necessidades. Se todos estamos satisfeitos, não há movimento.
(HELLER 1998 apud SACRISTÁN, 2000)
Hoje, o que caracteriza o universo escolar é a pluralidade cultural, no plano
pedagógico a escola vem sendo “convidada” a reconhecer os diferentes sujeitos
socioculturais presentes em seu ambiente, precisando buscar elementos que facilitem o
desenvolvimento das habilidades necessárias para compreensão dessa diversidade
cultural.
Repetir o erro do passado e continuar buscando uma escola única, obrigatória e
inclusiva, só faz aumentar o número de excluídos; necessitamos de espaços de produção
de informação e conhecimento de identidades, práticas culturais e sociais; ambientes que
promovam uma educação verdadeiramente intercultural e possibilitem o reconhecimento
da diversidade e realidade do outro. Para Imbernón (2000, p.82): “[...] assumir a
diversidade supõe reconhecer o direito à diferença como um enriquecimento educativo e
social”.
Parece necessário considerar e possibilitar que a escola seja um lugar para busca,
construção, desafio, prazer, diálogo, descoberta de possibilidades de expressão e
linguagens. Este novo olhar para a escola, permite a inclusão de novas perspectivas
educacionais, podendo ir além da visão de escola somente transmissora de conhecimentos
conceituais, pois também são conteúdos escolares os valores estéticos, as atitudes morais
e sociais, etc. Daí a escola promover situações de aprendizagem que realmente
contribuam para o desenvolvimento integral do indivíduo, propiciando um ambiente de
diálogo entre diferentes linguagens e saberes (científico, social, escolar), possibilitando
que o agente (aluno) reflita sobre suas ações e pondere seus desejos a partir das avaliações
fortes, que como vimos anteriormente, colaboram para a construção de sua identidade.
O reducionismo das ações humanas, seja por sentimentos
preferenciais, seja por formas racionais limitadas ao cálculo, leva a
cultura moderna a ocultar a questão das configurações morais que
fazem o homem, como agente, avaliar o que é uma ação moralmente
superior à outra. (ARAUJO, 2004, p.98).
A escola não é uma instituição neutra, ela é um fator para a inclusão ou exclusão
dos indivíduos, é principalmente a partir da educação que recebemos que nos tornamos