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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
“PRODUÇÃO DE TUBÉRCULOS E DE ÓLEO ESSENCIAL DE PRIPRIOCA
(Cyperus articulatus L.), EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA E
CALAGEM”.
DIONILSON CARDOZO DA CUNHA
Engenheiro Agrônomo
Belém
2006
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
“PRODUÇÃO DE TUBÉRCULOS E DE ÓLEO ESSENCIAL DE PRIPRIOCA
(Cyperus articulatus L.), EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA E
CALAGEM”.
DIONILSON CARDOZO DA CUNHA
Engenheiro Agrônomo
Dissertação apresentada, à Universidade Federal
Rural da Amazônia, como parte das exigências do
Curso de s-Graduação, em nível de Mestrado em
Agronomia, área de Concentração em Solos e
Nutrição de Plantas, para obtenção do título de
“Mestre”.
Orientadora:
Engenheira Agrônoma Dra. Ana Regina Araújo Martins
Co-orientadores:
Engenheiro Agrônomo Dr. Francisco Ilton de Oliveira
Morais
Engenheiro Agrônomo Dr. Edílson Carvalho Brasil
Belém
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2006
CUNHA, Dionilson Cardozo da.
PRODUÇÃO DE TUBÉRCULOS E DE ÓLEO
ESSENCIAL DE PRIPRIOCA (Cyperus articulatus L.), EM
FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO ORGÂNICAECALAGEM /
Dionilson Cardozo da Cunha. - Belém, 2006.
80 f.: il.
Dissertação (Mestrado em Agronomia Solos e Nutrição
de Plantas) - Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA,
2006.
1-Fertilidade do solo. 2. óleo essencial. 3. priprioca. 4.
adubação orgânica. I Título
CDD 631.42
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
“PRODUÇÃO DE TUBÉRCULOS E DE ÓLEO ESSENCIAL DE PRIPRIOCA
(Cyperus articulatus L.), EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA E
CALAGEM”.
DIONILSON CARDOZO DA CUNHA
Engenheiro Agrônomo
Dissertação apresentada, à Universidade Federal Rural da
Amazônia, como parte das exigências do Curso de Pós-Graduação,
em nível de Mestrado em Agronomia, área de Concentração em
Solos e Nutrição de Plantas, para obtenção do título de “Mestre”.
Aprovada em 24 de Fevereiro de 2006
Banca Examinadora
___________________________________________________
Dra.Ana Regina Araújo Martins
Orientadora
(Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA)
__________________________________________________
Dr.Sebastião Geraldo Augusto
(Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira - CEPLAC)
___________________________________________________
Dra.Cristina Maria Araújo Dib Taxi
(Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA)
_________________________________________________
Dr.Francisco de Assis Oliveira
(Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA)
DEDICATÓRIA
Á Deus pela oportunidade da vida.
Aos meus pais: Maria José Cardoso da Cunha, ’in memoriam “pelo
exemplo de amor, coragem, força, confiança e determinação e Urbano Bentes
da Cunha, pelo incentivo ao trabalho e à vida”. Aos irmãos: Diolane, Diocélio,
Diocelino Cunha e Urbano Filho, e ao sobrinho Afonso Henrique, pelo
exemplo de dignidade e amor á vida.
À minha esposa Terezinha de Oliveira,
pelo amor companheirismo e
cumplicidade, mesmo nas horas mais
difíceis.
O sol da manhã rasga o céu da Amazônia.
E eu olho Belém, da janela do hotel.
As aves que passam fazendo uma zona.
Mostrando pra mim que a Amazônia sou eu.
Celso Viáfora
Belém, a capital mais cheirosa do Brasil.
AGRADECIMENTOS
À Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará - EMATER
PARÁ, pela oportunidade de participação no curso;
À Universidade Federal Rural da Amazônia-UFRA, pela aceitação no
referido curso;
À Coordenadoria de pós-graduação do curso de mestrado em Agronomia
área de concentração em solo e nutrição de plantas e seus funcionários
pelo apoio prestado durante o curso;
À Agência de Desenvolvimento da Amazônia - ADA, pela bolsa em forma
de material de apoio para o desempenho durante o curso;
Ao M.Sc. Jessivaldo Galvão, pelo companheirismo, apoio e sugestões
durante o curso, que foram de fundamental importância no decorrer do
trabalho;
À Professora Dra. Ana Regina Araújo Martins pela orientação dedicada a
este trabalho;
Aos Drs. Edílson Carvalho Brasil e Francisco Ilton de Oliveira Moraes pela
co-orientação no trabalho;
Ao Professor Dr. George Rodrigues da Silva pelo apoio e compreensão;
Ao professor Dr. Sebastião Geraldo Augusto, pelo apoio e dedicação;
Aos funcionários do ICA Demóstenes Andrade Silva Filho e Ivanildo
Melam Reis, pelo apoio decisivo;
Ao Ministério da Agricultura através da Dra. Iara Gláucia de A. Maciel,
Fiscal Federal Agropecuário, pelo apoio e compreensão para a realização
deste trabalho;
Ao pesquisador Max Sarrazin, IRD (Instituto de Pesquisa e
Desenvolvimento) pela constante ajuda no desenvolvimento deste
trabalho e possibilitando enfrentar os problemas surgidos;
À EMBRAPA, Amazônia Oriental através do Dr. Ismael Viegas, pelo apoio
e incentivo;
Aos colegas: Jessivaldo Galvão, Emerson Vinicius, Rita Tofoli, Magda
Reis, Ricardo Augusto, Tatiana Gazel, Kassius Clai, Jisele Brito, Gizele
Odete, Érica Rodrigues, Luiz Freitas, José Nilton, Jorge Pinheiro, Sátiro
Ramos, Paulo Custódio, Andreos Leite, Vicenzo Irino, Marcus Hofmann,
Olinto Rocha, Elisângela dos Santos, Francinei da Ponte, Marcos
Nascimento Moura, Alcione Santos;
À Comunidade Campo Limpo, Santo Antônio do Taua, pelo apoio recebido
para e durante a realização deste trabalho;
Ao Dr. Sergio de Melo Alves e Solange Branches Vilar, pesquisador e
assistente de operações do Laboratório de Agroindústria, EMBRAPA-
Amazônia Oriental, respectivamente;
Ao Prof. Dr. Paulo Luis Contente de Barros e sua esposa Dra. Aliete
Villacorta de Barros, pelo apoio decisivo nos momentos indecisos;
A todos que direta ou indiretamente colaboraram para realização deste
trabalho.
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS...........................................................................................
LISTA DE FIGURAS............................................................................................
RESUMO.............................................................................................................. 12
ABSTRACT.......................................................................................................... 13
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................. 14
2 REVISÃO DE LITERATURA............................................................................ 16
2.1 PRIPRIOCA
2.1.1 Descrição e origem..................................................................................
16
2.2 ÓLEOS ESSENCIAIS.................................................................................. 17
2.2.1 Definições e características............................................................. 17
2.2.2 Área de aplicação dos óleos essenciais......................................... 18
2.2.3 Método de extração de óleo essencial............................................ 19
2.2.3.1 Enfloração....................................................................................... 19
2.2.3.2 Prensagem...................................................................................... 20
2.2.3.3 Extração com solventes orgânicos.............................................. 20
2.2.3.4 Extração por fluido supercrítico................................................... 20
2.2.3.5 Arraste por vapor d’agua.............................................................. 21
2.2.4 Classificação dos óleos essenciais................................................ 21
2.2.5 Importância econômica e industrial dos óleos essenciais........... 22
2.3 IMPORTÃNCIA DE PLANTAS AROMÁTICAS E MEDICINAIS.................. 23
2.4 PERSPECTIVAS DE CRESCIMENTOS DA INDÚSTRIA DE
PERFUMARIA NO ESTADO DO PARÁ.................................................. 24
2.5 ÁCIDEZ DOS SOLOS TROPICAIS E CALAGEM....................................... 25
2.5.1 Matéria orgânica no solo.................................................................. 27
2.5.2 Esterco de gado................................................................................ 28
2.5.3 Cama aviária...................................................................................... 29
2.5.4 Torta de mamona.............................................................................. 29
3.0 MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................. 31
3.1 MATERIAL................................................................................................... 31
3.1.1 área de estudo........................................................................................ 31
3.2 MÉTODOS.................................................................................................. 32
3.2.1 coleta e classificação do solo............................................... 32
3.2.2 tratamento e delineamento experimental......................... 33
3.2.3. cálculo e avaliação química das dosagens dos adubos orgânicos
utilizados................................................................
35
3.2.4 avaliação fisico química dos adubos utilizados............... 36
3.2.5 instalação e manejo do experimento..................................... 36
3.2.6 colheita, secagem e acondicionamento................................... 38
3.2.7 extração do óleo essencial.................................................................... 39
3.2.8 análise estatística................................................................................... 39
4.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................................... 40
4.1 PARAMETROS FÍSICO, QUÍMICOS E FÍSICO-QUÍMICOS DA
AMOSTRA DE SOLO........................................................................................ 40
4.2 ANÁLISE DE VARIÃNCIA DAS MÉDIAS ESTUDADAS NO
EXPERIMENTO................................................................................................ 41
4.3 PRODUÇÃO DE MASSA SECA DA RAIZ DA PRIPRIOCA, EM FUNÇÃO
DA INTERAÇÃO TIPO E DOSE DE ADUBO
ORGÃNICO....................................................................................................... 43
4.4 PRODUÇÃO DE MASSA DE RIZOMA DE PRIPRIOCA EM FUNÇÃO DA
INTERAÇÃO TIPO E DOSE DE ADUBO
ORGÃNICO....................................................................................................... 44
4.5 PRODUÇÃO DE MASSA DO RIZOMA DE PRIPRIOCA EM FUNÇÃO
DA INTERAÇÃO CALAGEM X ADUBO
ORGÃNICO....................................................................................................... 46
4.6 PRODUÇÃO DE ÓLEO ESSENCIAL DE PRIPRIOCA EM FUNÇÃO DA
INTERAÇÃO TIPO E DOSE DE ADUBO
ORGÃNICO....................................................................................................... 48
4.7 PRODUÇÃO DE ÓLEO ESSENCIAL DE PRIPRIOCA EM FUNÇÃO DA
INTERAÇÃO CALAGEM X ADUBO
ORGÃNICO....................................................................................................... 49
4.8 ANÁLISE DE VARIÃNCIA DOS TEORES DE MACRONUTRIENTES
ESTUDADOS NO EXPERIMENTO................................................................... 51
4.9 EFEITO DOS TRATAMENTOS NOS TEORES DE
MACRONUTRIENTES ENCONTRADOS NOS TECIDOS DA PRIPRIOCA..... 52
4.9.1 Nitrogênio.......................................................................................... 52
4.9.2 Fósforo............................................................................................... 54
4.9.3 Potássio............................................................................................. 55
4.9.4 Cálcio................................................................................................. 56
4.9.5 Magnésio............................................................................................ 58
4.9.6. Enxofre.............................................................................................. 60
5.0 CONCLUSÕES.............................................................................................. 63
6,O CONSIDERAÇÕES GERAIS........................................................................ 64
6.1 FATORES RESTRITIVOS............................................................................. 64
6.2 FATORES IMPULSIONANTES..................................................................... 64
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................... 66
APÊNDICE........................................................................................................... 76
LISTA DE TABELAS
p.
Tabela 1 Tratamentos e fontes e doses orgânicas dos adubos
aplicados no experimento.......................................................... 34
Tabela 2 Teores de N (g), P
2
O
5
(g), K
2
O (g), Ca (g) e S (g) nos adubos
orgânicos, torta de mamona (TM), esterco de gado (EG) e
cama aviária (CA)......................................................................
35
Tabela 3 Resultados analíticos médios de composição química das
amostras de torta de mamona (TM); esterco de gado (EG);
cama aviária (CA), utilizados como fertilizantes no
experimento,.............................................................................. 36
Tabela 4 Resultados analíticos médios dos parâmetros químicos e
físicos do solo estudado antes e após a
incubação.................................................................................. 41
Tabela 5 Análise de variância das médias de produção de óleo (PO),
massa seca da raiz (MSR) e massa de rizoma (MR) de
priprioca (Cyperus articulatus L.) em função dos tratamentos
aplicados...................................................................................
42
Tabela 6 Valores meios de massa seca da raiz de priprioca em função
da interação tipo e dose de adubo orgânico............................. 43
Tabela 7 Valores dios de massa de rizoma de priprioca em função
da interação tipo e dose de adubo orgânico..............................
44
Tabela 8 Valores dios de massa de rizoma de priprioca em função
da interação adubo orgânico x calagem.................................... 46
Tabela 9 Valores médios de produção de óleo de priprioca em função
da interação tipo e dose de adubo orgânico.............................. 48
Tabela 10 Valores médios de produção de óleo de priprioca em função
da interação adubo orgânico x calagem.................................... 49
Tabela 11 Resultado da análise de variância das médias dos teores de
nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio
(Mg) e enxofre (S) em priprioca considerando o efeito dos
tratamentos................................................................................ 51
Tabela 12 Resultados do teste de Tukey das dias de N no tecido
vegetal da priprioca em função da interação tipo e dose de
adubo orgânico.......................................................................... 52
Tabela 13 Resultados do teste de Tukey das dias de N no tecido
vegetal da priprioca em função da interação adubo orgânico x
calagem..................................................................................... 53
Tabela 14 Resultados do teste de Tukey das médias de P no tecido
vegetal da priprioca em função da interação tipo e dose de
adubo orgânico.......................................................................... 54
Tabela 15 Resultados do teste de Tukey das médias de k no tecido
vegetal da priprioca em função da interação tipo e dose de
adubo orgânico.......................................................................... 55
Tabela 16 Resultados do teste de Tukey das médias de K no tecido
vegetal da priprioca em função da interação adubo orgânico x
calagem..................................................................................... 56
Tabela 17 Resultados do teste de Tukey das médias de Ca no tecido
vegetal da priprioca em função da interação tipo e dose de
adubo orgânico.......................................................................... 57
Tabela 18 Resultados do teste de Tukey das médias de Ca no tecido
vegetal da priprioca em função da interação adubo orgânico x
calagem..................................................................................... 58
Tabela 19 Resultados do teste de Tukey das médias de Mg no tecido
vegetal da priprioca em função da interação tipo e dose de
adubo orgânico..........................................................................
59
Tabela 20 Resultados do teste de Tukey das médias de Mg no tecido
vegetal da priprioca em função da interação adubo orgânico x
calagem..................................................................................... 60
Tabela 21 Resultados do teste de Tukey das médias de S no tecido
vegetal da priprioca em função da interação tipo e dose de
adubo orgânico.......................................................................... 61
Tabela 22 Resultados do teste de Tukey das médias de S no tecido
vegetal da priprioca em função da interação adubo orgânico x
calagem..................................................................................... 62
LISTA DE FIGURAS
p.
Figura 1
Mapa de localização do Município de Santo Antônio do Tauá ...............
32
Figura 2 À esquerda, fase inicial e à direita fase final de desenvolvimento
da cultura da priprioca (Cyperus artriculatus L.) em casa de
vegetação UFRA-Belém, 2004............................................................
37
Figura 3
Valores médios de massa seca da raiz de priprioca, em função da
interação tipo e dose x adubo orgânico.................................................... 43
Figura 4
Valores médios de massa de rizoma de priprioca em função da
interação de tipo e dose x adubo orgânico............................................... 45
Figura 5
Valores médios de massa de rizoma de priprioca em função da
interação adubo orgânico x calagem.......................................................
47
Figura 6
Valores médios de produção de óleo de priprioca em função da
interação tipo e dose de adubo orgãnico.................................................
48
Figura 7
Valores médios de produção de óleo de priprioca em função da
interação adubo orgânico x calagem.......................................................
50
“PRODUÇÃO DE TUBÉRCULOS E DE ÓLEO ESSENCIAL DE PRIPRIOCA
(Cyperus articulatus L.), EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA E
CALAGEM”.
RESUMO
A flora aromática nativa da Amazônia vem sendo alvo de vários estudos
básicos. Uma dessas espécies é a Cyperus articulatus L., conhecida como priprioca,
pertencente à família Ciperácea, cujo óleo essencial tem grande potencial de
exploração devido a sua importância na farmacopéia local. A priprioca é uma planta
aromática e medicinal de ocorrência natural na Amazônia. Objetivou-se com esse
trabalho determinar e avaliar a produção de fitomassa subterrânea, de óleo
essencial e o acúmulo de macronutrientes nessa espécie, em solo com e sem a
adição de calcário, utilizando-se quatro doses de cada uma das três fontes de
matéria orgânica estudadas em ambiente protegido. O delineamento experimental
foi em blocos inteiramente casualizado, com quatro repetições, num fatorial do tipo 2
x4 x3, perfazendo 96 parcelas experimentais. Aos seis meses após o plantio foram
aval iados os seguintes parâmetros: peso de rizoma, produção de óleo, produção de
matéria seca da raiz e teores de macronutrientes. A cama aviária apresentou-se
como a melhor fonte de adubo orgânico em relação à torta de mamona e esterco de
gado nas concentrações testadas. A maior produção de óleo essencial ocorreu
quando se aplicou as dosagens 2(330g) e 3 (440g) de cama aviária e em solo com
a adição de calcário.
Palavra chave: 1. Fertilidade do solo. 2. óleo essencial. 3.priprioca. 4.adubação
orgânica.
“PRODUCTION OF TUBERCLES AND ESSENTIAL OIL OF PRIPRIOCA (Cyperus
articulatus L.), IN FUNCTION OF ORGANIC FERTILIZATION AND CALAGEM”.
ABSTRACT
The native aromatical flora of the Amazônia comes being white of some basic
studies. One of these species is the Cyperus articulatus L., known as priprioca,
pertaining to the Ciperácea family, whose essential oil has great potential of
exploration due its importance in the local farmacopéia. Priprioca is a aromatical and
medicinal plant of natural occurrence in the Amazônia. It was objectified with this
work to determine and to evaluate the underground production of fitomassa,
essential oil and the accumulation of macronutrients in this species, ground with and
without the calcareous rock addition, using itself four doses of each one of the three
studied sources of organic substance in protecting environment. The experimental
delineation block-type was entirely casualizado, with four repetitions, in a factorial of
type 2 x4 x3, perfazendo 96 experimental parcels. To the six months the plantation
had after been endorsement gone the following parameters: weight of rizoma, oil
production, production of dry substance of the root and texts of macronutrients. The
aviária bed was presented as the best organic seasoning source in relation to the pie
of mamona and esterco of cattle in the tested concentrations. The biggest essential
oil production occurred when it applied dosages 2(330g) and 3 (440g) of aviária bed
and in ground with the calcareous rock addition.
Word key: 1, Fertility of the ground. 2. essential oil. 3.priprioca. 4. organic adubação.
.
1 INTRODUÇÃO
Nos últimos anos a Amazônia tem despertado a atenção do mundo por
destacar-se como um dos maiores depositários da biodiversidade do planeta.
Dentro dessa biodiversidade, os óleos essenciais formam uma classe de
produtos naturais dos mais importantes na região amazônica. muito tempo vário
desses produtos vêm sendo utilizados em diferentes aplicações, especialmente em
áreas farmacológicas e cosméticas. Entretanto, estudos analíticos usando as mais
diversas ferramentas tornam-se necessários para a obtenção de informações
qualitativas e quantitativas de suas propriedades físicas e químicas. Tais
informações devem sugerir e apoiar soluções para o desenvolvimento sustentável
da exploração dos óleos essenciais.
A farmacopéia, composta de inúmeras espécies amazônicas, com seus óleos
essenciais aromáticos, medicinais e cosméticos, é de longe a alternativa mais
acertada à pequena produção, para implantar soluções quanto aos problemas da
exclusão social e dos chamados pequenos à margem dos processos produtivos e
da globalização.
Neste sentido, a flora nativa da Amazônia vem sendo alvo de vários estudos
básicos que tentam identificar espécies com potencial para diferentes fins. O
aproveitamento do elevado potencial da flora odorífera da Amazônia destaca-se
como uma fonte renovável apropriada para a produção de essências de fragrâncias
e cosméticos.
A espécie Cyperus articulatus L., vulgarmente conhecida como priprioca,
possui óleo essencial com grande potencial de exploração principalmente devido a
sua importância na farmacopéia local, sendo usada como contraceptivo, analgésico
e no tratamento de diarréia.
No Estado do Pará, a priprioca vem despertando grande e crescente
interesse científico e econômico devido ao agradável aroma do óleo essencial
obtido dos seus rizomas. O óleo essencial dessa espécie é constituído
principalmente por sesquiterpenos pertencentes às classes do cipereno, cariofilano,
eudesmano, patchoulano e rotundano (ZOGHBI et al., 2005).
Para as comunidades, a preservação das áreas de mata é a garantia de uma
renda estável por tempo indeterminado, diferente do dinheiro pido e descontínuo
14
gerado por atividades como a venda de árvores, extraídas de forma não-manejada,
para a indústria madeireira.
Na comunidade de Campo Limpo, Município de Santo Antônio do Taua,
Pará, essa espécie vem sendo cultivada desde 2003, sendo hoje conhecida como a
maior produtora do Nordeste Paraense. Entretanto, a maioria das áreas cultivadas
apresenta baixa produtividade e encontra-se em solos quimicamente pobres e com
elevado teor de alumínio trocável. Nestas áreas, para a obtenção da produtividade
biológica máxima da planta se faz necessária à interação de diversos fatores,
dentre os quais a aplicação de nutrientes em quantidades adequadas e em formas
que possam ser assimiladas pelas plantas, uma vez que a prática de cultivo
adotada não tem base científica no que se refere ao manejo de adubação.
Assim sendo, o objetivo desse trabalho foi determinar e avaliar a produção de
fitomassa subterrânea, de óleo essencial e acúmulo de macronutrientes na sub
população de priprioca (Cyperus articulatus L.) cultivada no município de Santo
Antônio do Taua, Nordeste do Estado do Pará.
15
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 PRIPRIOCA
2.1.1 Descrição e origem
A priprioca (Cyperus articulatus L.) é uma planta da família da ciperácea,
como o junco e o papiro. Uma espécie de capim alto, em cuja extremidade brota
flores miúdas. Porém, embora comuns na aparência, estes talos de capim alto
escondem sob a terra raízes de fragrância incomum tubérculos miúdos que,
quando cortados, exalam um perfume fresco, amadeirado e picante, que
surpreende o olfato (AZEREDO, 1958). Devido a esta qualidade, a priprioca está
entre as principais ervas aromáticas vendidas no Estado do Pará. É comercializado
principalmente no mercado Ver-o-Peso, em Belém, para uso em banhos
perfumados e fabricação de fragrâncias domésticas (MOTA et al., 2003).
O conhecimento da priprioca é uma herança dos índios da Amazônia, que
descobriram seu aroma e a cultivam em suas roças. Seu nome vem do tupi ‘piripiri’,
junco pequeno, e ‘oca’, casa, e tem sua origem em uma lenda indígena. Piripiri era
um guerreiro que exalava um cheiro misterioso e irresistível para as mulheres.
Porém, ele sempre se esvaia em fumaça quando elas tentavam se aproximar.
Aconselhadas pelo pajé, para tentar segurá-lo, elas amarravam os pés do guerreiro
com os próprios cabelos. Mas era inútil. Pela manhã, ele desaparecia, e no local
onde ele havia dormido surgia uma planta cujas raízes soltavam o mesmo aroma de
Piripiri (LENDA DA PRIPRIOCA, 2003).
A priprioca foi preservada pelas populações caboclas que, durante os
séculos de colonização portuguesa, foram substituindo as tribos que ocupavam a
bacia amazônica. Plantada em seus quintais, ralada ou raspada com a língua seca
do pirarucu, a priprioca era usada como remédio e ingrediente de banhos atrativos
(SANTOS et al, 2003).
Tradicionalmente, a priprioca é plantada em áreas de queimada de mata
secundária, onde cinzas, e em consórcio com a mandioca. A planta possui um
sistema radicular fibroso e a sua propagação se por meio de rizomas delgados,
apesar de se reproduzir por sementes, prática esta pouco recomendada. Os
tubérculos são brancos e suculentos quando jovens, variando de marrom a preto
16
além de tornarem-se fibrosos com a idade; os colmos são eretos, lisos contínuos e
triangulares na seção transversal, apresentando normalmente 30 a 43cm de altura.
Ocasionalmente alcançam 70cm de altura e muitos são encontrados até com 1m de
altura em solos férteis e úmidos (BUM et al., 2003). A Figura 1b, em apêndice
mostra o plantio de priprioca aos nove meses em latossolo amarelo, município de
Santo Antônio do Taua.
O manejo realizado, do plantio à colheita é manual envolvendo pequeno
contingente de mão-de-obra. Os tratos culturais restringem-se basicamente a
capinas que exigem a participação efetiva da mão-de-obra.
No conhecimento da anatomia dos órgãos vegetativos, observa-se que tanto
o rizoma, quanto colmo a folha, e o tecido de revestimento são formados de células
irregulares, cobertas por cutículas finas, interrompidas esporadicamente por ninhos
de fibras e os estômatos foram encontrados no colmo. No rizoma identificam-se
sub-regiões: parênquima fundamental externo (sub-epidérmico), anel de células
fibrosas (exoderme), parênquima fundamental interno e a endoderme. No colmo,
estas sub-regiões são pouco desenvolvidas (SANTOS et al., 2003).
Uma das características dessa planta está voltada à sua habilidade de
sobreviver e reproduzir tubérculos em condições adversas, crescendo
satisfatoriamente em quase todo tipo de solo, sob escala larga de altas
temperaturas, por tratar-se eminentemente de uma planta amazônica.
2.2 ÓLEOS ESSENCIAIS
2.2.1 Definições e características
O conhecimento sobre óleos essenciais de plantas data de alguns séculos
antes da era cristã. A referência histórica de obtenção e utilização desses óleos
está ligada, originariamente, aos Países orientais, com destaque para o Egito,
Pérsia, Japão, China e Índia. A evolução de conhecimentos técnicos sobre óleos
essenciais deu-se em meados do século XVIII, quando se iniciaram estudos para as
caracterizações químicas. Atualmente é grande o número de plantas conhecidas
para a produção de óleos essenciais em bases econômicas. Tal ocorrência vai
17
desde plantas rasteiras como é o caso da hortelã, até plantas de porte arbóreo,
como é o caso do eucalipto (VITTI; BRITO 2003).
Os óleos voláteis ou essenciaiso definidos pela Organização Internacional
de Padrões (ISO) como sendo os produtos obtidos de partes de plantas por
destilação, por arraste com vapor d’água ou obtidos por exprexão dos pericarpos de
frutos. São misturas complexas de substâncias voláteis, lipofílicas, geralmente
odoríferas e líquidas a temperatura ambiente. Podem também ser chamados de
óleos essenciais, óleos etéreos ou essências. Essas denominações derivam de
algumas de suas características físicas, como, por exemplo, a de terem aparência
oleosa à temperatura ambiente, advindo, daí, a denominação de óleo; entretanto,
sua principal característica é a volatilidade, diferindo-se, assim, dos óleos fixos,
misturas de substâncias lipídicas, obtidas geralmente de semente.
Outra característica importante dos óleos essenciais é o aroma agradável e
intenso, sendo, por isso, também chamados de essenciais. São solúveis em álcoois
e em solventes orgânicos comuns, como éter, recebendo por isso, a denominação
de óleo etéreo. Em água, os óleos essenciais apresentam solubilidade muito baixa,
mas suficiente para aromatizar as soluções aquosas, que são denominadas de
hidrolatos (COSTA, 1994; SIMÕES, 1999).
Os óleos essenciais, normalmente, são incolores e suas densidades
inferiores à da água, com algumas exceções. Quase sempre são dotados de
atividade óptica, com índices de refração elevados (COSTA, 1994). São princípios
imediatos de origem vegetal, próprios de vários grupos de espécies.
Caracterizam-se também por apresentarem naturalmente com variação de
constituintes, que pertencem, de forma quase exclusiva, a duas ries de classes
de compostos, caracterizadas por origens biossintéticas diferentes: a série terpênica
e a série menos freqüente, dos compostos arênicos derivados de fenilpropano
(SIMÕES, 1999).
2.2.2 Área de aplicação dos óleos essenciais
Os óleos essenciais ocupam um lugar predominante nos mercados de
farmácia, perfumaria, cosmético, nas indústrias agro-alimentícias e, mais
recentemente, na medicina alternativa, como aromaterápicos.
18
São largamente usados em muitas indústrias para conferir aromas especiais
em inúmeros produtos, tais como perfumes, cosméticos, sabonetes, condimentos,
etc. (CRAVEIRO et al., 1981; ROBLES et al., 1998). São empregados também para
mascarar odores desagradáveis em ambientes de trabalho e instalações sanitárias,
além de serem usados como insumos em diversos produtos das indústrias de
plástico, tintas, borrachas, inseticidas e outros (CRAVEIRO, 1981; CAVICCHIOLI,
1986).
Muitos desses óleos fornecem compostos de partida para a síntese de outras
substâncias úteis nas indústrias farmacêuticas e de transformação (DISTASI, 1996).
Outros componentes têm propriedades farmacológicas e são usados como
analgésicos (KOLLMANNSBERGER, 1993; KOROLKOVAS et al, 1998; SILVA,
1926); bactericidas (ROBLES et al., 1998), sedativos, expectorantes reumáticos
(SUGAWARA et al., 1998); e estomáticos na composição de diversos
medicamentos.
Além dos óleos essenciais obtidos de plantas (fitogênicos), produtos
sintéticos são encontrados no mercado. Esses óleos sintéticos podem ser imitações
dos naturais, porém de constituição limitada em relação à diversidade de compostos
nos naturais. Por isso, em alguns setores, como, por exemplo, na indústria
cosmética, uma preferência pelo produto natural, pois o sintético não confere as
mesmas propriedades do natural, principalmente no que se refere ao aroma. Para o
uso farmacêutico, somente os naturais são sugeridos pelas farmacopéias, exceto
aqueles que contêm vanilina; nesses casos, algumas farmacopéias sugerem
também os equivalentes sintéticos (COSTA, 1994; SIMÕES, 1999).
2.2.3. Método de extração de óleo essencial
Os métodos de extração variam conforme a localização do óleo essencial na
planta e com a finalidade de utilização deste.
2.2.3.1. Enfloração
Este método foi muito utilizado, mas atualmente é empregado apenas por
algumas indústrias de perfumaria. É principalmente aplicado em algumas plantas
19
com baixo teor de óleo, mas de alto valor comercial. É empregado para extrair o
óleo essencial de pétalas de flores; as talas são depositadas, a temperatura
ambiente, sobre uma camada de gordura, durante certo tempo. Em seguida, as
pétalas esgotadas são substituídas por novas até a saturação total, quando a
gordura é tratada com álcool. Para se obter o óleo essencial, o álcool é destilado a
baixa temperatura e o produto é assim obtido (SIMÕES, 1999),
2.2.3.2. Prensagem
Normalmente esse método é empregado para a extração dos óleos
essenciais de frutos cítricos. Os pericarpos desses frutos são prensados e a
camada que contém o óleo essencial é, então, separada. Posteriormente, o óleo
essencial é separado da emulsão formada com a água por decantação,
centrifugação ou destilação fracionada (SIMÕES, 1999).
2.2.3.3. Extração com solventes orgânicos
Os óleos essenciais podem ser extraídos com solvente (éter, éter de petróleo
ou diclorometano). Porém, outros compostos lipofílicos são também extraídos, além
do óleo essencial. Por isso, os produtos obtidos assim raramente possuem valor
comercial (SIMÕES, 1999).
2.2.3.4 Extração por fluído supercrítico
Atualmente é um dos métodos de opção para a extração industrial de óleo
essencial, pois permite recuperar os aromas naturais de vários tipos, não somente
óleo essencial, de modo bastante eficiente. Nenhum traço de solvente permanece
no produto obtido, tornando-o mais puro que aqueles obtidos por outros métodos.
Para tal extração, o CO
2
é primeiramente liqüefeito por compressão e, em seguida,
aquecido a uma temperatura superior a 31 ºC. Nessa temperatura, o CO
2
atinge um
quarto estado, no qual sua viscosidade é análoga a de um s, mas sua
capacidade de dissolução é elevada com a de um líquido. Uma vez efetuada a
extração, faz-se o CO
2
retornar ao estado gasoso, resultando na sua total
eliminação (SIMÕES, 1999; FUH, 1996; FAJARDO et al., 1997).
20
2.2.3.5. Arraste por vapor d’água
Na indústria de óleos essenciais existem três tipos de extrações distintas de
arraste por vapor d’água. Essa distinção é feita pela forma na qual se estabelece o
contato entre a amostra e a água, na fase líquida ou de vapor. A primeira é
chamada de hidrodestilação, onde a amostra fica imersa na água contida numa
caldeira. Na segunda, chamada de destilação pela água e vapor, a amostra
permanece contida em um recipiente logo acima da água da caldeira, ficando assim
separada da água. Na terceira, chamada propriamente de destilação pelo vapor de
água, a amostra é mantida em um recipiente separado e o vapor de água que flui
provém de um gerador próprio independente (COSTA, 1994; SIMÕES, 1999;
FAJARDO et al., 1997). A Figura 4b, em apêndice, mostra inicialmente o corte e em
seguida a extração de óleo, através deste processo.
A indústria utiliza, preferencialmente, a extração por vapor d’água por ser
reduzido o contato da amostra com a água. Em relação aos métodos anteriores,
arraste por vapor d’água, é menos acentuada a hidrólise dos ésteres, a oxidação de
componentes voláteis e a polimerização de outros constituintes, em particular dos
aldeídos (FUH, 1996; FAJARDO et al., 1997). A água residual desses métodos de
extração é chamada de hidrolata, que normalmente é rica em compostos do óleo
essencial solubilizado.
2.2.4 Classificação dos óleos essenciais
Os óleos essenciais podem ser classificados com base em diferentes
critérios: consistência (viscosidade), origem e natureza química dos componentes
majoritários (BRAGA, 2002).
De acordo com a sua consistência, os óleos essenciais classificam-se em
essenciais fluidos, bálsamos e óleo-resina. A essência fluida é líquida volátil à
temperatura ambiente. Os bálsamos são de consistência mais espessos, pouco,
voláteis e propensos a sofrer reações de polimerização, São exemplos: o bálsamo
de copaíba e o bálsamo de peru. Os óleos-resinas têm o aroma das plantas em
forma concentrada e são tipicamente líquidos muito viscosos ou substâncias semi-
sólidas (GUENTHER, 1972).
21
2.2.5 Importância econômica e industrial dos óleos essenciais.
Os óleos essenciais são usados para conferir aroma e odores especiais a
diversos produtos alimentícios e de perfumaria. É grande o seu uso como
medicamento analgésico, anti-séptico, sedativo, expectorante, estimulante,
estomáquico, etc. (CRAVEIRO et al., 1981).
Os países em desenvolvimento têm sido as principais fontes de óleos brutos,
devido à política de diversificação da produção, no sentido de diminuir as
importações e incrementar as exportações, procurando equilibrar a balança
comercial (VERLET, 1993). A produção mundial de óleos essenciais está em torno
de 45.000t, avaliadas em US$ 700 milhões. Estima-se que a produção brasileira de
óleos essenciais corresponda a 13,15% da produção mundial.
O setor industrial experimentou substancial expansão, em escala mundial, na
área de flavorizantes. Todos os dados disponíveis indicam aumento regular no
mercado de produtos naturais. Entre 1987 e 1990, o crescimento anual do mercado
de substâncias para perfumaria foi estimado em 6%; o de aromatizantes de
alimentos, em 8,5%; e o de óleos essenciais, em 7,5% (VERLET, 1992).
No Brasil, o setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos é avaliado em
US$ 6,339 bilhões, responde por 4% do consumo global desses produtos e coloca o
país como o maior mercado mundial (UNICAMP-IE-NEIT, 2002). Além disso, a
indústria brasileira de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos apresentou um
crescimento médio deflacionado composto de 8,2% de 2000 a 2004, tendo passado
de um faturamento líquido de R$ 7,5 bilhões em 2000 para R$ 13,1 bilhões em
2004 (ABIHPEC, 2005). Em 2004, o segmento de higiene pessoal foi responsável
por 70% do faturamento do setor no Brasil, seguido pelo de cosméticos – 17%, e de
perfumaria – 13% (ABIHPEC, 2005).
De acordo com dados do TradeMap ITC 2006, em 2004 o valor mundial de
exportação é estimado em US$ 1,5 bilhões. O Brasil se posiciona como o maior
exportador, com aproximadamente US$ 98,5 milhões, depois dos EUA, França e
Reino Unido. Vale ressaltar nesta análise o valor unitário/tonelada exportado por
esses países. Enquanto o valor unitário médio dos produtos comercializados pelo
Brasil é de US$ 1.340/ton, os valores dos três primeiros exportadores, referente à
tonelada são US$ 8.337 US$ 33.038 e US$ 16.536 respectivamente. De maneira
22
geral, os produtos exportados pelo país são caracterizados por grande volume,
baixo preço de mercado e com pouco valor agregado.
O Brasil ocupa a 1 colocação quanto à importação, importando 2.761 mil
toneladas, que representam aproximadamente US$ 42 milhões em 2004, ou seja,
foram pagos US$ 15.235 por tonelada de produto. A importação brasileira se
caracteriza pela compra de óleos essenciais de várias origens e de vários níveis de
processamento (muitas vezes importando em operações entre filiais de grandes
empresas multinacionais) (VERLET, 1992).
O maior problema no desenvolvimento das indústrias produtoras de óleo é a
grande concorrência com os similares sintéticos. Um dos desafios à expansão de
culturas produtoras de óleos essenciais é desenvolver ou procurar linhagens
genéticas com características agronômicas satisfatórias e desejável composição
química. A valorização dos óleos essenciais no mercado internacional tem
flutuações de grande amplitude. O preço no mercado age como termômetro do
planejamento da produção de pequenos e grandes empreendedores agrícolas.
Em função dessa oscilação de mercado, vários países da Europa criaram
institutos de normalização, apoiando produtores, distribuidores e consumidores na
elaboração e atualização de normas que resultaram em documentos ou
especificações técnicas (SIMON, 1993).
2.3 IMPORTÂNCIA DE PLANTAS AROMÁTICAS E MEDICINAIS
O uso de plantas aromáticas pelo ser humano é tão antigo quanto à origem
das civilizações, sendo encontrado em todas as populações, em todos os grupos
étnicos conhecidos. No início dos tempos, a fitoterapia representava a principal
forma terapêutica conhecida. A partir dela foram descobertos diversos
medicamentos usados na medicina tradicional (MARTINS et al., 1994).
Com base na evolução histórica do uso de plantas medicinais e aromáticas, a
Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1978, passa a reconhecer a fitoterapia
como alternativa de eficácia comprovada (VIEIRA, 1992). Iniciam-se então
programas nacionais em instituições, visando à pesquisa e o desenvolvimento na
área de plantas aromáticas e medicinais. De acordo com a OMS, 80% da população
mundial fazem uso de alguma planta aromática ou medicinal, dos quais 30% são
por indicação médica.
23
Devido ao crescente interesse da população por terapia alternativa e
produtos naturais, atualmente o mercado de plantas aromáticas e medicinais vem
crescendo de forma expressiva em todo o mundo.
O mercado mundial de fitoterápicos está avaliado em US$ 12,4 bilhões, o
que representa 5% do mercado internacional de produtos farmacéuticos. Deste
montante, US$ 355 milhões são gerados por medicamentos a partir de espécies
vegetais brasileiras. Avaliando a situação desse mercado extremamente promissor,
verifica-se que os processos de extração de substâncias terapêuticas de plantas
medicinais e aromáticas brasileiras vêm sendo patenteados por empresas
estrangeiras. enormes interesses por parte de grandes empresas multinacionais
neste setor da indústria, uma vez que elas estão capacitadas tecnologicamente
para a nova tendência do mercado (ACADEMIAS BRASILEIRAS DE CIÊNCIA,
1998).
Mais recentemente, o estudo de plantas aromáticas e medicinais está sendo
abordado também sob o enfoque agrícola, servindo como alternativa de produção
para pequenos e médios produtores.
É notória a necessidade de a indústria nacional investir em pesquisa e
desenvolvimento, principalmente na área de pré-processamento e armazenamento,
para alcançar os padrões de qualidade exigidos pelo mercado internacional. A área
de pré-processamento e armazenamento de plantas aromáticas e medicinais é a
mais deficiente em informações científicas, dentro do trabalho multidisciplinar
envolvendo plantas aromáticas (MING, 1999).
2.4 PERSPECTIVAS DE CRESCIMENTO DA INDÚSTRIA DE PERFUMARIA NO
ESTADO DO PARÁ
A indústria de cosméticos é composta de quatro segmentos principais:
perfumes, produtos para cabelos, maquiagem, e cosméticos dermatológicos,
corporais ou faciais, incluindo os bronzeadores. O uso de extratos e óleos
essenciais na indústria de cosméticos e, em particular, no ramo de perfumes,
remonta à antigüidade. O óleo essencial encontra-se em diversas partes das
plantas, principalmente nas folhas e flores, em estruturas especializadas, como os
pêlos glandulares e bolsas secretoras (CRAVEIRO et al., 1981). Dentre a vasta
24
gama de plantas portadoras de óleos essenciais, destacam-se: alecrim
(Rosmarinus officinalis L.), anis (Pimpinella anisum L), camomila (Matricaria
chanomila L), carqueja (Baccharis trimeral Less, DC), erva cidreira (Melissa
officinalis L), eucalipto (Eucalyptus sp.), boldo (Plectanthus barbatus Andrews),
funcho (Foeniculum vulgare Mill), losna (Artemísia abdinthium L), poejo (Mental
pulequim L), rosa (Rosa gallica L), salsa (Petroselium crispem) (Mill) Nyman e
cravo-da-índia (Eugenia caryophyllata Thunb) (CRAVEIRO et al., 1981).
Nacionalmente, grandes médias e pequenas empresas comercializam
cosméticos com base natural. Essas empresas estão incorporando a tendência
internacional de uso dos óleos essenciais.
A indústria nacional de cosméticos está contribuindo para que uma idéia
muito difundida na Amazônia seja revista: a de que os produtores não ganham nada
mantendo a floresta em pé. A revisão acompanha a expansão das linhas de
produtos de beleza feitos à base de ervas amazônicas e beneficia comunidades na
região. No Pará, por exemplo, já é possível observar a formação de uma cadeia de
aproveitamento da biodiversidade, com empresas atuando como fornecedoras de
insumos ou como fabricantes de produtos acabados de alta qualidade.
O cheiro do Pará está conquistando o mercado nacional e pode, em pouco
tempo, conquistar o mercado internacional (SILVA, 2000b). Para Zache (2000),
vários cremes e loções com frutas e plantas típicas da floresta amazônica como
açaí, copaíba, cupuaçu, guaraná, etc., estão enriquecendo sabonetes, cremes e
loções da indústria de cosméticos. Segundo os fabricantes isto se deve ao anseio
das pessoas em consumir produtos naturais, visto que o mundo está voltado para a
exploração da biodiversidade da Amazônia.
O sucesso da Agroindústria no Estado do Pará vai depender de políticas
macroeconômicas que impliquem na isenção total de imposto sobre circulação de
mercadorias para as agroindústrias. Com isso o Estado deixará de ser apenas um
fornecedor de matéria prima.
2.5 ACIDEZ DOS SOLOS TROPICAIS E CALAGEM
A acidez do solo constitui um dos problemas mais importantes para a
agricultura de vastas regiões tropicais e subtropicais (MELLO, 1983). A maioria dos
solos do Brasil é ácida. A acidez dos solos promove o aparecimento de toxidez de
25
alumínio e manganês afetando negativamente a disponibilidade de vários nutrientes
para as plantas, prejudicando seriamente os rendimentos da maioria das culturas.
Portanto, a correção da acidez dos solos através da calagem é fundamental para
uma agropecuária de alta produtividade (VOLKWEISS, 1989).
Nos trópicos uma predominância de solos de carga variável, latossolos e
solos podzólicos, normalmente ácidos (SIQUEIRA et al., 1986). O solo será tanto
mais ácido quanto menos da capacidade de troca de cátions for ocupada por
cátions básicos, tais como cálcio, magnésio, potássio e sódio. A acidificação do solo
consiste, portanto, na remoção desses cátions do complexo de troca catiônica,
substituindo-se por alumínio trocável e hidrogênio não dissociado.
Os solos podem ser naturalmente ácidos, ou podem ter sua acidez
aumentada, por erosão, extração de cátions básicos pelas culturas e,
principalmente, por lixiviação (RAIJ, 1989). Além desses motivos citados que
elevam a acidez, a aplicação de fertilizantes, principalmente os nitrogenados, como
o nitrato e o sulfato de amônio, causam acidificação equivalente à necessidade de
aplicação de 63 a 100kg de carbonato de cálcio para cada 100kg desses
fertilizantes, respectivamente. (VITTI; LUZ, 1997).
A maioria dos solos da Amazônia, notadamente no Estado do Pará, que cada
vez mais o utilizados com o avanço da atividade agropecuária, apresenta, em
geral, características químicas inadequadas, tais como: elevada acidez, altos teores
de alumínio trocável e deficiências de nutrientes, especialmente de Ca, Mg, P, K.
Solos dessa natureza, uma vez corrigidos quimicamente, apresentam grande
potencial agrícola, possibilitando uma agropecuária tecnificada com elevada
produtividade (FALESI et al., 1980).
Com efeito, do uso adequado de calcário percebem-se, além da correção da
acidez do solo, o estímulo à atividade microbiana, a melhoria da fixação simbiótica
de nitrogênio pelas leguminosas e, ainda, o aumento da disponibilidade da maioria
de nutrientes para as plantas (VITT; LUZ, 1997).
O principal efeito da calagem decorre da neutralização de alumínio e
manganês, fornecimento de cálcio e magnésio e aumento da disponibilidade de
nutrientes, principalmente de fósforo para as plantas (RAIJ, 1991).
Segundo Falesi et al., 1980 os solos representativos do Estado do Pará são
ácidos, com pH variando entre 4,0 e 5,5 e fertilidade natural muito baixa, em função
dos baixos teores de nutrientes essenciais às culturas. Portanto, como medidas
26
preventivas para o desenvolvimento adequado às atividades agropecuárias nesses
solos, devem ser efetuadas práticas de calagem e de fertilização dos solos a fim de
eliminar efeitos deletérios ao desenvolvimento do sistema radicular causado pelo
alumínio em excesso e elevar os teores dos nutrientes essenciais às plantas a um
nível satisfatório.
2.5.1 Matéria orgânica do solo
A matéria orgânica é indispensável para a manutenção da micro e mesovida
do solo. E não existe dúvida que a bioestrutura e toda a produtividade do solo se
baseiam na presença de matéria orgânica em decomposição ou humificada. Assim,
a matéria orgânica funciona como um condicionador de solo agregando partículas
minerais e conferindo ao solo condições favoráveis de porosidade e friabilidade.
Além disso, aumenta a retenção de água no solo e é responsável, em grande parte,
pela capacidade de troca de cátions do solo (MONDARDO, 1984).
Variações qualitativas da matéria orgânica podem ser avaliadas através do
conteúdo de carbono existente em frações obtidas através do fracionamento
granulométrico do solo, bem como em frações extraídas por compostos químicos.
Nas condições de clima quente e úmido da Amazônia Oriental, a decomposição da
matéria orgânica do solo se mais no sentido da mineralização do que da
humificação e requer quantidades elevadas de material orgânico para produzir uma
quantidade relativamente pequena de compostos húmicos (MONDARDO, 1984).
Sanches (1976) afirma que as florestas tropicais produzem cinco vezes mais
biomassa do que as florestas de clima temperado, porém, sofrem de uma
decomposição também cerca de cinco vezes mais rápida. Tendo vista a importância
da matéria orgânica e sua decomposição em solo tropical, o uso contínuo destes
solos será possível somente quando se conseguir supri-los de altas quantidades de
matéria orgânica.
Então, a matéria orgânica é de fundamental importância para manter a
produtividade e para a preservação da fertilidade do solo em equilíbrio com as
características físicas, tais como infiltração, porosidade, densidade, capacidade de
armazenamento de água, dentre outras. A matéria orgânica exerce papel
importante na formação e estabilização dos agregados do solo, pelas ligações de
27
polímeros orgânicos com a superfície inorgânica por meio de cátions polivalentes
(MONDARDO, 1984; TISDALL, 1982).
Para Muzilli (1996), o aumento do teor de carbono orgânico e seus efeitos na
agregação do solo dependem diretamente dos fatores ambientais e bióticos que
afetam a dinâmica na matéria orgânica, em que biomassas com relação C/N mais
ampla possuem maior efeito para a agregação, devido à decomposição mais lenta e
à formação de compostos orgânicos intermediários que contribuem para o solo.
A matéria orgânica desempenha uma fonte importante de nutrientes
essenciais ao bom desenvolvimento vegetal e constitui ao mesmo tempo, fator
determinante de um grande número de características físicas, químicas e biológicas
do solo. Assim sendo, a matéria orgânica contribui para a sanidade vegetal, por
produzir substâncias fungistáticas como fenóis. Além disso, a matéria orgânica
diversifica a vida do solo, o que é bastante positivo. Porém, o efeito da matéria
orgânica depende do seu manejo adequado (MUZILLI, 1996).
2.5.2 Esterco de gado
O esterco de gado é um subproduto da pecuária, largamente usado na
agricultura, com a finalidade de suprir nutrientes e melhorar as propriedades físicas
do solo. Existem diversos fatores que contribuem para a eficiência do esterco, entre
eles a alimentação e suprimento de animais, época de ajuntamento de esterco,
homogeneização com o substrato, grau de lixiviação de nutrientes pelas chuvas ou
água de irrigação e uniformidade de fermentação. É difícil, portanto, fazer
generalizações sobre o conteúdo de nutrientes no adubo orgânico de origem
animal. Os estercos envelhecidos, com meses de exposição à chuva e ao sol,
perdem a maior parte de nutrientes pela lixiviação. O armazenamento imediato após
a fermentação dos estercos nos lugares protegidos de calor e chuva é essencial
para conservar os nutrientes nele contidos (MENESES, 1993).
Em feijão-vagem (SANTOS et al., 2001) e em repolho (OLIVEIRA et al.,
2001), houve aumento na produção dessas hortaliças quando foram adubados
apenas com esterco bovino. Associando-se esterco bovino a adubos minerais
Oliveira et al., (2001a), na cultura do inhame, e Oliveira et al. (2001b), em feijão-
28
caupi, observaram que na presença da adubação mineral a elevação no rendimento
dessas hortaliças se deu com doses de esterco bovino.
2.5.3 Cama aviária
A cama aviária é um subproduto avícola que pode ser utilizado na melhoria
da fertilidade e das propriedades físicas e químicas do solo A cama aviária (fezes e
resíduos da produção de frangos de corte) deve ser seca em galpão ventilado a
temperatura ambiente (15-30ºC) e armazenadas em sacos de polietileno (20kg)
(GIANELLO; ERNANI, 1983). Vários fatores podem afetar a composição da
cama aviária, tais como tipo ou composição da ração, natureza e quantidade do
material de cobertura do piso do galpão, período de permanência das aves sobre o
material, número de aves por área, condições e período de estocagem, temperatura
ambiente e utilização de equipamentos de resfriamento, como nebulizadores e
ventiladores, entre outros (GIANELLO; ERNANI, 1983).
A cama aviária possui compostos ricos em nitrogênio, que auxiliam no
aumento da produção de algumas culturas (SCHERER, 1995; ZÁRATE et al., 1997)
e na redução de fitopatógenos que sobrevivem no solo (BLUM et al., 1999). Além
de nitrogênio (2,6-3,0%), a cama aviária possui fósforo (3,9-4,5%) e potássio (1,0-
3,0%) em níveis elevados (ERNANI, 1984; GIANELLO; ERNANI, 1983; MIELE;
1983; KOTHE et al., 1999; SCHERER, 1995). Os teores de N, P, K, Ca e Mg podem
variar ligeiramente, dependendo da origem da cama de aviário (frangos de corte ou
galinhas poedeiras) e do número de camadas de maravalha (GIANELLO; ERNANI,
1983; MIELE; 1983; SCHERER, 1995). A adição ao solo de cama aviária aumenta o
pH e diminui o teor de alumínio trocável, diminuindo os efeitos tóxicos deste íon
para as plantas (ERNANI; GIANELLO, 1983).
2.5.4 Torta de mamona
A Euforbiácea mamoneira, Figura 3b em apêndice é possivelmente a única
oleaginosa que possui óleo glicídico com o álcool propanotriol. Possui entre 35 a
55% de óleo nas sementes (HEMERLY, 1981) que variam de 0,1 a 10g/ unidade de
massa (AZEVEDO et al., 1997), sendo o resíduo de extração de óleo, a torta, que
29
pode ter diversos usos, desde fontes de alimento protéico para animais
monogástricos e poligástricos, além de servir de fonte de aminoácido para os mais
variados fins nutricionais (MIRANDA, 1957; PERRONE et al., 1966 e BOSE et al.,
1988) depois de desintoxicada, à adubação. Com no máximo 70% de matéria
orgânica e mínima de 5% de nitrogênio (POTAFOS, 1998), se constitui em um
excelente fertilizante orgânico, possibilitando as inúmeras funções da matéria
orgânica no solo.
A adição de torta de mamona no solo, com dosagens variando de acordo
com a cultura e tipo de solo e da riqueza ou não de nutrientes, além de suprir as
necessidades nutricionais das plantas, aumenta o pH do solo, reduz a acidez total,
eleva o conteúdo de carbono e promove a melhoria geral na parte física do solo,
reduzindo os nematódios (LEAR, 1959), e elevando o poder tampão e a capacidade
de troca de cátions do solo (PRIMAVESI, 1980). Outro efeito importante segundo
Kiehi (1979), além de reduzir a densidade aparente do ambiente edáfico em todos
os tipos de solos, o que interfere positivamente no crescimento e no
desenvolvimento radicular, a melhor porosidade, com rápida renovação do oxigênio.
A torta de mamona como condicionante do solo e melhoradora da estrutura do
mesmo, ou seja, da bioestrutura, é melhor do que as demais tortas, devido à
riqueza em fibras (ASSIS et al., 1962).
30
3.0 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 MATERIAL
3.1.1. Área de estudo
O solo utilizado no experimento foi coletado na comunidade de Campo Limpo
(-48.10’. 22,95” S e 01.02’. 53,64” N), distante 18km da sede do Município de Santo
Antônio do Tauá, na PA 140, km 29, ramal Bom Jesus. A Figura 1 ilustra um mapa
de localização do município de Santo Antônio do Taua. Com 20 famílias de
pequenos produtores os quais desempenham a agricultura de subsistência no
regime de economia familiar. Seus principais produtos são: mandioca, feijão e
priprioca (FALESI et al., 1980).
Atualmente esta comunidade é considerada a maior produtora da cultura da
priprioca do Nordeste paraense integrante da região metropolitana de Belém,
Estado do Pará. A sede municipal apresenta as seguintes coordenadas geográficas:
01º09’06’ e 48o 08’00’W Gr sendo a região mais afetada pela prática de uso da
terra: agricultura, pecuária, e extração madeireira, principalmente em relação a sua
vegetação (GAMA, 1998).
O clima é megatérmico úmido. Sob influência da baixa latitude, a temperatura
mantém-se elevada em todos os meses do ano, com dia anual em torno de 25º
C, sendo seus valores mensais entre 24ºC e 26ºC (GAMA, 1998).
O solo possui um revestimento florístico heterogêneo em número de
espécies e estádio de desenvolvimento, com a presença de capoeira e capoeirão.
Ocorre também a “macega”, que é o ultimo grau de degradação da mata primitiva,
bem como a mata primária, onde foram retiradas as espécies de maior valor
econômico (FALESI et al., 1980).
31
Figura 1. Mapa de localização do Município de Santo Antônio do Taua (Fonte:
IBGE, 2000).
3.2.MÉTODOS
3.2.1 Coleta e classificação do Solo
Foram coletadas amostras da camada arável (0-20cm) do solo classificado
como Latossolo Amarelo textura média distrófica (EMBRAPA, 1997), em um único
ponto da propriedade, em área de capoeira que havia sido queimada mais de
dois anos. O solo, após secagem ao ar, foi homogeneizado e passado em peneira
de malha de 4mm; os resíduos de raízes foram removidos e em seguida foi
triturado, novamente peneirado em malha de 2mm de diâmetro e encaminhado ao
laboratório para as análises físicas e químicas.
A análise física foi realizada no laboratório de solos da UFRA, enquanto que
as análises químicas foram feitas no laboratório da EMBRAPA-Amazônia Oriental,
Belém, seguindo metodologia descrita em EMBRAPA, (1997). Os resultados estão
contidos na Tabela 1.
32
3.2.2 Tratamentos e delineamento experimental
Os tratamentos, em número de 24, foram inteiramente casualizados em um
arranjo fatorial 3x4x2, com três fontes de adubo orgânico, quatro diferentes doses
de adubação orgânica, com e sem calcário, com quatro repetições, perfazendo um
total de 96 unidades experimentais.
As fontes orgânicas usadas foram: torta de mamona, nas doses de 0, 100,
150 e 200g; esterco de gado e cama aviária, em doses para manter o mesmo
conteúdo de N, das doses estabelecidas para a torta de mamona.
As dosagens de calcário foram aplicadas em função dos resultados da
análise de solo (EMBRAPA, 1997). A quantidade de corretivo foi calculada para
elevar a saturação de bases a 100%, usando uma mistura de CaCo
3
e MgCo
3
100%
de PRNT, na relação 3:1. A dosagem aplicada foi na base de 2,5t/ha, o que
corresponde a 6,5g por vaso.
33
Tabela 1. Tratamentos, fontes e doses dos adubos orgânicos aplicados no
experimento.
Tratamentos Fonte orgânica Dose/vaso (g) Calagem
0
1
2
3
0
1
2
3
0
1
2
3
0
1
2
3
0
1
2
3
0
1
2
3
TM
TM
TM
TM
EG
EG
EG
EG
CA
CA
CA
CA
TM
TM
TM
TM
EG
EG
EG
EG
CA
CA
CA
CA
0
100
150
200
0
280
420
560
0
220
330
440
0
100
150
200
0
280
420
560
0
220
330
440
C/C
C/C
C/C
C/C
C/C
C/C
C/C
C/C
C/C
C/C
C/C
C/C
S/C
S/C
S/C
S/C
S/C
S/C
S/C
S/C
S/C
S/C
S/C
S/C
S/C: sem calcário-C/C: com calcário- TM: torta de mamona-EG: esterco de gado-
CA: cama aviária.
34
Tabela 2 Teores de N (g), P
2
O
5
(g), K
2
O (g), Ca (g) e S (g) nos adubos orgânicos,
torta de mamona (TM), esterco de gado (EG) e cama aviária (CA).
Adubo Quantidade Teores (g)
N P
2
O
5
K
2
O Ca S
TM 100 5,18 1,26 1,10 0,028 0,37
TM 150 7,77 1,89 1,65 0,042 0,56
TM 200 10,36 2,52 2,20 0,056 0,74
EG 280 5,18 3,25 1,82 0,073 0,56
EG 420 7,77 4,87 2,73 0,109 0,84
EG 560 10,36 6,50 3,64 0,146 1,12
CA 220 5,18 4,25 5,39 0,057 0,11
CA 330 7,77 6,37 8,08 0,086 0,16
CA 440 10,36 8,49 10,78 0,114 0,22
3.2.3 Cálculo e avaliação química das dosagens dos adubos orgânicos
utilizados.
Levou-se em consideração para o cálculo das doses dos adubos utilizados
neste experimento, as recomendações da torta de mamona na cultura da pimenta
do reino.
Normalmente usa-se 2,0kg de torta de mamona na cultura da pimenta do
reino, em covas de 40x40x40cm, totalizando 64,0dm
3
. Relacionando com a
capacidade do vaso utilizado que é de 5,0L, ou seja, 5,0dm
3
, obtem-se o peso de
0,156kg, ou seja, 156,0g. Assim foi utilizado, 150g inteiros e considera uma margem
para cima e pra baixo de 50g e ainda a exclusão como testemunha, estabelecendo-
se as doses de 0, 100, 150 e 200g/vaso, conforme Tabela 3.
Analisando a Tabela 3, observa-se as concentrações médias de N em torta
de mamona, esterco de gado e cama aviária, como 5,18; 1,85 e 2,35%,
respectivamente. Relacionando 100g de TM para as doses de 5,18g de N. para as
doses de 150 e 200g, obtem-se 7,77g N e 10,36g de N, da mesma forma em 100g
de EG, tem-se 1,85g de N. Para obter também 5,18g de N, necessita-se de 280g de
EG. Com o mesmo raciocínio ficariam 0, 280, 420 e 560g de esterco de gado a
serem utilizado no experimento. Da mesma maneira procedeu-se para cama
aviária, estabelecendo-se as doses 220, 43, 330,64 e 440,86g conforme consta na
Tabela 3.
35
3.2.4. Avaliação química dos adubos utilizados
Nas avaliações químicas da torta de mamona, esterco de gado e cama
aviária foram realizadas as análises matéria orgânica total, carbono orgânico,
relação C/N, alem dos macronutrientes essenciais (nitrogênio, fósforo, potássio,
cálcio, magnésio e enxofre) conforme metodologia descrita pelo Ministério de
Agricultura, (1988). Os resultados estão descritos na Tabela 3.
Tabela 3. Resultados analíticos médios de composição química das amostras de
torta de mamona (TM); esterco de gado (EG) e cama aviária (CA), utilizados como
fertilizantes no experimento (Laboratório do Ministério da Agricultura, Belém, 2004).
N
(%)
P
2
O
5
(%)
K
2
O
(%)
Ca
(%)
S
(%)
M.OTOTAL
(%)
pH C/N
(%)
TM 5,18 1,26 1,10 0,028 0,37 74,07 5,81 7,94
EG 1,85 1,16 0,65 0,026 0,20 73,16 7,16 21,97
CA 2,35 1,93 2,45 0,026 0,05 73,65 7,37 17,41
3.2.5. Instalação e manejo do experimento
O experimento foi instalado em casa de vegetação do Laboratório de Solo,
da UFRA, no período de agosto de 2004 à fevereiro de 2005, utilizando-se vasos de
5 litros, contendo 7,5kg de solo (Figura 2).
36
Figura 2. À esquerda, fase inicial e à direita fase final de desenvolvimento da cultura
da priprioca (Cyperus artriculatus L.) em casa de vegetação UFRA-Belém, 2004.
O solo após a mistura com calcário foi incubado por um período de trinta
dias, sendo umedecido e logo após fechado, em seguida, feita amostragem para a
realização da análise química. Após esse período foi realizada a mistura com os
adubos, misturando-se bem. A priprioca foi plantada com um tubérculo por vaso
(Figura 2).
Os adubos orgânicos (esterco de gado e cama aviaria) foram adquiridos na
UFRA, e a torta de mamona foi proveniente do mercado local.
Os vasos, contendo solo, foram inicialmente saturados com água e drenados
por aproximadamente duas horas até a obtenção da capacidade de campo, sendo
pesados em seguida serem fechados. As irrigações subseqüentes do experimento
foram efetuadas por meio de pesagem diárias dos vasos, aplicando-se o volume de
água obtido pela diferença entre a pesagem atual e a anterior, para manutenção da
umidade do solo. As irrigações diárias foram feitas com água destilada.
3.2.6 Colheita, secagem e acondicionamento.
O material foi coletado, no período das 08 às 09horas, devido a maior
concentração de óleo essencial pela manhã (MARTINS et al., 1994). Após seis
meses do plantio, foram separados as raízes e tubérculos. O material vegetal foi
lavado com água de torneira e enxaguado com água destilada, e em seguida
acondicionado em sacos de papel, secado em estufa a 60
o
C até atingir o peso
constante. Após a secagem, triturado em moinho tipo Willey.
37
O secador é constituído de um diafragma regulável, o aquecimento do ar
deu-se por meio de um conjunto de resistências elétricas. O material pesado, foi em
seguida, passado em peneira de malha de 2mm, sendo finalmente armazenados
em frasco de vidro e levados à análise.
A extração dos elementos químicos foi feita por digestão com solução nitro-
perclórica 2:1. Os parâmetros de avaliação foram a produção de óleo essencial,
matéria seca da raiz e acúmulo de nutrientes.
Quando da análise dos tecidos vegetais a determinação de N total foi feita de
acordo com o todo de Kjeldhal. Os minerais P, K, Ca, Mg, e S, presentes no
tecido vegetal, foram determinados após a digestão com solução nitro-perclórica
2:1. O P foi medido por calrimetria com molibidato de amônia em espectrômetro. K,
Ca, Mg e S no expectrômetro de absorção atômica (EMBRAPA, 1997).
Os ramos foram retirados das plantas, assim como qualquer parte de outro
vegetal ou material estranho. Após a seleção, os ramos cortados foram colocados
em sacos de papel e levados à estufa a 60ºC. Durante a secagem, no momento da
determinação do teor de umidade, o produto era retirado da câmara, sendo
submetido à estufa somente quando em equilíbrio térmico com o ar ambiente. Isto
acontecia três vezes por semana. O material era retirado e pesado, até que se
observasse a estabilidade no peso, o que aconteceu em torno de oito dias, em uma
temperatura de 60ºC. Decorrido o tempo de secagem procedeu-se à trituração em
equipamentos apropriados, para em seguida serem processadas as análises
químicas.
3.2.7. Extração do óleo essencial
As análises quantitativas foram realizadas no Laboratório de Agroindústria da
Embrapa Amazônia Oriental. Na extração do óleo essencial dos rizomas foi utilizado
o método de arraste por vapor d’água utilizando o aparelho Clevenger adaptado a
um balão de fundo redondo com capacidade de 1000 mL (MING et al., 1996) Figura
5b em apêndice.
38
Em cada extração o balão foi carregado com amostra de 50g de rizoma
Figura 2b em apêndice e 500 ml de água destilada, em cada extração, O tempo de
extração variou de aproximadamente 4 horas. Depois de obtido o hidrolato (mistura
de água + óleo), procedeu-se à extração com alguns minutos em repouso. A
solução foi filtrada e mensurada a quantidade de óleo essencial contido no
recipiente. Em seguida, procedeu-se a determinação da umidade com o uso do
tolueno, onde se utilizou 70ml de tolueno para 10g de rizoma de priprioca. A Tabela
1a, em apêndice apresenta as propriedades físicas do óleo extraído do rizoma de
priprioca.
3.2.8. Análise estatística
Foram realizadas as análises de variância das médias de produção de óleo,
massa seca da raiz e de massa do rizoma em função dos tratamentos aplicados. A
diferença entre as médias foi avaliada pelo teste de Tukey a 5% de significância
utilizando o programa estatístico SAEG (Sistema para Análises Estatísticas e
Genéticas), UFV (Universidade Federal de Viçosa), Versão 2000.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 PARÂMETROS FÍSICOS, QUÍMICOS E FÍSICO-QUÍMICOS DA AMOSTRA DE
SOLO.
Na Tabela 3 encontram-se os resultados das análises dos parâmetros físicos
e químicos antes e após o período de 30 dias de incubação.
39
Comparando os resultados do solo em condições naturais com os resultados
após o período de incubação por trinta dias observa-se que a calagem elevou o pH
do solo de 5,3 para 5,67 e aumentou expressivamente o teor de Ca e Mg de 0,9
para 1,49 cmolc/dm
3
e de 0,4 para 0,93 cmolc/dm
3
respectivamente. A saturação de
bases passou de 1,41 para 2,46 cmolc/dm
3
. O teor de matéria orgânica também
teve aumento expressivo passando de 8,9 g/kg para 17,61g/kg. Este aumento do
teor de MO não reflete necessariamente a matéria orgânica contida no solo, pois
até a incubação não houve adição desta. Portanto, o aumento deve ser atribuído
possivelmente à melhor condição de pH à maior disponibilidade de nutrientes e à
multiplicação da biomassa microbiana.
Tabela 4. Resultados analíticos médios dos parâmetros físicos e químicos do solo
estudado, antes e após incubação.
Parâmetro Solos em condições
naturais
Solo após 30 dias de
incubação
pH (H2O) 5,3 5,67
40
pH (KCl) 4,16 5,16
M.O. 8,9 g/Kg 17,61 g/Kg
P 3 mg/dm³ 1,81 mg/dm³
K 0,08 cmolc/dm³ 0,023 cmolc/dm³
Ca 0,9 cmolc/dm³ 1,49 cmolc/dm³
Mg 0,4 cmolc/dm³ 0,93 cmolc/dm³
Na 0,03 cmolc/dm³ 0,03 cmolc/dm³
Al 0,3 cmolc/dm³ 0,52 cmolc/dm³
Al + H+ 2,45 cmolc/dm³ 1,42 cmolc/dm³
SB 1,417 cmolc/dm³ 2,46 cmolc/dm³
CTC a pH 7,0 3,867 mq/100cm
3
3,89 mq/100cm
3
Va 35,72%
- 63,3%
Areia grossa 90,99%
Areia fina 5,44%
Argila 2,25%
Silte 1,29%
Densidade do
solo
1,51g/cm
3
SB-soma de base/ Va-saturação de base atual /Ve saturação esperada.
4.2 ANÁLISE DE VARIÂNCIA DAS MÉDIAS ESTUDADAS NO EXPERIMENTO
A Tabela 5 contém os resultados da análise de variância das médias da
produção de massa seca da raiz, massa de rizoma e produção de óleo.
Os dados da Tabela 5 indicam que houve efeitos estatisticamente
significativos (P<0,01) dos tratamentos sobre a produção de massa seca da raiz
(MSR), massa de rizoma (MR) e de óleo da planta (PO), sendo também
significativos (P<0,01) os efeitos das interações fontes de adubo orgânico (MO) X
doses e MO X doses X calagem (CAL) na produção de massa seca da raiz (MSR),
massa de rizoma e produção de óleo.
Os dados da análise de variância demonstraram ainda que a interação MO X
CAL provocou aumentos significativos (P<0,01) na produção de rizoma e de óleo
não sendo estatisticamente significativo o efeito dessa interação somente na
produção de massa seca da raiz (MSR) da priprioca.
Tabela 5. Análise de Variância das médias de produção de óleo (PO), massa seca
da raiz (MSR) e massa do rizoma (MR) de priprioca (Cyperus articulatus L.), em
função dos tratamentos aplicados.
41
Quadrado Médio
Fonte de variação GL MSR PR PO
Adubo orgânico (MO) 2 12,76 ** 7847,84** 0,45**
Calagem 1 2,34 ** 1390,11** 0,04**
Doses 3 18,78 ** 11702,70** 0,48**
MO*CAL 2 0,02 96,46** 0,09**
MO*doses 6 4,05** 1736,24** 0,13**
MO*CAL*doses 6 0,57** 105,54** 0,03**
Resíduo 75 0,02 11,61 0,002
CV 7,29 7,29 17,94
Média geral 2,11 46,75 0,27
**Significativo a 1%.
4.3 PRODUÇÃO DE MASSA SECA DA RAIZ DA PRIPRIOCA EM FUNÇÃO DA
INTERAÇÃO TIPO E DOSE DE ADUBO ORGÂNICO.
Tabela 6. Valores médios de massa seca da raiz de priprioca, em g/vaso, em
função da interação tipo e doses de adubo orgânico.
MO DOSES
0 1 2 3
TM 0,91 ab C 2,31 b A 1,88 cb C 0,81 c C
EG 0,81 ab C 2,36 bb B 2,59 bb A 2,77b b A
CA 0,66 b D 3,05 ab C 3,46 a B 3,79 ab A
Médias seguidas das mesmas letras minúsculas na vertical e mesmas letras
maiúsculas na horizontal, não diferem entre si em nível de 5% pelo teste de Tukey.
A Figura 3 ilustra a relação os resultados entre as medidas de produção de
massa seca da raiz sob efeito dos diferentes adubos orgânicos e doses aplicadas.
42
b D
a C
a C
a C
b A
b B
a B
c B
b A
a A
b A
c C
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
TM EG CA
Massa seca da raiz (g/vaso)
0
1
2
3
Figura 3. Valores médios de massa seca da raiz de priprioca em função da
interação de tipo e dose de adubo orgânico.
Onde: 0 testemunha. 1(TM) 100g; 1(EG) 280g; 1(CA) 220g; 2(TM) 150g; 2(EG)
420g; 2(CA) 330g ; 3(TM) 200g; 3(EG) 560g e 3(CA) 440g.
Observa-se que a aplicação da torta de mamona apresentou maior produção
de massa seca da raiz, (2,31g) quando foi aplicada a dosagem 1 (100g) seguida da
dosagens 2. O esterco de gado apresentou um crescimento na produção de massa
seca da raiz à medida que se aumentaram as dosagens, porém, não apresentando
diferenças significativas, entre a doses 2 e 3 dosagens (420 e 560g), que foram as
que melhor apresentaram melhor produção.
A cama aviária apresentou comportamento semelhante ao esterco de gado,
ou seja, a produção aumentou com o aumento das dosagens. Ocorreu diferença
altamente significativa entre as dosagens usadas, sendo que, a dosagem (440g)
foi a que propiciou maior produção de massa seca da raiz.
Usando a cama aviária em doses crescentes (0-144 t ha
-1
) e em dois tipos de
solos com diferenças texturais, e com dois cultivos consecutivos de milho, Gianello
e Ernani (1983) conseguiram aumento do rendimento de matéria seca em ambos os
solos, e o crescimento da produção com o aumento de doses no solo.
4.4 PRODUÇÃO DE MASSA DE RIZOMA DE PRIPRIOCA EM FUNÇÃO DA
INTERAÇÃO TIPO E DOSES DE ADUBO ORGÂNICO.
43
Tabela 7. Valores médios de massa de rizoma de priprioca em função da interação
tipo e doses de adubo orgânico.
MO DOSES
0 1 2 3
TM 13,68 a D 49,54 b A 41,52 c B 18,45 c C
EG 12,08 a C 52,48 b B 60,40 b A 64,49 b A
CA 15,41 a D 69,17 a C 78,12 a B 85,70 a A
Médias seguidas das mesmas letras minúsculas na vertical e mesmas letras
maiúsculas na horizontal, não diferem entre si em nível de 5% pelo teste de Tukey.
A Figura 4 ilustra a relação entre a produção de massa de rizoma de
priprioca em função da interação tipo e dose de adubo orgânico.
Figura 4. Valores médios de massa de rizoma de priprioca (Cyperus articulatus L.),
em função da interação tipo e dose de adubo orgânico.
Observa-se na Figura 4, que entre as diferentes dosagens aplicadas de
adubos orgânicos, a que melhor se comportou em termos de produção de massa de
rizoma foi à dosagem 3 com a cama aviária, sendo a dosagem 3 de torta de
mamona a que apresentou menor produção. Oliveira et al., (2001), estudando a
produtividade da cultura do inhame (Dioscorea cayennensis) em função da
aplicação da adubação orgânica, verificou que a adição de esterco de aves
proporcionou uma produtividade de inhame acima da média estabelecida por
Santos (1996) em 12t/ha. Mostrando o beneficio do adubo orgânico, Matias (1989)
verificou o efeito significativo deste sobre a produtividade do inhame.
Segundo Kiehl (1985), o esterco de galinha é mais rico em nutrientes que os
de outros animais domésticos por várias razões: são mais secos, contento de 5 a
15% de água contra 65 a 85% nos demais; contém as dejeções sólidas e líquidas
44
aC
aD
aD
bA
bB
aC
cB
bA
aB
cC
bA
aA
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
TM EG CA
M
as
sa
de
riz
o
m
a
(g/
va
so
)
0
1
2
3
misturadas e provêm de aves criadas, na maior parte das vezes, com rações
concentradas. Isto pode justificar os resultados obtidos.
A aplicação da torta de mamona propiciou uma redução na produção de
rizoma à medida que se aumentaram as dosagens, quando comparadas à
testemunha. A produção de rizoma da priprioca, nas diferentes dosagens de esterco
de gado, apresentou crescimento com o acréscimo na quantidade das doses,
porém, não havendo diferenças estatísticas significativas entre as dosagens 2 e 3
(420 e 560g) que foram mais produtivas. O teor de massa seca do rizoma quando
se aplicou tanto a cama aviária quanto esterco de gado, apresentou comportamento
semelhante, ou seja, aumentou a produção de rizoma à medida que se aumentou a
dosagem, porém com diferenças estatísticas significativas entre si.
Observa-se ainda que quando se aplicou de cama aviária 440g, houve um
equilíbrio entre o N, P e K (10,36, 8,49 e 10,79g), consequentemente maiores teres
de nutriente maior disponibilidade para a planta (Tabela 2). Segundo Teixeira et al.,
(2002), encontraram os valores de concentração das características químicas da
cama aviária lastro de maravalha (resíduo de serraria) na região de Barcarena (PA),
quando comparados a outros compostos orgânicos onde os valores são: 20,57 g.kg
-1
de N; 35,50 g.kg
-1
de P
2
O
5
; 25,50 g.kg
-1
de K
2
O; 35,08 g.kg
-1
de Ca; e 4,20 g.kg
-1
de
S. Estando, portanto, de acordo com os resultados desta pesquisa a exceção de Ca
e S.
4.5 PRODUÇÃO DE MASSA DE RIZOMA DE PRIPRIOCA, EM FUNÇÃO DA
INTERAÇÃO CALAGEM X ADUBO ORGÂNICO.
Tabela 8 Valores médios de massa seca de rizoma de priprioca em função da
interação adubo orgânico e calagem.
MO Com calcário Sem calcário
TM 36,60 c A 24,99 c B
EG 50,01 b A 44,71 b B
CA 65,06 a A 59,13 a B
Médias seguidas das mesmas letras minúsculas na vertical e mesmas letras
maiúsculas na horizontal, não diferem entre si em nível de 5% pelo teste de Tukey.
45
A Figura 5 mostra a relação entre a produção de massa de rizoma de
priprioca sobre os efeitos da interação calagem x adubos orgânico.
Figura 5. Valores médios de massa seca de rizoma de priprioca (Cyperus
atriculatus L.), em função da interação de calagem x adubo orgânico.
Observando essa Figura 5 nota-se que o uso da calagem produziu melhores
resultados, para os três tipos de adubo, sendo esse efeito mais acentuado com o
uso do adubo cama aviária, que apresentou maior massa de rizoma. Quando
comparadas às três fontes de adubos orgânicos, observa-se que não houve
diferenças estatísticas significativas, isto em solo calcareado, o que se verifica
também sem a adição de calcário.
Forestieri e De Polli (1990), estudando a cultura do milho, observaram que a
calagem promoveu um aumento significativo do pH do solo de 5,0 para 5,9.
Estando, portanto, de acordo com este trabalho que com a adição de calcário
elevou-se o pH de 5,3 para 5,67.
4.6 PRODUÇÃO DE ÓLEO ESSENCIAL DE PRIPRIOCA EM FUNÇÃO DA
INTERAÇÃO TIPO E DOSE DE ADUBO ORGÂNICO.
Tabela 9 Valoresdios de produção de óleo de priprioca em função da interação
tipo e doses de adubo orgânico.
MO DOSES
0 1 2 3
46
cA
bA
aA
cB
bB
aB
0
10
20
30
40
50
60
70
TM EG CA
M
as
sa
de
riz
o
m
a
(g/
va
so
)
C/C
S/C
TM 0,08 ab C 0,29 b A 0,15 cb BC 0,11c BC
EG 0,03 b CC 0,17 cb BC 0,43 bb A 0,46 bb A
CA 0,09 ab C 0,46 ab B 0,50 a AB 0,53 ab AB
Médias seguidas das mesmas letras minúsculas na vertical e mesmas letras
maiúsculas na horizontal, não diferem entre si em nível de 5% pelo teste de Tukey.
Figura 6 ilustra graficamente a relação entre os valores médios da produção
de óleo sobre a massa seca da raiz da priprioca em função da interação com tipo e
doses x adubos utilizados.
Figura 6 Valores médios de produção de óleo de priprioca (Cyperus articulatus L.),
em função da interação tipo e dose de adubo orgânico.
Por ocasião da extração do óleo essencial de priprioca os valores
encontrados de óleo estão de acordo com a maioria das referências encontradas na
literatura, dentre esses está o trabalho de (VENSKUTONIS, 1997) e são
apresentadas na Tabela 1a em apêndice.
Quando da adição de torta de mamona nas dosagens 0 e 1 (0 e 100g)
ocorreu um acréscimo na produção de óleo da priprioca, o mesmo não acontecendo
com as dosagens 2 e 3 (150 e 200g). Na adição de esterco de gado houve aumento
com o aumento das doses, diferindo-se estatisticamente entre si, exceto nas
dosagens 2 e 3 (420 e 520g). O mesmo acontecendo quando da adição de cama
aC
bC
aC
bA
cB
aB
cB
bA
aA
cB
bA
aA
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
TM
EG
CA
Pr
od
ão
de
ól
eo
(g
/v
as
o)
0
1
2
3
47
aviária, sendo que a dosagem 3 (440g) foi a que maior produção de óleo
apresentou.
Quando comparadas às fontes de adubos orgânicos utilizados, esterco de
gado e cama aviária, provocaram um aumento na produção do óleo à medida
aumentavam as doses. O mesmo não acontecendo quando do uso de torta de
mamona (Figura 6).
4.7 PRODUÇÃO DE ÓLEO ESSENCIAL DE PRIPRIOCA EM FUNÇÃO DA
INTERAÇÃO CALAGEM X ADUBO ORGÂNICO.
Tabela 10 Valores médios de produção de óleo de priprioca em função da interação
calagem x adubo orgânico.
MO Com calcário Sem calcário
TM 0,22 b A 0,10 b B
EG 0,23 b B 0,31 a A
CA 0,44 a A 0,35 a B
Médias seguidas das mesmas letras minúsculas na vertical e mesmas letras
maiúsculas na horizontal, não diferem entre si em nível de 5% pelo teste de Tukey.
48
Figura 7 Valores médios de produção de óleo de priprioca (Cyperus articulatus L.),
em função da interação calagem x adubo orgânico.
Verifica-se nesta que quando da adição de torta de mamona e cama aviária o
calcário produziu o melhores resultados, a exceção quando se usou esterco de
gado. Com o uso de cama aviária, obteve-se a maior produção em óleo com a
adição de calcário. Quando comparados com a adição de calcário, a torta de
mamona e a cama aviária não apresentaram diferenças estatísticas significativas à
exceção de esterco de gado. O mesmo acontecendo em solo sem a adição de
calcário.
Na produção de óleo essencial, as medidas obtidas foram maiores nos
tratamentos cujo solo foi calcareado exceto em esterco de gado, entretanto, as
medidas não foram de grande magnitude; de forma é de se esperar que a espécie
tenha grande tolerância quando cultivada em solos ácidos. Esses resultados estão
de acordo com Amaral e Souza (1998), que afirma que a região amazônica possui
solos profundos, pobres e ácidos, com fortes limitações quanto à fertilidade natural.
bA
bB
aA
bB
aA
aB
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
0,4
0,45
0,5
TM
EG
CA
Pr
od
ão
de
ól
eo
(g/
va
so
)
C/C
S/C
49
4.8 ANÁLISE DE VARIÂNCIA DOS TEORES DE MACRONUTRIENTES
ESTUDADOS NO EXPERIMENTO.
A tabela 11 sintetiza os resultados da análise de variância das médias dos
teores de macronutrientes, em função dos tratamentos aplicados. Verifica-se que
houve efeitos estatisticamente significativos (P<0,01) nos tratamentos utilizados,
isoladamente ou em interação sobre os conteúdos de N, P, Ca, Mg e S no tecido da
planta, exceto adubo orgânico, calagem e MO x CAL nos teores de P.
Tabela 11. Resultados das análises de variância das médias dos teores de
nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (k), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S) em
Cyperus articulatus L. (priprioca) considerando o efeito dos tratamentos.
Fonte de variação GL N P K Ca Mg S
Adubo orgânico (MO) 2 14,88** 0,51 16,04** 0,51** 1,05** 0,89**
Calagem 1 8,59** 0,81 16,44** 1,06** 0,46** 0,20**
Doses 3 4,51** 1,10** 43,16** 0,81** 1,30** 0,20**
MO*CAL 2 7,77** 0,37 30,43** 1,58** 7,49** 0,51**
MO*Doses 6 2,82** 2,36** 22,06** 1,17** 1,38** 0,88**
MO*CAL*Doses 6 2,78** 2,03** 23,44** 2,14** 1,75** 0,25**
Resíduo 75 0,58 0,26 0,62 0,52 0,53 0,33
CV 12,79 10,17 15,55 7,49 13,36 15,16
Média geral 5,97 1,60 5,08 3,05 1,72 0,38
**Significativo a 1%
4.9. EFEITO DOS TRATAMENTOS NOS TEORES DE MACRONUTRIENTES
ENCONTRADOS NOS TECIDOS DA PRIPRIOCA.
50
4.9.1 Nitrogênio
Tabela12. Resultados do teste de Tukey das médias de nitrogênio (N), em g/kg, no
tecido vegetal de priprioca em função do tipo e dose de adubo orgânico.
MO DOSES (g/kg)
0 1 2 3
TM 5,53 ab A 5,87 b A 5,73 a A 6,03 ab A
EG 5,24 a B 5,54 bb A 5,43 ab A 5,39 bb A
CA 6,25 ab BC 8,16 ab A 5,59 ab C 6,91 ab BC
Médias seguidas das mesmas letras minúsculas na vertical e mesmas letras
maiúsculas na horizontal, não diferem significativamente entre si pelo teste de
Tukey a 5%.
Nota-se na Tabela 12, que tortas de mamona os teores médios de N não
diferiram estatisticamente, enquanto que esterco de gado a partir da testemunha,
também não diferiu estatisticamente entre si. Com o uso de cama aviária, apenas a
dosagem 1 (220g) e 3(440g) não diferenciou estatisticamente, enquanto que os
demais diferiram entre si e ainda apresentou a maior média do nutriente N na
produção de massa seca da raiz. Com relação às interações entre a adubos
orgânicos observa-se que o houve diferenças estatísticas significativas, exceto
para a cama aviária em relação à testemunha, e nas dosagens 2 e 3.
Na maioria dos adubos orgânicos, o N é o nutriente mais abundante,
apresentando-se como constituinte de moléculas orgânicas que, com o processo de
mineralização, liberam esses nutrientes em forma de minerais assimiláveis pelas
plantas. Neste sentido, Smith e Hadley (1989) relatam que parte do N presente em
adubos orgânicos resiste à rápida mineralização e torna-se disponível somente às
culturas subseqüentes; e Marchesini et al., (1988) relatam ainda, que os
incrementos de produtividade proporcionados por adubos orgânicos, embora menos
imediatos e marcantes do que os obtidos com adubos minerais apresentam maior
duração, provavelmente pela liberação mais progressivas de nutrientes e pelo
estímulo do crescimento radicular. Os mesmos autores concluíram, ainda, que o
uso de compostos não supre as plantas com quantidade considerável de
nutrientes, mas contribui para manter a fertilidade natural, o que envolve os ciclos
biológicos dos nutrientes nos solos cultivados.
51
O período de seis meses pode ter sido suficiente para ocorrer a
mineralização dos resíduos orgânicos, porque a matéria orgânica fornece o N
inorgânico, aumenta a capacidade de íons minerais e fornece água gradualmente,
na medida em que se processa a mineralização.
Resultados de pesquisas revelam que a taxa de N em resíduos de origem
animal no solo situa-se entre 13 a 67% após seis meses (RODRIGUES; CASALI,
1999). Pelos resultados de estudos realizados por Chac e Tabatabas (1986),
constatou-se que o resíduo orgânico, até o primeiro mês, mineralisou muito pouco.
A mineralização aumenta até o terceiro mês e estabiliza até o sexto mês.
Os resultados do teste de Tukey das médias de nitrogênio (N) no tecido
vegetal de priprioca (Cyperus articulatus L.) são apresentados na Tabela 13 em
função da interação adubo orgânico x calagem.
Tabela 13. Resultados do teste de Tukey das médias de teores de nitrogênio (N),
em g/kg, no tecido vegetal de priprioca na interação adubo orgânico x calagem.
MO Com calcário Sem calcário
TM 5,59 b A 5,98 a A
EG 5,70 b A 5,10 b B
CA 7,52 a A 5,93 a B
Médias seguidas das mesmas letras minúsculas na vertical e mesmas letras
maiúsculas na horizontal, não diferem significativamente (p <0,05) entre si pelo
teste de Tukey.
Na Tabela 13 quando da adição de torta de mamona o teor médio de N não
diferiu estatisticamente entre si. No entanto, com a incorporação de esterco de
gado, a adição de calcário produziu o efeito significativo, aumentando o teor de N.
Enquanto que quando do uso de cama aviária em solo com a adição de calcário,
apresentou o maior teor de N com diferenças estatísticas significativas.
Comparando o teor de adubo orgânico com os níveis de calcário, não diferiram
estatisticamente entre si.
4.9.2 Fósforo
A Tabela 14 apresenta os teores de fósforo no tecido vegetal da priprioca
(Cyperus articulatus L.), em relação à interação tipo e dose de adubo orgânico.
52
Tabela14. Resultados do teste de Tukey das médias de fósforo (P), em g/kg, no
tecido vegetal de priprioca (Cyperus articulatus L.) na interação tipo e dose de
adubo orgânico.
MO DOSES (g/kg)
0 1 2 3
TM 2,30 a A 1,45 c BC 1,41 a BC 1,22 c C
EG 1,42 b C 1,67 b BC 1,53 a BC 1,96 b A
CA 0,99 c B 2,11 a AC 0,99 b BC 2,17 a A
Médias seguidas das mesmas letras minúsculas na vertical e mesmas letras
maiúsculas na horizontal, não diferem significativamente (p <0,05) entre si pelo
teste de Tukey.
Nota-se que com a adição de torta de mamona à medida que se aumentava
o nível de dose, diminuía o teor médio de P. A dosagem 0 (testemunha) apresentou
a maior massa de P.
Quando da adição de esterco de gado os níveis de dosagens aumentaram da
dosagem 0 (testemunha) para a dosagem 1 (280g), em seguida diminui, para
aumentar novamente. Na adição de cama aviária, mostrou comportamento idêntico
ao observado com o uso do esterco de gado, apenas que na dosagem 3 (440,86)
obteve-se a maior massa de P na produção de massa seca da raiz da priprioca.
Comparando-se os diversos tipos de adubos orgânicos na dosagem 1 e 2,
não houve diferença significativa. Os teores encontrados neste trabalho são
maiores do que o teor de fósforo (0,18%) de gramíneas nativas de terra inundáveis
apresentados por (CAMARÃO et al., 1987).
4.9.3 Potássio
A Tabela 15 apresenta os teores de potássio no tecido vegetal da priprioca
(Cyperus articulatus L.), em relação à interação tipo e dose de adubo orgânico.
53
Tabela 15. Resultados do teste de tukey das médias de potássio (K), g/kg, no tecido
vegetal de priprioca (Cyperus articulatus L.) na interação tipo e dose de adubo
orgânico.
MO DOSES (g/kg)
0 1 2 3
TM 7,93 a A 4,82 b B 3,04 b C 3,50 a C
EG 7,19 a A 8,20 a A 4,49 a B 3,65 a B
CA 3,45 b B 5,70 b A 5,42 a A 3,60 a B
Médias seguidas das mesmas letras minúsculas na vertical e mesmas letras
maiúsculas na horizontal, não diferem significativamente (p <0,05) entre si pelo
teste de Tukey.
Observando a tabela 15 verifica-se que com a adição de torta de mamona, a
testemunha apresentou o maior teor de K em relação aos demais níveis de
dosagens. Esterco de gado na dosagem 1 (280g) apresentou o maior teor de K.
Ao compararmos os teores de K com o uso de torta de mamona, esterco de
gado e cama aviária nota-se que apenas na dosagem 3 não diferiram
estatisticamente entre si. Vicente-Chandler et al., 1962, estudando a fertilização
potássica em gramíneas, observaram que as mais elevadas produções das plantas
forrageiras estavam associadas à concentração de potássio de 15 a 20g Kg
-1
, na
massa seca das raízes das plantas, colhidas aos 60 dias após a emergência,
estando, (portanto em desacordo com este trabalho).
A Tabela 16 apresenta os teores de potássio no tecido vegetal da priprioca
(Cyperus articulatus L.), em relação à interação calagem x adubo orgânico.
Tabela 16. Resultados analíticos do teste de Tukey das médias de potássio (K), em
g/kg, no tecido vegetal de priprioca (Cyperus articulatus L.) na interação adubo
orgânico x calagem.
MO Com calcário Sem calcário
TM 4,43 a B 5,22 b A
EG 4,48 a B 7,28 a A
CA 5,09 a A 3,99 c B
54
Médias seguidas das mesmas letras minúsculas na vertical e mesmas letras
maiúsculas na horizontal, não diferem significativamente (p <0,05) entre si pelo
teste de Tukey.
Na interação de adubo orgânico e calagem, observa-se que cama aviária
apresenta o maior teor de K em solo com calcário. O esterco de gado, sem calcário
apresentou a maior massa de K na massa seca da raiz.
Essa falta de resposta de calcário pode ser explicada, em parte, pelo curto
período de reação, uma vez que a aplicação deu-se 30 dias antes do plantio. Por
outro lado, apesar do solo se apresentar com acidez elevada, o teor de Al trocável
era baixo, não constituindo, portanto, impedimento para o desenvolvimento das
raízes.
4.9.4 Cálcio
Os resultados da análise do teste de Tukey das médias dos teores de cálcio
na interação tipo e dose x adubo orgânico são mostrados na tabela 17.
Tabela 17. Resultados do teste de Tukey das médias de lcio (Ca), em g/kg, no
tecido vegetal de priprioca (Cyperus articulatus L.) na interação tipo e dose de
adubo orgânico.
MO DOSES (g/kg)
0 1 2 3
TM 3,54 a A 3,19 a BC 2,82 b C 2,96 a BC
EG 3,07 b BC 3,38 a AB 3,23 a ABC 2,82 a CC
CA 2,26 c CC 3,26 a AB 3,32 a AC 2,80 a BBC
55
Médias seguidas das mesmas letras minúsculas na vertical e mesmas letras
maiúsculas na horizontal, não diferem significativamente (p <0,05) entre si pelo
teste de Tukey.
Com a adição de torta de mamona nota-se um decréscimo no teor de Ca até
o nível de dosagem 2 (150g), para em seguida aumentar na dosagem 3 (200g).
Com o esterco de gado o teor desse elemento aumenta da testemunha para a
dosagem 1 (280g); enquanto que para a cama aviária o aumento foi da testemunha
para a dosagem 2 (330g) a até decrescer na dosagem 3 (440g). O melhor
desempenho foi obtido como uso de torta de mamona na dosagem 0 (testemunha)
e o pior foi com cama aviária na dosagem 0 (testemunha).
Os teores de cálcio resultam efeitos significativos, encontrados na matéria
seca da raiz, a média dos teores encontrada neste trabalho, está de acordo com os
resultados encontrados por Skerman (1977), em 390 amostras de gramíneas
tropicais, onde o teor de cálcio variou de 1,4 g.kg
-1
a 14,6 g.kg
-1
da massa seca da
raiz. Os valores de referência para análise de tecido vegetal em gramíneas
apresentado por Malavolta et al., (1997), para teores de cálcio estão entre 2,3 a 4,6
g kg
-1
, portanto, de acordo com as médias encontradas nesta pesquisa.
A Tabela 18 apresenta os teores de cálcio no tecido vegetal da priprioca
(Cyperus articulatus L.), em relação à interação calagem de adubo orgânico.
Tabela 18. Resultados do teste de Tukey das dias de lcio (Ca), g/kg no tecido
vegetal de priprioca (Cyperus articulatus L.) na interação adubo orgânico x calagem.
MO Com calcário Sem calcário
TM 3,20 ab A 3,06 a A
EG 3,03 b B 3,22 ab A
CA 3,25 ab A 2,56 bb B
Médias seguidas das mesmas letras minúsculas na vertical e mesmas letras
maiúsculas na horizontal, não diferem significativamente (p <0,05) entre si pelo
teste de Tukey.
56
Na Tabela 18 torta de mamona com adição de calcário, apresentou maio teor
de Ca em relação ao solo que não recebeu calcário, mesmo não diferindo
estatisticamente entre si. Em cama aviária o desempenho foi maior para o solo
calcareado, enquanto que sem a adição de calcário na referida fonte, o
desempenho foi o menor em relação ao teor de Ca. Ao compararmos os adubos,
nota-se que com a adição de calcário houve diferenças estatísticas significativas
para esterco de gado, o mesmo acontecendo em solo sem calcário, desta vez para
cama de aviário.
4.9.5 Magnésio
Os resultados do teste de Tukey das médias dos teores de magnésio na
interação tipo e dose de adubo orgânico são mostrados na tabela 19.
Tabela 19. Resultados do teste de Tukey das médias de magnésio (Mg), g/kg, no
tecido vegetal de priprioca (Cyperus articulatus L.) na interação tipo e dose de
adubo orgânico.
MO DOSES (g/kg)
0 1 2 3
TM 2,40 a AB 2,11 a AB 1,85 b B 1,18 bb C
EG 1,73 b B 1,78 b BB 2,13 ab AB 1,39 bb C
CA 1,04 c C 1,47 c BB 1,94 ab AB 1,67 a AB
57
Médias seguidas das mesmas letras minúsculas na vertical e mesmas letras
maiúsculas na horizontal, não diferem significativamente (p <0,05) entre si pelo
teste de Tukey.
Com a adição de torta de mamona, houve uma diminuição a medida que se
aumentava às dosagens. Testemunha apresentou o maior teor de Mg. Esterco de
gado cresceu até a dosagem 2 (420g) para em seguida decrescer. Enquanto que
cama aviária apresentou comportamento semelhante à de esterco de gado.
Comparando os adubos utilizados, dosagem 1 e 2 não houve diferenças
significativas estatisticamente. Enquanto a dosagem 3 as diferenças foram
significativas. Os teores de magnésio, de um modo geral, foram significativos nos
tratamentos (Tabela 19).
Os valores encontrados são superiores à média de concentração de
magnésio encontrados por et al (1998) em pastagem nativa de savanas mal
drenadas da ilha de Marajó (PA), que foi de 2,7g. Kg-1, e estão contidos na faixa de
variação observada por Skerman; Riveros (1982), que quando avaliaram a
concentração de magnésio na matéria seca em 280 gramíneas forrageiras,
verificaram uma variação de 0,4 g kg-1 a 9,0 g kg-1, tendo a média permanecida ao
redor de 3,6g.kg-1. Estando, portanto, em acordo com o presente trabalho de
pesquisa.
A Tabela 20 apresenta os teores de magnésio no tecido vegetal da priprioca
(Cyperus articulatus L.), em relação à interação calagem de adubo orgânico.
Tabela 20. Resultados do teste de Tukey das médias de magnésio (Mg), em g/kg
no tecido vegetal da priprioca (Cyperus articulatus L.) na interação adubo orgânico x
calagem.
MO Com calcário Sem calcário
TM 1,69 b B 2,08 a A
EG 1,28 c B 2,24 a A
CA 1,99 a A 1,06 b B
58
Médias seguidas das mesmas letras minúsculas na vertical e mesmas letras
maiúsculas na horizontal, não diferem significativamente (p <0,05) entre si pelo
teste de Tukey.
Na tabela 20, tanto para torta de mamona quanto para esterco de gado o
solo com adição de calcário, apresentou menor teor em relação ao solo que não
recebeu calcário. A cama aviária apresentou maior teor quando da adição de
calcário, o uso de esterco de gado proporcionou um maior teor de Ca. As fontes
orgânicas em solo com a adição de calcário diferiram estatisticamente entre si.
4.9.6 Enxofre
O efeito da interação de diferentes doses com relação aos adubos utilizados
é observado na tabela 21.
Tabela 21. Resultados do teste de Tukey das médias de enxofre (S), em g/kg, no
tecido vegetal de priprioca (Cyperus articulatus L.) na interação tipo e dose de
adubo orgânico.
MO DOSES (g/kg)
0 1 2 3
TM 0,37 b AB 0,36 b AB 0,25 b B 0,31 b AB
EG 0,51 a AB 0,57 a AB 0,40 a B 0,14 c CB
CA 0,34 b BB 0,56 a AB 0,38 a B 0,39 a BB
59
Médias seguidas das mesmas letras minúsculas na vertical e mesmas letras
maiúsculas na horizontal, não diferem significativamente (p <0,05) entre si pelo
teste de Tukey.
Na adição de torta de mamona houve um decréscimo do teor de S até o nível
de dosagem 2 (150g), para em seguida aumentar, não diferindo estatisticamente. O
mesmo acontecendo com esterco de gado a partir da dose 1 (280g). A Cama
aviária apresentou efeito idêntico proporcionando aumento do teor de S da
testemunha para a dose1 (220g); em seguida diminuindo para novamente
aumentar. Esterco de gado na dosagem 1 (280g), apresentou o melhor
desempenho em relação ao enxofre na produção de massa seca da raiz.
Os teores de enxofre revelaram variações significativas entre os tratamentos,
estando grandes partes destes valores abaixo da faixa de deficiência (0,2 a 0,4%)
do nutriente, apresentado por Malavolta et al (1997). Segundo Fageria (1984), em
solos alagados, acontece à transformação anaeróbica do enxofre, resultando o H
2
S,
produto da redução do SO
4
-2
. Depois de formado, o H
2
S pode reagir com os metais
pesados, produzindo sulfetos insolúveis (principalmente FeS), que precipitam,
diminuindo a disponibilidade de enxofre no solo e como resultado, a planta
apresentará deficiência desse nutriente.
A Tabela 22 apresenta os teores de enxofre no tecido vegetal da priprioca
(Cyperus articulatus L.), em relação à interação calagem x adubo orgânico.
Tabela 22. Resultados do teste de Tukey das médias de enxofre (S), em g/kg, no
tecido vegetal de priprioca (Cyperus articulatus L.) na interação adubo orgânico x
calagem.
MO Com calcário Sem calcário
TM 0,32 b A 0,32 b A
EG 0,35 b B 0,46 a A
CA 0,61 a A 0,23 c B
Médias seguidas das mesmas letras minúsculas na vertical e mesmas letras
maiúsculas na horizontal, não diferem significativamente (p <0,05) entre si pelo
teste de Tukey.
60
Na tabela 22, observa-se que na interação do adubo orgânico com a
calagem, a adição de torta de mamona, não produziu um efeito estatístico
significativos, em solo com ou sem a adição de calcário. Enquanto esterco de gado
quanto da adição de calcário apresentou o menor teor, com relação ao solo que
recebeu calcário. Cama aviária, o solo que recebeu calcário, produziu o maior teor,
ficando neste caso, a maior massa de S em solo com a adição de calcário,
diferindo, portanto, do mesmo solo sem a prática da calagem.
Na comparação com os adubos utilizados, com a adição de calcário não
houve diferenças estatísticas, exceto para cama aviária. Enquanto que sem a
adição de calcário, houve diferenças estatísticas significativas.
5. CONCLUSÕES
Com base nos resultados obtidos nesta pesquisa, chegou-se as seguintes
conclusões:
A produção de massa seca da raiz da priprioca foi maior quando da adição
de cama aviária na dosagem 3(440g).
A produção de massa seca do rizoma apresentou-se maior com a adição de
cama aviária, na maior dosagem (440g) e em solo com calcário.
61
A maior produção de óleo essencial ocorreu quando se aplicou as dosagens
2(330g) e 3 (440g) de cama aviária e em solo com a adição de calcário.
No tecido vegetal de priprioca, o teor de N, apresentou o maior teor em cama
aviária e com a adição de calcário.
P, Ca e Mg apresentaram os maiores teores na interação tipo e dose x
adubo orgânico, quando da adição de torta de mamona.
Ca e S com a adição de calcário, apresentaram maiores teores médios no
tecido vegetal.
S e K apresentaram os maiores valores médios, quando da adição de
esterco de gado.
6.0 CONSIDERAÇÕES GERAIS
A priprioca apresenta potencial agrícola para assumir papel relevante na
economia da região. A expansão da área em monocultivo ou em consórcio, de
maneiras racionais, sustentáveis e econômicas pode representar não somente uma
alternativa para a recuperação das extensas áreas alteradas encontradas na região
nordeste do Estado do Pará, como também para aumentar a competitividade dos
pequenos produtores descapitalizados.
A priprioca atende às exigências ecológicas de preservação do meio
ambiente por ser uma cultura e é sem dúvida uma alternativa economicamente
viável, ecologicamente sustentável e socialmente justa, tendo uma perspectiva de
62
mercado altamente promissora. Sua alta produtividade e seu elevado teor de óleo
essencial são mais que vantajosos para o pequeno produtor levando-se em conta
também o atraente preço do produto no mercado internacional.
Portanto, o cultivo de priprioca constitui-se um sistema de produção
alternativo e de sustentabilidade garantida, servindo para o aproveitamento de
extensas áreas alteradas graças à sua tolerância à acidez dos solos do Estado do
Pará, diminuindo assim a demanda pela abertura de novas áreas; propiciando a
obtenção de um produto pré-beneficiado que agrega valor à matéria-prima através
da agroindustrialização, fixando o homem ao campo e oferecendo-lhe oportunidade
de melhorar sua renda líquida, podendo vir a colocar cada vez mais, o Estado do
Pará, na supremacia da exportação de óleo essencial de priprioca.
6.1 FATORES RESTRITIVOS
Falta de infra-estrutura necessária à consolidação sócio-econômica da cultura.
Melhorar a competitividade e participação do mercado Paraense, com amplas
reformas da estrutura tributária e efetiva melhoria do sistema logístico.
6.2 FATORES IMPULSIONANTES
É um produto exportável podendo contribuir para o equilíbrio da balança comercial
Paraense;
Condições ambientais favoráveis, tanto de clima quanto de solo, por uma cultura
pouco exigente, podendo ser implantada em áreas alteradas;
Comportamento favorável das plantas existentes, que apresentam um bom vigor
vegetativo grande produção de biomassa subterrânea e bom rendimento de óleo
essencial;
Opção de diversificação na propriedade no momento em que se buscam
alternativas novas para exploração agrícola com a diversificação de cultivos nas
propriedades, podendo fazer parte dos sistemas agroflorestais (Pereira et al., 1998);
Aspecto social relevante, servindo como inclusão social do homem ao campo,
podendo ser explorada em regime de mão-de-obra estritamente familiar.
63
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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PERFUMARIA E COSMÉTICOS. Apresenta o setor. Disponível em: <http:
//www.intracen.org/mas/>. Acesso em: 18 set. 2005
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acreano: o caso do PED/MMA Município de Senador Guiomard. Rio Branco:
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64
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Agronômicas, Ministério da Agricultura, Boletim 15, p. 137-208. 1958.
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pinus e da cama de aviário na incidência de tombamento (Phytophthora capsici) em
mudas de cucurbitáceas e pimentão. Fitopatologia Brasileira, Brasília, v. 24, p.
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74
APÊNDICE
Tabela 1a. Propriedades físicas do óleo essencial extraído do rizoma da Cyperus
articulatus.
TRATAMENTOS*
Propriedades EG0 CC EG1 CC EG2 CC EG3CC EG0SC EG1SC EG2SC EG3 SC
Cor** alaranj. alaranj. alaranj. alaranj. alaranj alaranj alaranj alaranj.
Aparência limpido limpido limpido limpido limpido limpido limpido limpido
Umidade - 5,0 ml 4,6 ml 5,0 ml - 4,6 ml 4,5 ml 4,0 ml
Propriedades TM0 CC TM1 CC TM2 CC TM3CC TM0SC TM1SC TM2SC TM3 SC
Cor* alaranj. alaranj. alaranj. alaranj. alaranj. alaranj alaranj alaranj.
Aparência limpido limpido limpido limpido limpido limpido limpido limpido
Umidade 1,5 ml 5,2 ml 5,0 ml 5,9 ml 4,2 ml 4,5 ml 4,5 ml -
Propriedades CA0 CC CA1 CC CA2 CC CA3CC CA0 SC CA1 SC CA2 SC CA3SC
Cor* alaranj. alaranj. alaranj. alaranj. alaranj alaranj alaranj alaranj.
75
Aparência limpido limpido limpido limpido limpido limpido limpido limpido
Umidade) - 4,0 ml 5,0 ml 4,2 ml - 3,5 ml 5,5 ml 4,5 ml
*EGOCC esterco de gado com calcário. EGOSC esterco de gado sem calcário.
Sendo 1, 2 e 3 níveis de dosagens.
TMOCC torta de mamona com calcário. TMOSC torta de mamona sem calcário.
Sendo 1, 2 e 3 níveis de dosagens.
CAOCC cama aviária com calcário. CAOSC cama aviária sem calcário. Sendo 1, 2
e 3 níveis de dosagens.
**alaranjado
76
Figura 1b: Aspectos do cultivo de priprioca (Cyperus articulatus L.) com 9 meses de
idade em latossolo amarelo, textura arenosa, Comunidade Campo Limpo, em Santo
Antonio do Taua-Pará.
Figura 2b. Rizoma de priprioca (Cyperus articulatus L.) colhido para extração de
óleo.
77
Figura 3b. Mamona (Ricinus communis), aspecto da inflorescência com frutos
maduros.
Figura 4b. À esquerda, corte do rizoma, à direita, extração de óleo essencial através
do método de arraste de vapor d’água.
78
Figura 5b. Separação do óleo e água em destilador Clevenger.
79
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