Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE S
˜
AO CARLOS
CENTRO DE CI
ˆ
ENCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE P
´
OS-GRADUAC¸
˜
AO EM MATEM
´
ATICA
ANALITICIDADE, NA VARI
´
AVEL ESPACIAL,
DA SOLUC¸
˜
AO DO PROBLEMA DE CAUCHY
PARA A EQUAC¸
˜
AO DE KdV
arcio Lu´ıs Miotto
ao Carlos SP
Mar¸co de 2006
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE S
˜
AO CARLOS
CENTRO DE CI
ˆ
ENCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE P
´
OS-GRADUAC¸
˜
AO EM MATEM
´
ATICA
Analiticidade, na vari´avel espacial, da solu¸ao do
Problema de Cauchy para a equa¸ao de KdV
arcio Lu´ıs Miotto
Orientador: Prof. Dr. Gerson Petronilho
Disserta¸ao apresentada ao Programa
de os-Gradua¸ao em Matem´atica da
UFSCar como parte dos requisitos pa-
ra a obten¸ao do t´ıtulo de Mestre em
Matem´atica.
ao Carlos SP
Mar¸co de 2006
ads:
Orientador
Prof. Dr. Gerson Petronilho
Banca Examinadora
Prof. Dr. Gerson Petronilho
Prof. Dr. Wagner Vieira Leite Nunes
Prof. Dr. Lu´ıs Anonio Carvalho dos Santos
Agradecimentos
A Deus, pela adiva da vida.
Aos meus pais, Anselmo e Lourdes, pela educa¸ao, por todo amor, com-
preens˜ao, pelo constante incentivo e apoio. Voes possuem grande parte do erito
desta conquista.
Ao Prof. Dr. Gerson Petronilho, pelos ensinamentos matem´aticos, bem
como por sua orienta¸ao.
Aos meus irm˜aos, Eder e Anderson, bem como a Ana, pela for¸ca, paciˆencia,
pelo encorajamento e incentivo.
`
A minha noiva Ta´ısa, por todo amor, alegrias, pela paciˆencia, apoio, to-
lerˆancia, por sua inesgot´avel aten¸ao e disposi¸ao em me ajudar.
A todos os meus familiares. Em especial, ao “nono”Jos´e e a “nona”Teon´esta,
pela constante presen¸ca e apoio.
Aos professores do Departamento de Matem´atica da UFSCar, em especial
ao professor Lu´ıs, por todo o seu empenho e presteza em me auxiliar.
Aos amigos e professores da Universidade Federal do Paran´a e da CEU,
em especial ao professor Xavier, pelas oportunidades, por sua enorme aten¸ao e
incentivo.
Aos amigos do DM, Ana Claudia, Angelo, Bruno, Claudete, Cristina, Elai-
ne, Elisa, Fab´ıolo, Fernanda, Francisco, Gustavo, Irma, Jacson, Jamil, Jo˜ao, arcia,
Paulo, Ricardo, Tiago.
A CAPES pelo apoio financeiro.
Resumo
Neste trabalho usamos estimativas bilineares e teorema do ponto fixo para
mostrar que a solu¸ao do Problema de Cauchy para a equa¸ao de Korteweg-de Vries,
com dado inicial anal´ıtico peri´odico, ´e anal´ıtica e peri´odica na vari´avel espacial.
Abstract
In this work we use bilinear estimates and point fix theorem to show that
the solution to the initial value problem for the Korteweg-de Vries equation with
analytic periodic initial data is analytic and periodic in the space variable.
Sum´ario
Introdu¸ao 5
O Problema de Cauchy para a equa¸ao de KdV 7
1.1 Infinitas equa¸oes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.2 Os Espa¸cos X
s
e Y
s
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.3 O espa¸co A(Y
s
) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.4 Estimativas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.5 Demonstra¸ao do Teorema 1.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Apˆendice 26
2.1 Demonstra¸ao da Proposi¸ao 1.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.2 Demonstra¸ao da Proposi¸ao 1.2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Referˆencias Bibliogr´aficas 50
Introdu¸ao
O nosso trabalho baseia-se no artigo de Gorsky e Himonas [GH], o qual
apresenta um estudo sobre o Problema de Cauchy, com dado inicial peri´odico, para
a equa¸ao de Korteweg-de Vries (KdV),
t
u +
3
x
u+
1
2
x
(u
2
) = 0, x T, t IR, (1)
u(x, 0) = ϕ(x), ϕ C
ω
(T), ϕ(0) = 0, (2)
onde C
ω
(T) denota o conjunto das fun¸oes anal´ıticas peri´odicas e ϕ denota o coefi-
ciente de Fourier de ϕ.
O nosso objetivo neste trabalho ´e demonstrar o seguinte resultado.
Teorema 1.1 A solu¸ao u(·, t) do problema de valor inicial (1)(2) pertence a
C
ω
(T), para t pr´oximo de 0.
A demonstra¸ao deste resultado ser´a feita utilizando estimativas bilineares
e um teorema do ponto fixo.
Lembremos que o Teorema 1.1 foi primeiramente demonstrado por Trubowi-
tz [Tr] usando a t´ecnica do espalhamento. arios autores tˆem estudado a equa¸ao
de KdV, dentre eles podemos citar Bourgain [B], Byers e Himonas [BH], Korteweg
e de Vries [KdV], Kenig, Ponce e Vega [KPV1], [KPV2], [KPV3] e Sj¨oberg [Sj].
Gostar´ıamos de salientar que embora o dado inicial seja anal´ıtico, em geral
a solu¸ao ao preserva esta propriedade na vari´avel t como acontece com a vari´avel
x. Em [BH], encontra-se a constru¸ao de um exemplo em que o dado inicial ´e
5
6
um fun¸ao anal´ıtica peri´odica, mas u(0, ·) ∈ C
ω
(IR). Finalmente salientamos que
embora a solu¸ao possa ao ser anal´ıtica na vari´avel t, mostra-se que a mesma
pertence ao espa¸co de Gevrey G
3
(IR) na vari´avel t para x fixado e pr´oximo de zero,
(ver Himonas e Petronilho [HP]).
O Problema de Cauchy para a
equa¸c˜ao de KdV
Este cap´ıtulo esta dividido em cinco partes. Na primeira, iniciamos a de-
monstra¸ao do Teorema 1.1 transformando o problema (1)–(2) em infinitas equa¸oes.
Na segunda se¸ao, introduzimos dois espa¸cos de fun¸oes, os quais ser˜ao de extrema
importˆancia para o que segue. Na terceira parte, exibimos condi¸oes para que uma
fun¸ao peri´odica de classe C
seja uma fun¸ao anal´ıtica. Nesta se¸ao ainda defi-
nimos um espa¸co natural para expressar a analiticidade na vari´avel x. Na quarta
se¸ao, obtemos algumas estimativas que ao ´uteis para demonstrarmos o Teorema
1.1 e finalizamos este cap´ıtulo fazendo a demonstra¸ao do referido teorema.
1.1 Infinitas equa¸oes
Nesta se¸ao iremos come¸car a demonstra¸ao do Teorema 1.1 e para isto
come¸camos diferenciando formalmente as equa¸oes (1)–(2), k vezes com respeito a
x, donde obtemos os seguintes problemas
t
k
x
u
+
3
x
k
x
u
+
1
2
x
k
x
(u · u)
= 0, (1.3)
k
x
u(x, 0) =
k
x
ϕ(x), k = 0, 1, · · · . (1.4)
Definindo B
k
(v, v)
.
=
1
2
x
k
x
(v · v)
e usando a ormula de Leibniz, obtemos
7
8
que
B
k
(v, v) =
1
2
x
k
j=0
k!
j!(k j)!
kj
x
v
j
x
v.
Por simplicidade, neste trabalho denotaremos
k
x
v = v
k
, para todo k IN.
Devido a nota¸ao utilizada, podemos reescrever B
k
(v, v) da seguinte forma
B
k
(v, v) =
1
2
k
j=0
k
j
x
(v
kj
v
j
).
Portanto podemos reescrever o problema de valor inicial (1.3)–(1.4) da se-
guinte maneira
t
u
k
+
3
x
u
k
+ B
k
(u, u) = 0, (1.5)
u
k
(x, 0) = ϕ
k
(x), k = 0, 1, · · · . (1.6)
Desse modo, caso u : T × IR IR seja tal que u
k
´e solu¸ao do problema de
valor inicial (1.5)–(1.6), para todo k = 0, 1, · · · , ent˜ao a fun¸ao u
0
= u ser´a solu¸ao
do problema de valor inicial (1)–(2).
Agora, com o objetivo de encontrar as solu¸oes do problema de valor inicial
(1.5)–(1.6), definimos o operador W , onde para cada fun¸ao h C
(T) temos
W (t)h(x) =
n ZZ
e
inx
e
in
3
t
h(n).
O operador W ´e frequentemente denotado por e
t∂
3
x
.
´
E interessante ressaltar que W (0)h(x) =
n ZZ
e
inx
h(n) = h(x) e ainda que
t
W (t)h(x)
=
3
x
W (t)h(x)
,
para todo x T, pois
t
W (t)h(x)
=
n ZZ
e
inx
e
in
3
t
in
3
h(n)
=
n ZZ
3
x
e
inx
e
in
3
t
h(n)
=
3
x
n ZZ
e
inx
e
in
3
t
h(n)
=
3
x
W (t)h(x)
.
9
Como o nosso objetivo ´e encontrar as solu¸oes do problema de valor inicial
(1.5)–(1.6), definimos para cada k = 0, 1, · · · ,
v
k
(x, t) = W (t)ϕ
k
(x)
t
0
W (t τ)B
k
(v, v)( x, τ ) ,
Fixado k IN qualquer, mostremos que v
k
(x, t) satisfaz o problema de valor
inicial (1.5)–(1.6).
De fato, se x T ent˜ao temos que
v
k
(x, 0) = W (0)ϕ
k
(x) = ϕ
k
(x).
Como
t
v
k
(x, t) =
t
W (t)ϕ
k
(x)
t
0
W (t τ)B
k
(v, v)( x, τ )
=
t
W (t)ϕ
k
(x)
W (0)B
k
(v, v)(x, t)
t
0
t
W (t τ)B
k
(v, v)( x, τ )
= B
k
(v, v)( x, t)
3
x
W (t)ϕ
k
(x)
t
0
3
x
(W (t τ)B
k
(v, v)(x, τ))
= B
k
(v, v)( x, t)
3
x
W (t)ϕ
k
(x)
t
0
W (t τ)B
k
(v, v)(x, τ)
= B
k
(v, v)( x, t)
3
x
v
k
(x, t),
enao temos que
t
v
k
(x, t) +
3
x
v
k
(x, t) + B
k
(v, v)( x, t) = 0,
o que mostra o desejado.
Portanto caso encontrarmos uma fun¸ao u : T × IR IR de modo que
u
k
(x, t) = W (t)ϕ
k
(x)
t
0
W (t τ)B
k
(u, u)(x, τ) , (1.7)
para qualquer k = 0, 1, · · · , ent˜ao teremos que u
k
´e solu¸ao do problema de valor
inicial (1.5)–(1.6) e consequentemente a fun¸ao u
0
= u ser´a solu¸ao do problema de
valor inicial (1)–(2).
10
Usando s´erie de Fourier e transformada de Fourier podemos reescrever a
equa¸ao (1.7) da seguinte maneira
u
k
(x, t)=
n ZZ
e
i(nx+n
3
t)
ϕ
k
(n)+i
n ZZ
e
i(nx+n
3
t)
−∞
e
i(λn
3
)t
1
λ n
3
B
k
(u, u)(n, λ) dλ, (1.8)
para qualquer k IN, pois devido a defini¸ao do op erador W temos que
u
k
(x, t) =
n ZZ
e
inx
e
in
3
t
ϕ
k
(n)
t
0
n ZZ
e
inx
e
in
3
(tτ)
B
k
(u, u)
x
(n, τ)
=
n ZZ
e
i(nx+n
3
t)
ϕ
k
(n)
t
0
n ZZ
e
inx
e
in
3
(tτ)
IR
e
λ
B
k
(u, u)
x,τ
(n, λ)
=
n ZZ
e
i(nx+n
3
t)
ϕ
k
(n) +
n ZZ
e
i(nx+n
3
t)
IR
t
0
e
(λn
3
)
B
k
(u, u)(n, λ)
=
n ZZ
e
i(nx+n
3
t)
ϕ
k
(n) +
n ZZ
e
i(nx+n
3
t)
IR
e
(λn
3
)
i(λ n
3
)
t
τ=0
B
k
(u, u)(n, λ)
=
n ZZ
e
i(nx+n
3
t)
ϕ
k
(n) +
n ZZ
e
i(nx+n
3
t)
IR
e
it(λn
3
)
1
i(λ n
3
)
B
k
(u, u)(n, λ)
=
n ZZ
e
i(nx+n
3
t)
ϕ
k
(n) + i
n ZZ
e
i(nx+n
3
t)
−∞
e
i(λn
3
)t
1
λ n
3
B
k
(u, u)(n, λ) dλ.
Como estamos interessados em mostrar que a solu¸ao do problema de valor
inicial (1)–(2) ´e anal´ıtica na vari´avel x, apenas para t pr´oximo de zero, a seguir
escolhemos uma fun¸ao ψ : IR IR infinitamente diferenci´avel, com suporte contido
no intervalo (1, 1), onde 0 ψ(t) 1, para todo t IR e ainda ψ(t) 1 se |t| <
1
2
.
Fixado 0 < δ < 1 qualquer, definimos a fun¸ao ψ
δ
: IR IR, onde para
cada t IR temos ψ
δ
(t) = ψ(
t
δ
).
Agora, substituindo na equa¸ao (1.7) a fun¸ao u
k
por ψ
δ
u
k
e multiplicando
a express˜ao resultante p ela fun¸ao ψ, obtemos que
ψ(t)ψ
δ
(t)u
k
(x, t) = ψ(t)W (t)ϕ
k
(x)ψ(t)
t
0
W (t τ)B
k
(ψ
δ
u, ψ
δ
u)(x, τ) (1.9)
.
= T
δ
k
(u
0
, u
1
, . . . , u
k
).
Enao se encontrarmos uma fun¸ao u de modo que T
δ
k
(u
0
, u
1
, . . . , u
k
) satis-
faz a equa¸ao (1.9) para to do k, enao T
δ
0
(u
0
) = u
0
(x, t) ser´a a solu¸ao do problema
11
de valor inicial (1)–(2), desde que |t| <
δ
2
.
Demonstraremos o Teorema 1.1 garantindo a existˆencia de tal fun¸ao u e
mostrando que a fun¸ao T
δ
0
(u
0
) ´e anal´ıtica na vari´avel x. Para tanto, necessitamos
de alguns espa¸cos de fun¸oes especiais.
1.2 Os Espa¸cos X
s
e Y
s
Antes de definirmos tais espa¸cos, demonstramos um resultado que nos for-
nece uma propriedade da solu¸ao u do problema de valor inicial (1)–(2).
Lema 1.1 Se u : T × IR IR for solu¸ao do problema de valor inicial (1)(2),
ent˜ao temos que
u
x
(0, t) =
1
2π
u(x, t) dx = ϕ(0) = 0,
para todo t em IR, onde u
x
denota o coeficiente de Fourier de u com rela¸ao a
vari´avel x.
Demonstra¸ao: Seja f : IR IR, onde f(t) =
u(x, t) dx para cada t IR.
Devido a rela¸ao (2) temos que
f(0) =
u(x, 0) dx =
ϕ(x) dx = 2π ϕ(0) = 0.
Enao para concluir a demonstra¸ao, basta mostrar que f
(t) = 0, para todo
t IR. Devido a rela¸ao (1) temos que
f
(t) =
t
u(x, t) dx
=
3
x
u(x, t)
1
2
x
u
2
(x, t) dx
=
2
x
u(x, t) +
1
2
u
2
(x, t) + C(t)
2π
x=0
=
2
x
u(0, t)
2
x
u(2π, t) +
1
2
u
2
(0, t)
1
2
u
2
(2π, t)
= 0,
12
pois
2
x
u(·, t) e u
2
(·, t) ao 2πperi´odicas na vari´avel x.
Observe que se u
x
(0, t) = 0 para qualquer t IR, ent˜ao temos para todo
λ IR que u(0, λ) = 0.
Portanto se u ´e solu¸ao do problema de valor inicial (1)–(2) enao u(0, λ) = 0
para todo λ IR.
Devido ao Teorema 5 em ([B], p.221) e ao fato que ϕ H
s
(T) para qualquer
s 0, sabemos que o problema de valor inicial (1)–(2) possui uma ´unica solu¸ao
global (ver defini¸ao abaixo) para todo s 0. Logo a solu¸ao u do problema de
valor inicial (1)–(2) ´e C
na vari´avel x.
Lembremos que o problema de valor inicial para a KdV ´e localmente (glo-
balmente) bem-posto em um espa¸co X se dado u
0
X existe T = T (u
0
) (para
todo T ) tal que existe uma ´unica u resolvendo a equa¸ao integral associada a KdV,
como em (1.7), com u C([T, T ]; X) e a aplica¸ao
u
0
u C([T, T ]; X)
´e cont´ınua.
Motivados por esta propriedade, definimos a seguir o espa¸co de fun¸oes X
s
,
o qual foi usado por diversos autores, ver por exemplo [KPV2], [KPV3].
Defini¸ao 1.1 Dado s 0, definimos por X
s
, o espco das fun¸oes u L
2
(T×IR),
onde para qualquer λ IR temos u(0, λ) = 0, com u(·, t) C
(T) para qualquer
t IR e ainda
|||u|||
X
s
=
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
1 + |λ n
3
|
|u(n, λ)|
2
1/2
< . (1.10)
Temos que (X
s
, ||| · |||
X
s
) ´e um espa¸co vetorial normado completo.
Para provar a analiticidade na vari´avel x necessitamos do seguinte espa¸co.
13
Defini¸ao 1.2 Fixado s 0, definimos por Y
s
o espco das fun¸oes u X
s
, onde
|||u|||
Y
s
= |||u|||
X
s
+
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
|u(n, λ)|
2
1/2
< . (1.11)
Temos que (Y
s
, ||| · |||
Y
s
) ´e um espa¸co vetorial normado completo.
Observe ainda que Y
s
X
s
, para qualquer s 0.
Os espa¸cos Y
s
foram primeiramente introduzidos por Colliander, Keel, Staf-
filani, Takaoka e Tao [CKSTT] para se estudar a bem postura global do problema
de valor inicial para a equa¸ao de KdV quando s 1/2.
Observe que as normas |||u|||
Y
s
e |||u|||
X
s
diferem apenas pela quantidade
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
|u(n, λ)|
2
1/2
. Esta quantidade foi acrescentada com o objetivo
de garantir que se u Y
s
, ent˜ao u(·, t) H
s
(T) para todo t IR, fixado. Vejamos
tal resultado.
Lema 1.2 Sendo s 0 qualquer e u Y
s
ent˜ao para todo t IR, fixado, temos que
u(·, t)
H
s
( )
|||u|||
Y
s
.
Demonstra¸ao: Fixemos t IR qualquer. Como para cada n ZZ temos que
u
x
(n, t) =
IR
e
·t
u(n, λ) , ent˜ao
u(·, t)
H
s
( )
=
n
˙
ZZ
|n|
2s
|u
x
(n, t)|
2
1/2
=
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
e
it·λ
u(n, λ)
2
1/2
n ZZ
|n|
2s
IR
e
it·λ
u(n, λ)
2
1/2
=
n ZZ
|n|
2s
IR
|u(n, λ)|
2
1/2
|||u|||
Y
s
,
14
o que conclui a demonstra¸ao.
A seguir apresentamos um resultado que nos garante que dada uma fun¸ao
ψ(t) C
0
(IR) qualquer, ent˜ao ψu Y
s
para toda u Y
s
, ou seja, o espa¸co
Y
s
´e invariante pela multiplica¸ao de fun¸oes na vari´avel t que ao infinitamente
diferenci´avel e que possuem suporte compacto.
Lema 1.3 Dada ψ(t) C
0
(IR), ent˜ao existe C = C(ψ) > 0, de modo que,
|||ψu|||
Y
s
C|||u|||
Y
s
,
para toda u Y
s
.
Demonstra¸ao: Nestas condi¸oes evidentemente que ψu Y
s
. Definimos a
fun¸ao g : T × IR C, onde g(x, t) = ψ(t)u(x, t). Ent˜ao se n ZZ e λ IR, temos
g(n, λ) =
ψ
t
(λ) u
x,t
(n, λ) =
IR
ψ
t
(τ)u
x,t
(n, λ τ) .
Como 1 + |λ n
3
| (1 + |τ|) (1 + |λ τ n
3
|), para quaisquer n ZZ e
λ, τ IR, enao temos que
|||ψu|||
2
X
s
=
n ZZ
|n|
2s
IR
1 + |λ n
3
|
IR
ψ
t
(τ)u
x,t
(n, λ τ)
2
n ZZ
|n|
2s
IR
1 + |λ n
3
|
IR
ψ
t
(τ)u
x,t
(n, λ τ)
2
n ZZ
|n|
2s
IR
IR
(1 + |τ|)
1/2
1 + |λ τ n
3
|
1/2
ψ
t
(τ)u
x,t
(n, λ τ)
2
n ZZ
|n|
2s
IR
IR
(1+|τ |)
1/2
1+|λτ n
3
|
1/2
ψ
t
(τ)u
x,t
(n, λ τ)
2
1/2
2
IR
(1 + |τ|)
ψ(τ)
2
n ZZ
|n|
2s
IR
1 + |µ n
3
|
|u(n, µ)|
2
C|||u|||
2
X
s
,
onde a terceira desigualdade decorre da desigualdade de Minkowski para Integrais e
15
a ´ultima segue do fato de que a fun¸ao ψ pertence ao espa¸co de Schwartz. Note que
n ZZ
|n|
2s
IR
|g(n, λ)|
2
=
n ZZ
|n|
2s
IR
IR
ψ
t
(τ)u
x,t
(n, λ τ)
2
n ZZ
|n|
2s
IR
IR
ψ(τ)u(n, λ τ)
2
=
n ZZ
|n|
2s
IR
ψ(τ)
IR
|u(n, λ τ )| dλdτ
2
=
n ZZ
|n|
2s
IR
ψ(τ)
IR
|u(n, λ)|
2
=
IR
ψ(τ)
2
n ZZ
|n|
2s
IR
|u(n, λ)| dλdτ
2
C
n ZZ
|n|
2s
IR
|u(n, λ)| dλdτ
2
,
onde a ´ultima desigualdade decorre do fato de ψ pertencer ao espa¸co de Schwartz.
Pelo fato de
|||ψu|||
Y
s
= |||ψu|||
X
s
+
n ZZ
|n|
2s
IR
|g(n, λ)|
2
1/2
,
obtemos ent˜ao que |||ψu|||
Y
s
C|||u|||
Y
s
, o que conclui a demonstra¸ao.
Na sequˆencia demonstraremos um resultado que tem por objetivo caracte-
rizar, atrav´es da norma ·
H
s
( )
, as fun¸oes anal´ıticas peri´odicas. Para tanto, para
cada k IN, denotemos ϕ
k
.
=
k
ϕ.
Lema 1.4 Seja ϕ C
ω
(T) qualquer, ent˜ao para cada s 0 existe M(s, ϕ) > 0 e
C
ϕ
= C(ϕ) > 0, tal que
ϕ
k
H
s
( )
M(s, ϕ)
1
2C
ϕ
k
k!,
para cada k IN.
Demonstra¸ao: Fixemos k IN e s 0 quaisquer. Pelo fato de ϕ C
ω
(T),
temos que existem constantes C, ε > 0, de modo que | ϕ(n)| Ce
ε|n|
, para todo
16
n ZZ . Portanto obtemos que
ϕ
k
2
H
s
( )
=
n
˙
ZZ
|n|
2s
|ϕ
k
(n)|
2
=
n
˙
ZZ
|n|
2s
|n|
2k
|ϕ(n)|
2
n
˙
ZZ
|n|
2s
|n|
2k
C
2
e
2ε|n|
=
n
˙
ZZ
C
2
|n|
2s
e
ε|n|
|n|
2k
e
ε|n|
.
Como o intuito de limitarmos |n|
2k
e
ε|n|
, para todo n IN, definimos a
fun¸ao f : [0, ) IR, onde f(t) = t
2k
e
εt
, para todo t [0, ).
Pelo fato da fun¸ao f ter como ponto de aximo t
0
=
2k
ε
, obtemos que
f (|n|) f(
2k
ε
) para cada n em ZZ , ou seja,
|n|
2k
e
ε|n|
2k
ε
2k
e
2k
=
2
ε
k
k
k
e
k
2
2
ε
k
k!
2
,
para todo n ZZ , onde a ´ultima desigualdade decorre do fato de k
k
e
k
k!, para
todo k IN.
Como a s´erie
n ZZ
C
2
|n|
2s
e
ε|n|
converge, existe uma constante M(s, ϕ) < ,
de modo que
n ZZ
C
2
|n|
2s
e
ε|n|
M(s, ϕ)
2
.
Enao devido a majora¸ao acima de ϕ
k
2
H
s
( )
, obtemos que
ϕ
k
2
H
s
( )
M(s, ϕ)
2
ε
k
k!
2
.
Tomando C
ϕ
=
ε
4
e pelo fato das constantes M(s, ϕ), C
ϕ
> 0 independerem
do valor de k IN enao obtemos que
ϕ
k
H
s
( )
M(s, ϕ)
1
2C
ϕ
k
k!,
para todo k IN, o que conclui a demonstra¸ao.
Na sequˆencia deste trabalho, denotaremos por C
ϕ
> 0, a constante obtida
pelo Lema 1.4, onde ϕ C
ω
(T) ´e a condi¸ao inicial do problema (1)–(2). Ainda nos
17
referindo a condi¸ao inicial do problema (1)–(2), denotamos para cada s 0,
[[ϕ]]
s
=
k=0
C
k
ϕ
k!
ϕ
k
H
s
( )
.
A seguir, apresentamos um resultado que nos a uma condi¸ao para que
uma fun¸ao ϕ C
(T) seja uma fun¸ao anal´ıtica em T.
Lema 1.5 Seja ϕ : T IR uma fun¸ao infinitamente diferenci´avel. Se existem
constantes s 0, M(s, ϕ) 0 e C
ϕ
> 0, onde para qualquer k IN temos
ϕ
k
H
s
( )
M(s, ϕ)
1
2C
ϕ
k
k!, (1.12)
ent˜ao ϕ C
ω
(T).
Demonstra¸ao: Sabemos que ϕ C
ω
(T) se, e somente se, ϕ C
(T) e existem
constantes positivas C e ε, de modo que |ϕ(n)| Ce
ε|n|
, para todo n ZZ .
Pela rela¸ao (1.12) obtemos para qualquer k IN que
n ZZ
|n|
2s
|ϕ
k
(n)|
2
=
n ZZ
|n|
2s
|n|
2k
|ϕ(n)|
2
M(s, ϕ)
2
1
2C
ϕ
2k
(k!)
2
,
donde resulta que
|n|
2s
|n|
2k
|ϕ(n)|
2
M(s, ϕ)
2
1
2C
ϕ
2k
(k!)
2
,
para quaisquer k IN e n ZZ . Temos que a ´ultima rela¸ao ´e equivalente a,
|n|
s
|n|
k
|ϕ(n)| M(s, ϕ)
1
2C
ϕ
k
k!,
para todo k IN e n ZZ , ou ainda,
C
k
ϕ
|n|
k
k!
|ϕ(n)| M(s, ϕ)
1
2
k
,
para quaisquer k IN e n ZZ \{0}, donde resulta que
k=0
(C
ϕ
|n|)
k
k!
|ϕ(n)| M(s, ϕ)
k=0
1
2
k
,
18
para todo n ZZ \{0}, ou seja,
e
C
ϕ
|n|
|ϕ(n)| 2M(s, ϕ),
para todo n ZZ \{0}.
Tomando C = max{2M(s, ϕ), | ϕ(0)|} e ε = C
ϕ
, obtemos enao que
|ϕ(n)| Ce
ε|n|
para qualquer n ZZ , o que conclui a demonstra¸ao.
1.3 O espa¸co A(Y
s
)
Como o nosso objetivo ´e mostrar que a solu¸ao u, do problema de valor
inicial (1)–(2), ´e anal´ıtica na vari´avel x, desde que t esteja pr´oximo de zero, ent˜ao
vamos introduzir um espa¸co especial para tornar isto poss´ıvel.
Como a visto no Lema 1.4 o fato de ϕ C
ω
(T) pode ser traduzido em
termos das normas H
s
por
ϕ
k
H
s
( )
M(s, ϕ)
1
2C
ϕ
k
k!,
para cada k IN. Portanto se definirmos
{ϕ
k
} ˙=(ϕ
0
, ϕ
1
, ϕ
2
, · · · ), ϕ
k
=
k
x
ϕ
e definirmos
[[{ϕ
k
}]]
s
˙=[[ϕ]]
s
=
k=0
C
k
ϕ
k!
||ϕ
k
||
H
s
( )
,
enao pela defini¸ao de [[ϕ]]
s
, temos que
[[{ϕ
k
}]]
s
< .
Motivados por este resultado, a seguir iremos definir um espa¸co natural para
expressar a analiticidade na vari´avel x.
19
Defini¸ao 1.3 Fixado s 0, definimos A(Y
s
) como o conjunto das sequˆencias
{v
k
}
.
= (v
0
, v
1
, v
2
, . . .), onde v
k
Y
s
para cada k IN e ainda
|||{v
k
}|||
s
=
k=0
C
k
ϕ
k!
|||v
k
|||
Y
s
< . (1.13)
Temos que (A(Y
s
), ||| · |||
s
) ´e um espa¸co vetorial normado completo.
Mostraremos a seguir porque este espa¸co ´e apropriado para mostrarmos a
analiticidade pretendida.
Lema 1.6 Se {v
k
} A(Y
s
) para algum s 0, ent˜ao v(·, t) C
ω
(T), para qualquer
t IR fixo.
Demonstra¸ao: Pelo fato de existir s 0 de modo que
|||{v
k
}|||
s
=
k=0
C
k
ϕ
k!
|||v
k
|||
Y
s
< ,
enao existe uma constante M = M(s, v), de modo que
C
k
ϕ
k!
|||v
k
|||
Y
s
M,
para todo k IN. Mas isso ´e equivalente a afirmar que se k IN, enao
|||v
k
|||
Y
s
M
1
C
ϕ
k
k!.
Fixado t IR qualquer, pelo fato das hip´oteses do Lema 1.2 serem satisfeitas,
obtemos ent˜ao que
v
k
(·, t)
H
s
( )
|||v
k
|||
Y
s
M
1
C
ϕ
k
k!,
para todo k IN. Como as hip´oteses do Lema 1.5 ao satisfeitas, conclu´ımos que
v(·, t) C
ω
(T). Pelo fato de t IR ser qualquer, temos ent˜ao que v(·, t) C
ω
(T)
para todo t IR, o que conclui a demonstra¸ao.
Na sequˆencia deste trabalho denotaremos por B
s
[0, r] o conjunto das se-
quˆencias {v
k
} A(Y
s
), onde |||{v
k
}|||
s
r.
20
Temos que o espa¸co A(Y
s
) ´e extremamente ´util para demonstrarmos o Te-
orema 1.1, pois para cada s 0 fixo, vamos garantir a existˆencia de 0 < δ < 1 e
de {v
k
} A(Y
s
), de modo que T
δ
k
(v
0
, v
1
, . . . , v
k
) satisfaz a equa¸ao (1.9) para cada
k IN. Isso implica que se |t| <
δ
2
, enao a fun¸ao T
δ
(v
0
) = v(x, t) ´e uma solu¸ao
do problema de valor inicial (1)–(2) e pelo fato de {v
k
} A(Y
s
) temos ent˜ao que a
fun¸ao v ´e anal´ıtica na vari´avel x.
Como iremos demonstrar o Teorema 1.1 utilizando a t´ecnica do ponto fixo,
enao para cada 0 < δ < 1, definimos o operador T
δ
: A(Y
s
) A(Y
s
), onde
T
δ
({v
k
}) =
T
δ
0
(v
0
), T
δ
1
(v
0
, v
1
), . . . , T
δ
k
(v
0
, v
1
, . . . , v
k
), . . .
=
T
δ
k
(v
0
, v
1
, . . . , v
k
)
.
Na sequˆencia veremos alguns resultados t´ecnicos que ser˜ao ´uteis para mos-
trarmos que a aplica¸ao T
δ
´e uma contra¸ao em um subconjunto apropriado de
A(Y
s
).
1.4 Estimativas
Esta se¸ao tem por objetivo encontrar, para cada s 0 fixo, condi¸oes sobre
0 < δ < 1 e r > 0, de modo que o operador T
δ
seja uma contra¸ao em B
s
[0 , r].
A princ´ıpio, enunciaremos um resultado que ´e fundamental para mostrarmos
que T
δ
´e uma contra¸ao em uma bola apropriada de A(Y
s
). A demonstra¸ao desta
proposi¸ao ao foi redigida nesta se¸ao devido ao sua extens˜ao, mas est´a inteiramente
contida no Apˆendice.
Proposi¸ao 1.1 Fixado 0 < δ < 1, existe uma constante C > 0, de modo que
|||T
δ
k
(v
0
, v
1
, v
2
, . . . , v
k
)|||
Y
s
Cδ
1/24
k
j=0
k
j
|||v
kj
|||
Y
s
|||v
j
|||
Y
s
+ Cϕ
k
H
s
( )
,
para quaisquer v
0
, v
1
, v
2
. . . , v
k
Y
s
.
A seguir, enunciamos uma generaliza¸ao da Proposi¸ao 1.1, cuja demons-
tra¸ao tamb´em pode ser encontrada no Apˆendice.
21
Proposi¸ao 1.2 Se 0 < δ < 1, ent˜ao existe uma constante C > 0, de modo que
|||T
δ
k
(w
0
, w
1
, . . . , w
k
) T
δ
k
(v
0
, v
1
, . . . , v
k
)|||
Y
s
Cδ
1/24
k
j=0
k
j
|||w
kj
+ v
kj
|||
Y
s
|||w
j
v
j
|||
Y
s
,
para quaisquer w
0
, v
0
, w
1
, v
1
, . . . , w
k
, v
k
Y
s
.
Na sequˆencia, demonstraremos um resultado que nos a, mediante o uso das
estimativas obtidas pelas Proposi¸oes 1.1 e 1.2, uma estimativas para |||T
δ
({v
k
})|||
s
.
Lema 1.7 Fixado 0 < δ < 1, existe uma constante C > 0, de modo que
|||T
δ
({w
k
}) |||
s
Cδ
1/24
|||{w
k
}|||
2
s
+ C[[ϕ]]
s
, (1.14)
e ainda
|||T
δ
({w
k
}) T
δ
({v
k
}) |||
s
Cδ
1/24
|||{w
k
} + {v
k
}|||
s
· |||{w
k
} {v
k
}|||
s
, (1.15)
para quaisquer {w
k
} e {v
k
} que pertencem a A(Y
s
).
Demonstra¸ao: Seja {w
k
} A(Y
s
). Devido a Proposi¸ao 1.1, obtemos que
|||T
δ
({w
k
}) |||
s
=
k=0
C
k
ϕ
k!
|||T
δ
k
(w
0
, w
1
, . . . , w
k
)|||
Y
s
Cδ
1/24
k=0
C
k
ϕ
k!
k
j=0
k
j
|||w
kj
|||
Y
s
|||w
j
|||
Y
s
+
k=0
C
k
ϕ
k!
Cϕ
k
H
s
( )
= Cδ
1/24
k=0
C
k
ϕ
k!
k
j=0
k
j
|||w
kj
|||
Y
s
|||w
j
|||
Y
s
+ C[[ϕ]]
s
. (1.16)
Observemos agora que
22
k=0
C
k
ϕ
k!
k
j=0
k
j
|||w
kj
|||
Y
s
|||w
j
|||
Y
s
(1.17)
=C
0
ϕ
1
0!
|||w
0
|||
Y
s
|||w
0
|||
Y
s
+
C
1
ϕ
1
1!
|||w
1
|||
Y
s
|||w
0
|||
Y
s
+
1
1!
|||w
0
|||
Y
s
|||w
1
|||
Y
s
+
C
2
ϕ
1
2!
|||w
2
|||
Y
s
|||w
0
|||
Y
s
+
1
1!
|||w
1
|||
Y
s
|||w
1
|||
Y
s
+
1
2!
|||w
0
|||
Y
s
|||w
2
|||
Y
s
+
C
3
ϕ
1
3!
|||w
3
|||
Y
s
|||w
0
|||
Y
s
+
1
2!
|||w
2
|||
Y
s
|||w
1
|||
Y
s
+
1
2!
|||w
1
|||
Y
s
|||w
2
|||
Y
s
+
1
3!
|||w
0
|||
Y
s
|||w
3
|||
Y
s
+
.
.
.
=C
0
ϕ
1
0!
|||w
0
|||
Y
s
|||w
0
|||
Y
s
+
C
1
ϕ
1
1!
|||w
0
|||
Y
s
|||w
1
|||
Y
s
+
1
1!
|||w
1
|||
Y
s
|||w
0
|||
Y
s
+
C
2
ϕ
1
2!
|||w
0
|||
Y
s
|||w
2
|||
Y
s
+
1
1!
|||w
1
|||
Y
s
|||w
1
|||
Y
s
+
1
2!
|||w
2
|||
Y
s
|||w
0
|||
Y
s
+
C
3
ϕ
1
3!
|||w
0
|||
Y
s
|||w
3
|||
Y
s
+
1
2!
|||w
1
|||
Y
s
|||w
2
|||
Y
s
+
1
2!
|||w
2
|||
Y
s
|||w
1
|||
Y
s
+
1
3!
|||w
3
|||
Y
s
|||w
0
|||
Y
s
+
.
.
.
=C
0
ϕ
|||w
0
|||
Y
s
k=0
C
k
ϕ
k!
|||w
k
|||
Y
s
+ C
1
ϕ
|||w
1
|||
Y
s
1!
k=1
C
k1
ϕ
(k 1)!
|||w
k1
|||
Y
s
+
C
2
ϕ
|||w
2
|||
Y
s
2!
k=2
C
k2
ϕ
(k 2)!
|||w
k2
|||
Y
s
+ C
3
ϕ
|||w
3
|||
Y
s
3!
k=3
C
k3
ϕ
(k 3)!
|||w
k3
|||
Y
s
+ . . .
=
j=0
C
j
ϕ
j!
|||w
j
|||
Y
s
k=j
C
kj
ϕ
(k j)!
|||w
kj
|||
Y
s
=
j=0
C
j
ϕ
j!
|||w
j
|||
Y
s
l=0
C
l
ϕ
l!
|||w
l
|||
Y
s
,
onde a antepen´ultima igualdade ´e obtida da igualdade anterior somando em colunas.
Segue de (1.16) e da ´ultima igualdade que
|||T
δ
({w
k
}) |||
s
Cδ
1/24
j=0
C
j
ϕ
j!
|||w
j
|||
Y
s
l=0
C
l
ϕ
l!
|||w
l
|||
Y
s
+ C[[ϕ]]
s
= Cδ
1/24
|||{w
k
}|||
2
s
+ C[[ϕ]]
s
,
23
o que prova a rela¸ao (1.14).
A seguir mostraremos que a rela¸ao (1.15) ´e satisfeita. Devido a defini¸ao
de ||| · |||
s
, Proposi¸ao 1.2 e a igualdade (1.17), obtemos que
|||T
δ
({w
k
}) T
δ
({v
k
}) |||
s
=
k=0
C
k
ϕ
k!
|||T
δ
k
(w
0
, w
1
, . . . , w
k
) T
δ
k
(v
0
, v
1
, . . . , v
k
) |||
Y
s
Cδ
1/24
k=0
C
k
ϕ
k!
k
j=0
k
j
|||w
kj
+ v
kj
|||
Y
s
|||w
j
v
j
|||
Y
s
= Cδ
1/24
j=0
C
j
ϕ
j!
|||w
j
+ v
j
|||
Y
s
l=0
C
l
ϕ
l!
|||w
l
v
l
|||
Y
s
= Cδ
1/24
|||{w
k
} + {v
k
}|||
s
· |||{w
k
} {v
k
}|||
s
,
o que demonstra a rela¸ao (1.15) e conclui a demonstra¸ao do Lema 1.7.
O resultado a seguir exibe condi¸oes sobre 0 < δ < 1 e r > 0 para que o
operador T
δ
seja uma contra¸ao em B
s
[0 , r].
Proposi¸ao 1.3 Se tomarmos r = 2C[[ϕ]]
s
e 0 < δ < min
1,
[[ϕ]]
24
s
(2r
2
)
24
, onde C
´e a constante obtida no Lema 1.7, ent˜ao T
δ
: B
s
[0, r] B
s
[0, r] ´e uma contrao.
Mais precisamente, temos que |||T
δ
({w
k
}) |||
s
r, para todo {w
k
} B
s
[0, r] e ainda
|||T
δ
({w
k
}) T
δ
({v
k
}) |||
s
1
2
|||{w
k
} {v
k
}|||
s
,
para qualquer {w
k
}, {v
k
} B
s
[0, r].
Demonstra¸ao: Devido ao Lema 1.7 e as condi¸oes impostas sobre r e δ obtemos
|||T
δ
({w
k
}) |||
s
Cδ
1/24
|||{w
k
}|||
2
s
+ C[[ϕ]]
s
< C
[[ϕ]]
s
2r
2
r
2
+
r
2
=
3r
4
< r,
para qualquer {w
k
} em B
s
[0, r].
Fixados {w
k
}, {v
k
} B
s
[0, r] quaisquer, ainda pelo Lema 1.7 e pelo fato de
||| · |||
s
ser uma norma sobre A(Y
s
), temos que
24
|||T
δ
({w
k
}) T
δ
({v
k
}) |||
s
Cδ
1/24
|||{w
k
} + {v
k
}|||
s
· |||{w
k
} {v
k
}|||
s
< C
[[ϕ]]
s
2r
2
|||{w
k
} + {v
k
}|||
s
· |||{w
k
} {v
k
}|||
s
C
[[ϕ]]
s
2r
2
|||{w
k
}|||
s
+ |||{v
k
}|||
s
· |||{w
k
} {v
k
}|||
s
r
2
2r
2r
2
|||{w
k
} {v
k
}|||
s
=
1
2
|||{w
k
} {v
k
}|||
s
,
o que conclui a demonstra¸ao.
A seguir enunciaremos o Lema da Contra¸ao, resultado este que nos garan-
tir´a a existˆencia de um ´unico elemento {v
k
} A(Y
s
) de modo que T
δ
k
(v
0
, v
1
, . . . , v
k
)
satisfaz a equa¸ao (1.9) para qualquer k IN. A demonstra¸ao deste Lema pode ser
encontrada em ([St], p.12).
Lema 1.8 Seja (X, d) um espco etrico completo e F : X X uma contrao.
Ent˜ao existe um ´unico ponto fixo p, isto ´e, F (p) = p. Mais ainda, p ´e um atrator
de F , isto ´e, dado qualquer x X, temos que lim
n→∞
F (x
n
) = p, onde x
1
= F(x) e
x
n+1
= F (x
n
) para todo n IN.
1.5 Demonstra¸ao do Teorema 1.1
Seja s 0 fixado. Se tomarmos r e δ satisfazendo as hip´oteses da Proposi¸ao
1.3, enao pelo fato de (B
s
[0, r], |||·|||
s
) ser um espa¸co normado completo e a aplica¸ao
T
δ
ser uma contra¸ao sobre B
s
[0, r], temos pelo Lema 1 .8 que existe um ´unico
elemento {v
k
} A(Y
s
), de modo que {v
k
} = T
δ
({v
k
}).
Segue desta ´ultima igualdade e da defini¸ao do operador T
δ
que para todo
k IN temos
v
k
(x, t) = T
δ
k
(v
0
, v
1
, . . . , v
k
).
25
Assim para |t| <
δ
2
, temos para cada k IN que
ψ(t)ψ
δ
(t)v
k
(x, t) = T
δ
k
(v
0
, v
1
, . . . , v
k
).
Logo, pelo fato da fun¸ao v satisfazer a rela¸ao (1.9) para qualquer k IN,
obtemos enao que v ´e solu¸ao do problema de valor inicial (1)–(2), desde que |t| <
δ
2
.
Agora devido o fato de {v
k
} A(Y
s
), temos enao que a fun¸ao v ´e anal´ıtica
na vari´avel x. Portanto, temos que a solu¸ao v(x, t) = T
δ
0
(v
0
) do problema de
valor inicial (1)–(2) ´e anal´ıtica na vari´avel x desde que |t| <
δ
2
, o que conclui a
demonstra¸ao do Teorema 1.1.
Apˆendice
Neste apˆendice o nosso objetivo ser´a demonstrar alguns dos resultados que
foram omitidos durante a demonstra¸ao do Teorema 1.1.
2.1 Demonstra¸ao da Proposi¸ao 1.1
A seguir faremos a demonstra¸ao da Proposi¸ao 1.1, resultado este de gran-
de valia, pois nos a uma estimativa para o valor de |||T
δ
k
(u
0
, u
1
, . . . , u
k
)|||
Y
s
para
quaisquer 0 < δ < 1 e k IN. Esta estimativa possui um papel fundamental para
mostrarmos que T
δ
´e uma contra¸ao em um conjunto apropriado de A(Y
s
). Na
sequˆencia enunciamos a referida proposi¸ao novamente.
Proposi¸ao 2.1 Fixado 0 < δ < 1, existe uma constante C > 0, de modo que
|||T
δ
k
(u
0
, u
1
, . . . , u
k
)|||
Y
s
Cδ
1/24
k
j
=0
k
j
|||u
kj
|||
Y
s
|||u
j
|||
Y
s
+ Cϕ
k
H
s
( )
,
para quaisquer u
0
, u
1
, . . . , u
k
Y
s
.
Fixemos k IN qualquer. Antes de come¸carmos a demonstra¸ao do resul-
tado acima, iremos buscar uma outra caracteriza¸ao de T
δ
k
(u
0
, u
1
, . . . , u
k
).
Para simplificar a nota¸ao utilizada convencionamos que
B
δ
k
.
= B
k
(ψ
δ
u, ψ
δ
u) =
1
2
k
j=0
k
j
x
(ψ
δ
u
kj
· ψ
δ
u
j
) .
26
27
Segue da defini¸ao de T
δ
k
, rela¸ao (1.9) e da defini¸ao do operador W que
T
δ
k
(u
0
, u
1
, . . . , u
k
)=ψ(t)W (t)ϕ
k
(x) ψ(t)
t
0
W (t τ)B
k
(ψ
δ
u, ψ
δ
u) (x, τ)
=ψ(t)W (t)ϕ
k
(x) ψ(t)
t
0
W (t τ)B
δ
k
(x, τ)
=ψ(t)
n
˙
ZZ
e
i
(
nx+n
3
t
)
ϕ
k
(n)ψ(t)
t
0
n
˙
ZZ
e
i
[
nx+n
3
(tτ)
]
B
δ
k
x
(n, τ)
.
Como
B
δ
k
x
(n, τ) =
−∞
e
·τ
B
δ
k
(n, λ) , para quaisquer n ZZ e τ IR,
segue da igualdade acima que
T
δ
k
(u
0
, u
1
, . . . , u
k
) = ψ(t)
n
˙
ZZ
ϕ
k
(n)e
i
(
nx+n
3
t
)
ψ(t)
t
0
n
˙
ZZ
e
i
[
nx+n
3
(tτ)
]
−∞
e
·τ
B
δ
k
(n, λ)
= ψ(t)
n
˙
ZZ
ϕ
k
(n)e
i
(
nx+n
3
t
)
ψ(t)
n
˙
ZZ
e
i
(
nx+n
3
t
)
t
0
−∞
e
i
(
λn
3
)
·τ
B
δ
k
(n, λ) dλdτ
= ψ(t)
n
˙
ZZ
ϕ
k
(n)e
i
(
nx+n
3
t
)
ψ(t)
n
˙
ZZ
e
i
(
nx+n
3
t
)
−∞
B
δ
k
(n, λ)
t
0
e
i
(
λn
3
)
·τ
= ψ(t)
n
˙
ZZ
ϕ
k
(n)e
i
(
nx+n
3
t
)
ψ(t)
n
˙
ZZ
e
i
(
nx+n
3
t
)
−∞
B
δ
k
(n, λ)
e
i
(
λn
3
)
·τ
i (λ n
3
)
τ=t
τ=0
= ψ(t)
n
˙
ZZ
ϕ
k
(n)e
i
(
nx+n
3
t
)
ψ(t)
n
˙
ZZ
e
i
(
nx+n
3
t
)
−∞
B
δ
k
(n, λ)
i
e
it
(
λn
3
)
1
λ n
3
= ψ(t)
n
˙
ZZ
ϕ
k
(n)e
i
(
nx+n
3
t
)
28
+ (t)
n
˙
ZZ
e
i
(
nx+n
3
t
)
−∞
e
it
(
λn
3
)
1
λ n
3
B
δ
k
(n, λ) dλ.
Como 1 = ψ (λ n
3
) + 1 ψ (λ n
3
) = ψ (λ n
3
) + (1 ψ) (λ n
3
) e
ainda para quaisquer λ IR e n ZZ temos que
e
it
(
λn
3
)
1
λ n
3
=
j=1
i
j
j!
t
j
λ n
3
j1
,
enao obtemos que
T
δ
k
(u
0
, u
1
, . . . , u
k
)
= ψ(t)
n
˙
ZZ
ϕ
k
(n)e
i
(
nx+n
3
t
)
+(t)
n
˙
ZZ
e
i
(
nx+n
3
t
)
−∞
ψ
λn
3
+(1ψ)
λn
3

e
it
(
λn
3
)
1
λn
3
B
δ
k
(n, λ)
= ψ(t)
n
˙
ZZ
ϕ
k
(n)e
i
(
nx+n
3
t
)
+(t)
n
˙
ZZ
e
i
(
nx+n
3
t
)
−∞
ψ
λ n
3
e
it
(
λn
3
)
1
λ n
3
B
δ
k
(n, λ)
+(t)
n
˙
ZZ
e
i
(
nx+n
3
t
)
−∞
(1 ψ)
λ n
3
e
it
(
λn
3
)
1
λ n
3
B
δ
k
(n, λ)
= ψ(t)
n
˙
ZZ
ϕ
k
(n)e
i
(
nx+n
3
t
)
+(t)
n
˙
ZZ
e
i
(
nx+n
3
t
)
−∞
ψ
λ n
3
j=1
i
j
j!
t
j
λ n
3
j1
B
δ
k
(n, λ)
+(t)
n
˙
ZZ
e
i
(
nx+n
3
t
)
−∞
(1 ψ)
λ n
3
e
itλ
e
itn
3
λ n
3
B
δ
k
(n, λ)
(t)
n
˙
ZZ
e
i
(
nx+n
3
t
)
−∞
(1 ψ)
λ n
3
1
λ n
3
B
δ
k
(n, λ)
= ψ(t)
n
˙
ZZ
ϕ
k
(n)e
i
(
nx+n
3
t
)
(2.18)
+i
j=1
i
j
j!
t
j
ψ(t)
n
˙
ZZ
e
i
(
nx+n
3
t
)
−∞
ψ
λ n
3
λ n
3
j1
B
δ
k
(n, λ) (2.19)
29
+(t)
n
˙
ZZ
e
inx
−∞
(1 ψ) (λ n
3
)
λ n
3
e
itλ
B
δ
k
(n, λ) (2.20)
(t)
n
˙
ZZ
e
i
(
nx+n
3
t
)
−∞
(1 ψ) (λ n
3
)
λ n
3
B
δ
k
(n, λ) dλ. (2.21)
Como o nosso intuito ´e obter uma estimativa para |||T
δ
k
(u
0
, u
1
, . . . , u
k
) |||
Y
s
,
a nossa estrat´egia ser´a estimar os valores de |||(2.18)|||
Y
s
, |||(2.19)|||
Y
s
, |||(2.20)|||
Y
s
e
|||(2.21)|||
Y
s
.
Estimativa de |||(2.18)|||
Y
s
.
Por conveniˆencia definimos f : T × IR C, onde se x T e t IR,
(2.18) = f(x, t) = ψ (t )
n
˙
ZZ
ϕ
k
(n)e
i
(
nx+n
3
t
)
.
Basta ent˜ao encontrarmos uma estimativa para |||f|||
Y
s
.
Fixados m ZZ e λ IR, afirmamos que
f(m, λ) = ϕ
k
(m)
ψ(λ m
3
).
De fato, temos que
f(m, λ) =
1
2π
IR
e
it·λ
e
ix·m
ψ(t)
n
˙
ZZ
ϕ
k
(n)e
i
(
nx+n
3
t
)
dxdt
=
IR
ψ(t)
n
˙
ZZ
ϕ
k
(n)e
it·(λn
3
)
1
2π
e
ix·(nm)
dxdt
=
IR
ψ(t)e
it·(λm
3
)
ϕ
k
(m) dt
= ϕ
k
(m)
ψ(λ m
3
).
Enao obtemos que
|||f|||
Y
s
=
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
1 +
λ n
3
f(n, λ)
2
1/2
+
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
f(n, λ)
2
1/2
30
=
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
1 +
λ n
3
ϕ
k
(n)
ψ(λ n
3
)
2
1/2
+
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
ϕ
k
(n)
ψ(λ n
3
)
2
1/2
=
n
˙
ZZ
|n|
2s
|ϕ
k
(n)|
2
IR
1 +
λ n
3
ψ(λ n
3
)
2
1/2
+
n
˙
ZZ
|n|
2s
|ϕ
k
(n)|
2
IR
ψ(λ n
3
)
2
1/2
= ϕ
k
H
s
( )
IR
(1 + |λ
|)
ψ(λ
)
2
1/2
+
IR
ψ(λ
)
Cϕ
k
H
s
( )
,
onde a ´ultima desigualdade segue do fato da fun¸ao ψ pertencer ao espa¸co de
Schwartz.
Portanto, temos que existe C > 0, de modo que
|||(2.18)|||
Y
s
Cϕ
k
H
s
( )
. (2.22)
Estimativa de |||(2.19)|||
Y
s
.
No intuito de obter estimativas para |||(2.19)|||
Y
s
, ent˜ao para cada j IN
,
definimos f
j
: T × IR C, onde para qualquer x T e t IR, temos
f
j
(x, t) = t
j
ψ(t)
n
˙
ZZ
e
i
(
nx+n
3
t
)
IR
ψ(τ n
3
)
τ n
3
j1
B
δ
k
(n, τ) .
Pela defini¸ao das fun¸oes f
j
, temos ent˜ao para qualquer x T e t IR que
(2.19) =
j=1
i
j+1
j!
f
j
(x, t).
Buscaremos ent˜ao estimativas para |||f
j
|||
Y
s
.
31
Fixado j IN
qualquer, afirmamos que
f
j
(m, λ) =
t
j
ψ(λ m
3
)
IR
ψ(τ m
3
)
τ m
3
j1
B
δ
k
(m, τ) ,
para quaisquer m ZZ e λ IR.
De fato, fixados m ZZ e λ IR quaisquer, temos que
f
j
(m, λ)
=
1
2π
IR
t
j
ψ(t)
n
˙
ZZ
e
i
[
x·(mn)+t·(λn
3
)
]
IR
ψ(τ n
3
)
τ n
3
j1
B
δ
k
(n, τ) dxdt
=
n
˙
ZZ
IR
e
it·(λn
3
)
t
j
ψ(t)
IR
ψ(τ n
3
)
τ n
3
j1
B
δ
k
(n, τ)
1
2π
e
ix·(mn)
dxdt
=
IR
e
it·(λm
3
)
t
j
ψ(t)
IR
ψ(τ m
3
)
τ m
3
j1
B
δ
k
(m, τ) dt
=
IR
e
it·(λm
3
)
t
j
ψ(t) dt
IR
ψ(τ m
3
)
τ m
3
j1
B
δ
k
(m, τ)
=
t
j
ψ(λ m
3
)
IR
ψ(τ m
3
)
τ m
3
j1
B
δ
k
(m, τ) .
Na sequˆencia encontraremos uma estimativa para |||f
j
|||
Y
s
.
|||f
j
|||
Y
s
=
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
1 + |λ n
3
|
t
j
ψ(λ n
3
)
2
·
IR
ψ(τ n
3
)
τ n
3
j1
B
δ
k
(n, τ)
2
1/2
+
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
t
j
ψ(λ n
3
)
IR
ψ(τ n
3
)
τ n
3
j1
B
δ
k
(n, τ)
2
1/2
=
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
(1 + |λ
|)
t
j
ψ(λ
)
2
·
IR
ψ(τ n
3
)
τ n
3
j1
B
δ
k
(n, τ)
2
1/2
+
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
t
j
ψ(λ
)
IR
ψ(τ n
3
)
τ n
3
j1
B
δ
k
(n, τ)
2
1/2
32
=
IR
(1 + |λ
|)
t
j
ψ(λ
)
2
1/2
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
ψ(τ n
3
)
τ n
3
j1
B
δ
k
(n, τ)
2
1/2
+
IR
t
j
ψ(λ
)
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
ψ(τ n
3
)
τ n
3
j1
B
δ
k
(n, τ)
2
1/2
=
(1 + |λ|)
t
j
ψ(λ)
2
1/2
L
1
(IR)
+
t
j
ψ(λ)
L
1
(IR)
·
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
ψ(τ n
3
)
τ n
3
j1
B
δ
k
(n, τ)
2
1/2
.
Como 1+|λ| 2(1+|λ|
2
), para todo λ IR e por ψ pertencer a C
0
(1, 1),
onde 0 ψ(t) 1, para todo t IR, obtemos que existe C = C(ψ) > 0, tal que
(1 + |λ|)
t
j
ψ(λ)
2
1/2
L
1
(IR)
2
IR
1 + |λ|
2
t
j
ψ(λ)
2
1/2
= 2
t
j
ψ
H
1
(IR)
= 2
t
j
ψ
H
0
(IR)
+
(t
j
ψ)
H
0
(IR)
2
t
j
ψ
L
2
(IR)
+
jt
j1
ψ
L
2
(IR)
+
t
j
ψ
L
2
(IR)
C · j.
Analogamente, usando a desigualdade de Cauchy-Schwarz e desigualdade
acima, obtemos que existe C = C(ψ) > 0, tal que
t
j
ψ(λ)
L
1
(IR)
=
IR
1
(1 + |λ|)
(1 + |λ|)
t
j
ψ(λ)
IR
1
(1 + |λ|)
2
1/2
·
IR
(1 + |λ|)
2
t
j
ψ(λ)
2
1/2
C
IR
1 + |λ|
2
+ 2|λ|
t
j
ψ(λ)
2
1/2
C
IR
1 + |λ|
2
t
j
ψ(λ)
2
1/2
= Ct
j
ψ
H
1
(IR)
C · j.
33
Portanto, devido as rela¸oes acima, os obtemos para qualquer j IN
, que
existe C = C(ψ) > 0, onde
|||f
j
|||
Y
s
C · j
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
ψ(τ n
3
)
τ n
3
j1
B
δ
k
(n, τ)
2
1/2
.
Novamente pelo fato de ψ C
0
(1, 1), onde 0 ψ(t) 1, para todo
t IR, enao ψ(τ n
3
) = 0, se |τ n
3
| > 1 e ainda |ψ(τ n
3
)| |τ n
3
|
j1
1 se
|τ n
3
| 1. Enao obtemos para qualquer j IN
que
|||f
j
|||
Y
s
C · j
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
ψ(τ n
3
)
τ n
3
j1
B
δ
k
(n, τ)
2
1/2
C · j
n
˙
ZZ
|n|
2s
|τn
3
|≤1
B
δ
k
(n, τ)
2
1/2
C · j
n
˙
ZZ
|n|
2s
|τn
3
|≤1
B
δ
k
(n, τ)
1 + |τ n
3
|
2
1/2
, (2.23)
onde a ´ultima desigualdade decorre do fato que 1
2
1+|τn
3
|
, sempre que |τ n
3
| 1.
Pelo fato de (2.19) =
j=1
i
j+1
j!
f
j
(x, t), por ||| · |||
Y
s
ser norma e pela rela¸ao
(2.23) obtemos que existe C > 0, tal que
|||(2.19)|||
Y
s
j=1
1
j!
|||f
j
|||
Y
s
C
j=1
j
j!
n
˙
ZZ
|n|
2s
|τn
3
|≤1
B
δ
k
(n, τ)
1 + |τ n
3
|
2
1/2
C
n
˙
ZZ
|n|
2s
|τn
3
|≤1
B
δ
k
(n, τ)
1 + |τ n
3
|
2
1/2
j=1
j
j!
= C
n
˙
ZZ
|n|
2s
|τn
3
|≤1
B
δ
k
(n, τ)
1 + |τ n
3
|
2
1/2
,
pois a s´erie
j=0
1
j!
´e convergente.
34
Portanto, obtemos existe C > 0, de modo que
|||(2.19)|||
Y
s
C
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
B
δ
k
(n, τ)
1 + |τ n
3
|
2
1/2
. (2.24)
Estimativa de |||(2.20)|||
Y
s
.
Com o objetivo de obter uma estimativa para |||(2.20)|||
Y
s
e o intuito de
simplificar a nota¸ao, definimos f : T × IR C, onde para quaisquer x T e t IR
f(x, t) =
n
˙
ZZ
e
inx
IR
(1 ψ)(τ n
3
)
τ n
3
e
t
B
δ
k
(n, τ) .
Devido a defini¸ao da fun¸ao f, temos que (2.20) = (t)f(x, t), para quais-
quer x T e t IR. Logo
|||(2.20)|||
Y
s
= |||f|||
Y
s
= |||ψf|||
Y
s
.
Devido ao fato de ψ C
0
(1, 1), temos ent˜ao pelo Lema 1.3 que existe uma
constante C = C(ψ) > 0 de modo que |||ψf|||
Y
s
C|||f |||
Y
s
. Portanto para obter
uma estimativa para |||(2.20)|||
Y
s
, basta encontrar uma estimativa para |||f|||
Y
s
.
Temos que
f(m, λ) =
(1 ψ)(λ m
3
)
λ m
3
B
δ
k
(m, λ), para todo m ZZ e λ IR.
De fato, sendo m ZZ e λ IR quaisquer, obtemos que
f(m, λ) =
1
2π
IR
e
ix·m
e
it·λ
n
˙
ZZ
e
inx
IR
(1 ψ)(τ n
3
)
τ n
3
e
t
B
δ
k
(n, τ) dxdt
=
n
˙
ZZ
IR
e
it·λ
IR
(1 ψ)(τ n
3
)
τ n
3
e
t
B
δ
k
(n, τ)
1
2π
e
ix·(mn)
dxdt
=
IR
e
it·λ
IR
(1 ψ)(τ m
3
)
τ m
3
e
t
B
δ
k
(m, τ) dt
=
(1 ψ)(λ m
3
)
λ m
3
B
δ
k
(m, λ).
A seguir, iremos encontrar uma estimativa de |||f|||
Y
s
. Pelo fato da fun¸ao
ψ C
0
(1, 1), onde 0 ψ(t) 1 para todo t IR e ainda ψ(t) = 1 se |t| <
1
2
,
35
temos que (1 ψ)(t) = 0 se |t| <
1
2
e ainda |(1 ψ)(t)| 1, para todo t IR, logo
|||f|||
Y
s
=
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
1 +
τ n
3
(1 ψ)(τ n
3
)
τ n
3
B
δ
k
(n, τ)
2
1/2
+
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
(1 ψ)(τ n
3
)
τ n
3
B
δ
k
(n, τ)
2
1/2
=
n
˙
ZZ
|n|
2s
|τn
3
|≥
1
2
1+
τ n
3
|(1 ψ)(τ n
3
)|
2
|τ n
3
|
2
B
δ
k
(n, τ)
2
1/2
+
n
˙
ZZ
|n|
2s
|τn
3
|≥
1
2
|(1 ψ)(τ n
3
)|
|τ n
3
|
B
δ
k
(n, τ)
2
1/2
n
˙
ZZ
|n|
2s
|τn
3
|≥
1
2
(1 + |τ n
3
|)
|τ n
3
|
2
B
δ
k
(n, τ)
2
1/2
+
n
˙
ZZ
|n|
2s
|τn
3
|≥
1
2
B
δ
k
(n, τ)
|τ n
3
|
2
1/2
.
Se |τ n
3
|
1
2
, enao 1 +|τ n
3
| 2 |τ n
3
|+ |τ n
3
| = 3 |τ n
3
| donde
resulta que
1
|τ n
3
|
3
1 + |τ n
3
|
e ainda
1
|τ n
3
|
2
9
(1 + |τ n
3
|)
2
. Portanto
temos que existe C > 0, tal que
|||f|||
Y
s
C
n
˙
ZZ
|n|
2s
|τn
3
|≥
1
2
B
δ
k
(n, τ)
2
1 + |τ n
3
|
1/2
+ C
n
˙
ZZ
|n|
2s
|τn
3
|≥
1
2
B
δ
k
(n, τ)
1 + |τ n
3
|
2
1/2
C
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
B
δ
k
(n, τ)
2
1 + |τ n
3
|
1/2
+ C
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
B
δ
k
(n, τ)
1 + |τ n
3
|
2
1/2
.
36
Devido ao fato de |||(2.20)|||
Y
s
C|||f|||
Y
s
, obtemos existe C > 0, tal que
|||(2.20)|||
Y
s
C
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
B
δ
k
(n, τ)
2
1 + |τ n
3
|
1/2
+ C
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
B
δ
k
(n, τ)
1 + |τ n
3
|
2
1/2
. (2.25)
Estimativa de |||(2.21)|||
Y
s
.
Com o objetivo de simplificar a nota¸ao, definimos f : T × IR C, onde
f(x, t) = ψ(t)
n
˙
ZZ
e
i
(
nx+n
3
t
)
IR
(1 ψ)(τ n
3
)
(τ n
3
)
B
δ
k
(n, τ) ,
para quaisquer x T e t IR. Devido a defini¸ao da fun¸ao f, temos para todo
x T e t IR que
(2.21) = if(x, t).
Portanto
|||(2.21)|||
Y
s
= |||if|||
Y
s
= |||f|||
Y
s
.
Enao para obter uma estimativa de |||(2.21)|||
Y
s
basta encontrar uma ma-
jora¸ao para |||f|||
Y
s
.
Afirmamos que
f(m, λ) =
ψ(λ m
3
)
IR
(1 ψ)(τ m
3
)
(τ m
3
)
B
δ
k
(m, τ) , para
quaisquer m ZZ e λ IR.
De fato, pois fixados m ZZ e λ IR, obtemos que
f(m, λ) =
1
2π
IR
e
ix·m
e
it·λ
ψ(t)
n
˙
ZZ
e
i
(
nx+n
3
t
)
IR
(1 ψ)(τ n
3
)
(τ n
3
)
B
δ
k
(n, τ) dxdt
=
IR
e
it·λ
ψ(t)
n
˙
ZZ
e
in
3
t
1
2π
e
ix·(mn)
dx
IR
(1 ψ)(τ n
3
)
(τ n
3
)
B
δ
k
(n, τ) dt
=
IR
e
it·(λm
3
)
ψ(t)
IR
(1 ψ)(τ m
3
)
(τ m
3
)
B
δ
k
(m, τ) dt
=
ψ(λ m
3
)
IR
(1 ψ)(τ m
3
)
(τ m
3
)
B
δ
k
(m, τ) .
37
Na sequˆencia encontraremos uma estimativa para |||f|||
Y
s
,
|||f|||
Y
s
=
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
1+
λn
3
ψ(λn
3
)
IR
(1ψ)(τ n
3
)
τ n
3
B
δ
k
(n, τ)
2
1/2
+
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
ψ(λn
3
)
IR
(1ψ)(τ n
3
)
τ n
3
B
δ
k
(n, τ)
2
1/2
=
IR
(1+|λ
|)
ψ(λ
)
2
1/2
·
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
(1ψ)(τ n
3
)
τ n
3
B
δ
k
(n, τ)
2
1/2
+
IR
ψ(λ
)
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
(1 ψ)(τ n
3
)
τ n
3
B
δ
k
(n, τ)
2
1/2
C
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
(1 ψ)(τ n
3
)
τ n
3
B
δ
k
(n, τ)
2
1/2
C
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
(1 ψ)(τ n
3
)
τ n
3
B
δ
k
(n, τ)
2
1/2
,
onde a pen´ultima desigualdade decorre do fato que a fun¸ao ψ pertence ao espa¸co
de Schwartz.
Pelo fato de 0 ψ(t) 1, para todo t IR e ψ(τ n
3
) 1, sempre que
|τ n
3
| <
1
2
, obtemos ent˜ao que |(1 ψ)(τ n
3
)| = 0, se |τ n
3
| <
1
2
. Usando este
fato, por |(1 ψ)(t)| 1, para to do t IR e ainda que
1
|τ n
3
|
3
1 + |τ n
3
|
se
|τ n
3
|
1
2
, obtemos enao que existe C > 0, onde
|||f|||
Y
s
C
n
˙
ZZ
|n|
2s
|τn
3
|≥
1
2
B
δ
k
(n, τ)
|τ n
3
|
2
1/2
C
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
B
δ
k
(n, τ)
1 + |τ n
3
|
2
1/2
.
Portanto, existe C > 0 de modo que
38
|||(2.21)|||
Y
s
C
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
B
δ
k
(n, τ)
1 + |τ n
3
|
2
1/2
. (2.26)
A partir das rela¸oes (2.22), (2.24), (2.25) e (2 .26) obtemos o seguinte resul-
tado.
Proposi¸ao 2.2 Fixado 0 < δ < 1 qualquer, ent˜ao existe C > 0 de modo que
|||T
δ
k
(u
0
, u
1
, . . . , u
k
)|||
Y
s
C
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
B
δ
k
(n, τ)
2
1 + |τ n
3
|
1/2
+ Cϕ
k
H
s
( )
+ C
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
B
δ
k
(n, τ)
1 + |τ n
3
|
2
1/2
, (2.27)
para quaisquer u
0
, u
1
, . . . , u
k
Y
s
.
Devido a defini¸ao de B
δ
k
, faremos uso de duas estimativas bilineares, cuja
demonstra¸ao pode ser encontrada em ([B], p.214).
Proposi¸ao 2.3 Existe C > 0, de modo que para quaisquer f, g X
s
, com t-suporte
no intervalo [δ, δ], temos
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
| w
fg
(n, τ)|
2
1 + |τ n
3
|
1/2
Cδ
1/12
|||f|||
X
s
|||g|||
X
s
, (2.28)
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
| w
fg
(n, τ)|
1 + |τ n
3
|
2
1/2
Cδ
1/12
|||f|||
X
s
|||g|||
X
s
, (2.29)
onde w
fg
=
x
(f · g).
Portanto, para qualquer 0 < δ < 1 e u
0
, u
1
, . . . , u
k
Y
s
, temos que existe
C > 0, tal que
39
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
B
δ
k
(n, τ)
2
1 + |τ n
3
|
1/2
=
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
1
2
k
j=0
k
j
[
x
(ψ
δ
u
kj
· ψ
δ
u
j
)](n, τ )
2
1 + |τ n
3
|
1/2
C
k
j=0
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
x
k
j
ψ
δ
u
kj
· ψ
δ
u
j

(n, τ)
2
1 + |τ n
3
|
1/2
k
j=0
Cδ
1/12
|||
k
j
ψ
δ
u
kj
|||
X
s
|||ψ
δ
u
j
|||
X
s
= Cδ
1/12
k
j=0
k
j
|||ψ
δ
u
kj
|||
X
s
|||ψ
δ
u
j
|||
X
s
.
Ainda devido a Proposi¸ao 2 .3, obtemos que existe C > 0, de modo que
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
B
δ
k
(n, τ)
1 + |τ n
3
|
2
1/2
=
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
1
2
k
j=0
k
j
[
x
(ψ
δ
u
kj
· ψ
δ
u
j
)](n, τ )
1 + |τ n
3
|
2
1/2
C
k
j=0
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
x
k
j
ψ
δ
u
kj
· ψ
δ
u
j

(n, τ)
1 + |τ n
3
|
2
1/2
k
j=0
Cδ
1/12
|||
k
j
ψ
δ
u
kj
|||
X
s
|||ψ
δ
u
j
|||
X
s
= Cδ
1/12
k
j=0
k
j
|||ψ
δ
u
kj
|||
X
s
|||ψ
δ
u
j
|||
X
s
,
40
para quaisquer u
0
, u
1
, . . . , u
k
Y
s
.
Logo pela rela¸ao (2.27) e as desigualdades acima, obtemos para qualquer
0 < δ < 1 que existe C > 0, de modo que
|||T
δ
k
(u
0
, u
1
, . . . , u
k
)|||
Y
s
Cδ
1/12
k
j=0
k
j
|||ψ
δ
u
kj
|||
X
s
|||ψ
δ
u
j
|||
X
s
+Cϕ
k
H
s
( )
, (2.30)
onde u
0
, u
1
, . . . , u
k
Y
s
ao quaisquer.
O Lema a seguir ´e extremamente essencial para finalizarmos a demonstra¸ao
da Proposi¸ao 1.1, pois ele nos garante, para cada 0 < δ < 1, que existe uma cons-
tante C = C(
1
48
) positiva, onde |||ψ
δ
v|||
X
s
Cδ
1/48
|||v|||
X
s
para qualquer v X
s
.
Na demonstra¸ao deste resultado ser´a utilizado alguns argumentos de interpola¸ao.
Lema 2.1 Seja 0 < δ < 1 qualquer. Ent˜ao para qualquer 0 < ε < 1 existe uma
constante C = C(ε) > 0, de modo que para qualquer u X
s
temos
|||ψ
δ
u|||
X
s
Cδ
ε
|||u|||
X
s
. (2.31)
Demonstra¸ao: Fixemos 0 < ε < 1 qualquer. Pelo fato que
|||v|||
X
s
=
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
1 + |λ n
3
|
|v(n, λ)|
2
1/2
,
para qualquer v X
s
, ent˜ao para que a rela¸ao (2.31) seja alida basta mostrar que
existe C > 0, de modo que para qualquer n
˙
ZZ e u X
s
IR
1 + |λ n
3
|
ψ
δ
u(n, λ)
2
Cδ
2ε
IR
1 + |λ n
3
|
|u(n, λ)|
2
dλ. (2.32)
Fixemos ent˜ao u X
s
qualquer. Temos que a rela¸ao (2.32) ´e equivalente
`a seguinte desigualdade
IR
(1 + |τ|)
e
in
3
t
ψ
δ
(t)u
x
(n, t)
t
(τ)
2
Cδ
2ε
IR
(1 + |τ|)
e
in
3
t
u
x
(n, t)
t
(τ)
2
, (2.33)
para qualquer n
˙
ZZ .
41
Fixado n
˙
ZZ qualquer, definimos para cada t IR a fun¸ao h
n
onde
h
n
(t) = u
x
(n, t), ent˜ao a desigualdade (2.33) pode ser reescrita como
IR
(1 + |τ|)
e
in
3
t
ψ
δ
(t)h
n
(t)
t
(τ)
2
Cδ
2ε
IR
(1 + |τ|)
e
in
3
t
h
n
(t)
t
(τ)
2
,
ou seja,
e
in
3
t
ψ
δ
(t)h
n
(t)
2
H
1/2
(IR)
Cδ
2ε
e
in
3
t
h
n
(t)
2
H
1/2
(IR)
. (2.34)
No intuito de demonstrar que a rela¸ao (2.34) ´e satisfeita, utilizaremos al-
guns argumentos de interpola¸ao.
Sendo b =
1 + ε
2
, enao para qualquer 0 ρ 1 definimos A
ρ
.
= H
ρb
(IR).
Observe que A
0
= L
2
(IR) e pelo fato de H
s
(IR) ser um espa¸co de Banach para
qualquer s 0, obtemos enao que A
ρ
´e um espa¸co de Banach para qualquer
0 ρ 1.
A seguir citaremos um resultado apenas para referˆencia futura. Este resulta-
do nos a uma condi¸ao para que os elementos de H
s
(IR
n
) sejam fun¸oes cont´ınuas.
Lema 2.2 Seja s >
n
2
. Ent˜ao H
s
(IR
n
) pode ser imerso continuamente em C
(IR
n
)
(a cole¸ao das fun¸oes cont´ınuas de IR
n
em C que tendem a zero quando |x| )
e vale a seguinte desigualdade
f
L
(IR
n
)
1
(2π)
n
IR
1
(1 + |ξ|
2
)
s
1/2
f
H
s
(IR
n
)
.
A demonstra¸ao deste lema pode ser encontrada em ([I], p.340).
Em ([SW], p.211) encontramos o seguinte resultado.
Lema 2.3 Sendo A
0
e A
1
dois espcos de Banach e T ´e um operador linear de
A
0
+A
1
em A
0
+A
1
, onde T leva A
j
em A
j
, para j = 0, 1 e ainda existem constantes
M
0
e M
1
, de modo que T a
A
j
M
j
a
A
j
, j = 0, 1 e a A
j
, ent˜ao T leva A
ρ
em
A
ρ
e ainda T a
A
ρ
M
(1ρ)
0
M
ρ
1
a
A
ρ
, para qualquer 0 ρ 1 e a A
ρ
.
42
Com o objetivo mostrar que a rela¸ao (2.34) ´e satisfeita, iremos aplicar
o Lema acima com T sendo o operador multiplica¸ao por ψ
δ
, mais precisamente,
T (f)(t) = ψ
δ
(t)f(t), para qualquer fun¸ao f : IR IR. Claramente T ´e linear.
Seja f L
2
(IR) qualquer, pelo fato de ψ
δ
C
0
(δ, δ), onde 0 ψ
δ
(t) 1,
temos que
T f
2
L
2
(IR)
=
IR
[ψ
δ
f](t)
2
dt =
IR
|ψ
δ
f(t)|
2
dt
IR
|f(t)|
2
dt =f
2
L
2
(IR)
. (2.35)
Portanto o operador T leva A
0
em A
0
.
A seguir mostraremos que existe C > 0 de modo que para qualquer f A
1
´e alida a seguinte estimativa
T f
A
1
Cδ
2(12b)
f
A
1
,
donde resulta que T leva A
1
em A
1
.
Fixemos f A
1
qualquer. Devido o fato que
1
2
< b < 1, obtemos enao que
(1 + |τ|)
2b
1 + 2
b
1 + |τ|
2b
, para qualquer τ IR. Portanto temos que
T f
2
A
1
=
IR
(1 + |τ|)
2b
T f(τ)
2
C
IR
1 + |τ|
2b
[ψ
δ
f](τ)
2
= C
IR
[ψ
δ
f](τ)
2
(2.36)
+ C
IR
|τ|
2b
[ψ
δ
f](τ)
2
. (2.37)
Nosso objetivo ent˜ao ´e obter majora¸oes para as rela¸oes (2.36) e (2.37).
Devido a rela¸ao (2.35), obtemos que
(2.36) Cf
2
L
2
(IR)
.
Pelo fato que f
L
2
(IR)
f
A
1
para qualquer f A
1
e como 1 < δ
2(12b)
,
enao obtemos que
(2.36) Cδ
2(12b)
f
2
A
1
. (2.38)
43
Com o objetivo de obter uma estimativa para a rela¸ao (2 .37), para qualquer
g H
b
(IR) definimos D
b
g : IR IR, onde para todo x IR temos
D
b
g(x) =
IR
e
ix·λ
|λ|
b
g(λ) dλ.
Temos ent˜ao para qualquer τ IR que
D
b
g(τ) = |τ|
b
g(τ ).
Portanto
(2.37) = C
IR
|τ|
2b
[ψ
δ
f](τ)
2
= C
IR
[D
b
(ψ
δ
f)](τ)
2
= C
D
b
(ψ
δ
f)
2
L
2
(IR)
, (2.39)
enao o nosso objetivo enao ser´a encontrar uma estimativa para a rela¸ao (2.39).
Em ([KPV1] , p.614) pode ser encontrada a demonstra¸ao do seguinte resul-
tado.
Lema 2.4 Caso 0 < α < 1 e 1 < p < , ent˜ao
D
α
(gh) hD
α
g gD
α
h
L
p
(IR)
Cg
L
(IR)
D
α
h
L
p
(IR)
.
Aplicando o Lema acima com α = b, p = 2, g = ψ
δ
e h = f, obtemos que
D
b
(ψ
δ
f)
L
2
(IR)
Cψ
δ
L
(IR)
D
b
f
L
2
(IR)
+
fD
b
ψ
δ
L
2
(IR)
+
ψ
δ
D
b
f
L
2
(IR)
. (2.40)
Pelo fato que ψ
δ
C
0
(δ, δ), onde 0 ψ
δ
(t) 1 para todo t IR, resulta
que ψ
δ
L
(IR)
1 e ainda ψ
δ
L
2
(IR)
C.
Enao decorre da desigualdade de older que
ψ
δ
D
b
f
L
2
(IR)
ψ
δ
L
2
(IR)
D
b
f
L
2
(IR)
C
D
b
f
L
2
(IR)
.
44
Devido a defini¸ao de D
b
f, temos enao que
D
b
f
L
2
(IR)
=
IR
|τ|
2b
f(τ)
2
1/2
IR
(1 + |τ|)
2b
f(τ)
2
1/2
= f
A
1
.
Portanto devido as rela¸oes acima obtemos que
D
b
(ψ
δ
f)
L
2
(IR)
Cf
A
1
+
fD
b
ψ
δ
L
2
(IR)
. (2.41)
A seguir buscaremos uma estimativa para
fD
b
ψ
δ
L
2
(IR)
.
Devido o fato de f H
b
(IR) = A
1
com
1
2
< b < 1, temos pelo Lema 2.2 que
existe C = C(
1
2
) > 0 de modo que
f
L
(IR)
Cf
A
1
.
Portanto obtemos que
fD
b
ψ
δ
L
2
(IR)
f
L
(IR)
D
b
ψ
δ
L
2
(IR)
Cf
A
1
D
b
ψ
δ
L
2
(IR)
. (2.42)
Usando o fato que
ψ
δ
(τ) = δ
ψ(δτ) para todo τ IR, temos ent˜ao que existe
C = C(ψ) > 0, tal que
D
b
ψ
δ
2
L
2
(IR)
=
IR
|τ|
2b
ψ
δ
(τ)
2
=
IR
|τ|
2b
δ
ψ(δτ)
2
=
IR
µ
δ
2b
δ
ψ(µ)
2
δ
(12b)
IR
(1 + |µ|
2
)
ψ(µ)
2
Cδ
2(12b)
,
pois a fun¸ao ψ pertence ao espa¸co de Schwartz e 1 < δ
(12b)
.
Logo devido a rela¸ao (2.42) e a ´ultima desigualdade, obtemos que
fD
b
ψ
δ
L
2
(IR)
Cδ
(12b)
f
A
1
. (2.43)
Usando o fato que 1 < δ
(12b)
e devido as rela¸oes (2.41) e (2.43) temos que
D
b
(ψ
δ
f)
2
L
2
(IR)
Cδ
2(12b)
f
2
A
1
. (2.44)
45
Segue ent˜ao das rela¸oes (2.38), (2.39) e (2.44) que
T f
2
A
1
Cδ
2(12b)
f
2
A
1
.
Novamente usando o fato que 1 < δ
(12b)
obtemos que
T f
A
1
Cδ
2(12b)
f
A
1
. (2.45)
Pelo fato das hip´oteses do Lema 2 .3 estarem satisfeitas, onde as constantes
M
0
e M
1
ao respectivamente 1 e Cδ
2(12b)
, temos enao que
e
in
3
t
ψ
δ
(t)h
n
(t)
A
ρ
Cδ
2(12b)ρ
e
in
3
t
h
n
(t)
A
ρ
,
para qualquer 0 ρ 1.
Tomando ρ =
1
2b
, temos que ρb =
1
2
e pelo fato que δ
2ε
(1+ε)
δ
2ε
, obtemos
e
in
3
t
ψ
δ
(t)h
n
(t)
H
1/2
(IR)
Cδ
(12b)
b
e
in
3
t
h
n
(t)
H
1/2
(IR)
= Cδ
2(11ε)
1+ε
e
in
3
t
h
n
(t)
H
1/2
(IR)
= Cδ
2ε
(1+ε)
e
in
3
t
h
n
(t)
H
1/2
(IR)
Cδ
2ε
e
in
3
t
h
n
(t)
H
1/2
(IR)
,
donde resulta que a rela¸ao (2.34) ´e satisfeita.
Pelo fato de n
˙
ZZ ser qualquer, temos que a rela¸ao (2.34) ´e satisfeita
para todo n
˙
ZZ , donde resulta que ´e alida a rela¸ao (2.32) para qualquer n
˙
ZZ ,
ou seja, existe C = C(ε) > 0 de modo que
|||ψ
δ
u|||
X
s
Cδ
ε
|||u|||
X
s
,
o que conclui demonstra¸ao do Lema 2.1.
Devido a rela¸ao (2.30) e ao Lema 2.1 aplicado com ε =
1
48
obtemos para
qualquer 0 < δ < 1, que existe C > 0 de modo que
46
|||T
δ
k
(u
0
, u
1
, . . . , u
k
)|||
Y
s
Cδ
1/12
k
j=1
k
j
|||ψ
δ
u
kj
|||
X
s
|||ψ
δ
u
j
|||
X
s
+ Cϕ
k
H
s
( )
Cδ
1/12
k
j=1
k
j
δ
1/24
|||u
kj
|||
X
s
|||u
j
|||
X
s
+ Cϕ
k
H
s
( )
Cδ
1/24
k
j=1
k
j
|||u
kj
|||
Y
s
|||u
j
|||
Y
s
+ Cϕ
k
H
s
( )
para quaisquer u
0
, u
1
, . . . , u
k
Y
s
, pois ||| · |||
X
s
||| · |||
Y
s
, desse modo concluindo a
demonstra¸ao da Proposi¸ao 1.1.
2.2 Demonstra¸ao da Proposi¸ao 1.2
Esta se¸ao tem por objetivo demonstrar a Proposi¸ao 1.2, cujo resultado,
juntamente com a Proposi¸ao 1.1, foi essencial para demonstrarmos o Lema 1.7, e
consequentemente, concluir que o operador T
δ
´e uma contra¸ao em um conjunto
apropriado de A(Y
s
). A princ´ıpio vamos enunciar novamente a referida proposi¸ao.
Proposi¸ao 2.4 Se 0 < δ < 1, ent˜ao existe uma constante C > 0, de modo que
|||T
δ
k
(w
0
, w
1
, . . . , w
k
) T
δ
k
(v
0
, v
1
, . . . , v
k
)|||
Y
s
Cδ
1/24
k
j=0
k
j
|||w
kj
+ v
kj
|||
Y
s
|||w
j
v
j
|||
Y
s
,
para quaisquer w
0
, v
0
, w
1
, v
1
, . . . , w
k
, v
k
Y
s
.
Demonstra¸ao: Fixado k IN qualquer, temos enao que
T
δ
k
(w
0
, w
1
, . . . , w
k
) T
δ
k
(v
0
, v
1
, . . . , v
k
)
=
t
0
W (t τ)B
δ
k
(w, w)(x, τ) +
t
0
W (t τ)B
δ
k
(v, v)(x, τ)
=
t
0
W (t τ)
B
δ
k
(w, w) B
δ
k
(v, v)
(x, τ) . (2.46)
Com objetivo de reescrever a rela¸ao acima de outra forma, temos que
47
B
δ
k
(w, w) B
δ
k
(v, v)
=
1
2
k
j=0
k
j
x
(ψ
δ
w
kj
ψ
δ
w
j
)
1
2
k
j=0
k
j
x
(ψ
δ
v
kj
ψ
δ
v
j
)
=
1
2
k
j=0
k
j
x
ψ
2
δ
(w
kj
w
j
v
kj
v
j
)
=
1
2
x
ψ
2
δ
w
k
w
0
w
k
v
0
+ v
k
w
0
v
k
v
0
+ k(w
k1
w
1
w
k1
v
1
+ v
k1
w
1
v
k1
v
1
)
+
k(k 1)
2
(w
k2
w
2
w
k2
v
2
+ v
k2
w
2
v
k2
v
2
) + . . .
+
k(k 1)
2
(w
2
w
k2
w
2
v
k2
+ v
2
w
k2
v
2
v
k2
)
+k(w
1
w
k1
w
1
v
k1
+ v
1
w
k1
v
1
v
k1
) + w
0
w
k
w
0
v
k
+ v
0
w
k
v
0
v
k
=
1
2
x
ψ
2
δ
(w
k
+ v
k
)(w
0
v
0
) + k(w
k1
+ v
k1
)(w
1
v
1
)
+
k(k 1)
2
(w
k2
+ v
k2
)(w
2
v
2
) + . . . +
k(k 1)
2
(w
2
+ v
2
)(w
k2
v
k2
)
+k(w
1
+ v
1
)(w
k1
v
k1
) + (w
0
+ v
0
)(w
k
v
k
)
=
1
2
k
j=0
k
j
x
ψ
δ
(w
kj
+ v
kj
) · ψ
δ
(w
j
v
j
)
= B
δ
k
(w
kj
+ v
kj
, w
j
v
j
)
.
=
˜
B
δ
k
.
Portanto, pela rela¸ao (2.46) e a igualdade acima, temos que
T
δ
k
(w
0
, w
1
, . . . , w
k
) T
δ
k
(v
0
, v
1
, . . . , v
k
) =
t
0
W (t τ)
˜
B
δ
k
(x, τ) . (2.47)
Procedendo de maneira an´aloga `a demonstra¸ao da Proposi¸ao 1.1, podemos
reescrever a rela¸ao (2.47) da seguinte maneira,
48
T
δ
k
(w
0
, w
1
, . . . , w
k
) T
δ
k
(v
0
, v
1
, . . . , v
k
)
=+i
j=1
i
j
j!
t
j
ψ(t)
n
˙
ZZ
e
i
(
nx+n
3
t
)
−∞
ψ
λ n
3
λ n
3
j1
˜
B
δ
k
(n, λ) (2.48)
+(t)
n
˙
ZZ
e
inx
−∞
(1 ψ) (λ n
3
)
λ n
3
e
itλ
˜
B
δ
k
(n, λ) (2.49)
(t)
n
˙
ZZ
e
i
(
nx+n
3
t
)
−∞
(1 ψ) (λ n
3
)
λ n
3
˜
B
δ
k
(n, λ) dλ, (2.50)
onde a seguinte estimativa ´e satisfeita,
|||(2.48)|||
Y
s
+ |||(2.49)|||
Y
s
+ |||(2.50)|||
Y
s
C
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
˜
B
δ
k
(n, τ)
2
1 + |τ n
3
|
1/2
+C
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
˜
B
δ
k
(n, τ)
1 + |τ n
3
|
2
1/2
.
Portanto, obtemos que ´e alida a seguinte estimativa
|||T
δ
k
(w
0
, w
1
, . . . , w
k
) T
δ
k
(v
0
, v
1
, . . . , v
k
)|||
Y
s
C
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
˜
B
δ
k
(n, τ)
2
1 + |τ n
3
|
1/2
(2.51)
+C
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
˜
B
δ
k
(n, τ)
1 + |τ n
3
|
2
1/2
. (2.52)
A seguir o nosso objetivo ser´a obter estimativas para as rela¸oes (2.51) e
(2.52).
Devido a defini¸ao de
˜
B
δ
k
e a Proposi¸ao 2.3, temos que
49
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
˜
B
δ
k
(n, τ)
2
1 + |τ n
3
|
1/2
=
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
1
2
k
j=0
k
j
x
ψ
δ
(w
kj
+ v
kj
) · ψ
δ
(w
j
v
j
)

(n, τ)
2
1 + |τ n
3
|
1/2
C
k
j=0
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
x
k
j
ψ
δ
(w
kj
+ v
kj
) · ψ
δ
(w
j
v
j
)

(n, τ)
2
1 + |τ n
3
|
1/2
k
j=0
Cδ
1/12
|||
k
j
ψ
δ
(w
kj
+ v
kj
)|||
X
s
|||ψ
δ
(w
j
v
j
)|||
X
s
= Cδ
1/12
k
j=0
k
j
|||ψ
δ
(w
kj
+ v
kj
)|||
X
s
|||ψ
δ
(w
j
v
j
)|||
X
s
.
Ainda pela defini¸ao de
˜
B
δ
k
e a Proposi¸ao 2.3, obtemos que
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
˜
B
δ
k
(n, τ)
1 + |τ n
3
|
2
1/2
=
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
1
2
k
j=0
k
j
x
ψ
δ
(w
kj
+ v
kj
) · ψ
δ
(w
j
v
j
)

(n, τ)
1 + |τ n
3
|
2
1/2
C
k
j=0
n
˙
ZZ
|n|
2s
IR
x
k
j
ψ
δ
(w
kj
+ v
kj
) · ψ
δ
(w
j
v
j
)

(n, τ)
1 + |τ n
3
|
2
1/2
k
j=0
Cδ
1/12
|||
k
j
ψ
δ
(w
kj
+ v
kj
)|||
X
s
|||ψ
δ
(w
j
v
j
)|||
X
s
Cδ
1/12
k
j=0
k
j
|||ψ
δ
(w
kj
+ v
kj
)|||
X
s
|||ψ
δ
(w
j
v
j
)|||
X
s
,
50
Portanto para quaisquer w
0
, v
0
, w
1
, v
1
, . . . , w
k
, v
k
Y
s
e 0 < δ < 1, obtemos
que existe C > 0 de modo que
|||T
δ
k
(w
0
, w
1
, . . . , w
k
) T
δ
k
(v
0
, v
1
, . . . , v
k
)|||
Y
s
Cδ
1/12
k
j=0
k
j
|||ψ
δ
(w
kj
+ v
kj
)|||
X
s
|||ψ
δ
(w
j
v
j
)|||
X
s
.
Agora utilizando o Lema 2 .1, aplicado com ε =
1
48
, temos que para cada
0 j k que
|||ψ
δ
(w
j
+ v
j
)|||
X
s
δ
1/48
|||w
j
+ v
j
|||
X
s
,
e tamb´em que
|||ψ
δ
(w
j
v
j
)|||
X
s
δ
1/48
|||w
j
v
j
|||
X
s
.
Devido as rela¸oes acima e o fato que ||| · |||
X
s
||| · |||
Y
s
, obtemos enao
para cada 0 < δ < 1 fixo, que existe uma constante C > 0, de modo que a seguinte
desigualdade ´e satisfeita
|||T
δ
k
(w
0
, w
1
, . . . , w
k
) T
δ
k
(v
0
, v
1
, . . . , v
k
)|||
Y
s
Cδ
1/24
k
j=0
k
j
|||w
kj
+ v
kj
|||
Y
s
|||w
j
v
j
|||
Y
s
,
para quaisquer w
0
, v
0
, w
1
, v
1
, . . . , w
k
, v
k
Y
s
, desse modo concluindo a demonstra-
¸ao da Proposi¸ao 1.2.
Referˆencias Bibliogr´aficas
[B] Bourgain, J.: Fourier transform restriction phenomena for certain latice
subsets and applications to nonlinear evolution equations, Part II: The
KdV–Equation, Geom. Funct. Anal., 3, (1993), 209–262.
[BH] BYERS, P; e HIMONAS, A. A.: Non-analytic solutions of the KdV equa-
tion, Abstract and Appl. Anal., 6, (2004), 453–460.
[CKSTT] COLLIANDER, J.; KEEL, M.; STAFFILANI, G.; TAKAOKA, H.; e
TAO, T.: Sharp global well-posedness for KdV and modified KdV on IR
and T, J. Amer. Math. Soc. , 16, (2003), 705–749.
[GH] GORSKY, J.; e HIMONAS, A. A.: On analyticy in space variable of so-
lutions to the KdV equation, Contemporary Mathematics of AMS,
368, (2005), 233–247.
[HP] HIMONAS, A. A.; e PETRONILHO, G.: Gevrey regularity in time for
generalized KdV type equations, a aparecer em Contemporary Ma-
thematics of AMS.
[I] I
´
ORIO Jr., R. J.; e I
´
ORIO, V.: Equa¸oes Diferenciais Parciais: Uma
Introdu¸ao, IMPA, Rio de Janeiro, (1988).
[KPV1] KENIG, C. E.; PONCE, G.; e VEGA, L.: Well-Posedness and Scattering
Results for the Generalized Korteweg-de Vries Equation via Contraction
Principle, Comm. Pure Appl. Math., 46, (1993), 527–620.
51
52
[KPV2] KENIG, C. E.; PONCE, G.; e VEGA, L.: The Cauchy problem for the
Korteweg–de Vries equation in Sobolev spaces of negative indices, Duke
Math. J., 71, (1993), 1–21.
[KPV3] KENIG, C. E.; PONCE, G.; e VEGA, L.: A Bilinear Estimate with
applications to the KdV Equation, J. Amer. Math. Soc., 9, (1996),
573–603.
[KdV] KORTEWEG, D.J.; e de VRIES, G.: On the change of form of long
wavesadvancing in a rectagular canal, and on a new type oflong stationary
waves, Phil. Mag., 39, (1895), 422–443.
[Sj] SJ
¨
OBERG, A.: On the Korteweg–de Vries equation: existence and uni-
queness, J. Math. Anal. Appl., 29, (1970), 569–579.
[St] SOTOMAYOR, J.: Li¸oes de Equa¸oes Diferenciais Ordin´arias,
IMPA, Rio de Janeiro, (1979).
[SW] STEIN, E.; e WEISS, G.: Fourier Analysis in Euclidean Space,
Princeton University Press, New Jersey, (1971).
[Tr] TRUBOWITZ, E.: The inverse problem for periodic potentials, Comm.
Pure Appl. Math., 30, (1977), 321–337.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo