
executável instalável), mas você não tem esta obrigação.
Entretanto, você tem que deixar o código-fonte à disposição de quem vier a receber
o código-executável (caso você não os distribua em conjunto, que é a forma mais
apropriada), nos termos da licença. E, naturalmente, tem que respeitar todos os
demais termos da licença livre adotada.
Se eu uso um software livre, tenho que disponibilizar meus próprios
softwares para o público?
Não. Mesmo se você fizer alterações em um software GPL e guardá-las para seu
próprio uso, você não estará infringindo a licença. A obrigação básica da GPL, no
que diz respeito a disponibilização de software, é que se você for disponibilizar para
terceiros algum software obtido sob os termos da GPL (modificado por você ou não),
esta disponibilização deve ocorrer sob os termos da GPL.
Assim, é perfeitamente legal e normal um mesmo desenvolvedor disponibilizar
alguns softwares com licenças livres e outros com licenças proprietárias, ter
softwares livres e não-livres instalados no mesmo computador, usar softwares livres
(como o compilador GCC) como ferramentas de desenvolvimento de softwares
proprietários, ou incluir softwares livres e não-livres no mesmo CD-ROM, para citar
alguns exemplos.
Outras dúvidas comuns
Veja a resposta a muitas dúvidas freqüentes de desenvolvedores, distribuidores e
usuários de Software Livre na GPL FAQ [http://www.gnu.org/licenses/gpl-faq.pt.html]
(em português).
Software livre X Código aberto
Em 1998, um grupo de personalidades da comunidade e do mercado que gravita em
torno do software livre, insatisfeitos com a postura filosófica do movimento existente
e acreditando que a condenação do uso de software proprietário é um instrumento
que retarda, ao invés de acelerar, a adoção e o apoio ao software livre no ambiente
corporativo, criou a Open Source Initiative, que adota o termo Open Source (Código
Aberto) para se referir aos softwares livres, e tem uma postura voltada ao
pragmatismo visando à adoção do software de código aberto como uma solução
viável, com menos viés ideológico que a Free Software Foundation.
Ao contrário do que muitos pensam, Código Aberto não quer dizer simplesmente ter
acesso ao código-fonte dos softwares (e não necessariamente acompanhado das "4
liberdades" do software livre). Para uma licença ou software ser considerado como
Código Aberto pela Open Source Initiative, eles devem atender aos 10 critérios da
Definição de Código Aberto [http://www.opensource.org/docs/definition.php], que
incluem itens como Livre Redistribuição, Permissão de Trabalhos Derivados, Não
Discriminação, Distribuição da Licença e outros.
De modo geral, as licenças que atendem à já mencionada Definição de Software
Livre (da Free Software Foundation) também atendem à Definição de Código Aberto
[http://www.opensource.org/docs/definition.php] (da Open Source Initiative), e assim
pode-se dizer (na ampla maioria dos casos, ao menos) que se um determinado
software é livre, ele também é de código aberto, e vice-versa. A diferença prática