33
As experiências do período de guerra encorajaram não apenas o
desenvolvimento de novas ferramentas e técnicas, mas também, o uso do
pensamento estratégico formal para orientar decisões gerenciais. Sobre esse
período, Peter Drucker (1954, p.11) afirmou que “o gerenciamento não é apenas
comportamento passivo e adaptado; significa tomar atitudes que façam acontecer os
resultados esperados”. Observou que a teoria econômica, por muito tempo, tratou o
mercado como forças impessoais, além do controle dos empreendedores individuais
e das organizações. Na era das corporações, contudo, gerenciar “implicava na
responsabilidade de procurar influenciar o ambiente econômico, para planejar, iniciar
e implantar mudanças nele, de modo a constantemente reduzir o efeito dessas
limitações econômicas na liberdade de ação das empresas”. Esse pensamento
tornou-se a chave do raciocínio para a estratégia corporativa – que de forma
consciente, pelo planejamento formal, as empresas poderiam exercer algum controle
positivo sobre as forças do mercado.
Durante a Segunda Revolução Industrial foram fundadas muitas escolas de
administração de elite nos Estados Unidos, a começar pela Wharton School, em
1881. A Harvard Business School, fundada em 1908, foi uma das primeiras a
promover a idéia de que os administradores deveriam ser antes treinados a pensar
estrategicamente ao invés de atuar como administradores funcionais, embora a
estratégia não tenha sido explicitamente mencionada antes da década de 1960. Em
1912, Harvard introduziu a exigência de um curso de “Políticas de Negócios”,
concebido para integrar o conhecimento adquirido em áreas funcionais como
contabilidade, operações e finanças. No início dos anos 50, dois professores de
política empresarial em Harvard, George Albert Smith Jr. e C. Roland Christensen,