
convergência de telefone, televisão e Internet, ou tv a cabo e Internet em um só aparelho, a
interatividade entre receptor, aparelho e programação. Devido a essa junção, e às possíveis
conseqüências políticas e culturais destes meios na sociedade, as produções comunicacionais que
se adaptam a cada um dos meios citados, considerando linguagem, público e alcance, deverão
repensar e discutir sua postura diante da tendência atual, a fim de trabalhar novas propostas de
conteúdo para os novos meios tendo em vista os públicos atingidos por estes.
No Brasil, existem cerca de 56 milhões de aparelhos de televisão, cobrindo mais de 90% dos
domicílios brasileiros. Essa característica singular da televisão nacional faz com que a mesma se
torne um dos principais fatores de integração social. Segundo FERNANDES, LEMOS E
SILVEIRA (2004)
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os recursos aplicados serão encarados, agora, mais do que nunca, como
negócios. E a grande expectativa gera em torno do conteúdo, que deverá causar a interação entre
os usuários.
Espera-se também que a rede difusora de TV se associe a outras redes de
transporte de informações dando aos telespectadores capacidade para interagir
influenciando nos programas que irá assistir. Em uma etapa mais avançada,
espera-se que a rede de difusão de vídeo digital se torne uma das inúmeras redes
que formam a imensa inter-rede que é a Internet. Em suma, quando a TV se
tornar interativa (TVDI), espera-se que a mesma venha a associar imenso apelo
e penetração com capacidade de interação instantânea com milhões de
telespectadores e com uma vasta cadeia de produtores de conteúdo.
(FERNANDES, LEMOS e SILVEIRA, 2004, p.6)
O conceito de interatividade, advindo do universo da internet, propõe uma participação do
telespectador com o conteúdo. “Convenciona-se entender como mídia interativa toda aquela que
se desprende do modelo “um para muitos” permitindo certa participação por parte do “receptor”,
mesmo que a ação interativa seja apenas uma percepção do ponto de vista do espectador.
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Jorge Fernandes, Guido Lemos e Gledson Silveira são doutores e ciência da computação e informática, os dois
últimos, respectivamente e explicam o processo de transmissão digital da seguinte maneira: O canal de dados do
MPEG-2 torna possível a agregação de elementos de interação aos programas de televisão tornando-os “interativos”.
A possibilidade de interação coloca como requisitos para o aparelho receptor de televisão capacidade para processar
o código que define os elementos de interação, o “código do programa de tv interativo”, e enviar o resultado da
interação através de um “canal de retorno” para a estação emissora do programa interativo. A estação,
conseqüentemente, também precisa estar equipada com hardware e software adequados para dar suporte aos
“programas interativos. Disponível em: http://www.cic.unb.br/docentes/jhcf/MyBooks/itvdi/texto/itvdi.pdf