Download PDF
ads:
disque saúde
0800.61.1997
www.saude.gov.br/svs
www.saude.gov.br/bvs
Dengue
diagnóstico
e manejo clínico
adulto e criança
MINISTÉRIO DA SAÚDE
3ª edição
Brasília / DF
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
ads:
Dengue
diagnóstico
e manejo clínico
adulto e criança
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Vigilância em Saúde
Diretoria Técnica de Gestão
Brasília / DF
2007
3ª edição
Série A. Normas e Manuais Técnicos
© 2005 Ministério da Saúde
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que
citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A coleção institucional do
Ministério da Saúde pode ser acessada na íntegra na Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde:
www.saude.gov.br/bvs
Série A. Normas e Manuais Técnicos
3ª edição – 2007 – tiragem: 380.000 exemplares
Ficha Catalográfica
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretoria
Técnica de Gestão.
Dengue : diagnóstico e manejo clínico Adulto e Criança / Ministério da
Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Diretoria Técnica de Gestão. – 3. ed.
– Brasília : Ministério da Saúde, 2007.
28 p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos)
ISBN 978-85-334-1428-0
1. Dengue. 2. Diagnóstico. 3. Saúde pública. I. Título. II. Série.
NLM WC 528
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informão – Editora MS – OS 2007/0436
tulos para indexão:
Em ings: Dengue: diagnosis and clinical handling
Em espanhol: Dengue: diagnóstico y manejo clínico
Elaboração, edição e distribuição
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Vigilância em Sde
Diretoria Técnica de Geso
Produção: Núcleo de Comunicão
Endereço
Esplanada dos Minisrios, Bloco G,
Edifício Sede, 1.º andar, Sala 134
CEP: 70058-900, Bralia/DF
E-mail: svs@saude.gov.br
Endero eletnico: www.saude.gov.br/svs
Produção editorial
Capa, projeto gráfico
e diagramação: Fabiano Camilo
Revio: Lilian Alves Assunção de Sousa
Normalizão: Valéria Gameleira da Mota
Organização
Ana Cristina da Rocha Simplício, Cristiane
Penaforte do Nascimento, Giovanini Evelim
Coelho, João Bosco Siqueira Junior, Suely
Hiromi Tuboi, Suely Esashika
Colaboradores
Bernardino Cudio Albuquerque, Carlos
Alexandre Brito, Celia Carmen de Araújo
Nicolai, Giselle Hertz Moraes, Ivo Castelo
Branco, Kleber Luz, Leônidas Lopes Braga
Júnior, Lúcia Alves Rocha, Maria dos Remédios
Freitas Carvalho Branco, Márcia Ferreira Del
Fabbro, Rivaldo Venâncio, Sônia Maris Oliveira
Zagne
Impresso no Brasil / Printed in Brazil
1 Introdução | 5
2 Espectro clínico
2.1 Aspectos clínicos na criança | 6
2.2 Febre hemorrágica da dengue (FHD)
2.3 Dengue com complicações | 7
3 Atendimento ao paciente com suspeita de dengue
3.1 Caso suspeito de dengue
3.2 Anamnese | 8
3.2.1 História da doença atual
3.2.2 Epidemiologia
3.2.3 História patológica pregressa | 9
3.3 Exame físico
3.3.1 Exame físico geral
3.3.2 Prova do laço | 10
4 Diagnóstico Diferencial | 11
5 Estadiamento e tratamento
5.1 Grupo A
5.1.1 Caracterização
5.1.2 Conduta | 12
5.1.2.1 Conduta diagnóstica
5.1.2.2 Conduta terapêutica
Sumário
5.2 Grupo B | 15
5.2.1 Caracterização
5.2.2 Conduta
5.2.2.1 Conduta diagnóstica
5.2.2.2 Conduta terapêutica
5.3 Grupos C e D | 19
5.3.1 Caracterização
5.3.2 Conduta
5.3.2.1 Conduta diagnóstica
5.3.2.2 Conduta terapêutica | 20
5.4 Outros distúrbios eletrolíticos e metabólicos
que podem exigir correção específica | 23
5.5 Distúrbios de coagulação
(cardiopatias de consumo e plaquetopenia),
hemorragias e uso de hemoderivados | 24
5.6 Indicações para internação hospitalar | 25
5.7 Critérios de alta hospitalar
6 Confirmação laboratorial | 26
6.1 Diagnóstico sorológico
6.2 Diagnóstico virológico
6.3 Diagnóstico laboratorial nos óbitos suspeitos | 27
7 Classificação final do caso | 27
7.1 Caso confirmado de dengue clássica
7.2 Caso confirmado de febre hemorrágica da dengue
Referências Bibliográficas | 28
Dengue: diagnóstico e manejo clínico : adulto e criança
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS
5
1 Introdução
A identicação precoce dos casos de dengue é de vital importância para a
tomada de decisões e implementação de medidas de maneira oportuna, visan-
do principalmente evitar óbitos. A organização dos serviços de saúde, tanto na
área de vigilância epidemiológica quanto na prestação de assistência médica,
é necessária para reduzir a letalidade por dengue no país, bem como permite
conhecer a situação da doença em cada região. É mandatória a efetivação de
um plano de contingência que contemple ações necessárias para o controle da
dengue em estados e municípios.
A classicação da dengue, segundo a Organização Mundial da Saúde, na
maioria das vezes é retrospectiva e depende de critérios clínicos e laboratoriais
que nem sempre estão disponíveis precocemente, e alguns casos não se enqua-
dram na referida classicação (dengue com complicações). Esses critérios não
permitem o reconhecimento precoce de formas potencialmente graves, para as
quais é crucial a instituição de tratamento imediato.
Pelos motivos expostos, preconizamos a adoção do protocolo de condutas,
apresentado a seguir, frente a todo paciente com suspeita de dengue. Nele, pro-
põe-se uma abordagem clínico-evolutiva, baseada no reconhecimento de ele-
mentos clínico-laboratoriais e de condições associadas que podem ser indica-
tivos de gravidade, com o objetivo de orientar a conduta terapêutica adequada
para cada situação.
2 Espectro clínico
A infecção pelo vírus da dengue causa uma doença de amplo espectro clínico,
incluindo desde formas inaparentes até quadros graves, podendo evoluir para
o óbito. Entre estes, destaca-se a ocorrência de hepatite, insuciência hepática,
manifestações do sistema nervoso, miocardite, hemorragias graves e choque.
Na dengue, a primeira manifestação é a febre, geralmente alta (ºC a ºC)
de início abrupto, associada à cefaléia, adinamia, mialgias, artralgias, dor retro-
orbitária, com presença ou não de exantema e/ou prurido. Anorexia, náuseas,
vômitos e diarréia podem ser observados por  a  dias.
Alguns pacientes podem evoluir para formas graves da doença e passam a
apresentar sinais de alarme da dengue, principalmente quando a febre cede,
que precedem as manifestações hemorrágicas graves.
Dengue: diagnóstico e manejo clínico : adulto e criança
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS
6
As manifestações hemorrágicas, como epistaxe, petéquias, gengivorragia,
metrorragia, hematêmese, melena, hematúria e outros, bem como a plaqueto-
penia, podem ser observadas em todas as apresentações clínicas de dengue. É
importante ressaltar que o fator determinante na febre hemorrágica da dengue
é o extravasamento plasmático, que pode ser expressado por meio da hemo-
concentração, hipoalbuminemia e ou derrames cavitários.
2.1 Aspectos clínicos na criança
A dengue na criança, na maioria das vezes, apresenta-se como uma síndro-
me febril com sinais e sintomas inespecícos: apatia, sonolência, recusa da ali-
mentação, vômitos, diarréia ou fezes amolecidas.
Nos menores de  anos de idade, especialmente em menores de  meses, os
sintomas como cefaléia, mialgias e artralgias podem manifestar-se por choro
persistente, adinamia e irritabilidade, geralmente com ausência de manifesta-
ções respiratórias, podendo confundir com outros quadros infecciosos febris,
próprios desta faixa etária.
As formas graves sobrevêm geralmente em torno do terceiro dia de doen-
ça, acompanhadas ou não da defervescência da febre.
Na criança, o início da doença pode passar despercebido e o quadro grave
ser identicado como a primeira manifestação clínica. O agravamento geral-
mente é súbito, diferente do adulto, no qual os sinais de alarme de gravidade
são mais facilmente detectados.
O exantema, quando presente, é maculopapular, podendo apresentar-se sob
todas as formas (pleomorsmo), com ou sem prurido, precoce ou tardiamente.
2.2 Febre hemorrágica da dengue (FHD)
As manifestações clínicas iniciais da dengue hemorrágica são as mesmas des-
critas nas formas clássicas de dengue. Entre o terceiro e o sétimo dia do início
da doença, quando da defervescência da febre, surgem sinais e sintomas como
mitos importantes, dor abdominal intensa, hepatomegalia dolorosa, descon-
forto respiratório, letargia, derrames cavitários (pleural, pericárdico, ascite), que
alarmam a possibilidade de evolução do paciente para formas hemorrágicas da
doença. Em geral estes sinais de alarme precedem as manifestações hemorrágica
espontâneas ou provocada (prova do laço positiva), e os sinais de insuciência
circulatória que podem existir na FHD. O paciente pode evoluir para instabilida-
de hemodinâmica, com hipotensão arterial, taquisgmia e choque.
Dengue: diagnóstico e manejo clínico : adulto e criança
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS
7
2.3 Dengue com complicações
É todo caso grave que não se enquadra nos critérios da OMS de FHD e
quando a classicação de dengue clássica é insatisfatória.
Nessa situação, a presença de um dos achados a seguir caracteriza o quadro:
alterações graves do sistema nervoso; disfunção cardiorrespiratória; insuci-
ência hepática; plaquetopenia igual ou inferior a ./mm
; hemorragia di-
gestiva; derrames cavitários; leucometria global igual ou inferior a ./mm
;
óbito.
Manifestações clínicas do sistema nervoso, presentes tanto em adultos como
em crianças, incluem: delírio, sonolência, coma, depressão, irritabilidade, psi-
cose, demência, amnésia, sinais meníngeos, paresias, paralisias, polineuropa-
tias, síndrome de Reye, síndrome de Guillain-Barré e encefalite. Podem surgir
no decorrer do período febril ou mais tardiamente, na convalescença.
3 Atendimento ao paciente
com suspeita de dengue
A abordagem do paciente com suspeita de dengue deve seguir uma rotina de
anamnese e exame físico. Essas informações são necessárias para o estadiamen-
to e o planejamento terapêutico adequados.
3.1 Caso suspeito de dengue
Todo paciente que apresente doença febril aguda com duração de até sete
dias, acompanhada de pelo menos dois dos sintomas, como cefaléia, dor re-
troorbitária, mialgias, artralgias, prostração ou exantema, associados ou não
à presença de hemorragias. Além de ter estado, nos últimos  dias, em área
onde esteja ocorrendo transmissão de dengue ou tenha a presença de Aedes
aegypti.
Todo caso suspeito de dengue deve ser noticado à Vigilância Epidemioló-
gica.
A presença de sinais de alarme, relacionados a seguir, indica a possibilidade
de gravidade do quadro clínico e de evolução para dengue hemorrágica e/ou
síndrome do choque da dengue.
Dengue: diagnóstico e manejo clínico : adulto e criança
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS
8
Sinais de alarme na dengue
a) dor abdominal intensa e contínua;
b) vômitos persistentes;
c) hipotensão postural e/ou lipotímia;
d) hepatomegalia dolorosa;
e) hemorragias importantes (hematêmese e/ou melena);
f) sonolância e/ou irritabilidade;
g) diminuição da diurese;
h) diminuição repentina da temperatura corpórea ou
hipotermia;
i) aumento repentino do hematócrito;
j) queda abrupta de plaquetas;
l) desconforto respiratório.
Sinais de choque
a) hipotensão arterial;
b) pressão arterial convergente (PA diferencial < 20mmHg);
c) extremidades frias, cianose;
d) pulso rápido e fino;
e) enchimento capilar lento (> 2 segundos).
3.2 Anamnese
A história clínica deve ser a mais detalhada possível e os itens a seguir devem
constar em prontuário.
3.2.1 História da doença atual
a) cronologia dos sinais e sintomas.
b) caracterização da curva febril (estabelecer a data de início da febre).
c) pesquisa de sinais de alarme.
d) pesquisa de manifestações hemorrágicas: hematêmese (vômitos com raias
de sangue ou tipo “borra-de-café”), melena (fezes escuras). Na criança po-
dem passar despercebidas.
3.2.2 Epidemiologia
a) Perguntar sobre presença de casos semelhantes no local de moradia ou de
trabalho.
b) História de deslocamento nos últimos 15 dias para área de transmissão de
dengue.
Dengue: diagnóstico e manejo clínico : adulto e criança
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS
9
3.2.3 História patológica pregressa
a) Doenças crônicas associadas: hipertensão arterial, diabetes mellitus, DPOC,
doenças hematológicas crônicas (principalmente anemia falciforme), doen-
ça renal crônica, doença grave do sistema cardiovascular, doença acidopép-
tica e doenças auto-imunes.
b) Investigar o uso de medicamentos, sobretudo antiagregantes plaquetários,
anticoagulantes, antiinamatórios e imunossupressores. Pesquisar sobre o
uso de salicilatos para controle da febre reumática e doença de Kawasaki.
c) Na criança, além das doenças de base citadas, valorizar as manifestações
alérgicas como: asma brônquica, dermatite atópica.
3.3 Exame físico
3.3.1 Exame físico geral
a) Ectoscopia: destacar a pesquisa de edema subcutâneo (palpebral, de parede
abdominal e de membros), assim como manifestações hemorrágicas na pele,
mucosas e esclera. Avaliar o estado de hidratação.
b) Vericar a pressão arterial em duas posições, pulso, enchimento capilar, fre-
qüência respiratória, temperatura, e peso.
c) Segmento torácico: pesquisar sinais de desconforto respiratório e de derra-
me pleural e pericárdico.
d) Segmento abdominal: pesquisar hepatomegalia, dor e ascite.
e) Sistema nervoso: pesquisar sinais de irritação meníngea, nível de consciên-
cia, sensibilidade e força muscular.
ATenÇÃO!!!
Diferentemente do que ocorre em outras doenças que levam ao choque, na dengue, antes de
haver uma queda substancial na pressão arterial sistólica (menor que 90mmHg, em adultos),
poderá haver um fenômeno de pinçamento da pressão arterial, ou seja, a diferença entre
a pressão arterial sistólica e a diastólica será menor ou igual a 20mmHg, caracterizando a
pressão arterial convergente.
A verificação do tempo do enchimento capilar é mandatório em todos os casos atendidos
como suspeitos de dengue. O enchimento capilar se faz normalmente em um tempo de até
dois segundos. Para sua verificação pode se comparar o tempo de enchimento do paciente
com o do examinador
Dengue: diagnóstico e manejo clínico : adulto e criança
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS
10
Referência de normalidade para pressão arterial em crianças
• Recém-Nascido até 92 horas: sistólica = 60 a 90mmHg
diastólica = 20 a 60mmHg
• Lactentes < de 1 ano: sistólica = 87 a 105mmHg
diastólica = 53 a 66mmHg
Preso média sislica (percentil 50) para criaas > de 1 ano = idade em anos x 2 + 90
Para determinar hipotensão arterial, considerar: pressão sistólica limite inferior (percentil
5) para crianças > de 1 ano = idade em anos x 2 + 70. Achados de pressão arterial
sistólica abaixo deste percentil ou valor sinaliza hipotensão arterial.
Fonte: Pediatric Advanced Life Support, 1997; Murahovschi, J. 2003.
Em crianças, usar manguito apropriado para a idade e peso.
Quando não for possível aferir o peso, utilizar a fórmula aproximada:
• para lactentes de 3 a 12 meses: P = idade em meses x 0,5 + 4,5
• para crianças de 1 a 8 anos: P = idade em anos x 2 + 8,5
ATenÇÃO!!!
Em crianças, devido à presença de dor abdominal ou irritabilidade, fica difícil determinar o
limite inferior do fígado; dessa forma a dígito-percussão é útil na delimitação do tamanho
deste órgão.
3.3.2 Prova do laço
A prova do laço deverá ser realizada obrigatoriamente em todos os casos
suspeitos de dengue durante o exame físico.
• desenhar um quadrado de 2,5cm de lado (ou uma área ao redor da falange distal
do polegar) no antebraço da pessoa e verificar a PA (deitada ou sentada;
• calcular o valor médio:(PAS+PAD)/2;
• insuflar novamente o manguito até o valor médio e manter por cinco minutos em
adulto (em crianças, 3 minutos) ou até o aparecimento de petéquias ou equimoses;
• contar o número de petéquias no quadrado. A prova será positiva se houver 20 ou
mais petéquias em adultos e 10 ou mais em crianças;
A prova do laço é importante para a triagem do paciente suspeito de dengue,
pois é a única manifestação hemorrágica do grau I de FHD representando a
fragilidade capilar.
Dengue: diagnóstico e manejo clínico : adulto e criança
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS
11
4 Diagnóstico Diferencial
Considerando-se que a dengue tem um amplo espectro clínico, as principais
doenças que fazem diagnóstico diferencial são: inuenza, enteroviroses, doen-
ças exantemáticas (sarampo, rubéola, parvovirose, eritema infeccioso, mono-
nucleose infecciosa, exantema súbito, citomegalovirose e outras), hepatites vi-
rais, abscesso hepático, abdome agudo, hantavirose, arboviroses (febre amarela,
Mayaro, Oropouche e outras), escarlatina, pneumonia, sepse, infecção urinária,
meningococcemia, leptospirose, malária, salmonelose, riquetsioses, doença de
Henoch-Schonlein, doença de Kawasaki, púrpura auto-imune, farmacodermias
e alergias cutâneas. Outros agravos podem ser considerados conforme a situa-
ção epidemiológica da região.
5 Estadiamento e tratamento
Os dados de anamnese e exame sico seo utilizados para estadiar os casos e para
orientar as medidas terapêuticas cabíveis. É importante lembrar que a dengue é uma
doea dinâmica e o paciente pode evoluir de um esgio a outro rapidamente.
O manejo adequado dos pacientes depende do reconhecimento precoce dos
sinais de alarme, do contínuo monitoramento e reestadiamento dos casos e da
pronta reposição hídrica. Com isso, torna-se necessária a revisão da história
clínica, acompanhada do exame físico completo, a cada reavaliação do pacien-
te, com o devido registro em instrumentos pertinentes (prontuários, cha de
atendimento, cartão de acompanhamento).
ATenÇÃO!!!
Os sinais de alarme e o agravamento do quadro costumam ocorrer na fase de remissão da febre.
5.1 Grupo A
5.1.1 Caracterização
a) Febre por até sete dias, acompanhada de pelo menos dois sinais e sintomas
inespecícos (cefaléia, prostração, dor retroorbitária, exantema, mialgias,
artralgias) e história epidemiológica compatível.
Dengue: diagnóstico e manejo clínico : adulto e criança
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS
12
b) Prova do laço negativa e ausência de manifestações hemorrágicas espontâneas.
c) Ausência de sinais de alarme.
5.1.2 Conduta
5.1.2.1 Conduta diagnóstica
a) Exames especícos
A conrmação laboratorial é orientada de acordo com a situação epide-
miológica:
em períodos não epidêmicos, solicitar o exame de todos os casos suspeitos;
em períodos epidêmicos, solicitar o exame em todo paciente grave ou com
dúvidas no diagnóstico, seguindo as orientações da Vigilância Epidemioló-
gica de cada região;
solicitar sempre na seguinte situação: gestantes (diagnóstico diferencial de rubé-
ola), crianças, idosos (hipertensos, diabéticos, e outras co-morbidades).
b) Exames inespecícos
Hemograma completo:
recomendado para todos os pacientes com dengue, em especial para
aqueles que se enquadrem nas seguintes situações: lactentes (menores de 
anos), gestantes, adultos com idade acima de  anos, com hipertensão ar-
terial ou outras doenças cardiovasculares graves, diabetes mellitus, DPOC,
doenças hematológicas crônicas (principalmente anemia falciforme), do-
ença renal crônica, doença acidopéptica e doenças auto-imunes;
coleta no mesmo dia e resultado em até  horas.
5.1.2.2 Conduta terapêutica
a) Hidratação oral
Adultos: calcular o volume de líquidos de  a ml/kg/dia, sendo /
com solução salina e no início com volume maior. Para os / restantes, orien-
tar a ingestão de líquidos caseiros (água, suco de frutas, soro caseiro, chás, água
de coco, etc.), utilizando-se os meios mais adequados à idade e aos hábitos do
paciente. Especicar o volume a ser ingerido por dia. Por exemplo, para um
adulto de kg, orientar:
• .º dia – ml/kg/dia ,L:
» período da manhã: L de SRO e L de líquidos caseiros;
Dengue: diagnóstico e manejo clínico : adulto e criança
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS
13
» período da tarde: ,L de SRO, ,L de líquidos caseiros;
» período da noite: ,L de SRO e ,L de líquidos caseiros.
• .º dia – ml/kg/dia ,L: distribuídos ao longo do dia, de forma
semelhante;
» a alimentação não deve ser interrompida durante a hidratação,
mas administrada de acordo com a aceitação do paciente;
Crianças: orientar hidratação oral no domicílio, de forma precoce e abun-
dante com líquidos e soro de reidratação oral, oferecendo com freqüência, de acor-
do com a aceitação da criança. Orientar sobre sinais de alarme e de desidratação.
b) Sintomáticos
Os usos destas drogas sintomáticas são recomendados para pacientes com
febre elevada ou com dor. Deve ser evitada a via intramuscular.
Antitérmicos e analgésicos.
Dipirona
» Crianças: -mg/kg/dose até de / horas (respeitar dose
máxima para peso e idade, ver quadro do item ..);
» Adultos:  a  gotas ou  comprimido (mg) a de / horas.
Paracetamol
» Crianças: -mg/kg/dose até de / horas respeitar dose
máxima para peso e idade, (ver quadro do item ..);
» Adultos: - gotas ou comprimido ( a mg) até de/ horas.
Em situações excepcionais, para pacientes com dor intensa, pode-
se utilizar, nos adultos, a associação de paracetamol e fosfato de
codeína (, a mg) até de / horas.
Os salicilatos não devem ser administrados, pois podem causar
sangramentos.
Os antiinamatórios não hormonais (ibuprofeno, diclofenaco,
nimesulida) e drogas com potencial hemorrágico não devem ser
utilizados.
Antieméticos.
Metoclopramida
» Adultos:  comprimido de mg até de / horas;
Dengue: diagnóstico e manejo clínico : adulto e criança
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS
14
» Crianças <  anos: , mg/kg/dose até  doses diárias.
Bromoprida
» Adultos:  comprimido de mg até de / horas;
» Crianças: , a  mg/kg/dia em  a  doses diárias. Parenteral:
, mg/kg/dose, IV.
Alizaprida
» Adultos:  comprimido de mg até de / horas.
Dimenidrinato
» Crianças:  mg/kg/dose, até  vezes ao dia, via oral.
Antipruriginosos:
o prurido na dengue pode ser extremamente
incômodo, mas é autolimitado, durando em torno de  a 
horas. A resposta à terapêutica antipruriginosa usual nem sempre é
satisfatória, mas podem ser utilizadas as medidas a seguir: banhos
frios, compressas com gelo, pasta d’água, etc.
Drogas de uso sistêmico
» Dexclorfeniramina
- Adultos:  mg até de / horas;
- Crianças: ,mg/kg/dia até de / horas.
» Cetirizina
- Adultos: mg uma vez ao dia;
- Crianças de  a  anos: ml(mg) de / horas, via oral.
» Loratadina
- Adultos: mg uma vez ao dia;
- Crianças: mg uma vez ao dia para paciente com peso ≤ kg;
» Hidroxizine
- Adultos (>  anos):  a  mg, via oral,  a  vezes ao dia.
- Crianças (acima de  anos): mg/kg/dia de / horas.
c) Orientações aos pacientes e familiares:
todos os pacientes (adultos e crianças) devem retornar
imediatamente em caso de aparecimento de sinais de alarme.
o desaparecimento da febre (entre o segundo e o sexto dia de doença)
marca o início da fase crítica, razão pela qual o paciente deverá
retornar para nova avaliação no primeiro dia desse período.
Dengue: diagnóstico e manejo clínico : adulto e criança
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS
15
Importante
Para seguimento do paciente, recomenda-se a adoção do “Cartão de Identificação do
Paciente com Dengue”, que é entregue após a consulta ambulatorial e onde constam
as seguintes informações: dados de identificação, unidade de atendimento, data de
início dos sintomas, medição de PA, prova do laço, hematócrito, plaquetas, sorologia,
orientações sobre sinais de alarme e local de referência para atendimento de casos
graves na região.
5.2 Grupo B
5.2.1 Caracterização
a) Febre por até sete dias, acompanhada de pelo menos dois sinais e sintomas
inespecícos (cefaléia, prostração, dor retroorbitária, exantema, mialgias,
artralgias) e história epidemiológica compatível.
b) Prova do laço positiva ou manifestações hemorrágicas espontâneas, sem re-
percussão hemodinâmica.
c) Ausência de sinais de alarme.
5.2.2 Conduta
Esses pacientes devem ser atendidos inicialmente nas unidades de atenção
básica, podendo necessitar de leito de observação, dependendo da evolão.
5.2.2.1 Conduta diagnóstica
a) Hemograma completo: obrigatório. A coleta deve ser imediata, com resul-
tado no mesmo período.
b) Exames especícos (sorologia/isolamento viral): obrigatório
5.2.2.2 Conduta terapêutica
a) Hidratação oral conforme recomendado para o grupo A, até o resultado do
exame
b) Sintomáticos (conforme recomendado para o grupo A)
• analgésicos e antitérmicos
• antieméticos
• antipruriginosos
Dengue: diagnóstico e manejo clínico : adulto e criança
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS
16
Seguir conduta conforme resultado do hemograma:
Paciente com hemograma normal: tratamento em regime
ambulatorial, como no grupo A.
Paciente com hematócrito aumentado em até  acima do valor
basal ou, na ausência deste, com as seguintes faixas de valores:
» crianças: ≥  e ≤ 
» mulheres: ≥  e ≤ 
» homens: ≥  e ≤  e/ou plaquetopenia entre  e .
cels/mm
e/ou leucopenia < . cels/mm
Tratamento ambulatorial
hidratação oral vigorosa:
» Adultos: ml/kg/dia.
» Crianças: oferecer ml/Kg em  a  horas de soro oral, sob
supervisão da equipe de saúde, seguida de reavaliação clínica.
Orientar hidratação oral no domicílio, de forma abundante com
líquidos e soro de reidratação oral, de acordo com a aceitação da
criança. Orientar sobre sinais de alarme e de desidratação.
Sintomáticos (conforme orientação descrita no grupo A).
Orientar sobre sinais de alarme.
Retorno para reavaliação clínico-laboratorial em  horas ou se
surgir sinais de alarme reestadiar o caso.
Paciente com hematócrito aumentado em mais de  acima do
valor basal ou, na ausência deste, com os seguintes valores:
» crianças: > 
» mulheres: > 
» homens: >  e/ou plaquetopenia < . cels/mm
:
leito de observação em unidade de emergência ou unidade
hospitalar ou, ainda, em unidade ambulatorial, com capacidade
para realizar hidratação venosa sob supervisão médica, por um
período mínimo de seis horas;
hidratação oral supervisionada ou parenteral:
Dengue: diagnóstico e manejo clínico : adulto e criança
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS
17
» adultos: ml/kg/dia, sendo / do volume infundido nas primeiras
quatro a seis horas e na forma de solução salina isotônica;
» crianças: oferecer soro de reidratação oral (-ml/kg de  a
horas). Se necessário, hidratação venosa: soro siológico ou Ringer
Lactato – ml/kg em  horas. Se necessário, repetir a hidratação.
Sintomáticos.
Reavaliação clínica e de hematócrito após a etapa de hidratação
se normal, tratamento ambulatorial com hidratação oral vigorosa
e retorno para reavaliação clínico-laboratorial em  horas; se a
resposta for inadequada, repetir a conduta caso a unidade tenha
condições. Se não, manter hidratação parenteral até transferência
para uma unidade de referência.
Crianças
• Considerar os seguintes valores normais de hematócrito:
<1 mês: Ht 51%
- 2 meses a 6 meses: Ht 35%
- 6 meses a 2 anos: Ht 36%
- 2 anos a 6 anos: Ht 37%
• Avaliação da diurese e da densidade urinária:
Diurese normal: 1,5ml a 4 ml/Kg/h
Densidade urinária normal: 1004 a 1008
Adaptado de Nelson e Dalman PR. in: Rudolph Pediatrics, New York, Appleton, 1997
Importante
Ao surgirem sinais de alarme ou aumento do hematócrito na vigência de hidratação
adequada, é indicada a internação hospitalar. Pacientes com plaquetopenia
<20.000/mm
3
, sem repercussão clínica, devem ser internados e reavaliados clínica e
laboratorialmente a cada 12 horas.
b) Hidratação Parenteral
• Adultos:
. Calcular o volume de líquidos em ml/kg/dia, sendo um terço na forma de
solução salina ou ringer lactato e dois com solução glicosada a . Nas primei-
ras  horas, o primeiro / do volume deve correr em horas e pode ser repe-
tida esta velocidade se não houver melhora do hematócrito ou da estabilidade
hemodinâmica. O / seguinte correr em  horas e o outro / em  horas.
Dengue: diagnóstico e manejo clínico : adulto e criança
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS
18
Exemplo: para um adulto de kg, prescrever:
• Volume: ml x kg = .ml. Volume a ser prescrito: .ml
em  horas, sendo .ml de soro siológico e .ml de soro
glicosado a 
a) Primeira fase ( horas):
» soro siológico – ml;
» soro glicosado a  – .ml.
b) Segunda fase ( horas):
» soro siológico – ml;
» soro glicosado a  – .ml.
c) Terceira fase ( horas):
» soro siológico – ml;
» soro glicosado a  – .ml.
. Outra forma de calcular o volume de hidratação é utilizar a fórmula ml/kg
para cada fase a ser administrada. Por exemplo, para o mesmo paciente:
a) Primeira fase: ml x kg = .ml.
Volume prescrito .ml em  horas:
» soro siológico – ml;
» soro glicosado a  – .ml.
b) Segunda fase: ml x kg = .ml.
Volume prescrito .ml em  horas:
» soro siológico – ml;
» soro glicosado a  – .ml.
c) Terceira fase:  ml x  kg = .ml.
Volume prescrito . ml em  horas:
» soro siológico – ml;
» soro glicosado a  – .ml.
. A reposição de potássio deve ser iniciada, uma vez observada o início de
diurese acima de ml ou ml/hora.
Dengue: diagnóstico e manejo clínico : adulto e criança
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS
19
5.3 Grupos C e D
5.3.1 Caracterização
a) Febre por até sete dias, acompanhada de pelo menos dois sinais e sintomas
inespecícos (cefaléia, prostração, dor retroorbitária, exantema, mialgias,
artralgias) e história epidemiológica compatível.
b) Presença de algum sinal de alarme que caracteriza o grupo C.
c) Choque (que caracteriza o grupo D).
d) Manifestações hemorrágicas presentes ou ausentes.
5.3.2 Conduta
Esses pacientes devem ser atendidos, inicialmente, em qualquer nível de
complexidade, sendo obrigatório de imediato hidratação venosa rápida, inclu-
sive durante eventual transferência para uma unidade de referência.
5.3.2.1 Conduta diagnóstica
a) Exames inespecícos: obrigatórios
Hemograma completo.
Tipagem sangüínea.
Dosagem de albumina sérica.
Radiograa de tórax (PA, perl e incidência de Laurell).
Outros exames conforme necessidade: glicose, uréia, creatinina,
eletrólitos, transaminases, gasometria, ultra-sonograa de abdome e
de tórax.
Destaca-se maior sensibilidade do exame ultra-sonográco para diagnosti-
car derrames cavitários, quando comparados à radiograa.
b) Exames especícos (sorologia/isolamento viral): obrigatório
Atenção!!!
Na primeira coleta de sangue para exames inespecíficos, solicitar realização dos exames
específicos, atentando para a necessidade de acondicionamento adequado: -20ºC para
realização da sorologia e -70ºC para realização do isolamento viral.
Dengue: diagnóstico e manejo clínico : adulto e criança
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS
20
5.3.2.2 Conduta terapêutica
a) Grupo C – paciente sem hipotensão, com sinais de alarme
Leito de observação em unidade, com capacidade para realizar hidratação ve-
nosa sob supervisão médica, por um período mínimo de h.
Adultos
» Hidratação IV imediata: ml/kg em quatro horas, com soro
siológico ou ringer lactato, de preferência em bomba de infusão
contínua. Repetir esta fase até três vezes se não houver melhora do
hemacrito ou dos sinais hemodinâmicos
» se houver melhora clínica e laboratorial, iniciar etapa de
manutenção com ml/kg em cada uma das etapas seguintes ( e
 horas);
» se a resposta for inadequada, repetir a conduta anterior,
reavaliando ao m da etapa. A prescrição pode ser repetida por até
três vezes;
» se houver melhora, passar para a etapa de manutenção com ml/
kg em cada uma das etapas seguintes ( e  horas);
» se a resposta for inadequada (em adultos e crianças), tratar como
paciente do grupo D – com hipotensão (ver abaixo).
Crianças
Fase de expansão: soro siológico ou Ringer Lactato: ml/kg/h, podendo
ser repetida até três vezes.
Fase de manutenção (necessidade hídrica basal, segundo a regra de Holli-
day-Segar):
» até kg: ml/kg/dia;
»  a kg: .ml+ml/kg/dia para cada kg acima de kg;
» acima de kg: .ml+ml/kg/dia para cada kg acima de kg;
» Sódio: mEq em ml de solução ou  a mEq/kg/dia;
» Potássio: mEq em ml de solução ou  a  mEq/kg/dia.
Fase de reposição de perdas estimadas (causadas pela fuga capilar): SF ,
ou Ringer lactato  a ml/kg/ horas, com avaliação periódica. Pode-se au-
mentar a oferta de líquidos desta fase, de acordo com a avaliação clínica e labo-
ratorial. Esta fase deve ser administrada concomitante à fase de manutenção.
Dengue: diagnóstico e manejo clínico : adulto e criança
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS
21
Pode-se também optar por fazer fases rápidas de reposição ml/Kg, quando
for necessário, baseado em critérios clínicos (diurese, sinais de disatratação e
etc.) e/ou laboratoriais.
Avaliação periódica em criança:
» PA a cada  horas.
» Hematócrito a cada  horas.
» Diurese horária.
» Densidade urinária a cada  horas.
» Dosar plaquetas de / horas.
Sintomáticos: (conforme orientação apresentada anteriormente);
Reavaliação: clínica e de hematócrito após quatro horas. Dosar plaquetas e
outros fatores de coagulação (TAP, TTPA, etc.) em caso de sangramento signi-
cativo.
b) Grupo D paciente com estreitamento da pressão ou hipotensão arterial
ou choque
Iniciar a hidratação parenteral com solução salina isotônica
(ml/Kg em até  minutos, tanto adultos como crianças)
imediatamente, independente do local de atendimento. Se
necessário, repetir por até três vezes.
Leito de observação em unidade, com capacidade para realizar
hidratação venosa sob supervisão médica, por um período mínimo
de h.
Sintomáticos (conforme orientação apresentada anteriormente).
Reavaliação clínica (cada - minutos) e hematócrito após h.
Se houver melhora do choque (normalização da PA, em duas
posições, débito urinário, pulso e respiração), tratar como paciente
sem hipotensão (vericar hidratação venosa de manutenção com
reposição de perdas).
Se a resposta for inadequada, avaliar a hemoconcentração
Hematócrito em ascensão e choque, após hidratação adequada:
» utilizar expansores plasmáticos (colóides sintéticos ml/kg/hora; na
falta deste, fazer albumina: adulto: ml/kg/hora, criança:,g/kg).
Dengue: diagnóstico e manejo clínico : adulto e criança
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS
22
Hematócrito em queda e choque:
» investigar hemorragias e transfundir o concentrado de hemácias,
se necessário;
» investigar coagulopatias de consumo e discutir conduta com o
especialista, se necessário;
» investigar a hiperidratação (sinais de insuciência cardíaca
congestiva) e tratar com diuréticos, se necessário;
Em ambos os casos, se a resposta for inadequada, encaminhar o
paciente para a unidade de cuidados intensivos.
Monitoramento laboratorial:
hematócrito a cada duas horas, durante o período de instabilidade
hemodinâmica, e a cada quatro a seis horas nas primeiras  horas
após a estabilização do quadro;
plaquetas a cada  horas.
Atenção!!!
Crianças do grupo C e D podem apresentar edema subcutâneo generalizado e derrames
cavitários, pela perda capilar, o que não significa, em princípio, hiper-hidratação e que
pode aumentar após hidratação satisfatória.
Exemplo de hidratação em crianças:
Peso = Kg, idade =  anos, PA =  x mmHg (hipotensão arterial), pul-
sos liformes e letárgico. Como apresenta hipotensão e sinais de alarme, en-
contra-se no grupo D do manejo. Prescreve-se:
• Fase de expansão: ml/kg em  minutos   x = ml
EV em  minutos, seguido de reavaliação clínica, podendo ser
repetida até três vezes.
• Hidratação de manutenção: (usar a fórmula de Holliday-Segar):
» Peso= Kg .ml + ml/kg = .ml + ( x ) = .ml +
ml = .ml/dia de líquidos.
» Na = mEq/Kg/dia   x  = mEq  transformando em ml 
 ÷ , = ml de NaCl a /dia
» K = mEq/Kg/dia   x  = mEq  transformando em ml 
 ÷ , = ml de KCl a /dia
» Prescreve-se: hidratação venosa ( etapas de h):
Dengue: diagnóstico e manejo clínico : adulto e criança
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS
23
- SG a  – ,ml
- NaCl a  – ,ml
- KCl a  – ,ml
- IV  gotas/min
• Reposição das perdas contínuas: ml/Kg
»  x  = ml/dia infundir sob a forma de SF a , ou
Ringer lactato
» Prescreve-se: fase de reposição ( etapas de h):
- SF a , – ,ml
- IV em Y com hidratação venosa de manutenção ou em outro
acesso venoso. Avaliarperiodicamente a fase de reposição e
recalculá-la se necessário.
Considerações Importantes
• Sempre que possível, fazer hidratação venosa com bomba de infusão.
• O paciente não deverá consumir alimentos que eliminem pigmentos escuros (exemplo:
beterraba, açaí e outros) para não confundir a identificação de sangramentos
gastrointestinais.
• Com a resolução do choque, há reabsorção do plasma extravasado, com queda
adicional do hematócrito, mesmo com suspensão da hidratação parenteral. Essa
reabsorção poderá causar hipervolemia, edema pulmonar ou insuficiência cardíaca,
requerendo vigilância clínica redobrada.
• A persistência da velocidade e dos volumes de infusão líquida, de 12 a 24 horas após a
reversão do choque, poderá levar ao agravamento do quadro de hipervolemia.
• Observar a presença de acidose metabólica para corrigi-la e evitar a coagulação
intravascular disseminada.
5.4 Outros distúrbios eletrolíticos e metabólicos que
podem exigir correção específica
Os distúrbios em crianças mais frequentes a serem corrigidos são:
Hiponatremia: corrigir após tratar a desidratação ou choque,
quando sódio (Na) menor que  mEq/l ou na presença de
sintomas neurológicos. Usar a fórmula de correção de hiponatremia
grave:
» ( – Na atual) x peso x , = mEq de NaCl a  a repor em ml
(ml de NaCl a   possui ,mEq de Na)
Dengue: diagnóstico e manejo clínico : adulto e criança
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS
24
» Solução prática: ml de NaCl a  se faz com ml de água
destilada + ml de NaCl a 
» A velocidade de correção varia de , a mEq/Kg/dia ou  a ml/
Kg/h. Após correção, dosar sódio sérico.
• Hipocalemia: corrigir via endovenosa em casos graves e com
potássio sérico menor que , mEq/l. Usar a fórmula de correção:
, a ,mEq/Kg/h na concentração máxima de  mEq/ml de
solução
Acidose metabólica: deve-se corrigir primeiramente o estado de
desidratação ou choque. Só administrar bicarbonato em valores
abaixo a  e ou ph < ,. Usar a fórmula: Bic. Desejado ( a )
– Bic. Encontrado x , x P.
Em pacientes adultos com choque que não respondem a duas etapas de ex-
pansão e atendidos em unidades que não dispõem de gasometria, a acidose
metabólica poderá ser minimizada com a infusão de ml de bicarbonato de
sódio ,, durante a terceira tentativa de expansão.
5.5 Distúrbios de coagulação (coagulopatias de
consumo e plaquetopenia), hemorragias e uso de
hemoderivados
As manifestações hemorrágicas na dengue são causadas pela fragilidade vas-
cular, plaquetopenia e coagulopatia de consumo, devendo ser investigadas clínica
e laboratorialmente (prova do laço, TAP, TTPA, plaquetometria, coagulograma).
Associa-se com freqüência aos sangramentos importantes o estado prolon-
gado de hipoidratação. A hidratação precoce e adequada é um fator determi-
nante na prevenção de fenômenos hemorrágicos.
O uso de concentrado de plaquetas ca a critério do médico assistente, mas
poderá ser indicado nos casos de plaquetopenia menor de ./mm com
suspeita de sangramento do sistema nervoso central e em caso de plaquetope-
nia menor de ./mm, na presença de sangramentos importantes.
Recomenda-se a dose de unidade de concentrado de plaquetas para cada
Kg de /h ou /h, até controle do quadro hemorrágico. Ressalta-se que
a transfusão de plaquetas é indicada para favorecer tamponamento no local
do sangramento e não aumenta a contagem sangüínea de plaquetas, pois estas
Dengue: diagnóstico e manejo clínico : adulto e criança
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS
25
sofrem destruição em curto prazo. Portanto, não se recomenda contagem de
plaquetas após a transfusão.
A transfusão de plaquetas em pacientes chocados pode piorar ou induzir a
CIVD (coagulação intravascular disseminada). Nos sangramentos com alterações
de TAP (atividade <  e INR > ,), deve-se utilizar plasma fresco (ml/Kg
de /h ou /h), e vitamina K, até estabilização do quadro hemorrágico.
O uso de concentrado de hemácias está indicado em caso de hemorragias
importantes, com descompensação hemodinâmica, na dose de ml/Kg, po-
dendo ser repetido a critério médico.
5.6 Indicações para internação hospitalar
a) Presença de sinais de alarme.
b) Recusa na ingestão de alimentos e líquidos.
c) Comprometimento respiratório: dor torácica, diculdade respiratória, dimi-
nuição do murmúrio vesicular ou outros sinais de gravidade.
d) Plaquetas <./mm, independentemente de manifestações hemorrágicas.
e) Impossibilidade de seguimento ou retorno à unidade de saúde.
f) Co-morbidades descompensadas como diabetes mellitus, hipertensão arte-
rial, insuciência cardíaca, uso de dicumarínicos, crise asmática, etc.
g) Outras situações a critério médico.
5.7 Critérios de alta hospitalar
Os pacientes precisam preencher todos os seis critérios a seguir:
ausência de febre durante  horas, sem uso de terapia antitérmica;
melhora visível do quadro clínico;
hematócrito normal e estável por  horas;
plaquetas em elevação e acima de ./mm;
estabilização hemodinâmica durante  horas;
derrames cavitários, quando presentes, em regressão e sem
repercussão clínica.
Dengue: diagnóstico e manejo clínico : adulto e criança
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS
26
6 Confirmação laboratorial
Métodos Indicados:
a) Sorologia – Método ELISA.
b) Detecção de vírus ou antígenos virais – Isolamento Viral – RT-PCR Imuno-
histoquímica.
c) Anatomopatológico.
6.1 Diagnóstico sorológico
A sorologia é utilizada para detecção de anticorpos antidengue, e deve ser
solicitada a partir do sexto dia do início dos sintomas.
6.2 Diagnóstico virológico
Tem por objetivo identicar o patógeno e monitorar o sorotipo viral circu-
lante. Para realização da técnica de isolamento viral, a coleta deve ser solicitada
até o quinto dia de início dos sintomas.
6.3 Diagnóstico laboratorial dos óbitos
a) Todo óbito deve ser investigado. Todo paciente grave, que potencialmente
pode evoluir para óbito deve ter seu soro armazenado ou sangue colhido
para realização de exames especícos.
b) Fragmentos de fígado, pulmão, baço, gânglios, timo e cérebro podem ser
retirados por ocasião da necropsia ou, na impossibilidade, por punção de
víscera (viscerotomia), devendo ser feita tão logo seja constatado o óbito.
c) Para realização dos exames histopatológico e imunohistoquímica, o mate-
rial coletado deve ser armazenado em frasco com formalina tamponada,
mantido e transportado em temperatura ambiente.
Dengue: diagnóstico e manejo clínico : adulto e criança
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS
27
7 Classificação final do caso
A padronização da classicação de casos permite a comparação da situação
epidemiológica entre diferentes regiões. A classicação é retrospectiva e, para sua
realização, deve-se reunir todas as informações clínicas, laboratoriais e epidemio-
gicas do paciente, conforme descrito a seguir.
7.1 Caso confirmado de dengue clássica
É o caso suspeito, conrmado laboratorialmente. Durante uma epidemia, a
conrmação pode ser feita pelos critérios clínico-epidemiológicos, exceto nos
primeiros casos da área, os quais deverão ter conrmação laboratorial.
7.2 Caso confirmado de febre hemorrágica da dengue
É o caso conrmado laboratorialmente e com todos os critérios presentes a
seguir:
a) febre ou história de febre recente de sete dias;
b) trombocitopenia (<=./mm ou menos);
c) tendências hemorrágicas evidenciadas por um ou mais dos seguintes sinais:
prova do laço positiva, petéquias, equimoses ou púrpuras, sangramentos de
mucosas do trato gastrintestinal e outros;
d) extravasamento de plasma devido ao aumento de permeabilidade capilar,
manifestado por:
hematócrito apresentando aumento de  sobre o basal na admissão;
queda do hematócrito em , após o tratamento adequado;
presença de derrame pleural, ascite e hipoproteinemia.
A febre hemorrágica do dengue, segundo a OMS pode ser classicada de
acordo com a sua gravidade em:
a) grau I febre acompanhada de sintomas inespecícos, em que a única ma-
nifestação hemorrágica é a prova do laço positiva;
b) grau II além das manifestações do grau I, hemorragias espontâneas leves
(sangramento de pele, epistaxe, gengivorragia e outros);
c) grau III colapso circulatório com pulso fraco e rápido, estreitamento da
pressão arterial ou hipotensão, pele pegajosa e fria e inquietação;
d) grau IV – Síndrome do Choque da Dengue (SCD), ou seja, choque profundo
com ausência de pressão arterial e pressão de pulso imperceptível.
Dengue: diagnóstico e manejo clínico : adulto e criança
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS
28
Referências Bibliográficas
AMERICAN HEART ASSOCIATION. Pediatric Advanced Life Support. Circulation,
[S.l], v. , p. IV-IV, .
CARVALHO, W. B; HIRSCHHEIMER, M. R.; MATSUMOTO, T. Terapia intensiva pe-
diátrica. . ed. São Paulo: Atheneu, .
GUBLER, D. J.; KUNO, G. Dengue and dengue hemorrhgic fever. 
st
ed. New York: CABI
Publishing, .
KALAYANAROOJ, S.; NIMMANNITYA, S. Guidelines for dengue hemorrhagic fever
case management. 
st
ed. Bangkok: Bangkok Medical Publisher, .
MURAHOVSCHI, J. Pediatria: diagnóstico e tratamento. . ed. São Paulo: Sarvier, .
TORRES, E. M. Dengue hemorrágico em crianças. [S.l.]: José Martí, .
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Dengue haemorrhagic fever: diagnosis, treat-
ment, prevention and control. 
nd
edition. Geneva, .
disque saúde
0800.61.1997
www.saude.gov.br/svs
www.saude.gov.br/bvs
Dengue
diagnóstico
e manejo clínico
adulto e criança
MINISTÉRIO DA SAÚDE
3ª edição
Brasília / DF
Diagnóstico e conDuta Do Paciente com susPeita De Dengue
A DENGUE É UMA DOENÇA DINÂMICA, O QUE PERMITE QUE O PACIENTE POSSA EVOLUIR DE UM ESTÁGIO A OUTRO, DURANTE O CURSO DA DOENÇA. Todo caso suspeiTo (com hipóTese diagnósTica de dengue) deve ser
noTificado à vigilância epidemiológica. CASO SUSPEITO DE DENGUE: PACIENTE COM DOENÇA FEBRIL AGUDA, COM DURAÇÃO MÁXIMA DE ATÉ SETE DIAS, ACOMPANHADA DE PELO MENOS DOIS DOS SEGUINTES SINTOMAS:
CEFALÉIA, DOR RETROORBITÁRIA, MIALGIA, ARTRALGIA, PROSTRAÇÃO OU EXANTEMA ASSOCIADOS A HISTÓRIA EPIDEMIOLÓGICA COMPATÍVEL.
GRUPO A*
SINTOMATOLOGIA
• Ausência de manifestações hemorrágicas espontâneas ou induzidas (prova do laço)
• Ausência de sinais de alarme
EXAMES COMPLEMENTARES
Específico:
• Em período não epidêmico: para todos os casos
• Em período epidêmico: por amostragem (conforme orientação da Vigilância)
Inespecíficos (recomendado):
• Hematócrito, hemoglobina, plaquetas e leucograma para pacientes em situações
especiais
1
: gestante, criança, idoso (>65 anos), hipertensão arterial, diabetes mellitus,
asma brônquica, doença hematológica ou renal crônicas, doença severa do sistema
cardiovascular, doença ácido-péptica ou doença auto-imune
(1) Estes pacientes podem apresentar evolução desfavorável e devem ter acompanhamento clínico diferenciado.
(2) Os sinais de alarme e agravamento do quadro costumam ocorrer na fase de remissão da febre.
Observações:
» Em vigência de hemorragia visceral importante, sobretudo no Sistema Nervoso Central, associada à plaquetopenia <50.000/mm³, avaliar a indicação de transfusão de plaquetas.
» Pacientes com plaquetopenia <20.000/mm³ sem repercussão clínica devem ser internados e reavaliados clínica e laboratorialmente a cada 12 horas.
» As manifestações não usuais (encefalite, hepatite, miocardite, entre outras) podem ocorrer em qualquer estágio da doença, e terão abordagens específicas.
* Anteriormente classificado como leve (Grupo A), Moderado (Grupo B) e Grave (Grupos C e D).
GRUPO B*
NORMAL OU NÃO REALIZADO
CONDUTA
• Tratamento ambulatorial
• Hidratação oral:
» Adultos: 60 a 80ml/kg/dia, sendo um terço com soro de reidratação oral e no início com volume maior. Para os 2/3
restantes, orientar a ingestão de líquidos caseiros (água, suco de frutas, soro caseiro, chás, água de coco, etc...)
» Criaas: orientar hidratação oral no domicílio, de forma precoce e abundante com líquidos e soro de reidratação oral,
oferecendo com freqüência de acordo com a aceitação da criança. Orientar sobre sinais de alarme e de desidratação.
• Analgésicos e antitérmicos: dipirona, paracetamol. Reavaliar medicamentos de uso contínuo
• Orientar sobre sinais de alarme
2
• NÃO UTILIZAR SALICILATOS
• Não há subsídio científico que dê suporte clínico ao uso de antiinflamatórios não hormonais ou
corticóides. Avaliar o risco de sangramentos
• Pacientes em situações especiais devem ser reavaliados no primeiro dia sem febre. Para os outros
pacientes, reavaliar sempre que possível no mesmo período.
SINTOMATOLOGIA
• Manifestações hemorrágicas induzidas (prova do laço) ou espontâneas sem repercussão
hemodinâmica
• Ausência de sinais de alarme
• Hematócrito aumentado em mais
de 10% acima do valor basal ou, na
ausência deste, as seguintes faixas de
valores:
» crianças: >42%
» mulheres: >44%
» homens: >50%
e/ou
» Plaquetopenia <50.000 céls/mm
3
CONDUTA
• Leito de observação
• Hidratação oral supervisionada ou
parenteral:
» Adulto: 80ml/kg/dia, sendo 1/3 do volume
infundido nas primeiras 4 a 6 horas e na
forma de solução salina isotônica
» Criança: 50ml/kg em 4 a 6 horas de soro
oral, sob supervisão da equipe de saúde,
seguida de reavaliação clínica.
• Reavaliação clínica e de hematócrito
após a etapa de hidratação
MELHORA?
ALTERADO
• Hematócrito aumentado em até 10%
acima do valor basal ou, na ausência
deste, as seguintes faixas de valores:
» crianças: 38% e 42%
» mulheres: 40% e 44%
» homens: 45% e 50%
e/ou
» Plaquetopenia entre 50 e 100.000 céls/mm
3
e/ou
» Leucopenia < 1.000 céls/mm
3
CONDUTA
• Tratamento ambulatorial
• Hidratação oral vigorosa:
» Adultos: (80ml/kg/dia), como orientado
para o grupo A
» Crianças: 50ml/Kg em 4 a 6 horas de soro
oral, sob supervisão da equipe de saúde,
seguida de reavaliação clínica.
• Analgésicos e antitérmicos
• Orientar sobre sinais de alarme
• Retorno para reavaliação clínico
e laboratorial em 24 horas e
reestadiamento.
SIM
NORMAL
ALTERADO
GRUPO C E D*
SINTOMATOLOGIA
• Presença de algum sinal de alarme e/ou Choque; manifestações hemorrágicas ausentes ou
presentes. Obs: iniciar a hidratação imediatamente independente do local de atendimento
EXAMES COMPLEMENTARES
Específico: obrigatório. Inespecíficos: Hematócrito, hemoglobina, plaquetas, leucograma e outros,
conforme necessidade (gasometria, eletrólitos, transaminases, albumina, Rx de tórax, ultra-sonografia)
CONDUTA
• Leito de observação ou hospitalar
• Hidratação IV imediata:
» Adulto: 25ml/kg em 4 horas, com soro fisiológico
ou ringer lactato, de preferência em bomba de
infusão contínua. Repetir esta fase até 3 vezes se
não houver melhora do hematócrito ou dos sinais
hemodinâmicos.
» Criança: conforme orientação do manual Dengue
: diagnóstico e manejo clínico – Adulto e Criança
• Reavaliação clínica e hematócrito após 4
horas e de plaquetas após 12 horas.
• Sintomáticos (conforme descrito no GRUPO A)
SEM HIPOTENSÃO (GRUPO C)
CONDUTA
• Hidratação:
» Adulto: Hidratação IV imediata (fase de expansão):
20ml/kg/hora com solução salina isotônica sob
supervisão médica (até 3 vezes)
» Criança: conforme orientação do manual Dengue
: diagnóstico e manejo clínico – Adulto e Criança
• Leito de observação ou hospitalar
• Reavaliação clínica (cada 15-30 minutos) e
hematócrito após 2 horas
• Sintomáticos (conforme descrito no GRUPO A)
COM HIPOTENSÃO OU CHOQUE (GRUPO D)
MELHORA CLÍNICA E LABORATORIAL?
MELHORA?
SIM NÃO
Etapa de manutenção,
com 25ml/kg em 8 e 12h
Repetir conduta
(até 3 vezes)
MELHORA?
MELHORA CLÍNICA
E LABORATORIAL?
SIM
Tratamento
ambulatorial
- retorno em 24h
Re-estadiar
SIM NÃO
NÃO
Avaliar hemoconcentração
em queda
Avaliar sangramentos
e coagulopatias
de consumo
Hematócrito em ascensão
ou hipoalbuminemia
EXPANSOR PLASMÁTICO
NÃOSIM
Diuréticos
SIM NÃO
Unidade de cuidados intensivos
NÃO
Hiperidratação?
Verificar sinais de ICC
SIM
Concentrado de hemácias
e avaliação de especialista
MELHORA?
NÃO
SIM
NÃO
a) hipotensão arterial;
b) pressão arterial convergente
(PA diferencial < 20mmHg);
c) extremidades frias, cianose;
d) pulso rápido e fino;
e) enchimento capilar lento (> 2 segundos).
» SINAIS DE CHOQUE
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo