te
mperatura e precipitação, possuem grande expressão econômica e elevado alcance
social. A participação dos frutos da bananeira na dieta alimentar é de fundamental
importância, pois são supridores de vitaminas e minerais, além de gerar muitos
empregos diretos no país, que, apesar da evolução dos cultivos comerciais em bases
mais técnicas, ainda pode ser considerada como predominantemente de uso intensivo
de mão-de-obra, sendo esta de cunho familiar (SOUZA; TORRES FILHO, 1997).
Como mencionado anteriormente, o Brasil é o segundo maior produtor mundial
de bananas, com mais de 6,9 milhões de toneladas (IBGE, 2006). A região Nordeste é
responsável pela maior produção, com 2,7 milhões de toneladas, ocupando uma área
de 210.374 ha, correspondendo a 38,6% da produção total do país, seguida pelo
sudeste, com 29,8% da produção (IBGE, 2008). A região da Chapada do Apodi, entre
os estados do CE e RN, tem se destacado no cultivo de bananeira, com uma produção
de 365.181 t, em 42.229 ha de área plantada (SOARES et al., 2008).
A cultura da bananeira no Brasil apresenta baixa produtividade e, geralmente,
má qualidade de frutos, que pode ser explicada pelas precárias estruturas de produção e
comercialização, baixo nível tecnológico empregado nos cultivos, ataque de doenças e,
principalmente, nutrição mineral inadequada dos bananais (BORGES, 2003).
Apesar do grande número de cultivares existentes, são poucas as que têm boa
aceitação pelo consumidor e que agregam potencial agronômico satisfatório, limitando
a sua indicação para fins comerciais. As cultivares de bananeira (Musa spp.) mais
difundidas no Brasil são: Maçã, Prata, Pacovan, Prata-Anã, Mysore, Terra e D’Angola,
pertencentes ao grupo genômico AAB; e Nanica, Nanicão e Grand Naine, do grupo
AAA, utilizadas principalmente para exportação (DANTAS; SOARES FILHO, 1995).
A banana é uma das principais frutas comercializadas e consumidas no Brasil,
no entanto, a Sigatoka Negra, doença dos bananais, causada pelo fungo
Mycosphaerella fijiensis Morelet, pode comprometer ou até mesmo inviabilizar a
cadeia produtiva da bananicultura. Nesse contexto, uma das estratégias para a solução
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