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grupos que delas necessitassem, de forma que todos os alunos da classe
pudessem ter a mesma oportunidade para apreender o conhecimento
que ele está querendo socializar?
Essas, dentre muitas outras, seriam questões que poderiam muito bem
se aplicar à análise de qualquer processo de ensino. Seriam também ques-
tões que podem sinalizar ajustes que vão se mostrando necessários para
atender a características específicas dos diferentes alunos em seu
processo de apreender e construir conhecimento.
Muitas vezes, para responder efetivamente às necessidades educacionais
especiais de alunos, faz-se necessário modificar nossos procedimentos de
ensino, tanto introduzindo atividades alternativas às previstas, como intro-
duzindo atividades complementares àquelas que havíamos originalmente
planejado.
Assim, por exemplo, ao partir de um objetivo de ensino “ao final desta
aula os alunos deverão ser capazes de descrever pelo menos três tipos de
folhas”, o professor pode planejar utilizar-se de um álbum de folhas, por
meio do qual possa mostrar para os alunos os tipos que planejou ensinar.
Para alunos com baixa visão, ou para alunos cegos, será certamente
necessário que o professor descreva verbal e minuciosamente as caracte-
rísticas de cada folha; pode também ser necessário favorecer com que eles
manipulem folhas, mesmo que feitas em argila, de forma que possam per-
ceber suas características; já para alunos surdos, cuja perda auditiva
impede a realização de associações e análises da mesma forma que as
pessoas ouvintes, recursos visuais alternativos devem ser sempre utilizados
para que não haja prejuízo na aprendizagem; assim, o professor pode ter
de utilizar textos escritos, além de mostrar as características do objeto em
questão; pode, também, ter que usar diferentes formas de comunicação,
como por exemplo: gestos, mímica, dramatização, desenhos, ilustrações,
fotografias, recursos tecnológicos (vídeo, TV, retroprojetor, computador,
slides, etc.), leitura labial.