvar-se, sem perceber, para frente, contraindo os
músculos. Essa postura inadequada provoca dores na cabeça, no pescoço, nas costas e
uma sensação de cansaço generalizado. Para aliviar a tensão, sente-se corretamente,
numa posição confortável. Apóie as costas e a cabeça no encosto. Você estará
automaticamente adotando uma posição mais relaxada. Se for preciso, pare para esticar
as pernas e descansar um pouco.
Não deixe que a ansiedade estrague o passeio. O motorista ansioso fica
predisposto a irritar-se por qualquer motivo. Encare a viagem em si como parte do lazer.
Pare para apreciar a paisagem, descubra locais pitorescos e mantenha o bom humor,
mesmo que surjam contratempos.
Você já imaginou presenciar a morte no asfalto ou mesmo ser vítima fatal de um
acidente porque não tomou pequenas precauções?
Abuso na ingestão de bebidas alcoólicas
Você pode explicar porque uma pessoa sai dirigindo depois de haver ingerido
álcool? Vício, doença, imprudência, irresponsabilidade. Estamos convivendo com tudo
isso.
Por que não se deve ingerir álcool e dirigir? É simples! Para preservar sua vida,
sua saúde e a dos demais.
Está comprovado cientificamente que o comportamento do ser humano depois
da ingestão de bebida alcoólica não fica compatível com a condução de veículo.
Por quê? O que o álcool influencia no organismo humano? A dosagem alcoólica
se distribui por todos os órgãos e fluidos do organismo, mas concentra-se de modo
particular no cérebro.
Lembre-se, o motorista precisa utilizar do conhecimento, da atenção, da
previsão, decisão e da habilidade para uma boa direção defensiva. Que tipo de previsão
e decisão um bêbado pode ter e tomar? Seria uma boa decisão?
A bebida cria um excesso de autoconfiança, reduz o campo de visão e altera a
audição, a fala e o equilíbrio. Com o álcool, a pessoa se torna presa de uma euforia que,
na verdade, é reflexo da anestesia dos centros cerebrais controladores do
comportamento.
O fato é que bebida e direção simplesmente não combinam. O resultado dessa
mistura é quase sempre fatal. E o risco não é só de quem bebe. Não pegue carona em um
veículo conduzido por um motorista embriagado, os passageiros também são vitimados.
Uso de Entorpecentes (drogas)
Além do álcool existem outras drogas que o condutor defensivo também deve
ficar longe.
As drogas são divididas em três classes distintas: depressora, estimulantes e
perturbadoras. Todas alteram o funcionamento do sistema nervoso central, retardando,
acelerando ou desgovernando. Dificultam a coordenação motora, mental e emocional. A
pessoa fica “drogada”, “intoxicada”, em um grau que depende da qualidade, da
quantidade da substância usada, da pessoa e do contexto.
CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS
Depressoras Estimuladoras Perturbadoras
Bebidas alcoólicas
Calmantes,
Ansiolíticos
Opiáceos (codeína)
Barbitúricos
Inalantes
Anfetaminas
(anorexígenos – ecstasy)
Cocaína
(merla – crack)
Cafeína
Nicotina
Maconha
Dietilamida do ácido
Lisérgico (LSD)
Cogumelos
Mescalina
Ayahuasca
Anticolinérgicos
Drogas Depressoras
São as drogas que baixam ou reduzem a atividade mental, diminuindo a disposição
psicológica geral, intelectual e a capacidade de vigilância. Neste grupo vamos encontrar
a droga que causa mais penúria, debilidade e perdas financeiras.
Drogas Estimuladoras
Agem como estimulantes no sistema nervoso central, iniciando-se os efeitos por euforia,
bem-estar, disposição pronta, aumento de atividade e outros. Provocam também
excitação, irritabilidade e insônia. Após a fase estimulante, geralmente surge uma fase
depressiva.
Drogas Perturbadoras:
Estas drogas causam alucinações, que são alterações ilusórias, isto é, alterações de
ordem psicológica do sistema sensorial do ser humano. As pessoas vêem imagens
distorcidas criadas pela mente, imagens inexistentes no mundo real, alucinações
auditivas, perseguições e sensação de bichos andando sobre a pele.
Acidente evitável e não-evitável
Todo acidente de trânsito pode ser classificado em evitável e não-evitável.
Acidente evitável é aquele em que você deixou de fazer tudo que razoavelmente poderia
ter feito para evitá-lo.
Para evitar acidentes devemos adotar atitudes de defesa. Vejamos o método
básico de prevenção de acidentes que usamos para nos defendermos no trânsito.
Método básico de prevenção de acidentes
O método consiste em três ações interligadas:
Veja o perigo, pense no que fazer e aja a tempo.
Tão importante quanto o perigo é reconhecê-lo. Antecipe as situações de
perigo a que está exposto e analise qual a melhor solução para cada uma delas. A idéia é
nunca ser pego de surpresa.
Procure saber como agir nas situações de risco, pois para cada perigo no trânsito
existem defesas específicas para se enfrentar.
Não perca tempo, aja na hora certa. Lembre-se de que grande parte dos acidentes
ocorre porque o motorista, mesmo percebendo o perigo, fica esperando que o outro
tome uma atitude.
Colisões e atropelamentos
Utilizando suas habilidades, o método de prevenção de acidentes e se
precavendo das condições adversas, o condutor poderá evitar atropelamentos e colisões.
Colisão com veículo da frente
“Colar” demais no veículo que vai à frente é causa constante de acidentes. Um
dos principais cuidados para evitar colisões e acidentes consiste em manter a distância
adequada em relação ao carro que segue à frente. Essa distância, chamada de Distância
de Seguimento, pode ser calculada segundo uma fórmula bastante complicada que
envolve a velocidade do veículo em função do comprimento, além de outros fatores
como: estado da via, do veículo e do motorista.
Mas ninguém quer sair por fazendo cálculos e contas matemáticas enquanto
dirige. Por isso que se usa o bom senso. Mantenha um espaço razoável do carro que vai
à sua frente. À medida que a velocidade aumenta, vai aumentando também a distância,
pois precisará de mais espaço para frear caso surja algum imprevisto.
Colisão com veículo detrás
Atente para a distância que vem o veículo detrás. Se sentir que o motorista está
muito colado, mude de pista ou diminua a velocidade para dar-lhe passagem. Lembre-
se: não aceite provocações.
Para minimizar os riscos desse tipo de acidente, há algumas coisas que você
pode fazer:
§ Inspecione com freqüência as luzes de freios para certificar-se de seu bom
funcionamento e visibilidade;
§ Preste atenção ao que acontece, use os espelhos retrovisores;
§ Sinalize com antecedência quando for virar, parar ou trocar de pista;
§ Reduza a velocidade gradualmente. Evite desacelerações repentinas;
§ Mantenha-se dentro dos limites de velocidade. Trafegar demasiadamente devagar
pode ser tão perigoso quando andar muito depressa.
Em caso de colisão com o veículo detrás, a utilização do encosto de cabeça é
importante para evitar o “efeito chicote”, ou seja, lesões no pescoço ou sua quebra. A
seguir apresentamos o posicionamento correto desse equipamento.
Colisão frontal
É uma das piores colisões, porque as velocidades dos veículos se somam na hora
do choque. É possível ocorrer esse tipo de colisão em pistas de duplo sentido de
circulação onde houver curvas, lombadas, onde a visibilidade é ruim, nas
ultrapassagens; nos cruzamentos quando os veículos estão fazendo conversões.
Como evitar? Vários cuidados devem ser tomados: em situações de
ultrapassagens, na rua de duplo sentido, fazê-las onde houver visibilidade e locais
planos; nos cruzamentos, redobrar a atenção, reduzindo a velocidade, antes de transpô-
los e pare, para garantir a visibilidade olhando para os dois lados.
Em caso de colisão frontal, os passageiros que viajam no banco detrás, ganham
com a velocidade, um peso maior do que aquele correspondente à sua massa corporal.
Um adulto de 70 kg, dependendo da velocidade no momento do choque, pode ser
projetado com força correspondente a uma tonelada de peso. Daí a importância do uso
do cinto de segurança, também por quem viaja no banco detrás.
Colisão com motocicletas
As motocicletas e os ciclomotores são hoje
parte integrante do trânsito. Muitos dos seus
condutores são inexperientes, apesar de arrojados.
Assim, o motorista precisa estar alerta em relação a
eles, aumentando a distância de seguimento
sempre que possível. Na ultrapassagem, deve
observar a mesma distância que deixaria se estivesse
ultrapassando um carro. Em situações de chuva,
evite ultrapassar veículos de duas rodas próximo a
poças de água. Com o peso dos pneus de seu carro, a
água empoçada pode esguichar na direção do
motociclista e causar acidente.
Colisão com ciclistas
A bicicleta é um veículo como qualquer outro, mas o ciclista é um condutor que
se encontra em situação de desvantagem em relação aos demais veículos, porque não
tem proteção.
Outro fator que colabora para a ocorrência de acidentes com ciclista é o
desconhecimento das regras de trânsito.
Além daqueles que se utilizam da bicicleta apenas como meio de transporte,
também os desportistas, ciclistas amadores ou profissionais. Estes, em geral, fazem uso
de todo equipamento de segurança. Com freqüência usam roupas bastante coloridas que
permitem fácil visualização. Por outro lado circulam em velocidade, em alguns casos,
mais alta, como nos declives e congestionamento.
Fique atento com os ciclistas, principalmente à noite. Muitas vezes, o motorista
não percebe sua aproximação.
Os ciclistas circulam com freqüência por entre carros parados ou estacionados.
Cuidado ao abrir a porta, ou quando for dobrar uma esquina: um ciclista pode
introduzir-se entre seu veículo e o meio-fio sem ser notado.
ATROPELAMENTOS
Travessia de pedestres
Os dois agentes dos atropelamentos são: o motorista e o pedestre. O pedestre,
embora em desvantagem, muitas vezes é o causador dos acidentes, por
desconhecimentos de seus deveres e das normas de trânsito.
Problemas com o álcool não são exclusividade de motoristas imprudentes.
Pedestres embriagadas também são freqüentes e geralmente acabam atropelados. Muitas
das vítimas são pessoas que não sabem dirigir, não tendo, portanto, noção da distância
de frenagem. Outros são desatentos e confiam demais na ação do motorista para evitar
atropelamentos.
Mas existem pedestres que merecem atenção ainda maior: pessoas idosas,
portadores de necessidades especiais e crianças. Esses pedestres enfrentam dificuldades
de locomoção. Temos obrigação como condutores, de conhecer estas limitações e
diferenças, para uma melhor direção.
Por exemplo: a criança não reage como o adulto. A criança não o que está
acima dos automóveis estacionados, não sendo também vista pelos motoristas. Por
causa do tamanho, um automóvel lhe parece mais longe do que um caminhão. Ela
precisa de quatro segundos para distinguir se o carro está em movimento ou parado.
Os portadores de necessidades especiais apresentam dificuldades: motoras (usam
bengala, muletas, cadeiras de rodas, gesso) corporais (reumáticas, de obesidade,
extremamente altas ou baixas); sensoriais
(perda total ou parcial da visão ou audição);
mentais e culturais.
Faixa de pedestres
Reduza sempre a velocidade ao se
aproximar de uma faixa de pedestres. Se
houver pessoas querendo cruzar a pista, pare
completamente o veículo. Só retome a
marcha depois que os pedestres tiverem
completado a travessia.
Animais
Os acidentes envolvendo animais distinguem-se em: com animal solto
(atropelamento) e com carroça (colisão).
Todos os anos, muitos motoristas são vitimados em acidentes causados por
animais. Esteja atento, portanto, ao trafegar por regiões rurais, de fazendas ou em campo
aberto, principalmente à noite. A qualquer momento, e de onde menos se espera, pode
surgir um animal, mesmo um animal de pequeno porte como um cachorro, geralmente
tem conseqüências graves.
Ao perceber a presença de animais, reduza a velocidade e siga devagar até que
tenha ultrapassado o ponto em que se encontra. Isso evitará que o animal se sobressalte
e, na tentativa de fugir, venha de encontro ao seu veículo.
Redobre a atenção ao trafegar por regiões rurais, principalmente à noite. A
qualquer momento pode surgir um animal e o atropelamento ou colisão geralmente tem
conseqüências graves.
Cinto de segurança
Em um acidente, o cinto de
segurança:
§ Evita que você seja lançado para fora do
veículo. Quando isso acontece, as
chances de morrer são cinco vezes
maior;
§ Evita que você seja lançado de
encontro ao painel, ao volante ou ao
pára-brisa;
§ Evita que você seja lançado de encontro
a outros veículos;
§ Mantém o condutor em sua posição,
permitindo, em alguns casos, que ele
empreenda manobras evasivas para
evitar danos maiores.
Com a obrigatoriedade legal, o uso do cinto de segurança nos bancos da
frente já está bastante utilizado no Brasil. Mas é preciso agora enfatizar a utilidade e a
propriedade do uso do cinto de segurança, também por parte daqueles que viajam no
banco detrás.
Cuidado especial deve ser destinado às crianças. Instale assentos
especiais para crianças de até 3 anos. No caso de crianças maiores, cuide para que o
cinto não as machuque. Ajuste a altura do cinto, ou coloque alguma proteção que traga
mais conforto à criança.
NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA
Os usuários das vias terrestres devem:
Evitar cometer atos que possam causar perigo para o trânsito e causar danos a
propriedades públicas ou privadas;
Abster-se de obstruir ou tornar perigoso o trânsito. Não atirar, depositar ou
abandonar na via objetos, substâncias ou criar qualquer outro obstáculo;
Antes de colocar o veículo em circulação, verificar se os equipamentos obrigatórios
estão em boas condições de uso, bem como se combustível suficiente para chegar ao
local de destino;
O condutor deverá ter sempre domínio de seu veículo dirigindo-o com atenção e
cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá as
seguintes normas:
I - A circulação deverá ser feita pelo lado direito da via, admitindo-se as exceções
sinalizadas;
II Todo condutor deve manter distância, lateral e frontal dos demais veículos e
da margem da pista.
L
A
T
E
R
A
L
B
O
R
D
O
F
R
O
N
T
A
L
III - Quando veículos transitando por fluxos que se cruzem em local não
sinalizado, terá preferência de passagem:
a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aquele que estiver
circulando por ela;
b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela;
c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor.
IV Em uma pista com várias faixas no mesmo sentido, as da direita são para os
veículos mais lentos e de maior porte, quando não houver faixa especial a eles
destinada, e as da esquerda para efetuar ultrapassagem e para os veículos de maior
velocidade.
V - O trânsito sobre calçadas e acostamentos poderá ocorrer para entrar ou sair
de imóveis ou estacionamentos.
VI - Os veículos precedidos de batedores terão prioridade de passagem,
respeitadas as demais normas de circulação.
VII - Veículos do Corpo de Bombeiros, Polícia, ambulância, os de fiscalização e
operação de trânsito têm prioridade e gozam de livre circulação, estacionamento e
parada quando em serviço de urgência e devidamente identificados, observadas as
seguintes disposições:
a) quando a sirene estiver ligada, indicando a proximidade dos veículos, todos os
condutores devem deixar livre a passagem pela esquerda, indo para a direita da via e
parando, se necessário;
b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro deverão aguardar no passeio,
atravessando a via quando o veículo já tiver passado;
c) o uso de sirene e luz vermelha intermitente poderá ocorrer quando em
serviço de urgência;
d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá ser com velocidade
reduzida e com os devidos cuidados de segurança.
VIII - Os veículos prestadores de serviço de utilidade pública, quando em
atendimento na via, gozam de livre parada e estacionamento no local da prestação de
serviço, desde que devidamente sinalizados e identificados.
IX - A ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá ser feita pela
esquerda, precedida por sinalização regulamentar. Será permitida pela direita, quando o
veículo que estiver à frente indicar que vai entrar à esquerda.
X - Todo condutor deverá, antes de efetuar uma ultrapassagem, certificar-se de
que:
a) nenhum condutor que venha atrás haja começado uma manobra para ultrapassá-
lo;
b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja indicado o propósito de
ultrapassar um terceiro;
c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão suficiente para que
sua manobra não ponha em perigo ou obstrua o trânsito que venha em sentido contrário.
XI - Todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá:
a) indicar com antecedência a manobra pretendida, acionando a luz indicadora de
direção do veículo ou por meio de gesto convencional de braço;
b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, de tal forma que deixe
livre uma distância lateral de segurança;
c) retornar, após a efetivação da manobra, à faixa de trânsito de origem, acionando
a luz indicadora de direção do veículo ou fazendo gesto convencional de braço,
adotando os cuidados necessários para não por em perigo ou obstruir o trânsito dos
veículos que ultrapassou.
XII - Os veículos que se deslocam sobre trilhos terão preferência de passagem
sobre os demais, respeitadas as normas de circulação.
NORMAS DE CONDUTAS
I - Todo condutor, ao perceber que outro tem o propósito de ultrapassá-lo,
deverá:
a) se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se para a faixa da direita,
sem acelerar a marcha;
b) se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se naquela na qual está
circulando, sem acelerar a marcha.
II - Os veículos mais lentos, quando em fila, deverão manter distância suficiente
entre si para permitir que veículos que os ultrapassem possam se intercalar na fila com
segurança.
III - O condutor que tenha o propósito de ultrapassar um veículo de transporte
coletivo que esteja parado, efetuando embarque ou desembarque de passageiros, deverá
reduzir a velocidade, dirigindo com atenção redobrada ou parar o veículo com vistas à
segurança dos pedestres.
IV O condutor não poderá ultrapassar veículos em vias com duplo sentido de
direção e pista única, nos trechos em curvas e em aclives sem visibilidade suficiente,
nas passagens de nível, nas pontes e viadutos e nas travessias de pedestres, exceto
quando houver sinalização permitindo a ultrapassagem.
V - Nas interseções e suas proximidades, o condutor não poderá efetuar ultrapassagem.
VI Todo condutor antes de efetuar um deslocamento lateral deverá indicar por
sinal regulamentar sua intenção, com antecedência.
VII - O condutor que for entrar em uma via, vindo de lote que faz limite com essa
via, deverá dar preferência aos veículos e pedestres que estejam transitando.
VIII Para virar à esquerda ou retornar, o condutor deverá fazê-lo nos locais
apropriados, e, onde não existirem estes locais, o condutor deverá aguardar no
acostamento, à direita, para cruzar a pista com segurança.
IX - Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em lotes que fazem
limites com uma via, o condutor deverá:
a) ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o máximo possível do bordo
direito da pista e executar a manobra no menor espaço possível;
b) ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se o máximo possível da linha
divisória da pista, quando a pista for de duplo sentido de circulação, ou do bordo
esquerdo, quando for uma pista de sentido único;
O uso de luzes em veículos obedecerá às seguintes determinações:
O condutor manterá acesos os faróis do veículo, utilizando luz baixa, durante a noite e
durante o dia nos túneis providos de iluminação;
Nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, exceto ao cruzar com outro
veículo ou segui-lo;
O condutor manterá acesas pelo menos as luzes de posição do veículo quando sob
chuva forte, neblina ou cerração;
A troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por curto período de tempo, com o
objetivo de advertir outros motoristas, poderá ser utilizada para indicar a intenção de
ultrapassar o veículo que segue à frente ou para indicar a existência de risco à segurança
para os veículos que circulam em sentido contrário.
O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes situações:
• Em imobilizações ou situações de emergência;
• Quando a regulamentação da via assim o determinar;
• Durante a noite, em circulação, o condutor manterá acesa a luz de placa;
O condutor manterá acesas, à noite, as luzes de posição quando o veículo estiver
parado para fins de embarque ou desembarque de passageiros e carga ou descarga de
mercadorias.
OBS.: - Os veículos de transporte coletivo regular de passageiros, quando circularem
em faixas eles destinadas, e os ciclos motorizados deverão utilizar-se de farol de luz
baixa durante o dia e a noite.
INFRAÇÕES (Artigo 161)
Constitui infrações de trânsito a inobservância de qualquer preceito do Código de
Trânsito Brasileiro, de legislação complementar ou das resoluções do CONTRAN,
sendo o infrator sujeito às penalidades e medidas administrativas indicadas, além das
punições previstas nos crimes de trânsito.
Classificação
As infrações punidas com multas classificam-se de acordo com sua gravidade em
quatro categorias e computados os seguintes números de pontos:
Gravíssima 7 pontos
Grave 5 pontos
Média 4 pontos
Leve 3 pontos
Observações:
1- Existem algumas infrações que são punidas com suspensão do direito de dirigir e será
aplicada multa agravada com fator multiplicador cinco vezes ou três vezes o valor, de
um mês a um ano. Sendo no caso de reincidência, no período de doze meses, de seis
meses a dois anos.
2- Quando ocorrer a suspensão do direito de dirigir, a devolução da CNH ocorrerá
imediatamente após cumprido a penalidade e o curso de reciclagem.
As Penalidades(artigo 256)
A autoridade de trânsito, na esfera das competências estabelecidas no CTB e
dentro de sua circunscrição, deverá aplicar as seguintes penalidades:
I - advertência por escrito;
II - multa;
III - suspensão do direito de dirigir;
IV - apreensão do veículo;
V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação;
VI - cassação da Permissão para Dirigir;
VII - freqüência obrigatória em curso de reciclagem.
Das Medidas administrativas (Artigo 269)
A autoridade de trânsito ou seus agentes, na esfera das competências e dentro de
sua circunscrição, deverá adotar as seguintes medidas administrativas:
I – retenção do veículo;
II – remoção do veículo;
III – recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação;
IV – recolhimento da Permissão para Dirigir;
V – recolhimento do Certificado de Registro;
VI – recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual;
VII – transbordo do excesso de carga;
VIII realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia de substância
entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica;
IX recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias e na faixa de domínio
das vias de circulação, restituindo-os aos seus proprietários, após o pagamento de
multas e encargos devidos;
X realização de exames de aptidão física, mental, de legislação, de prática de
primeiros socorros e de direção veicular (Lei nº. 9.602).
PENALIDADES, MEDIDAS ADMINISTRATIVAS E CRIMES DE ALGUMAS
INFRAÇÕES DO CTB
Infrações Gravíssimas Penalidades
Medida
Administrativa
Crime
Dirigir o veículo sem
possuir a Carteira Nacional
de Habilitação (CNH), ou a
Permissão para Dirigir.
Multa (três vezes o
valor)
Apreensão do veículo
Detenção de
seis meses a
um ano
Dirigir o veículo de
categoria diferente da qual
está habilitado.
Multa (três vezes o
valor)
Apreensão do veículo
Recolhimento do
documento de
habilitação
- Dirigir o veículo com a
validade da Carteira
Nacional de Habilitação
(CNH) vencida mais de
30 dias.
Multa Recolhimento da
(CNH)
Retenção do
veículo até
apresentação de
um condutor
habilitado
- Dirigir o veículo sob a
influência de álcool, em
nível superior a seis
decigramas por litro de
sangue ou qualquer
substância entorpecente.
Multa (cinco vezes o
valor).
Suspensão do direito
de dirigir.
Retenção do
veículo até
apresentação de
condutor
habilitado.
Recolhimento do
documento de
habilitação
Detenção
de seis
meses a três
anos
- Disputar corrida por
espírito de emulação.
Multa (três vezes o
valor).
Suspensão do direito
de dirigir.
Apreensão do
veículo.
Recolhimento do
documento de
habilitação.
Remoção de
veículo.
Detenção
seis meses a
dois anos
- Promover ou participar de
competições esportivas sem
permissão.
Multa (cinco vezes o
valor).
Suspensão do direito
de dirigir.
Apreensão do veículo.
Recolhimento do
documento de
habilitação.
Remoção do
veículo.
Detenção
seis meses a
dois anos
- Utilizar o veículo nas vias
para exibir manobras
perigosas.
Multa
Suspensão do direito
de dirigir.
Apreensão do veículo.
Recolhimento do
documento de
habilitação.
Remoção do
veículo.
- O condutor envolvido em
acidente com vítima que
deixar de:
a) prestar ou providenciar
socorro à vítima;
b) adotar providências de
sinalização local;
c) preservar o local do
acidente;
d) adotar providências para
a remoção do veículo,
quando determinado pelo
agente da autoridade de
trânsito;
e) prestar informações para
Boletim de Ocorrência.
Multa (cinco vezes o
valor).
Suspensão do direito
de dirigir.
Recolhimento do
documento de
habilitação.
Detenção de
seis meses a
um ano ou
multa
- Deixar de dar passagem
aos veículos precedidos de
batedores ou de socorro de
incêndio e salvamento, de
polícia, de operação e
fiscalização de trânsito e às
ambulâncias, quando em
serviço de urgência e
devidamente identificados
por dispositivos
regulamentados de alarme
sonoro e iluminação
vermelha intermitentes.
Multa
- Não dar preferência de
passagem a pedestres e
veículos não motorizados
nas seguintes situações:
a) que se encontre nas
faixas a ele destinadas;
b) que não tenha concluído
a travessia;
c)portadores de deficiência
física, idosos, crianças e
gestantes.
Multa
- Dirigir o veículo com a
Carteira ou Permissão
cassada ou suspensa.
Multa (cinco vezes o
valor).
Apreensão do veículo.
Detenção
seis meses
a um ano ou
multa.
- Avançar o sinal vermelho
ou de parada obrigatória.
Multa
- Exceder a velocidade
acima de 20% da
permitida em vias de
trânsito rápido, arterial e
rodovias.
Multa (três vezes o
valor).
Suspensão do direito
de dirigir.
Exceder a velocidade acima
de 50% da máxima
permitida nas vias coletoras,
locais e estradas.
Multa (três vezes o
valor).
Suspensão do direito
de dirigir.
Recolhimento do
documento de
habilitação.
- Transitar com o veículo
em calçadas, passeios,
passarelas, ciclovias,
ciclofaixas, ilhas, refúgios,
ajardinamentos, canteiros
centrais e divisores de pista
de rolamento, acostamentos
marcas de canalização,
gramados e jardins
públicos.
Multa (três vezes o
valor).
-Transpor bloqueio viário,
sem autorização.
Multa
Apreensão do veículo
e suspensão do direito
de dirigir.
Remoção do
veículo.
Recolhimento do
documento de
habilitação.
- Conduzir o veículo:
a) com o lacre, a inscrição
do chassi, o selo, a placa ou
qualquer outro elemento de
identificação do veículo
violado ou falsificado;
b) transportando
passageiros no
compartimento de carga,
sem autorização;
c) com dispositivo anti-
radar;
d) sem qualquer uma das
placas de identificação;
e) que não esteja registrado
e devidamente licenciado;
f) com qualquer uma das
placas de identificação sem
condições de legibilidade e
visibilidade.
Multa
Apreensão do veículo
Remoção do
veículo
-Art.244 - Conduzir
motocicleta, motoneta e
ciclomotor:
a) sem usar capacete de
segurança com viseira
ou óculos de proteção e
vestuário de acordo
com as normas e
especificações
aprovadas pelo
Contran;
b) sem usar capacete de
segurança com viseira
ou óculos de proteção e
transportando
passageiros sem o
assento suplementar
colocado atrás do
condutor ou em carro
lateral;
c) fazendo malabarismo
ou equilibrando-se
apenas em uma roda;
d) com faróis apagados;
e) transportando crianças
menor de sete anos.
Multa
Suspensão do direito
de dirigir.
Recolhimento do
documento de
habilitação
Infrações Graves Penalidades Medida Administrativa
- Deixar, o condutor ou o
passageiro, de usar o cinto
de segurança.
Multa Retenção do veículo até
a colocação do cinto
- Ultrapassar outro veículo:
a) pelo acostamento;
b) em interseções e
passagens de nível.
Multa
- Exceder a velocidade em
até 20% da máxima
permitida nas rodovias, vias
de trânsito rápido e arteriais
ou exceder até 50% nas vias
colaterais, locais e estradas.
Multa
- Estacionar o veículo:
a) afastado da guia da
calçada (meio-fio) a mais de
um metro;
b) no passeio, faixa de
pedestre, sobre ciclovia ou
ciclofaixa, nas ilhas,
refúgios, ao lado ou sobre
canteiros centrais, gramado
divisores de pista de
rolamento, marcas de
canalização, gramados ou
jardim público;
c) ao lado de outro veículo
em fila dupla;
d) na área de cruzamento de
vias;
e) nos viadutos, pontes e
túneis;
f) em aclive ou declive, não
estando devidamente freado
e sem calço de segurança,
quando se tratar de veículo
com peso bruto total
superior a 3.500Kg;
g) diante da placa: “Proibido
Parar e Estacionar”.
Multa Remoção do
veículo
- Deixar de efetuar registro
de veículo no prazo de trinta
dias, junto ao órgão
executivo de trânsito
quando:
a) for transferida a
propriedade;
b) o proprietário mudar de
município do domicílio ou
residência;
c) for alterada qualquer
característica do veículo;
d) houver mudança de
categoria.
Multa. Retenção do veículo para regularização.
- Conduzir o veículo com a
cor ou característica alterada
sem ter sido submetido à
inspeção
veicular.
Multa Retenção do veículo para regularização
- Conduzir o veículo sem
equipamento obrigatório ou
em estado ineficiente ou
inoperante.
Multa Retenção do veículo para regularização
- Conduzir o veículo com
descarga livre ou silenciador
defeituoso, deficiente ou
inoperante.
Multa Retenção do veículo para regularização
Infrações Médias Penalidades Medida Administrativa
- Usar o veículo para
arremessar sobre o pedestre
ou em outro veículo, água
ou detrito.
Multa
- Atirar do veículo, ou
abandonar na via, objeto ou
substâncias.
Multa
- Deixar o condutor,
envolvido em acidente sem
vítima, de adotar
providências para remover o
veículo do local, para a
segurança e fluidez do
trânsito.
Multa
- Ter o veículo imobilizado
na pista por falta de
combustível
Multa Remoção do veículo
- Estacionar o veículo:
a) nas esquinas a menos de
cinco metros do bordo
da via transversal;
b) em desacordo com a
posição estabelecida;
c) junto ou sobre hidrante
de incêndios, registro de
água ou tampas de poços
de galerias subterrâneas;
d) onde houver guia de
calçada (meio-fio)
rebaixado;
e) impedindo a
movimentação de outro
veículo;
f) em ponto de embarque e
desembarque de
passageiros,
devidamente sinalizado,
e onde não houver
sinalização, no intervalo
compreendido entre os
dez metros antes e
depois do ponto;
g) na contramão de direção;
h) em locais e horários
proibidos pela placa:
“Proibido Estacionar”.
Multa -Remoção do veículo
-Parar o veículo:
a) a menos de cinco metros
do bordo da via
transversal
b) afastado da guia da
calçada (meio fio) a mais
de um metro;
c) na área de cruzamento
de vias, prejudicando a
circulação de veículos e
pedestres;
d) nos viadutos pontes e
túneis;
e) na contramão de direção;
f) em locais e horários
proibidos pela placa:
“Proibido Parar”;
g) sobre a faixa de pedestre
na mudança de sinal
luminoso.
Multa
- Deixar de dar passagem
pela esquerda quando
solicitada.
Multa
- Conduzir motocicletas,
motonetas ou ciclomotor:
a) rebocando outro veículo,
b) sem segurar o guidom
com ambas as mãos,
salvo eventualmente
para indicação de
manobras;
c) transportando carga
incompatível com suas
especificações.
Multa
- Deixar de manter a placa
traseira iluminada à noite.
Multa
- Dirigir o veículo:
a) com o braço do lado de
fora;
b) transportando pessoas,
animais ou volume à sua
esquerda ou entre os
braços e pernas;
c) com incapacidade física
ou mental temporária
que comprometa a
segurança do trânsito;
d) usando calçado que não
se firme nos pés ou que
comprometa a utilização
dos pedais;
e) com apenas uma das
mãos, exceto quando
deva fazer sinais
regulamentares com o
braço, mudar a marcha
do veículo, ou acionar
equipamentos e
acessórios do veículo;
f) utilizando-se de fones
nos ouvidos conectados
à aparelhagem sonora ou
telefone celular.
Multa
Infrações Leves Penalidades
Medida
Administrativa
-Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à
segurança
Multa
- Estacionar ou parar o veículo:
a) afastado da guia da calçada (meio fio) de cinqüenta
centímetros a um metro;
b) no acostamento, salvo por motivo de força maior;
c) em desacordo com as condições regulamentadas pela
placa: “Estacionamento Regulamentado”;
d) em desacordo com as posições estabelecidas neste
Código de Trânsito Brasileiro;
e) no passeio ou sobre a faixa de pedestres, nas ilhas,
refúgios, canteiros centrais, divisores de pistas de
rolamento e marcas de canalização.
Multa Remoção do veículo
-Fazer uso de luz alta em vias providas de iluminação
pública.
Multa
- Usar buzina:
a) em situação que não a de simples toques breve como
advertência aos pedestres e condutores;
b) prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto;
c) entre 22 e 6 horas;
d) em locais e horários proibidos pela sinalização e em
desacordo com os padrões e freqüências estabelecidos
pelo Contran.
Multa
- Conduzir veículo sem os documentos de porte
obrigatório: permissão para dirigir ou CNH e CLA
Multa Retenção do veículo
até a apresentação do
documento
PRIMEIROS SOCORROS
A legislação de trânsito vigente confere ao condutor a responsabilidade de
socorrer um acidentado de trânsito. Porém, para que o condutor possa fazê-lo são
necessários alguns conhecimentos na área de primeiros socorros, uma vez que uma
pessoa despreparada ao socorrer uma vitima que tenha lesões graves pode, ao invés de
ajudar, complicar mais ainda o seu estado, causando às vezes lesões de caráter
irreversível ou, até mesmo a morte.
Acidentes de trânsito podem acontecer com todos, mas poucos sabem como agir
na hora que eles acontecem. É lógico que cada acidente é uma situação diferente da
outra, podendo ter ocorrências novas.
Contudo, a seqüência das ações a serem realizadas quase sempre serão as
mesmas.
Em primeiro lugar, o condutor na condição de socorrista, deverá manter a calma.
De nada adiantará o seu socorro se ficar nervoso, pelo contrário, ao invés de ajudar a sua
participação poderá ser desastrosa. Pois emocionalmente abalada, dificilmente a pessoa
perceberá como a sua intervenção no socorro será decisiva.
Por isso é primordial que antes de qualquer atitude, o socorrista reorganize seus
pensamentos e se mantenha CALMO. Pare e pense! Não faça nada por impulso. Respire
profundamente, algumas vezes.
DEFINIÇÃO
Primeiros Socorros É a ajuda imediata prestada no local do acidente com a finalidade
de preservar a vida da vítima até a chegada do socorro especializado.
PROCEDIMENTOS INICIAIS (PRÉ-ABORDAGEM)
Avalie a situação, cuide da segurança, preste socorro de emergência e procure ajuda.
1- Controle suas emoções;
2- Não se arrisque;
3- Use o bom senso;
4-Verifique se há alguém especializado no local (bombeiros, enfermeiros e médicos).
O acidente de trânsito, mesmo acontecido, ainda pode oferecer uma série de
outros riscos, tanto para as vítimas quanto para o socorrista. A prioridade no socorro
deve ser com a SEGURANÇA. De nada adiantará a ajuda, se o socorrista também se
machucar e se tornar vítima. Por isso, tenha em mente a seguinte ordem de
procedimento: primeiro a segurança e depois o acidentado. Isso pode parecer
contraditório, mas tem o intuito de não gerar outros acidentes.
Pare o seu veículo em um local seguro. Inicie o socorro tentando identificar e
prevenir os principais perigos que um acidente de trânsito pode desencadear.
RISCOS MAIS COMUNS
ØNovas colisões;
ØAtropelamentos;
ØIncêndio;
ØExplosão;
ØDescargas elétricas;
ØDeslizamentos sobre barrancos, pontes ou viadutos;
ØVazamentos de produtos perigosos;
ØDoenças infecto-contagiosas.
SINALIZAR O LOCAL DO ACIDENTE
Normalmente os acidentes de trânsito impedem ou dificultam a circulação dos
outros veículos. Por isso, os condutores precisam ser informados sobre a obstrução da
via, caso contrário outros acidentes poderão acontecer. A comunicação utilizada nesta
circunstância é a sinalização de segurança.
Como sinalizar
Não adianta ver o acidente quando não tempo suficiente para parar ou
diminuir a velocidade. No caso de vias de fluxo rápido, com veículos ou obstáculos na
pista, é preciso alertar os motoristas antes que eles percebam a emergência. Assim vai
dar tempo para reduzir a velocidade, concentrar a atenção e desviar.
ØUse o seu triângulo de segurança e os dos
motoristas que estejam no local;
ØUtilize galhos de árvores, pedaços de
tecidos e latas;
ØLigue o pisca-alerta;
ØColoque pessoas, em um local seguro,
acenando para os condutores;
ØDeixe a tampa do porta-malas aberta;
ØApós o socorro, retire da pista a sinalização
e outros objetos que possam representar
riscos ao trânsito de veículos.
Distância para o início da sinalização
Tipo de Via Velocidade máx.
Permitida
(via sinalizada)
Distância para
início da
sinalização (pista
seca)
Distância para
início da
sinalização
(chuva, neblina e
à noite)
Vias locais 30 km/h 30 passos longos 60 passos longos
Arteriais 60 km/h 60 passos longos 120 passos longos
Vias de Trânsito
Rápido
80 km/h 80 passos longos 160 passos longos
Rodovias 100 km/h 100 passos longos 200 passos longos
Fonte: ABRAMET/DENATRAN
INCÊNDIOS
Devido o combustível e a eletricidade armazenados no veículo, o perigo de
incêndios é alto. Quando existem vazamentos de combustível esse risco é multiplicado
várias vezes.
Como agir
Nesse caso, observando as suas limitações e a segurança,o socorrista deverá
aplicar as seguintes medidas:
ØDesligar a chave de ignição do motor;
ØCaso saiba fazer, desligar também os cabos da bateria (cuidado, não abrir o capô do
motor se estiver pegando fogo);
ØPegar o extintor e ficar com ele preparado para utilizá-lo;
ØCaso seja necessário, pedir para outros motoristas pegarem também os seus
extintores;
ØJogar terra ou areia sobre o vazamento de combustível.
Como usar o extintor de incêndio
ØMantenha o extintor na posição vertical;
ØRompa o lacre, destrave a válvula e, em
seguida, posicione-se a favor do vento;
Ø
ØPosicione o bico da válvula através de
uma pequena abertura do capô do motor e
acione a válvula para iniciar a extinção do
incêndio;
ØCuidadosamente, levante o capô e
continue descarregando o extintor até o
fim, direcionando o jato de para a base
do fogo, movimentando o pulso para a
esquerda e para a direita.
DESCARGAS ELÉTRICAS
Em acidentes, onde postes da rede elétrica são atingidos, é comum acontecer de
cabos elétricos se romperem e a pista ou mesmo os veículos ficarem energizados.
Dentro do veículo, normalmente, as pessoas estão protegidas, desde que não tenham
nenhum contato com o chão.
O que fazer nessa situação
ØNunca tenha contato com esses cabos;
ØIsole o local e afaste os curiosos;
ØPeça para a vítima permanecer dentro do
carro sem se mexer;
ØCaso alguém esteja eletrocutado ou sob
choque elétrico, use um cano longo de PVC
ou uma madeira seca e afaste o cabo elétrico
da vítima. Nunca use apenas as os para
tocá-la.
DESLIZAMENTOS SOBRE BARRANCOS, VIADUTOS OU PONTES
Dependendo do local onde aconteceu o acidente é possível que o veículo esteja
desestabilizado, ficando prestes a desabar em um barranco, viaduto, ponte ou outro local
alto.
Como proceder nessa situação
ØPeça para a vítima permanecer dentro do
carro sem se mexer;
ØSe possível, peça para a vítima puxar o
freio de mão;
ØNão deixe que outras pessoas se encostem
no veículo;
ØColoque calços sob os pneus.
VAZAMENTO DE PRODUTOS PERIGOSOS
Outra complicação possível em um acidente de trânsito é o derramamento de
produtos perigosos.
Como proceder nessa situação
ØFaça a sinalização conforme já foi estudada;
ØMantenha os curiosos bem afastados do local;
ØPosicione-se contra o vento para permitir que os vapores se dispersem em direção
contrária a sua;
Ø Procure ajuda especializada;
ØAo ligar para o Corpo de Bombeiros, informe o número do rótulo de risco e o número
que está no painel de segurança, ou seja, o número que se encontra na simbologia
internacional sobre alerta de produtos perigosos, afixada no veículo.
Simbologia internacional sobre alerta de produtos perigosos
Afastar os curiosos
Não se aborreça com as pessoas que não se dispuserem a ajudar, elas devem ter razões
para não se envolver, podem estar emocionalmente abaladas com o ocorrido. Contudo
se lhes atribuir uma tarefa simples poderá evitar o pânico e assim ajudar a vítima.
Tentar acalmar a vítima
Toda vítima precisa sentir-se segura e confiante. Esse clima de confiança pode ser
criado por meio das seguintes atitudes:
Mantenha o controle tanto de si como da situação;
Aja com calma e lógica;
Use as mãos delicadamente, porém com firmeza e fale de forma gentil e objetiva;
Converse com a vítima durante todo o socorro;
Explique o que vai fazer;
Não abandone a vítima, para que não se sinta esquecida;
Não faça comentários sobre o estado da vítima na presença dela.
DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS
Evite qualquer contato com o sangue ou secreções das vítimas nos acidentes.
Adote medidas de proteção pessoal, pois algumas doenças podem ser transmitidas pelo
sangue (AIDS e hepatite) e pelas vias aéreas (tuberculose e meningite). Apesar de não
ser obrigatório, adquira o hábito de ter no seu veículo um par de luvas de borracha para
tais situações.
CHAMAR AJUDA QUALIFICADA
Como foi estudado, a participação do socorrista é temporária e provisória.
Durará o tempo necessário para que os profissionais do atendimento pré-hospitalar
cheguem ao local. Por isso não se deve perder tempo, uma das primeiras providências é
pedir socorro.
No Distrito Federal, as instituições que podemos chamar para o atendimento às
vítimas de acidentes de trânsito é o Corpo de Bombeiros Militar e o Samu, que atendem
aos chamados pelos números telefônicos 192 e 193, enviando equipes treinadas e
ambulâncias equipadas.
Como proceder nessa situação
ØProcure contar com ajuda de outras pessoas,
distribuindo várias tarefas, para que elas sejam feitas
ao mesmo tempo. Ex: Enquanto uma pessoa está
sinalizando, a outra está providenciando algum
telefone;
ØInforme ao Corpo de Bombeiros/Samu: a
localização exata da ocorrência (informando um
ponto de referência), tipo, gravidade da ocorrência e
detalhes da situação de risco;
Por exemplo: Acidente de trânsito na W3 Norte na
quadra 503, sentido sul-norte, em frente à Disbrave,
envolvendo dois automóveis com aparente
vazamento de combustível;
ØNÃO desligue o telefone antes que o atendente do
Corpo de Bombeiros ou Samu tenha desligado, pois
ele pode precisar de mais informações.
VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES GERAIS DA VÍTIMA
O contato do socorrista com a vítima deve acontecer se ele estiver preparado
para agir, pois caso contrário, ao invés de ajudar, o procedimento incorreto poderá
causar conseqüências desastrosas. A finalidade principal do socorrista é procurar manter
a vítima viva, para isto ele deverá observar os sinais de consciência, respiração e
circulação. Caso a vítima não apresente estes sinais vitais deverão ser aplicados os
procedimentos de reanimação.
Realizando a abordagem
1. Observe atentamente a situação e forme uma impressão geral da vítima. O socorrista
deverá ter cuidado e somente movimentar a vítima se o local proporcionar risco.
Considere as informações obtidas das pessoas que tenham assistido ao acidentem e da
vítima, se esta puder falar.
2. Verifique se a vítima está consciente, toque-a com cuidado nos ombros e fale perto do
ouvido dela. Caso ela responda a esses estímulos se identifique e peça autorização para
ajudá-la.
3. Se a vítima estiver inconsciente considere a possibilidade de obstrução das vias
respiratórias, provocada pelo relaxamento muscular da garganta, o que faz com que a
parte posterior da língua se curve e bloqueie a passagem do ar.
4. Procure então manter as vias respiratórias desimpedidas, inclinando a cabeça da
vítima para trás, mantendo o queixo erguido.
5. Verifique a respiração, coloque seu rosto próximo à boca e nariz da vítima. Observe,
ouça e sinta sua respiração. Demore cerca de 5 segundos nesta avaliação, antes de
definir a falta de respiração.
6. Verifique a pulsação arterial para saber se o coração da vítima está batendo
normalmente. Coloque os dedos indicador e médio sobre a artéria carótida
posicionada ao lado do pescoço. Permaneça por cerca de 10 segundos nessa posição
antes de constatar a ausência de pulsação.
Parada Respiratória
O estado de imobilidade respiratória, a cianose e a inconsciência,
que são os três sinais típicos da asfixia, dão uma aparência de
morte ao acidentado. No entanto, se socorrida imediata e
convenientemente pode-se restabelecer a respiração, garantindo
as trocas gasosas nos pulmões e, assim, salvar-lhe a vida.
O ar atmosférico possui 21% de oxigênio, deste total apenas 5% são
metabolizados pelo organismo e os 16% restantes são exalados. Quantidade suficiente
para suprir as necessidades da vítima com parada respiratória.
Passo a Passo da Reanimação Respiratória
Passo: Remova da boca da vítima qualquer obstrução, tais
como: vidros, alimentos, dentaduras quebradas ou deslocadas.
Passo: Desobstrua as vias respiratórias inclinando a cabeça
e erguendo o queixo da vítima.
Passo: Tampe as narinas da vítima com os dedos indicador
e polegar.
Passo: Inspire e cubra a boca da vítima com a sua boca e
sopre moderadamente, por cerca de dois segundos,
observando a movimentação do tórax.
5º Passo: Retire os lábios e deixe que o tórax relaxe. Repita o
procedimento. Se nenhum dos sopros fizer o peito da vítima
subir é provável que haja uma obstrução nas vias aéreas.
PARADA CARDÍACA
A ausência de pulsação significa que o coração não está mais batendo.
Portanto, o oxigênio não poderá mais ser transportado para o cérebro
através da circulação sangüínea, a menos que se tomem medidas
urgentes sobrevirá à morte.
A compressão cardíaca provoca uma circulação sanguínea, porém para
que esse sangue tenha alguma utilidade para o cérebro é necessário que
ele esteja oxigenado. Logo, as massagens cardíacas precisam ser
alternadas com a respiração artificial.
Passo a Passo da Massagem Cardíaca
1º Passo - Coloque a vítima deitada de barriga para cima e fique de joelhos ao lado
dela.
2º Passo - Coloque as suas mãos sobrepostas na parte central do tórax. Os dedos não
devem tocar na vítima.
3º Passo - Com os braços estendidos, pressione o osso esterno.
Adulto : deslocamento de 3,5 a 5 cm e freqüência 100/minuto
Criança : deslocamento de 2,5 a 3,5 cm e freqüência 100/minuto
Lactente : deslocamento de 1,5 a 2,5 cm e freqüência 100/minuto
RCP – REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
É a aplicação alternada da respiração artificial e a compressão cardíaca.
As finalidades da reanimação cardiopulmonar são: a irrigação imediata dos órgãos vitais
(cérebro, coração e rins), com sangue oxigenado, por meio de técnicas de ventilação
pulmonar e massagem cardíaca e o restabelecimento dos batimentos cardíacos.
A RCP pode ser realizada por um ou dois socorristas:
- Adulto 2 ventilações a cada 15 compressões
- Lactente (0 a 1 ano) 1 ventilação a cada 05 compressões
- Crianças (1 a 8 anos) 1 ventilação a cada 05 compressões
Reavalie o pulso após um minuto de RCP:
- Adulto 04 ciclos de 15 compressões X 2 ventilações
- Lactente (0 a 1 ano) 20 ciclos de 05 compressões X 1 ventilação
- Crianças (1 a 8 anos) 20 ciclos de 05 compressões X 1 ventilação
Desobstrução das vias aéreas
Adultos inconscientes:
Ajoelhe com uma perna de cada lado das pernas da vítima;
Com as mãos sobrepostas, pressione com força a região abaixo das costelas;
Procure com o dedo se há objetos na garganta da vítima;
Se conseguir sentir o objeto com o dedo, remova-o com cuidado para não empurrá-lo
ainda mais para dentro da garganta;
Caso não obtenha sucesso repita os procedimentos.
Lactentes:
Deite o bebê apoiando-o ao longo de seu antebraço, segurando a cabeça e o pescoço
do bebê, firmando a mandíbula entre o seu polegar e os dedos;
Aplique 5 palmadas (tapotagem) nas costas entre os omoplatas;
Aplique 5 compressões no peito da v[ítima, usando apenas dois dedos (indicador e o
médio);
Continue repetindo a tapotagem e a compressão torácica até ocorrer a desobstrução;
Caso o bebê perca a consciência aplique 2 sopros moderados;
Se as vias aéreas continuarem obstruídas repita os procedimentos: 2 sopros, 5
palmadas nas costas e 5 compressões no peito.
HEMORRAGIA
É a perda de sangue do organismo para o meio externo e/ou interno devido o
rompimento de um ou mais vasos sangüíneos.
Classificação
Hemorragia externa – é aquela que se exterioriza logo após a ocorrência de um
traumatismo ou não, dando saída de sangue pelos orifícios naturais do corpo ou feridas.
Hemorragia interna – é a que não se exterioriza e o sangue vai para uma cavidade do
organismo e só podemos percebê-la por meio da alteração de sinais e sintomas.
Hemorragia arterial – sangue vermelho vivo, saindo em jatos.
Hemorragia venosa – sangue vermelho escuro, saindo contínua e lentamente.
Hemoptise – é a hemorragia dos pulmões e caracteriza-se por golfadas de sangue que
saem pela boca, como bolhas, após uma acesso de tosse.
Conduta: Manter a vítima em repouso, com a cabeça mais baixa que o corpo, até a
chegada do médico.
Hematêmese – é a hemorragia do trato digestivo e caracteriza-se por enjôo e ânsia de
vômito. Os vômitos são escuros como borra de café.
Conduta: Manter a vítima deitada sem travesseiros, aplicar compressas frias ou sacos de
gelo sobre o estômago da vítima até a chegada do médico. Não dar água, líquidos ou
remédios pela boca.
Contenção de Hemorragia Externa
Pressão direta - Aplique pressão diretamente sobre o ferimento com uma compressa
de pano limpo. Isso interrompe a maioria dos sangramentos.
2º Elevação do ferimento - Para diminuir o fluxo sanguíneo, levante e segure o membro
lesado acima do nível do coração.
3º Curativo Compressivo – Prenda uma compressa sobre o ferimento, mas não aperte
demais para não impedir a circulação.
4º Pressão Indireta – Se, mesmo com os procedimentos acima, o sangramento continuar,
aplique pressão sobre as principais artérias, tais como: femoral e braquial.
Reconhecimento de hemorragia interna
Dor;
Pulso rápido;
Visão nublada;
Pele fria e pegajosa;
Transpiração abundante na testa e palmas das mãos;
Palidez acentuada e mucosas descoradas com expressão de ansiedade;
Sede intensa;
Hematomas;
Confusão, agitação e irritabilidade;
Sensação de frio com tremores;
Náuseas e vômitos;
Sangramentos pelos orifícios do corpo.
Procedimentos no caso de hemorragia interna
§ Ajude a vítima a deitar-se com a cabeça mais baixa que o resto do corpo. Exceto
quando haja suspeita de traumatismo craniano e fraturas nos membros inferiores;
§ Afrouxe a roupa da vítima;
§ Aplique compressas frias no possível local da hemorragia;
§ Caso a vítima vomite, vire a cabeça da mesma para o lado;
§ Mantenha as vias respiratórias desobstruídas e cheque a respiração e a pulsação a
cada minuto;
§ Não permita que a vítima se mova, coma, beba ou fume.
ESTADO DE CHOQUE
O sistema circulatório tem a função de distribuir o sangue para todo o corpo,
através do coração e vasos sangüíneos. Quando o sistema não funciona e falta aos
tecidos o oxigênio necessário, ocorre o que se chama de estado de choque.
Exemplos de choque:
Hemorrágico ou Hipovolêmico : perda de sangue interno ou externo;
Cardiogênico : funcionamento inadequado do coração;
Anafilático : referente à reação alérgica.
Neurogênico : relacionado ao sistema nervoso
Sinais e sintomas de estado de choque
§ Agitação e ansiedade;
§ Palidez, com cianose nos lábios;
§ Pulsação acelerada (+ 100 bpm);
§ Suor, pele fria e pegajosa;
§ Fraqueza e vertigem;
§ Náusea e possível vômito;
§ Sede intensa.
Procedimentos de primeiros socorros
§ Trate qualquer causa de choque que seja possível. Ex: sangramentos, fraturas ou
queimaduras;
§ Deite a vítima e mantenha as pernas dela elevadas. Isso aumentará o retorno venoso
para o coração e auxiliará no combate ao choque. Exceto quando houver suspeita de
lesão na cabeça;
§ Afrouxe as roupas da vítima;
§ Impeça a perda de calor corporal, colocando cobertas sobre o acidentado;
§ Verifique a respiração e a pulsação;
§ Se a vítima se queixar de sede, apenas umedeça seus lábios com água.
FRATURAS
É a ruptura total ou parcial de qualquer estrutura óssea do corpo.
Classificação
Fratura Simples: a pele da região não é perfurada pela extremidade óssea.
Fratura Exposta: a pele que cobre é rompida.
Simples
Exposta
Reconhecimento
1. Dor;
2. Deformações (angulações e encurtamentos);
3. Inchaços e hematomas;
4. Crepitar característicos (por atrito) dos fragmentos ósseos;
5. Dificuldade ou incapacidade de movimento;
6. Enchimento capilar lento;
7. Em alguns casos pode manifestar sinais de estado de choque.
Procedimentos de socorro
§ Mantenha a vítima imóvel;
§ Quando possível alinhe os membros da vítima;
§ Imobilize o membro fraturado com talas ou apoio adequado, como uma tábua,
papelão, revista dobrada, travesseiro, mantas dobradas etc;
§ Amarre as talas de apoio com ataduras ou tiras de pano, de maneira firme. A
imobilização deve atingir uma articulação acima e outra abaixo da lesão;
§ Caso haja algum ferimento, fazer um curativo protetor sobre a lesão, com gaze ou
pano limpo, a fim de evitar infecções;
§ Verifique a perfusão sanguínea.
LESÃO NA COLUNA
A coluna vertebral se constitui na superposição de vértebras. Ela sustenta o
tronco e a cabeça, cerca e protege a medula espinhal.
O principal perigo das lesões na coluna é que elas podem atingir a medula
espinhal e os nervos, desencadeando lesões graves e irreversíveis com
comprometimento neurológico definitivo, ou até mesmo a morte.
Reconhecimento
§ Dor (costas ou pescoço);
§ Desvio na curva da coluna;
§ Perda de sensibilidade nos braços e pernas;
§ Dormência e formigamento dos membros;
§ Redução ou ausência de movimentos.
Procedimentos de Socorro
§ Imobilize a região do pescoço;
§ Monitore os sinais vitais: temperatura, respiração e pulsação;
NÃO TIRE A VÍTIMA DO LOCAL
A menos que ela corra perigo externo
§ Se não houver pulsação e respiração, coloque a vítima na posição de receber a
reanimação cardiopulmonar;
§ Se for necessário virá-la de frente, deve-se manter a cabeça alinhada ao tronco e
dedos do pé.
TRAUMATISMO CRANIANO
As fraturas cranianas são potencialmente muito graves porque podem
resultar em lesões cerebrais que, se não forem corrigidas de imediato,
podem causar a morte da vítima.
Reconhecimento
§ Ferimento na cabeça;
§ O pulso acelera-se, mas suas batidas são fracas;
§ Sangramento pela boca, nariz e ouvido;
§ Pupilas apresentam diâmetros desiguais;
§ Dores de cabeça;
§ Tontura.
Procedimentos
§ Deite a vítima de costas;
§ Imobilize a cabeça do acidentado, apoiando-a em travesseiros, almofadas;
§ Faça um curativo no ferimento sem pressioná-lo;
§ Monitore os sinais vitais: temperatura, respiração e pulsação.
QUEIMADURAS
São lesões produzidas nos tecidos de revestimento do organismo causadas
por agentes térmicos, produtos químicos, eletricidade etc. As queimaduras podem lesar
a pele, os músculos, os vasos sangüíneos, os nervos e os ossos.
Na área queimada, temos perda do controle da temperatura, de fluidos
orgânicos, de água e da barreira contra infecção.
Classificação
Quanto à profundidade, uma queimadura pode ser de grau, grau ou
grau. Além da profundidade, uma queimadura é tanto mais grave quanto maior for a
superfície do corpo acometida.
Características
Queimadura de 1º Grau:
Vermelhidão de leve a intensa;
Dolorosa;
Não formam bolhas;
Envolve apenas a camada externa da
pele (epiderme);
Inchaço e sensibilidade;
Cicatrizam com facilidade.
Queimadura de 2º Grau:
· Atinge, além da epiderme, parte da
derme;
· Formam-se bolhas, porque os vasos da
derme se dilatam e deixam escapar o
soro dos tecidos;
· É dolorosa;
· Apresenta secreção.
Queimadura de 3º Grau:
1. Destrói toda a espessura da pele e
atinge o tecido subcutâneo, com risco
de chegar até os ossos;
2. Apresenta descoloração – carbonizado
branco ou vermelho cereja;
3. Ocorre a destruição da pele (epiderme
e derme);
4. Apresenta superfície seca e endurecida;
5. É insensível ao toque (terminações
nervosas destruídas);
6. Expõe tecidos gordurosos.
Procedimentos
Se houver chamas, remova a fonte de calor abafando com pano ou jogando
água;
Resfrie imediatamente com água fria a área queimada, por alguns minutos. Isso
bloqueia a onda de calor que se forma. (Uma queimadura de 1º grau pode evoluir
para uma de 2º grau);
Retire, se possível, objetos que possam armazenar calor, tais como: anéis,
colares, brincos, cintos, objetos de metal ou de couro;
Proteja a área queimada com gaze, lenço ou pano limpo e umedecido.
Extensão das queimaduras
A área atingida pela queimadura dá uma indicação aproximada do grau e do
estado de choque que ocorrerá e, juntamente com a avaliação de sua profundidade, o
médico vai orientar o tratamento.
A extensão é medida em termos de porcentagem da área total da superfície do
corpo. A regra dos nove é utilizada para calcular a extensão da queimadura e decidir o
tipo de atendimento médico.
Regra dos 9%
Considerações sobre queimaduras
§ Não force a retirada da roupa grudada na pele – tire apenas a que se soltou;
§ Nunca use: pasta de dente, manteiga, margarina, óleos de qualquer espécie, borrão
de café. Esses produtos aumentam o risco de infecção além de dificultarem o
diagnóstico, precisando ser retirados pelo médico, causando ainda mais dor;
§ Não fure as bolhas;
§ Cuidado para não juntar dedos queimados sem separá-los com curativos estéreis.
Queimaduras Químicas
Um produto químico continua causando dano até que seja neutralizado com
água. Ele pode continuar queimando por longos períodos depois do contato inicial.
Procedimentos
· Retire as roupas contaminadas inclusive os sapatos e meias;
· Lave imediatamente o local afetado com bastante água corrente, durante pelo menos
15 minutos;
· Para alívio da dor, coloque compressas úmidas e frias enquanto aguarda por cuidados
médicos;
· Mesmo que a área queimada seja pequena, procure assistência médica.
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