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Escola; onde a participação dos alunos, professores, pais, comunidade escolar, são
fundamentais para o bom resultado (FERNANDES; ROCHA, SOUZA, 2005).
Ao educar para a Saúde, de forma contextualizada e sistemática, os
professores e a comunidade escolar contribuem de maneira decisiva na formação de
cidadãos capazes de atuar em favor da melhoria dos níveis de saúde pessoais e da
coletividade (BRASIL, 1998a).
A saúde, como direito universal é algo que as pessoas devem construir ao
longo de suas vidas, nas suas relações sociais e culturais, é no interior da escola,
que as questões sobre saúde encontram espaço para diferentes abordagens.
No século XX em suas práticas pedagógicas, a Escola trabalhava com
uma visão reducionista de saúde, enfatizando os aspectos biológicos. Disciplinas
como Higiene, Puericultura, Nutrição e Dietética, divulgaram conhecimentos relativos
aos mecanismos pelos quais os indivíduos adoecem ou asseguram sua saúde.
Em 1971, a lei Nº 5692 veio introduzir formalmente no currículo escolar a
temática da Saúde, com o objetivo de levar a criança e o adolescente ao
desenvolvimento de hábitos saudáveis quanto a higiene pessoal, alimentação,
prática desportiva, ao trabalho e ao lazer, no sentido de preservar a saúde pessoal e
a dos outros (BRASIL, 1998a).
Em 1977, o Conselho Federal de Educação reafirma a posição de que os
programas de saúde não devem ser desenvolvidos como disciplina ou matéria
especifica, mas uma preocupação geral do processo formativo, por meio de uma
correlação entre os componentes curriculares, como Ciências, Estudos Sociais e
Educação Física (BRASIL, 1998a).
Na década de 80, houve uma reformulação dos currículos escolares, mas
pouco se caminhou para romper com a tendência de restringir aos aspectos
informativos e biológicos (BRASIL, 1998a).
Atualmente a Saúde ainda se encontra centrada basicamente na
transmissão de informações, sobre como as pessoas adoecem, e os ciclos das
doenças, em detrimento da coletividade e da prevenção. É preciso repensar a
prática de saúde no ambiente escolar, o processo de formação para docência,
investir na formação e capacitação dos professores, além de maior envolvimento
dos profissionais da Área da Saúde, desenvolvendo ações de saúde no ambiente
escolar.