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COLEÇÃO EDUCADORES
Uma criança executou os cinco testes de 8 anos, por exemplo;
tem nível de 8 anos, mas venceu mais três testes de 9 e dois de 10...
Por estes, acrescenta-se um ano. Por estes , acrescenta-se um ano.
Terá, portanto, 8+1 = 9, ou seja, o nível mental de 9 anos.
Outro exemplo: o paciente realizou a contento os testes dos
seis anos; tem o nível de 6 anos. Mas venceu, depois, três provas
de 7, três de 8, duas de 9, duas de 10 e um de 11. São 11 provas
complementares vencidas. Terá, pois, mais dois anos de nível, ou
seja, 8. Cremos suficientes estes exemplos.
Desta notação, resulta que qualificamos a criança como regu-
lar, ou normal, quanto ao desenvolvimento da inteligência, quan-
do revele o nível de sua idade. Avançado, se alcança um nível supe-
rior de um ano, dois ou mais; retardado, enfim, se apresenta um
nível inferior em um, dois anos ou mais em relação à sua idade.
Para exprimir aos diferentes resultados, empregam-se símbolos
=, +1, +2, +3 etc. ou –1, –2, –3, etc
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.
Escala dos testes (Binet; Simon, 1929, p. 41)
(Ficha de notação)
Nome Data do Exame
Nascido a Idade mental
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N.A. Para exprimir relação mais simples, entre a idade real ou cronológica e a idade
mental ou nível do desenvolvimento da inteligência, propôs Stern que se dividisse a
segunda pela primeira, expressa em meses. Criou assim o chamado “quociente da
inteligência”, Q.I. Se a criança tem 4 anos de idade mental e realiza apenas os testes
desta idade, tem 48/48 = 1. Se realiza os testes de 5 anos, tem 60/48 = 1.25. Se vence
apenas as provas de 3, ficará com 36/48 = 0,75.
N.T. (Lourenço Filho): Os psicólogos americanos e especialmente Terman, a quem se deve
a célebre revisão da escala Binet-Simon, para as crianças dos Estados Unidos vulgariza-
ram o emprego de Q.I. (I.Q., em inglês, Intelelligence Quocient). Para facilitar os cálculos,
Terman aumentou de um teste as listas das provas de cada idade. Cada uma delas tem,
na sua escala, o valor arbitrário de dois meses de idade mental, pois são seis para cada
idade, ao invés de cinco. É evidente o valor prático da inovação. Por ela, estabeleceu
Terman a expressão numérica da normalidade, da superanormalidade, e infranormalidade.
V. a propósito, o volume I, desta Biblioteca Psciológica Experimental, de Henri Piéron. À
página 95 desse volume vem a tabela de Terman, e a crítica que lhe faz Piéron, com
fundados argumentos. De fato, mal interpretada a noção que ela fornece, apresenta perigo.
V a propósito o volume desta coleção, com o título Revisão paulista da escala Binet-Simon.
Binet editado por selma.pmd 21/10/2010, 08:5877