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O Segredo do Bonzo, de Machado de Assis
Fonte:
ASSIS, Machado de. Obra Completa. Rio de Janeiro : Nova Aguilar 1994. v. II.
Texto proveniente de:
A Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro <http://www.bibvirt.futuro.usp.br>
A Escola do Futuro da Universidade de São Paulo
Permitido o uso apenas para fins educacionais.
Texto-base digitalizado por:
Núcleo de Pesquisas em Informática, Literatura e Lingüística
(http://www.cce.ufsc.br/~nupill/literatura/literat.html)
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O segredo do bonzo
Capítulo inédito de Fernão Mendes Pinto
Atrás deixei narrado o que se passou nesta cidade Fuchéu, capital do reino de Bungo, com o
padre-mestre Francisco, e de como el-rei se houve com o Fucarandono e outros bonzos, que
tiveram por acertado disputar ao padre as primazias da nossa santa religião. Agora direi de
uma doutrina não menos curiosa que saudável ao espírito, e digna de ser divulgada a todas
as repúblicas da cristandade.
Um dia, andando a passeio com Diogo Meireles, nesta mesma cidade Fuchéu, naquele ano
de 1552, sucedeu deparar-se-nos um ajuntamento de povo, à esquina de uma rua, em torno
a um homem da terra, que discorria com grande abundância de gestos e vozes. O povo,
segundo o esmo mais baixo, seria passante de cem pessoas, varões somente, e todos
embasbacados. Diogo Meireles, que melhor conhecia a língua da terra, pois ali estivera
muitos meses, quando andou com bandeira de veniaga (agora ocupava-se no exercício da
medicina, que estudara convenientemente, e em que era exímio) ia-me repetindo pelo nosso
idioma o que ouvia ao orador, e que, em resumo, era o seguinte: - Que ele não queria outra
coisa mais do que afirmar a origem dos grilos, os quais procediam do ar e das folhas de
coqueiro, na conjunção da lua nova; que este descobrimento, impossível a quem não fosse,
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como ele, matemático, físico e filósofo, era fruto de dilatados anos de aplicação,
experiência e estudo, trabalhos e até perigos de vida; mas enfim, estava feito, e todo
redundava em glória do reino de Bungo, e especialmente da cidade Fuchéu, cuja filho era;
e, se por ter aventado tão sublime verdade, fosse necessário aceitar a morte, ele a aceitaria
ali mesmo, tão certo era que a ciência valia mais do que a vida e seus deleites.
A multidão, tanto que ele acabou, levantou um tumulto de aclamações, que esteve a ponto
de ensurdecer-nos, e alçou nos braços o homem, bradando: Patimau, Patimau, viva Patimau
que descobriu a origem dos grilos! E todos se foram com ele ao alpendre de um mercador,
onde lhe deram refrescos e lhe fizeram muitas saudações e reverências, à maneira deste
gentio, que é em extremo obsequioso e cortesão.
Desandando o caminho, vínhamos nós, Diogo Meireles e eu, falando do singular achado da
origem dos grilos, quando, a pouca distância daquele alpendre, obra de seis credos, não
mais, achamos outra multidão de gente, em outra esquina, escutando a outro homem.
Ficamos espantados com a semelhança do caso, e Diogo Meireles, visto que também este
falava apressado, repetiu-me na mesma maneira o teor da oração. E dizia este outro, com
grande admiração e aplauso da gente que o cercava, que enfim descobrira o princípio da
vida futura, quando a terra houvesse de ser inteiramente destruída, e era nada menos que
uma certa gota de sangue de vaca; daí provinha a excelência da vaca para habitação das
almas humanas, e o ardor com que esse distinto animal era procurado por muitos homens à
hora de morrer; descobrimento que ele podia afirmar com fé e verdade, por ser obra de
experiências repetidas e profunda cogitação, não desejando nem pedindo outro galardão
mais que dar glória ao reino de Bungo e receber dele a estimação que os bons filhos
merecem. O povo, que escutara esta fala com muita veneração, fez o mesmo alarido e levou
o homem ao dito alpendre, com a diferença que o trepou a uma charola; ali chegando, foi
regalado com obséquios iguais aos que faziam a Patimau, não havendo nenhuma distinção
entre eles, nem outra competência nos banqueteadores, que não fosse a de dar graças a
ambos os banqueteados.
Ficamos sem saber nada daquilo, porque nem nos parecia casual a semelhança exata dos
dois encontros, nem racional ou crível a origem dos grilos, dada por Patimau, ou o princípio
da vida futura, descoberto por Languru, que assim se chamava o outro. Sucedeu, porém,
costearmos a casa de um certo Titané, alparqueiro, o qual correu a falar a Diogo Meireles,
de quem era amigo. E, feitos os cumprimentos, em que o alparqueiro chamou as mais
galantes coisas a Diogo Meireles, tais como - ouro da verdade e sol do pensamento, -
contou-lhe este o que víramos e ouvíramos pouco antes. Ao que Titané acudiu com grande
alvoroço: - Pode ser que eles andem cumprindo uma nova doutrina, dizem que inventada
por um bonzo de muito saber, morador em umas casas pegadas ao monte Coral. E porque
ficássemos cobiçosos de ter alguma notícia da doutrina, consentiu Titané em ir conosco no
dia seguinte às casas do bonzo, e acrescentou: - Dizem que ele não a confia a nenhuma
pessoa, senão às que de coração se quiserem filiar a ela; e, sendo assim, podemos simular
que o queremos unicamente com o fim de a ouvir; e se for boa, chegaremos a praticá-la à
nossa vontade.
No dia seguinte, ao modo concertado, fomos às casas do dito bonzo, por nome Pomada, um
ancião de cento e oito anos, muito lido e sabido nas letras divinas e humanas, e
grandemente aceito a toda aquela gentilidade, e por isso mesmo malvisto de outros bonzos,
que se finavam de puro ciúme. E tendo ouvido o dito bonzo a Titané quem éramos e o que
queríamos, iniciou-nos primeiro com várias cerimônias e bugiarias necessárias à recepção
da doutrina, e só depois dela é que alçou a voz para confiá-la e explicá-la.
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- Haveis de entender, começou ele, que a virtude e o saber, têm duas existências paralelas,
uma no sujeito que as possui, outra no espírito dos que o ouvem ou contemplam. Se
puserdes as mais sublimes virtudes e os mais profundos conhecimentos em um sujeito
solitário, remoto de todo contacto com outros homens, é como se eles não existissem. Os
frutos de uma laranjeira, se ninguém os gostar, valem tanto como as urzes e plantas bravias,
e, se ninguém os vir, não valem nada; ou, por outras palavras mais enérgicas, não há
espetáculo sem espectador. Um dia, estando a cuidar nestas coisas, considerei que, para o
fim de alumiar um pouco o entendimento, tinha consumido os meus longos anos, e, aliás,
nada chegaria a valer sem a existência de outros homens que me vissem e honrassem; então
cogitei se não haveria um modo de obter o mesmo efeito, poupando tais trabalhos, e esse
dia posso agora dizer que foi o da regeneração dos homens, pois me deu a doutrina
salvadora.
Neste ponto, afiamos os ouvidos e ficamos pendurados da boca do bonzo, o qual, como lhe
dissesse Diogo Meireles que a língua da terra me não era familiar, ia falando com grande
pausa, porque eu nada perdesse. E continuou dizendo:
- Mal podeis adivinhar o que me deu idéia da nova doutrina; foi nada menos que a pedra da
lua, essa insigne pedra tão luminosa que, posta no cabeço de uma montanha ou no píncaro
de uma torre, dá claridade a uma campina inteira, ainda a mais dilatada. Uma tal pedra, com
tais quilates de luz, não existiu nunca, e ninguém jamais a viu; mas muita gente crê que
existe e mais de um dirá que a viu com os seus próprio olhos. Considerei o caso, e entendi
que, se uma coisa pode existir na opinião, sem existir na realidade, e existir na realidade,
sem existir na opinião, a conclusão é que das duas existências paralelas a única necessária é
a da opinião, não a da realidade, que é apenas conveniente. Tão depressa fiz este achado
especulativo, como dei graças a Deus do favor especial, e determinei-me a verificá-lo por
experiências; o que alcancei, em mais de um caso, que não relato, por vos não tomar o
tempo. Para compreender a eficácia do meu sistema, basta advertir que os grilos não podem
nascer do ar e das folhas de coqueiro, na conjunção da lua nova, e por outro lado, o
princípio da vida futura não está em uma certa gota de sangue de vaca; mas Patimau e
Languru, varões astutos, com tal arte souberam meter estas duas idéias no ânimo da
multidão, que hoje desfrutam a nomeada de grandes físicos e maiores filósofos, e têm
consigo pessoas capazes de dar a vida por eles.
Não sabíamos em que maneira déssemos ao bonzo, as mostras do nosso vivo
contentamento e admiração. Ele interrogou-nos ainda algum tempo, compridamente, acerca
da doutrina e dos fundamentos dela, e depois de reconhecer que a entendíamos, incitou-nos
a praticá-la, a divulgá-la cautelosamente, não porque houvesse nada contrário às leis
divinas ou humanas, mas porque a má compreensão dela podia daná-la e perdê-la em seus
primeiros passos; enfim, despediu-se de nós com a certeza (são palavras suas) de que
abalávamos dali com a verdadeira alma de pomadistas; denominação esta que, por se
derivar do nome dele, lhe era em extremo agradável.
Com efeito, antes de cair a tarde, tínhamos os três combinado em pôr por obra uma idéia
tão judiciosa quão lucrativa, pois não é só lucro o que se pode haver em moeda, senão
também o que traz consideração e louvor, que é outra e melhor espécie de moeda,
conquanto não dê para comprar damascos ou chaparias de ouro. Combinamos, pois, à guisa
de experiência, meter cada um de nós, no ânimo da cidade Fuchéu, uma certa convicção,
mediante a qual houvéssemos os mesmos benefícios que desfrutavam Patimau e Languru;
mas, tão certo é que o homem não olvida o seu interesse, entendeu Titané que lhe cumpria
lucrar de duas maneiras, cobrando da experiência ambas as moedas, isto é, vendendo
também as suas alparcas: ao que nos não opusemos, por nos parecer que nada tinha isso
com o essencial da doutrina.
Consistiu a experiência de Titané em uma coisa que não sei como diga para que a
entendam. Usam neste reino de Bungo, e em outros destas remotas partes, um papel feito de
casca de canela moída e goma, obra mui prima, que eles talham depois em pedaços de dois
palmos de comprimento, e meio de largura, nos quais desenham com vivas e variadas
cores, e pela língua do país, as notícias da semana, políticas, religiosas, mercantis e outras,
as novas leis do reino, os nomes das fustas, lancharas, balões e toda a casta de barcos que
navegam estes mares, ou em guerra, que a há freqüente, ou de veniaga. E digo as notícias
da semana, porque as ditas folhas são feitas de oito em oito dias, em grande cópia, e
distribuídas ao gentio da terra, a troco de uma espórtula, que cada um dá de bom grado para
ter as notícias primeiro que os demais moradores. Ora, o nosso Titané não quis melhor
esquina que este papel, chamado pela nossa língua Vida e claridade das coisas mundanas e
celestes, título expressivo, ainda que um tanto derramado. E, pois, fez inserir no dito papel
que acabavam de chegar notícias frescas de toda a costa de Malabar e da China, conforme
as quais não havia outro cuidado que não fossem as famosas alparcas dele Titané; que estas
alparcas eram chamadas as primeiras do mundo, por serem mui sólidas e graciosas; que
nada menos de vinte e dois mandarins iam requerer ao imperador para que, em vista do
esplendor das famosas alparcas de Titané, as primeiras do universo, fosse criado o título
honorífico de "alparca do Estado", para recompensa dos que se distinguissem em qualquer
disciplina do entendimento; que eram grossíssimas as encomendas feitas de todas as partes,
às quais ele Titané ia acudir, menos por amor ao lucro do que pela glória que dali provinha
à nação; não recuando, todavia, do propósito em que estava e ficava de dar de graça aos
pobres do reino umas cinqüenta corjas das ditas alparcas, conforme já fizera declarar a el-
rei e o repetia agora; enfim, que apesar da primazia no fabrico das alparcas assim
reconhecida em toda a terra, ele sabia os deveres da moderação, e nunca se julgaria mais do
que um obreiro diligente e amigo da glória do reino de Bungo.
A leitura desta notícia comoveu naturalmente a toda a cidade Fuchéu, não se falando em
outra coisa durante toda aquela semana. As alparcas de Titané, apenas estimadas,
começaram de ser buscadas com muita curiosidade e ardor, e ainda mais nas semanas
seguintes, pois não deixou ele de entreter a cidade, durante algum tempo, com muitas e
extraordinárias anedotas acerca da sua mercadoria. E dizia-nos com muita graça:
- Vede que obedeço ao principal da nossa doutrina, pois não estou persuadido da
superioridade das tais alparcas, antes as tenho por obra vulgar, mas fi-lo crer ao povo, que
as vem comprar agora, pelo preço que lhes taxo.
- Não me parece, atalhei, que tenhais cumprido a doutrina em seu rigor e substância, pois
não nos cabe inculcar aos outros uma opinião que não temos, e sim a opinião de uma
qualidade que não possuímos; este é, ao certo, o essencial dela.
Dito isto, assentaram os dois que era a minha vez de tentar a experiência, o que
imediatamente fiz; mas deixo de a relatar em todas as suas partes, por não demorar a
narração da experiência de Diogo Meireles, que foi a mais decisiva das três, e a melhor
prova desta deliciosa invenção do bonzo. Direi somente que, por algumas luzes que tinha
de música e charamela, em que aliás era mediano, lembrou-me congregar os principais de
Fuchéu para que me ouvissem tanger o instrumento; os quais vieram, escutaram e foram-se
repetindo que nunca antes tinham ouvido coisa tão extraordinária. E confesso que alcancei
um tal resultado com o só recurso dos ademanes, da graça em arquear os braços para tomar
a charamela, que me foi trazida em uma bandeja de prata, da rigidez do busto, da unção
com que alcei os olhos ao ar, e do desdém e ufania com que os baixei à mesma assembléia,
a qual neste ponto rompeu em um tal concerto de vozes e exclamações de entusiasmo, que
quase me persuadiu do meu merecimento.
Mas, como digo, a mais engenhosa de todas as nossas experiências, foi a de Diogo
Meireles. Lavrava então na cidade uma singular doença, que consistia em fazer inchar os
narizes, tanto e tanto, que tomavam metade e mais da cara ao paciente, e não só a punham
horrenda, senão que era molesto carregar tamanho peso. Conquanto os físicos da terra
propusessem extrair os narizes inchados, para alívio e melhoria dos enfermos, nenhum
destes consentia em prestar-se ao curativo, preferindo o excesso à lacuna, e tendo por mais
aborrecível que nenhuma outra coisa a ausência daquele órgão. Neste apertado lance, mais
de um recorria à morte voluntária, como um remédio, e a tristeza era muita em toda a
cidade Fuchéu. Diogo Meireles, que desde algum tempo praticava a medicina, segundo
ficou dito atrás, estudou a moléstia e reconheceu que não havia perigo em desnarigar os
doentes, antes era vantajoso por lhes levar o mal, sem trazer fealdade, pois tanto valia um
nariz disforme e pesado como nenhum; não alcançou, todavia, persuadir os infelizes ao
sacrifício. Então ocorreu-lhe uma graciosa invenção. Assim foi que, reunindo muitos
físicos, filósofos, bonzos, autoridades e povo, comunicou-lhes que tinha um segredo para
eliminar o órgão; e esse segredo era nada menos que substituir o nariz achacado por um
nariz são, mas de pura natureza metafísica, isto é, inacessível aos sentidos humanos, e
contudo tão verdadeiro ou ainda mais do que o cortado; cura esta praticada por ele em
várias partes, e muito aceita aos físicos de Malabar. O assombro da assembléia foi imenso,
e não menor a incredulidade de alguns, não digo de todos, sendo que a maioria não sabia
que acreditasse, pois se lhe repugnava a metafísica do nariz, cedia entretanto à energia das
palavras de Diogo Meireles, ao tom alto e convencido com que ele expôs e definiu o seu
remédio. Foi então que alguns filósofos, ali presentes, um tanto envergonhados do saber de
Diogo Meireles, não quiseram ficar-lhe atrás, e declararam que havia bons fundamentos
para uma tal invenção, visto não ser o homem todo outra coisa mais do que um produto da
idealidade transcendental; donde resultava que podia trazer, com toda a verossimilhança,
um nariz metafísico, e juravam ao povo que o efeito era o mesmo.
A assembléia aclamou a Diogo Meireles; e os doentes começaram de buscá-lo, em tanta
cópia, que ele não tinha mãos a medir. Diogo Meireles desnarigava-os com muitíssima arte;
depois estendia delicadamente os dedos a uma caixa, onde fingia ter os narizes substitutos,
colhia um e aplicava-o ao lugar vazio. Os enfermos, assim curados e supridos, olhavam uns
para os outros, e não viam nada no lugar do órgão cortado; mas, certos e certíssimos de que
ali estava o órgão substituto, e que este era inacessível aos sentidos humanos, não se davam
por defraudados, e tornavam aos seus ofícios. Nenhuma outra prova quero da eficácia da
doutrina e do fruto dessa experiência, senão o fato de que todos os desnarigados de Diogo
Meireles continuaram a prover-se dos mesmos lenços de assoar. O que tudo deixo relatado
para glória do bonzo e benefício do mundo.
FIM
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